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Livro Eletrônico

Aula 00

Comunicação Social p/ SEAP-DF - Analista de Atividades Culturais - Área F (Jornalismo - Código 106)

Professor: Paolla Marletti


Comunicação para SEAP/DF
! Teoria e exercícios comentados
Profa. Paolla Marletti – Aula 00
!
AULA 00: Apresentação/Cronograma;
Comunicação: Conceito.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Introdução 1
2. Cronograma 3
3. Comunicação: Conceito 4
4. Resumo do Concurseiro 23
5. Questões comentadas 26
6. Questões sem comentários 32

1. INTRODUÇÃO

Olá, amigo concurseiro! Finalmente saiu o nosso edital! Não


vamos perder tempo! Os próximos meses serão uma longa jornada, mas
no final você estará preparado para vencer essa batalha.
Meu nome é Paolla Marletti e estarei junto com você na sua
jornada rumo à aprovação no concurso público da Secretaria de Estado
de Adminstração Pública do Distrito Federal (SEAP-DF) para a vaga
de Analista de Atividades Culturais na especialidade de Comunicação
Social - Jornalismo. Vamos detalhar e esmiuçar todo o conteúdo de
Comunicação. Discutiremos as possibilidades de cobrança em questões, e
comentaremos questões já aplicadas.
Antes de colocarmos a “mão na massa”, me permitam uma
pequena apresentação. Sou recifense e me graduei em Comunicação
Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela Universidade
Federal de Pernambuco.
Minha jornada no mundo dos concursos começou em 2005,
quando fui aprovada para o cargo de Assistente Operacional da
Superintendência de Trens Urbanos do Recife. Em 2010, eu e meu marido
tivemos que nos mudar para Brasília em razão de um cargo público
assumido por ele, e então decidi estudar para outros cargos.

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Em 2011 fui aprovada no concurso para Assistente em
Administração da Universidade de Brasília (13o lugar) e em seguida decidi
prestar concursos específicos para comunicação, tendo logrado
aprovação, ainda em 2011, no concurso para Analista dos Correios, em 1°
lugar para a área de Publicidade e Propaganda. Desempenhei minhas
funções no Departamento de Comunicação Estratégica da ECT, mais
especificamente na equipe de mídia.
Comunicação não é uma matéria com extenso histórico em
concursos, mas vem crescendo nos últimos anos. Infelizmente, a banca
que organizará nosso concurso, o IADES (Instituto Americano de
Desenvolvimento), não tem muitas provas aplicadas na área (não é o
caso do Cespe, por exemplo). No entanto, temos um bom acervo e
priorizaremos as questões desta banca ou questões que tenham o mesmo
perfil (múltipla escolha). Desse modo, estaremos ainda mais preparados
para enfrentar o certame.
Ao longo das aulas, destrincharei os detalhes do conteúdo de
Comunicação, fazendo comentários que vão facilitar a sua compreensão,
além de esquemas, gráficos e tabelas para que você possa memorizar
mais facilmente aquilo que for necessário.
Garanto que todos os meus esforços serão concentrados na
tarefa de obter a SUA aprovação. Esse comprometimento, tanto da minha
parte quanto da sua, resultará, sem dúvida, numa preparação
consistente, que vai permitir que você esteja pronto no dia da prova, e
tenha motivos para comemorar quando o resultado for publicado.
Muitas vezes, tomar posse em cargos como esses parece um
sonho distante, mas, acredite em mim, se você se esforçar ao máximo,
será apenas uma questão de tempo. E digo mais: quando você for
aprovado, ficará surpreso em como foi mais rápido do que você
imaginava.

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2. CRONOGRAMA

Eis o cronograma para o nosso curso:

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Aula 2 4#3!−./0&%1∋23.!∀=>?%1∋∆!6#!Ε<%&%3.!∀=>?%1∋! 14/02

Aula 3 3#4#7!∀∋;∋)%∃/∋6!∗!<;%&1%<∋%6!5∗.;%∋6!Φ<∋;5∗!(Γ! 21/02

Aula 4 3#4#7!∀∋;∋)%∃/∋6!∗!<;%&1%<∋%6!5∗.;%∋6!Φ<∋;5∗!+Γ! 28/02

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Aula 5 .>Κ∗5%:%)∋)∗7!3#1!∀∋<∗?!6.1%∋?!)∋!1./0&%1∋23.7! 14/03
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26/04
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Com esse cronograma cobriremos todo o conteúdo de


Comunicação Social, enfatizando sempre os aspectos mais importantes e
pontuando as possibilidades de cobrança por parte da banca.!Observe que
vamos acabar com antecedência.
Para não gerar expectativa e ansiedade, aviso desde já, que
normalmente disponibilizarei as aulas à noite e, caso o material fique

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pronto antes, disponibilizarei antes ☺.
Encerrada a apresentação, vamos à matéria. Lembro a você
que esta aula demonstrativa servirá para mostrar como os textos fluirão e
como exploraremos o assunto. Isso não quer dizer que o conteúdo
abordado não faça parte do programa. Muito pelo contrário! Trataremos
de um assunto abordado logo no primeiro item, conceitos de comunicação
e aproveitaremos para irmos introduzindo a teoria.
Analise tudo com atenção e carinho. Espero que você se
identifique e até que se interesse mais por esse assunto que,
particularmente, amo! E que, no final, nos escolha para trilharmos juntos
esse caminho pela Comunicação Social em direção a à Secretaria de
Cultura do DF.

Dito isto, vamos lá!

3. COMUNICAÇÃO

De acordo com o Dicionário Houaiss de Comunicação e


Multimídia, Comunicação é um “processo que envolve a transmissão e a
recepção de mensagens entre uma fonte emissora e um destinatário
receptor, no qual as informações transmitidas por meio de recursos físicos
(fala, audição, visão, etc.) ou de aparelhos e dispositivos técnicos, são
codificadas na fonte e decodificadas no destino com o uso de sistemas
convencionados de signos ou símbolos sonoros, escritos, iconográficos,
gestuais etc.” Segura aí essa definição!
Vamos tentar entender como chegamos a esse conceito
elaboradíssimo! Vejamos a etimologia da palavra. O termo “comunicação”
vem do latim communicatio, do qual podemos separar três elementos:

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CO + MUNIS + TIO
CO é um prefixo que TIO é uma
expressa terminação que reforça
simultaneidade, a ideia de atividade.
reunião. MUNIS é uma raiz
que quer dizer
“estar encarregado
de”.

