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PATOLOGIA

REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS

Engº Civil MSc. Renato F. Sahade


"Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um
homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a
chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra
aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha.

“Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um


insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva,
transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela
casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda".

Jesus, Mateus 7:24-27

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OBJETIVO:
• Comportamento das Argamassas no estado Fresco e Endurecido;

• Identificar as principais manifestações patológicas em revestimentos


argamassados;

• Suas causas geradoras;

• Consequências na Vida útil da Edificação;

• Prevenção de Patologias; e

• Selecionar/projetar os principais Sistemas de Recuperação e


proteção mais adequados (SR’s)

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Terminologia

- Argamassa

Mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s),


aglomerante(s) e água de amassamento e,
eventualmente, aditivo(s) ou adição(ões) para
otimizar suas propriedades no estado fresco ou no
estado endurecido [adaptado da NBR13529]
Terminologia de Argamassas: http://www.gtargamassas.org.br/

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NBR 13749:2013
- Condições dos revestimentos

-Ser compatível com o acabamento decorativo;


-Ter resistência mecânica decrescente ou uniforme, a partir da
primeira camada em contato com a base;
-Ser constituído de uma ou mais camadas superpostas de
argamassas contínuas e uniformes;
-Ter propriedade hidrofugante (...) em caso de ficar aparente;
-Ter propriedade impermeabilizante (...) em contato com o
solo;
-Resistir à ação de variações normais de temperatura e
umidade do meio.
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IMPORTÂNCIA DO TEMA

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Importância do Tema

Os revestimentos fazem parte da


história da civilização, sendo
empregados na construção de obras
civis e monumentos desde a
antiguidade.

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Importância do Tema
• A indústria de argamassas surgiu no final
do século 19, mas o uso de argamassas
remonta a milhares de anos.

• Mais de 10.000 anos atrás foi


descoberto o registro mais antigo de
emprego de argamassa de gesso na
Galiléia perto de Yiftah`el em Israel.
EMO - European Mortar Industry Organization. History of Mortar.:
http://www.euromortar.com/product-range/mortar/history-of-mortar/
( Acesso em: Jan/2015)

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Yiftah’el structure with plastered floor

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Argamassas pozolânicas com cal, resistentes à água
do mar, foram usadas pelos romanos.

http://news.berkeley.edu/2013/06/04/roman-concrete/
As inclusões amareladas são pedra-pomes, os fragmentos de pedras
escuras são lava, as áreas cinzentas consistem em outros materiais
Eng MSc Renato Sahade cristalinos vulcânicos e as manchas brancas são cal. 10
Importância do Tema

Salvador,
Pelô, 1549
Sangue, leite
e banha
maior coesão,
imperm. e
São Paulo, 2010, coloração
cimento, aditivos
e areia
Pau a pique, 1628
(arg. cal e areia)
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1-5%
1-5% 1-5%
6-10%

0-15%

11-25%

0-10%

Alta
CP V 100-
Resistência - - 0-10%
ARI 90%
Inicial

ABNT NBR 16697:2018


03/07/2018
Cimento Portland - Requisitos

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Importância do Tema
• Consumo de argamassa no Brasil:
• misturas para assentamento de blocos, revestimento
interno e externo de paredes e tetos, execução de pisos,
colagem dos mais diversos materiais em paredes, pisos,
e tetos, grauteamento, produtos decorativos para
acabamentos internos e externos, argamassas especiais
etc.

• O mercado total de argamassas industrializadas no Brasil


é estimado em 120 milhões de toneladas/ano.

• 16,4% da produção de cimento Portland no Brasil foi


destinado para o setor de argamassa (2016). Fonte:
Sinaprocim
Elaboração:
Eng MSc Renato Sahade Findes/Ideies 13
Importância do Tema

http://abai.org.br/mercados/

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29%

18%
Instalações
Revestimentos
2%

5%
4%

Cobertura
Desmob Projetos

15%
3%

Vedações
18%
Mobilização

Estrutura
6%
Fundações

https://universa.uol.com.br/listas/qual-percentual-medio-do-orcamento-corresponde-a-
cada-etapa-da-obra.htm
Em 11/09/2018
15
Importância do Tema

REVESTIMENTOS

20 a 38% do Custo da Obra

https://universa.uol.com.br/listas/qual-percentual-medio-do-orcamento-corresponde-a-cada-etapa-da-obra.htm
Em 11/09/2018
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A ESCOLHA DO REVESTIMENTO

Padrão
Estético

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17
HighLine Square
105 metros de altura / 31 andares
Enseada do Suá, Vitória. (ES)
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Materiais Fachada
- ACM
- Porcelanato
- Pintura
- Placa Cimentícia
-- Esquadrias Al
- Vidro

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A ESCOLHA DO REVESTIMENTO

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21
Fonte: Carasek, H
Eng Renato Sahade, MSc 22
Fonte: Ribeiro, F.
EXERCÍCIO
• Uma construtora tem enfrentado problemas diversos após o término das
obras, como se verá nas imagens a seguir.
• Depois de o edifício ser entregue aos compradores, surgem muitas queixas
sendo necessário mesmo manter uma equipe, durante longo tempo, para
executar reparos (Assistência Técnica).
• Em função disso, a empresa começou a considerar a qualidade dos produtos,
mão de obra e a eliminação dos desperdícios.
• Um dos profissionais, você, foi contratado para avaliar as falhas reincidentes,
diagnosticá-las e elaborar, primeiramente, um plano de ataque emergencial,
ou seja, tratamento das manifestações patológicas observadas.
• Em um segunda etapa, assim que os problemas estiverem bem identificados e
tratados, você deverá elaborar metas para se evitarem as ditas “patologias”.
• É padrão desta construtora: edifícios residenciais e comerciais de médio a alto
padrão, com alturas variando de 20 a 30 pavimentos-tipo, estrutura em
concreto moldada no local, alvenaria de vedação de tijolos cerâmicos ou de
concreto e revestimento em argamassa com acabamento em pintura.
Desempenho das
Argamassas
Histórico
Desempenho - Romanos

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Desempenho - Romanos
• Idade > 2.000 anos
• Uso de cal com pozolana
(cinza de vulcão)

O prédio mais antigo do mundo, ainda em pé, é o


Panteão de Agripa, erguido entre 29 e 19 a.C.

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Desempenho – Edifício Martinelli
• Primeiro arranha-céu do
Brasil e da América
Latina.
• Fachada massa cor-de-
rosa, uma mistura de
vidro moído, cristal de
rocha, areias muito puras
e pó-de-mica, que fazia a
fachada cintilar à noite.
• O Martinelli inspirou
Oswald de Andrade a
começou em 1922 – 1934: 30 andares chamar pejorativamente
Com 105 metros de altura, foi entre 1934 e 1947
o maior arranha-céu do país e,
São Paulo de “cidade bolo
durante um tempo, o mais alto da América Latina. de noiva”.
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Desempenho – OBRAS ANTIGAS
• Uso da cal como aglomerante
• Maior rigidez das estruturas (< moviment.)
• Vedações com maior inércia térmica (> dissipação
da carga térmica que recebe)
• Maior prazo de obra: carbonatação da cal
• Areia de boa qualidade (areia lavada de rio ≠ areia
de cava = maior teor de finos e argila)
• Mão de obra com conhecimento

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Desempenho – OBRAS “NOVAS”
• Avanço tecnológico x pressões de prazo
• Caminho crítico da execução = “tirar” o atraso
• Dependente da mão de obra
• Estruturas esbeltas e flexíveis
• Paredes delgadas com menor rigidez
• Maior absorção de carga térmica > solicitação dos
revestimentos

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Obras “Velhas” x “Novas”

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Obras “Velhas” x “Novas”

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Concreto
x
Argamassa
Diferentes tecnologias
• O concreto é um
elemento estrutural por
si só;
• A resistência à
compressão
(mecânica) é vital para
o concreto;
• < a/c ► > fck

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Revestimento de Paredes

RDM = Revestimento Decorativo Monocamada


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Revestimento de Paredes

“Ter resistência mecânica decrescente ou uniforme, a partir


da primeira camada em contato com a base”
NBR ABNT 13749

RDM = Revestimento Decorativo Monocamada


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Substrato

Nakakura, E. H., 2015

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Substrato!!

