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VOLUME I

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 1


CARTA EDUCATIVA DE LISBOA

Imarço 2023

VERSÃO trabalho

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 2


ÍNDICE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 17

PARTE I - ENQUADRAMENTO E CONTEXTO.................................................................................. 20

1 – ENQUADRAMENTO NORMATIVO .......................................................................................... 20

1.1 - Enquadramento......................................................................................................................... 20

1.2 - Enquadramento Legislativo de Referência ............................................................................... 23

1.3 - Caracterização da Estrutura do Sistema Educativo Português ................................................. 24

2 – MONITORIZAÇÃO DA CARTA EDUCATIVA DE 2008 ................................................................. 26

2.1 - Reforço e Requalificação da Rede Escolar ................................................................................ 26

2.1.1 - Execução do Reforço da Rede Escolar................................................................................ 26

2.1.2 - Execução da Requalificação do Parque Escolar ................................................................. 30

2.1.3 - Taxas de Cobertura ............................................................................................................ 34

2.2 - MEDIDAS COMPLEMENTARES .................................................................................................. 35

2.2.1 - Educação Pré-Escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico ............................................................ 35

2.2.2 - Ensino Básico (2.º e 3.º Ciclos) e Ensino Secundário.......................................................... 40

3 – TERRITÓRIO E POPULAÇÃO ................................................................................................... 42

3.1 - Lisboa e a Região envolvente: Lisboa na Grande Lisboa e na Região de Lisboa e Vale do Tejo 42

3.2 - Território, Divisão Administrativa e Caraterização Socio-histórica........................................... 43

3.3 - Caracterização Demográfica do Concelho de Lisboa ............................................................ 45

3.3.1 - Crescimento Populacional intercensitário: Evolução da População Residente – Concelho


de Lisboa e Freguesias ................................................................................................................... 45

3.3.2 - Densidade Populacional ..................................................................................................... 47

3.3.3 - Estrutura Demográfica da População Residente................................................................ 49

3.3.4 - Famílias e Alojamentos ...................................................................................................... 57

3.3.5 - Dinâmica Populacional: Crescimento Total, Natural e Migratório .................................... 61

3.3.6 - Dinâmica Populacional: Natalidade e Fecundidade – Concelho de Lisboa e Freguesias ... 65

3.3.7 - População Estrangeira – AML, Concelho de Lisboa e Freguesia ........................................ 72

3.3.8 – População em Idade Escolar .............................................................................................. 84

3.3.9 – Dados Preliminares dos Censos 2021 ................................................................................ 89

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4 - MOBILIDADE, TRANSPORTES E ACESSIBILIDADES .................................................................... 91

4.1 - Inquéritos Mãos ao Ar ............................................................................................................... 91

4.1.1 - Ensino Público .................................................................................................................... 94

4.1.2 - Ensino Privado .................................................................................................................. 100

4.2 - Transportes e Acessibilidades ................................................................................................. 105

4.2.1 - Acesso aos Recintos Escolares por Pessoas de Mobilidade Reduzida ............................. 109

4.2.2 - Isócronas .......................................................................................................................... 110

PARTE II - CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE EDUCAÇÃO NO CONCELHO DE LISBOA ...................115

5 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DA REDE ESCOLAR E OFERTA FORMATIVA - REDE PÚBLICA.............116

5.1 - Rede Escolar do Concelho de Lisboa - Agrupamentos de escolas e Escolas não agrupadas .. 123

5.2.1 - Educação Pré-Escolar ....................................................................................................... 128

5.2.2 - Ensino Básico .................................................................................................................... 130

5.2.3 - Ensino Secundário ............................................................................................................ 135

5.2.4 - Ensino Profissional ........................................................................................................... 138

5.2.5 - Ensino Artístico Especializado .......................................................................................... 143

5.2.6 - Vias Alternativas para a Conclusão do Ensino Obrigatório .............................................. 144

5.2.7 - Ensino Pós-Secundário e Ensino Superior ........................................................................ 146

5.2.8 - Ensino Superior ................................................................................................................ 146

5.2.9 - Oferta Educativa para Adultos ......................................................................................... 150

6 – ÁREAS DE APOIO À FAMÍLIA E DA AÇÃO SOCIAL ESCOLAR .....................................................152

6.1 - Ação Social Escolar .................................................................................................................. 152

6.2 - Alunos com Necessidades de Saúde Especiais ........................................................................ 154

6.3 - Atividades de Enriquecimento Curricular, Componente de Apoio à Família e Atividades de


Animação e Apoio à Família ............................................................................................................ 157

6.4 - Alimentação Escolar ................................................................................................................ 158

7 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DA REDE ESCOLAR privada e solidária ...........................................160

7.1 - REDE PRIVADA ......................................................................................................................... 160

7.1 - Rede Solidária.......................................................................................................................... 162

8 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DOS EQUIPAMENTOS ESCOLARES .................................................164

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8.1 - Características dos Edifícios .................................................................................................... 166

8.2 Espaços de ensino da educação física /INSTALAÇÕES DESPORTIVAS nos estabelecimentos de


ensino da REDE PÚBLICA ................................................................................................................. 173

9 – CARACTERIZAÇÃO DOS AGRUPAMENTOS DE ESCOLAS E ESCOLAS NÃO AGRUPADAS .............184

Zona CENTRO................................................................................................................................... 186

9.1 - Agrupamento de Escolas de Alvalade ..................................................................................... 188

9.2 - Agrupamento de Escolas Dona Filipa de Lencastre ................................................................ 189

9.3 - Agrupamento de Escolas Luís de Camões ............................................................................... 190

9.4 - Agrupamento de Escolas Marquesa de Alorna ....................................................................... 190

9.5 - Agrupamento de Escolas Rainha Dona Leonor ....................................................................... 191

Zona CENTRO HISTÓRICO ................................................................................................................ 194

9.6- Agrupamento de Escolas Gil Vicente ....................................................................................... 195

9.7 - Agrupamento de Escolas Manuel da Maia.............................................................................. 196

9.8 - Agrupamento de Escolas Nuno Gonçalves.............................................................................. 197

9.9 - Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão ....................................................... 198

9.10 - Agrupamento de Escolas Passos Manuel .............................................................................. 200

9.11 - Agrupamento de Escolas Patrício Prazeres ........................................................................... 201

Zona NORTE ..................................................................................................................................... 203

9.12 - Agrupamento de Escolas do Alto do Lumiar ......................................................................... 204

9.13 - Agrupamento de Escolas do Bairro Padre Cruz..................................................................... 205

9.14 - Agrupamento de Escolas de Benfica ..................................................................................... 206

9.15 - Agrupamento de Escolas das Laranjeiras .............................................................................. 207

9.16 - Agrupamento de Escolas Pintor Almada Negreiros .............................................................. 208

9.17 - Agrupamento de Escolas Professor Lindley Cintra................................................................ 209

9.18 - Agrupamento de Escolas Quinta de Marrocos ..................................................................... 210

9.19 - Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira ............................................................................ 211

Zona OCIDENTAL ............................................................................................................................. 214

9.20 - Agrupamento de Escolas Francisco de Arruda ...................................................................... 215

9.21 - Agrupamento de Escolas do Restelo ..................................................................................... 216

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Zona ORIENTAL ................................................................................................................................ 218

9.22 - Agrupamento de Escolas Dom Dinis ..................................................................................... 218

9.23 - Agrupamento de Escolas Eça de Queirós .............................................................................. 220

9.24- Agrupamento de Escolas Fernando Pessoa ........................................................................... 221

9.25 - Agrupamento de Escolas Luís António Verney ..................................................................... 222

9.26 - Agrupamento de Escolas das Olaias...................................................................................... 224

9.27 - Agrupamento de Escolas Piscinas-Olivais ............................................................................. 225

9.28 - Agrupamento de Escolas de Santa Maria dos Olivais ........................................................... 226

Escolas Não agrupadas .................................................................................................................... 228

9.29 - Escola Artística António Arroio ............................................................................................. 229

9.30 - Escola Secundária Pedro Nunes ............................................................................................ 230

9.31 - Escolas Artísticas de Dança e de Música do Conservatório Nacional ................................... 230

9.32 - Escola Secundária Fonseca Benevides .................................................................................. 231

9.33 - Escola Secundária Rainha Dona Amélia ................................................................................ 232

9.34 - Escola Secundária Camões .................................................................................................... 232

9.35 - Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho................................................................. 233

9.36 - Escola Secundária Marquês de Pombal ................................................................................ 233

9.37 - Escola Profissional Ciências Geográficas ............................................................................... 234

10 – diagnóstico e DEsafios para a REVISÃO DA CARTA EDUCATIVA ............................................235

10.1 - DiagnÓstico ........................................................................................................................... 235

10.2 - DESAFIOS ............................................................................................................................... 239

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Planta das Escolas propostas na Carta Educativa de 2008 e Escolas já construídas ............. 28
Figura 2 - Gráfico da Requalificação do Parque Escolar ........................................................................ 31
Figura 3 - Escolas Reabilitadas pela CML e pelA Parque Escolar, E.P.E. desde 2008 ............................ 34
Figura 4 - Municípios da Área Metropolitana de Lisboa ....................................................................... 43
Figura 5 -MAPA DO TIPO DE CRESCIMENTO (2001-2011)..................................................................... 47
Figura 6 - Mapa de Densidade populacional (Hab/ km²) por freguesia do concelho de Lisboa, 2011 . 49
Figura 7 - Pirâmide etária (%) Concelho Lisboa, 2011 ........................................................................... 50
Figura 8- ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO (%), POR FREGUESIA E TOTAL CONCELHO DE lISBOA,2011... 52
Figura 9 - Proporção de Jovens, Adultos e Idosos (%), por freguesia e total - Concelho de Lisboa, 2011
............................................................................................................................................................... 53
Figura 10 - Relação de masculinidade (%), 15-50 (ano a ano), Concelho Lisboa, 2011 ........................ 54
Figura 11 - População total em 2011 e Taxa de Crescimento total - TCi (%) no período intercensitário
2001-2011, por freguesia ...................................................................................................................... 56
Figura 12 - Número de famílias com menores de 15 anos (2011) ........................................................ 59
Figura 13 - Proporção de famílias com menores de 15 anos (%,2011) ................................................. 59
Figura 14 - Taxa de Variação de Alojamentos (%, 2001-2011).............................................................. 60
Figura 15 - Taxa de crescimento Natural (%, 2001-2011) ..................................................................... 64
Figura 16 - Taxa da Balança Migratória (%,2001-2011) ........................................................................ 64
Figura 17 - Taxa de crescimento total (%,2001-2011)........................................................................... 65
Figura 18 - Nados-vivos no concelho de Lisboa, 1996-2016 ................................................................. 66
Figura 19 - Nados-vivos por local de residência da mãe, Freguesias do Concelho de Lisboa, 1996- 2016
............................................................................................................................................................... 68
Figura 20 - Nados-vivos na freguesia da Misericórdia (decréscimo populacional reforçado), 1996-2016
............................................................................................................................................................... 68
Figura 21 - Nados-vivos e Índice de Base 100 dos nados-vivos nas freguesias de Ajuda, alvalade,
Beato, Belém, Benfica, C. de Ourique, P. de França, Stª Maria Maior, St. António e S. Vicente .......... 69
Figura 22 - Nados-vivos e Índice de Base 100 dos nados-vivos nas freguesias de Alcântara, Areeiro,
Arroios, Campolide, Estrela e Marvila ................................................................................................... 70
Figura 23 - Nados-vivos e Índice de Base 100 dos nados-vivos nas freguesias de Av. Novas, Olivais,
Santa Clara e S. Domingos de Benfica ................................................................................................... 71
FIGURA 24 - NADOS-VIVOS E ÍNDICE DE BASE 100 DOS NADOS-VIVOS NAS FREGUESIAS DE CARNIDE,
LUMIAR .................................................................................................................................................. 71

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Figura 25 - População estrangeira com estatuto legal de residente, por país de origem, Lisboa,
Variação 2010-2016. Fonte: SEF – Estatísticas ...................................................................................... 75
Figura 26 – População residente estrangeira por país de origem e por género, Lisboa, 2016 ............. 77
FIGURA 27 – DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA, DA POPULAÇÃO RESIDENTE DE ORIGEM ESTRANGEIRA, NA
CIDADE DE LISBOA. ................................................................................................................................ 77
FIGURA 28 - GEOGRÁFICA, DA POPULAÇÃO RESIDENTE DE ORIGEM ESTRANGEIRA, NA CIDADE DE
LISBOA. .................................................................................................................................................. 78
Figura 29 - Relação entre homens e mulheres...................................................................................... 80
Figura 30 Distribuição agregada da população estrangeira .................................................................. 81
Figura 31 - População estrangeira a residir no concelho de lisboa em 2020 ........................................ 81
Figura 32 - Países com maior contributo de alunos a frequentar o 1.º ciclo e JI em 2019/20 ............. 84
Figura 33 - Distribuição de alunos provenientes das várias nacionalidades ......................................... 84
Figura 34 - Taxa de variação (%) da população por grupos etários escolares (3-19 anos completos),
por freguesia, no concelho de Lisboa, 2001-2011 ................................................................................ 88
Figura 35 - Taxa de Variação do N.º de Indivíduos (%) entre 2011 e 2021 (Resultados preliminares) . 90
Figura 36-- REPARTIÇÃO MODAL NAS VIAGENS CASA - ESCOLA NA CIDADE DE LISBOA. FONTE: “MÃOS
AO AR” 2019 .......................................................................................................................................... 92
Figura 37 - Repartição Modal nas viagens casa – escola na cidade de Lisboa, Público vs. Privado ...... 93
Figura 38- Repartição Modal nas viagens casa – escola na cidade de Lisboa, por nível de ensino ...... 94
Figura 39- Repartição Modal de Viagens Casa – Escola, Ensino Público, 1.º Ciclo................................ 95
Figura 40 - Repartição Modal de Viagens Casa – Escola, Ensino Público, 2.º Ciclo. ............................. 96
Figura 41 - Repartição Modal de Viagens Casa – Escola, Ensino Público, 3.º Ciclo ............................... 97
Figura 42 - Repartição Modal de Viagens Casa – Escola, Ensino Público, Secundário. ......................... 99
Figura 43 - Repartição Modal de Viagens Casa – Escola, Ensino Privado, 1.º Ciclo. ........................... 100
Figura 44 - Repartição Modal de Viagens Casa – Escola, Ensino Privado, 2.º Ciclo. ........................... 101
Figura 45 - Repartição Modal de Viagens Casa – Escola, Ensino Privado, 3.º Ciclo. ........................... 102
Figura 46 - Repartição Modal de Viagens Casa – Escola, Ensino Privado, Secundário........................ 104
Figura 47 - Proximidade das escolas públicas a estações de metropolitano e comboio .................... 107
Figura 48 - Proximidade das escolas públicas às redes de ciclovias.................................................... 108
Figura 49 - isócronas de acessibilidade Pedonal (15 minutos) ás escolas públicas existentes e
propostas do 1.º ciclo .......................................................................................................................... 111
Figura 50 - Isócronas de Acessibilidade Pedonal (15 minutos) às Escolas Públicas existentes do 2.º e
3.º Ciclos .............................................................................................................................................. 111
Figura 51- Isócronas de Acessibilidade Pedonal (15 minutos) às Escolas Públicas existentes e
propostas do 1.º ciclo .......................................................................................................................... 113

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Figura 52 - Isócronas de Acessibilidade Pedonal (15 minutos) às Escolas Públicas existentes e
propostas do 2.º e 3.º Ciclos ............................................................................................................... 114
Figura 53 – Localização dos Agrupamentos de escola e áreas de influência ...................................... 122
Figura 54 - Localização dos agrupamentos de escola e áreas de influência. Fonte: CML ................... 123
FIGURA 55 - ESCOLAS SECUNDÁRIAS COM ENSINO REGULAR E COM ENSINO PROFISSIONAL.......... 141
FIGURA 56 - ESCOLAS SECUNDÁRIAS POR CURSOS PROFISSIONAIS E VOCACIONAIS ........................ 141
Figura 57 – Mapa dos Estabelecimentos das Escolas Profissionais Privadas ...................................... 143
Figura 58 - Estabelecimentos de ensino da rede privada ................................................................... 162
Figura 59 - Distribuição das escolas no município de Lisboa analisadas no 1.º estudo realizado pelo
LNEC [Fonte: Google Earth/ LNEC] ...................................................................................................... 166
Figura 60 - Distribuição das escolas no município de Lisboa analisadas no 2.ºestudo realizado pelo
LNEC [Fonte: Google Earth/ LNEC] ...................................................................................................... 166
Figura 61 - Distribuição dos edifícios das escolas de jardim de infância e 1.º Ciclo do Ensino Básico,
por época de construção. .................................................................................................................... 167
FIGURA 62 - DISTRIBUIÇÃO DOS EDIFÍCIOS DAS ESCOLAS DE JARDIM DE INFÂNCIA E 1.º CICLO DO
ENSINO BÁSICO, POR ÉPOCA DE CONSTRUÇÃO. ................................................................................ 168
FIGURA 63 - DISTRIBUIÇÃO DOS EDIFÍCIOS DAS ESCOLAS, POR TIPOLOGIA ESTRUTURAL................. 168
FIGURA 64 - DISTRIBUIÇÃO DOS EDIFÍCIOS DAS ESCOLAS, POR TIPOLOGIA ESTRUTURAL................. 169
FIGURA 65 - DISTRIBUIÇÃO DOS EDIFÍCIOS DAS ESCOLAS POR NÚMERO DE PISOS. ......................... 170
FIGURA 66 - DISTRIBUIÇÃO DOS EDIFÍCIOS DAS ESCOLAS, POR NÚMERO DE PISOS. ........................ 171
FIGURA 67 - DISTRIBUIÇÃO DOS EDIFÍCIOS DAS ESCOLAS, POR ÁREA BRUTA DE CONSTRUÇÃO ...... 172
FIGURA 68- DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA EM LISBOA .............. 174
FIGURA 69- MAPA DA CIDADE COM AS CINCO ZONAS E OS AGRUPAMENTOS DE ESCOLAS. ............ 175
FIGURA 70 - DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA E POR ZONAS DE
LISBOA ................................................................................................................................................. 175
FIGURA 71- DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NO CENTRO HISTÓRICO
............................................................................................................................................................. 176
FIGURA 72- DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NO CENTRO ............ 177
FIGURA 73- DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NA ZONA NORTE..... 180
FIGURA 74- DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NA ZONA OCIDENTAL
............................................................................................................................................................. 181
FIGURA 75- DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NA ZONA NORTE..... 182
FIGURA 76 - MAPA DA CIDADE COM AS CINCO ZONAS E OS AGRUPAMENTOS DE ESCOLAS. .......... 184
FIGURA 77 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 EM
LISBOA ................................................................................................................................................. 185

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FIGURA 78 - Frequência de alunos no ano letivo 2018/19 ................................................................ 186
FIGURA 78 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA
ZONA CENTRO ..................................................................................................................................... 186
FIGURA 79 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA
ZONA DO CENTRO HISTÓRICO ............................................................................................................ 194
FIGURA 80 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA
ZONA NORTE ....................................................................................................................................... 203
FIGURA 81 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA
ZONA OCIDENTAL ................................................................................................................................ 214
FIGURA 82 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA
ZONA ORIENTALL................................................................................................................................. 218
Figura 83 - Evolução do número de alunos desde o ano letivo de 2015/16 a 2019/20 nas escolas não
Agrupadas............................................................................................................................................ 228

ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1- Enquadramento Legislativo de Referência ............................................................................ 23
Tabela 2- Sistema Educativo Português ................................................................................................ 25
Tabela 3 - Escolas Propostas na Carta Educativa de 2008 .................................................................... 27
Tabela 4 - Escolas propostas e construídas na Carta Educativa de 2008 .............................................. 27
Tabela 5-Obras concluídas pela CML desde 2008 ................................................................................. 31
Tabela 6 - Escolas Básicas e JI com obras em curso .............................................................................. 32
Tabela 7 - Escolas Básicas e JI com obras a iniciar em 2023 ................................................................. 32
Tabela 8 - Escolas Reabilitadas pelA Parque Escolar, E.P.E. desde 2008 .............................................. 33
Tabela 9 - Taxas de Cobertura ............................................................................................................... 34
Tabela 10 - Caraterização de Lisboa, Estatísticas Demográficas 2011, INE .......................................... 44
Tabela 11 - Taxa de crescimento total intercensitário (%) 1991-2001 e 2001-2011, por freguesias,
Lisboa..................................................................................................................................................... 46
Tabela 12 - População residente, censos de 1991 a 2011, Concelho de Lisboa por freguesias ........... 46
Tabela 13 - Grupos de freguesias de Lisboa em função da dinâmica de crescimento em duas décadas
(1991-2001 e 2001-2011) ...................................................................................................................... 47
Tabela 14 - Densidade populacional (N.º/ km²) por freguesia do concelho de Lisboa, 2011 ............... 48
Tabela 15 – População total e por grandes grupos funcionais (idades completas), por freguesia e total
Concelho de Lisboa, 2011...................................................................................................................... 50

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Tabela 16 - Índice de Envelhecimento e Proporção de Jovens, Adultos e Idosos (%), por freguesia e
para o total, Concelho de Lisboa, 2011 ................................................................................................. 51
Tabela 17 - População total em 2011 e Taxa de Crescimento total (%) no período intercensitário
2001-2011, por freguesia ...................................................................................................................... 54
Tabela 18 - Famílias, Famílias com filhos menores (2011) e Dimensão média das famílias, por
freguesias do concelho de Lisboa, 2001 e 2011 .................................................................................... 58
Tabela 19 - Alojamentos familiares clássicos e Taxa de variação (%), por freguesias de Lisboa, 2001 e
2011 ....................................................................................................................................................... 60
Tabela 20 - População recenseada em 2001 e 2011, total de nados-vivos e óbitos 2001-2010 por local
de residência, saldo natural e saldo migratório 2001-2011, Taxas Brutas de Natalidade e Mortalidade,
Taxa de Crescimento Natural e Taxa da Balança Migratória, Taxa de Crescimento Total.................... 62
Tabela 21 - Nados-vivos por local de residência da mãe, Concelho de Lisboa e Freguesias, 1996-2016
............................................................................................................................................................... 65
Tabela 22 - População Estrangeira Residente (n.º) e Variação (%), Portugal, AML e Lisboa, 2008 a
2016 ....................................................................................................................................................... 72
Tabela 23 - População estrangeira com estatuto legal de residente em Portugal, AML e Lisboa, por
género, 2016 ......................................................................................................................................... 73
Tabela 24 - População estrangeira com estatuto legal de residente, por país de origem, Lisboa,
Variação 2010-2016 .............................................................................................................................. 73
Tabela 25 – População estrangeira que solicitou estatuto de residente (n.º) por nacionalidade, Lisboa
2010-2016. Fonte: SEF – Estatísticas ..................................................................................................... 76
Tabela 26 – População residente de nacionalidade estrangeira por freguesia (n.º), Continente, AML e
Lisboa, 2011. Fonte: INE, I.P., Censos 2011........................................................................................... 79
Tabela 27 - Repartição por sexo e países agregados ............................................................................ 81
Tabela 28 - Alunos a frequentar o 1.º ciclo e JI em 2019/20 por País de ORIGEM ............................... 83
Tabela 29 – População por grupos etários escolares (3-19 anos completos), por freguesia, no
concelho de Lisboa, 2001 ...................................................................................................................... 85
Tabela 30 -População por grupos etários escolares (3-19 anos completos), por freguesia, no concelho
de Lisboa, 2011...................................................................................................................................... 86
Tabela 31 - Taxa de variação (%) da população por grupos etários escolares (3-19 anos completos),
por freguesia, no concelho de Lisboa, 2001-2011 ................................................................................ 87
Tabela 32 - Censos 2021- Resultados preliminares - Dados comparativos 2021 e 2011-..................... 89
Tabela 33 - N.º de estabelecimentos de ensino público por tipologia ............................................... 116
Tabela 34 - N.º de estabelecimentos de ensino público por tipologia e por freguesia ...................... 117
Tabela 35 - Ciclos de ensino não cobertos por estabelecimentos de ensino público por freguesia .. 118

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Tabela 36 - N.º de Agrupamentos de Escolas TEIP e não TEIP ............................................................ 119
Tabela 37 - Lista de estabelecimentos escolares TEIP por freguesia .................................................. 119
Tabela 38 - Caracterização dos Estabelecimentos Escolares – 2020/2021 ......................................... 124
Tabela 39 - Frequências dos estabelecimentos do ensino da rede pública de Lisboa, 2019/2020 .... 128
Tabela 40 - Número de crianças matriculados na Educação Pré-Escolar, por Agrupamento de Escolas
e número de grupos de jardim de infância, 2019/2020...................................................................... 128
Tabela 41 - Número de crianças matriculadas na Educação Pré-Escolar públicA, por freguesia e
número grupos de jardim de infância existentes, 2019/20 ................................................................ 129
Tabela 42 – Escolas Secundárias apenas com Ensino Regular ............................................................ 136
Tabela 43 – Escolas Secundárias agrupadas com oferta de Ensino Profissional................................. 136
Tabela 44 – Escolas Secundárias não agrupadas com oferta de Ensino Profissional.......................... 137
Tabela 45 – Escolas não agrupadas com oferta de Ensino Artístico – 4 Escolas ................................. 137
Tabela 46 – Escolas agrupadas com oferta de Ensino Artístico .......................................................... 137
Tabela 47 – Cursos Cientifico-humanísticos disponíveis nas Escolas Secundárias ............................. 137
TABELA 48 - CAPACIDADE DAS ESCOLAS SECUNDÁRIAS COM ENSINO PROFISSIONAL EM 2020 ...... 140
TABELA 49 - LISTAGEM DOS ESTABELECIMENTOS DA REDE DE ESCOLAS PROFISSIONAIS POR N.º DE
ALUNOS ............................................................................................................................................... 142
Tabela 50 - Principais concelhos de residência dos alunos das escolas profissionais de Lisboa no ano
letivo 2016/2017 ................................................................................................................................. 143
Tabela 51 - Listagem das escolas artísticas por ensino, natureza e grupo.......................................... 144
Tabela 52 - Estabelecimentos de Ensino Superior por subsistema..................................................... 147
Tabela 53 - Listagem dos Estabelecimentos de Ensino Superior Público Universitário ...................... 147
Tabela 54 - Listagem dos Estabelecimentos do Ensino Superior Público Politécnico ......................... 148
Tabela 55 - Listagem dos Estabelecimentos do Ensino Superior Público Militar e Policial ................ 148
Tabela 56 - Listagem dos Estabelecimentos do Ensino Superior Privado Universitário ..................... 149
Tabela 57 - Listagem dos Estabelecimentos do Ensino Superior Privado Politécnico ........................ 149
Tabela 58 - Unidades de Apoio Especializado para a Educação de Alunos com Multideficiência e
Surdocegueira Congénita (U.E.A.) e Unidades de Ensino Estruturado (U.E.E.) .................................. 155
Tabela 59 - Estabelecimentos de ensino com Educação Pré-Escolar da rede Privada por tipologia e
número de alunos ............................................................................................................................... 160
Tabela 60 - Estabelecimentos de ensino sem Educação Pré-Escolar da rede privada por tipologia e
número de alunos ............................................................................................................................... 161
Tabela 61 - Listagem dos Estabelecimentos da Rede de Instituições Particulares de Solidariedade
Social ................................................................................................................................................... 162
Tabela 62 - DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA EM LISBOA ............... 174