O uso desse termo tem origem no universo do cristianismo


antigo, quando havia o hábito frequente do isolamento e da contemplação
(ditas na época como necessárias para conhecer a Deus). Foi então que
surgia a prática denominada de communicatio, que nada mais era do que
“fazer a refeição da noite em comum” – ou seja, em grupo. Nessa nova
prática o foco estava não no “comer”, mas em fazê-lo “juntamente com
outros” – reunindo os que estavam isolados.
Eis a ideia de “romper o isolamento”, como bem ressalta Luiz
Martino, professor de Comunicação Social da UNB, essa ideia é o que
diferencia a communicatio eclesiástica do simples jantar da comunidade
primitiva. Não são relações que naturalmente se desenvolvem, mas uma
prática definida e planejada, cuja novidade é dada em contraste com o
pano de fundo do isolamento. Por isso foi necessário criar uma nova
palavra para dar sentido à novidade dessa prática.
O professor ainda destaca importantes aspectos dentro desse
sentido original do termo:

1) O termo “comunicação” não designa todo e qualquer tipo de relação,


mas aquela onde haja elementos que se destacam de um fundo de
isolamento.
2) A intenção de romper o isolamento.
3) a ideia de realização em comum.

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Se aprofundarmos mais na análise do sentido, teremos que
defini-lo “negativamente”, ou seja, pelo que ele “não é”. Comunicação
não é meramente ter algo em comum (no sentido de ter algumas

características ou propriedades semelhantes). Não é por ser amarela a


pena de um pássaro e o pôr do sol também ser amarelo que as duas
coisas se comunicam.
Nem mesmo “ser da mesma comunidade”, para constituir a
comunicação. Como vimos no sentido etimológico, a comunicação é o
produto de um encontro social. Entenda que estamos falando de um
processo bem delimitado no tempo, não podemos confundir com a
simples convivência.

A Comunicação, portanto, não se aplica às propriedades ou ao modo de


ser das coisas, mas um tipo de relação intencional exercida sobre
outrem.

Voltemos, então, aos dicionários... Se procurarmos neles,


perceberemos cada vez mais uma dispersão no sentido final nas
significações (se é que podemos tratá-lo assim... como sentido “final”!).
Vejamos algumas delas:

a) Fato de comunicar, de estabelecer uma relação com alguém, com


alguma coisa ou entre coisas;
b) Transmissão de signos através de um código (natural ou
convencional);
c) Capacidade ou processos de troca de pensamentos, sentimentos,
ideias ou informações através da fala, gestos, imagens, seja de
forma direta ou través de meios técnicos;
d) Ação de utilizar meios tecnológicos (comunicação telefônica);
e) A mensagem, informação (aquilo que se comunica: anúncio,
novidade, informação, aviso...);

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f) Comunicação de espaços (passagem de um lugar a outro),
circulação, transporte de coisas: “vias de comunicação – artérias,
estradas, vias fluviais);

Se observarmos bem, todas as significações (com exceção das


substantivações – e, f – que veremos daqui a pouco) estão de acordo com
a etimologia do termo, conforme estudamos. Compartilhar, transmitir,
anunciar, trocar, reunir, ligar (pôr em contato), são variações ou usos
figurados do sentido primordial e geral, o qual expressa: relação.

Sobre o sentido na letra “e” de nossa lista, é preciso dizer que


mensagem ou informação não é exatamente comunicação, mas apenas
de modo relativo. Podemos dizer, por exemplo, que uma mensagem ou
informação é comunicação se elas forem endereçadas a quem possa
tomá-la como tal.
Ou seja, ao nos comunicarmos, presumimos que o interlocutor
(aquele que “escuta/lê) é capaz de, no mínimo, entender. Para um
animal, a página de um livro é uma coisa, um objeto, não é vista,
portanto, como mensagem (ou comunicação). Para nossos ouvidos
humanos destreinados, os sons de um animal não constituem uma
informação, portanto, não retrata uma comunicação.
Para que uma página de um livro se transforme em
mensagem é preciso reunir tanto a atividade do leitor, quanto o produto
da atividade do escritor. Sendo assim, nem mesmo um livro é
comunicação, se permanece parado numa estante. Passa a ser somente
quando é alcançado e á interação, ou seja: relação.
A informação é uma comunicação em potencial, que pode ser

ativada a qualquer momento, desde que outra consciência (ou aquela


mesma que codificou a mensagem) venha ativá-la como comunicação –
como no exemplo do livro na estante.
O sentido disposto na letra “f” traz um sentido mais... vamos
dizer assim... concreto do sentido original do termo comunicação. Essa

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acepção se aproxima do significado de “transporte de coisas”. A partir daí,
traça um paralelo com as atividades econômica, no sentido da “circulação
de bens” e do “comércio”.
Desde a tradição religiosa da Grécia Antiga, o “transporte de
mercadorias” e “falar bem” eram vistas como atividades correlatas, uma
vez que não bastava simplesmente transportar as mercadorias, pois era
preciso negociá-las com outros povos, os quais é preciso saber encontrar,
abordar, persuadir.
Não é por acaso que os antigos gregos reuniam em uma única
entidade, o deus Hermes, os seus atributos da comunicação (poder de
falar e convencer, persuadir) e os atributos do comércio (venda e lucro,
por exemplo). Hermes é o mensageiro dos deus, o que zela pelas
estradas e viajantes, assim como o patrono dos oradores, escritores e
mercadores.
Percebemos que, mesmo se restringirmos o sentido de
“comunicação” apenas às relações entre os seres humanos, ainda assim
não é possível demarcar um limite específico de estudo dessa disciplina.
Podemos dizer que...

A comunicação é marcada pela interdisciplinaridade; uma vez que


devemos encontrar o lugar da comunicação em relação aos outros
saberes que a utilizam como ferramenta de estudo ou de execução.