Nakakura, E. H., 2015

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Chapisco

Camada de preparo da base, aplicada de forma


contínua ou descontínua, com finalidade de
melhorar a aderência do revestimento de
argamassa e uniformizar a superfície quanto à
absorção d’água.

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Chapisco

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Chapisco
• Vídeo chapisco manual

• https://youtu.be/Qw9UHOxBRHQ?list=PLgb6EVmq
5kiDyYklNloNiBsY5piUa6DUv

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Chapisco
• Vídeo chapisco projetado

• https://youtu.be/uhCOYUzdCSc?list=PLgb6EVmq5ki
DyYklNloNiBsY5piUa6DUv

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Chapisco Projetado: Cuidados!
• o chapisco é muito mais complicado para qualquer tipo de projetora;

• apesar de render uma metragem consideravelmente maior, a


projeção do chapisco deve ser feita de maneira uniforme e com
muito cuidado para não exceder a espessura de 3 a 5 mm;

• sempre que for temperar o chapisco de bater (betoneira, misturador


contínuo ou misturador de eixo horizontal) lembre-se sempre de
nunca deixá-lo em repouso antes da aplicação, ou seja, bateu o
chapisco de maneira adequada, coloque-o na projetora e faça a
projetora funcionar imediatamente. Nunca deixe o chapisco em
repouso no reservatório da projetora nem pare o serviço de
aplicação enquanto ainda houver chapisco nas mangueiras.

• recomenda-se sempre a utilização de aditivos plastificantes no traço


do chapisco para diminuir a desagregação da água e areia;

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Chapisco
 Aumenta a rugosidade da base

Uniformiza a absorção de água da base

 ↑ Aderência → Blocos Cerâmicos e Concreto

Blocos de Concreto → Os resultados divergem-


se

COSTA; JOHN, 2011


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Chapisco: emboço sobre base
Maior perda de
Alta água
absorção
Baixa absorção

Dificuldades no sarrafear e desempenar: ≠ Plasticidade


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Chapisco

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Chapisco

“Uma das principais medidas, (...), para


evitar trincas e fissuras no
revestimento, é simples e tem execução
bem conhecida: a cura do chapisco. É
no chapisco que se encontram os
maiores problemas de revestimento”.
Cavani, G.R., 2010

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Chapisco

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Chapisco – Estruturas de Concreto
Fck28 = 30MPa

Chapisco 1:3
CPII-Z

Arg 1:1:4

Longhi, M. A., 2011


CPIV

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Longhi, M. A., 2011
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Chapisco – Cimentos (CPII-E-Z / CPIII/ CPIV)
Sem cura: 24 horas

Aderência: raspagem com


espátula

Sem cura
Sem cura 3 dias

Dureza Superficial: Resist. ao Risco Com cura 3 dias Silva et al. (2009)
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Chapisco – Cimentos (CPII-E-Z / CPIII/ CPIV)
Sem cura: 03 dias

Aderência: raspagem com


espátula

Sem cura
Sem cura 3 dias

Dureza Superficial: Resist. ao Risco


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Chapisco – Cimentos (CPII-E-Z / CPIII/ CPIV)

Com cura: 03 dias


Sem cura: 03 dias

Aderência: raspagem com


espátula
Com cura 3 dias

Dureza Superficial: Resist. ao Risco

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Chapisco – Alvenarias (CPII-E-Z / CPIII/ CPIV)

Cura úmida de 07 dias


NBR 13749:2013 – Ra > 0,30 MPa (Fachadas)
Eng MSc Renato Sahade Silva et al. (2009) 55
Chapisco – Alvenarias (CPII-E-Z/ CPIII / CPIV)

Sem cura: escória/pozolana não adquirem resistência: esfarelam!

Eng MSc Renato Sahade Vanessa Silva et al. (2009) 56


Chapisco - Cura

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Chapisco - Cura

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Chapisco Rolado
• Otávio Lopes Simonis ‐ Com relação à experiência da
Barbara, as patologias que registramos foram basicamente
desplacamento de revestimento interno e externo. Isso foi
diagnosticado e constatamos que o problema foi a mistura
do chapisco rolado ‐ nós controlamos a dosagem, mas, na
aplicação, o chapisco decanta. Com essa decantação,
corre‐se o risco de só ser projetada água no substrato.
Tivemos alguns problemas com isso e abolimos o chapisco
da Barbara há uns quatro anos.

• Mércia Bottura de Barros ‐ O chapisco rolado exige um


treinamento muito sério de pessoal, porque ele não pode
decantar. Quando isso acontece, fica‐se com uma nata de
cimento e polímero em cima. Se for aplicado, estará
selando a base.

Eng MSc Renato Sahade Revista Construção Mercado, 2009 60


Chapisco Rolado

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Emboço

Camada de revestimento executada para


regularizar a base, propiciando uma superfície que
permita receber outra camada, de reboco ou de
revestimento decorativo (por exemplo, cerâmica).

Responsável pela estanqueidade e pela integridade


mecânica do revestimento.

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Preparo da Mistura

“As argamassas devem ser misturadas por processo


mecanizado ou, em casos excepcionais, por
processo manual, até obtenção de massa
perfeitamente homogeneizada.”

NBR 7200:1998

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Preparo da Mistura

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Emboço

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Emboço

Pacelli, E. (ABCP, 2015)

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Emboço
• Projeção com canequinha

• https://youtu.be/AN4vx_rqgHw

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Emboço
• Projeção com mangote

• https://youtu.be/GPE8yfXPv7c

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https://youtu.be/4E5d6E
U1d0M

Teste de resistência superficial

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Requisitos dos Revestimentos

ABCP
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Requisitos das Argamassas
• proteger os elementos de vedação e a estrutura da ação direta
dos agentes agressivos;

• auxiliar as vedações no cumprimento das suas funções como o


isolamento térmico (30%), acústico (50%) e a estanqueidade à
água e aos gases (70~100%);

• regularizar a superfície dos elementos de vedação, servindo de


base regular e adequada ao recebimento de outros revestimentos
ou constituir-se no acabamento final;

• contribuir para a estética da fachada.

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Exercício
Tempo: 20 min

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Propriedades no Estado
Fresco
Argamassa para assentamento e revestimento de paredes
e tetos
NORMA NOME
Preparo da mistura e determinação do
ABNT NBR 13276:2005
índice de consistência
ABNT NBR 13277:2005 Determinação da retenção de água
Determinação da densidade de massa e
ABNT NBR 13278:2005
do teor de ar incorporado
Caracterização reológica pelo método
ABNT NBR 15839:2010
squeeze-flow
Determinação da variação dimensional
ABNT NBR 15261:2005
(retratação ou expansão linear)

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Cronogramas de Execução
Argamassa Bases de Revestimento Prazos Mínimos
Estruturas de Concreto
Alvenarias Estruturais 28 dias
Preparada em obra
Alvenarias não estruturais 14 dias
Chapisco 3 dias
Industrializadas Podem ser alterados*
Argamassa de Emboço em e ≤ 20 mm
mais de uma demão 24 h entre demãos

* Se houver instrução específica do fornecedor, com comprovação de ensaios laboratoriais credenciados pelo INMETRO

ABNT NBR 7200:1998

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1. Trabalhabilidade
• Trabalhabilidade é a propriedade das argamassas
no estado fresco que determina a facilidade com
que elas podem ser:
– misturadas,
– transportadas,
– lançadas,
– consolidadas e
– acabadas,

*em uma condição homogênea.

