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18 – sábado, 30 de Dezembro de 2023

Diário do Executivo Minas Gerais


Parágrafo único – A estrutura dos Campi Regionais deverá, por deliberação do Conselho VII – decidir as questões referentes à matrícula, à reopção, à dispensa de disciplina, à transferência,
Universitário, ser adequada às condições de cada campus, considerados entre outros fatores: à obtenção de novo título, assim como as representações e os recursos sobre matéria didática;
I – o número de cursos; VIII – representar ao órgão competente no caso de infração disciplinar.
II – o número de Unidades Acadêmicas; Art. 104 – Os Departamentos Acadêmicos são as menores frações da organização administrativa,
III – o grau de dispersão das Unidades Acadêmicas na malha urbana. didático-científica e de distribuição de pessoal docente da Uemg, compreendendo disciplinas afins e congregando
Art. 91 – A Diretoria-Geral de Campus será exercida por um Diretor-Geral eleito na forma docentes com objetivos comuns de pesquisa, ensino e extensão.
estabelecida no regimento geral e assessorado pelos diretores das Unidades Acadêmicas que compõem o Art. 105 – Cada Departamento terá um Chefe e um Subchefe, eleitos conforme normas estabelecidas
Campus, com atribuições de: no estatuto e no regimento geral.
I – superintender a organização e o funcionamento dos serviços de administração físicos e predial Art. 106 – Compete aos Departamentos Acadêmicos:
do campus, conforme diretrizes estabelecidas no regimento geral; I – supervisionar as atividades de ensino, pesquisa e extensão do Departamento;
II – cumprir e fazer cumprir as normas e deliberações dos órgãos competentes da Universidade no II – atribuir encargos aos docentes vinculados ao Departamento;
âmbito de sua jurisdição. III – estabelecer os programas e propor aos Colegiados de Curso os créditos das disciplinas
Art. 92 – As Unidades Acadêmicas são órgãos de ensino, pesquisa e extensão na Uemg. oferecidas no Departamento;
Art. 93 – Compete ao Conselho Departamental: IV – propor aos Colegiados de Curso os pré-requisitos das disciplinas;
I – organizar listas tríplices de docentes para escolha do Diretor e do Vice-Diretor da Unidade; V – manifestar sobre a criação, extinção e redistribuição de disciplinas de cursos de graduação e
II – propor ou manifestar sobre criação, desmembramento, fusão ou extinção de Departamento, de pós-graduação;
no âmbito da Unidade; VI – coordenar os planos de ensino das disciplinas do Departamento;
VII – propor a admissão e a dispensa de docentes, bem como a modificação do seu regime de
III – aprovar o planejamento anual das atividades dos Departamentos; trabalho;
IV – supervisionar as atividades dos Departamentos e compatibilizar os respectivos planos de VIII – opinar sobre pedidos de afastamento de docentes e de servidores técnico- administrativos
trabalho, quando for o caso; para fins de aperfeiçoamento ou cooperação técnica;
V – elaborar a proposta orçamentária da Unidade e acompanhar a sua execução; IX – elaborar a proposta orçamentária do Departamento;
VI – elaborar e aprovar normas que regulem o funcionamento acadêmico e administrativo da X – designar os representantes do Departamento nos Colegiados de Curso;
Unidade; XI – compor comissões examinadoras de concursos destinados ao provimento de cargos de
VII – compor comissões examinadoras de concursos para provimento de cargos da carreira professor de educação superior;
de Professor de Educação Superior, ouvido o Departamento correspondente, e homologar os respectivos XII – propor ao Conselho Departamental nomes para a composição de comissões examinadoras de
pareceres; concursos destinados ao provimento do cargo de professor PES VII;
VIII – autorizar, pelo voto de dois terços de seus membros, a inscrição em concurso docente de XIII – manifestar previamente sobre acordos e convênios, bem como projetos de prestação de
pessoas de notório saber, ouvido o respectivo Departamento; serviços a serem executados pelo Departamento ou por seus docentes;
IX – deliberar sobre pedido de remoção, transferência ou movimentação de docentes; XIV – proceder, anualmente, à avaliação das atividades de ensino, pesquisa e extensão
X – deliberar sobre afastamento de docentes e de servidores técnico-administrativos para fins de desenvolvidas pelo Departamento e registrá-las em relatório destinado ao Conselho Departamental.