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 12


Tabela 63 - DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NO CENTRO HISTÓRICO
............................................................................................................................................................. 175
Tabela 64 - DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NO CENTRO ............. 177
Tabela 65 - DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NA ZONA NORTE ..... 179
Tabela 66 - DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NA ZONA OCIDENTAL
............................................................................................................................................................. 181
Tabela 67 - DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NA ZONA ORIENTAL 181
Tabela 68 - Evolução do número de alunos desde o ano letivo de 2015/16 a 2019/20 na zona CENTRO
............................................................................................................................................................. 187
Tabela 69 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas de Alvalade........... 188
Tabela 70 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – AE de Alvalade .................. 188
Tabela 71 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Dona Filipa de
Lencastre ............................................................................................................................................. 189
Tabela 72 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas
Dona Filipa de Lencastre ..................................................................................................................... 189
Tabela 73 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Luís de Camões .... 190
Tabela 74 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas Luís
de Camões ........................................................................................................................................... 190
Tabela 75 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Marquesa de Alorna
............................................................................................................................................................. 191
Tabela 76 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas
Marquesa de Alorna ............................................................................................................................ 191
Tabela 77 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Rainha Dona Leonor
............................................................................................................................................................. 192
Tabela 78 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas
Rainha Dona Leonor ............................................................................................................................ 192
Tabela 79 - Evolução do número de alunos desde o ano letivo de 2015/16 a 2019/20 na zona do
CENTRO histórico ................................................................................................................................ 194
Tabela 80 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Gil Vicente ............ 195
Tabela 81 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – AE Gil Vicente ................... 195
Tabela 82 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Manuel da Maia ... 196
Tabela 83 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas
Manuel da Maia .................................................................................................................................. 196
Tabela 84 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Nuno Gonçalves ... 197

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 13


Tabela 85 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas
Nuno Gonçalves .................................................................................................................................. 198
Tabela 86 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de
Gusmão ............................................................................................................................................... 199
Tabela 87 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas
Padre Bartolomeu de Gusmão ............................................................................................................ 199
Tabela 88 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Passos Manuel ..... 200
Tabela 89 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas
Passos Manuel ..................................................................................................................................... 200
Tabela 90 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Patrício Prazeres .. 201
Tabela 91 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas
Patrício Prazeres .................................................................................................................................. 202
Tabela 92 - Evolução do número de alunos desde o ano letivo de 2015/16 a 2019/20 na zona NORTE
............................................................................................................................................................. 203
Tabela 93 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas do Alto do Lumiar 204
Tabela 94 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – AE alto do Lumiar ............. 204
Tabela 95 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas do Bairro Padre Cruz
............................................................................................................................................................. 205
Tabela 96 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas do
Bairro Padre Cruz................................................................................................................................. 205
Tabela 97 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas de Benfica ............ 206
Tabela 98 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas de
Benfica ................................................................................................................................................. 206
Tabela 99 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas das Laranjeiras ..... 207
Tabela 100 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas das
Laranjeiras ........................................................................................................................................... 208
Tabela 101 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Pintor Almada
Negreiros ............................................................................................................................................. 208
Tabela 102 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas
Pintor Almada Negreiros ..................................................................................................................... 209
Tabela 103 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Professor Lindley
Cintra ................................................................................................................................................... 209
Tabela 104 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas
Professor Lindley Cintra ...................................................................................................................... 210

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 14


Tabela 105 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Quinta de Marrocos
............................................................................................................................................................. 210
Tabela 106 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas
Quinta de Marrocos ............................................................................................................................ 211
Tabela 107 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento Vergílio Ferreira ................... 212
Tabela 108 – Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas
Vergílio Ferreira ................................................................................................................................... 212
Tabela 109 - Evolução do número de alunos desde o ano letivo de 2015/16 a 2019/20 na zona
ocidental .............................................................................................................................................. 214
Tabela 110 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Francisco Arruda 215
Tabela 111 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas
Francisco de Arruda............................................................................................................................. 215
Tabela 112 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas do Restelo .......... 216
Tabela 113 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – AE do Restelo ................. 216
Tabela 114 - Evolução do número de alunos desde o ano letivo de 2015/16 a 2019/20 na zona
oriental ................................................................................................................................................ 218
Tabela 115 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Dom Dinis ........... 219
Tabela 116 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas
Dom Dinis ............................................................................................................................................ 220
Tabela 117 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Eça de Queirós ... 221
Tabela 118 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – AE Eça de Queirós .......... 221
Tabela 119 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Fernando Pessoa 222
Tabela 120 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas
Fernando Pessoa ................................................................................................................................. 222
Tabela 121 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Luís António Verney
............................................................................................................................................................. 223
Tabela 122 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas Luís
António Verney ................................................................................................................................... 223
Tabela 123 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas das Olaias ........... 224
Tabela 124 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas das
Olaias ................................................................................................................................................... 224
Tabela 125 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Piscinas-Olivais ... 225
Tabela 126 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas
Piscinas-Olivais .................................................................................................................................... 226
Tabela 127 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Santa Maria dos Olivais .. 226

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 15


Tabela 128 - Evolução do número de alunos nos últimos 5 anos letivos – Agrupamento de Escolas DE
Santa Maria dos Olivais ....................................................................................................................... 227
Tabela 129 - Evolução do número de alunos desde o ano letivo de 2015/16 a 2019/20 nas escolas não
agrupadas ............................................................................................................................................ 229
Tabela 130 - Evolução de número de alunos por ciclo de ensino nos últimos 5 anos letivos – Escola
Artística António Arroio....................................................................................................................... 229
Tabela 131 - Evolução de número de alunos por ciclo de ensino nos últimos 5 anos letivos – Escola
Secundária Pedro Nunes ..................................................................................................................... 230
Tabela 132 - Evolução de número de alunos por ciclo de ensino nos últimos 5 anos letivos – Escola
Artística de Dança do Conservatório Nacional .................................................................................... 230
Tabela 133 - Evolução de número de alunos por ciclo de ensino nos últimos 5 anos letivos – Escola
Artística de Música do Conservatório Nacional .................................................................................. 231
Tabela 134 - Evolução de número de alunos por ciclo de ensino nos últimos 5 anos letivos – Escola
Secundária Fonseca Benevides ........................................................................................................... 231
Tabela 135 - Evolução de número de alunos por ciclo de ensino nos últimos 5 anos letivos – Escola
Secundária Rainha Dona Amélia ......................................................................................................... 232
Tabela 136 - Evolução de número de alunos por ciclo de ensino nos últimos 5 anos letivos – Escola
Secundária Camões ............................................................................................................................. 232
Tabela 137 - Evolução de número de alunos por ciclo de ensino nos últimos 5 anos letivos – Escola
Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho .......................................................................................... 233
Tabela 138 - Evolução de número de alunos por ciclo de ensino nos últimos 5 anos letivos – Escola
Secundária Marquês de Pombal ......................................................................................................... 233
Tabela 139 - Evolução de número de alunos por ciclo de ensino nos últimos 5 anos letivos – Escola
Profissional Ciências Geográficas ........................................................................................................ 234

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 16


INTRODUÇÃO
Através da Deliberação n.º 113/CM/2014, de 25 de março de 2014, a Câmara Municipal de
Lisboa (CML) aprovou, por unanimidade, os Termos de Referência para a elaboração da proposta de
revisão da Carta Educativa de Lisboa. Dando sequência ao aprovado, em julho de 2017, a Câmara
Municipal de Lisboa celebrou um contrato com o CIES_IUL/ISCTE_IUL para a elaboração da revisão da
Carta Educativa de Lisboa, do qual resultou um relatório, entregue em março de 2019. Em abril de
2019, foi criada uma equipa para realizar os trabalhos necessários à revisão da Carta Educativa e
elaborar uma proposta técnica.

Com o objetivo de perspetivar qual o potencial habitacional e demográfico de Lisboa,


cumprindo os objetivos do Plano Diretor Municipal de Lisboa, foi realizado um trabalho prospetivo
assente em dois eixos distintos: por um lado, um exercício de projeções demográficas da população
residente e, por outro, uma quantificação da capacidade habitacional das áreas de solo urbano a
consolidar e consolidado a colmatar, com base nos dados censitários de 2011.

A revisão da Carta Educativa assentou numa análise com escala nos Agrupamentos de Escolas,
nas Unidades de Intervenção Territorial e à escala da cidade, visando eliminar ou minimizar assimetrias
territoriais existentes na cidade e com vista a garantir um reequilíbrio e uma maior coesão social e
territorial.

A nova Carta Educativa propõe ainda a criação da figura de Escolas Secundárias de Referência
para garantir o percurso vertical dos alunos até ao final do Ensino Secundário, quando o seu
agrupamento de origem não dispõe de oferta neste nível de ensino.

A revisão da Carta Educativa de Lisboa resulta, assim, de um longo processo, que envolveu
vários serviços da Câmara Municipal de Lisboa, dos quais se destacam o Urbanismo, as Obras
Municipais e a Educação, assim como o Instituto Universitário de Lisboa, ISCTE-IUL, em colaboração
com o AUDAX-ISCTE, através da elaboração de um estudo abrangente sobre as características da
cidade.

As alterações legislativas que ocorreram durante a revisão do documento, juntamente com a


complexa realidade do território escolar da cidade de Lisboa, originaram a necessidade de realizar
várias atualizações ao longo deste processo, assim como de ajustar o âmbito de incidência do
documento aqui proposto. Destaca-se, nesta matéria, a publicação do Decreto-Lei n.º 21/2019, de 30
de janeiro de 2019, através do qual se procedeu à descentralização de competências do estado nos
órgãos municipais e nas entidades intermunicipais no domínio da educação e que determinou a

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 17


necessidade de incluir na nova Carta Educativa de Lisboa, todas as escolas dos 2.º e 3.º ciclos e
secundários, bem como de ter em conta os dados relativos ao respetivo universo escolar do município.

Foram feitas reuniões exploratórias e realizadas visitas com os diretores de Agrupamentos de


Escolas e Escolas não Agrupadas da rede pública, solicitando o preenchimento de inquéritos
detalhados por parte de cada uma das instituições, com vista a conhecer em detalhe as realidades
escolares. Foram também entrevistados os responsáveis e representantes de escolas privadas, de
escolas profissionais, de instituições particulares de solidariedade social e do Instituto do Emprego e
Formação Profissional, das Juntas de Freguesia e das Associações de Pais e Encarregados de Educação.

Foi, assim, ampla e diversificada a informação recolhida como levantamento de perspetivas,


interesses e posições dos agentes envolvidos, de forma direta e indireta, no sistema de educação no
concelho de Lisboa. O Departamento de Educação da Câmara Municipal foi o elemento central de
diálogo permanente com a equipa de investigadores externos, os serviços do Urbanismo e das Obras
Municipais, cuja contribuição foi fundamental.

A proposta de Carta Educativa organiza-se em dois volumes.

O Volume I – divide-se em duas partes:

PARTE I – Enquadramento e Contexto e,

PARTE II – Caracterização do Sistema de Educação no Concelho de Lisboa.

O Volume II – divide-se igualmente em duas partes:

PARTE I - Plano Estratégico Educativo de Lisboa e,

PARTE II – Proposta da Carta Educativa.

O primeiro volume do documento integra o enquadramento legislativo, o levantamento de


políticas educativas no concelho de Lisboa, a monitorização da Carta Educativa de 2008, a
sistematização de informação estatística e o enquadramento territorial e populacional da cidade de
Lisboa. É feita a caraterização da rede escolar existente, tendo em conta as diferentes ofertas
educativas, as redes pública e privada, a caracterização do edificado escolar e os indicadores relativos
à população escolar.

O segundo volume centra-se na realização de um plano estratégico educativo para a cidade,


tendo por base o diagnóstico elaborado e os dados recolhidos nas partes anteriores. Por fim, é parte
integrante deste plano estratégico o reordenamento dos territórios educativos, desenvolvido pelos
serviços municipais de Urbanismo, em estrita articulação com os serviços de Educação.

Com a presente Carta Educativa pretende-se atingir o objetivo primordial de promover a qualidade do
ensino no concelho de Lisboa e a garantir o sucesso educativo do vasto universo de alunos abrangidos.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 18


CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 19
PARTE I - ENQUADRAMENTO E CONTEXTO

1 – ENQUADRAMENTO NORMATIVO
1.1 - ENQUADRAMENTO

A presente proposta de Carta Educativa está enquadrada e definida nos termos do Decreto-
Lei n.º 21/2019, de 30 de janeiro. Este diploma concretiza a transferência de competências para os
órgãos municipais e entidades intermunicipais no domínio da educação, ao abrigo dos Artigos 11.º e
31.º da Lei n.º 50/2018, de 16 de agosto. No segundo capítulo do diploma em questão é definida a
Carta Educativa, a nível municipal, como «o instrumento de planeamento e ordenamento prospetivo
de edifícios e equipamentos educativos a localizar no município, de acordo com as ofertas de educação
e formação que seja necessário satisfazer, tendo em vista a melhor utilização dos recursos educativos,
no quadro do desenvolvimento demográfico e socioeconómico de cada município».

À luz da recente alteração de transferência de competências para os órgãos municipais, é


alterado o âmbito da Carta Educativa, conforme se encontrava previsto no Decreto-Lei n.º 7/2003, de
15 de janeiro, ora revogado. O Diploma de 2003, por sua vez, já tinha introduzido alterações
renomeando e alargando o âmbito da Carta Escolar prevista na Lei n.º 159/99, de 14 de setembro, ora
revogado, atribuindo-lhe a função de instrumento municipal de planeamento e ordenamento
prospetivo dos edifícios e equipamentos educativos, tendo em conta a procura e a oferta de educação
e formação, bem como uma utilização eficiente dos recursos e, ainda, o desenvolvimento social,
cultural, demográfico e económico dos concelhos. Assim, de acordo com o preâmbulo do mais recente
diploma, procura-se a transferência de atribuições e competências da administração central para os
municípios em matéria de educação (excluindo o ensino superior), seguindo o princípio da
subsidiariedade.

Importa notar que, segundo o Decreto-Lei n.º 21/2019, de 30 de janeiro, a Rede Escolar deve
ser adequada às orientações e aos objetivos da política educativa, almejando uma gestão eficiente dos
recursos, a correção de desigualdades e assimetrias nos municípios e nas regiões, e a igualdade de
oportunidades. Considerando a necessidade de adequação da oferta educativa decorrente de
alterações da procura e do estado das infraestruturas e equipamentos, a rede deve ser avaliada e
ajustada anualmente (Artigos 29.º e 30.º) e o seu ordenamento deve respeitar o estabelecido pela Lei
de Bases do Sistema Educativo (Artigo 2.º).

A elaboração da Carta Educativa é da competência da Câmara Municipal e deve conter uma


caraterização da localização e organização dos equipamentos e infraestruturas educativas, um

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 20


diagnóstico estratégico, projeções de desenvolvimento territorial e demográfico e uma proposta de
intervenção. Como tal, é um documento que não se limita a definir as matrizes da intervenção
educativa que se pretende realizar, uma vez que essa intervenção terá um necessário reflexo na forma
como a cidade é perspetivada em termos urbanísticos e de ordenamento do território. Perante o
exposto, é evidente que a elaboração e aplicação prática de um documento estratégico como a Carta
Educativa terá impreterivelmente de se encontrar vertido e em articulação com os demais
instrumentos de planeamento territorial de competência municipal, como o Plano Diretor Municipal.
A aprovação da Carta Educativa, enquanto instrumento estratégico, é da competência da Assembleia
Municipal, mediante proposta da Câmara Municipal. A Carta Educativa deve ser revista sempre que
surjam alterações significativas na rede educativa e de forma obrigatória, de dez em dez anos (Decreto-
Lei n.º 21/2019, de 30 de janeiro, Artigo 15.º).

Conforme referido acima, a Carta Educativa deve respeitar os princípios e objetivos


estabelecidos pela Lei de Bases do Sistema Educativo (LBSE), Lei n.º 46/86, de 14 de outubro, revista
pela Lei n.º 85/2009, de 27 de agosto, que estabelece o regime da escolaridade obrigatória para as
crianças e jovens que se encontram em idade escolar.

O Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho, e o Despacho Normativo n.º 16/2019,


de 4 de junho, estabelecem os critérios para a distribuição dos alunos, constituição de turmas e
definição do período de funcionamento dos estabelecimentos de educação e de ensino. Com
enquadramento na Lei n.º 65/2015, de 3 de julho, que altera a Lei n.º 85/2009, o Despacho Normativo
n.º 6/2018, de 12 de abril, com a redação dada pelo Despacho Normativo n.º 5/2020, de 21 de abril e
com as alterações introduzidas pelo Despacho n.º 10-B/2021, de 14 de abril, define o regime de
matrículas e consagra ainda a universalidade da educação Pré-Escolar para as crianças a partir dos
quatro anos de idade.

A Lei do Orçamento de Estado para 2018, Lei n.º 114/2017, de 29 de dezembro, Artigo 173.º
implementou a redução do número de alunos por turma prevista no Despacho Normativo n.º 10-
A/2018, de 19 de junho, e o Despacho Normativo n.º 16/2019, de 4 de junho, a todos os
estabelecimentos públicos do Ensino Básico (não ficando cingida aos estabelecimentos TEIP). Assim,
atualmente os grupos de educação Pré-Escolar são constituídos por um número máximo de 25
crianças, as turmas de 1.º ciclo têm um máximo de 24 alunos, e os restantes níveis de ensino oscilam
entre os 26 e os 28 alunos.

Importa ainda notar a Lei n.º 56/2012, de 8 de novembro, referente à reorganização


administrativa de Lisboa, que veio definir «um novo mapa da cidade, um quadro específico das
competências próprias dos respetivos órgãos executivos, bem como dos critérios de repartição de
recursos entre o município e as freguesias do concelho». Foram muito significativas as alterações,

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 21


desde logo a redução do número de freguesias, passando das antigas 53 para as atuais 24 freguesias,
e o aumento da área do concelho em cerca de 1,5 km². Segundo o ponto j) do Artigo 12.º da referida
Lei passa a ser responsabilidade das Juntas de Freguesia «gerir, conservar e reparar equipamentos
sociais na área da freguesia, designadamente equipamentos culturais e desportivos de âmbito local,
escolas e estabelecimentos de educação do 1.º Ciclo do Ensino Básico e Pré-Escolar, creches, jardins
de infância e centros de apoio à terceira idade». Para concretização desta reforma, foram celebrados
com as 24 juntas de freguesia os respetivos autos de transferência de competências aprovados através
das Propostas n.ºs 915/CM/2013, 916/CM/2013 e 4/CM/2014, que deram origem à Deliberação n.º
6/AML/2014.

No âmbito dos alunos com necessidades educativas especiais, vigora atualmente o Decreto-
Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, republicado pela Lei n.º 116/2019, de 13 de setembro, que aprova um
modelo de escola inclusiva. Deve salientar-se a sua importância para a compreensão do regime de
educação e ensino especial nos estabelecimentos públicos. É de mencionar ainda a Portaria n.º 644-
A/2015, de 24 de agosto, no âmbito das Atividades de Animação e de Apoio à Família (AAAF), da
Componente de Apoio à Família (CAF) e das Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) a funcionar
em estabelecimentos de Educação Pré-Escolar e de 1.º Ciclo do Ensino Básico.

As atualizações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 21/2019, de 30 de janeiro, vêm adensar as


competências anteriormente transferidas para os municípios, nomeadamente no domínio do
investimento, equipamento, conservação e manutenção de edifícios escolares. As competências do
município foram alargadas a todo o Ensino Básico (2.º e 3.º Ciclos), e ao ensino secundário da rede
pública. Este processo encontra-se ainda em transição e parte das competências ainda se encontram
no Ministério da Educação.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 22


1.2 - ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO DE REFERÊNCIA
TABELA 1- ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO DE REFERÊNCIA

EDUCAÇÃO
Constituição da República Portuguesa “Todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidades de acesso e êxito
(CRP) – Artigo 73.º a 75.º escola”.

Estabelece o quadro geral do sistema educativo que corresponde ao conjunto de meios pelo qual se

Lei de Bases do Sistema Educativo (LBSE) – concretiza o direito à educação, que se exprime pela garantia de uma permanente ação formativa

Lei n.º 46/86, de 14 de outubro orientada para favorecer o desenvolvimento global da personalidade, o progresso social e a
democratização da sociedade.

Lei n.º 5/97, de 10 de fevereiro Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar.

Aprova o regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação


Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril
pré-escolar e dos ensinos básico e secundário

Estabelece o regime da escolaridade obrigatória para as crianças e jovens que se encontram em idade

Lei n.º 85/2009, de 27 de agosto escolar e consagra a universalidade da educação pré-escolar para as crianças a partir dos cinco anos
de idade.

Procedeu à primeira alteração à Lei n.º 85/2009, de 27 de agosto, estabelecendo a universalidade da


Lei n.º 65/2015, de 03 de julho
educação pré-escolar para as crianças a partir dos 4 anos de idade.

Despacho Normativo n.º 6/2018, Estabelece os procedimentos da matrícula e respetiva renovação e as normas a observar na

de 12 de abril distribuição de crianças e alunos.

COMPETÊNCIAS DAS AUTARQUIAS LOCAIS


Procede à reorganização administrativa de Lisboa, através da definição de um novo mapa da cidade,
Lei n.º 56/2012, de 08 de novembro –
de um quadro específico das competências próprias dos respetivos órgãos executivos, bem como dos
Reorganização Administrativa de Lisboa
critérios de repartição de recursos entre o município e as freguesias do concelho.

Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro – Este diploma veio revogar e substituir a Lei n.º 159/99, de 14 de setembro, que estabelecia a

Regime Jurídico das Autarquias Locais transferência de atribuições e competências para as Autarquias Locais.

Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio –


Aprova a revisão do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial
Artigo 75.º

Lei-quadro da Transferência de Competências para as Autarquias Locais e para as Entidades


Lei n.º 50/2018, de 16 de agosto
Intermunicipais.

Lei-quadro da Transferência de Competências para as Autarquias Locais e para as Entidades


Intermunicipais que veio revogar e substituir o Decreto-Lei n.º 7/2003, de 15 de janeiro, que
Decreto-Lei n.º 21/2019, de 30 de janeiro
regulamentava os conselhos municipais de educação e aprova o processo de elaboração da Carta
Educativa, transferindo competências para as autarquias locais.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 23


1.3 - CARACTERIZAÇÃO DA ESTRUTURA DO SISTEMA
EDUCATIVO PORTUGUÊS

A Lei de Bases do sistema educativo nacional (Lei n.º 46/86, de 14 de outubro) consagra o
direito à educação em Portugal e determina quais os principais meios, recursos e estruturas que
possibilitam a concretização deste direito e, mais especificamente, a conclusão da escolaridade
obrigatória. Em termos objetivos, delimita:

1) Que os níveis de ensino que compõem a escolaridade obrigatória são de acesso gratuito e
universal;
2) Que tanto estruturas públicas, como cooperativas e privadas, estão, ou podem estar,
responsáveis pelas diferentes ofertas educativas;
3) Que a intervenção e gestão diretas no sistema educativo se encontram a cargo de uma
rede alargada de atores, como o Ministério da Educação e todas as suas estruturas centrais
e regionais, as autarquias, os estabelecimentos de educação e ensino públicos, privados e
cooperativos, incluindo as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), os
centros de formação de professores, as associações profissionais e sindicais, as
Associações de Pais e Encarregados de Educação e as associações de alunos — prevendo-
se, ainda, para alguns casos, a intervenção dos Ministérios da Solidariedade, Emprego e
Segurança Social, e da Saúde;
4) Que o sistema educativo deve responder às necessidades resultantes da realidade social,
corrigir assimetrias de desenvolvimento regional e local, garantir a escolaridade de todos
os que ficaram excluídos e daqueles que procuram adquirir novas competências
profissionais, bem como garantir a igualdade de oportunidades de todos indivíduos,
pautando-se por princípios equitativos no seu funcionamento. Deve, por isso, dar resposta
quer nos casos das crianças e jovens em idade escolar, quer no caso dos adultos, crianças
e jovens com necessidades educativas especiais, independentemente da condição social,
étnica, cultural e religiosa.

Na generalidade, o sistema educativo nacional compreende: (1) um período obrigatório,


universal e gratuito, de doze anos de escolaridade, referente ao Ensinos Básico (nove anos escolares)
e ao Ensino Secundário (três anos escolares), e nos quais se encontram integradas diferentes
modalidades e ofertas educativas (a oferta regular, as componentes técnicas e artísticas, as ofertas
profissionais, a componente de educação de adultos e as ofertas alternativas que permitem a
conclusão da escolaridade obrigatória); e, (2) um período formativo não obrigatório, onde são incluídas
a etapa inicial de Educação Pré-Escolar (três anos escolares) e os ensinos pós-Secundário e Superior.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 24


TABELA 2- SISTEMA EDUCATIVO PORTUGUÊS

Níveis de Ensino COMPOSIÇÃO

De frequência facultativa, destina-se a crianças com idades compreendidas entre os 0 anos e


Creche os três anos, encontrando-se fora da rede pública e não sendo da responsabilidade do
Ministério da Educação.

De frequência facultativa, destina-se a crianças com idades compreendidas entre os três anos
Educação Pré-Escolar
e a entrada no Ensino Básico.

1.º CEB - Primeiro Ciclo do Ensino Divide-se por quatro anos de escolaridade:
Básico 1.º ano, 2.º ano, 3.º ano, 4.º ano.

2.º CEB - Segundo Ciclo do Ensino Divide-se por dois anos de escolaridade:
Básico 5.º ano, 6.º ano.

3.º CEB - Terceiro Ciclo do Ensino Divide-se por três anos de escolaridade:
Básico 7.º ano, 8.º ano, 9.º ano.

Divide-se por três anos de escolaridade, com duas opções:


Cursos Científico-Humanísticos (CCH), Cursos Profissionais (CP), Cursos Artísticos
Especializados
Ensino Secundário

CCH: 10.º ano, 11.º ano, 12.º ano | CP: 1.º ano, 2.º ano, 3.º ano

Cursos de Especialização Os Cursos de Especialização Tecnológica (CET) são uma formação pós-Secundária não Superior
Tecnológica (CET) que visa conferir qualificação do nível 5 do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ).

O Ensino Superior português organiza-se num sistema binário, que integra o Ensino
Universitário e o Ensino Politécnico e é ministrado em instituições públicas e privadas. Os
estabelecimentos de ensino superior privado obtêm reconhecimento de interesse público
Ensino Superior prévio do Governo.
O Ensino Universitário inclui as universidades, os institutos universitários e outros
estabelecimentos de ensino universitário. O Ensino Politécnico compreende os institutos
politécnicos e outros estabelecimentos de ensino politécnico.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 25


2 – MONITORIZAÇÃO DA CARTA EDUCATIVA DE
2008
O presente capítulo destina-se a verificar a concretização dos objetivos da Carta Educativa de
2008 à data de hoje, volvidos mais de dez anos sobre a sua aprovação.

A monitorização incide sobre os dois aspetos distintos previstos na CE 2008:

• O Reforço e a Requalificação da Rede Escolar


• As medidas complementares

2.1 - REFORÇO E REQUALIFICAÇÃO DA REDE ESCOLAR

O Programa de Atuações da Carta Educativa de 2008 dividiu-se em dois eixos estratégicos:

(I) Reforço da Rede Escolar e


(II) Requalificação da Rede Escolar.