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1. Trabalhabilidade
• A trabalhabilidade é resultante da conjunção de
diversas outras propriedades, tais como:

• Consistência/Fluidez;
• plasticidade;
• retenção de água;
• coesão;
• viscosidade;
• adesão inicial.

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1. Trabalhabilidade

BAUER, E. et al. Revestimentos de argamassa: características e


Eng MSc Renato Sahade peculiaridades. Brasília:LEM-UnB/Sinduscon-DF, 2005. 92 p 80
1. TRABALHABILIDADE - Plasticidade

CARASEK, 1996

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Plasticidade - Aditivos

% em relação a massa de cimento


- Melhora o rendimento (maior volume de argamassa)
- Diminuição qdade de finos: menos água, menos segregação e exsudação
- Ganho de consistência e plasticidade (aumenta a região de contato = molha o substrato)
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Aumento da porosidade da
argamassa

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Teor de Ar
Incorporado

~0,05% em relação a massa de cimento


Redução de até 55%
nas Rad’s

Alves, 2002
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1. TRABALHABILIDADE - Retenção de Água

• A retenção de água interfere nas reações


químicas dos aglomerantes da argamassa que
exigem uma quantidade adequada de água.
• A resistência mecânica, a aderência e a
durabilidade são propriedades que dependem da
retenção de água da argamassa.
NBR 13277:2005
Eng MSc Renato Sahade 86
Retenção de Água - Aditivos
• Retentores de Água

Confere à argamassa a capacidade de essa não alterar


sua trabalhabilidade, mantendo-se aplicável por um
período adequado de tempo quando sujeita a
solicitações que provoquem perda de água, seja ela por
evaporação, sucção do substrato ou reações de
hidratação
Ex. Éster de Celulose = papel (retém água)
150 g/ton ou 250 g/m³ argamassa
Eng MSc Renato Sahade 87
2. EXTENSÃO DE ADERÊNCIA
• Razão entre a área de
contato efetivo e a área
total possível de ser unida;
• Capacidade da argamassa
espalhar sobre a superfície
do substrato ;
• Depende:
• das características reológicas
da argamassa (teor de água,
de finos, aditivos,
homogeneidade da mistura);
• Da rugosidade e textura do
substrato, limpeza;
• Do tipo de aplicação.
Eng MSc Renato Sahade 88
Emboço

Pacelli, E. (ABCP, 2015)

Eng MSc Renato Sahade 89


Patologias associadas à Argamassa no estado Fresco

• Adição de água na argamassa de revestimento

• Mistura manual
• Tempo de mistura elevado na produção de argamassas
aditivadas industrializadas
• Aplicação de argamassa sobre paredes contíguas executadas
com materiais de diferente sucção
• Aplicação manual

• A importância do aperto da argamassa

Eng MSc Renato Sahade 90


Propriedades no Estado
Endurecido
NORMA NOME
Execução de revestimento de paredes e
ABNT NBR 7200:1998
tetos de argamassas inorgânicas –
Procedimento
ABNT NBR 13749:2013 Especificação (recebimento)
Determinação da resistência de
ABNT NBR 13528:2010
aderência à tração
ABNT NBR 13529:2013 Terminologia
Determinação do módulo de
ABNT NBR 15630:2008 Errata 1:2009 elasticidade dinâmico através da
propagação de onda ultra-sônica
Determinação da resistência à tração na
ABNT NBR 13279:2005
flexão e à compressão
Determinação da densidade de massa
ABNT NBR 13280:2005
aparente no estado endurecido
Determinação da absorção de água por
capilaridade e do coeficiente de
ABNT NBR 15259:2005
Eng MSc Renato Sahade capilaridade 92
NBR 13281:2005 - Requisitos

Eng MSc Renato Sahade 93


NBR 13281:2005 - Requisitos

Eng MSc Renato Sahade 94


NBR 13281:2005 - Requisitos
• Objetivo
• Projetista de fachada não especifique mais a argamassa
pelo traço e nem por limites de Resistência de Aderência
na tração (Rad), mas sim por classes de propriedades
que deva atender
• Parâmetros:
• Revestimentos cerâmicos colados ≥ R4
• Revestimentos sujeitos a choque/impacto ≥ P5
• Paredes expostas à chuva < C2
• Demais situações < C3
• Clima quente e seco > U5
• Demais situações = U3
• Clima frio: > M5

Eng MSc Renato Sahade BAUER, E. et al (Cinpar – 2013) 95


Revestimento Argamassa Fachada, Ano 2016, a/arg = 7,5 l/20 kg

Eng MSc Renato Sahade


NBR 13281:2005 - Exemplo

96
NBR 13281:2005 - Exemplo
Parâmetro Limite Obtido Situação
Revest Cerâm > R4
Resist
> P5
Choque/Impacto
Chuva Intensa < C2
Chuva Moderada < C3
Clima Quente e
> U5
Seco
Clima Moderado = U3
Fissuração R/P ~ 1,0
Clima Frio > M5

Eng MSc Renato Sahade 97


NBR 13281:2005 - Exemplo
Parâmetro Limite Obtido Situação
Revest Cerâm > R4 R3 Não
Resist
> P5 P4 Não
Choque/Impacto
Chuva Intensa < C2 C4 NÃO
Chuva Moderada < C3 C4 NÃO
Clima Quente e QUENTE E SECO
> U5 U2
Seco NÃO APROPRIADO

NÃO APROP Baixa


Clima Moderado = U3 U2
retenção de água

Clima Frio > M5 M4 NÃO

Eng MSc Renato Sahade 98


Argamassa Industrializada
• Garantia com relação à constância da formulação??
• Controle expedito à cada lote:
• Ensaio de densidade estado fresco 1700 a 1900 kg/m³

• Ensaio de resistência à tração (curva 3, 7, 14 e 28 dias)

Painel teste
Ensaio do “prisma”
Controle da constância do teor de cimento

Eng MSc Renato Sahade 99


Eng MSc Renato Sahade 100
Eng MSc Renato Sahade 101
Eng MSc Renato Sahade 102
Patologias associadas à Argamassa no estado Endurecido

• Espessuras sobre elevadas


• Fissuração (Argamassas de Alto Módulo)
• ↑ Permeabilidade, porosidade e capilaridade
• ↓ Resistência à Aderência na Tração

Eng MSc Renato Sahade 103


Espessuras
Tabela 1 – Espessuras admissíveis de revestimentos Internos e Externos

Revestimento Espessura (e)


mm
Parede Interna 5 ≤ e ≤ 20
Parede Externa 20 ≤ e ≤ 30 (50)
Tetos internos e externos e ≤ 20

ABNT NBR 13749:2013

Eng MSc Renato Sahade 104


Just, A., 2015

Alves, N., 2017

Eng MSc Renato Sahade 105


Eng MSc Renato Sahade 106
Origem

Ƭc = E . ε .e/A

A magnitude das tensões de cisalhamento


na interface argamassa/base tem correlação
direta com o módulo de deformação (E) da
argamassa e da sua espessura (e).