aperfeiçoamento ou cooperação técnica; Art. 107 – Cada Departamento compreende a Câmara Departamental e a Assembleia
XI – praticar os atos de sua alçada relativos ao regime disciplinar; Departamental.
XII – julgar os recursos que lhe forem interpostos; Parágrafo único – Nos Departamentos formados por menos de 15 docentes, a Câmara Departamental
XIII – aprovar os projetos pedagógicos dos cursos de graduação e pós-graduação, bem como os e a Assembleia Departamental constituirão um só órgão.
programas das suas disciplinas; Art. 108 – Compete à chefia de Departamento:
XIV – superintender a execução dos programas de ensino, de pesquisa e de extensão a serem I – presidir a Câmara Departamental;
desenvolvidos pelos departamentos; II – representar o Departamento no Conselho Departamental;
XV – coordenar a elaboração das propostas de composição e alteração das dimensões do corpo III – fazer cumprir as deliberações da Câmara Departamental.
docente dos Departamentos Acadêmicos; Art. 109 – Compete à subchefia de Departamento substituir o Chefe em suas ausências e seus
XVI – deliberar sobre matéria de interesse da Unidade, não incluída no artigo ou na competência impedimentos.
de outro órgão. Art. 110 – A Coordenadoria de Centro tem como competência coordenar e exercer as ações de
Art. 94 – A composição do Conselho Departamental, bem como as normas de seu funcionamento desenvolvimento técnico, científico, artístico e cultural direcionadas ao atendimento de necessidades específicas,
são as fixadas no estatuto da Universidade e no seu regimento geral. com atribuições de:
Art. 95 – A Diretoria de Unidade Acadêmica é exercida por um Diretor, nomeado pelo Reitor, I – assessorar a elaboração e supervisionar a execução de projetos de pesquisa, de ensino e de
segundo normas estabelecidas no estatuto e no regimento geral, com atribuições de: extensão aprovados pelos Departamentos Acadêmicos;
I – atuar como principal autoridade administrativa da Unidade Acadêmica; II – realizar acompanhamento e apresentar relatórios periódicos de avaliação de suas atividades;
II – supervisionar as atividades didático-científicas; III – promover o desenvolvimento de projetos integrados no âmbito da Unidade, do Campus
III – exercer outras funções, desde que aprovadas em normas internas estabelecidas pelo Conselho e Intercampi, com envolvimento, sempre que possível, de organizações públicas ou privadas, nacionais ou
Departamental ou Congregação. internacionais;
Parágrafo único – Nas Unidades Acadêmicas que não integram a um campus regional, a Diretoria IV – promover a divulgação da produção técnico-científica e cultural e a extensão dos resultados
de Unidade exercerá também as competências pertinentes ao Diretor-Geral de Campus. à comunidade;
Art. 96 – A Vice-Diretoria de Unidade Acadêmica é exercida por um Vice-Diretor nomeado pelo V – manter arquivados documentos e registros relativos às suas atividades;
VI – apresentar à Diretoria-Geral do Campus a proposta orçamentária e programação financeira de
Reitor, segundo normas estabelecidas no estatuto e no regimento geral, com atribuições de: suas atividades para apreciação e aprovação.
I – substituir automaticamente o Diretor em suas ausências e seus impedimentos; Parágrafo único – A composição do Centro obedecerá às normas estabelecidas em regulamento
II – colaborar com o Diretor na supervisão das atividades acadêmicas da Unidade; específico.
III – manter interlocução com o Diretório Acadêmico; Art. 111 – Fica revogado o Decreto nº 48.046, de 25 de setembro de 2020.