3.1. Elementos da Comunicação


Vamos retomar aquela primeira e principal definição de
comunicação que falamos (a do Dicionário Houaiss de Comunicação e
Multimídia)...
Podemos dizer que, de acordo com o Houaiss, Comunicar é
transmitir informações, por meio dos sinais, pela fala, pelos textos etc. A
comunicação realiza-se no plano da interação básica entre duas pessoas,
nos diálogos coletivos onde esse novo tem chance de aparecer, onde o

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acontecimento provoca o pensamento. Mas também acontece nas formas
mais complexas de contato social – com objetos culturais, com meios de
comunicação, em ambientes reais ou virtuais, em grupos e subgrupos
sociais... [Muitos estudiosos procuraram analisar cada uma dessas
interações, como elas interferem na sociedade, como a comunicação
interfere nelas – veremos os principais estudos na aula sobre Teorias da
Comunicação, assunto certo em concurso de comunicação].
Para que haja fluxo comunicacional, pressupõe-se a
existência do receptor (que recebe as informações) e do emissor (que
promove ou gera as informações), mesmo quando essas funções sejam
desempenhadas simultaneamente pelo mesmo agente.
Kotler e Armstrong (1999) enumeram nove elementos
fundamentais de uma comunicação eficiente. Já falamos por alto sobre a
maioria deles, mas vamos lista-los para que você visualize melhor:
1. Emissor: quem emite a mensagem para a outra parte. É a fonte, o

primeiro elemento ativo de um processo de comunicação. Na


intenção de comunicar uma ideia, ele a codifica e envia a
mensagem.
2. Codificação: é o processo de transformar o pensamento, ou a
mensagem, em símbolo determinado pelo código vigente. Este
código é denominado sistema formal de referência e ele torna
possível um padrão comum para o entendimento entre o emissor e
receptor. De modo geral, podemos dizer que corresponde a um
repertório comum de sinais. [Fico com medo de exemplificar e
acabar “resumindo” demais uma questão tão ampla, mas estamos
falando aqui de uma questão bem cotidiana, da língua escrita e fala,
dos sinais de trânsito, das leis, das gírias, dos padrões de beleza...]
3. Mensagem: o conjunto organizado de símbolos que o emissor
transmite. Corresponde às escolhas dentro do repertório da

codificação, para formar o sentido desejado.

4. Mídia: os canais de comunicação através dos quais a mensagem

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passa do emissor para o receptor.
5. Decodificação: o processo pelo qual o receptor dá um significado

aos símbolos transmitidos pelo emissor.


6. Receptor: a parte que recebe a mensagem emitida pelo emissor. É
o destino da mensagem. O receptor recebe, decodifica e dá um

sentido à mensagem. Há alternância entre os papéis de emissor e


receptor no processo comunicativo.
7. Resposta: são as reações que o receptor tem em relação à

mensagem. Pode ser a obediência ou a desobediência a um


comando, a atitude de parar ao ver um sinal de “PARE”, o ato de
comprar determinado produto, temer a partir de uma determinada
notícia...
8. Feedback: é a resposta do receptor codificada e transmitida de

volta para o emissor que a decodifica e consegue avaliar melhor o

processo.
9. Ruído: seria a causa de distorção ou estática não planejada que

pode acontecer durante o processo comunicacional. São as


barreiras da comunicação. Não é difícil de acontecer [e perceber]
que a mensagem decodificada pelo receptor seja diferente da
pretendida pelo emissor no começo do processo.

Como falamos, os papéis de receptor e emissor se alternam.


Ora o emissor é o jornalista é receptor, ao entrar em contato com uma
fonte de informações; ora ele passa a ser o emissor, transmitindo uma
notícia...
A interpretação dos sinais e símbolos utilizados para
comunicar é individual, ou seja, subjetiva. Falamos sobre isso lá em
cima, lembra? Para que uma mensagem seja “comunicação”, o receptor
deve ser capaz de interpretá-la como tal. Isso quer dizer que não
podemos contar, de antemão, que o receptor interpretará exatamente o
que o emissor pretendia no momento que “emitiu” e iniciou o fluxo. No
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entanto, pretende-se, por meio da adequação da linguagem e do
conteúdo para um determinado público receptor, emitir uma informação
que gere uma decodificação comum, minimamente previsível.
No processo de análise e decodificação, usamos nosso
background, nossas experiências pessoais, nossos valores, influências
internas e externas...
Portanto, mais importante do que apenas comunicar (ou
seja, lançar mão de uma informação) é saber para quem estamos
comunicando. Analisar que aspectos influenciam a interpretação do
indivíduo/grupo que se pretende atingir. Só assim conseguiremos adequar
a linguagem e o conteúdo à situação e identificar os símbolos, sinais e
canais ideais.

1. EBSERH – Analista Adminstrativo – 2013 – IADES. A comunicação


só atinge seu objetivo, quando alcança o receptor, com a mensagem
chave. Quais são os atores principais envolvidos, nesta mecânica?

a) Emissor, canal (meio), receptor e mensagem (retroalimentação).


b) Emissor, meio (canal), receptor e mensagem (apenas um sentido).
c) Emissor, meio (canal), receptor e informação (sentido emissor).
d) Emissor, meio (canal), receptor e mensagem (sentido receptor).
e) Emissor, receptor e mensagem.

Como acabamos de ver, os principais elementos da


comunicação: São eles: o emissor (que codifica), o canal, receptor (que
decodifica) e a mensagem – tudo isso num fluxo circular, garantindo o
feedback, ou seja, a retroalimentação. A alternativa que aborda todos
esses aspectos é a da letra A.
GABARITO: A

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3.2. Massificação versus Segmentação
Existem inúmeros canais/veículos/meios/mídias para atingir
os públicos. Quando falamos de um estudo maior da sociedade,
encontramos a Comunicação Social, a qual pretende estudar e utilizar zar
os mass media, ou veículos de comunicação em massa. Nesses meios,
supõe-se a produção em massa de material informativo ou de
entretenimento para ser consumido de forma massiva. Os meios de
comunicação de massa são diferentes das formas de produção em
pequena escala, interpessoal.
A massificação da comunicação foi objeto de crítica da
Indústria Cultural, (Teoria da Comunicação baseada em paradigmas
marxistas – não se preocupe, veremos ela com detalhes mais na frente,
ok?!). Para Arthur Távola (1984), a massificação é resultado da baixa
renovação e do experimentalismo da indústria cultural.
Ele fala que a televisão (exemplo de comunicação de massa),
por exemplo, é “acostumadora” e repetidora, mas não aponta um aspecto
necessariamente negativo em relação a esse fenômeno. Pelo contrário,
segundo Távola, a massificação produz uma unidade social.
Não é difícil perceber isso! É muito comum vermos as pessoas
conversando sobre o capítulo da novela, a partida de futebol (geralmente
dos grandes times...), o filme (geralmente os mais “comerciais”...).
Os estudiosos vivem uma relação de amor e ódio com os
meios massificadores (a televisão é um dos principais, mas é só um deles,
temos ainda outros veículos tradicionais como exemplo, o rádio, o
cinema, as revistas e jornais).
Para entender a análise dos meios de comunicação em massa,
vamos tomar como base os estudos sobre a TV, que é, sem dúvida, o
mass media mais “entranhado” na nossa cultura. De um lado vemos os
que atacam a televisão, dizendo que o meio sintetiza, simplifica e
homogeniza as situações e as pessoas. Bourdieu (1997) afirma que a

