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Depois dessas coisas, Ele partiu para o Monte das Oliveiras como de costume.
Ali Ele pediu que seus discípulos vigiassem em oração. Ele se afastou um
pouco deles com o objetivo de orar. A Bíblia diz que ali Jesus orou ao Pai
intensamente.
Devemos nos perguntar, o que estava no cálice para que o levasse a orar com
tanto fervor? Que coisa terrível continha o cálice, para Ihe causar angústia
capaz de fazê-lo suar sangue?
Ao dizer: “Pai, se possível, afasta de mim este cálice!”, Jesus demonstrou estar
apavorado com a terrível experiência iminente a qual se submeteria.
Diferentemente do que alguns pensam, Ele não estava temendo os
sofrimentos físicos da cruz, apesar de que a crucificação era a forma mais
dolorosa e cruel de execução da época. Definitivamente Ele não estava com
medo de ser açoitado, humilhado, torturado e finalmente morto.
Na cruz, Ele não gritou: “Meu Deus, está doendo!”; nem mesmo disse: “Meu
Deus, eu não quero morrer, me tira daqui!”; mas seu grito foi: “Meu Deus, meu
Deus! Por que me abandonastes?“ (Mateus 27:46). Esse grito de angustia
revela o extremo amargor do cálice que lhe foi dado a tomar.
¹⁵ Porque assim me disse o Senhor Deus de Israel: Toma da minha mão este copo
do vinho do furor, e darás a beber dele a todas as nações, às quais eu te enviarei.
¹⁶ Para que bebam e tremam, e enlouqueçam, por causa da espada, que eu enviarei
entre eles.
¹⁷ E tomei o copo da mão do Senhor, e dei a beber a todas as nações, às quais o
Senhor me enviou;
¹⁸ A Jerusalém, e às cidades de Judá, e aos seus reis, e aos seus príncipes, para fazer
deles uma desolação, um espanto, um assobio, e uma maldição, como hoje se vê;
Jeremias 25:15-18
⁸ Porque na mão do Senhor há um cálice cujo vinho é tinto; está cheio de mistura; e
dá a beber dele; mas as escórias dele todos os ímpios da terra as sorverão e beberão.
Salmos 75:8
Aqui é preciso entender que não houve qualquer conflito entre a vontade
divina e os desejos de Cristo em sua humanidade. Isto fica claro quando Ele
próprio diz: “Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, me salva
desta hora? Não; eu vim precisamente com este propósito, para esta hora” (João
12:27).
Sua morte não foi como qualquer outra morte. Não foi um mero exemplo a
ser seguido. Não foi simplesmente um ato heroico como foram as mortes de
muitos mártires da História. Sua morte foi expiatória! Ele ocupou o lugar de
pecadores, e por eles tomou o cálice da ira de Deus até o fim.
1. O Que é a Morte?
Paulo escreveu: “O salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). A morte é o
castigo para a rebelião contra Deus: quando as Escrituras falam sobre isso,
não é meramente uma categoria biológica. Deus advertiu Adão sobre comer
o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal: “no dia em que dela
comeres, certamente morrerás” (Gn 2.17). Adão não caiu morto no dia em
que comeu a fruta, mas foi expulso do Éden.