Eng MSc Renato Sahade 107


Pergunta:
• Como a espessura da argamassa de revestimento
afetará o desempenho do sistema de vedação
como um todo (ex. fissuração, descolamentos,
desplacamentos etc.)?
1. O desempenho aumenta com o aumento da
espessura;
2. O desempenho é inversamente proporcional à
espessura da argamassa;
3. Não afeta, pois é a resistência da argamassa que
conta
Eng MSc Renato Sahade 108
Módulo de Deformação (Rigidez)
E=σ/ ε
σu: tensão última
σ R: tensão de ruptura

ε : deformação de ruptura
R

Eng MSc Renato Sahade 109


Valores do módulo de elasticidade à temperatura
ambiente
MÓDULO DE ELASTICIDADE (RIGIDEZ)
MATERIAL
(GPa)
Liga de aço ~ 200
Ferro fundido 66 - 138
Liga de alumínio 70
Concreto 25 - 36
Argamassas 2 – 13
Cerâmicas 60
Porcelanatos 70
Diamante 700 - 1200

Eng MSc Renato Sahade 110


Propriedades das Argamassas

1:0,25:3 1:0,5:4,5 1:1:6

Eng MSc Renato Sahade Mohamad, G.I et al (2009) 111


Propriedades das Argamassas

O módulo de elasticidade é uma expressão da rigidez


da argamassa no estado endurecido que é
proporcional ao teor de cimento e à densidade da
argamassa

Eng MSc Renato Sahade Mohamad, G. et al (2009) 112


Gilberto Cavani
20 GPa 4 GPa
30 GPa 9 GPa 60 GPa
Eng MSc Renato Sahade 113
Tensão de Cisalhamento

Ƭc = E . ε.e/A

A magnitude das tensões de cisalhamento


na interface argamassa/base tem correlação
direta com o módulo de deformação (E) da
argamassa e da sua espessura (e).

Eng MSc Renato Sahade 114


PERMEABILIDADE
Os materiais de construção utilizados em alvenarias têm
características de absorção e porosidade bastante distintos,
função da distribuição e diâmetro dos canais capilares, da
porosidade do material e do tipo de poros presentes.

Eng MSc Renato Sahade 115


Medida da Resistência da
Aderência

Eng MSc Renato Sahade 116


Medida da Resistência da
Aderência NBR 13528:2010

Eng MSc Renato Sahade 117


Medida da Resistência da
Aderência NBR 13528:2010

Eng MSc Renato Sahade 118


Medida da Resistência da
Aderência

Eng MSc Renato Sahade 119


Medida de resistência de aderência

Eng MSc Renato Sahade 120


Eng MSc Renato Sahade CARASEK, 2010 121
Eng MSc Renato Sahade 122
Painel Protótipo

Eng MSc Renato Sahade 123


Eng MSc Renato Sahade 124
Eng MSc Renato Sahade 125
Eng MSc Renato Sahade 126
Eng MSc Renato Sahade 127
Eng MSc Renato Sahade 128
Eng MSc Renato Sahade Carasek, 2010 129
CARASEK
Eng MSc Renato Sahade 130
Exercício
Tempo: 20 min

Eng MSc Renato Sahade 131


Manifestações
Patológicas

Eng MSc Renato Sahade 132


ORIGEM DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

USO
MATERIAIS 10% DIVERSOS
18% 4%

PROJETO
EXECUÇÃO
40%
28%
MANUTENÇÃO
33%

DIVERSOS
8%
GRUNAU (1981) apud HELENE (1992)
MATERIAL
2%

PROJETO
37%
EXECUÇÃO
19%

SAHADE,(n = 80, 2014)


Eng MSc Renato Sahade 133
ORIGEM DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

Deficiente
Perda Precoce de Desempenho
Deterioração Acentuada

XV COBREAP – Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias – Palestra da Câmara de


Inspeção Predial do IBAPE/SP: Acidentes Prediais e a Incidência de Falhas e Anomalias em Edificações, 2009

Eng MSc Renato Sahade 134


Distribuição relativa da incidência de manifestações
patológicas em edificações
CORROSÃO
FISSURAS 18%
24%
DEFORMAÇÃO
NINHOS ESTRUTURAL
1% 3%

DEGRADAÇÃO
ARGAMASSA
MANCHAS 9%
SUPERFICIAIS
8%

DESTACAMENTO
REVESTIMENTO
9%
INFILTRAÇÃO
28%

Eng MSc Renato Sahade SAHADE (n = 80 , 2014) 135


PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

UMIDADE FISSURAS

ARGAMASSAS

DESCOLAMENTO DEGRADAÇÃO

Eng MSc Renato Sahade 136


Umidade

Eng MSc Renato Sahade 137


Umidade

Vida Útil Salubridade

Segurança

Eng MSc Renato Sahade 138


Ação da água:
Principal agente causador de
anomalias

- Chuvas/precipitações;
- Umidade do terreno;
- Condensação;
- Infiltrações; Ação da
-… água

Fissuração Desagregação

 desagregação a longo prazo;


 redução do isolamento térmico.
Eng MSc Renato Sahade 139
Infiltrações: fissuras
“aberturas de
fissuras na ordem
de 0,1 mm ou
mais, são
significantes para a
penetração direta
de água de chuva”.
(LOGEAIS, 1989)

Eng MSc Renato Sahade 140


Infiltrações

Eng MSc Renato Sahade 141


Eng MSc Renato Sahade 142
Saliências
• Pequenas Saliências ou
projeções nas
superfícies das paredes
conseguem reduzir o
volume de água que
escorre em até 50%

Eng Renato Sahade, MSc 143


Infiltrações • traço inadequado /
argamassa muito porosa
• camada muito fina
• retenção de água pelos
blocos
• falta de impermeabilização /
falta de conservação

umidade de infiltração – 50 a 60%


dos casos

 umidade fotografando blocos

(THOMAZ, 2003)
Eng Renato144
Sahade, MSc
Eng MSc Renato Sahade 145
Infiltrações
• Fantômes ou Espectro:

– Manchas que se formam desenhando as juntas de


assentamento da alvenaria devida à termoforese,
que é a diferença de temperatura superficial dos
materiais que compõem o revestimento - Logeais
(1989)

Eng MSc Renato Sahade 146


Foto: Máxime Consultoria
CSTB (1993): Fantôme ou “espectro” = aparição das juntas da
alvenaria através do revestimento
Eng MSc Renato Sahade 147
Fantômes ou Espectro
• Pode permanecer
constantemente visível ou
quando o revestimento é
molhado
• sucção não uniforme da
água em toda a superfície
• Base = materiais com
diferentes coef. ABS
O fenômeno é tanto mais
pronunciado quanto mais espessas
as juntas da alvenaria e a espessura
do revestimento forem escassas!
(Logeais, 1989)
Eng MSc Renato Sahade 148
Fantômes ou Espectro
A porosidade do substrato ao qual é aplicada a argamassa é
fundamental para o desenvolvimento de microrganismos e,
por isso, observa-se uma menor incidência de fantôme nos
elementos estruturais (pilares e vigas) do edifício. (Sato, 2000)

Eng MSc Renato Sahade 149


Fantômes ou Espectro

Os fungos são organismos heterotróficos, ou seja, necessitam compostos


orgânicos pré-elaborados como fonte de alimento. Estes compostos podem ser
encontrados em diversos materiais utilizados como revestimentos. Alguns
sistemas de revestimento podem servir como fonte de nutrientes para os fungos
ou apenas servir como substrato permitindo seu desenvolvimento.

Eng MSc Renato Sahade SATO; UEMOTO; SHIRAKAWA; SAHADE (2002) 150
SATO; UEMOTO; SHIRAKAWA; SAHADE (2002)
O crescimento de microrganismos em revestimentos pode ser responsável
por prejuízos que vão desde o comprometimento estético do material, até sua
completa deterioração, assim como podem causar problemas à saúde dos
ocupantes.