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televisão põe em risco a diversidade das esferas da produção cultural,
além da vida política e da democracia.
Além disso, como trata a Teoria Crítica (criadora do conceito
de Indústria Cultural), a televisão deixa de lado a qualidade em busca de
uma audiência que aumente a lucratividade e deixa em segundo
plano o compromisso com a qualidade e a informação.
Em contrapartida, e numa linha menos alarmista, Arlindo
Machado procura ver a televisão através da análise de sua programação e

avalia a qualidade. Para ele, a banalização cultural não é “mérito”

exclusivo da televisão, mas pode ser observado também na literatura, no


cinema e no teatro. Sendo mais um problema do capitalismo,
propriamente dito, do que da massificação em si.
Uma outra linha de pensamento mais positiva diz que a
televisão proporcionou identidade social através do contato entre
regiões distantes, culturas diversas. Esse movimento do modelo
difusionista – irradiação de informação e cultura do centro para a
periferia.

Principais pontos sobre a MASSIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO (baseadas


na análise sobre a televisão):

(-) Pontos negativos: simplifica e homogeniza as situações e as


pessoas. Preocupa-se mais com a audiência e a lucratividade, do que com
a qualidade.
(+) Pontos positivos: Para os otimistas sobre o assunto, os pontos
negativos seriam uma questão do capitalismo e não da massificação da
comunicação. Adapta-se ao movimento do modelo difusionista e promove
a identidade social.

Nos últimos tempos, vários acontecimentos modificaram a


sociedade; novos estudos, novos paradigmas, e, principalmente, a
evolução tecnológica dos veículos fez a comunicação absorver e refletir

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essas mudanças. Criaram-se novos espaços interacionais e novas
demandas, esse cenário levanta uma nova problemática: quando
massificar a comunicação e quando segmentar?
É esse processo de segmentação que se contrapõe ao de
massificação no título do subitem 1.6 do nosso edital. E consiste,
basicamente, em preocupar-se diretamente com quem estamos
falando.
Quando falamos da Comunicação Organizacional, esse
princípio tem uma importância ainda maior. O profissional do Marketing
raramente consegue satisfazer a todos no mercado. Cada grupo tem uma
necessidade e deseja coisas diferentes.
Segundo Kotler, esse é o ponto de partida do profissional de
Marketing, a divisão do mercado.
As empresas que se afastaram da mentalidade de mercado de
massa começaram a identificar grandes segmentos de mercado. Essa
concepção evoluiu para nichos mais estreitos. E a nova tendência é de
fidelização um a um, adotando segmentos de um, reconhecer os
clientes isoladamente.
Você pode achar que essa tendência é um exagero, mas
Kotler observa que as empresas são mais culpadas de falta de
segmentação do que de excesso de segmentação. A solução, muitas
vezes, é dividir o mercado em vários níveis potenciais.
Gostaria que você tivesse agora uma noção do que propõe
Kotler:
O primeiro nível seria dos clientes mais sensíveis às ofertas
[Público Primário]. Esse grupo seria delineado com base em suas
características demográficas e psicográficas. Em seguida delimitam-se os
segundo e terceiro grupos, com graus reduzidos de potencial sensibilidade
às ofertas.
A empresa deve concentrar seus esforços de vendas inicial no
primeiro grupo. Caso não haja resposta satisfatória, presume-se que o

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mercado foi mal segmentado ou a oferta não foi interessante, não
configurou uma situação de troca de valor.
A segmentação, principalmente para a comunicação
mercadológica, pode ter três abordagens diferentes:

1) Dividir o mercado em grupos demográficos. Essa é uma


abordagem mais tradicional. Por exemplo, delimita-se o grupo de
“mulheres entre 35 e 50 anos”. Esse critério facilita o acesso aos
componentes do grupo, mas, por outro lado não podemos afirmar,
categoricamente, que todas as mulheres com essa idade têm as mesmas
necessidades e a mesma disposição para comprar.

2) Segmentar o mercado em grupos de necessidades. No caso,


falamos de uma necessidade nítida que será atendida por várias
soluções, como no exemplo: “mulheres que querem economizar tempo
na compra de produtos alimentícios” , a solução seria supermercados que
aceitam pedidos pela internet ou pelo telefone.
Só depois de visualizar a necessidade, que podemos
identificar as características demográficas ou psicográficas dessas
mulheres (um exemplo dessas características seria o nível de educação
ou renda).

3) A terceira abordagem consiste em segmentar o mercado com base


em grupos de comportamento. Por exemplo, “mulheres que
encomendam produtos alimentícios no Pão de Açúcar e em outros
fornecedores com entrega em domicílio”. Esse grupo é definido por seu
comportamento atual, não por suas necessidades.
Depois de definir o comportamento atual, o analista pode
definir possíveis características comuns entre seus componentes.

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O processo de segmentação pode acontecer de forma mais


“grosseira”, baseada em grupos demográficos; mais “elaborada”,
baseada em grupos de necessidade; ou mais “refinada”, baseada em
grupos de comportamento.

Ainda falando sobre a comunicação mercadológica, depois de


identificar o segmento, a questão passa a ser avaliar se ele deve ser
gerenciado como parte da organização já existente ou se justificaria a
criação de um negócio à parte. Quando essa segunda hipótese acontece,
Nirmalya Kumar, chama de segmento estratégico. O segmento
estratégico é gerenciado independente do grupo principal das vendas,
com suas próprias estratégias e exigências.

2. BACEN – Analista – 2010 – Cesgranrio. As organizações


empreendem cada vez mais ações de comunicação dirigida, voltadas a
um público segmentado, por diversos motivos, incluindo o fato de que

a) a comunicação de massa já não é utilizada para se atingir os públicos


e seus interesses.
b) as mudanças de mercado diminuem as margens de lucro e aumentam
a competitividade.
c) os concorrentes investem em ferramentas digitais de comunicação
para auferir uma imagem de modernidade.
d) os gerentes de comunicação selecionam mais mídias direcionadas a
indivíduos e grupos de pessoas.
e) os consumidores estão se tornando diferentes quanto às suas
necessidades, atitudes e seus estilos de vida.