IV – desempenhar as funções que lhe forem delegadas pelo Diretor. Art. 112 – Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 97 – As Bibliotecas têm como competência organizar e elaborar os programas de trabalho, de Belo Horizonte, aos 29 de dezembro de 2023; 235º da Inconfidência Mineira e 202º da
acordo com as diretrizes e políticas estabelecidas pela Pró-Reitoria de Graduação, com atribuições de: Independência do Brasil.
I – centralizar as atividades de seleção, aquisição, registro, catalogação, classificação, guarda e ROMEU ZEMA NETO
conservação de livros, periódicos, partituras e materiais especiais;
II – realizar as atividades de empréstimos, reservas e renovações dos itens que compõem o DECRETO Nº 48.747, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2023.
acervo;
III – organizar e manter atualizadas as bases de dados de material bibliográfico e de cadastramento
de seus usuários; Regulamenta a caução ambiental estabelecida na alínea
IV – selecionar as publicações que lhes forem doadas, eliminando ou permutando as que não “b” do inciso I e na alínea “b” do inciso III, ambos do
forem de seu interesse; art. 7º da Lei nº 23.291, de 25 de fevereiro de 2019, que
V – informar, orientar e educar os leitores quanto ao bom uso das bibliotecas; institui a Política Estadual de Segurança de Barragens.
VI – apresentar projetos, relatórios quando solicitados;
VII – manter intercâmbio com outras bibliotecas e centros de documentação.
Art. 98 – As Secretarias Acadêmicas têm como competência executar as atividades de apoio O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de atribuição que lhe confere o
administrativo à Diretoria de Unidade, aos Colegiados de Curso e aos Departamentos Acadêmicos, bem como inciso VII do art. 90 da Constituição do Estado e tendo em vista o disposto na Lei nº 23.291, de 25 de fevereiro
as atividades de registro acadêmico da vida escolar dos alunos, com atribuições de: de 2019,
I – participar das reuniões da Câmara Departamental e dos Colegiados de Curso, preparar as
convocações e elaborar, ao final, a ata das reuniões; DECRETA:
II – manter registros e documentação relacionados com as atividades do ensino, pesquisa e
extensão e elaborar os relatórios periódicos solicitados; Art. 1º – Este decreto regulamenta a caução ambiental estabelecida na alínea “b” do inciso I e na
III – manter registros e documentação relacionados com as atribuições dos Colegiados de Curso e alínea “b” do inciso III, ambos do art. 7º da Lei nº 23.291, de 25 de fevereiro de 2019, que institui a Política
elaborar os relatórios periódicos solicitados; Estadual de Segurança de Barragens.
IV – acompanhar o exercício das atividades docentes, para conhecimento dos chefes de Art. 2º – O valor da caução ambiental será definido a partir dos seguintes parâmetros:
Departamentos Acadêmicos e Coordenadores de Curso. I – área do reservatório da barragem, contemplando a área ocupada pelo rejeito ou pelo resíduo e
Art. 99 – As Secretarias de Serviços de Apoio têm como competência a execução de atividades de água, em metros quadrados;
suporte necessárias ao eficiente cumprimento das atribuições das Unidades Acadêmicas, mediante uniformidade II – classificação e finalidade da barragem, nos termos do Decreto nº 48.140, de 25 de fevereiro
de procedimentos e observância das normas pertinentes, com atribuições de: de 2021;
I – realizar ações relacionadas com a emissão e recepção de documentos e registros de frequência III – custo estimado dos projetos de descaracterização de barragens por área.
dos servidores; § 1º – Para fins do cálculo da caução, a área a ser considerada será aquela ocupada pela projeção
superior do material armazenado, sólido e líquido, considerando o enchimento do reservatório até a soleira do
II – controlar o recebimento, armazenamento, guarda, conservação e distribuição do material extravasor operacional da barragem.