A água condensada permanece na superfície durante um tempo maior ou


menor em função da orientação solar da fachada e da velocidade e direção
do vento incidente sobre este elemento de vedação. Pelo fato de receberem
quantidade menor de radiação solar a taxa de evaporação da água
Eng Renato Sahade, MSc 151
condensada é menor, favorecendo o desenvolvimento de microrganismos
Exercício
Tempo: 20 min

Eng MSc Renato Sahade 152


PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

UMIDADE FISSURAS

ARGAMASSAS

DESCOLAMENTO DEGRADAÇÃO

Eng MSc Renato Sahade 153


Fissuras
• Introdução
• Conceito: Mecanismos de Formação
• Classificação
• Quanto à Atividade: Monitoramento
• Quanto à Forma
• Origem
• Sistemas de Recuperação (SRF)

Eng MSc Renato Sahade 154


Fissuras

• ALBERT JOISEL (1981)

• (DUARTE, 1988)

Eng MSc Renato Sahade 155


THOMAZ, E. (notas de aula 2003)
156
THOMAZ,E. (notas de aula 2003)
Eng MSc Renato Sahade 158
Eng MSc Renato Sahade 159
Eng MSc Renato Sahade 160
Eng MSc Renato Sahade 161
Eng MSc Renato Sahade 162
Mecanismos de Formação
das Fissuras

Eng MSc Renato Sahade 163


Mecanismo de formação
das Fissuras Material de Construção livre de tensões

(a)

Variação dimensional sem restrições

(b)

Variação com restrições

σt < Rt
(c)

Aparecimento de fissuras

(d)
σt > Rt
Eng MSc Renato Sahade (DJANIKIAN, s.d.) 164
Fissuras
• “Manifestação patológica, cuja forma se apresenta
como uma abertura linear e descontínua
resultante de ações internas ou externas aos
materiais de construção, que superem a sua
capacidade resistente, limitada a aberturas de até
1,0 mm de largura e que podem interferir nas suas
características estéticas, de durabilidade e
estruturais”.
(Sahade, 2005)

Eng MSc Renato Sahade 165


Fissuras
AUTOR AMOSTRA FISSURAS %
CSTC, 1979 1800 216 12
LOGEAIS, 1989 5832 3324 57
IOSHIMOTO,
462 116 25
1986
DAL MOLIN,
1615 780 48
1988
GOMES, 1997 66 22 34
GRILO, 2000 100 70 70
9875 4528 46

Eng MSc Renato Sahade 166


Fissuras
• NASCIMENTO PINTO et al. (1989), a incidência de
patologias nos revestimentos de argamassa não se
relaciona com a idade da edificação, pois elas foram
notadas logo após o “habite-se”, isto é, nas primeiras
idades.

• GOMES et al. (1997), observa-se que 34% das


edificações novas (entre 0 e 10 anos de idade)
analisadas apresentavam fissuras nos revestimentos, o
que equivale à soma em edificações velhas (37% com
mais de 16 anos). Se se considerar a idade de 15 anos
como edificações relativamente novas, este percentual
passa a 63%.
Eng MSc Renato Sahade 167
Distribuição das Fissuras em Edificações por idade
do edifício (em anos) n = 66 unid.

0a 5
11%
mais de 16 6 a 10
37% 23%

11 a 15
29%
Gomes et al (1997).

Eng MSc Renato Sahade 168


Classificação

NBR 13749:2013
Eng MSc Renato Sahade 169
Classificação

NBR 13749:2013
Eng MSc Renato Sahade 170
Origem

• DEPENDEM:
Tensões Propriedades
Impostas Argamassas/Base

Eng MSc Renato Sahade 171


Origem

Eng MSc Renato Sahade 172


Gilberto Cavani

Eng MSc Renato Sahade 173


Origem
• TENSÕES • ARGAMASSAS/BASE
– Esforços Cíclicos: – Tensões Cisalhamento
• Molhagem/secagem – Existência Vazios na
• Gradientes Térmicos interface
• Deformações estruturais – Resistência à fissuração

Danos
Progressivos

Eng MSc Renato Sahade 174


“As fissuras em argamassas de revestimento irão
depender, sobretudo, do seu módulo de
deformação e da sua capacidade de absorver as
deformações impostas pelo substrato”.

(JOHN, V., 2003)

Eng MSc Renato Sahade 175


Origem
A resistência à fissuração é garantida por argamassas com
menor retração e maior resistência à tração, i.e., a capacidade
do revestimento suportar deformações sem romper.

Já a existência de vazios na interface argamassa/base


dependerá tanto da microestrutura da argamassa, que por sua
vez depende da dosagem, quanto da preparação do substrato
e da mão-de-obra, que é responsável pela aplicação (VEIGA,
2003).

As argamassas também estão sujeitas a ações internas a


elas, tais como a retração de secagem e alterações químicas
dos materiais utilizados para sua elaboração. Os efeitos físicos
nocivos destas ações são relatados como o aumento na
porosidade e permeabilidade, diminuição na resistência,
fissuração e destacamento do revestimento.
Eng MSc Renato Sahade 176
Origem
FISSURAS
MÓDULO DEFORMAÇÃO
TENSÕES
E
DE CISALHAMENTO
ESPESSURA

MENOR RETRAÇÃO
RESISTÊNCIA E
À FISSURAÇÃO MAIOR RESISTÊNCIA
À TRAÇÃO

VAZIOS DOSAGEM
INTERFACE SUBSTRATO
ARGAMASSA/BASE MÃO DE OBRA

Eng MSc Renato Sahade 177


Mecanismo de formação

Movimentações Mov.imentações
Térmicas Higroscópicas

Sobrecarga
Deformações
s

Eng MSc Renato Sahade 178


Mecanismo de formação

Eng MSc Renato Sahade 179


Movimentação Higroscópica
• “As fissuras causadas por movimentações higroscópicas
apresentam-se bastante semelhantes àquelas devidas a
movimentações térmicas. Ambas são consequências de
deformações provocadas por variações volumétricas
(expansão e contração)” (NOTE..., 1980 apud
LORDSLEEM JR, 1997).

• E toda vez que uma argamassa se movimenta em


relação ao substrato, surge uma tensão de interface –
entre ela e a base. Isso provoca danos progressivos ao
longo dos anos. A perda de aderência implica na
propagação de uma microfissura que vai separando a
camada de argamassa de seu substrato.

Eng MSc Renato Sahade 180


Movimentação Higroscópica
• A fissuração dos
revestimentos em
argamassa será mais
acentuada em regiões
onde, por falta ou
deficiência de detalhes
construtivos, como
pingadeiras, cumeeiras,
peitoris, saliências
entre outros, ocorra a
maior incidência de
água.

Eng MSc Renato Sahade 181


Movimentação Higroscópica

Eng MSc Renato Sahade 182


Movimentação Higroscópica

Eng MSc Renato Sahade 183


Sobrecargas e Deformações

Eng MSc Renato Sahade 184


Retração das Argamassas

Eng MSc Renato Sahade 185


Retração

Eng MSc Renato Sahade 186


Retração

Eng MSc Renato Sahade 187


Retração
“A retração é resultado de um
mecanismo complexo, associado com a
variação de volume da pasta
aglomerante e apresenta papel
fundamental no desempenho das
argamassas aplicadas, especialmente
quanto à estanqueidade e à
durabilidade”. (Carasek, 2010)

Eng MSc Renato Sahade 188


Retração
Aglomerantes
• Excesso de finos no traço e/ou

Agregados

• Excesso de desempenamento

NBR 13749:2013

Eng MSc Renato Sahade 189


Retração

Eng MSc Renato Sahade 190


Retração

Eng MSc Renato Sahade 191


Retração

Eng MSc Renato Sahade 192


Granulometria
• Ensaios diretos: peneiramento (graúdos e miúdos)
• Ensaios indiretos: sedimentação (< 0,075 mm)

Eng MSc Renato Sahade 193


Distribuição granulométrica
• Proporção relativa das massas em porcentagem em
relação ao peso total da amostra
• NBR 7217 → NM 248:2003 Agregados:
Determinação da composição granulométrica

Eng MSc Renato Sahade 194


Curva granulométrica
• Dimensão máx. característica = # ≤ 5%
• Módulo finura = %𝑚𝑟𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎 /100 (série normal)

Eng MSc Renato Sahade 195


Exercício
Tempo: 20 min

Eng MSc Renato Sahade 196


Sistema de Recuperação
de Fissuras

Eng MSc Renato Sahade 197


Qto à atividade

Monitoramento

Amplitude de Movimentação

Eng MSc Renato Sahade 198


Monitoramento
Sistema de
Base Foto do Forma da
Recuperação
Local Local Fissura
Avaliado

T1

T2
T1 a T6
T1 e T2 – “E”
Térreo T3
T3 e T4 – “B”
Interno
T5 e T6 – “D”
Face S
T4

T5
T6

Eng MSc Renato Sahade 199


Figura 6.3 – Variação térmica ao longo dos monitoramentos.

