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Trabalho de Sociologia

1- O autoritarismo e o totalitarismo são formas de governo repressivas, mas diferem


em sua abrangência e controle. O autoritarismo envolve um governo com poder
centralizado, onde as decisões são tomadas por uma única autoridade ou pequeno
grupo, limitando as liberdades individuais. Exemplos de regimes autoritários incluem
algumas ditaduras militares.

O totalitarismo, por outro lado, é um sistema ainda mais restritivo, onde o governo
busca controlar todos os aspectos da vida dos cidadãos, incluindo a política,
economia, cultura e até mesmo o pensamento. Um exemplo de totalitarismo é o
regime de Joseph Stalin na União Soviética, onde o Estado controlava todos os
aspectos da vida das pessoas e impunha uma ideologia específica.

2- 1. Marechal Humberto Castelo Branco (1964-1967): Ele instaurou o governo


militar após o golpe de 1964, suspendeu direitos civis, restringiu a liberdade de
imprensa e dissolveu partidos políticos. Criou um ambiente inicialmente marcado
por censura e perseguição a opositores.

2. Marechal Artur da Costa e Silva (1967-1969): Promulgou o AI-5, medida que deu
amplos poderes ao governo, permitindo prisões arbitrárias, fechamento do
Congresso e censura ainda mais rígida. O regime se tornou mais repressivo sob sua
gestão.

3. General Emílio Garrastazu Médici (1969-1974): Seu governo foi marcado pelo
auge da repressão. Houve aumento da perseguição a opositores, tortura e mortes
de dissidentes políticos. Foi um período de intensificação do autoritarismo.

4. General Ernesto Geisel (1974-1979): Iniciou uma abertura política controlada,


mas também manteve a repressão em certa medida. Permitiu algum retorno da
oposição política, mas ainda controlava o processo de maneira autoritária.
5. General João Figueiredo (1979-1985): Continuou a abertura política gradual,
culminando na Lei da Anistia. No entanto, o regime ainda mantinha o controle sobre
muitos aspectos da sociedade, embora com algumas concessões à democracia.

3- Os Atos Institucionais (AIs) foram uma série de decretos emitidos durante a


Ditadura Militar no Brasil, que durou de 1964 a 1985. Esses decretos conferiam
poderes extraordinários aos militares e restringiam as liberdades civis e políticas. O
AI-5, emitido em 1968, é frequentemente considerado o pior deles devido à sua
extrema repressão.

O AI-5, ou Ato Institucional nº 5, suspendeu garantias constitucionais, como habeas


corpus e liberdade de expressão, permitindo a prisão arbitrária de opositores ao
regime. Além disso, possibilitou o fechamento do Congresso Nacional, das
assembleias legislativas e das câmaras municipais. O governo ganhou poderes para
cassar mandatos políticos e intervir em estados e municípios sem autorização
judicial.

Esse ato marcou um auge na repressão do regime militar, levando a uma


intensificação da censura, perseguição política e tortura. A liberdade de imprensa foi
sufocada e a sociedade civil sofreu com a falta de direitos básicos.

Portanto, o AI-5 é considerado o pior dos Atos Institucionais devido ao nível de


repressão e violação de direitos civis que trouxe ao Brasil, perpetuando um período
de autoritarismo e abuso de poder.

4- O Golpe de 1964 no Brasil foi um movimento militar que resultou na derrubada do


presidente democraticamente eleito, João Goulart. Os militares alegaram
preocupações com a suposta ameaça comunista e a instabilidade política como
justificativa para assumir o controle do governo. Inicialmente, o golpe contou com o
apoio de setores conservadores da sociedade, como empresários e parte da classe
média.

Após o golpe, um regime militar foi estabelecido, e ao longo dos anos, uma série de
Atos Institucionais foram implementados, restringindo as liberdades civis e políticas
e consolidando o poder nas mãos dos militares. Durante esse período, houve
perseguição política, censura, tortura e violações dos direitos humanos.

A redemocratização do Brasil teve início em meados dos anos 1980. Pressões


internas e externas, bem como o desejo por mudança, levaram à abertura política
gradual. Em 1985, o presidente militar João Figueiredo entregou o poder a um
presidente civil, José Sarney, marcando o fim oficial do regime militar.

A redemocratização continuou com a promulgação de uma nova Constituição em


1988, que estabeleceu um sistema democrático multipartidário, proteção dos
direitos humanos e liberdades civis. As primeiras eleições diretas para a presidência
em quase três décadas ocorreram em 1989, com a vitória de Fernando Collor de
Melo. Esse período de transição culminou na eleição de Fernando Henrique
Cardoso em 1994 e 1998, consolidando a estabilidade democrática no país.

Portanto, o Golpe de 1964 marcou o início de um período de regime militar,


enquanto a redemocratização em 1985 representou a restauração gradual das
instituições democráticas e dos direitos civis no Brasil.

Thiago Wille Fonseca Número: 27

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