permanente e de consumo; § 2º – As estruturas galgáveis, desprovidas de sistema extravasor, deverão considerar o enchimento
III – assegurar, no âmbito da Unidade Acadêmica, a realização das atividades de apoio do reservatório até a cota da crista da barragem.
administrativo que envolvam arquivo geral de documentos, segurança e vigilância, reprografia, manutenção das § 3º – O valor da caução ambiental será calculado conforme os Anexos I e II.
instalações físicas e equipamentos, portaria, recepção, transportes, comunicação, telecomunicações e copa; Art. 3º – A caução ambiental deve ser mantida durante toda a vida útil da barragem, desde sua
IV – administrar, acompanhar e controlar a realização dos serviços de terceiros contratados para instalação até a conclusão da descaracterização e da recuperação socioambiental da área impactada pela
execução de atividades de apoio administrativo; barragem.
V – elaborar relatórios de execução e demonstrativos de custos, com vistas à prestação de contas, Art. 4º – A caução ambiental não substitui a obrigação do empreendedor de:
racionalização e redução dos custos. I – promover a gestão de passivos ambientais decorrentes de atividades executadas no
Art. 100 – A coordenação didática de cada curso é exercida pelo Colegiado de Curso. empreendimento;
Parágrafo único – Nas áreas em que houver cursos de pós-graduação de diferentes níveis, estes serão II – proceder à descaracterização da barragem;
coordenados por um só colegiado ou, alternativamente, no caso de cursos de especialização, por comissões. III – promover a recuperação socioambiental integral da área por ela ocupada ou atingida.
Art. 101 – Cada Colegiado de Curso terá um Coordenador, eleito conforme normas estabelecidas Art. 5º – São modalidades de garantia para instituir a caução ambiental:
no estatuto e no regimento geral. I – depósito em dinheiro;
Art. 102 – Compete ao Coordenador de cada Colegiado de Curso: II – Certificado de Depósito Bancário – CDB, título de crédito nominativo, transferível e de livre
I – presidir o Colegiado de Curso; negociação, representativo de promessa de pagamento, em data futura, do valor depositado junto ao emissor,
II – fazer cumprir as deliberações do Colegiado de Curso; acrescido da remuneração convencionada;
III – atender às demandas da administração superior no que diz respeito ao respectivo curso. III – fiança bancária, garantia fidejussória fornecida por um estabelecimento bancário, que se
responsabilizará perante o Estado pelo repasse do valor aferido como caução ambiental, nos termos deste
Art. 103 – Compete ao Colegiado de Curso: decreto;
I – orientar, coordenar e supervisionar as atividades do curso; IV – seguro-garantia, prestação de garantia mediante apólice de seguro, com a qual a seguradora
II – elaborar o projeto pedagógico para aprovação pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e obriga-se a repassar para o Estado o valor aferido como caução ambiental, nos termos deste decreto.
Extensão; § 1º – O empreendedor poderá optar por uma ou mais modalidades de garantia para instituir a
III – fixar diretrizes dos programas das disciplinas e recomendar modificações aos Departamentos caução ambiental.
Acadêmicos; § 2º – Os empreendedores que possuam mais de uma barragem deverão apresentar caução
IV – elaborar a programação das atividades letivas, para apreciação dos departamentos individualizada para cada estrutura.
envolvidos; § 3º – Não serão aceitas garantias que condicionem o pagamento a eventual decisão judicial.
V – avaliar periodicamente a qualidade e a eficácia do curso e o aproveitamento dos alunos; § 4º – O Estado deverá figurar como beneficiário ou equivalente nas modalidades seguro-garantia,
VI – recomendar aos Departamentos Acadêmicos a designação ou substituição de docentes; fiança bancária e CDB.

Documento assinado eletrônicamente com fundamento no art. 6º do Decreto nº 47.222, de 26 de julho de 2017.
A autenticidade deste documento pode ser verificada no endereço http://www.jornalminasgerais.mg.gov.br/autenticidade, sob o número 3202312300250110118.