Figura 6.4 – Variações medidas nas bases T1 a T3.


Eng MSc Renato Sahade 200
Instrumentos de Monitoramento

Eng MSc Renato Sahade 201


Eng MSc Renato Sahade 202
Eng MSc Renato Sahade 203
Sistemas de Recuperação de Fissuras - SRF
vedação vertical
sistema de
recuperação

REVESTIMENTO DA OUTRA
FACE DA VEDAÇÃO

BASE

CAMADA DE REGULARIZAÇÃO

DESSOLIDARIZAÇÃO

CAMADA DE RECUPERAÇÃO

CAMADA DE ACABAMENTO

Eng MSc Renato Sahade 204


http://cassiopea.ipt.br/tde_arquivos/teses/%7BB8E42DBC-E66A-49EE-9DC9-
205
0360B48025F4%7D_2005_HAB_Renato_Freua_Sahade.pdf
Sistemas de Recuperação de Fissuras - SRF
vedação vertical
sistema de
recuperação

REVESTIMENTO DA OUTRA
FACE DA VEDAÇÃO

BASE

CAMADA DE REGULARIZAÇÃO

DESSOLIDARIZAÇÃO

CAMADA DE RECUPERAÇÃO

CAMADA DE ACABAMENTO

Eng MSc Renato Sahade 206


Sistemas de Recuperação de Fissuras - SRF

• Camada de Regularização:

• àquela que tem a função de regularizar a base ou o


substrato e preparar uma superfície, em termos de
planicidade, porosidade, rugosidade e resistência,
adequada que permita a perfeita aderência com a
camada seguinte. Exemplo: argamassa de cimento e
areia média peneirada, traço 1:3 ou 1:4, em volume.

Eng MSc Renato Sahade 207


Sistemas de Recuperação de Fissuras - SRF
vedação vertical
sistema de
recuperação

REVESTIMENTO DA OUTRA
FACE DA VEDAÇÃO

BASE

CAMADA DE REGULARIZAÇÃO

DESSOLIDARIZAÇÃO

CAMADA DE RECUPERAÇÃO

CAMADA DE ACABAMENTO

Eng MSc Renato Sahade 208


Sistemas de Recuperação de Fissuras - SRF

• Camada de Dessolidarização:

• é aquela que impede qualquer ligação entre elementos,


no caso entre a camada de regularização e a de
recuperação. Tecnicamente é utilizada para distribuir as
tensões que se concentram na região da fissura.
Exemplos: esparadrapo, a fita de polipropileno,
bandagem cirúrgica, gaze, fita crepe, tela de poliéster
com bandagem central.

Eng MSc Renato Sahade 209


Sistemas de Recuperação de Fissuras - SRF
vedação vertical
sistema de
recuperação

REVESTIMENTO DA OUTRA
FACE DA VEDAÇÃO

BASE

CAMADA DE REGULARIZAÇÃO

DESSOLIDARIZAÇÃO

CAMADA DE RECUPERAÇÃO

CAMADA DE ACABAMENTO

Eng MSc Renato Sahade 210


Sistemas de Recuperação de Fissuras - SRF
• Camada de Recuperação

• acomodar as deformações intrínsecas do próprio


sistema de recuperação, principalmente de sua base. A
fissura pode ser “liberada” ou “travada”, isto é, que o
método de recuperação tenha as características de
elasticidade ou de rigidez suficiente para manter a
fissura ativa por meio de materiais que a “liberem”,
permitindo sua livre movimentação ou que a travem,
por meio do enrijecendo do local de tratamento.

Eng MSc Renato Sahade 211


Sistemas de Recuperação de Fissuras - SRF
vedação vertical
sistema de
recuperação

REVESTIMENTO DA OUTRA
FACE DA VEDAÇÃO

BASE

CAMADA DE REGULARIZAÇÃO

DESSOLIDARIZAÇÃO

CAMADA DE RECUPERAÇÃO

CAMADA DE ACABAMENTO

Eng MSc Renato Sahade 212


SRF
TABELA 4.1 - ESCOLHA DO SISTEMA DE RECUPERAÇÃO
FORMA DE
FISSURAS FISSURAS MANIFESTAÇÃO
GEOMÉTRICAS MAPEADAS

QUANTO À
ATIVAS PASSIVAS ATIVAS PASSIVAS ATIVIDADE

SAZONAIS PROGRESSIVAS SAZONAIS VARIAÇÃO DE


ABERTURA

  
   

   
SISTEMA DE
  
 RECUPERAÇÃO
 
 


 - Membranas acrílicas  - Armadura horizontal  - Pintura convencional


 - Papel de parede (interno)  - Selagem  - Encunhamento
 - Substituição do revestimento  - Junta de movimentação ou de controle  - Reforço de fundação
 - Bandagem  - Substituição de unidades danificadas  - Reforço estrutural
 - Tela metálica  - Argamassa armada
 - Tirante  - Grampeamento

Eng MSc Renato Sahade 213


SRF – Membranas Acrílicas
TABELA 4.1 - ESCOLHA DO SISTEMA DE RECUPERAÇÃO
FORMA DE
FISSURAS FISSURAS MANIFESTAÇÃO
GEOMÉTRICAS MAPEADAS

QUANTO À
ATIVAS PASSIVAS ATIVAS PASSIVAS ATIVIDADE

SAZONAIS PROGRESSIVAS SAZONAIS VARIAÇÃO DE


ABERTURA

  
    
   
SISTEMA DE
  
  RECUPERAÇÃO

 


 - Membranas acrílicas  - Armadura horizontal  - Pintura convencional


 - Papel de parede (interno)  - Selagem  - Encunhamento
 - Substituição do revestimento  - Junta de movimentação ou de controle  - Reforço de fundação
 - Bandagem  - Substituição de unidades danificadas  - Reforço estrutural
 - Tela metálica  - Argamassa armada
 - Tirante  - Grampeamento

Eng MSc Renato Sahade 214


SRF – Membranas Acrílicas

Sistema A

Eng MSc Renato Sahade 215


SRF – Membranas Acrílicas
Sistemas de Representação
Materiais Empregados
Recuperação Esquemática

 Tinta 100% Acrílica


(5 a 6 demãos)
 Selante Acrílico (2 demãos)
A  Fundo Preparador de Paredes
 Abertura em “V” (1x1 cm)

 Impermeabilizante Acrílico
 Tela de Poliéster
 Impermeabilizante Acrílico
 Selante Acrílico (2 demãos)
B  Fundo Preparador de Paredes

20
 Abertura em “V” (1x1 cm)


Eng MSc Renato Sahade Impermeabilizante Acrílico 216
(4 demãos)
Eng MSc Renato Sahade 217
Eng MSc Renato Sahade 218
Eng MSc Renato Sahade 219
Eng MSc Renato Sahade 220
Eng MSc Renato Sahade 221
SRF – Membranas Acrílicas

Sistema B

Eng MSc Renato Sahade 222


SRF – Membranas Acrílicas
Sistemas de Representação
Materiais Empregados
Recuperação Esquemática

 Tinta 100% Acrílica


(5 a 6 demãos)
 Selante Acrílico (2 demãos)
A  Fundo Preparador de Paredes
 Abertura em “V” (1x1 cm)

 Impermeabilizante Acrílico
 Tela de Poliéster
 Impermeabilizante Acrílico
 Selante Acrílico (2 demãos)
B  Fundo Preparador de Paredes