Para efeitos de monitorização, da CE esta análise confronta:

• O total de novas escolas previstas e as concretizadas;


• Intervenções de beneficiação/requalificação previstas e as concretizadas;
• Comparação das taxas de cobertura propostas e atuais.

2.1.1 - Execução do Reforço da Rede Escolar

Total de escolas
A Carta Educativa de 2008 indicava como constrangimentos à sua implementação os grandes
desequilíbrios espaciais entre a oferta e a procura de ensino, com equipamentos de maior capacidade
em zonas da cidade que não careciam de tanta oferta e, em contrapartida, insuficiente cobertura em
zonas onde a procura era mais elevada. À data, era ainda apontada a possível tendência para o
agravamento dos desequilíbrios verificados.

Deste modo, foram propostos novos equipamentos (com ou sem terrenos definidos) para
suprir as carências verificadas e garantir a reserva de terrenos no território municipal que, com o
desenvolvimento urbanístico, seriam necessários para suprir novas carências e garantir o equilíbrio da

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 26


rede. Foram reservados 45 terrenos para novas escolas. Além destes terrenos, continuava a existir
carência de 14 escolas, para as quais não foi possível a afetação de terrenos específicos.

Assim, na Carta de 2008, optou-se por identificar, em planta, as localizações aproximadas que
permitiriam satisfazer as carências identificadas, mas sem localização definida para que,
posteriormente fosse possível encontrar os terrenos adequados. No total, a Carta de 2008 sinalizou a
necessidade de 59 novos equipamentos, que visavam substituir escolas existentes ou criar novas
escolas para complementar a rede escolar do Município.

TABELA 3 - ESCOLAS PROPOSTAS NA CARTA EDUCATIVA DE 2008

Escolas Propostas na Carta Educativa (CE) 2008


Escolas com Terreno Escolas sem terreno Total de Escolas Propostas
45 14 59

Do total das escolas propostas, foram construídas sete em terrenos definidos na Carta
Educativa de 2008, e uma escola sem localização definida, mas cuja carência havia sido identificada,
conforme exposto no ponto anterior. Foram ainda introduzidos novos níveis de ensino em duas
escolas, quer no recinto escolar, quer no próprio edifício. Na tabela 4 são descritas as escolas
construídas, o seu ano de construção e localização.

TABELA 4 - ESCOLAS PROPOSTAS E CONSTRUÍDAS NA CARTA EDUCATIVA DE 2008

Ano de
Cod. Nome/ Localização CE 2008
Construção
203 2010 Escola Básica Professora Aida Vieira – B. Padre Cruz - Carnide Com terreno

258 2010 Jardim de Infância de Alvalade - Alvalade Com terreno

5008 2009 Escola Básica Bairro do Armador - Marvila Com terreno

954 2017 Escola Básica Maria Barroso - Santa Maria Maior Sem terreno
Escola Básica de Santa Clara ( ex- Escola Básica Convento do
9010 2015 Sem terreno
Desagravo)
6012 2010 Escola Básica das Galinheiras - Santa Clara Com terreno

7004 2010 Jardim de Infância do Lumiar - Quinta dos Frades Com terreno

2026 2010 EB do Parque das Nações 1.º fase (Pré-Escolar e 1.ºCiclo) da


e responsabilidade da CML 2010) e 2ª fase (2e 3.º ciclo) da Com terreno
2021 responsabilidade da DGEstE em 2021

9006 2011 Escola Básica de São Vicente - Telheiras Com terreno


499
2010 JI e EB1 no Recinto da Escola Pedro Santarém Com terreno

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 27


Figura 1 - Planta das Escolas propostas na Carta Educativa de 2008 e Escolas já construídas

Propostas com localização CE 2008 (45) Construídas com localização CE 2008 (6)

Propostas sem localização CE 2008 (14) Construída sem localização CE 2008 (1)

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 28


O Programa de Atuações da Carta Educativa de 2008 dividiu-se em dois eixos estratégicos: (I)

Escolas Prioritárias - Construção nova da responsabilidade da CML


O Eixo Estratégico 1 do Programa de Intervenções Prioritárias contemplava sete construções
de raiz, das quais seis foram concluídas:

• Escola Básica das Galinheiras, com alteração da tipologia inicialmente prevista, tendo-
se construído uma Escola Básica de 1.º ciclo com Jardim de Infância;
• Escola Básica do Bairro do Armador;
• Escola Básica com Jardim de infância na freguesia de Benfica, concretizada através da
construção de um Centro Escolar integrado na Escola Básica Pedro de Santarém, que
passou a ser uma Escola Básica Integrada com Jardim de Infância;
• Jardim de infância na freguesia de Alvalade, no recinto da Escola Básica Teixeira de
Pascoais
• Jardim de infância do Lumiar.
• Na zona do Parque das Nações, estava prevista a construção, com prioridade muito
elevada, de uma Escola Básica Integrada com Jardim de Infância, mas a conclusão foi
faseada, com primazia para a Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico. O
edifício destinado aos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico que já entrou em
funcionamento no ano letivo 2021/2022.

Por fim, a proposta de construção de um jardim de infância em instalações autónomas, no


perímetro escolar da Escola Básica Viscondessa dos Olivais (antiga Escola Básica n.º 36 de Lisboa) não
foi concretizada, tendo-se optado por aumentar a oferta de Educação Pré-Escolar já existente na escola
no âmbito da requalificação atualmente em curso.

Assim sendo, podemos verificar que a Carta Educativa de 2008 contemplava a construção de
raiz de sete equipamentos escolares, e que foram concretizados seis.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 29


2.1.2 - Execução da Requalificação do Parque Escolar

Para efeitos da monitorização do Eixo Estratégico 2 – Requalificação do Parque Escolar, a


estratégia mantém-se consistente com a aplicada ao Eixo 1: consulta da lista de Intervenções de
beneficiação/requalificação do parque escolar previstas e confronto com as intervenções
concretizadas no programa Escola Nova. Uma vez que a lista é extensa e os níveis de intervenção são
mais diversificados e complexos, a metodologia adotada para extrair dados para análise comparativa
é a seguinte:

a. De um modo geral, a cada escola corresponde uma intervenção, que pode ter sido ou não
executada. Nos casos em que se previa que a mesma escola fosse alvo de mais do que uma
intervenção, opta-se por englobar essas intervenções como uma só, para efeitos
estatísticos, sempre que ocorra uma das seguintes situações: a obra foi completamente
executada / a obra não foi executada.
b. Só são consideradas executadas as obras finalizadas.
c. Só são consideradas, para efeito de verificação de execução através do programa Escola
Nova, as obras que se encontravam previstas na Carta Educativa de 2008, nos termos
exatos em que são descritas. Se isto é claro, por exemplo, quando se propõe recuperar o
edifício e o que foi feito corresponde a arranjos exteriores, ou quando é feita uma
beneficiação parcial estando prevista a remodelação geral, pode ser mais discutível quando
a obra executada excede em âmbito, mas não inclui, a intervenção proposta (por exemplo,
uma beneficiação geral quando o que estava previsto era arranjos exteriores). No entanto,
de modo a não introduzir distorções na análise de dados, opta-se por não considerar as
obras que não correspondam ipsis verbis às intervenções propostas na Carta Educativa de
2008. Em algumas escolas, aliás, o facto de ter sido executada uma obra de requalificação
prevista na Carta de 2008 não invalida que tenham acontecido ou estejam em
curso/previstas outras obras de reabilitação ou manutenção.
d. Do mesmo modo, o fecho de escolas, quando não previsto na Carta de 2008, é considerado
fora do âmbito desta monitorização, mesmo se tiver acontecido em consequência de
alguma reabilitação ou reconfiguração motivada pela Carta.
e. Para possibilitar uma análise mais fina da relação entre as obras executadas e não
executadas, estas últimas são divididas em três categorias: «em curso», «obra prevista para
2022» e, por exclusão de partes, «proposta não concretizada».

Assim sendo, a Carta Educativa de 2008 previa um total de 68 intervenções de


beneficiação/requalificação do parque escolar, que variavam entre beneficiação geral ou parcial,

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 30


arranjos exteriores e de recreios, ou reformulação de cozinhas e refeitórios, entre outros. Destas, 40
foram concluídas, o que corresponde a uma taxa de execução de 59 por cento.

FIGURA 2 - GRÁFICO DA REQUALIFICAÇÃO DO PARQUE ESCOLAR

TABELA 5-OBRAS CONCLUÍDAS PELA CML DESDE 2008

Nome do Estabelecimento
Escola Básica Alexandre Herculano Escola Básica Mestre Querubim Lapa
Jardim de Infância Alexandre Rodrigues Ferreira Escola Básica da Luz/Carnide
Escola Básica Raúl Lino Escola Básica de Telheiras

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 31


Escola Básica de São João de Brito Escola Básica N.º 1 de Lisboa - Pena
Escola Básica dos Coruchéus Escola Básica Professor Agostinho da Silva
Escola Básica do Bairro de São Miguel Escola Básica de Lóios
Escola Básica de São João de Deus Escola Básica Luíza Neto Jorge
Escola Básica do Bairro do Restelo Escola Básica Luísa Ducla Soares
Escola Básica de Caselas Escola Básica Engenheiro Duarte Pacheco
Escola Básica Moinhos do Restelo Escola Básica Paulino Montez
Jardim de Infância de Belém Escola Básica Viscondessa dos Olivais
Escola Básica do Parque Silva Porto Escola Básica Sarah Afonso
Escola Básica Pintor Almada Negreiros Escola Básica Arquitecto Victor Palla
Escola Básica Natália Correia Escola Básica Sampaio Garrido
Escola Básica Mestre Arnaldo Louro de Almeida Escola Básica Frei Luís de Sousa
Escola Básica de Laranjeiras Escola Básica Dom Luís da Cunha
Escola Básica Teixeira de Pascoaes Escola Básica Jorge Barradas
Jardim de Infância N.º 1 de Benfica Escola Básica N.º 1 de Telheiras
Escola Básica Alice Vieira Escola Básica Arco-Íris
Escola Básica Actor Vale Escola Básica de Santo Condestável

Entre as 28 obras previstas e não concluídas, 7 estão em curso (25 por cento):

TABELA 6 - ESCOLAS BÁSICAS E JI COM OBRAS EM CURSO

Nome do Estabelecimento

Escola Básica de Santo Amaro Escola Básica Manuel Teixeira Gomes

Escola Básica Arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles Escola Básica Infante D. Henrique

Escola Básica Santo António Jardim de Infância da Ameixoeira

Escola Básica Eurico Gonçalves

As intervenções em 2 estabelecimentos escolares (7 por cento) têm início previsto para 2023:

TABELA 7 - ESCOLAS BÁSICAS E JI COM OBRAS A INICIAR EM 2023

Nome do Estabelecimento

Escola Básica Rainha Santa Isabel

Jardim de Infância António José de Almeida

São oito as intervenções previstas na Carta Educativa em 2008 não concretizadas (12 por
cento): Escola Básica de S. Sebastião da Pedreira, Escola Básica Helena Vaz da Silva (extinta, integrada
na Escola Básica das Gaivotas), Escola Básica n.º 4 de Lisboa (extinta, integrada na nova Escola Básica
de Santa Clara), Escola Básica n.º 212 (extinta, integrada na nova Escola Básica de Santa Clara), Escola
Básica Adriano Correia de Oliveira, Escola Básica do Condado, Escola Básica n.º 107 (extinta, e o edifício
foi requalificado e transformado no Jardim de Infância de Belém), Escola Básica Alexandre Rodrigues

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 32


Ferreira (extinta, o edifício foi requalificado e transformado no Jardim de Infância Alexandre Rodrigues
Ferreira).

Além das escolas da responsabilidade da CML e que foram intervencionadas desde 2008, foram ainda
efetuadas obras de reabilitação pela Parque Escolar, E.P.E. em 15 escolas, cuja identificação é
apresentada no quadro seguinte.

TABELA 8 - ESCOLAS REABILITADAS PELA PARQUE ESCOLAR, E.P.E. DESDE 2008

Ano
Nome do Estabelecimento
Conclusão
Escola Secundária Fonseca de Benevides 2009
Escola Secundária Rainha D. Amélia 2009
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos 2009
Escola Secundária D. Dinis - Lisboa 2009
Escola Secundária Eça de Queirós 2009
Escola Secundária D. Pedro V 2009
Escola Básica e Secundária D. Filipa de Lencastre 2010
Escola Secundária Pedro Nunes 2010
Escola Básica e Secundária Passos Manuel 2010
Escola Básica e Secundária Gil Vicente 2010
Escola Básica Francisco de Arruda 2011
Escola Secundária Padre António Vieira 2011
Escola Secundária Rainha Dona Leonor 2011
Escola Secundária Vergílio Ferreira 2011
Escola Secundária António Damásio 2011

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 33


FIGURA 3 - ESCOLAS REABILITADAS PELA CML E PELA PARQUE ESCOLAR, E.P.E. DESDE 2008

2.1.3 - Taxas de Cobertura

A Carta Educativa de 2008 estabeleceu os objetivos para 2013 constantes da tabela 1.


Comparando estes valores com as taxas de cobertura relativas a 2019, verifica-se que as metas
propostas foram claramente atingidas para todos os níveis de escolaridade, ainda que num prazo mais
alargado.

TABELA 9 - TAXAS DE COBERTURA

TAXA DE COBERTURA PROPOSTA


TAXA DE COBERTURA DA
PARA A REDE PÚBLICA na CE de
REDE PÚBLICA EM 2019
2008 para 2013

PRÉ-ESCOLAR 25% 40%

1.º CICLO 54% 70%

2.º CICLO 58% 90%

3.º CICLO 66% 95%

SECUNDÁRIO 78% 105%

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 34


2.2 - MEDIDAS COMPLEMENTARES

A Parte III da Carta Educativa de 2008 – Programa de Atuações previa, na secção III.2, várias
Medidas Complementares, cuja execução é analisada neste ponto. Salvaguarda-se que apenas as áreas
da competência da Câmara Municipal de Lisboa no período em análise são alvo de análise exaustiva.

2.2.1 - Educação Pré-Escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico

No que diz respeito à Educação Pré-Escolar e ao 1.º Ciclo do Ensino Básico, as medidas programadas
em 2008 serviriam «de suporte à elevação das ofertas educativas», e consubstanciavam-se em sete
propostas independentes, e sobre as quais se apresenta uma breve análise da respetiva execução.

1. Medida: Dotar as escolas de equipamentos informáticos, recursos multimédia, aplicações


educativas, bibliotecas digitais e acessos rápidos à internet e desenvolver nas crianças competências
na exploração das Tecnologias de Informação.

Execução: Neste domínio, a CML tem vindo a equipar as escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico e
jardins de infância com equipamento informático, nomeadamente integrou uma candidatura
conjunta, liderada pela Área Metropolitana de Lisboa (AML), no âmbito do Concurso-Aviso 3 da
«Economia Digital e Sociedade do Conhecimento – Plano Tecnológico da Educação, com projetos
que visavam integrar as Tecnologias de informação, agora designadas por TIC, Tecnologias da
Informação e da Comunicação, nos processos de ensino e aprendizagem do 1.º ciclo do Ensino
Básico. Em resultado, foram colocados 66 Quadros Interativos, em 66 escolas, assim como
Lan’s/Wireless em 22 escolas.

Destaca-se ainda, no âmbito das Medidas de Apoio Social no âmbito da Pandemia Covid 19, a
disponibilização de 3319 computadores portáteis e routers 4G a alunos dos escalões A e B da Ação
Social Escolar do 3.º e 4.º anos do Ensino Básico, 254 dos quais adaptados para alunos com
necessidades educativas especiais.

2. Medida: Dinamizar com qualidade as atividades de apoio educativo.

Execução: A Câmara Municipal de Lisboa tem vindo a assegurar atividades de apoio educativo de
forma diferenciada na Educação Pré-Escolar e no 1.º Ciclo do Ensino Básico. As Atividades de
Animação e Apoio à Família (AAAF) destinam-se aos alunos do Pré-escolar dos jardins de infância
da cidade, e a Componente de Apoio à Família (CAF) aos do 1.º Ciclo.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 35


O Município de Lisboa assegura atividades de caráter lúdico-pedagógico fora do horário letivo,
em todas as escolas, com um custo associado de acordo com o escalão da Ação Social Escolar. Estas
atividades podem estar a cargo de várias entidades executoras — Juntas de Freguesia, Associações
de Pais, Instituições Particulares de Solidariedade Social ou outras entidades sem fins lucrativos,
existindo uma gama muito vasta de respostas, às vezes dentro do mesmo Agrupamento de Escolas
(quando este abrange escolas de juntas de freguesia diferentes).

3. Medida: Melhorar quantitativa e qualitativamente o apoio aos alunos com Necessidades


Educativas Especiais.

Execução: O Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de junho, que estabelece o regime jurídico da educação
inclusiva, abandona a designação de alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE),
afastando-se da «conceção de que é necessário categorizar para intervir». Ou seja, aposta-se antes
em percursos diferenciados e medidas específicas (universais, seletivas e adicionais), que podem
ser aplicados a qualquer aluno, com o objetivo de «garantir que o Perfil dos Alunos à Saída da
Escolaridade Obrigatória seja atingido por todos».

Outra alteração relevante é a reconfiguração do modelo de Unidade Especializada num


modelo de Centro de Apoio à Aprendizagem, que passa a ser «um espaço dinâmico, plural e
agregador dos recursos humanos e materiais, mobilizando para a inclusão os saberes e
competências existentes na escola, valorizando, assim, os saberes e as experiências de todos». Ou
seja, a realidade de hoje é muito diferente da que motivou a inclusão desta proposta na Carta
Educativa de 2008, e cabe sobretudo à escola mobilizar os recursos necessários para que os alunos
outrora designados como NEE usufruam de um percurso escolar que lhes permita potenciar todas
as suas capacidades.

Contudo, continua a fazer sentido identificar necessidades de saúde especiais, que permitam
ao município cumprir o seu papel de prestar o apoio necessário e diferenciado a alunos com
necessidades muito específicas. Nesse sentido, é assegurado pelo município o transporte escolar
adaptado, gratuito, para os alunos com necessidades de saúde especiais de caráter permanente e
com dificuldades de mobilidade que frequentem estabelecimentos de ensino da rede pública e que
residam em Lisboa.

A Câmara Municipal de Lisboa deliberou ainda a atribuição de um apoio de 2000 euros por
Centro de Apoio à Aprendizagem, a distribuir pelos alunos que a frequentam e abrangidos por
medidas de inclusão, para aquisição de materiais de uso individual, nos casos em que os manuais
escolares não sejam pedagogicamente adequados. Este apoio diferenciado complementa o valor

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 36


atribuído a cada Centro (350 euros/ano), nos anos letivos anteriores, para aquisição de
equipamento de uso comum.

4. Medida: Alargar a intervenção dos Serviços de Psicologia ao Pré-escolar e 1.º Ciclo.


Execução: À presente data, continua a não existir intervenção dos Serviços de Psicologia na
Educação Pré-Escolar e no 1.º Ciclo do Ensino Básico.

5. Medida: Potenciar os programas de enriquecimento curricular.


Execução: O Município de Lisboa tem vindo a promover diversas iniciativas de enriquecimento
curricular nas escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico e jardins de infância, nomeadamente:
1. Programa de Educação para as Literacias – Letras, Cores e Saberes
Programa que pretende maximizar a utilização das bibliotecas escolares. Promove
momentos para apoio ao currículo, para o desenvolvimento da literacia digital, da
informação e dos media.
2. Passaporte Escolar
Programa que visa promover a educação não formal, através de visitas de estudo a
equipamentos ligados à educação científica e ambiental, educação desportiva, educação
cultural, e educação cívica. Foi criado um Passaporte Escolar físico, onde ficam registadas
as visitas efetuadas por cada aluno ao longo do 1.º Ciclo. Todos os anos é divulgado um
Guia da Oferta Educativa atualizado, e a CML assegura, gratuitamente, o transporte de
alunos e professores.
3. Passaporte Pré-Escolar
Programa em tudo semelhante ao Passaporte Escolar, mas destinado às crianças da
Educação Pré-Escolar, e com foco na formação pessoal e social, expressão e comunicação,
e conhecimento do mundo.
4. Programa de Apoio à Educação Física Curricular
É um programa curricular de seis blocos, que contemplam um conjunto de objetivos
programáticos. Está integrado no Programa Nacional de Expressão e Educação Físico-
Motora do 1.º Ciclo do Ensino Básico, e as atividades decorrem em contexto escolar, sendo
de participação gratuita para alunos das escolas públicas de Lisboa.
5. Programa Infância em Movimento
Programa que pretende promover a prática de exercício físico, contribuir para a criação de
hábitos de vida saudáveis, potenciar a relação da criança com o seu corpo e proporcionar
experiências de familiarização com os espaços verdes da cidade, através de diversas ações

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 37


em espaços municipais, nas quais os jardins de infância da rede pública são convidados a
participar.
6. Plataforma LisBOA +Sucesso Escolar
Projeto que, na génese, visava proporcionar à comunidade um recurso integrado de apoio
ao Ensino a Distância motivado pela Pandemia de Covid 19, mas que se mantém disponível,
com a missão de promover a igualdade de acesso a uma educação de qualidade,
favorecendo a realização de atividades dinâmicas e lúdicas e promovendo conhecimentos,
competências e valores que ajudem as crianças a desempenhar um papel ativo na
comunidade.

6. Medida: Potenciar a intervenção da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPPJ) e articular


esta com outras entidades.
Execução: A 1 de setembro de 1999, foi publicada em Diário da República a Lei de Proteção de
Crianças e Jovens em Perigo (Lei n.º 147/99), que estipula que «a intervenção para promoção dos
direitos e proteção da criança e do jovem em perigo tem lugar quando os pais, o representante
legal ou quem tenha a guarda de facto ponham em perigo a sua segurança, saúde, formação,
educação ou desenvolvimento, ou quando esse perigo resulte de ação ou omissão de terceiros ou
da própria criança ou dos jovens a que aqueles não se oponham de modo adequado a removê-lo».
Quando as entidades com competência em matéria de infância e juventude (onde se incluem as
escolas) não podem ou não conseguem remover as situações de perigo identificadas, cabe às
comissões de proteção de crianças e jovens intervir.

Para além de todas as situações de risco detetadas pelos profissionais de educação, o Estatuto
do Aluno e Ética Escolar (Lei n.º 51/2012, de 5 de setembro retificado pela Declaração de Retificação
n.º 46/2012) veio estipular o dever de informar a respetiva comissão de proteção de crianças e
jovens em risco numa série de situações: excesso grave de faltas, incumprimento de medidas de
recuperação e integração, aplicação de medidas disciplinares sancionatórias iguais ou superiores a
suspensão por cinco dias (e noutras situações consideradas aconselháveis pelo diretor do
agrupamento ou escola não agrupada), ou quando o menor comete atos que possam ser
considerados criminosos.

Em Lisboa, existem quatro CPPJ: Lisboa Centro, Lisboa Ocidental, Lisboa Norte e Lisboa
Oriental. A intervenção das CPPJ, embora de âmbito local e municipal, é enquadrada ao nível da
intervenção da Comissão Nacional e nas escolas através da tutela do Ministério da Educação.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 38


7. Medida: Desenvolver atividades extracurriculares, nomeadamente tirando partido do alargamento
do horário de funcionamento dos Jardins de infância e escolas do 1.º ciclo, promovendo a educação
não-formal e as atividades lúdico-desportivas.

Execução: Em 2005, o Despacho n.º 14 753/2005 (2.ª série) generalizou o ensino do inglês ao
3.º e 4.º anos do Ensino Básico público, como oferta educativa extracurricular gratuita. No mesmo
ano, o Despacho n.º 16795/2005 (2.ª série) determinou que os estabelecimentos públicos de
Educação Pré-Escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico teriam de manter-se obrigatoriamente abertos
«pelo menos até às 17h30 e no mínimo oito horas diárias, com vista à oferta de atividades de
animação ou apoio às famílias, bem como de enriquecimento curricular ou outras atividades
extracurriculares, de frequência facultativa por parte das crianças e alunos interessados.» Em 2008,
foram consideradas atividades de enriquecimento curricular no 1.º Ciclo do Ensino Básico
atividades de apoio ao estudo, inglês ou outras línguas estrangeiras, atividade física e desportiva,
música e outras expressões artísticas. Em 2009, foram atribuídas aos municípios competências em
matéria das atividades de enriquecimento curricular do 1.º ciclo e criado o regime jurídico para a
contratação de técnicos para assegurar o seu desenvolvimento.

Na presente data, as Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) encontram-se


regulamentadas pela Portaria n.º 644-A/2015, de 24 de agosto. É importante referir o Ofício-
Circular/DGE/2016/3210, de 9 de agosto, que estabelece uma série de recomendações pertinentes,
realçando a componente predominantemente lúdica das atividades, em detrimento do
agendamento de trabalhos de casa. Sugere-se ainda a flexibilização das atividades, a promoção da
interdisciplinaridade e a importância de dar voz aos alunos, rejeitando-se «avaliações
estandardizadas dos alunos, com recurso a testes, provas e classificações quantitativas». Em 2017,
é enviada, pelo Diretor-Geral da Educação, uma carta às diversas entidades promotoras previstas
na lei, alertando para a necessidade de brincar e para o perigo de as AEC, se não estiverem
organizadas de forma a respeitar os tempos de brincadeira livre das crianças e a promover a
criatividade e as expressões, poderem contribuir «para uma preocupante distensão do período
curricular para cerca de 30 horas semanais» (às quais se acrescenta, em muitos casos, as horas
passadas na Componente de Apoio à Família).

As AEC, no 1.º ciclo, são definidas como atividades pedagogicamente ricas e complementares
às aprendizagens curriculares ligadas à aquisição de competências básicas, de frequência
facultativa e gratuita, sempre que possível desenvolvidas nos espaços escolares, e com uma carga
horárias de 5/7 horas semanais, de modo que o somatório da carga horária semanal curricular e
das AEC não exceda as 30 horas semanais. No ano letivo de 2013/2014, a Câmara Municipal de
Lisboa deixou de ser promotora do Programa das AEC, passando para a responsabilidade do

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 39


Ministério da Educação e executadas por Juntas de Freguesia, Associações de Pais ou IPSS. Esta
situação foi, entretanto, revertida em resultado do processo de descentralização de competências,
sendo o Município de Lisboa o promotor e financiador deste Programa.

Apesar de não existir uma recolha sistemática sobre a qualidade e impacto das AEC na cidade
de Lisboa (e a única avaliação nacional externa que existe data de 2013), podemos afirmar que são
frequentadas pela maioria dos alunos, apresentando uma variação significativa quanto à oferta
entre os diferentes estabelecimentos de ensino. Apesar da perceção empírica de que a opinião
geral dos pais é positiva, dada a ausência de dados recentes e a imensa disparidade na oferta,
coloca-se a questão se as atividades visam de facto promover a igualdade de oportunidades e
proporcionar às crianças experiências lúdicas e pedagogicamente estimulantes, ou apenas garantir
que permanecem em contexto escolar e dirigido durante o horário de trabalho dos pais.