Minas Gerais Diário do Executivo sábado, 30 de Dezembro de 2023 – 19
Art. 6º – A caução em dinheiro deverá ser depositada em conta do Tesouro Estadual definida pela Art. 13 – A proposta de caução ambiental de barragens com licença ambiental prévia ou de
Secretaria de Estado de Fazenda. instalação concedidas anteriormente à entrada em vigor deste decreto deverá ser apresentada no prazo de 90
Parágrafo único – O depósito em dinheiro será devidamente aplicado em títulos públicos federais dias a contar da publicação deste decreto.
ou em fundos de investimento integralmente lastreados em títulos públicos, em instituição financeira definida Art. 14 – A reprovação da proposta de caução ambiental acarretará o arquivamento do processo de
pela Administração Pública, sendo o valor do rendimento incorporado ao valor da caução ambiental. licenciamento ambiental, independentemente de outras medidas jurídicas civis, administrativas e penais.
Art. 7º – O CDB deverá ser emitido, necessariamente, pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Art. 15 – A comprovação da implementação da caução ambiental, com a devida atualização,
Gerais – BDMG e observará os seguintes requisitos: deverá ser apresentada pelo empreendedor para a obtenção da licença de operação.
I – valor suficiente para a cobertura total da caução ambiental, na hipótese em que for modalidade Art. 16 – Os empreendedores que possuam barragens em operação, desativadas ou em processo de
única, ou suficiente para a cobertura parcial do valor da caução ambiental, na hipótese em que houver mais de descaracterização, deverão apresentar a proposta de caução ambiental no âmbito do processo de licenciamento
uma modalidade; ambiental, com o respectivo cronograma de implementação, em até 90 dias a partir da publicação deste
II – prazo de validade até a extinção das obrigações por parte do empreendedor; decreto.
III – obrigação de quitação do crédito pela instituição financeira em até 10 dias contados da Parágrafo único – O cronograma de implementação da caução deverá ter prazo máximo de 3 anos,
notificação feita pelo órgão ou pela entidade competente do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos contados da publicação deste decreto, considerando a proporção de 50% no primeiro ano e 25% em cada um
Hídricos – Sisema. dos anos subsequentes.
§ 1º – Os recursos captados via CDB serão aplicados em projetos alinhados ao desenvolvimento Art. 17 – As barragens desativadas e que já iniciaram o processo de descaracterização, com
econômico sustentável do Estado. comprovada redução na área do reservatório, deverão apresentar proposta de caução ambiental adotando como
§ 2º – O prazo mínimo de emissão do CDB será de 360 dias. área do reservatório aquela formada pelo preenchimento do reservatório até a cota da crista atual da barragem.
§ 3º – O CDB deverá ter liquidez imediata a partir do momento em que o resgate for solicitado ao Art. 18 – A caução ambiental deverá ser atualizada a cada 5 anos, contados da data da emissão da
BDMG, sem qualquer ônus financeiro ou penalidade em relação ao valor caucionado. licença de operação do empreendimento ou da data final do cronograma de implementação da caução a que se
§ 4º – A remuneração do CDB será de 100% do depósito interbancário. refere o art. 16.
Art. 8º – Compete ao BDMG: Parágrafo único – A alteração do valor ou das modalidades de caução ambiental no momento da
I – registrar o CDB em clearing autorizada pelo Banco Central do Brasil; atualização a que se refere o caput deverá ser aprovada por órgão ou entidade competente do Sisema, observado
II – disponibilizar a nota de negociação com todos os dados da operação de emissão do CDB; o disposto nos arts. 2º, 3º e 4º.