20
 Abertura em “V” (1x1 cm)

 Impermeabilizante Acrílico
Eng MSc Renato Sahade 223
(4 demãos)
Eng MSc Renato Sahade 224
Eng MSc Renato Sahade 225
Eng MSc Renato Sahade 226
Eng MSc Renato Sahade 227
SRF – Membranas Acrílicas

Sistema D

Eng MSc Renato Sahade 228


 Impermeabilizante Acrílico
(4 demãos)
 Tela de Poliéster com bandagem
central
C  Primer acrílico

12
SRF – Membranas Acrílicas
 Massa acrílica (2 demãos)
 Abertura em “V” (1x1 cm)

 Massa acrílica

 Tela de Poliéster com bandagem


D

12
central

 Massa Acrílica

 Pasta Acrílica
E

5
 Selante Acrílico com fibras de vidro
 Primer

Eng MSc Renato Sahade 229


Eng MSc Renato Sahade 230
Eng MSc Renato Sahade 231
SRF – Membranas Acrílicas

Sistema E

Eng MSc Renato Sahade 232


 Impermeabilizante Acrílico
(4 demãos)
 Tela de Poliéster com bandagem
central
C  Primer acrílico

12
SRF – Membranas Acrílicas
 Massa acrílica (2 demãos)
 Abertura em “V” (1x1 cm)

 Massa acrílica

 Tela de Poliéster com bandagem


D

12
central

 Massa Acrílica

 Pasta Acrílica
E

5
 Selante Acrílico com fibras de vidro
 Primer

Eng MSc Renato Sahade 233


Eng MSc Renato Sahade 234
Eng MSc Renato Sahade 235
SRF – TELAS METÁLICAS
TABELA 4.1 - ESCOLHA DO SISTEMA DE RECUPERAÇÃO
FORMA DE
FISSURAS FISSURAS MANIFESTAÇÃO
GEOMÉTRICAS MAPEADAS

QUANTO À
ATIVAS PASSIVAS ATIVAS PASSIVAS ATIVIDADE

SAZONAIS PROGRESSIVAS SAZONAIS VARIAÇÃO DE


ABERTURA

  
   

   
SISTEMA DE
  
 RECUPERAÇÃO
 
 


 - Membranas acrílicas  - Armadura horizontal  - Pintura convencional


 - Papel de parede (interno)  - Selagem  - Encunhamento
 - Substituição do revestimento  - Junta de movimentação ou de controle  - Reforço de fundação
 - Bandagem  - Substituição de unidades danificadas  - Reforço estrutural
 - Tela metálica  - Argamassa armada
 - Tirante  - Grampeamento

Eng MSc Renato Sahade 236


SRF – TELAS METÁLICAS
ACABAMENTO
ACABAMENTO

CAMADA DE
CAMADA DE EMBOÇO
EMBOÇO

TELA METÁLICA
TELA METÁLICA
GALVANIZADA
GALVANIZADA
30 a 50 CM
5cm

FITA DE
FITA DE POLIETILENO
POLIETILENO

25 25

Detalhe para espessura de emboço < 30mm Detalhe para espessura de emboço >30mm

Eng MSc Renato Sahade 237


Eng MSc Renato Sahade 238
• Tela de reforço: Metálica

• https://www.youtube.com/watch?v=ow-
xcU8lYDs&index=5&list=PLgb6EVmq5kiDyYklNloNiB
sY5piUa6DUv

Eng MSc Renato Sahade 239


2004

Eng MSc Renato Sahade 240


SRF – TELAS METÁLICAS

2014

Eng MSc Renato Sahade 241


SRF – TELAS METÁLICAS

2014

Eng MSc Renato Sahade 242


Setembro, 2015

Março, 2015

Eng MSc Renato Sahade 243


Eng MSc Renato Sahade 244
Eng MSc Renato Sahade 245
Eng MSc Renato Sahade 246
SRF – JUNTA DE MOVIMENTAÇÃO OU DE CONTROLE
TABELA 4.1 - ESCOLHA DO SISTEMA DE RECUPERAÇÃO
FORMA DE
FISSURAS FISSURAS MANIFESTAÇÃO
GEOMÉTRICAS MAPEADAS

QUANTO À
ATIVAS PASSIVAS ATIVAS PASSIVAS ATIVIDADE

SAZONAIS PROGRESSIVAS SAZONAIS VARIAÇÃO DE


ABERTURA

  
   

   
SISTEMA DE
  
 RECUPERAÇÃO
 
 


 - Membranas acrílicas  - Armadura horizontal  - Pintura convencional


 - Papel de parede (interno)  - Selagem  - Encunhamento
 - Substituição do revestimento  - Junta de movimentação ou de controle  - Reforço de fundação
 - Bandagem  - Substituição de unidades danificadas  - Reforço estrutural
 - Tela metálica  - Argamassa armada
 - Tirante  - Grampeamento

Eng MSc Renato Sahade 247


Eng MSc Renato Sahade 248
Eng MSc Renato Sahade 249
Eng MSc Renato Sahade 250
251
FRISOS

Eng MSc Renato Sahade 252


FRISOS

Eng MSc Renato Sahade 253


SRF – JUNTA DE MOVIMENTAÇÃO OU DE CONTROLE

FRISO

Prof. Eng. Renato Sahade,


MSc.
254
FRISOS

Eng MSc Renato Sahade 255


Eng MSc Renato Sahade 256
Exercício
Tempo: 20 min

Eng MSc Renato Sahade 257


PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

UMIDADE FISSURAS

ARGAMASSAS

DESCOLAMENTO DEGRADAÇÃO

Eng MSc Renato Sahade 258


ADERÊNCIA

Uma das características mais importantes


das argamassas é a sua capacidade de
manter-se aderida ao substrato.

Eng MSc Renato Sahade 259


ADERÊNCIA

Eng MSc Renato Sahade 260


Eng MSc Renato Sahade 261
ADERÊNCIA

Eng MSc Renato Sahade 262


ADERÊNCIA

Eng MSc Renato Sahade 263


ADERÊNCIA

CARASEK, 2010
Eng MSc Renato Sahade 264
ARGAMASSA

Carasek, 2010
Eng MSc Renato Sahade 265
ADERÊNCIA
MECANISMO DE ADERÊNCIA
SUBSTRATO/MATRIZ CIMETÍCIA

Natureza essencialmente química


Forças de Van der Waals
Ligações Primárias

Fenômeno Mecânico → Função substrato


(porosidade aberta e rugosidade)

COSTA; JOHN, 2011


Eng MSc Renato Sahade 266
CARASEK, 2002
Eng MSc Renato Sahade 267
Intertravamento Mecânico
• Após o contato da matriz com o substrato, parte da
pasta penetra nos macroporos e nas rugosidades
da base e, em bases absorventes, além da matriz, a
água de amassamento saturada com íons
dissolvidos do ligante penetra nos poros e nas
cavidades da base

Eng MSc Renato Sahade 268


Intertravamento Mecânico
ADERÊNCIA: MECANISMO
INTERTRAVAMENTO MECÂNICO

Precipitação dos produtos de hidratação do ligante na superfície SCARTEZINI, CARASEK, 2002


Etringita nos poros
Eng MSc Renato Sahade 269
ADERÊNCIA E EXTENSÃO DE
ADERÊNCIA

CARASEK, 1996

Eng MSc Renato Sahade 270


ADERÊNCIA

Eng MSc Renato Sahade 271


ADERÊNCIA

Eng MSc Renato Sahade CARASEK, 2010 272


PREPARO DO SUBSTRATO

Eng MSc Renato Sahade CARASEK, 2010 273


Eng MSc Renato Sahade 274
PREPARO DO SUBSTRATO

• Escarificador portátil • Escariadores de cinzel


• https://www.youtube.com/watch (talhadeiras)
?v=H- • https://www.youtube.com/watch
VjyP42g64&index=9&list=PLgb6E ?v=_Fu6s7VLpc0&index=9&list=P
Vmq5kiDyYklNloNiBsY5piUa6DUv L_X4wEUA2ManIBIPd_PljBJzlogo
8W-cU&t=185s