Para além de todas as medidas elencadas, há um conjunto de intervenções municipais que não
constam da Carta Educativa de 2008, mas que servem igualmente «de suporte à elevação das
ofertas educativas», nomeadamente o Plano Municipal de Alimentação Escolar Saudável - Crescer
Saudável, e a oferta de fichas de apoio/cadernos de atividades (nos três ciclos do Ensino Básico), a
todos os alunos independentemente do escalão.

2.2.2 - Ensino Básico (2.º e 3.º Ciclos) e Ensino Secundário

As recomendações relativas ao 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e ao Ensino Secundário


prendiam-se sobretudo com o combate ao insucesso e abandono escolares. De um ponto de vista
genérico, referia-se à necessidade de diversificar a oferta educativa, especialmente num quadro de
alargamento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos ou 12.º ano de escolaridade (Lei n.º 85/2009,
de 27 de agosto), reforçada com uma maior ligação das escolas ao mercado de trabalho e às entidades
ligadas à formação profissional.

À data, foram apresentadas seis recomendações específicas, a saber:

a. Atualizar e dinamizar as atividades de apoio educativo, particularmente nos Territórios


Educativos de Intervenção Prioritária;
b. Melhorar quantitativa e qualitativamente o apoio aos alunos com Necessidades Educativas
Especiais;
c. Ampliar a intervenção dos Serviços de Psicologia e Orientação, estendendo-a a alunos do
2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico;
d. Potenciar a intervenção da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens e articular esta com
outras entidades;

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 40


e. Promover o ensino de 2.ª oportunidade, implementando currículos alternativos e
reforçando a sua oferta;
f. Dinamizar a aprendizagem ao longo da vida e as iniciativas de educação extracurricular.

Uma vez que a competência nestes níveis de escolaridade tem sido exclusivamente do
Ministério da Educação, a monitorização da implementação de quaisquer medidas extravasa o âmbito
da presente monitorização. Não obstante, pode ser inferida do capítulo relativo à caraterização da
Rede Escolar, que menciona, por um lado, legislação como o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade
Obrigatória, e as diferentes ofertas curriculares disponíveis desde o 2.º ciclo até ao fim do Ensino
Secundário (ensino vocacional, profissional, etc.).

Importa referir que em Lisboa existe já uma escola de Segunda Oportunidade, enquadrada pelo
Despacho n.º 6954/2019, de 6 de agosto, estando identificados outros territórios e populações onde
faz todo o sentido dar início ao processo de criação destas escolas, através de uma panóplia de
parcerias que tenha em conta os ensejos e necessidades de jovens que estão fora do sistema escolar.
A primeira Escola de Segunda Oportunidade de Lisboa começou a funcionar no ano letivo de 2020/21,
mediante a assinatura de um protocolo entre a Câmara Municipal de Lisboa, a Direção-Geral dos
Estabelecimentos Escolares, o Instituto de Apoio à Criança e o Agrupamento de Escolas Eça de Queirós.

Ainda no âmbito do combate ao insucesso escolar, foi aprovado, em 2019, o Programa


Municipal de Prevenção e Combate ao Insucesso e Abandono Escolar Precoce, com apoio do Fundo
Social Europeu, designado de Secundário para Todos, que abrange todos os anos da escolaridade
obrigatória.

Finalmente, no que diz respeito à Carta Educativa de 2008, não são avaliadas as Medidas
Gestionárias então propostas (reforço dos planos pedagógicos; envolvimento das comunidades
educativas; promoção de práticas de avaliação; incremento da participação dos docentes na vida das
escolas; reforço da ligação da escola à comunidade educativa e cultural, às empresas e à sociedade em
geral), por incidirem exclusivamente sobre matérias cuja competência é das escolas e do Ministério da
Educação. Relativamente à verificação da seção de monitorização da Carta em vigor constata-se que
não foi concretizada a metodologia proposta, que contemplava por um lado, a criação de uma
estrutura organizativa própria e, por outro, recomendações respeitantes à periodicidade de avaliação
da execução.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 41


3 – TERRITÓRIO E POPULAÇÃO
Este capítulo dedica-se ao enquadramento territorial do concelho de Lisboa, tendo como base
a análise da inserção de Lisboa na região envolvente, o seu território e divisão administrativa, e a
caraterização socio-histórica e projeções demográficas do concelho

Assim, pretende-se estabelecer as bases essenciais para a integração da evolução demográfica


recente e das tendências de urbanização, e, deste modo, relacionar as conclusões obtidas com os
impactos na evolução da procura educativa concelhia. Estes aspetos são aprofundados nos pontos
seguintes, mediante a adoção de um cenário prospetivo da procura educativa por idade e grau de
ensino, e tendo como referência projeções demográficas, com o objetivo de contribuir para a
realização do Plano Estratégico Educativo Municipal de Lisboa.

Por outro lado, importa referir que foram tidos em conta os estudos demográficos que
serviram de base para a Revisão do Plano Diretor Municipal e para as análises apresentadas neste
capítulo. Em particular, foram utilizados os estudos de base Projeções Demográficas para o Município
de Lisboa 2016-2031 (2016), elaborado pelo Centro de Estudos Geográficos do Instituto de Geografia
e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa, CEG/IGOT para a Câmara Municipal de Lisboa,
e, no que se refere à população estrangeira, O Plano Municipal para a Integração de Migrantes de
Lisboa 2018-2020 (PMIML 2018-2020).

3.1 - LISBOA E A REGIÃO ENVOLVENTE: LISBOA NA GRANDE


LISBOA E NA REGIÃO DE LISBOA E VALE DO TEJO

Lisboa, para além de capital de Portugal, é também o centro de uma das duas Áreas
Metropolitanas do país, que agrega 18 Municípios, distribuídos por áreas territoriais localizadas a norte
e sul do rio Tejo: a Área Metropolitana de Lisboa Norte (AML Norte) e a Área Metropolitana de Lisboa
Sul (AML Sul).

Na AML Norte, encontram-se os municípios da Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra,


Odivelas, Oeiras, Sintra e Vila Franca de Xira. Na AML Sul, localizam-se os municípios de Alcochete,
Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal. O município de Lisboa
representa apenas 3 por cento do território da Área Metropolitana de Lisboa (85,87 km²), e concentra
cerca de 20 por cento dos habitantes da Área Metropolitana, sendo a cidade mais populosa do país.

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FIGURA 4 - MUNICÍPIOS DA ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA

3.2 - TERRITÓRIO, DIVISÃO ADMINISTRATIVA E


CARATERIZAÇÃO SOCIO-HISTÓRICA

A reforma administrativa implementada em 2012 reduziu o número de freguesias, passando


das antigas 53 para 24, em cumprimento do disposto no Decreto-Lei n.º 56/2012, de 8 de novembro.
Com esta reforma, a área total do concelho aumentou 1,5 km², passando de 84,38 km² para 85,87 km².

As novas freguesias resultam de agregações de freguesias existentes e da criação da freguesia


do Parque das Nações. Das novas 24 freguesias, 13 foram criadas através da junção de duas ou mais
freguesias, e apenas uma freguesia antiga (Santa Maria dos Olivais) foi dividida, dando origem a duas
novas freguesias (Olivais e Parque das Nações). A nova freguesia do Parque das Nações, limitada a
nascente e sul, respetivamente, pelas avenidas Infante D. Henrique e Marechal Gomes da Costa,
incorpora a área que se situava em parte das freguesias de Moscavide e Sacavém, do Concelho de

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 43


Loures, que, segundo os Censos 2011, dispunha de cerca de 2800 alojamentos e uma população de
quase 5000 habitantes.

A diminuição do número de freguesias procurou atenuar a disparidade entre as freguesias do


centro, mais pequenas e menos populosas, e as freguesias da periferia, com uma maior extensão e
maior número de habitantes. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística, relativos aos
Censos de 2011, Lisboa tem uma população residente de 547733 habitantes, sendo 45,82 por cento
do sexo masculino e 54,18 por cento do sexo feminino. A população residente diminuiu no período
intercensitário, bem como a densidade populacional. Lisboa alberga um total de 244 271 famílias, que
se distribuem por 323 981 alojamentos. A densidade dos alojamentos também diminuiu no período
intercensitário.

TABELA 10 - CARATERIZAÇÃO DE LISBOA, ESTATÍSTICAS DEMOGRÁFICAS 2011, INE

Lisboa 2011 2001

População 547.733 564.657

Densidade (Hab/km2) 6.491,30 6.691,80

Mulheres 296.859 306.670

Homens 250.874 257.987

Famílias 244.271 234.918

Alojamentos 323.981 293.064

Densidade (Aloj/Km2) 3.872,90 3.473,15

Edifícios 52.496 53.387

Embora se tenha dado um aumento da área urbanizada e habitada, Lisboa continuou a


apresentar uma perda de população entre os momentos censitários de 2001 e 2011, mas apenas na
ordem dos 3 por cento ou 2 por cento, respetivamente, segundo os limites administrativos anteriores
ou posteriores a 2013.

Apesar da diminuição de população, Lisboa continua a exercer uma forte atração, na medida
em que se apresenta como uma cidade com oferta de trabalho, dinâmica e segura. É uma cidade com
uma elevada e diversificada oferta de emprego, empresas, serviços, instituições e organizações
nacionais, regionais e internacionais. Possui uma presença relevante e diversificada de oferta de
Ensino Superior, atraindo estudantes de todo o país e também alunos estrangeiros, que cada vez mais
procuram Lisboa para prosseguir os estudos. As condições da cidade e das infraestruturas urbanas, o
património cultural e a qualidade de vida são caraterísticas de Lisboa.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 44


3.3 - Caracterização Demográfica do Concelho de Lisboa

No presente capítulo são apresentados diferentes indicadores e instrumentos de


caracterização da evolução e projeção da estrutura demográfica da população do concelho de Lisboa.
Atendendo à fineza que se procura introduzir na análise, no que diz respeito ao concelho de Lisboa,
o nível de desagregação considerado foi definido ao nível da freguesia.

3.3.1 - Crescimento Populacional intercensitário: Evolução da População


Residente – Concelho de Lisboa e Freguesias

No concelho de Lisboa, apesar do decréscimo ao longo dos três últimos períodos


intercensitários, é de sublinhar a tendência de recuo desse decréscimo, particularmente importante
no último período intercensitário. Vejamos como se distribui essa evolução pelas diferentes freguesias
do concelho. Para a análise, consideraram-se as freguesias com a atual divisão (24 freguesias)1,
resultante da reforma de 2012 (Lei n.º 56/2012 de 8 de novembro – Reorganização Administrativa de
Lisboa). Assim, apresentam-se, de seguida, os valores referentes aos efetivos populacionais dos três
últimos momentos censitários, por freguesias do concelho de Lisboa, e os resultados da taxa de
crescimento total dos períodos intercensitários. As tendências verificadas na evolução do crescimento
mantêm-se com pesos semelhantes quando analisamos o crescimento populacional do concelho de
Lisboa numa perspetiva mais agregada.

1
Esta opção leva a que não se autonomize a freguesia do Parque das Nações da dos Olivais. Quando a análise se
centrar num único ano, nomeadamente, o do último censo (2011), e em indicadores com recurso a informação
agregada e disponível, apresentaremos dados autonomizando as duas freguesias, de acordo com a reforma de
2012 (Carta Administrativa Oficial de Portugal – CAOP – 2013). Considerar-se-á como documento de consulta
o II Diagnóstico Social de Lisboa – 2015-2016, cuja fonte primária dos dados é o XV Recenseamento geral da
População, do Instituto Nacional de estatística (INE). De acordo com a delimitação anterior, o concelho de
Lisboa contava com um total de 547 733 indivíduos (dos quais 51 36 pertencentes aos Olivais), enquanto, em
função das novas delimitações, os indivíduos residentes no Concelho perfaziam um total de 552 700 (dos quais
33 788 pertencentes à freguesia dos Olivais e 21 025 à do Parque das Nações). Para a diferença contribui, em
larga medida, a delimitação geográfica da nova freguesia do Parque das Nações (com cerca de 26,2 por cento
do anterior território e 31,5 por cento da população da freguesia de Santa Maria dos Olivais, concelho de
Lisboa; 31 por cento do território e 29,3 por cento da população da freguesia de Moscavide, concelho de
Loures; e 34,7 por cento do território e 4,2 por cento da população da freguesia de Sacavém, concelho de
Loures

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 45


TABELA 11 - TAXA DE CRESCIMENTO TOTAL INTERCENSITÁRIO (%) 1991-2001 E 2001-2011, POR FREGUESIAS, LISBOA

TABELA 12 - POPULAÇÃO RESIDENTE, CENSOS DE 1991 A 2011, CONCELHO DE LISBOA POR FREGUESIAS

Fonte: Cálculos próprios, a partir de INE, XIII, XIV e XV Recenseamentos Gerais da População

Nota: Reconstituição própria dos efetivos populacionais das atuais freguesias de Lisboa, cujas
delimitações são resultantes da reforma administrativa de 2012. A freguesia do Parque das Nações

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não se considera nos indicadores em que se avalie o crescimento intercensitário, atendendo ao seu
surgimento em 2012.

Figura 5 -MAPA DO TIPO DE CRESCIMENTO (2001-2011)

TABELA 13 - GRUPOS DE FREGUESIAS DE LISBOA EM FUNÇÃO DA DINÂMICA DE CRESCIMENTO EM DUAS DÉCADAS (1991-
2001 E 2001-2011)

Tipo de Crescimento Freguesias

Decréscimo reforçado (1) Misericórdia

Ajuda, Alvalade, Beato, Belém, Benfica, Campo de Ourique,


Decréscimo permanente (10) Penha de França, Santa Maria Maior, Santo António, São
Vicente

Decréscimo esbatido (6) Alcântara, Areeiro, Arroios, Campolide, Estrela, Marvila

Avenidas Novas, Olivais, Santa Clara, São


Inversão para tendência positiva (4)
Domingos de Benfica

Crescimento consolidado (2) Carnide, Lumiar

3.3.2 - Densidade Populacional

Considerando a concentração desigual da população no concelho de Lisboa, atendendo quer


ao volume populacional, quer à área das diferentes freguesias, introduzimos na análise os valores da

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 47


densidade populacional. Assim, os resultados para a densidade populacional dão conta de que, apesar
de as freguesias da coroa Norte do concelho concentrarem o maior volume de população, são as
freguesias do centro, dos bairros históricos e ribeirinhos que apresentavam, em 2011 uma maior
densidade populacional. São também essas as que apresentam uma área mais reduzida. As três
freguesias com o maior número de habitantes por km² eram, a partir de dados do Censo de 2011, as
de São Vicente, Areeiro, Campo de Ourique e Arroios.

TABELA 14 - DENSIDADE POPULACIONAL (N.º/ KM²) POR FREGUESIA DO CONCELHO DE LISBOA, 2011

Fonte: Cálculos próprios, a


partir de INE, XV Recenseamento Geral da População (consulta dados sobre População Residente em CML, II
Diagnóstico Social de Lisboa - 2015-2016), Lista de freguesias de Lisboa, área (em km²).

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FIGURA 6 - MAPA DE DENSIDADE POPULACIONAL (HAB/ KM²) POR FREGUESIA DO CONCELHO DE LISBOA, 2011

Nota: Considera-se a delimitação geográfica das freguesias de acordo com a CAOP2013.

3.3.3 - Estrutura Demográfica da População Residente

De acordo com as tendências de crescimento e a diversidade identificada, interessa perceber


se as freguesias que perderam mais população nos períodos intercensitários analisados serão as mais
envelhecidas. Introduzimos, de seguida, as pirâmides etárias2, o índice de envelhecimento3 e as
proporções etárias4 de Lisboa e das freguesias em análise, no sentido de analisar a estrutura

2
As pirâmides etárias foram construídas com recurso ao Excel, a partir de proporções de efetivos
(grupos etários anuais), para possibilitar comparações.
3
O índice de envelhecimento resulta do quociente entre a população idosa (65 e + anos) e a população jovem
(0-19 anos completos) e é expresso em percentagem: IE=Pop.(65e+)/Pop.(0-19)*100. Refira-se que se
considerou aqui como população jovem, em termos etários, a população até aos 19 anos, atendendo ao
propósito deste estudo, que se centra na população escolar, e ao facto de a escolaridade obrigatória se
estender, atualmente, a 12 anos. No caso de se considerar o grupo dos jovens até aos 14 anos, os valores do
índice de envelhecimento seriam claramente mais elevados (no caso do município de Lisboa, o valor seria de
185,8 por cento).
4
As proporções etárias resultam do quociente entre o efetivo populacional de um grupo etário definido (aqui
consideraram-se os três grupos funcionais – jovens, adultos, idosos) e o total da população, sendo expressas
em percentagem.

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populacional das respetivas populações, no momento censitário mais recente.

FIGURA 7 - PIRÂMIDE ETÁRIA (%) CONCELHO LISBOA, 2011

TABELA 15 – POPULAÇÃO TOTAL E POR GRANDES GRUPOS FUNCIONAIS (IDADES COMPLETAS), POR FREGUESIA E TOTAL
CONCELHO DE LISBOA, 2011

FREGUESIA TOTAL JOVENS (0-19) ADULTOS (20-64) IDOSOS (65 E +)


AJUDA 15584 2457 8526 4601
ALCÂNTARA 13943 2141 7802 4000
ALVALADE 31110 5033 17056 9021
AREEIRO 20131 3325 11705 5101
ARROIOS 32262 4633 19499 8130
AV. NOVAS 21625 3669 12443 5513
BEATO 12429 2016 7142 3271
BELÉM 16561 3130 9030 4401
BENFICA 36821 5582 20585 10654
CAMPO DE OURIQUE 22132 3703 12310 6119
CAMPOLIDE 15460 2522 9215 3723
CARNIDE 23316 5110 14580 3626
ESTRELA 20116 3712 11605 4799
LUMIAR 41163 8435 26070 6658
MARVILA 38102 7359 23618 7125
MISERICÓRDIA 13041 1855 8045 3141
OLIVAIS 51036 9723 29198 12115
PENHA DE FRANÇA 27967 4030 16519 7418
SANTA CLARA 21798 5267 13409 3122
SANTA MARIA MAIOR 12961 1636 8233 3092
SANTO ANTÓNIO 11855 1830 7088 2937
SÃO DOMINGOS DE BENFICA 33745 5724 19711 8310
SÃO VICENTE 14575 2059 8433 4083
LISBOA TOTAL 547733 94951 321822 130960

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FONTE: INE, XIII, XIV E XV RECENSEAMENTOS GERAIS DA POPULAÇÃO
Nota: Reconstituição própria dos efetivos populacionais das atuais freguesias de Lisboa, cujas delimitações são
resultantes da reforma administrativa de 2012

TABELA 16 - ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO E PROPORÇÃO DE JOVENS, ADULTOS E IDOSOS (%), POR FREGUESIA E PARA O
TOTAL, CONCELHO DE LISBOA, 2011

Freguesia IE Prop. Jovens Prop. Adultos Prop. Idosos


Santa Clara 59,3 24,2 61,5 14,3
Carnide 71,0 21,9 62,5 15,6
Lumiar 78,9 20,5 63,3 16,2
Marvila 96,8 19,3 62,0 18,7
Olivais 124,6 19,1 57,2 23,7
Estrela 129,3 18,5 57,7 23,9
Belém 140,6 18,9 54,5 26,6
São Domingos de Benfica 145,2 17,0 58,4 24,6
Campolide 147,6 16,3 59,6 24,1
Av. Novas 150,3 17,0 57,5 25,5
Areeiro 153,4 16,5 58,1 25,3
Santo António 160,5 15,4 59,8 24,8
Beato 162,3 16,2 57,5 26,3
Campo de Ourique 165,2 16,7 55,6 27,6
Misericórdia 169,3 14,2 61,7 24,1
Arroios 175,5 14,4 60,4 25,2
Alvalade 179,2 16,2 54,8 29,0
Penha de França 184,1 14,4 59,1 26,5
Alcântara 186,8 15,4 56,0 28,7
Ajuda 187,3 15,8 54,7 29,5
Santa Maria Maior 189,0 12,6 63,5 23,9
Benfica 190,9 15,2 55,9 28,9
São Vicente 198,3 14,1 57,9 28,0
Lisboa Total 137,9 17,3 58,8 23,9
Fonte: Cálculos próprios, a partir de INE, XIII, XIV e XV Recenseamentos Gerais da População

Nota: Reconstituição própria dos efetivos populacionais das atuais freguesias de Lisboa, cujas delimitações são
resultantes da reforma administrativa de 2012

A análise das pirâmides etárias, do índice de envelhecimento e das proporções dos grandes
grupos etários (jovens, adultos e idosos) dão conta de que a grande maioria das freguesias apresenta
uma estrutura populacional envelhecida. As únicas freguesias com um índice de envelhecimento
inferior a 100 (isto é, com mais jovens do que idosos), em 2011, eram as de Santa Clara, Carnide, Lumiar
e Marvila. Todas as outras, bem como o total de Lisboa, apresentam índices de envelhecimento com
resultados superiores a 100.

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Figura 8- ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO (%), POR FREGUESIA E TOTAL CONCELHO DE lISBOA,2011

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 52


FIGURA 9 - PROPORÇÃO DE JOVENS, ADULTOS E IDOSOS (%), POR FREGUESIA E TOTAL - CONCELHO DE LISBOA, 2011

A estrutura populacional das freguesias com maior índice de envelhecimento revela uma
proporção de jovens muito baixa e um envelhecimento marcadamente feminino. É de notar que
algumas dessas freguesias, como São Vicente, Santa Maria Maior, Santo António, Misericórdia e Penha
de França, revelam um peso significativo de população em idade ativa e fértil. No caso de Santa Maria
Maior e Penha de França, esse peso é protagonizado, sobretudo, pela população masculina. Há, assim,
nas freguesias mais envelhecidas, um desequilíbrio na estrutura populacional, que se manifesta em
termos etários, mas, também, na relação entre população masculina e feminina, sobretudo, nas idades
mais avançadas e no grupo dos adultos potencialmente ativos e férteis.

De que forma a estrutura populacional poderá condicionar os resultados na fecundidade


destas populações? Atendendo a que, em algumas freguesias, as pirâmides etárias denunciam a

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 53


existência de um desequilíbrio entre homens e mulheres em alguns grupos etários, fator que pode
condicionar os resultados da fecundidade no curto e médio prazo, vejamos os resultados das relações
de masculinidade5 para as idades férteis (15-50 anos exatos), ano a ano, relembrando que, quanto mais
próximo o resultado estiver de 100, maior o equilíbrio entre os efetivos populacionais masculino e
feminino (se for superior a 100, é favorável aos homens, e, se for inferior, é favorável às mulheres).

FIGURA 10 - RELAÇÃO DE MASCULINIDADE (%), 15-50 (ANO A ANO), CONCELHO LISBOA, 2011

Dos cálculos efetuados, os resultados mais significativos, no sentido do desequilíbrio entre população
masculina e feminina, são os das freguesias de Campolide e Santa Maria Maior (com um maior peso
de homens em quase todo o período fértil) e São Domingos de Benfica (com mais mulheres em
quase todas as idades consideradas férteis). Por outro lado, as freguesias mais envelhecidas são as
que registam uma maior oscilação nos valores. Tal oscilação pode dever-se, também, à dimensão
reduzida da população nessas freguesias.

Este indicador (relação de masculinidade), como referido atrás, é expresso em percentagem,


viabilizando, por isso, comparações entre freguesias. Mas é importante saber, também, o potencial
absoluto da população que protagoniza dinâmicas de movimento como as da fecundidade. Nesse
sentido, interessa analisar os totais absolutos das populações e ver se as freguesias mais populosas
são as menos envelhecidas e como têm evoluído. Introduz-se, por isso, uma tabela com o total da
população, por freguesia, em 2011, e as taxas de crescimento total referentes ao último período
intercensitário.

TABELA 17 - POPULAÇÃO TOTAL EM 2011 E TAXA DE CRESCIMENTO TOTAL (%) NO PERÍODO INTERCENSITÁRIO 2001-2011,
POR FREGUESIA

Freguesia População Total 2011 Tci 2001-2011

5
A relação de masculinidade resulta do quociente entre a população masculina e feminina e o resultado é
expresso em percentagem: RM=Pop. Masculina/Pop. Feminina*100.

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Santo António 11855 -12,8

Beato 12429 -12,7

Sta. Maria Maior 12961 -8,7

Misericórdia 13041 -17,9

Alcântara 13943 -3,5

São Vicente 14575 -14,7

Campolide 15460 -2,9

Ajuda 15584 -13,2

Belém 16561 -7,3

Estrela 20116 -5,0

Areeiro 20131 -4,3

Av. Novas 21625 2,2

Santa Clara 21798 8,2

C. Ourique 22132 -10,8

Carnide 23316 22,8

P. França 27967 -9,2

Alvalade 31110 -9,1

Arroios 32262 -2,9

S. Dom. Benfica 33745 0,2

Benfica 36821 -11,0

Marvila 38102 -1,7

Lumiar 41163 9,2

Olivais 51036 10,0

Lisboa Total 547733 -3,0

Fonte: Cálculos próprios, a partir de INE, XIII, XIV e XV Recenseamentos Gerais da População.

Nota: Reconstituição própria dos efetivos populacionais das atuais freguesias de Lisboa, resultantes da reforma
administrativa de Lisboa.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 55


FIGURA 11 - POPULAÇÃO TOTAL EM 2011 E TAXA DE CRESCIMENTO TOTAL - TCI (%) NO PERÍODO INTERCENSITÁRIO 2001-
2011, POR FREGUESIA

A análise dessa informação indica que as freguesias com mais população são as que registam
um crescimento mais positivo, o que faz prever um potencial de crescimento absoluto no conjunto das
freguesias. Com efeito, o maior crescimento concentra-se nas freguesias mais populosas, o que revela
potencial de crescimento positivo do concelho, que já registou um valor de menos 3 por cento de
crescimento no último período intercensitário, uma evolução claramente menos negativa face ao
período anterior.

Assim, o crescimento populacional potencia o rejuvenescimento da estrutura etária das


populações, o que, por sua vez, será determinante nas dinâmicas populacionais, nomeadamente, no
incremento da fecundidade e na composição da população em termos familiares.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 56


3.3.4 - Famílias e Alojamentos

Lisboa é o concelho da Área Metropolitana de Lisboa com uma dimensão média das famílias
mais reduzida (2,25 pessoas por família em 2011). No interior do concelho de Lisboa, constata-se que
o número de famílias está a diminuir nas freguesias que se encontram na tipologia de crescimento que
definimos nas categorias 1 e 2, isto é, com um decréscimo populacional reforçado ou permanente ao
longo de duas décadas (dois períodos intercensitários: 1991-2001 e 2001-2011). Isto significa que
o decréscimo populacional é acompanhado de uma quebra do número de famílias. As freguesias com
um aumento do número de famílias são aquelas que registam, em termos de crescimento
populacional, uma inversão para tendência positiva ou crescimento consolidado no mesmo período
(categorias 4 e 5 da tipologia). O maior aumento do número de famílias aconteceu na freguesia de
Carnide, seguida de Santa Clara e do Lumiar.