Não podemos dizer que a comunicação de massa é


completamente descartada hoje em dia [por exemplo, você ainda vê

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propagandas sendo feitas em televisão, rádios, jornal, não é? E muita!].
A tendência para a utilização de comunicação dirigida para
públicos específicos e cada vez mais segmentados aumenta as margens
de lucro e diminuem a competitividade (pois é mais difícil para a
concorrência penetrar em mercados mais segmentados com propostas
quase personalizadas para os clientes).
A letra C e D trata de uma consequência dessa nova
tendência, muito mais do que um motivo.
A letra E é a nossa resposta, cada vez mais é possível notar
as diferenças de necessidades e atitudes em grupos específicos de
consumidores potenciais.
GABARITO: E

3.3. Níveis, Redes e Fluxos da Comunicação


Do ponto de vista dos caminhos que a Comunicação pode
percorrer, podemos verificar os diferentes níveis, redes e fluxos de
elaboração que a formam.
Os NÍVEIS correspondem à trajetória pela qual o processo
comunicacional se operacionaliza, desde “dentro da cabeça do indivíduo”
até os grandes grupos de interação. Observe:

" Nível intrapessoal


Tem ênfase no comportamento, habilidades e atitudes
intrínsecas ao indivíduo. Está relacionada à capacidade de codificar e
decodificar internamente ("dentro da cabeça da pessoa") as mensagens.
Condições psicológicas e fisiológicas interferem positiva ou negativamente
nesse processo interno.

" Nível interpessoal


Trata da relação entre as pessoas envolvidas no processo

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)∗!12!
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comunicacional, suas expectativas e intenções. É o nível em que as
pessoas se influenciam, umas às outras, regulando-se, controlando-se,
motivando-se... Trata da unidade social básica e constitui o fundamento
das relações humanas.

" Nível grupal


Tem uma extensão maior do que a interpessoal pois
envolve necessariamente mais de três pessoas. As relações interpessoais
complementam este nível de comunicação.

" Nível coletivo


É a comunicação entre grupos e abarca todos os outros
níveis. Numa organização, a coordenação desse nível de comunicação é
importantíssima para que os objetivos sejam atingidos.

Grupal Grupal
Coletivo

Intra- Interpessoal Intra- Intra- Interpessoal Intra-


pessoal pessoal
pessoal pessoal

l
oa l
In

ss oa
In
te

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te
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es

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so

I
la

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Intra-
Intra-
pessoal
pessoal

Quando os “pontos” envolvidos na comunicação se conectam,


!
cria-se uma REDE. Observamos que o estabelecimento de redes formais
ou informais de comunicação é inerente à organização hierárquica de
uma determinada rede comunicacional.

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As redes formais compreendem as comunicações inseridas


na estrutura da rede e formalmente estabelecidas por uma burocracia. As
redes informais surgem espontaneamente sobre uma base mais
sociológica vinculada às relações subjetivas dentro dos grupos sociais.

A rede informal permite mais flexibilidade e fluidez na


comunicação. Canais informais hoje em dia têm sido analisados e
estudados para que as gerências das empresas os utilizem com sabedoria
para fins estratégicos.
Os FLUXOS também se relacionam com as questões
hierárquicas estabelecidas. Kunsch (2003) estudou os fluxos dentro das
organizações e foram percebidos fluxos direcionais de ordem:
descendentes, ascendentes, horizontais, transversais ou diagonais de
comunicação.

# Fluxo descendente
Consiste nos processos de comunicação que acontecem da
cúpula da organização para os subordinados. Geralmente traduz a
filosofia, as normas e diretrizes organizacionais. Utiliza-se, em regra, as
redes formais. Ela pode apresentar problemas de ordem cultural, dada à
heterogeneidade cultural dos interlocutores. Outro problema comum é a
retenção de informação por parte da gerência para usa-las como "moeda
de troca" por poder.

# Fluxo ascendente
É o processo inverso do anterior, "de baixo" para a cúpula.
Ela utiliza meios da rede formal (caixas de sugestões, reuniões com
trabalhadores, sistemas de consultas, pesquisas com os funcionários
sobre o clima e satisfação no trabalho). Ela permite controle gerencial, no
entanto, acontece de forma mais lenta.

# Fluxo horizontais ou laterais


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É a comunicação num mesmo nível hierárquico, ou, pelo
menos, níveis similares. Concentra grande parte da comunicação nas
organizações e tende a ser feita na rede informal. É essencial para a
coordenação e desenvolvimento das tarefas.

# Fluxo transversais ou diagonais


São comuns em organizações de estruturas mais flexíveis,
pois envolvem a comunicação entre pessoas de níveis hierárquicos
diferentes de grupos diferentes, como quando um diretor de um
departamento se comunica com um empregado de outro, ou quando o
empregado de um departamento busca a gerência de um outro. Tem o
potencial de otimizar a velocidade da propagação de ideias e informações
e promover efeitos dinâmicos e sinérgicos. Mas também pode gerar
distúrbios organizacionais por "violar" a hierarquia.
Por fim, a Comunicação circular, compreende todos os
níveis e não se limita às direções convencionais.

LAR
CIRCU
CHEFE HORIZONTAL CHEFE
DESCENDENTE

DESCENDENTE

TR
ASCENDENTE

ASCENDENTE

A
N
SV
ER
SA
L

SUBORDINADOS HORIZONTAL SUBORDINADOS

LAR
CIRCU

Em todos os níveis, percebemos interferências e barreiras


(ou ruídos) que bloqueiam ou diminuem a capacidade do fluxo

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comunicacional. Tomase e Medeiros (2007) destacam que a detecção
de barreiras na Comunicação Empresarial passa pela consideração dos
elementos componentes da comunicação.

Para a constatação de barreiras na comunicação, o emissor e o


receptor devem ser considerados dentro dos seus respectivos contextos,
o canal deve ser avaliado dentro de suas utilidades e pertinência, assim
como a possibilidade ou não de resposta e feedback.
Outro aspecto interessante para se avaliar as barreiras da comunicação
empresarial está num bom gerenciamento das redes e dos fluxos
comunicacionais.