III – fazer a vinculação do CDB em conta garantia informada pela clearing com a devida Art. 19 – A caução ambiental será executada nas hipóteses em que a Fundação Estadual do Meio
identificação do Estado e da instituição garantidora; Ambiente – Feam atestar:
IV – demandar das partes mencionadas no inciso III os dados cadastrais para registro do I – o abandono da barragem, caracterizado em função da sua desativação e da inércia ou omissão
gravame; do empreendedor relacionadas ao controle, ao monitoramento ambiental ou à segurança;
V – disponibilizar para o órgão ou entidade competente do Sisema o certificado de ônus e II – a ocorrência de sinistro, configurado pela liberação descontrolada de material decorrente de
gravame registrado na clearing, sendo o custo de registro de ônus e gravame de responsabilidade da instituição uma falha crítica na barragem, que comprometa a sua capacidade de reservação.
garantidora; § 1º – A seguradora, a instituição financeira ou o Tesouro Estadual serão notificados para efetuar o
VI – disponibilizar mensalmente o saldo da aplicação do CDB; pagamento ou disponibilizar o valor caucionado, conforme a natureza da modalidade de garantia oferecida.
VII – honrar totalmente os pedidos de solicitação de execução de garantia; § 2º – A notificação a que se refere o § 1º deverá conter, no mínimo:
VIII – considerando o pedido de honra de que trata o inciso VII, desvincular o gravame da clearing I – o prazo para pagamento;
e proceder ao resgate do CDB, bem como ao depósito do valor referente à garantia em conta corrente informada II – a qualificação do notificado;
pelo Tesouro Estadual; III – o valor a recolher;
IX – disponibilizar nota de negociação referente ao resgate do CDB logo após a desvinculação do IV – a indicação do local de pagamento e a forma de efetuá-lo.
gravame e resgate; Art. 20 – A execução da caução ambiental não exime o empreendedor da obrigação de reparar
X – apresentar a comprovação dos recursos captados em ativos com sustentabilidade socioambiental integralmente danos socioambientais causados pela instalação, pela operação ou pela descaracterização da
e informar ao órgão ou à entidade competente do Sisema. barragem, bem como por sinistros ou desastres envolvendo seu mau funcionamento ou rompimento.
§ 1º – O BDMG disponibilizará ficha cadastral ao Estado e ao detentor do CDB, para o registro Art. 21 – Sobrevindo sinistro que não implique na descaracterização da barragem, a comprovação
do gravame e do certificado. da implementação de nova caução ambiental, com a devida atualização, deverá ser apresentada como requisito
§ 2º – O contrato de ônus e gravame entre o Estado e o detentor do CDB deverá ser enviado ao para a retomada da operação da barragem.
BDMG, que o disponibilizará à Bolsa de Valores – B3. Art. 22 – Caso não sobrevenha sinistro, o empreendedor poderá requerer o levantamento da
§ 3º – Os custos e as despesas da constituição do gravame na B3 serão cobrados ao detentor do caução, desde que sejam atendidos, cumulativamente, os seguintes requisitos:
CDB. I – a descaracterização da barragem seja atestada pela Feam, nos termos do art. 23 do Decreto nº
§ 4º – O BDMG disponibilizará certidão de que o gravame foi efetuado. 48.140, de 2021;
Art. 9º – Os projetos a que se refere o § 1º do art. 7º deverão contemplar a elaboração ou a
implementação de políticas públicas e de arcabouço regulatório que visem: II – a recuperação socioambiental da área impactada pela barragem seja certificada por órgão ou
I – fomentar a descarbonização em setores econômicos do Estado e a economia de baixo entidade competente do Sisema.
carbono, fazendo com que o Estado colabore ativamente com as metas estabelecidas no Plano Estadual de § 1º – As medidas de recuperação socioambiental a que se refere o inciso II deverão ser
Ação Climática, coadunando com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pela Organização implementadas na forma de regulamento do órgão ou da entidade competente do Sisema.
das Nações Unidas; § 2º – A caução na modalidade depósito em dinheiro será liberada em até 15 dias úteis contados da
II – promover a reconversão produtiva de territórios minerados com vistas a buscar por alternativas data do requerimento a que se refere o caput.