Quanto à variação da dimensão média das famílias, os resultados acompanham, de forma


generalizada, a tendência do concelho, com uma diminuição entre 2001 e 2011. A exceção surge
apenas na freguesia de São Vicente, com um ligeiro aumento na dimensão das famílias entre 2001 e
2011, sendo esta a freguesia em que o número de famílias mais diminuiu, fator que poderá ter
determinado o aumento na respetiva dimensão. Por outro lado, as freguesias onde se verificou um
maior aumento do número de famílias no período intercensitário são algumas das que registam uma
maior diminuição da dimensão média da família, o que poderá apontar para a constituição de novas
famílias, mais pequenas, nomeadamente, de casais e unipessoais. Falamos das freguesias de Carnide,
Lumiar, Marvila e Santa Clara, na coroa Norte da cidade de Lisboa.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 57


TABELA 18 - FAMÍLIAS, FAMÍLIAS COM FILHOS MENORES (2011) E DIMENSÃO MÉDIA DAS FAMÍLIAS, POR FREGUESIAS DO
CONCELHO DE LISBOA, 2001 E 2011

Fonte: Cálculos próprios, a partir de INE, XIV e XV Recenseamentos Gerais da População

Relativamente à presença de menores nas famílias, as freguesias com mais população menor
de 15 anos são as mais populosas, resultando esse efetivo do próprio volume populacional da
freguesia. É o caso das freguesias de Alvalade, Arroios, Benfica, Carnide, Lumiar, Marvila, Olivais, Penha
de França, Santa Clara e São Domingos de Benfica, todas com mais de 1500 famílias com menores de
15 anos, com destaque para o Lumiar, com 3351 famílias nessas condições.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 58


FIGURA 12 - NÚMERO DE FAMÍLIAS COM MENORES DE 15 ANOS (2011)

FIGURA 13 - PROPORÇÃO DE FAMÍLIAS COM MENORES DE 15 ANOS (%,2011)

Neutralizando o efeito da dimensão populacional, através do cálculo da proporção de famílias


com menores de 15 anos no conjunto das famílias em cada freguesia, verifica-se que só na freguesia

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 59


de Santa Maria Maior o peso das famílias com menores de 15 anos no conjunto das famílias não
ultrapassa os 10 por cento. Aquelas em que a proporção é mais elevada (acima dos 15 por cento) são
Carnide, Lumiar, Olivais e Santa Clara. No que concerne ao número de alojamentos familiares
clássicos6, este cresceu, de forma generalizada, no conjunto da cidade de Lisboa, mas o ritmo de
crescimento variou entre as diferentes freguesias.

TABELA 19 - ALOJAMENTOS FAMILIARES CLÁSSICOS E TAXA DE VARIAÇÃO (%), POR FREGUESIAS DE LISBOA, 2001 E 2011

Freguesia 2001 2011 Tx. Var. (%) Alojamentos


Ajuda 8.917 8.866 -0,57
Alcântara 8.244 8.886 7,79
Alvalade 17.081 18.360 7,49
Areeiro 11.514 12.529 8,82
Arroios 20.169 21.412 6,16
Av. Novas 11.700 14.427 23,31
Beato 7.096 7.631 7,54
Belém 8.539 9.456 10,74
Benfica 19.915 21.197 6,44
C. Ourique 14.070 13.781 -2,05
Campolide 8.412 9.224 9,65
Carnide 8.341 11.145 33,62
Estrela 12.460 13.093 5,08
Lumiar 17.361 21.446 23,53
Marvila 14.355 16.649 15,98
Misericórdia 9.772 10.482 7,27
Olivais 19.969 26.045 30,43
Penha França 16.657 17.785 6,77
Sta. Clara 7.763 10.657 37,28
Sta. Mª Maior 10.606 10.787 1,71
Sto. António 8.013 8.493 5,99
S. D. Benfica 17.300 20.229 16,93
S. Vicente 10.227 10.285 0,57
Lisboa 288.481 322.865 11,92

FIGURA 14 - TAXA DE VARIAÇÃO DE ALOJAMENTOS (%, 2001-2011)

6
Os alojamentos familiares clássicos excluem os alojamentos coletivos e outros alojamentos familiares, como
barracas e casas rudimentares de madeira, alojamentos móveis, improvisados e outros.

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As freguesias da Ajuda e de Campo de Ourique registaram um ligeiro decréscimo no número
de alojamentos entre 2001 e 2011, o que poderá dever-se à antiguidade do edificado. Em todas as
outras freguesias, o número de alojamentos cresceu, sendo que as freguesias com uma taxa de
variação mais elevada inserem-se no grupo das mais populosas e das que apresentam taxas de
crescimento populacional intercensitário mais elevado. É o caso das freguesias das Avenidas Novas,
Carnide, Lumiar, Olivais, Santa Clara e São Domingos de Benfica, todas as das categorias 4 (Inversão
para tendência positiva) e 5 (Crescimento consolidado) da tipologia de crescimento definida
anteriormente. Das freguesias referidas, Carnide (37,3 por cento) e Santa Clara (33,6 por cento)
registam a variação mais acentuada.

3.3.5 - Dinâmica Populacional: Crescimento Total, Natural e Migratório

Introduzindo indicadores relativos à dinâmica populacional (que influencia o volume e a


estrutura da população entre dois momentos censitários), consideramos os resultados das duas
componentes do movimento da população consideradas em análise demográfica: a componente
natural e a migratória.

No balanço feito relativamente ao movimento natural, migratório e total, verifica-se que as

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 61


freguesias com decréscimo reforçado ou permanente apresentam perdas populacionais por via do
crescimento natural e do crescimento migratório, ambos negativos. É visível o efeito positivo das
migrações nas freguesias com decréscimo esbatido (Alcântara, Areeiro, Arroios) e com inversão de
tendência positiva (Avenidas Novas, Olivais, São Domingos de Benfica), com exceção da freguesia da
Estrela, que apresenta crescimento natural e migratório negativos, e de Marvila, com crescimento
natural positivo, mas com crescimento migratório negativo. Esta é uma freguesia atípica no conjunto.

O crescimento migratório assume valores mais elevados e contrastantes do que o crescimento


natural no período intercensitário, contribuindo mais para o crescimento ou decréscimo populacional,
na maioria das freguesias, do que a dinâmica natural. Nesse contexto, o saldo migratório é positivo em
mais freguesias do que o saldo natural, havendo freguesias que, apesar do crescimento natural
negativo, apresentam um crescimento migratório positivo, revelando-se atrativas para a fixação de
população. São as freguesias de Alcântara, Areeiro, Campolide, São Domingos de Benfica e, sobretudo,
Arroios, Avenidas Novas e Olivais. Há ainda três freguesias que ganham população por via do duplo
crescimento, natural e migratório: Carnide, Lumiar e Santa Clara, duas com crescimento consolidado
e uma com inversão de tendência positiva.

TABELA 20 - POPULAÇÃO RECENSEADA EM 2001 E 2011, TOTAL DE NADOS-VIVOS E ÓBITOS 2001-2010 POR LOCAL DE
RESIDÊNCIA, SALDO NATURAL E SALDO MIGRATÓRIO 2001-2011, TAXAS BRUTAS DE NATALIDADE E MORTALIDADE, TAXA
DE CRESCIMENTO NATURAL E TAXA DA BALANÇA MIGRATÓRIA, TAXA DE CRESCIMENTO TOTAL

Fonte: INE, Estatísticas Demográficas, 2001-2010; INE, XVI e XV Recenseamentos Gerais da População

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*TCN - Taxa de Crescimento Natural, TBM - Taxa da Balança Migratória, TCT - Taxa de Crescimento Total
**Categorias da Tipologia de Crescimento: 1 - Decréscimo reforçado; 2 - Decréscimo permanente; 3 -
Decréscimo esbatido; 4 - Inversão para tendência positiva; 5 - Crescimento consolidado.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 63


FIGURA 15 - TAXA DE CRESCIMENTO NATURAL (%, 2001-2011)

FIGURA 16 - TAXA DA BALANÇA MIGRATÓRIA (%,2001-2011)

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 64


FIGURA 17 - TAXA DE CRESCIMENTO TOTAL (%,2001-2011)

3.3.6 - Dinâmica Populacional: Natalidade e Fecundidade – Concelho de Lisboa


e Freguesias

A análise desenvolvida até aqui refere-se à evolução da população até 2011. De que forma terá
evoluído e continuará a evoluir a população do concelho de Lisboa desde então? Como terá evoluído
o crescimento populacional, nomeadamente, na componente natural, essencial para identificar a
futura população escolar? Como terá evoluído a fecundidade, considerando as tendências até aqui
reveladas? Consideramos o indicador da intensidade da fecundidade para essa análise, o índice
sintético de fecundidade (ISF)7.

TABELA 21 - NADOS-VIVOS POR LOCAL DE RESIDÊNCIA DA MÃE, CONCELHO DE LISBOA E FREGUESIAS, 1996-2016

Freguesias 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

7
O ISF refere-se ao número médio de filhos por mulher, numa população, num determinado período em
análise. O limiar de substituição das gerações situa-se no valor de 2,1 filhos por mulher. Em Portugal, desde
1982 que o valor do ISF se situa abaixo do limiar de substituição das gerações.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 65


Ajuda 182 174 194 269 207 190 189 164 175 175 177 165 202 196 164 176 155 176 146 133 158

Alcântara 131 105 118 126 146 100 113 141 150 156 137 121 155 173 184 145 139 152 130 172 162

Alvalade 298 289 259 289 271 244 258 295 264 268 285 301 319 287 331 310 322 282 308 319 343

Areeiro 262 234 246 212 237 198 183 211 216 222 197 192 224 228 207 198 199 183 184 232 221

Arroios 307 322 294 322 316 312 309 327 331 337 363 368 354 370 385 395 351 340 349 374 402

Av. Novas 216 236 249 233 208 209 231 218 221 227 212 196 207 212 231 264 207 248 245 242 308

Beato 135 145 116 90 134 119 109 127 128 118 137 115 118 125 158 126 107 94 112 130 125

Belém 150 182 184 155 175 145 188 162 183 158 161 171 175 211 190 162 171 168 158 183 186

Benfica 342 361 364 333 398 366 363 370 318 322 313 329 328 352 358 315 298 306 273 330 341

C. Ourique 284 249 243 249 236 276 236 215 208 228 208 198 252 250 204 211 223 207 199 219 240

Campolide 199 136 199 176 189 162 184 155 171 171 154 143 146 169 162 145 114 128 148 121 153

Carnide 190 202 225 220 239 262 273 266 237 260 213 216 202 245 206 216 205 213 196 198 198

Estrela 220 220 215 253 214 193 230 229 204 229 210 216 227 238 244 196 198 199 196 239 254

Lumiar 501 480 487 499 527 492 488 513 496 572 572 593 598 580 614 542 530 470 484 504 547

Marvila 410 479 456 446 481 444 430 483 471 393 394 418 434 429 414 415 357 371 318 356 339

Misericórdia 179 154 156 161 150 191 194 179 175 161 161 149 155 176 152 141 110 124 145 120 126

Olivais 373 349 403 421 475 430 483 493 461 517 470 548 582 543 539 475 462 390* 292* 300 311

Pq. Nações 65* 307* 272 253

P. França 269 249 251 272 275 259 250 282 222 304 264 271 250 280 312 257 241 247 245 276 306

Santa Clara 231 242 259 277 276 296 286 269 282 279 255 265 301 324 363 323 290 320 318 306 325

Sta. Mª 132 140 179 149 151 157 147 155 175 153 132 124 174 190 177 141 154 142 123 154 133
Maior
Santo 135 140 132 146 150 117 137 143 135 145 144 157 142 154 152 134 130 122 129 137 135
António
S. D. Benfica 283 272 300 296 323 291 342 327 303 377 318 311 336 330 331 312 311 260 304 331 311

São Vicente 139 147 130 159 158 151 162 156 142 141 151 130 160 158 158 134 135 128 145 130 145

Lisboa 5568 5507 5659 5753 5936 5604 5785 5880 5668 5913 5628 5697 6041 6220 6236 5733 5409 5335 5454 5778 6022

Fonte: INE, Estatísticas Demográficas, 1996-2016* Quebra de série * *

Ao longo do período de duas décadas, entre 1996 e 2016, verifica-se, na evolução dos nados-
vivos, uma primeira fase de cerca de década e meia, com tendência para a estabilização ou ligeiro
crescimento do número de nados-vivos no concelho, até 2010. Entre 2011 e 2013, inclusive, há um
decréscimo claro dos valores dos nados-vivos, seguido de uma recuperação a partir de 2014. O ano de
2016 apresenta um dos valores mais altos de todo o período.

FIGURA 18 - NADOS-VIVOS NO CONCELHO DE LISBOA, 1996-2016

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 66


A distribuição dos nados-vivos pelas freguesias não é equitativa, o que resulta, por um lado,
da própria dimensão das freguesias e, por outro, das dinâmicas que lhes estão associadas. Assim,
considerando as freguesias no seu conjunto, verificamos que são as do Lumiar, Olivais, Arroios e
Marvila as que apresentam os maiores quantitativos de nados-vivos, ao longo do período. Por outro
lado, são as mais envelhecidas e com um menor efetivo populacional, que se concentram, na grande
maioria, no centro histórico da cidade, aquelas em que se registaram menos nados-vivos em todo o
período analisado. É, então, o caso das freguesias de Santa Maria Maior, São Vicente, Santo António,
Misericórdia, Beato, Alcântara e Ajuda.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 67


FIGURA 19 - NADOS-VIVOS POR LOCAL DE RESIDÊNCIA DA MÃE, FREGUESIAS DO CONCELHO DE LISBOA, 1996- 2016

Se considerarmos a evolução dos nados-vivos em função dos grupos de freguesias atrás


definidos de acordo com a dinâmica de crescimento nos dois últimos períodos intercensitários, a
análise terá outro detalhe. A freguesia da Misericórdia (a que viu reforçado o decréscimo populacional
entre os períodos intercensitários, de 1991-2001 para 2001-2011), apresenta uma tendência geral de
quebra do número de nados-vivos ao longo do período, apesar de algumas oscilações no sentido
positivo.

FIGURA 20 - NADOS-VIVOS NA FREGUESIA DA MISERICÓRDIA (DECRÉSCIMO POPULACIONAL REFORÇADO), 1996-2016

Quanto ao grupo de freguesias com um decréscimo populacional permanente nos dois últimos

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 68


períodos intercensitários, identifica-se Benfica como a freguesia com mais nados-vivos no período em
análise. Desde 2011, verifica-se uma redução nos nados-vivos da generalidade das freguesias, mas, a
partir de 2014, a recuperação é evidente, sobretudo, nas freguesias de Penha de França, Alvalade,
Benfica e Campo de Ourique.

Figura 21 - Nados-vivos e Índice de Base 100 dos nados-vivos nas freguesias de Ajuda, alvalade, Beato,
Belém, Benfica, C. de Ourique, P. de França, Stª Maria Maior, St. António e S. Vicente

No grupo de freguesias com um decréscimo populacional esbatido, Marvila é a freguesia com


maior número nados-vivos ao longo de todo o período (também é das que apresenta um maior efetivo
populacional e dos menores índices de envelhecimento). Mas a tendência é de quebra do número de
nascimentos nesta freguesia nos últimos anos, em contraciclo com as restantes, que apresentaram
uma quebra no número de nados-vivos a partir de 2011, mas em 2014 e 2015 recuperam em alta.
Estrela e Arroios (esta última próxima da freguesia da Penha de França, também com tendência
positiva no final do período) são as freguesias com as mais altas recuperações a partir de 2013. O ano
de 2016 apresenta algumas quebras face a 2015, nomeadamente nas freguesias de Alcântara, Areeiro
e a já referida freguesia de Marvila.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 69


FIGURA 22 - NADOS-VIVOS E ÍNDICE DE BASE 100 DOS NADOS-VIVOS NAS FREGUESIAS DE ALCÂNTARA, AREEIRO, ARROIOS,
CAMPOLIDE, ESTRELA E MARVILA

As freguesias das Avenidas Novas, Santa Clara e São Domingos de Benfica (grupo com inversão
de tendência positiva para o crescimento populacional entre censos) apresentam alguma estabilidade
no número de nados-vivos ao longo da primeira década do período em análise. Daí em diante, as
oscilações são mais marcadas, pautando-se por uma tendência de subida do número de nados-vivos
após 2013.

Olivais é um caso particular, na medida em que, em 2012, assumiu uma configuração


geográfica mais reduzida, com efeitos no número de nados-vivos a partir desse ano, como seria de
esperar. Contudo, mesmo sendo uma freguesia com valores significativos de nados-vivos, desde 2008
que que se regista uma quebra nesses resultados. A recuperação a partir de 2014 é mais ténue do que
nas restantes freguesias.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 70


FIGURA 23 - NADOS-VIVOS E ÍNDICE DE BASE 100 DOS NADOS-VIVOS NAS FREGUESIAS DE AV. NOVAS, OLIVAIS, SANTA CLARA
E S. DOMINGOS DE BENFICA

Carnide e Lumiar são as duas freguesias que apresentam um crescimento mais consolidado na
cidade de Lisboa até 2011, o que resultará, também, da estabilização ou tendência de crescimento do
número de nados-vivos até esse ano. Daí em diante, o número de nados-vivos na freguesia de Carnide
manteve-se bastante estável, sendo que, no Lumiar, começou por diminuir até 2013, como na maioria
das freguesias, mas registou uma clara subida desde 2014. Acompanha a tendência de subida da
freguesia de Santa Clara, revelando que a zona Norte e mais periférica do concelho de Lisboa será uma
das que apresentará uma mais forte natalidade e potencial de crescimento natural do concelho.

FIGURA 24 - NADOS-VIVOS E ÍNDICE DE BASE 100 DOS NADOS-VIVOS NAS FREGUESIAS DE CARNIDE, LUMIAR

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 71


3.3.7 - População Estrangeira – AML, Concelho de Lisboa e Freguesia

Caracterização e evolução da população estrangeira na AML, Concelho de Lisboa


O Plano Municipal para a Integração de Migrantes de Lisboa 2020-2022 (PMIML, aprovado em
Março de 2021) reflete o diagnóstico das realidades, problemas e necessidades específicas da
população migrante e dos recursos existentes na cidade de Lisboa. Pretende tornar mais efetivas e
eficazes as políticas de acolhimento e integração das pessoas migrantes e de promoção da
interculturalidade, alicerçadas numa visão de cidade mais igualitária e solidária, comprometida com o
combate à pobreza, às exclusões socioterritoriais e às discriminações racistas e outras, numa lógica de
subsidiariedade e de parceria com os atores locais.

No âmbito do diagnóstico local, e mais especificamente no que aos fluxos migratórios diz
respeito, verifica-se que, na sequência da crise económica e financeira, a partir de meados de 2010, o
saldo migratório torna-se negativo, com predomínio da emigração face à imigração, o que só virá a ser
invertido em 2016. A cidade de Lisboa não foi exceção no quadro nacional, assumindo-se em 2011
como o município mais repulsivo do país, com um saldo migratório negativo de –10 114 pessoas. Entre
2011 e 2015, a situação melhorou, tendo-se verificado em 2015 um saldo migratório de –3 890
pessoas. Apenas em 2016 ocorre uma inversão do saldo migratório, passando a ter um valor positivo
entre as 500 a 2000 pessoas (Oliveira & Gomes 2017).

A realidade trazida pela crise, no entanto, não retira a importância que a região de Lisboa e,
particularmente, o município de Lisboa sempre tiveram na atração de imigrantes. Entre 2008 e 2016,
a cidade de Lisboa manteve incrementos na população estrangeira residente, ao contrário do
verificado na Área Metropolitana de Lisboa e no conjunto do país (Tabela 22). Em 2016, a população
estrangeira com estatuto legal de residente em Portugal era de 397 731 pessoas, das quais 199 108
(50 por cento) residiam na Área Metropolitana de Lisboa e 55 212 (14 por cento) no município de
Lisboa.

TABELA 22 - POPULAÇÃO ESTRANGEIRA RESIDENTE (N.º) E VARIAÇÃO (%), PORTUGAL, AML E LISBOA, 2008 A 2016

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016


n.º 440.277 454.191 445.262 436.822 417.042 401.320 395.195 388.731 397.731
Portugal
Var. % +1,0 +3,2 -2,0 -1,9 -4,5 -3,8 -1,5 -1,6 +2,3
n.º 226.641 232.167 223.236 219.491 213.131 206.956 205.669 200.302 199.108
AML
Var. % - +2,4 -3,8 -1,7 -2,9 -2,9 -0,6 -2,6 -0,6
n.º 43.527 44.548 44.784 45.626 45.915 46.426 50.047 51.690 55.212
Lisboa
Var. % - +2,3 +0,5 +1,9 +0,6 +1,1 +7,8 +3.3 +6,8

Fonte: SEF – Estatísticas

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TABELA 23 - POPULAÇÃO ESTRANGEIRA COM ESTATUTO LEGAL DE RESIDENTE EM PORTUGAL, AML E LISBOA, POR GÉNERO,
2016

Total Homens Mulheres

Total Portugal 397.731 193.162 204.569


Total AML 199.108 95.267 103.841
Lisboa 55.212 28.345 26.867
Sintra 29.688 13.735 15.953
Cascais 20.653 9.600 11.053
Amadora 16.078 7.492 8.586
Loures 14.901 7.123 7.778
Odivelas 12.078 5.875 6.203
Almada 8.720 3.927 4.793
Oeiras 8.509 3.746 4.763
Seixal 7.442 3.367 4.075
Vila Franca de Xira 5.594 2.600 2.994
Setúbal 5.454 2.605 2.849
Mafra 2.871 1.349 1.522
Barreiro 2.636 1.159 1.477
Montijo 2.589 1.239 1.350
Moita 2.396 1.098 1.298
Palmela 1.904 894 1.010
Sesimbra 1.600 727 873
Alcochete 783 386 397

Fonte: SEF – Estatísticas

Analisando os fluxos de imigração por nacionalidade no período mais recente, entre 2010 e
2016, verifica-se que ocorreram importantes decréscimos nas comunidades de imigrantes do Brasil,
dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e dos países da Europa do Leste. Por outro lado,
registam-se aumentos significativos nas comunidades asiáticas, em especial das oriundas da China, do
Nepal e do Bangladesh, bem como nas pessoas oriundas da União Europeia e dos Estados Unidos da
América.

TABELA 24 - POPULAÇÃO ESTRANGEIRA COM ESTATUTO LEGAL DE RESIDENTE, POR PAÍS DE ORIGEM, LISBOA, VARIAÇÃO
2010-2016

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Var. % 2010-2016

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Brasil 13325 12940 12407 10591 10155 9596 8932 -33,0%
China 3024 3436 3724 4261 5849 5705 6178 +104,3%
Nepal 537 853 1226 1834 2533 3379 3784 +604,7%
Cabo Verde 3701 3657 3583 3490 3379 3201 2953 -20,2%
França 843 901 861 916 1446 1918 2892 +243,1%
Espanha 1548 1579 1529 1695 1853 1988 2482 +60,3%
Itália 1098 1193 1168 1222 1394 1684 2386 +117,3%
Índia 1721 1784 1898 2021 2174 2342 2250 +30,7%
Roménia 2966 3199 3069 3057 2616 2193 1931 -34,9%
Bangladesh 537 716 883 1229 1494 1880 1904 +254,6%
Angola 2034 2009 2070 2184 2316 2221 1894 -6,9%
Ucrânia 2430 2429 2318 2172 2064 1988 1832 -24,6%
Alemanha 631 650 648 744 1006 1227 1761 +179,1%
Guiné Bissau 1778 1567 1460 1475 1468 1413 1362 -23,4%
Holanda 187 188 201 226 316 574 1035 +453,5%
Reino Unido 522 552 532 580 627 699 878 +68,2%
São Tomé e Príncipe 996 990 1032 980 971 937 848 -14,9%
Paquistão 671 611 596 659 696 704 726 +8,2%
Estados Unidos da América 323 390 450 563 568 565 510 +57,9%
Suécia 84 83 73 117 151 322 501 +496,4%
Rússia 479 446 455 426 479 453 495 +3,3%
Bulgária 567 562 558 592 557 497 488 -13,9%
Moçambique 390 421 405 428 405 432 445 +14,1%
Senegal 566 532 528 534 525 472 422 -25,4%
Bélgica 170 160 159 182 262 301 407 +139,4%
Polónia 198 215 215 242 274 298 388 +96,0%
Moldávia 505 408 357 332 313 262 189 -62,6%
TOTAL LISBOA 44784 45626 45915 46426 50047 51690 55212 +23,3%
Fonte: SEF – Estatísticas

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FIGURA 25 - POPULAÇÃO ESTRANGEIRA COM ESTATUTO LEGAL DE RESIDENTE, POR PAÍS DE ORIGEM, LISBOA, VARIAÇÃO
2010-2016. FONTE: SEF – ESTATÍSTICAS

A alteração ao regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros


do território nacional em 2012 trouxe um significativo aumento do número de pedidos de autorização
de residência, sobretudo para atividade profissional subordinada, para investimento e para aquisição
de imóveis, tendo sido maioritariamente as pessoas do género masculino, oriundas de países como a
China, a França, o Brasil, a Itália, a Espanha, a Alemanha e a Holanda, as beneficiárias.

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TABELA 25 – POPULAÇÃO ESTRANGEIRA QUE SOLICITOU ESTATUTO DE RESIDENTE (N.º) POR NACIONALIDADE, LISBOA
2010-2016. FONTE: SEF – ESTATÍSTICAS

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016


China 328 405 320 710 2003 1179 1347
França 122 133 104 166 645 603 1106
Brasil 2041 2081 2058 1039 1000 952 1100
Itália 213 193 150 219 332 453 879
Espanha 198 167 130 253 276 344 619
Alemanha 96 77 64 137 346 304 582
Países Baixos 25 24 29 43 123 281 473
Bangladesh 128 258 200 380 322 513 267
Índia 317 384 289 286 341 396 264
Reino Unido 80 81 57 99 125 132 242
Angola 153 195 208 265 298 247 206
Suécia 16 7 5 47 59 182 187
Estados Unidos 67 119 120 168 161 133 155
Roménia 525 377 217 197 114 110 130
Cabo Verde 316 350 256 233 202 151 128
Paquistão 118 79 88 123 109 136 121
Bélgica 23 18 15 35 96 57 119
Polónia 45 42 43 43 69 59 113
Áustria 7 13 10 25 38 44 109
Moçambique 39 58 44 40 41 66 90
Dinamarca 6 8 7 20 24 32 81
Rússia 35 57 54 47 64 53 79
Ucrânia 124 125 94 78 71 71 79
Guiné-Bissau 97 123 112 96 67 71 70
África do Sul 2 7 1 5 5 21 70
Finlândia 9 7 8 15 33 52 63
Suíça 5 6 9 13 17 34 61

Mais recentemente, em 2016, a repartição da população estrangeira com estatuto de


residente, por género e por país de origem, revelava uma realidade bastante diferenciada quando
comparamos países como o Brasil, a China, a Ucrânia, Cabo Verde ou São Tomé e Príncipe, onde
predominam as mulheres, e outros países como o Nepal, a Índia, o Bangladesh, o Paquistão ou o
Senegal, onde é maioritariamente dominante a população do género masculino (Figura 26).

