Violência institucional e tortura nas

ditaduras militares do Brasil e do

Chile
Durante as ditaduras militares no Brasil (1964-1985) e no Chile (1973-1990), houve
episódios de violência institucional, repressão política e casos de tortura. Abaixo
estão alguns aspectos notáveis dessas práticas em ambos os países:

Brasil: Ditadura Militar (1964-1985)

1. Golpe de 1964: Em 1964, um golpe militar depôs o governo democraticamente eleito de

João Goulart, instalando uma ditadura militar no Brasil.

2. Repressão Política: O regime militar brasileiro perseguiu e reprimiu aqueles considerados

opositores políticos, incluindo membros de partidos de esquerda, estudantes, sindicalistas e
artistas.

3. AI-5 (Ato Institucional nº 5): Em 1968, foi promulgado o AI-5, que conferiu amplos
poderes ao governo para reprimir a oposição. Isso levou a um aumento significativo na
repressão, censura e violações dos direitos humanos.

4. Centros de Tortura: O Brasil tinha centros de detenção onde prisioneiros políticos eram
frequentemente torturados, como o DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações
- Centro de Operações de Defesa Interna).

Chile: Ditadura Militar (1973-1990)

1. Golpe de 1973: O governo democrático de Salvador Allende foi derrubado por um golpe
militar liderado por Augusto Pinochet em setembro de 1973.
2. Estádio Nacional: Após o golpe, o Estádio Nacional de Santiago foi usado como campo
de detenção temporário para milhares de pessoas consideradas opositores políticos. Muitos
foram submetidos a tortura.

3. Caravana da Morte: Após o golpe, Pinochet enviou uma "Caravana da Morte" para
percorrer o Chile e executar opositores políticos. Várias execuções ocorreram durante essa
operação.

4. Centros de Tortura: O Chile também tinha centros de detenção, como Villa Grimaldi,
onde ocorreram torturas e violações dos direitos humanos.

Ambos os países passaram por longos processos de transição para a democracia. No

Brasil, a ditadura militar terminou em 1985 com a eleição indireta de Tancredo
Neves. No Chile, o regime militar de Pinochet chegou ao fim em 1990, e a transição
para a democracia começou com eleições em 1989. Em ambos os casos, as violações
dos direitos humanos durante esses períodos ainda têm impactos duradouros e são
objeto de investigações e processos judiciais até hoje.