O domínio da linguagem também é, como já falamos, um


ponto importante na detecção dessas barreiras. O assunto ou o código
utilizados podem não ser acessíveis a todos os componentes. Desse
modo, a análise do ambiente em que se dá a comunicação também deve
ser feita. Ao ignorar uma barreira, não prevenindo ou corrigindo, a
transparência da comunicação fica comprometida e isso pode afetar na
execução correta dos objetivos pretendidos com a comunicação.

3. EBSERH – Analista Adminstrativo – 2013 – IADES. No ambiente


organizacional, há pessoas que dificultam a comunicação. Esse fenômeno
é conhecido como barreiras pessoais. A estratégia adotada na
comunicação será fundamental para romper com essas barreiras. Outro
aspecto diz respeito ao excesso de informações emitidas. Uma das formas
de minimizar a sobrecarga de dados é

a) gerar o máximo de informações possível para que o próprio receptor


faça sua seleção.
b) divulgar todas as informações e depois criar canais de seleção.
c) considerar que a sobrecarga de informação não gera problemas, pois,

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quanto mais informações melhor.
d) selecionar o que é prioridade na comunicação com base na missão da
organização.
e) minimizar as informações e deixar que as pessoas busquem o que
acham mais conveniente, com seus interesses.

Para atingir seu objetivo com a comunicação, o emissor (no


caso a organização) deve planejar bem como desenvolverá o seu fluxo.
Considerar as barreiras é um motivo ainda maior para que se tome por
base a missão e as prioridades que se pretende, para que a mensagem
“enxuta” carregue o mínimo possível de ruídos. O gabarito da questão é a
letra D.

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4. RESUMO DO CONCURSEIRO

Essa é a parte em que reuniremos todas os principais pontos


destacados durante a aula, para facilitar sua revisão! ☺

CO + MUNIS + TIO
CO é um prefixo que TIO é uma
expressa terminação quer
simultaneidade, reforça a ideia de
reunião. MUNIS é uma raiz atividade.
que quer dizer
“estar encarregado
de”.

1) O termo “comunicação” não designa todo e qualquer tipo de relação,


mas aquela onde haja elementos que se destacam de um fundo de
isolamento.
2) A intenção de romper o isolamento.
3) a ideia de realização em comum.

A Comunicação, portanto, não se aplica às propriedades ou ao modo de


ser das coisas, mas um tipo de relação intencional exercida sobre
outrem.

A comunicação é marcada pela interdisciplinaridade; uma vez que


devemos encontrar o lugar da comunicação em relação aos outros
saberes que a utilizam como ferramenta de estudo ou de execução.

Principais pontos sobre a MASSIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO (baseadas


na análise sobre a televisão):

(-) Pontos negativos: simplifica e homogeniza as situações e as


pessoas. Preocupa-se mais com a audiência e a lucratividade, do que com

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a qualidade.
(+) Pontos positivos: Para os otimistas sobre o assunto, os pontos
negativos seriam uma questão do capitalismo e não da massificação da
comunicação. Adapta-se ao movimento do modelo difusionista e promove
a identidade social.

O processo de segmentação pode acontecer de forma mais


“grosseira”, baseada em grupos demográficos; mais “elaborada”,
baseada em grupos de necessidade; ou mais “refinada”, baseada em
grupos de comportamento.

Grupal Grupal
Coletivo

Intra- Interpessoal Intra-


Intra- Interpessoal Intra-
pessoal pessoal pessoal pessoal

l
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In

ss oa
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e ss
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I
so

I
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la

Intra-
Intra-
pessoal
pessoal

As redes formais compreendem as comunicações inseridas


na estrutura da rede e formalmente estabelecidas por uma burocracia. As
redes informais surgem espontaneamente sobre uma base mais
sociológica vinculada às relações subjetivas dentro dos grupos sociais.

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CHEFE HORIZONTAL CHEFE

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TR

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ASCENDENTE
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L

SUBORDINADOS HORIZONTAL SUBORDINADOS

LAR
CIRCU

Para a constatação de barreiras na comunicação, o emissor e o


receptor devem ser considerados dentro dos seus respectivos contextos,
o canal deve ser avaliado dentro de suas utilidades e pertinência, assim
como a possibilidade ou não de resposta e feedback.
Outro aspecto interessante para se avaliar as barreiras da comunicação
empresarial está num bom gerenciamento das redes e dos fluxos
comunicacionais.

Enfim, acabamos nossa aula! Ou pelo menos a parte teórica...


A seguir estão mais algumas questões com comentários sobre o que
abordamos hoje. Em seguida está a lista de questões sem os comentários
e o respectivo gabarito.
Espero que esta aula tenha sido do seu agrado, que você
escolha o Estratégia e que assim possamos trilhar o caminho até sua
prova juntos. Se houver alguma dúvida, manteremos contato no nosso
fórum. Forte abraço!
Paolla MarlettiIRO

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5. QUESTÕES COMENTADAS

4. BACEN – Analista – 2011 – Cesgranrio. Três especialistas teceram


os seguintes comentários a respeito das mudanças no ambiente da
comunicação:

Pedro – Observa-se um forte movimento de confiança na divulgação


focada em mídias massivas, por exemplo, televisão aberta e revistas de
circulação nacional como solução dos problemas de comunicação.

Alice – As novas tecnologias nos pontos de vendas transformam cada


transação em informações não apenas sobre o desempenho de cada
fabricante, como também sobre o giro e o retorno de ações promocionais.

Antônio – O desenvolvimento do database marketing permite que os


profissionais de comunicação utilizem diversas informações para atingir
consumidores por meio de diferentes ferramentas de marketing direto.

É(São) correto(s) o(s) comentário(s) de

a) Pedro, apenas.
b) Alice, apenas.
c) Pedro e Antônio, apenas.
d) Alice e Antônio, apenas.
e) Pedro, Alice e Antônio.

COMENTÁRIOS: Como vimos na aula, a tendência atual é de considerar


que as mídias de massa dispersam muita energia e não caracterizam mais
a solução generalizada para as comunicações. Parte-se para uma
comunicação mais segmentada e direcionada. Portanto, apenas Alice e

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Antônio fizeram uma boa avaliação.
GABARITO: D

5. Inédita. Avalie as seguintes assertivas:


(I) O termo “Comunicação” tem origem em momentos recentes da
história com o advento das novas tecnologias, as quais elevaram as
relações humanas a um novo patamar.
(II) A antiga concepção do termo “comunicação”, originária de hábitos
eclesiásticos, em nada se assemelha com o novo significado que a
matéria adquiriu na atualidade. Uma vez que, antigamente, estava
relacionada ao isolamento e hoje, às relações interpessoais.
(III) A “comunicação” e o universo do comércio, desde a antiguidade,
apresentaram forte relação entre si.