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 76


FIGURA 26 – POPULAÇÃO RESIDENTE ESTRANGEIRA POR PAÍS DE ORIGEM E POR GÉNERO, LISBOA, 2016

Fonte: SEF – Estatísticas

Quanto à distribuição geográfica da população residente de origem estrangeira, existe uma


grande escassez de dados quantitativos atualizados ou com desagregação espacial ao nível dos
territórios das freguesias. Em 2011, constatava-se que esta se encontrava localizada, sobretudo, no
centro histórico e na sua envolvente, principalmente nas freguesias de Santa Maria Maior, Penha de
França e Arroios, detendo esta última freguesia o maior número de população estrangeira —
destacando-se claramente das restantes freguesias, com perto de 4.500 pessoas residentes
estrangeiras, estimando-se que este número seja hoje bastante mais elevado. Refira-se, ainda, as
freguesias de Campolide, Lumiar, Benfica e Santa Clara como tendo elevados contingentes de
população estrangeira (Figuras 27 e 28).

FIGURA 27 – DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA, DA POPULAÇÃO RESIDENTE DE ORIGEM ESTRANGEIRA, NA CIDADE DE LISBOA.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 77


FONTE: INE, I.P., CENSOS 2011

FIGURA 28 - GEOGRÁFICA, DA POPULAÇÃO RESIDENTE DE ORIGEM ESTRANGEIRA, NA CIDADE DE LISBOA.

Fonte: INE, I.P., Censos 2011

As quatro freguesias que, em 2011, apresentavam um maior peso de imigrantes — acima dos
10 por cento da população residente — eram Santa Maria Maior (17,8 por cento), Arroios (14,1 por
cento), Misericórdia (11,3 por cento) e Santo António (10,3 por cento). Em resultado desta
concentração, predomina, nestas freguesias, também uma vasta oferta de estabelecimentos

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 78


comerciais de cariz étnico, principalmente de países asiáticos como a China, Índia, Bangladesh e
Paquistão, que funcionam, por sua vez, como atrativo ao estabelecimento de residência de mais
migrantes. Na periferia do concelho de Lisboa, destacavam-se, com mais de 1 500 residentes
estrangeiros, por ordem decrescente: Santa Clara (8,2 por cento), Benfica (4,4 por cento), Lumiar (3,5
por cento) e Campolide (9,8 por cento) (Tabela 26).

TABELA 26 – POPULAÇÃO RESIDENTE DE NACIONALIDADE ESTRANGEIRA POR FREGUESIA (N.º), CONTINENTE, AML E
LISBOA, 2011. FONTE: INE, I.P., CENSOS 2011

População Residente Nacionalidade Estrangeira

n.º %

Continente 10 047 621 394 496 3,7


AML 2 821 876 203 565 7,2
Lisboa 552 700 34 683 6,3
Santa Maria Maior 12 822 2 282 17,8
Arroios 31 653 4 470 14,1
Misericórdia 13 044 1 470 11,3
Santo António 11 836 1 223 10,3
Campolide 15 460 1 508 9,8
São Vicente 15 339 1 476 9,6
Penha de França 27 967 2 522 9,0
Santa Clara 22 480 1 845 8,2
Beato 12 737 936 7,3
Alcântara 13 943 1 009 7,2
Estrela 20 128 1 305 6,5
Campo de Ourique 22 120 1 282 5,8
Avenidas Novas 21 625 1 174 5,4
Areeiro 20 131 1 071 5,3
Parque das Nações 21 025 1 025 4,9
Belém 16 528 757 4,6
Benfica 36 985 1 644 4,4
Ajuda 15 617 652 4,2
São Domingos de Benfica 33 043 1 350 4,1
Alvalade 31 813 1 195 3,8
Lumiar 45 605 1 617 3,5
Marvila 37 793 1 311 3,5
Carnide 19 218 639 3,3
Olivais 33 788 920 2,7

Segundo a Estratégia Territorial de Desenvolvimento Social no Eixo Pena – Anjos – Almirante


Reis (2016), a freguesia de Arroios tem presentes 92 nacionalidades, sendo visível a presença de
minorias provenientes de países pouco representados nos fluxos migratórios em Portugal (exemplo:
Irão, Paquistão, Nepal). A população estrangeira perfaz 19,49 por cento do total de residentes,
caracterizando-se por famílias jovens e com crianças. Ainda de acordo com este documento, a
comunidade brasileira tem mais peso na zona da zona Morais Soares – Praça do Chile e Anjos, sendo
que a população asiática, em especial a chinesa, se concentra na zona do Centro Histórico,

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 79


nomeadamente na área do Martim Moniz e início da Avenida Almirante Reis. Os contingentes mais
recentes de países como o Nepal, Bangladesh e Paquistão concentram-se na zona do Benformoso e na
envolvente do Largo dos Anjos.

A população imigrante constitui, em geral, um segmento mais vulnerável em termos de acesso


à habitação e condições de habitabilidade. Na cidade de Lisboa, a população estrangeira,
especialmente a oriunda dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, da Ásia, do Brasil e ainda
da Europa de Leste, tende a viver em alojamentos arrendados ou subarrendados, frequentemente
sobrelotados, e em más condições de habitabilidade.

Relação entre a população estrangeira residente e as origens dos países ou etnias dos alunos a
frequentar as escolas em 2020

População estrangeira a residir no concelho de Lisboa em 2020

Com base na informação mais atualizada (Junho 2021) a população estrangeira a residir no
concelho de Lisboa em 2020, perfaz um total 107.223 pessoas de 176 países diferentes.

No gráfico seguinte verifica-se que a relação entre homens e mulheres é relativamente,


equilibrada, sendo que 54% desta população é do sexo masculino.

FIGURA 29 - RELAÇÃO ENTRE HOMENS E MULHERES.

Mulheres
49614 Homens
46% 57609
54%

Analisando os países que contribuem com mais população estrangeira em Lisboa, verifica-se
que 85% desta é oriunda essencialmente de 20 países.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 80


FIGURA 30 DISTRIBUIÇÃO AGREGADA DA POPULAÇÃO ESTRANGEIRA

Restantes
156 países;
15996; 15%
20 Países
com mais
população;
91227; 85%

TABELA 27 - REPARTIÇÃO POR SEXO E PAÍSES AGREGADOS

Países Homens Mulheres Total


20 Países com mais população 49800 41427 91227
Restantes 156 países 7809 8187 15996
Total 57609 49614 107223

FIGURA 31 - POPULAÇÃO ESTRANGEIRA A RESIDIR NO CONCELHO DE LISBOA EM 2020

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Bélgica

Suécia

Paquistão

Estados Unidos da América

Guiné Bissau

Ucrânia

Roménia

Países Baixos

Cabo Verde

Angola

Índia

Alemanha

Espanha

Reino Unido

Bangladesh

Itália

França

China

Nepal

Brasil

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000

Mulheres Homens

Fonte: https://sefstat.sef.pt/

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Frequência de alunos por Nacionalidade de origem

Nas escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico e nos Jardins de Infância da Rede Pública do Concelho de
Lisboa, no ano letivo de 2019/20, existiam 950 alunos a frequentar estes estabelecimentos de
nacionalidade estrangeira, conforme se apresenta na tabela seguinte.

TABELA 28 - ALUNOS A FREQUENTAR O 1.º CICLO E JI EM 2019/20 POR PAÍS DE ORIGEM

Brasil 292 Marrocos 3


Angola 115 Timor 3
Nepal 99 África do Sul 2
Cabo-Verde 87 Austrália 2
Bangladesh 51 Chile 2
Índia 44 Colômbia 2
São Tomé e Príncipe 43 Egipto 2
Guiné 31 Filipinas 2
China 22 Rússia 2
Ucrânia 18 Afeganistão 1
França 13 Alemanha 1
Roménia 13 Arábia Saudita 1
Paquistão 12 Burnei 1
Moldávia 9 Camarões 1
Senegal 9 Cazaquistão 1
Venezuela 8 Costa do Marfim 1
Itália 7 Cuba 1
Bulgária 6 Grécia 1
Síria 6 Israel 1
Espanha 4 Lituânia 1
Macau 4 México 1
Moçambique 4 Irão 1
Nigéria 4 Polónia 1
Bélgica 3 República Checa 1
Hungria 3 Sudão 1
Inglaterra 3 Suécia 1
Iraque 3
Fonte: CML _ Departamento de Educação

Do total das 53 nacionalidades diferentes, optou-se por representar as 19 com mais alunos,
conforme o gráfico que se segue.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 83


FIGURA 32 - PAÍSES COM MAIOR CONTRIBUTO DE ALUNOS A FREQUENTAR O 1.º CICLO E JI EM 2019/20

Síria 6
Bulgária 6
Itália 7
Venezuela 8
Senegal 9
Moldávia 9
Paquistão 12
Roménia 13
França 13
Ucrânia 18
China 22
Guiné 31
São-Tomé 43
Índia 44
Bangladesh 51
Cabo-Verde 87
Nepal 99
Angola 115
Brasil 292

0 50 100 150 200 250 300 350

O Brasil, Angola, Nepal, Cabo-Verde e o Bangladesh são os cinco países que contribuem com mais
alunos, 67% do total, sendo notória a predominância do Brasil com 31%, como se pode observar na
figura seguinte.

Além dos alunos provenientes destes países, encontram-se matriculados nas Escolas do 1.º Ciclo do
Ensino Básico e nos Jardins de Infância 177 crianças de etnia cigana.

FIGURA 33 - DISTRIBUIÇÃO DE ALUNOS PROVENIENTES DAS VÁRIAS NACIONALIDADES

3.3.8 – População em Idade Escolar

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 84


A população em idade escolar, considerada entre os 3 e os 19 anos completos,
apresentou uma distribuição e um crescimento desiguais nas diferentes freguesias, no
período de 2001 a 2011, como se demonstra de seguida.

TABELA 29 – POPULAÇÃO POR GRUPOS ETÁRIOS ESCOLARES (3-19 ANOS COMPLETOS), POR FREGUESIA, NO CONCELHO DE
LISBOA, 2001

Freguesias Idades Total


3-5 6-9 10-11 12-14 15-17 18-19
Ajuda 339 499 290 454 513 393 2488
Alcântara 246 341 173 269 357 312 1698
Alvalade 593 865 507 683 770 762 4180
Areeiro 438 599 297 523 545 547 2949
Arroios 565 803 400 573 688 655 3684
Av. Novas 429 593 284 403 494 540 2743
Beato 280 389 215 337 395 301 1917
Belém 409 576 351 493 521 378 2728
Benfica 774 1088 608 921 1003 939 5333
C. Ourique 500 666 387 523 630 535 3241
Campolide 346 461 208 346 460 333 2154
Carnide 598 842 482 739 830 624 4115
Estrela 444 642 328 504 587 426 2931
Lumiar 1212 1603 830 1167 1270 1067 7149
Marvila 1030 1581 890 1390 1757 1347 7995
Misericórdia 298 417 226 385 404 324 2054
Olivais 1034 1441 773 1137 1396 1048 6829
P. França 568 779 421 649 775 646 3838
Sta. Clara 632 923 506 757 893 643 4354
Sta. Maria Maior 224 332 183 306 398 297 1740
Sto. António 245 360 179 247 270 291 1592
S. D. Benfica 710 979 513 727 878 805 4612
São Vicente 277 374 207 335 424 310 1927
Fonte: ISCTE, a partir de INE, XIV e XV Recenseamentos Gerais da População

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 85


TABELA 30 -POPULAÇÃO POR GRUPOS ETÁRIOS ESCOLARES (3-19 ANOS COMPLETOS), POR FREGUESIA, NO CONCELHO DE
LISBOA, 2011

Freguesias Idades Total


3-5 6-9 10-11 12-14 15-17 18-19
Ajuda 366 478 255 360 353 264 2076
Alcântara 316 414 218 302 282 229 1761
Alvalade 761 985 510 726 707 580 4269
Areeiro 468 667 331 495 487 387 2835
Arroios 701 890 433 614 654 532 3824
Av. Novas 493 676 392 568 581 460 3170
Beato 328 386 183 275 307 202 1681
Belém 483 638 329 511 437 294 2692
Benfica 816 1004 588 839 868 652 4767
C. Ourique 550 750 394 547 525 416 3182
Campolide 367 470 236 370 409 305 2157
Carnide 760 999 542 789 756 580 4426
Estrela 566 720 391 552 531 364 3124
Lumiar 1306 1650 854 1189 1164 942 7105
Marvila 1022 1375 732 1105 1152 950 6336
Misericórdia 289 357 198 241 268 215 1568
Olivais 1480 2048 979 1418 1384 993 8302
P. França 573 774 425 568 594 429 3363
Sta. Clara 785 1052 548 712 729 528 4354
Sta. Maria Maior 217 304 176 206 239 207 1349
Sto. António 285 338 186 281 256 200 1546
S. D. Benfica 838 1131 581 833 864 682 4929
São Vicente 322 415 224 248 288 211 1708
Fonte: Cálculos próprios, a partir de INE, XIV e XV Recenseamentos Gerais da População

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 86


TABELA 31 - TAXA DE VARIAÇÃO (%) DA POPULAÇÃO POR GRUPOS ETÁRIOS ESCOLARES (3-19 ANOS COMPLETOS), POR
FREGUESIA, NO CONCELHO DE LISBOA, 2001-2011

Freguesias Idades Total


3-5 6-9 10-11 12-14 15-17 18-19
Ajuda 8,0 -4,2 -12,1 -20,7 -31,2 -32,8 -16,6
Alcântara 28,5 21,4 26,0 12,3 -21,0 -26,6 3,7

Alvalade 28,3 13,9 0,6 6,3 -8,2 -23,9 2,1


Areeiro 6,8 11,4 11,4 -5,4 -10,6 -29,3 -3,9
Arroios 24,1 10,8 8,3 7,2 -4,9 -18,8 3,8
Av. Novas 14,9 14,0 38,0 40,9 17,6 -14,8 15,6
Beato 17,1 -0,8 -14,9 -18,4 -22,3 -32,9 -12,3
Belém 18,1 10,8 -6,3 3,7 -16,1 -22,2 -1,3
Benfica 5,4 -7,7 -3,3 -8,9 -13,5 -30,6 -10,6

C. Ourique 10,0 12,6 1,8 4,6 -16,7 -22,2 -1,8


Campolide 6,1 2,0 13,5 6,9 -11,1 -8,4 0,1
Carnide 27,1 18,6 12,4 6,8 -8,9 -7,1 7,6
Estrela 27,5 12,1 19,2 9,5 -9,5 -14,6 6,6
Lumiar 7,8 2,9 2,9 1,9 -8,3 -11,7 -0,6

Marvila -0,8 -13,0 -17,8 -20,5 -34,4 -29,5 -20,8


Misericórdia -3,0 -14,4 -12,4 -37,4 -33,7 -33,6 -23,7

Olivais 43,1 42,1 26,6 24,7 -0,9 -5,2 21,6


P. França 0,9 -0,6 1,0 -12,5 -23,4 -33,6 -12,4
Sta. Clara 24,2 14,0 8,3 -5,9 -18,4 -17,9 0,0
Sta. Maria Maior -3,1 -8,4 -3,8 -32,7 -39,9 -30,3 -22,5
Sto. António 16,3 -6,1 3,9 13,8 -5,2 -31,3 -2,9
S. D. Benfica 18,0 15,5 13,3 14,6 -1,6 -15,3 6,9
São Vicente 16,2 11,0 8,2 -26,0 -32,1 -31,9 -11,4

Fonte: Cálculos próprios, a partir de INE, XIV e XV Recenseamentos Gerais da População

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FIGURA 34 - TAXA DE VARIAÇÃO (%) DA POPULAÇÃO POR GRUPOS ETÁRIOS ESCOLARES (3-19 ANOS COMPLETOS), POR
FREGUESIA, NO CONCELHO DE LISBOA, 2001-2011

-11,4 São Vicente

S. D. Benfica 6,9

-2,9 Sto. António

-22,5 Sta. Maria Maior

Sta. Clara 0

-12,4 P. França

Olivais 21,6

-23,7 Misericórdia

-20,8 Marvila

-0,6 Lumiar

Estrela 6,6

Carnide 7,6

Campolide 0,1

-1,8 C. Ourique

-10,6 Benfica

-1,3 Belém

-12,3 Beato

Av. Novas 15,6

Arroios 3,8

-3,9 Areeiro

Alvalade 2,1

Alcântara 3,7

-16,6 Ajuda

-30 -25 -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25

Ao longo do último período intercensitário, verificou-se um decréscimo da população em idade


escolar, de forma mais acentuada em freguesias do Centro e mais envelhecidas. As freguesias com um
crescimento positivo da população escolar, nomeadamente nas idades mais jovens, não apresentam,
necessariamente, uma proximidade geográfica entre si. Para além disso, essas freguesias com maior
crescimento da população em idade escolar não correspondem, na totalidade, às freguesias que
apresentam um maior crescimento populacional no mesmo período intercensitário.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 88


3.3.9 – Dados Preliminares dos Censos 2021

TABELA 32 - CENSOS 2021- RESULTADOS PRELIMINARES - DADOS COMPARATIVOS 2021 E 2011-

Nº Indivíduos
Censos 2011 Censos 2021 Taxa de
FREGUESIA
(Resultados (Resultados Variação %
definitivos) preliminares)

Lisboa 552700 544851 -1,42


Ajuda 15617 14299 -8,44
Alcântara 13943 13825 -0,85
Beato 12737 12166 -4,48
Benfica 36985 35279 -4,61
Campolide 15460 14778 -4,41
Carnide 19218 17990 -6,39
Lumiar 45605 46260 1,44
Marvila 37793 35463 -6,17
Olivais 33788 32107 -4,98
São Domingos de Benfica 33043 34060 3,08
Alvalade 31813 33236 4,47
Areeiro 20131 21144 5,03
Arroios 31653 33055 4,43
Avenidas Novas 21625 23252 7,52
Belém 16528 16537 0,05
Campo de Ourique 22120 22169 0,22
Estrela 20128 20242 0,57
Misericórdia 13044 9645 -26,06
Parque das Nações 21025 22350 6,30
Penha de França 27967 28354 1,38
Santa Clara 22480 23673 5,31
Santa Maria Maior 12822 9997 -22,03
Santo António 11836 11074 -6,44
São Vicente 15339 13896 -9,41

Fonte: INE

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FIGURA 35 - TAXA DE VARIAÇÃO DO N.º DE INDIVÍDUOS (%) ENTRE 2011 E 2021 (RESULTADOS PRELIMINARES)

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 90


4 - MOBILIDADE, TRANSPORTES E
ACESSIBILIDADES
O presente capítulo tem como objetivo principal analisar a rede educativa numa perspetiva de
acessibilidade ao nível dos diversos modos de transporte. Concretamente, pretende-se avaliar a
adequação entre os meios de transporte e acessibilidades e os territórios educativos. Para o efeito,
recorre-se aos dados recolhidos no inquérito Mãos ao Ar realizado pela Direção Municipal de
Mobilidade da CML. Para além da análise mais genérica apresentada neste capítulo, é de realçar o
trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela Direção Municipal de Mobilidade. Prevê-se que, no
âmbito do desenvolvimento do futuro Plano de Mobilidade Escolar, através de uma análise espacial
mais fina das condições de acessibilidade às escolas, seja possível estabelecer a qualidade dos
percursos pedonais e cicláveis para cada escola, identificar barreiras, melhorar a gestão semafórica, e
evitar problemas de segurança, estacionamento ou soluções de desenho urbano menos adequadas.

4.1 - INQUÉRITOS MÃOS AO AR

Em 2019, foi realizada a segunda edição do inquérito Mãos ao Ar, consistindo na inquirição,
em sala de aula, de uma única questão: «Como vens habitualmente para a escola?». Este inquérito,
organizado pela Direção Municipal de Mobilidade, abrangeu cerca de 47 141 alunos (31 961 do ensino
público e 15 180 do ensino privado).

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 91


Figura 36-- REPARTIÇÃO MODAL NAS VIAGENS CASA - ESCOLA NA CIDADE DE LISBOA. FONTE: “MÃOS AO AR” 2019
1%
1%
1%
A pé (exclusivamente)

23% Bicicleta (inclui trotineta, patins,


skate)
Autocarro (Carris ou outros
operadores)
Transporte Escolar

Comboio
49%
Metropolitano
15%
Elétrico

Automóvel

5% 1% Mota
3%
1% Outro

Foi possível apurar que o modo de transporte com mais peso continua a ser o automóvel,
representando 49 por cento das viagens (ver Figura 36), seguido do modo pedonal (23 por cento) e do
autocarro (15 por cento). Em paralelo, observou-se que o peso do modo automóvel é
substancialmente superior nas viagens para estabelecimentos de ensino privado: 78 por cento, em vez
dos 34 por cento nos estabelecimentos públicos. Inversamente, o modo pedonal representa apenas
onze por cento das viagens para escolas do sistema privado, enquanto nas escolas públicas assume
um peso de 29 por cento. Da mesma forma, três por cento das viagens para escolas privadas são
realizadas por autocarro, enquanto para as escolas públicas este modo atinge os 21 por cento (ver
Figura 37).

Na análise por nível de ensino, verifica-se um decréscimo na utilização do automóvel à medida


que se avança nos anos de escolaridade. Do 1.º Ciclo do Ensino Básico para o Ensino Secundário,
regista-se um decréscimo para cerca de metade (ver Figura 38), o que se justifica pela maior autonomia
dos alunos, que aumenta o recurso a modos sustentáveis (pedonável, ciclável e transporte público).

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 92


FIGURA 37 - REPARTIÇÃO MODAL NAS VIAGENS CASA – ESCOLA NA CIDADE DE LISBOA, PÚBLICO VS. PRIVADO

100%
Outro FONTE:
90% INQUÉRITO
MÃOS AO
Mota
80% 34% AR 2019

Automóvel
70%
Elétrico
60% 78%
Metropolitano
50%

21% Comboio
40%

Transporte Escolar
30%

Autocarro (Carris ou
20%
outros operadores)
29% 3%
10% Bicicleta (inclui trotineta,
11% patins, skate)
0% A pé (exclusivamente)
Público Privado

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 93


FIGURA 38- REPARTIÇÃO MODAL NAS VIAGENS CASA – ESCOLA NA CIDADE DE LISBOA, POR NÍVEL DE ENSINO

Automóvel Modos sustentáveis (P, B, TP)

100,00%

80,00% 41% 41%


54% 50%
70%
60,00%

40,00%
59,25% 59%
46% 50%
20,00%
30%

0,00%
1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo Secundário TOTAL

FONTE: INQUÉRITO MÃOS AO AR 2019

4.1.1 - Ensino Público

No que concerne à análise por freguesia, apresenta-se de seguida os valores por ciclo de
ensino. Desta forma, verifica-se, na Figura 39, que, no 1.º Ciclo do Ensino Básico, as freguesias com
maior utilização de modos ativos (acima de 45 por cento) são as seguintes: Beato (62 por cento),
Arroios (54 por cento), Areeiro (47 por cento), Alcântara (46 por cento) e Misericórdia (46 por cento).
Por outra parte, aquelas com menos recurso a este tipo de modos de transporte (inferior a 25 por
cento) são o Parque das Nações (24 por cento), a Penha de França (21 por cento), Campolide (20 por
cento) e Belém (seis por cento).

No que respeita aos modos de transporte coletivos, destacam-se as freguesias com maior
recurso a esse tipo de transporte (superior a 30 por cento): Campolide (58 por cento), Penha de França
(51 por cento), Belém (36 por cento), Campo de Ourique (34 por cento) e Santa Maria Maior (34 por
cento). Inversamente, aquelas com menor utilização dos modos coletivos são (inferior a dez por cento)
são Carnide (nove por cento), Areeiro (seis por cento) e Parque das Nações (dois por cento).

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 94


FIGURA 39- REPARTIÇÃO MODAL DE VIAGENS CASA – ESCOLA, ENSINO PÚBLICO, 1.º CICLO.

Finalmente, em relação ao modo individual, constata-se que as freguesias mais dependentes


deste tipo de transporte no 1.º Ciclo do Ensino Básico (com um valor superior a 50 por cento) são:
Parque das Nações (74 por cento), Olivais (60 por cento), São Domingos de Benfica (59 por cento),
Belém (59 por cento), Lumiar (55 por cento) e Estrela (52 por cento). Por outro lado, aquelas que
recorrem menos ao automóvel nas viagens para a escola (com valores inferiores a 30 por cento) são
Alcântara (29 por cento), Santa Maria Maior (29 por cento), Arroios (29 por cento), Penha de França
(27 por cento), Misericórdia (25 por cento); Campolide (22 por cento) e Beato (20 por cento).

Relativamente ao 2.º Ciclo do Ensino Básico, na rede pública (Figura 40), constata-se que as
freguesias com maior utilização de modos ativos (superior a 40 por cento) são: Carnide (59 por cento),

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 95


São Vicente (48 por cento), Marvila (46 por cento), Misericórdia (45 por cento) e Alcântara (42 por
cento). Inversamente, as freguesias com menos recurso a estes modos (inferior a 20 por cento) são
Alvalade (18 por cento) e Belém (oito por cento). Note-se que, neste ciclo não existem
necessariamente escolas em todas as freguesias, pelo que não foram obtidas quaisquer respostas
oriundas da Ajuda, Arroios, Avenidas Novas, Estrela, Santa Maria Maior e Santo António.

FIGURA 40 - REPARTIÇÃO MODAL DE VIAGENS CASA – ESCOLA, ENSINO PÚBLICO, 2.º CICLO.

Quanto à utilização de modos coletivos nas viagens para escolas públicas no 2.º Ciclo do Ensino
Básico, verifica-se que as freguesias com maior recurso a estes modos são: Belém (72 por cento),
Misericórdia (42 por cento), Beato (41 por cento) e Santa Clara (41 por cento). Por oposição, aquelas
com valores mais baixos (inferiores a 15 por cento) são Carnide (14 por cento), Areeiro (13 por cento)
e Parque das Nações (1 por cento). No que respeita ao uso do automóvel individual, observa-se que as

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 96


freguesias com repartições mais favoráveis a este meio de transporte (superiores a 50 por cento são o
Parque das Nações (64 por cento), Alvalade (58 por cento), Olivais (56 por cento) e Areeiro (52 por
cento). Inversamente, as freguesias com menos utilização do modo individual (inferior a 30 por cento)
são Carnide (27 por cento), Santa Clara (26 por cento), São Vicente (26 por cento), Belém (20 por cento)
e Misericórdia (13 por cento). Já nas viagens no 3.º Ciclo do Ensino Básico, no ensino público (ver Figura
41), é possível observar que as freguesias com maior recurso aos modos ativos (superior a 50 por
cento) são Arroios (57 por cento), Parque das Nações (56 por cento), Carnide (53 por cento), e São
Vicente (53 por cento). Por outra parte, aquelas com menor uso destes modos (inferior a 25 por cento)
são as Avenidas Novas (24 por cento) e Alvalade (19 por cento).

FIGURA 41 - REPARTIÇÃO MODAL DE VIAGENS CASA – ESCOLA, ENSINO PÚBLICO, 3.º CICLO

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 97


Quanto aos modos coletivos, as freguesias com maior repartição modal nestes transportes
(superior a 50 por cento) são Belém (74 por cento), Avenidas Novas (63 por cento) e Misericórdia (55
por cento). Inversamente, aquelas com menos uso de modos coletivos (inferior a 20 por cento) são o
Parque das Nações (15 por cento) e Carnide (13 por cento). No que respeita à utilização do modo
individual, verifica-se que as freguesias com maior utilização (superior 40 por cento) são os Olivais (49
por cento), Alvalade (46 por cento) e Alcântara (42 por cento), enquanto as freguesias que menos uso
fazem do automóvel (inferior a 15 por cento) são as Avenidas Novas (14 por cento), Santa Clara (13
por cento) e São Vicente (doze por cento).