para diminuir a dependência econômica dos municípios mineiros com relação à cadeia produtiva do setor Art. 23 – Nas infrações ambientais pelo descumprimento deste decreto e das obrigações previstas
mineral, explorando vocações locais já existentes; na Lei nº 23.291, de 2019, além das demais sanções e medidas cabíveis, será imposta a suspensão imediata das
III – fomentar o desenvolvimento regional com vistas à melhoria do ambiente de negócios licenças ambientais, nos termos do Decreto nº 47.383, de 2 de março de 2018.
no Estado, de cadeias produtivas, do cooperativismo, de arranjos produtivos locais, do empreendedorismo, Art. 24 – Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
considerando as vocações, potencialidades e características regionais do território mineiro. Belo Horizonte, aos 29 de dezembro de 2023; 235º da Inconfidência Mineira e 202º da
Art. 10 – A fiança bancária deverá ser emitida por instituição financeira com rating em escala local Independência do Brasil.
igual ou superior ao da União e conter, no mínimo, em cláusula expressa, os seguintes requisitos: ROMEU ZEMA NETO
I – valor suficiente para a cobertura total da caução ambiental, na hipótese em que for modalidade
única, ou suficiente para a cobertura parcial do valor da caução ambiental, na hipótese em que houver mais de ANEXO I
uma modalidade; (a que se refere o § 3º do art. 2º do Decreto nº 48.747, de 29 de dezembro de 2023)
II – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA como índice de atualização do valor
segurado; Fórmula para cálculo da Caução Ambiental
III – renúncia ao benefício de ordem instituído pelo art. 827 do Código Civil; R$caução = A x C x 25,96* x Infla
IV – renúncia, por parte da instituição financeira fiadora, aos termos do art. 835 e do inciso I do R$caução: Valor da caução em reais
838 do Código Civil; A: Área do reservatório da barragem em metros quadrados (m2)
V – prazo de validade indeterminado; C: Ponderador de classe da Barragem, conforme Anexo II.
Infla: Valor de correção inflacionária, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, acumulada a partir de fevereiro de
VI – presença de instituição financeira garantidora idônea, devidamente autorizada a funcionar no 2022.
Brasil, nos termos da legislação própria; *custos estimados dos projetos de descaracterização de barragens, equivalente a R$25,96/m2, conforme Pulino, A. (2010) e corrigido pela inflação
VII – declaração da instituição financeira de que a carta fiança é concedida em conformidade com acumulada entre janeiro de 2010 e janeiro de 2022, conforme a base de cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA.
o disposto no art. 34 da Lei Federal nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, nos termos do art. 2º da Resolução
CMN nº 2.325, de 30 outubro de 1996, do Conselho Monetário Nacional;
VIII – eleição do foro de Belo Horizonte para dirimir questões entre fiadora e o Estado credor; ANEXO II
IX – obrigação de quitação do crédito pelo fiador em até 10 dias contados da notificação feita pelo (a que se refere o § 3º do art. 2º do Decreto nº 48.747, de 29 de dezembro de 2023)
órgão ou pela entidade competente do Sisema ou, quando for o caso, de intimação judicial.
Parágrafo único – O subscritor da carta de fiança bancária deverá comprovar poderes para o Ponderador de classe da barragem, conforme matrizes de classificação geral
atendimento das exigências contidas no caput. do Anexo IV do Decreto nº 48.140, de 25 de fevereiro de 2021
Art. 11 – A aceitação do seguro-garantia é condicionada à observância dos seguintes requisitos, os
quais deverão constar das condições contratuais da apólice: Finalidade das Barragens
Barragens de disposição de rejeitos e Barragens de água ou de
I – a apólice do seguro deverá ser emitida por companhia seguradora com rating em escala local Classe resíduos da indústria e da mineração contenção de sedimentos
igual ou superior ao rating da União e receitas de arrecadação de prêmios de seguro, no segmento danos e A 2 0,5
responsabilidades, superiores a R$6.000.000.000,00 (seis bilhões de reais), no exercício anterior à contratação B 1,5 0,4
do seguro; C 1,3 0,2
II – valor segurado, atualizado até a data em que for prestada a garantia, deve ser equivalente à D 1,2 0,1
cobertura total da caução ambiental, na hipótese em que for modalidade única, ou suficiente para a cobertura E 1 0,1
parcial do valor da caução ambiental, na hipótese em que houver mais de uma modalidade;
III – contar com a atualização do limite máximo de garantia pela aplicação do IPCA, ou outro que DECRETO Nº 48.748, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2023.