Eng MSc Renato Sahade 275


Mapeamento
Avaliação de Aderência por
Percussão

Eng MSc Renato Sahade 276


Mapeamento – Avaliação de Aderência

Eng MSc Renato Sahade 277


Avaliação de Aderência por
Percussão NBR 13749:2013

MARTELO DE BORDA EM ABS 30 mm

Eng MSc Renato Sahade 278


Phanton

Mapeamento
Drones e Câmeras
Termográficas

Agra MG-1

Mavic

Inspire www.dji.com
Eng MSc Renato Sahade 279
Eng MSc Renato Sahade 280
Mapeamento
Drones e Câmeras
Termográficas

Eng MSc Renato Sahade 281


Alves, N., 2017
Eng MSc Renato Sahade 282
Eng MSc Renato Sahade 283
Mapeamento
Drones e Câmeras
Termográficas

Flir C2
Flir E53

Eng MSc Renato Sahade 284


ADERÊNCIA

Eng MSc Renato Sahade 285


Avaliação da Resistência
ao Cisalhamento
Longhi, M. A., 2011

SANTANA, 2010 - RECIFE

Eng MSc Renato Sahade 286


Avaliação da Resistência
ao Cisalhamento

Eng MSc Renato Sahade CAMPOS, M.O.ET ALL,2015 287


Exercício
Tempo: 20 min

Eng MSc Renato Sahade 288


PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

UMIDADE FISSURAS

ARGAMASSAS

DESCOLAMENTO DEGRADAÇÃO

Eng MSc Renato Sahade 289


Alterações Químicas
Formação de Produtos Expansivos
• “gesso” incorporado na argamassa

Eng MSc Renato Sahade 290


- Expansão sulfato

Eng MSc Renato Sahade 291


Eng MSc Renato Sahade 292
- Expansão sulfato

Eng MSc Renato Sahade 293


Eng MSc Renato Sahade 294
Alterações Químicas
• CP III + Incorporador de Ar

Eng MSc Renato Sahade 295


296

Alterações Químicas

Eng MSc Renato Sahade


Alterações Químicas
Ca(OH)2 + CO2 = CaCO3 + H2O
• Corrosão de Armaduras

Eng MSc Renato Sahade 297


Alterações Químicas

Eng MSc Renato Sahade 298


Alterações Químicas

Eng MSc Renato Sahade 299


Alterações Químicas

Eng MSc Renato Sahade 300


Alterações Químicas

Eng MSc Renato Sahade 301


Alterações Químicas

Eng MSc Renato Sahade 302


Alterações Químicas

Eng MSc Renato Sahade 303


Decyo Rey
Tecknicas Especiais de Engenharia/Recuperação e
Reforços de Estruturas
Eng MSc Renato Sahade 304
Eng MSc Renato Sahade

Decyo Rey
Tecknicas Especiais de Engenharia/Recuperação e Reforços de
Estruturas
305
Eng MSc Renato Sahade

Decyo Rey
Tecknicas Especiais de Engenharia/Recuperação e Reforços de
Estruturas
306
Presença de pirita nas argamassas (minério de ferro)

Hidratação retardada da cal

Eng MSc Renato Sahade 307


Exercício
Tempo: 20 min

Eng MSc Renato Sahade 308


Argamassa Estabilizada

Eng MSc Renato Sahade 309


Argamassa estabilizada
• Vantagens:
• Produzida através de processo industrial e
transportada em caminhão betoneira;
• Vem pronta para o uso;
• O produto se mantém no estado fresco durante um
período de até 72 horas;
• Ganho de produtividade.

310 Renato Sahade


Eng MSc
Eng311
MSc Renato Sahade
MACIOSKI; COSTA; CASALI (2015)

O estudo demonstrou que:


1. No estado fresco: falta de homogeneidade e de estabilidade entre lotes de um
mesmo fabricante; variação no módulo de finura dos agregados; aumento de
densidade de uma dia para o outro; perda da retenção de água (< 80%); variação de
trabalhabilidade de um dia para o outro e em função do substrato; início de pega >
72 horas;
2. No estado endurecido: resistência à tração na flexão de 1,0 a 3,8 MPa (280%) e à
compressão: 2,5 e 8,0 MPa (220%);
3. A influência da sucção do substrato: perda excessiva de água por absorção:
causas de retração;
Eng MSc Renato Sahade 312
Argamassas estabilizadas
• Projeção:
1. Mudança de traço: 1:5 para 1:7 (entupimento)
2. Na apresentação do produto, a argamassa estabilizada
costuma sair direto do caminhão para a máquina de
reboco, permitindo assim sua projeção bastante
satisfatória
3. Recomenda-se “bater” novamente a argamassa antes
da projeção (pode ter ocorrido a sedimentação de
materiais mais densos) e melhora a incorporação de ar

313 Renato Sahade


Eng MSc
CONCLUSÕES

Eng MSc Renato Sahade 314


Conclusões
CUIDADOS NA PRODUÇÃO – ATITUDES PREVENTIVAS
1. Preparo da base: apicoamento; remoção de poeira;
umedecimento e chapisco (+ 03 dias de cura);
2. Argamassas com baixo módulo de deformação e resistências
moderadas à tração na aderência, por meio da adição de
teores moderados de cimento ou argamassas mistas (uso de
cal);
3. Baixas espessuras de revestimentos (entre 20 e 30 mm)
4. Cura úmida do revestimento
5. Elaboração de juntas de movimentação
6. Telas metálicas galvanizadas entre a base e a camada de
argamassa, de forma a absorver as tensões em regiões onde
exista a possibilidade do aparecimento de fissuras, como no
encontro
Eng MSc Renato Sahade da laje de cobertura com a alvenaria 315
Conclusões
BARROS (2002): fachada norte é diferente da fachada sul

AS FACHADAS DIFEREM DE REGIÃO PARA REGIÃO

JOHN (2003): o uso da cal hidratada  melhoria desempenho

1. No endurecimento da cal > liberação de água


Ca(OH)2 + CO2  CaCO3 + H2O
2. Reduz a fração volumétrica do C-S-H

3. < Módulo de deformação sem afetar a resistência à tração

4. Maior resistência à propagação de fissuras

5. Diminui a porosidade na interface aumentando a sessão resistente

Eng MSc Renato Sahade 316


Conclusões
SRF – ATITUDES CORRETIVAS
• Importância da Monitoração • Disponibilidade da obra:
(atividade) • Financeira
• Presença de um profissional • Mão de obra qualificada
experiente (forma e • Disponibilidade de
condições de exposição) materiais e
• Bom diagnóstico  definição equipamentos
de um bom SRF • Prazo/Logística
• Condições de Exposição da
Edificação

Eng MSc Renato Sahade 317


SITES RECOMENDADOS

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Bibliografias

Eng MSc Renato Sahade 319


Eng MSc Renato Sahade 320
Eng MSc Renato Sahade 321
Eng MSc Renato Sahade 322
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Eng atualizado
MSc Renato Sahade
diariamente. 323
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“Os planos bem elaborados levam à fartura;
mas o apressado sempre acaba na miséria”.
Rei Salomão, Provérbios 21:5

“As artimanhas do homem sem caráter


são perversas; ele inventa planos maldosos
para destruir com mentiras o pobre, mesmo quando a
súplica deste é justa.
Mas o homem nobre faz planos nobres,
e graças aos seus feitos nobres, estes permanecerão para
sempre”.
Isaías 32:7-8
Eng MSc Renato Sahade 331
Engº. M.Sc. RENATO F. SAHADE
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333

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