Estão corretas a(s) seguinte(s) assertivas:

a) I
b) II
c) III
d) I e III
e) I, II e III

COMENTÁRIOS: Como vimos, o termo comunicação tem origem nos


corredores dos mosteiros cristãos na antiguidade. As novas tecnologias
levaram, sim, as relações para um estágio mais “avançado”, no entanto,
não foram elas que forjaram o conceito como o conhecemos. A assertiva I
está ERRADA.
A origem, como vimos, do termo “comunicação” remonta os hábitos dos
antigos eclesiásticos, que praticavam o “communicatio” (refeição em

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conjunto) em oposição aos longos períodos de isolamento que passavam.
Assertiva II, errada.
Como vimos, até mesmo na mitologia os deuses da comunicação e do
comércio eram os mesmos. A única assertiva verdadeira é a III.
GABARITO: C

6. ANA – Analista Administrativo – 2009 – ESAF. Há um consenso


entre os especialistas de que o mundo contemporâneo - e em especial o
ambiente organizacional - tem sido abalado profundamente pelo
==0==

processo crescente de globalização dos mercados e das ideias, pela


revolução provocada pelas novas tecnologias, pela desmassificação do
processo de produção e pela valorização do espírito de cidadania. Este
ambiente, em contínua agitação, redimensiona o perfil das organizações
e as torna menos estratificadas e mais flexíveis, convidando-as,
permanentemente, a esticar os olhos para ver o que está à frente. O
futuro (alguém ainda duvida disso?) mais do que o presente, será
complexo, repleto de incertezas, mas (ainda bem!) rico em
oportunidades para quem se dispuser a se "sentar" sobre um novo
paradigma.
(W. Bueno. Comunicação Empresarial)

Considerando o cenário organizacional apresentado por Bueno, analise


as afirmativas a seguir e assinale a resposta correta.

( ) O processo de segmentação dos públicos, os chamados nichos de


mercado, tem provocado mudanças substanciais na Comunicação
Empresarial, com a implementação de canais diferenciados para atende
às demandas informativas localizadas.

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( ) O cliente evoluiu para o cidadão e espera um relacionamento mais
amplo do que aquele que costuma vigorar entre a empresa que vende e
as pessoas que compraram, porque o contato não se esgota mais com
a transferência do produto.

( ) As organizações têm feito um grande esforço para criar veículos


múltiplos para atender a demandas que também são múltiplas.

( ) Um exemplo de veículo novo, elaborado com o objetivo de atender a


este novo padrão de relacionamento com os clientes, seria uma revista
dirigida aos diversos públicos, com editorias específicos para cada
segmento.

( ) Até o relacionamento com o público interno deve ser renovado e a


intranet empresarial é hoje o veículo que reúne em um mesmo
canal todos os instrumentos, contemporâneos e tradicionais tornando-se
um veículo para todos os fins.

a) F, F, V, V, V
b) V, V, V, F, F
c) F, V, F, V, F
d) V, V, F, V, V
e) V, F, V, V, F

COMENTÁRIOS: A primeira afirmativa está falando justamente da


Comunicação Dirigida, que surgiu de uma demanda por interação
personalizada para atender às necessidade de forma mais apurada. Ela
é, portanto, verdadeira.
Sobre a segunda alternativa, podemos dizer que, com os novos canais, o
consumidor passou a ter voz ativa, principalmente no pós-venda. Fala-se
em um modelo simétrico de duas mãos nas relações com os públicos, em

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que se busca o equilíbrio, através do diálogo. Portanto, alternativa
verdadeira.
A terceira questão fala dos canais de interação como as páginas oficiais
em redes sociais, por exemplo. Que é um esforço a mais para atender as
demandas de forma direta. Na próxima aula, veremos de forma mais
aprofundada o perfil dessas novas tecnologias. Alternativa: Verdadeira
Na quarta alternativa fala-se da prática tradicional das revistas:
segmentar para atender demandas de perfis específicos. Não se engane!
Não é um veículo, novo. Ela pode até estar mais segmentada do que em
tempos passados... mas a alternativa é falsa, pois não há novidade
nesse procedimento.
A última alternativa aprofunda um pouco mais na matéria da
Comunicação Organizacional que não é nosso objeto de estudo para este
concurso. No entanto, podemos extrair algum conhecimento dela:
nenhum veículo serve para todos os fins! Não se ele for usado da forma
adequada... Cada um tem finalidade definida e sua utilização deve ser
planejada. Alternativa falsa!
GABARITO: B

7. (Inédita). O fluxo circular de comunicação só é possível dentro das


organizações públicas, pois requer uma construção hierárquica flexível,
somente possível dentro dos órgãos ligados ao governo.

COMENTÁRIOS: Você vai ouvir/ler muito isso: Desconfie das questões


que são absolutas e pretendem exaurir todas as possibilidades! (usando
palavras como “só”, “apenas”, “sempre, “nunca”...)
O fluxo circular da comunicação requer, sim, um ambiente
mais flexível (não necessariamente construção hierárquica), mas essa
não é exatamente uma característica dos órgãos públicos, nem podemos
dizer que esse tipo de comunicação só acontece dentro deles – qualquer

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organização com ambiente flexível pode contar com esse tipo fluido de
comunicação.
GABARITO: E

8. CAU – Analista de Comunicação – 2013 – IADES. É correto afirmar


que os processos comunicacionais possuem uma relação íntima com
a) a vida nos planetas.
b) o crescimento do bebê.
c) a prática de mais riquezas.
d) os desenvolvimentos sociais.
e) novas conquistas individualistas.

COMENTÁRIOS: Nem sei como comentar as primeiras alternativas (a e


b; oi?!)... A prática de mais riqueza pode ser considerada por nós,
principalmente se lembrarmos da relação mitológica das comunicações e
do comércio. Existe, sim, uma relação, mas não é melhor alternativa. Isso
mesmo! Você vai observar que nossas provas é comum que haja uma
alternativa “mais certa” do que outra...
Novas conquistas individualistas... A comunicação quebra a barreira do
individualismo e do isolamento, portanto, não tem relação íntima com as
novas conquistas individualistas.
GABARITO: D

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6. QUESTÕES SEM COMENTÁRIO

1. EBSERH – Analista Adminstrativo – 2013 – IADES. A comunicação


só atinge seu objetivo, quando alcança o receptor, com a mensagem
chave. Quais são os atores principais envolvidos, nesta mecânica?

a) Emissor, canal (meio), receptor e mensagem (retroalimentação).


b) Emissor, meio (canal), receptor e mensagem (apenas um sentido).
c) Emissor, meio (canal), receptor e informação (sentido emissor).
d) Emissor, meio (canal), receptor e mensagem (sentido receptor).
e) Emissor, receptor e mensagem.