o vier a substituir;
IV – renúncia aos termos do art. 763 do Código Civil e do art. 12 do Decreto-lei Federal nº 73, de
21 de novembro de 1966, com consignação de que “fica entendido e acordado que o seguro continuará em vigor Altera o Decreto nº 48.633, de 7 de junho de 2023, que
mesmo quando o tomador não houver pago o prêmio nas datas convencionadas”; dispõe sobre a utilização dos documentos fiscais a que
V – prazo de vigência igual ao prazo para extinção das obrigações do tomador do seguro ou, se se refere o art. 91 do Decreto nº 48.589, de 22 de março
em vigência inferior, existência de cláusula de renovação da apólice, caso não seja apresentada nova garantia de 2023, que regulamenta o Imposto sobre Operações
aceita pelo Estado; relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações
VI – estabelecimento de obrigação para a empresa seguradora efetuar o depósito em dinheiro do de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal
valor segurado, caso o devedor não o faça;
VII – estabelecimento de que a empresa seguradora, por ocasião do pagamento da indenização, e de Comunicação – ICMS.
sujeitar-se-á ao procedimento previsto no caput e no inciso II do art. 19 da Lei Federal nº 6.830, de 22 de
setembro de 1980;
VIII – obrigação de quitação do crédito pelo segurador em até 10 dias, contados da notificação O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de atribuição que lhe confere
feita pelo órgão ou pela entidade competente do Sisema ou, quando for o caso, de intimação judicial; o inciso VII do art. 90 da Constituição do Estado e tendo em vista o disposto no art. 39 da Lei nº 6.763, de 26
IX – eleição do foro da Comarca de Belo Horizonte para dirimir questões atinentes ao seguro- de dezembro de 1975,
garantia.
§ 1º – A apólice de seguro-garantia não poderá conter cláusula, específica ou genérica, de DECRETA:
desobrigação decorrente de atos exclusivos do tomador ou da empresa seguradora, ou da empresa resseguradora,
se for o caso, ou de ambos em conjunto. Art. 1º – O inciso II do § 3º e o § 4º do art. 11 do Decreto nº 48.633, de 7 de junho de 2023, passam
§ 2º – A comprovação de registro da apólice junto à Superintendência de Seguros Privados deverá a vigorar com a seguinte redação:
ser apresentada ao órgão ou à entidade competente do Sisema. “Art. 11 – (...)
Art. 12 – A proposta de caução ambiental deverá ser apresentada na etapa de licença prévia do § 3º – (...)
licenciamento ambiental da barragem, observado o disposto nos arts. 2º, 3º e 4º, e será submetida à análise e II – o documento fiscal indicado no inciso V do caput do art. 1º, desde que o contribuinte o emita
aprovação do órgão ou da entidade competente do Sisema. por sistema de processamento eletrônico de dados e mantenha, à disposição do Fisco, arquivo eletrônico com os
Parágrafo único – A área do reservatório da barragem a ser considerada na proposta a que se refere dados relativos a tal documento, ressalvado o disposto no § 4º.
o caput deverá considerar as diretrizes dos §§ 1º e 2º do art. 2º, utilizando os parâmetros do projeto conceitual § 4º – O documento fiscal dispensado de autorização na forma do § 3º poderá, a critério da SEF,
da barragem. ter sua impressão condicionada à AIDF.”.

Documento assinado eletrônicamente com fundamento no art. 6º do Decreto nº 47.222, de 26 de julho de 2017.
A autenticidade deste documento pode ser verificada no endereço http://www.jornalminasgerais.mg.gov.br/autenticidade, sob o número 3202312300250110119.

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