Finalmente, no que concerne ao Ensino Secundário, (Figura 42), observa-se que as freguesias
com maior uso de modos ativos (superior a 40 por cento) são Arroios (52 por cento), São Vicente (51
por cento), Areeiro (48 por cento) e Campo de Ourique (47 por cento). Inversamente, as freguesias
com menos recurso a este tipo de modos (inferior a dez por cento) são Belém (sete por cento) e Penha
de França (seis por cento).

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 98


FIGURA 42 - REPARTIÇÃO MODAL DE VIAGENS CASA – ESCOLA, ENSINO PÚBLICO, SECUNDÁRIO.

No que respeita aos modos coletivos, observa-se que as freguesias com mais uso destes modos
(superior a 70 por cento) são a Penha de França (86 por cento), São Domingos de Benfica (82 por
cento), Avenidas Novas (71 por cento) e Belém (71 por cento). Por outro lado, as freguesias com menos
uso destes modos (inferior a 30 por cento) são Carnide (27 por cento) e São Vicente (26 por cento).
Finalmente, quanto ao automóvel individual, verifica-se que as freguesias com mais uso deste modo
(superior a 30 por cento) são Carnide (40 por cento), Alcântara (36 por cento), Olivais (33 por cento),
Alvalade (32 por cento) e Benfica (31 por cento). Por outro lado, as freguesias menos dependentes do
automóvel neste tipo de viagens (com valores inferiores a 10 por cento) são a Penha de França (7 por
cento), Avenidas Novas (7 por cento) e Misericórdia (3 por cento).

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 99


4.1.2 - Ensino Privado

Da análise dos estabelecimentos de ensino privado do 1.º Ciclo do Ensino Básico (ver Figura
43), observa-se que, das freguesias onde foi possível recolher dados, aquelas com maior utilização de
modos ativos (superior a 20 por cento) são Beato (30 por cento), Santa Clara (24 por cento), Campolide
(23 por cento) e Alvalade (22 por cento). Inversamente, aquelas em cujos alunos menos recurso fazem
deste modo (inferior a 10 por cento) são a Penha de França (8 por cento), Santa Maria Maior (7 por
cento), Areeiro (7 por cento), Benfica (6 por cento) e Parque das Nações (3 por cento).

FIGURA 43 - REPARTIÇÃO MODAL DE VIAGENS CASA – ESCOLA, ENSINO PRIVADO, 1.º CICLO.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 100


Já em relação aos modos coletivos, as freguesias com maior expressão (com valores superiores
a 20 por cento) são o Beato (36 por cento) e Belém (23 por cento). A que fazem menos uso destes
modos (com um valor inferior a 5 por cento) são as Avenidas Novas (4 por cento), Campo de Ourique
(4 por cento), Penha de França (3 por cento), Misericórdia (3 por cento) e Parque das Nações (1 por
cento).

Finalmente, no que respeita ao uso do automóvel individual, constata-se que as freguesias


com maior recurso a este tipo de transporte (superior a 85 por cento) são o Parque das Nações (96 por
cento), Estrela (90 por cento), Benfica (89 por cento), Penha de França (89 por cento), Areeiro (88 por
cento), Santa Maria Maior (87 por cento) e Misericórdia (87 por cento). Por outro lado, a freguesia
menos dependente do modo individual para as viagens casa-escolas privadas no 1.º Ciclo do Ensino
Básico, com valores abaixo dos 60 por cento, foi o Beato (34 por cento).

FIGURA 44 - REPARTIÇÃO MODAL DE VIAGENS CASA – ESCOLA, ENSINO PRIVADO, 2.º CICLO.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 101


Nas viagens em modos ativos no 2.º Ciclo do Ensino Básico (ver Figura 44), observa-se que a
freguesia com maior uso destes modos (superior a 25 por cento) é a Estrela (48 por cento), enquanto
as que menos recurso fazem (inferior a 10 por cento) são o Parque das Nações (8 por cento), Lumiar
(oito por cento), Santa Clara (7 por cento), Alvalade (6 por cento), Marvila (3 por cento) e Olivais (1 por
cento).

Já nas viagens para os mesmos estabelecimentos, mas em modos ativos, constata-se que as
freguesias com maior expressão (superior a 10 por cento) são Alcântara (22 por cento), Beato (19 por
cento) e Penha de França (15 por cento). Inversamente, as freguesias com repartições modais menos
favoráveis a estes modos (inferiores a cinco por cento) São Domingos de Benfica (quatro por cento)
Parque das Nações (quatro por cento), Marvila (quatro por cento), Olivais (quatro por cento) e Belém
(dois por cento).

FIGURA 45 - REPARTIÇÃO MODAL DE VIAGENS CASA – ESCOLA, ENSINO PRIVADO, 3.º CICLO.

Por fim, as freguesias com maior uso do automóvel para estas viagens (superior a 80 por cento)
são os Olivais (95 por cento), Marvila (93 por cento), Parque das Nações (88 por cento), Santa Clara

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 102


(88 por cento), Belém (86 por cento), Alvalade (86 por cento), Lumiar (82 por cento) e São Domingos
de Benfica (81 por cento).

Em relação às viagens no 3.º Ciclo do Ensino Básico (ver Figura 45), refira-se que as freguesias
com maior recurso aos modos ativos (superior a 20 por cento) são a Penha de França (37 por cento),
Estrela (29 por cento), Arroios (25 por cento) e São Domingos de Benfica (21 por cento). Em oposição,
as que menos uso fazem destes modos (inferior a dez por cento) são Belém (oito por cento), Alcântara
(sete por cento), Marvila (quatro por cento), Carnide (dois por cento) e Olivais (dois por cento).

No que concerne aos modos coletivos, observou-se que as freguesias com maior expressão
(superior a 20 por cento) são Alcântara (28 por cento) e Carnide (25 por cento). Inversamente, as
freguesias com menos utilização destes modos (inferior a dez por cento) são Marvila (oito por cento),
Arroios (oito por cento), Belém (seis por cento), São Domingos de Benfica (cinco por cento), Campo de
Ourique (cinco por cento), Olivais (cinco por cento) e Parque das Nações (quatro por cento).

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 103


FIGURA 46 - REPARTIÇÃO MODAL DE VIAGENS CASA – ESCOLA, ENSINO PRIVADO, SECUNDÁRIO.

Quanto ao uso do automóvel, refira-se que as freguesias com mais dependência neste tipo de
viagens (superior a 80 por cento) são os Olivais (94 por cento), Alvalade (89 por cento), Marvila (88 por
cento), Belém (86 por cento) e Parque das Nações (83 por cento). As freguesias menos dependentes
do transporte individual (com níveis inferiores a 70 por cento, ou seja, ainda assim bastante
dependentes) são Arroios (67 por cento), Alcântara (66 por cento) e Penha de França (51 por cento).

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 104


Nos estabelecimentos privados do Ensino Secundário, foram muitas as freguesias sem dados
(ver Figura 46). Da análise das restantes, verificou-se que as com maior utilização dos modos ativos
(superior a 20 por cento) são Arroios (27 por cento) e Santa Clara (23 por cento). Inversamente, a que
menos uso faz destes modos (inferior a dez por cento) foi Marvila (um por cento).

Ainda no Ensino Secundário da rede privada, as freguesias em que o recurso a modos coletivos
de transporte assume maior expressão (superior a 20 por cento) são Benfica (75 por cento) e Parque
das Nações (26 por cento). A freguesia que menos uso faz deste modo (inferior a 10 por cento) é Santa
Clara (8 por cento). Finalmente, as freguesias com maior dependência do automóvel para este tipo de
viagens (com valores superiores a 70 por cento) são Belém (85 por cento), Marvila (81 por cento) e São
Domingos de Benfica (71 por cento).

No decorrer da elaboração da Carta Educativa, foi realizado mais um inquérito Mãos ao Ar na


Cidade de Lisboa. O relatório da edição de 2020 pode ser consultado na página da CML.

4.2 - TRANSPORTES E ACESSIBILIDADES

Os transportes escolares são, regra geral, transportes públicos ou autárquicos que permitem
a deslocação dos alunos, seja no percurso casa-escola-casa, seja em atividades escolares.

De uma forma genérica, os transportes escolares afiguram-se suficientes, beneficiando o


Concelho de uma razoável rede de transportes públicos (rede rodoviária, ferroviária, metropolitano).
Não obstante, e como se identifica adiante, a oferta de transportes públicos difere mediante a
localização das escolas. No limite, podem ser servidas por um único meio de transporte, incluindo uma
única linha de serviço, ou, na melhor das hipóteses, por vários meios e/ou linhas. A rede de transportes
coletivos não apresenta uma distribuição uniforme pelo Concelho, beneficiando em diferente medida
o conjunto de estabelecimentos escolares, seja em tipo de transporte, em número de estações e
paragens, seja na frequência e horário do serviço.

De um modo geral, quando os agrupamentos e escolas são servidos pela rede ferroviária e/ou
o metropolitano, as acessibilidades por transporte público são consideradas boas, não só pela
concretização dessa oferta específica, mas também por se associarem às estações de comboio e de
metropolitano, interfaces intermodais de ligação a outros meios, nomeadamente o rodoviário.

Analisando a proximidade, em linha reta, das escolas a estações do metropolitano e de


comboio, da totalidade das escolas públicas com Educação Pré-Escolar, Ensino Básico e Secundário no
concelho de Lisboa, dez dispõem de uma estação de metro a menos de 250 metros de distância (cerca
de três a cinco minutos a pé). 41 escolas têm uma destas estações a uma distância entre 250 e 500
metros (cerca de cinco a dez minutos a pé), e 38 ficam a 500 a 800 metros de uma (dependendo das

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 105


condições de relevo, sinalização, geometria do percurso, entre outros fatores, 800 metros poderá
representar uma deslocação a pé que demora sensivelmente entre 10 a 15 minutos). Ou seja, cerca de
89 estabelecimentos escolares apresentam um trajeto a pé não superior a aproximadamente 15
minutos até uma estação de metropolitano.

Relativamente à proximidade a estações de comboio, apenas três estabelecimentos se situam


a menos de 250 metros de uma estação ferroviária, doze ficam a 250 - 500 metros, e 30 escolas estão
a uma distância entre os 500 e 800 metros de uma estação ferroviária.

Na interseção entre o acesso próximo a uma estação de metropolitano e uma estação de


comboio em simultâneo, são sete os estabelecimentos que dispõem destas duas alternativas de meio
de transporte a uma distância, em linha reta, inferior a 500 metros.

É a rede rodoviária, operada pela CARRIS, que apresenta a oferta mais vasta no Concelho,
servindo praticamente todas as escolas.

Quanto à oferta de serviços de transportes autárquicos, o Departamento de Educação da CML


tem vindo a proporcionar soluções, nomeadamente através dos seguintes transportes escolares:

• Transporte Escolar Adaptado — consiste num serviço de transporte escolar gratuito


realizado em viaturas adaptadas, dirigido a alunos que frequentavam a Educação Pré-
Escolar, o Ensino Básico ou o Ensino Secundário, com necessidades educativas especiais e
mobilidade reduzida;

• Transporte Escolar Alfacinhas — trata-se de um serviço de transporte escolar gratuito,


destinado aos alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico que residam a mais de doze minutos a
pé do estabelecimento escolar onde estão matriculados, desde que dentro da área de
influência do respetivo Agrupamento de Escolas. Este serviço não abrange todas as escolas,
mas pode ser solicitado;

• Transportes escolares para visitas de estudo e outras deslocações — disponíveis para


estabelecimentos da Educação Pré-Escolar e do 1.º Ciclo do Ensino Básico, de forma
gratuita, mediante disponibilidade e enquadrados em atividades do Passaporte Escolar,
Natação Curricular.

Do levantamento realizado, identificaram-se pelo menos 13 Agrupamentos de Escolas que


beneficiam do Transporte Escolar Alfacinhas: Agrupamento de Escolas das Olaias, Agrupamento de
Escolas Vergílio Ferreira, Agrupamento de Escolas Manuel da Maia, Agrupamento de Escolas Nuno
Gonçalves, Agrupamento de Escolas Patrício Prazeres, Agrupamento de Escolas Pintor Almada
Negreiros, Agrupamento de Escolas Gil Vicente, Agrupamento de Escolas Dom Dinis, Agrupamento de
Escolas Luís António Verney, Agrupamento de Escolas Marquesa de Alorna, Agrupamento de Escolas

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 106


do Restelo, Agrupamento de Escolas Lindley Cintra e Agrupamento de Escolas Passos Manuel.
Ressalva-se que o Serviço de Transporte Alfacinhas não abrange todas as escolas dos agrupamentos e
os percursos não cobrem todas as zonas das suas áreas de influência.

Da recolha de dados junto dos agrupamentos escolares, destaca-se que algumas escolas e
Agrupamentos de Escolas com oferta educativa diferenciada, como por exemplo escolas de referência
para a educação de alunos surdos, cegos ou com baixa visão, escolas do Ensino Artístico, ou outras
especificidades, beneficiam de apoios e parcerias realizadas com outras autarquias, de onde provêm
parte dos seus alunos. Registam-se exemplos em que é concedido um meio de transporte (Smartbus
no caso do Agrupamento de Escolas das Olaias, que é agrupamento de referência para a educação de
alunos cegos e com baixa visão), outros em que os passes mensais são subsidiados (Escola Artística
António Arroio, Escola Profissional das Ciências Geográficas, Agrupamento de Escolas Quinta de
Marrocos — esta última é escola de referência para a educação bilingue de alunos surdos). Não
obstante, subsistem algumas dificuldades, nomeadamente no apoio a alunos residentes no concelho
de Lisboa, como reportado pelo Agrupamento de Escolas Quinta de Marrocos, uma vez que é a própria
escola e não a Câmara Municipal de Lisboa a disponibilizar um meio de transporte para os alunos
surdos da Educação Pré-Escolar e do 1.º Ciclo do Ensino Básico residentes no concelho de Lisboa. Do
ponto de vista dos transportes escolares, para a realização de visitas de estudo, subsiste uma
diversidade de soluções dentro do Concelho, com apoios prestados pela Câmara Municipal de Lisboa,
juntas de freguesia, e pelas próprias escolas, podendo revelar-se vantajosa uma articulação mais
desenvolvida entre entidades.

FIGURA 47 - PROXIMIDADE DAS ESCOLAS PÚBLICAS A ESTAÇÕES DE METROPOLITANO E COMBOIO

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 107


Do ponto de vista da deslocação dos alunos por meio de bicicleta e da utilização da rede de
ciclovias verificou-se que, apesar de a rede se encontrar em expansão, a maioria dos estabelecimentos
não usufrui de ciclovias na sua proximidade. Alguns agrupamentos manifestaram a vontade de alunos
e profissionais, disporem de uma rede de ciclovias e/ou de posto de bicicletas públicas: agrupamentos
das Olaias, António Arroio, Pintor Almada Negreiros, Alto do Lumiar, Escola Secundária Fonseca
Benevides, Luís António Verney.

FIGURA 48 - PROXIMIDADE DAS ESCOLAS PÚBLICAS ÀS REDES DE CICLOVIAS

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4.2.1 - Acesso aos Recintos Escolares por Pessoas de Mobilidade Reduzida

Para as pessoas de mobilidade reduzida, de um modo geral, as acessibilidades aos


estabelecimentos escolares são boas nas escolas de construção recente, ou nas que foram
intervencionadas, quer pela Câmara Municipal de Lisboa, quer pela Parque Escolar, E.P.E. Trata-se
maioritariamente de escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário. As escolas mais
antigas e não intervencionadas, cuja construção antecede as atuais exigências regulamentares,
principalmente do 2.º e 3.º Ciclos, incluindo escolas que funcionam em edifícios cujo projeto inicial
não previa o seu uso no âmbito escolar, evidenciam alguns constrangimentos, ou mesmo a total
impossibilidade de acesso por parte de pessoas com mobilidade reduzida. A sinalização destas
situações é transversal ao diagnóstico das condições de conservação dos edifícios e subsequente
intervenção ao nível de obra. Estes aspetos encontram-se enquadrados no capítulo sobre a
Requalificação da Rede Escolar, pelo que se expõem exclusivamente alguns casos de pertinência
singular.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 109


Apesar de a Escola Básica 2/3 Fernando Pessoa possuir duas Unidades de Apoio a Alunos com
Multideficiência (UAAM), as acessibilidades à escola não permitem o acesso de pessoas com
mobilidade reduzida, excluindo dessa forma a frequência de alunos em cadeira de rodas. Este
constrangimento evidencia-se logo à entrada da escola, uma vez que não existe rampa de acesso.

O mesmo problema de inacessibilidade existe na Escola Básica 2/3 do Alto do Lumiar, escola
sede do Agrupamento de Escolas do Alto do Lumiar, apesar de, neste caso as salas da Unidade de
Apoio a Alunos com Multideficiência funcionarem nas escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico.

4.2.2 - Isócronas

Acessibilidade Pedonal às Escolas

Neste capítulo procedeu-se a uma avaliação da acessibilidade pedonal às escolas do ensino público,
nomeadamente no que concerne à cobertura espacial em termos de áreas habitacionais. Para o efeito,
utilizaram-se os eixos de via da rede viária. No entanto, por forma a melhor adequar esta informação
ao propósito do exercício, eliminaram-se os arcos da rede viária do 1.º e 2.º níveis hierárquicos onde
não é possível circular a pé com condições de segurança e conforto.

O exercício foi replicado separadamente para: i) as escolas do 1.º ciclo, e; ii) para as escolas do 2.º e
3.º ciclos. Num primeiro momento, incluíram-se apenas para as escolas existentes e num segundo
momento, reproduziu-se o mesmo exercício incluindo, não apenas os estabelecimentos de ensino
existentes, mas também os propostos. Neste contexto, apresentam-se de seguida uma síntese dos
resultados obtidos.

Estabelecimentos de Ensino Existentes

Nas Figuras apresentadas nesta secção é possível observar a sobreposição das áreas envolventes
localizadas a um tempo de acesso inferior a 15 minutos (cor roxa) com as áreas habitacionais
consolidadas e a consolidar (malha quadriculada). A partir da análise espacial da sobreposição destes
dois temas, foi possível calcular que a percentagem de áreas habitacionais consolidadas ou a
consolidar que se encontra a menos de 15 minutos a pé de uma escola pública do 1.º ciclo é 72%.

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FIGURA 49 - ISÓCRONAS DE ACESSIBILIDADE PEDONAL (15 MINUTOS) ÁS ESCOLAS PÚBLICAS EXISTENTES E PROPOSTAS DO
1.º CICLO

De seguida, procedeu-se à mesma análise espacial, mas desta vez para as escolas públicas existentes
do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico (ver Figura 50). Deste exercício resultou a conclusão de que 44%
das suprarreferidas escolas se encontra dentro da isócrona de 15 minutos, ou seja, é possível aceder
a uma escola destes dois níveis de ensino a partir de cerca de metade do território do município
destinado a áreas habitacionais com uma viagem pedonal de duração inferior a 15 minutos.

FIGURA 50 - ISÓCRONAS DE ACESSIBILIDADE PEDONAL (15 MINUTOS) ÀS ESCOLAS PÚBLICAS EXISTENTES DO 2.º E 3.º
CICLOS

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Estabelecimentos de Ensino Existentes e Propostos

Nesta secção, repetiu-se a análise espacial anterior, mas agora incluindo não apenas os
estabelecimentos de ensino existentes, mas também os propostos. Deste modo, para as escolas do
primeiro ciclo (ver Figura 51) verificou-se que 78% da área habitacional do município encontrar-se-á
dentro da isócrona dos 15 minutos. Assim, com a introdução dos novos estabelecimentos, adquire-se
um ganho na ordem dos 6% o que, tratando-se de um território predominantemente consolidado,
poderá ser considerado um incremento assinalável.

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FIGURA 51- ISÓCRONAS DE ACESSIBILIDADE PEDONAL (15 MINUTOS) ÀS ESCOLAS PÚBLICAS EXISTENTES E PROPOSTAS DO
1.º CICLO

Por outra parte, no que concerne agora aos estabelecimentos de ensino do 2.º e 3.º níveis de ensino
básico, verificou-se que 49% das áreas habitacionais serão acessíveis através de uma viagem pedonal
com duração inferior a 15 minutos. Neste segmento, com a introdução dos novos estabelecimentos
de ensino, o aumento de cobertura espacial corresponde a 5% relativamente à situação existente (Ver
Figura 52).

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FIGURA 52 - ISÓCRONAS DE ACESSIBILIDADE PEDONAL (15 MINUTOS) ÀS ESCOLAS PÚBLICAS EXISTENTES E PROPOSTAS DO
2.º E 3.º CICLOS

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PARTE II - CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE
EDUCAÇÃO NO CONCELHO DE LISBOA

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 115


5 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DA REDE
ESCOLAR E OFERTA FORMATIVA - REDE
PÚBLICA
A Rede Escolar pública concelhia é composta por estabelecimentos escolares organizados por
diferentes tipologias. A Educação Pré-Escolar é ministrado nos jardins de infância (JI), e o 1.º Ciclo do
Ensino Básico em Escolas Básicas de 1.º Ciclo (EB1). Quando a mesma escola engloba as duas valências,
é uma Escola Básica de 1.º Ciclo do Ensino Básico com Jardim de Infância (EB1/JI). Existem também
Escolas Básicas Integradas (EBI), onde coexistem alunos dos três ciclos do Ensino Básico — 1.º, 2.º e
3.º e Escolas Básicas Integradas com Jardim de Infância (EBI/JI). Uma Escola Básica 2/3 (EB 2/3) tem
oferta de 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, e o Ensino Secundário é ministrado em Escolas Secundárias
(ES). Alguns estabelecimentos combinam as várias valências; assim, uma ES/2,3 é uma Escola
Secundária com 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, mas é mais comum haver Escolas Secundárias apenas
com 3.º Ciclo (ES/3).

Nas tabelas seguintes, apresenta-se a distribuição das escolas por tipologia e freguesia no ano
letivo de 2019/2020. É de salientar que as tipologias podem ser ajustadas, tendo em conta a relação e
o equilíbrio de oferta e procura.

TABELA 33 - N.º DE ESTABELECIMENTOS DE ENSINO PÚBLICO POR TIPOLOGIA

Tipologia Escolas

JI 9

EB1/JI 66

EB1 13

EB23 20

EBI+JI 4

EBI 1

ES/23 8

ES3 14

ES 4

Fonte: Cálculos próprios; CML; DGEstE

A tabela 33 representa o número de estabelecimentos de ensino público por tipologia e


freguesia. As freguesias com mais escolas são o Lumiar, Marvila e Olivais (com 12 estabelecimentos),

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 116


freguesias que correspondem também, de acordo com os Censos 2011, a algumas das mais populosas
do Concelho.

TABELA 34 - N.º DE ESTABELECIMENTOS DE ENSINO PÚBLICO POR TIPOLOGIA E POR FREGUESIA

Freguesias JI EB1/JI EB1 EB23 EBI+JI ES ES/23 EBI ES3 Total

Ajuda 1 2 1 4

Alcântara 2 1 1 1 5

Alvalade 4 2 2 2 10

Areeiro 1 1 1 1 4

Arroios 2 2 1 1 6*

Avenidas novas 1 1 1 1 4

Beato 3 1 1 5

Belém 1 3 1 2 7

Benfica 1 3 1 1 1 1 8

Campo de Ourique 4 1 1 1 7

Campolide 1 1 1 3

Carnide 2 3 1 1 7

Estrela 1 1 2

Lumiar 2 3 2 3 1 1 12

Marvila 8 2 1 11

Misericórdia 2 3 5

Olivais 7 3 2 12

Parque das Nações 2 1 3

Penha de França 3 1 1 1 6

Santa Clara 1 3 1 1 6

Santa Maria Maior 2 2

Santo António 2 2

São Domingos de Benfica 3 1 4

São Vicente 2 1 1 4

Total 9 66 13 20 4 4 8 1 14 139
* A escola Hospital - Rainha Dona Estefânia é contabilizada na Rede Escolar, apesar de ser apenas
destinada a crianças internadas no hospital. A Escola Artística do Instituto Gregoriano de Lisboa
não foi contabilizada, uma vez que os seus alunos estão matriculados noutras escolas. Fonte:
Cálculos próprios; CML; DGEstE

É de notar que todas as freguesias de Lisboa têm oferta tanto de jardim de infância como de
1.º Ciclo do Ensino Básico. Dada a evolução histórica da cidade, não é estranho que os restantes ciclos
de ensino estejam restritos a algumas freguesias.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 117


Neste sentido, destacam-se as freguesias da Ajuda, Estrela, Parque das Nações, Santa Clara,
Santa Maria Maior, Santo António e São Domingos de Benfica, que não têm oferta de Ensino
Secundário regular. Ademais, nas freguesias da Ajuda, Estrela, Santa Maria Maior e Santo António
também não existe oferta ao nível do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, e, na freguesia de Arroios, não
é ministrado o 2.º Ciclo do Ensino Básico. Ressalva-se que esta análise incide apenas sobre o ensino
regular, não estando contemplada a oferta profissional, que, dada a sua natureza e organização,
responde a uma procura de âmbito concelhio e metropolitano.

TABELA 35 - CICLOS DE ENSINO NÃO COBERTOS POR ESTABELECIMENTOS DE ENSINO PÚBLICO POR FREGUESIA

Pré-Escolar 1.º Ciclo 2.º Ciclo 3.º Ciclo Secundário


Ajuda x x x
Arroios x
Estrela x x x
Parque das Nações x
Santa Clara x
Santa Maria Maior x x x
Santo António x x x
São Domingos de Benfica x
Fonte: Cálculos próprios; CML; DGEstE

A tabela abaixo identifica o número de Agrupamentos de Escolas ou Escolas não Agrupadas


abrangidas pelo programa TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária), encontrando-se a
lista detalhada dos estabelecimentos escolares e respetivas freguesias e agrupamentos na tabela 36.
As freguesias nas quais não existe nenhum estabelecimento de ensino TEIP são Alvalade, Areeiro,
Arroios, Belém, Santa Maria Maior e São Domingos de Benfica. As freguesias onde existe maior
incidência de estabelecimentos de ensino TEIP são Marvila (onze estabelecimentos), Olivais (sete
estabelecimentos) e Benfica (cinco estabelecimentos), três das quatro freguesias mais populosas no
Concelho, segundo os Censos à população de 2011.