!
2. BACEN – Analista – 2010 – Cesgranrio. As organizações
empreendem cada vez mais ações de comunicação dirigida, voltadas a
um público segmentado, por diversos motivos, incluindo o fato de que

a) a comunicação de massa já não é utilizada para se atingir os públicos


e seus interesses.
b) as mudanças de mercado diminuem as margens de lucro e aumentam
a competitividade.
c) os concorrentes investem em ferramentas digitais de comunicação
para auferir uma imagem de modernidade.
d) os gerentes de comunicação selecionam mais mídias direcionadas a
indivíduos e grupos de pessoas.
e) os consumidores estão se tornando diferentes quanto às suas
necessidades, atitudes e seus estilos de vida.

3. EBSERH – Analista Adminstrativo – 2013 – IADES. No ambiente


organizacional, há pessoas que dificultam a comunicação. Esse fenômeno
é conhecido como barreiras pessoais. A estratégia adotada na

!∀#∃%&∋!%#((%∋)%∀(∗++,∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!,+!
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comunicação será fundamental para romper com essas barreiras. Outro
aspecto diz respeito ao excesso de informações emitidas. Uma das formas
de minimizar a sobrecarga de dados é

a) gerar o máximo de informações possível para que o próprio receptor


faça sua seleção.
b) divulgar todas as informações e depois criar canais de seleção.
c) considerar que a sobrecarga de informação não gera problemas, pois,
quanto mais informações melhor.
d) selecionar o que é prioridade na comunicação com base na missão da
organização.
e) minimizar as informações e deixar que as pessoas busquem o que
acham mais conveniente, com seus interesses.
!
4. BACEN – Analista – 2011 – Cesgranrio. Três especialistas teceram
os seguintes comentários a respeito das mudanças no ambiente da
comunicação:

Pedro – Observa-se um forte movimento de confiança na divulgação


focada em mídias massivas, por exemplo, televisão aberta e revistas de
circulação nacional como solução dos problemas de comunicação.

Alice – As novas tecnologias nos pontos de vendas transformam cada


transação em informações não apenas sobre o desempenho de cada
fabricante, como também sobre o giro e o retorno de ações promocionais.

Antônio – O desenvolvimento do database marketing permite que os


profissionais de comunicação utilizem diversas informações para atingir
consumidores por meio de diferentes ferramentas de marketing direto.

É(São) correto(s) o(s) comentário(s) de

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f) Pedro, apenas.
g) Alice, apenas.
h) Pedro e Antônio, apenas.
i) Alice e Antônio, apenas.
j) Pedro, Alice e Antônio.

5. Inédita. Avalie as seguintes assertivas:


(I) O termo “Comunicação” tem origem em momentos recentes da
história com o advento das novas tecnologias, as quais elevaram as
relações humanas a um novo patamar.
(II) A antiga concepção do termo “comunicação”, originária de hábitos
eclesiásticos, em nada se assemelha com o novo significado que a
matéria adquiriu na atualidade. Uma vez que, antigamente, estava
relacionada ao isolamento e hoje, às relações interpessoais.
(III) A “comunicação” e o universo do comércio, desde a antiguidade,
apresentaram forte relação entre si.

Estão corretas a(s) seguinte(s) assertivas:

f) I
g) II
h) III
i) I e III
j) I, II e III

6. ANA – Analista Administrativo – 2009 – ESAF. Há um consenso


entre os especialistas de que o mundo contemporâneo - e em especial o
ambiente organizacional - tem sido abalado profundamente pelo
processo crescente de globalização dos mercados e das ideias, pela

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revolução provocada pelas novas tecnologias, pela desmassificação do
processo de produção e pela valorização do espírito de cidadania. Este
ambiente, em contínua agitação, redimensiona o perfil das organizações
e as torna menos estratificadas e mais flexíveis, convidando-as,
permanentemente, a esticar os olhos para ver o que está à frente. O
futuro (alguém ainda duvida disso?) mais do que o presente, será
complexo, repleto de incertezas, mas (ainda bem!) rico em
oportunidades para quem se dispuser a se "sentar" sobre um novo
paradigma.
(W. Bueno. Comunicação Empresarial)

Considerando o cenário organizacional apresentado por Bueno, analise


as afirmativas a seguir e assinale a resposta correta.

( ) O processo de segmentação dos públicos, os chamados nichos de


mercado, tem provocado mudanças substanciais na Comunicação
Empresarial, com a implementação de canais diferenciados para atende
às demandas informativas localizadas.

( ) O cliente evoluiu para o cidadão e espera um relacionamento mais


amplo do que aquele que costuma vigorar entre a empresa que vende e
as pessoas que compraram, porque o contato não se esgota mais com
a transferência do produto.

( ) As organizações têm feito um grande esforço para criar veículos


múltiplos para atender a demandas que também são múltiplas.

( ) Um exemplo de veículo novo, elaborado com o objetivo de atender a


este novo padrão de relacionamento com os clientes, seria uma revista
dirigida aos diversos públicos, com editorias específicos para cada
segmento.

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( ) Até o relacionamento com o público interno deve ser renovado e a


intranet empresarial é hoje o veículo que reúne em um mesmo
canal todos os instrumentos, contemporâneos e tradicionais tornando-se
um veículo para todos os fins.

a) F, F, V, V, V
b) V, V, V, F, F
c) F, V, F, V, F
d) V, V, F, V, V
e) V, F, V, V, F

7. (Inédita). O fluxo circular de comunicação só é possível dentro das


organizações públicas, pois requer uma construção hierárquica flexível,
somente possível dentro dos órgãos ligados ao governo.

8. CAU – Analista de Comunicação – 2013 – IADES. É correto afirmar


que os processos comunicacionais possuem uma relação íntima com
f) a vida nos planetas.
g) o crescimento do bebê.
h) a prática de mais riquezas.
i) os desenvolvimentos sociais.
j) novas conquistas individualistas.

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GABARITO
1. A
2. E
3. D
4. D
5. C
6. B
7. E
8. D

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