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TABELA 36 - N.º DE AGRUPAMENTOS DE ESCOLAS TEIP E NÃO TEIP

agrupamentos TEIP agrupamentos


15 13
não TEIP
Fonte: Cálculos próprios; CML; DGEstE

TABELA 37 - LISTA DE ESTABELECIMENTOS ESCOLARES TEIP POR FREGUESIA

Estabelecimentos Escolares Freguesia Agrupamento de Escolas


Escola Básica Homero Serpa Ajuda Escolas Francisco de Arruda
Escola Básica Alexandre Herculano Ajuda Escolas Francisco de Arruda
Escola Básica Raúl Lino Alcântara Escolas Francisco de Arruda
Escola Básica de Santo Amaro Alcântara Escolas Francisco de Arruda
Escola Básica Francisco de Arruda (sede) Alcântara Escolas Francisco de Arruda
Escola Básica das Galinheiras Santa Clara Escolas do Alto do Lumiar
Escola Básica Maria da Luz de Deus Ramos Santa Clara Escolas do Alto do Lumiar
Escola Básica Padre José Manuel Rocha e Melo Lumiar Escolas do Alto do Lumiar
Escola Básica Dr. Nuno Cordeiro Ferreira Lumiar Escolas do Alto do Lumiar
Escola Básica do Alto do Lumiar (sede) Lumiar Escolas do Alto do Lumiar
Escola Básica Fernanda de Castro Estrela Escolas Manuel da Maia
Escola Básica de Santo Condestável Campo de Ourique Escolas Manuel da Maia
Escola Básica de Vale de Alcântara Campo de Ourique Escolas Manuel da Maia
Escola Básica Manuel da Maia (sede) Campo de Ourique Escolas Manuel da Maia
Escola Básica Engenheiro Duarte Pacheco Beato Escolas das Olaias
Escola Básica das Olaias (sede) Marvila Escolas das Olaias
Escola Básica do Bairro do Armador Marvila Escolas das Olaias
Escola Básica Actor Vale Penha de França Escolas das Olaias
Escola Básica do Beato Beato Escolas Luís António Verney
Escola Básica do Bairro Madre de Deus Beato Escolas Luís António Verney
Escola Básica Luís António Verney (sede) Beato Escolas Luís António Verney
Escola Básica do Condado Marvila Escolas Luís António Verney
Escola Básica Jorge Barradas Benfica Escolas de Benfica
Escola Básica Pedro de Santarém Benfica Escolas de Benfica
Escola Básica Arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles Benfica Escolas de Benfica
Jardim de Infância n.º 1 de Benfica Benfica Escolas de Benfica
Escola Secundária José Gomes Ferreira (sede) Benfica Escolas de Benfica
Escola Básica Mestre Arnaldo Louro de Almeida Avenidas Novas Escolas Marquesa de Alorna

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Escola Básica Mestre Querubim Lapa Campolide Escolas Marquesa de Alorna
Escola Básica de São Sebastião da Pedreira Avenidas Novas Escolas Marquesa de Alorna
Escola Básica Marquesa de Alorna (sede) Campolide Escolas Marquesa de Alorna
Escola Básica Professora Aida Vieira Carnide Escolas do Bairro Padre Cruz
Jardim de Infância do Bairro Padre Cruz Carnide Escolas do Bairro Padre Cruz
Escola Básica do Bairro Padre Cruz (sede) Carnide Escolas do Bairro Padre Cruz
Escola Básica da Alta de Lisboa Santa Clara Escolas Pintor Almada Negreiros
Escola Básica Pintor Almada Negreiros (sede) Santa Clara Escolas Pintor Almada Negreiros
Escola Básica Luísa Ducla Soares Santo António Escolas Passos Manuel
Escola Básica Gaivotas Misericórdia Escolas Passos Manuel
Escola Básica de São José Santo António Escolas Passos Manuel
Escola Básica e Secundária Passos Manuel (sede) Misericórdia Escolas Passos Manuel
Escola Básica Padre Abel Varzim Misericórdia Escolas Passos Manuel
Escola Básica n.º 195 de Lisboa Marvila Escolas D. Dinis
Escola Básica de Marvila Marvila Escolas D. Dinis
Escola Básica Luíza neto jorge Marvila Escolas D. Dinis
Escola Básica João dos Santos Marvila Escolas D. Dinis
Escola Básica Professor Agostinho da Silva Marvila Escolas D. Dinis
Escola Secundária D. Dinis (sede) Marvila Escolas D. Dinis
Escola Básica Damião de Góis Marvila Escolas D. Dinis
Escola Básica de Lóios Marvila Escolas D. Dinis
Escola Básica Rosa Lobato Faria São Vicente Escolas Patrício Prazeres
Escola Básica Professor Oliveira Marques Penha de França Escolas Patrício Prazeres
Escola Básica Patrício Prazeres (sede) Penha de França Escolas Patrício Prazeres
Escola Básica Infante D. Henrique Parque das Nações Escolas Fernando Pessoa
Escola Básica Arco-Íris Olivais Escolas Fernando Pessoa
Escola Básica Adriano Correia de Oliveira Olivais Escolas Fernando Pessoa
Escola Básica Fernando Pessoa (sede) Olivais Escolas Fernando Pessoa
Escola Básica Viscondessa dos Olivais Olivais Escolas Piscinas - Olivais
Escola Básica Paulino Montez Olivais Escolas Piscinas - Olivais
Escola Básica de Santa Maria dos Olivais Olivais Escolas Piscinas - Olivais
Escola Básica de Piscinas (sede) Olivais Escolas Piscinas - Olivais
Escola Básica do Castelo Santa Maria Maior Escolas Gil Vicente

Escola Básica de Santa Clara São Vicente Escolas Gil Vicente

Escola Básica e Secundária Gil Vicente (sede) São Vicente Escolas Gil Vicente

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Fonte: CML; DGEstE

É consensual que a organização da Rede Escolar em Lisboa está desatualizada e apresenta


vários problemas, nomeadamente ao nível das áreas de influência dos Agrupamentos de Escolas ou de
escolas dentro de um mesmo agrupamento. O mapa da figura 53 contempla o conjunto dos
Agrupamentos de Escolas de Lisboa que apresentam maiores problemas ao nível das áreas de
influência, nomeadamente sedes de agrupamento que não estão integradas na área de influência do

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 121


agrupamento ou escolas que se encontram fora do perímetro da sua área de influência e territórios
escolares descontínuos.

FIGURA 53 – LOCALIZAÇÃO DOS AGRUPAMENTOS DE ESCOLA E ÁREAS DE INFLUÊNCIA

Fonte: CIES-IUL

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O mapa seguinte, figura 53, identifica a totalidade dos agrupamentos existentes.

FIGURA 54 - LOCALIZAÇÃO DOS AGRUPAMENTOS DE ESCOLA E ÁREAS DE INFLUÊNCIA. FONTE: CML

5.1 - REDE ESCOLAR DO CONCELHO DE LISBOA -


AGRUPAMENTOS DE ESCOLAS E ESCOLAS NÃO
AGRUPADAS

A tabela 38 carateriza os estabelecimentos escolares, considerando a sua tipologia, as


respetivas freguesias, o agrupamento em que se inserem e a sede de agrupamento, se se trata de uma
escola agrupada, não agrupada ou a sede de um agrupamento e se é TEIP. Existem 28 agrupamentos
no concelho de Lisboa, sendo 15 deles TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária) e onze
escolas não agrupadas. Todas as freguesias do concelho têm pelo menos uma escola e todos os ciclos

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 123


são lecionados no concelho, embora existam freguesias que não têm todos os ciclos de ensino, como
se constatou anteriormente.

TABELA 38 - CARACTERIZAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES – 2020/2021

Estabelecimentos Escolares Tipo Freguesia Agrupamento de SEDE REDE TEIP

Jardim de Infância de Belém JI Belém Escolas AGRUPADA

Escola Básica do Bairro do Restelo EB1/JI Belém AGRUPADA

Escola Básica Paula Vicente EB23 Belém AGRUPADA


Escola Secundária do
Escola Básica de Moinhos do Restelo EB1/JI Belém Restelo AGRUPADA Não
Restelo
Escola Básica de Caselas EB1/JI Belém AGRUPADA

Escola Secundária do Restelo ES3 Belém SEDE

Escola Básica Manuel Sérgio EB1/JI Ajuda AGRUPADA

Escola Básica Homero Serpa EB1/JI Ajuda AGRUPADA

Escola Básica Raúl Lino EB1/JI Alcântara AGRUPADA

Escola Básica de Santo Amaro EB1/JI Alcântara Escola Básica Francisco de AGRUPADA
Francisco de Arruda Sim
Arruda
Escola Básica Francisco de Arruda EB23 Alcântara SEDE

Escola Básica Alexandre Herculano EB1 Ajuda AGRUPADA

Jardim de Infância Alexandre Rodrigues JI Ajuda AGRUPADA


Ferreira
Escola Básica do Bairro de São Miguel EB1/JI Alvalade AGRUPADA

Escola Básica dos Coruchéus EB1 Alvalade AGRUPADA

Escola Básica Santo António EB1/JI Alvalade Escola Secundária Rainha AGRUPADA
Rainha D. Leonor Não
Dona Leonor
Escola Básica Hospital Dona Estefânia EB1 Arroios AGRUPADA

Escola Básica Eugénio dos Santos EB23 Alvalade AGRUPADA

Escola Secundária Rainha Dona Leonor ES3 Alvalade SEDE

Escola Básica Teixeira de Pascoais EB1/JI Alvalade AGRUPADA

Escola Básica de São João de Brito EB1/JI Alvalade Escola Secundária Padre AGRUPADA
Alvalade Não
Escola Básica Almirante Gago Coutinho EB23 Alvalade António Vieira AGRUPADA

Escola Secundária Padre António Vieira ES3 Alvalade SEDE

Escola Básica Eurico Gonçalves EB1 Santa Clara AGRUPADA


Jardim de Infância da Ameixoeira JI Santa clara AGRUPADA
Jardim de Infância do Lumiar JI Lumiar AGRUPADA
Escola Secundária do Lumiar
Escola Básica Professor Lindley Cintra EB23 Lumiar AGRUPADA
Escola Básica Quinta dos Frades EB1 Lumiar AGRUPADA
Escola Secundária do Lumiar ES3 Lumiar SEDE
Professor Lindley Cintra Não
Escola Básica das Galinheiras EB1/JI Santa Clara - AGRUPADA
Escola Básica P José Manuel Rocha e Melo EB1/JI Lumiar AGRUPADA
Lumiar Escola Básica do Alto do
Escola Básica Dr. Nuno Cordeiro Ferreira EB1/JI Lumiar Alto do Lumiar AGRUPADA Sim
Lumiar
Escola Básica do Alto do Lumiar EB23 Lumiar SEDE
Escola Básica Maria da Luz de Deus Ramos EB1/JI Santa Clara AGRUPADA

Escola Básica Sampaio Garrido EB1/JI Arroios AGRUPADA

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 124


Escola Secundária D. Luísa de Gusmão ES3 Arroios Escola Básica Nuno AGRUPADA
Nuno Gonçalves Não
Escola Básica n.º 1 de Lisboa EB1/JI Arroios Gonçalves AGRUPADA

Estabelecimentos Escolares Tipo Freguesia Agrupamento de Escolas SEDE REDE TEIP

Escola Básica Arquitecto Victor Palla EB1/JI Penha de AGRUPADA

Escola Básica Nuno Gonçalves EB23 Françade


Penha Nuno Gonçalves Escola Básica Nuno Gonçalves SEDE
França
Escola Básica Natália Correia EB1 São Vicente AGRUPADA

Escola Básica Fernanda de Castro EB1/JI Estrela AGRUPADA


Escola Básica Manuel da
Escola Básica de Santo Condestável EB1/JI Campo de Escolas Manuel da Maia AGRUPADA Sim
Maia
Ourique
Escola Básica Manuel da Maia EBI+JI Campo de SEDE
Ourique
Escola Básica Engenheiro Duarte Pacheco EB1/JI Beato AGRUPADA

Escola Básica das Olaias EB23 Marvila SEDE


Escolas das Olaias Escola Básica das Olaias Sim
Escola Básica do Bairro do Armador EB1/JI Marvila AGRUPADA

Escola Básica Actor Vale EB1/JI Penha de AGRUPADA


França
Escola Básica do Beato EB1/JI Beato AGRUPADA

Escola Básica do Bairro Madre de Deus EB1/JI Beato Escolas Luís António Escola Básica e Secundária AGRUPADA
Sim
Escola Básica e Secundária Luís António ES/23 Beato Verney Luís António Verney SEDE
Verney
Escola Básica do Condado EB1/JI Marvila AGRUPADA

Escola Básica Jorge Barradas EB1 Benfica AGRUPADA

Escola Básica Pedro de Santarém EBI+JI Benfica Escola Secundária José AGRUPADA
Escolas de Benfica Sim
Gomes Ferreira
Escola Básica Arquitecto Gonçalo Ribeiro EB1/JI Benfica AGRUPADA
Telles
Jardim de Infância n.º 1 de Benfica JI Benfica AGRUPADA

Escola Básica Professor José Salvado EB1/JI Benfica AGRUPADA


Escolas Quinta de Escola Básica da Quinta de
Sampaio
Escola Básica do Parque Silva Porto EB1/JI Benfica AGRUPADA Não
Marrocos Marrocos
Escola Básica da Quinta de Marrocos EB23 Benfica SEDE

Escola Básica Mestre Arnaldo Louro de EB1/JI Avenidas AGRUPADA


Almeida
Escola Básica Mestre Querubim Lapa EB1/JI Novas
Campolide Escolas Marquesa de Escola Básica Marquesa de AGRUPADA
Sim
Escola Básica de São Sebastião da EB1 Avenidas Alorna Alorna AGRUPADA
Pedreira
Escola Básica Marquesa de Alorna EB23 Novas
Campolide SEDE

Escola Básica da Luz-Carnide EB1/JI Carnide AGRUPADA

Escola Secundária Vergílio Ferreira ES3 Alvalade SEDE

Escola Básica Dom Luís da Cunha EB1/JI Alvalade AGRUPADA

Escola Básica Prista Monteiro EB1/JI Carnide Escolas Vergílio AGRUPADA

Escola Básica n.º 1 de Telheiras EB1 Lumiar Ferreira Escola Secundária Vergilio AGRUPADA
Não
Escola Básica de Telheiras EB23 Lumiar Ferreira AGRUPADA

Escola Básica do Lumiar EB1/JI Lumiar AGRUPADA

Jardim de Infância de Telheiras JI Lumiar AGRUPADA

Escola Básica de São Vicente/Telheiras EBI+JI Lumiar AGRUPADA

Jardim de Infância da Horta Nova JI Carnide AGRUPADA

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 125


Agrupamento de
Estabelecimentos Escolares Tipo Freguesia SEDE REDE TEIP
Escolas

Escola Básica Professora Aida Vieira EB1/JI Carnide AGRUPADA


Escolas do Bairro Escola Básica do Bairro
Jardim de Infância do Bairro Padre Cruz JI Carnide AGRUPADA Sim
Padre Cruz Padre Cruz
Escola Básica do Bairro Padre Cruz EB23 Carnide SEDE

Escola Básica do Castelo EB1/JI Santa Maria Escola Básica e Secundária AGRUPADA

Escola Básica de Santa Clara EB1/JI SãoMaior


Vicente Escolas Gil Vicente Gil Vicente AGRUPADA Sim

Escola Básica e Secundária Gil Vicente ES/23 São Vicente SEDE

Escola Básica da Alta de Lisboa EB1/JI Santa Clara Escolas Pintor Almada Escola Básica Pintor Almada AGRUPADA
Sim
Escola Básica Pintor Almada Negreiros EBI+JI Santa Clara Negreiros Negreiros SEDE

Escola Básica Luísa Ducla Soares EB1/JI Santo AGRUPADA

Escola Básica Gaivotas EB1/JI António


Misericórdia AGRUPADA

Escola Básica de São José EB1/JI Santo Escola Básica e Secundária AGRUPADA
Escolas Passos Manuel Sim
Escola Básica Maria Barroso EB1/JI António
Santa Maria Passos Manuel AGRUPADA

Escola Básica e Secundária Passos ES/23 Maior


Misericórdia SEDE
Manuel
Escola Básica Padre Abel Varzim EB1/JI Misericórdia AGRUPADA

Escola Básica n.º 72 de Lisboa EB1 Estrela AGRUPADA


Escola Básica e Secundária
Escola Básica Rainha Santa Isabel EB1/JI Campo de Escolas Padre AGRUPADA
Josefa de Não
Escola Básica Engenheiro Ressano Garcia EB1/JI Ourique
Campo de Bartolomeu de Gusmão AGRUPADA
Óbidos
Escola Básica e Secundária Josefa de ES/23 Ourique
Campo de SEDE
Óbidos
Escola Básica n.º 195 de Lisboa EB1/JI Ourique
Marvila AGRUPADA

Escola Básica de Marvila EB23 Marvila AGRUPADA

Escola Básica Luíza neto jorge EB1/JI Marvila AGRUPADA

Escola Básica João dos Santos EB1/JI Marvila AGRUPADA


Escolas D. Dinis Escola Secundária D. Dinis Sim
Escola Básica Prof. Agostinho da Silva EB1/JI Marvila AGRUPADA

Escola Secundária D. Dinis ES3 Marvila SEDE

Escola Básica Damião de Góis EB23 Marvila AGRUPADA

Escola Básica de Lóios EB1/JI Marvila AGRUPADA

Escola Básica Rosa Lobato Faria EB1/JI São Vicente AGRUPADA


Escola Básica Patrício
Escola Básica Professor Oliveira Marques EB1/JI Penha de Escolas Patrício Prazeres AGRUPADA Sim
Prazeres
Escola Básica Patrício Prazeres EBI Françade
Penha SEDE

Escola Básica Infante D. Henrique EB1/JI Françadas


Parque AGRUPADA

Escola Básica Arco-Íris, Lisboa EB1/JI Nações


Olivais Escolas Fernando Escola Básica Fernando AGRUPADA
Sim
Escola Básica Adriano Correia de Oliveira EB1/JI Olivais Pessoa Pessoa AGRUPADA

Escola Básica Fernando Pessoa EB23 Olivais SEDE

Escola Básica Viscondessa dos Olivais EB1/JI Olivais AGRUPADA

Escola Básica Paulino Montez EB1/JI Olivais AGRUPADA


Escolas Piscinas - Olivais Escola Básica de Piscinas Sim
Escola Básica de Santa Maria dos Olivais EB1/JI Olivais AGRUPADA

Escola Básica de Piscinas EB23 Olivais SEDE

Escola Básica dos Olivais EB23 Olivais AGRUPADA

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 126


Escola Básica Sarah Afonso EB1/JI Olivais AGRUPADA

Escola Básica Manuel Teixeira Gomes EB1/JI Marvila Escolas de Santa Maria Escola Secundária António AGRUPADA
Não
dos Olivais Damásio
Escola Secundária António Damásio ES3 Olivais SEDE

Escola Básica Alice Vieira EB1/JI Olivais AGRUPADA

Escola Básica do Parque das Nações EBI+JI Parque das AGRUPADA


Escola Secundária Eça de
Escola Básica Vasco da Gama EBI+JI Nações
Parque das Escolas Eça de Queirós AGRUPADA Não
Queirós
Escola Secundária Eça de Queirós ES3 Nações
Olivais SEDE

Escola Básica António Nobre EB1/JI São AGRUPADA

Escola Básica Frei Luís de Sousa EB1/JI Domingos


São de AGRUPADA
Benfica
Escola Básica Prof. Delfim Santos EB23 Domingos
São de Escolas das Laranjeiras Escola Secundária D. Pedro V AGRUPADA Não
Benfica
Escola Secundária D. Pedro V ES3 Domingos
Avenidasde SEDE
Benfica
Novas
Escola Básica de Laranjeiras EB1/JI São AGRUPADA

Escola Básica de São João de Deus EB1 Domingos


Areeiro de Escola Básica e Secundária D. AGRUPADA
Escolas D. Filipa de
Benfica Filipa de Não
Jardim de Infância António José de JI Areeiro AGRUPADA
Lencastre
Almeida
Escola Básica e Secundária D. Filipa de ES/23 Areeiro Lencastre SEDE
Lencastre,
Escola Lisboa
Básica Luís de Camões EB23 Areeiro SEDE
Escolas Luís de Camões Escola Básica Luís de Camões Não
Escola Básica O Leão de Arroios EB1 Arroios AGRUPADA

Escola Secundária Rainha Dona Amélia ES3 Alcântara NA NA NÃO Não


Escola Secundária Fonseca Benevides ES3 Alcântara NA NA AGRUPADA
NÃO Não

Escola Artística de Música do ES/23 Misericórdia NA NA AGRUPADA


NÃO Não
Conservatório
Escola ArtísticaNacional
de Dança do ES/23 Misericórdia NA NA AGRUPADA
NÃO Não
Conservatório Nacional
Escola Secundária Pedro Nunes ES3 Campo de NA NA AGRUPADA
NÃO Não

Escola Secundária Marquês de Pombal ES3 Ourique


Belém NA NA AGRUPADA
NÃO Não

Escola Artística António Arroio EA Penha de NA NA AGRUPADA


NÃO Não

Escola Secundária Camões ES França


Arroios NA NA AGRUPADA
NÃO Não

Escola Artística do Instituto Gregoriano de EA Alvalade NA NA AGRUPADA


NÃO Não
Lisboa
Escola Profissional Ciências Geográficas EP Campolide NA NA AGRUPADA
NÃO Não

Escola Secundária Maria Amália Vaz de ES Avenidas NA NA AGRUPADA


NÃO Não
Carvalho Novas AGRUPADA

Sistematizam-se em seguida as frequências dos estabelecimentos do ensino da rede pública


de Lisboa, no ano letivo 2019/2020:

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 127


TABELA 39 - FREQUÊNCIAS DOS ESTABELECIMENTOS DO ENSINO DA REDE PÚBLICA DE LISBOA, 2019/2020

Total de Frequências por Ciclos de Escolaridade N.º Turmas/Grupos por Ciclos de Escolaridade
(2019/2020) (2019/2020)
Pré- 1.º 2.º 3.º SEC TOTAL Pré- 1.º 2.º 3.º Ciclo SEC TOTAL
escolar Ciclo Ciclo Ciclo escolar Ciclo Ciclo
5017 13462 8516 13397 36103 76495 233 621 376 578 1539 3347

Fonte: DGEstE, Dados 1.º trimestre de 2019/2020

6.2 - Caraterização das Ofertas Educativas


5.2.1 - Educação Pré-Escolar

A Educação Pré-Escolar corresponde à primeira etapa do sistema educativo nacional, e


enquadra a primeira fase do processo de aprendizagem ao longo da vida. É um ciclo opcional,
destinado a crianças com idades compreendidas entre os três e os cinco anos e, apesar de facultativo,
o enquadramento legal, nomeadamente a Lei n.º 65/2015, de 3 de julho (primeira alteração à Lei n.º
85/2009, de 27 de agosto), prevê a sua universalidade para crianças a partir dos quatro anos de idade.

A Educação Pré-Escolar pública funciona entre as 9h e as 15h30, mas a Câmara Municipal de


Lisboa complementa este horário, das 8h até às 19h, através das Atividades de Animação e Apoio à
Família (AAAF), a maior parte executadas pelas juntas de freguesia. Durante o período letivo, têm vindo
a ser disponibilizadas pela Câmara Municipal de Lisboa diversas atividades, tais como, Blocos de Judo,
visitas de estudo a equipamentos municipais com serviço educativo, através do Passaporte Pré-
Escolar, ou leituras encenadas que foram dinamizadas pelo Teatro Nacional D. Maria II.

A rede de oferta pública é ainda bastante reduzida, sendo aqui que a taxa de cobertura mais
se afasta da universalização da oferta. Devido a esta falha, a rede privada e social surge como
alternativa, complementando a oferta existente, mas os esforços têm sido no sentido de aumentar a
oferta pública, visando responder às necessidades da população lisboeta.

No ano letivo de 2019/2020 estiveram matriculadas na rede pública da Educação Pré-Escolar


5017 crianças, distribuídas por 233 grupos de jardim de infância nos 28 Agrupamentos de Escolas.

TABELA 40 - NÚMERO DE CRIANÇAS MATRICULADOS NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR, POR AGRUPAMENTO DE ESCOLAS E


NÚMERO DE GRUPOS DE JARDIM DE INFÂNCIA, 2019/2020

Agrupamentos de Escolas Crianças Pré-Escolar Grupos JI


Alto do Lumiar 220 11

Alvalade 140 6

Bairro Padre Cruz 175 8

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 128


Benfica 241 11

D. Dinis 237 11

D. Filipa de Lencastre 40 2

Eça de Queirós 120 5

Fernando Pessoa 212 10

Francisco de Arruda 180 9

Gil Vicente 107 5

Laranjeiras 284 12

Luís António Verney 176 9

Luís de Camões 0 0

Manuel da Maia 138 7

Marquesa de Alorna 202 9

Nuno Gonçalves 151 7

Olaias 215 10

Padre Bartolomeu de Gusmão 114 5

Passos Manuel 183 8

Patrício Prazeres 127 6

Pintor Almada Negreiros 117 6

Piscinas - Olivais 160 7

Professor Lindley Cintra - Lumiar 228 10

Quinta de Marrocos 161 9

Rainha D. Leonor 95 4

Restelo 269 13

Santa Maria dos Olivais 207 10

Vergílio Ferreira 514 23

Total 5017 233


Fonte: DGEstE 2019/2020

TABELA 41 - NÚMERO DE CRIANÇAS MATRICULADAS NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR PÚBLICA, POR FREGUESIA E NÚMERO
GRUPOS DE JARDIM DE INFÂNCIA EXISTENTES, 2019/20

Freguesia Crianças JI Total de grupos JI


Ajuda 70 4
Alcântara 130 6
Alvalade 300 13
Areeiro 40 2
Arroios 115 5
Avenidas Novas 135 6

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 129


Beato 171 9
Belém 249 12
Benfica 402 20
Campo de Ourique 229 11
Campolide 67 3
Carnide 330 15
Estrela 23 1
Lumiar 509 23
Marvila 473 22
Misericórdia 88 4
Olivais 456 21
Parque das Nações 178 8
Penha de França 149 7
Santa Clara 350 17
Santa Maria Maior 66 3
Santo António 45 2
São Domingos de Benfica 284 12
São Vicente 158 7
Total 5017 233
Fonte: DGEstE 2019/2020

A distribuição de alunos por freguesia (ver Tabela 41) mostra que o número de crianças
matriculadas na Educação Pré-Escolar, considerando a rede pública do Ministério de Educação, é
menor em quatro freguesias do concelho de Lisboa, de entre as quais sobressaem Estrela e Santo
António. Tendencialmente, estes casos registam-se nas freguesias onde a população em idade escolar
é menor, malgrado a freguesia da Estrela apresentar uma população em idade escolar (3-5 anos)
superior à dos restantes casos (na ordem dos 560).

5.2.2 - Ensino Básico

O Ensino Básico pretende garantir uma formação geral aos cidadãos. É uma oferta formativa
de caráter obrigatório, e destina-se a crianças e jovens entre os 6 e os 15 anos de idade. No chamado
ensino regular, é constituído por três ciclos — 1.º, 2.º e 3.º. No entanto, de forma a combater o
insucesso escolar e a criar igualdade de oportunidades, existem outras ofertas formativas mais flexíveis
e adaptadas às realidades dos alunos, nomeadamente, os Cursos de Educação e Formação (CEF), os
Percursos Curriculares Alternativos (PCA) e os Programas Integrados de Educação e Formação (PIEF).

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 130


5.2.2.1 - 1.º Ciclo do Ensino Básico

O 1.º Ciclo do Ensino Básico tem a duração de quatro anos, e é iniciado aos seis anos de idade,
caso a criança os complete até setembro do ano de admissão. Os alunos que fazem os seis anos entre
setembro e dezembro têm entrada condicional, isto é, só ingresso no 1.º Ciclo caso haja vaga e os
Encarregados de Educação assim o desejem. Os alunos condicionais podem optar por entrar no ano
seguinte, completando os sete anos entre setembro e dezembro.

Do ponto de vista curricular, os alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico têm 25h de aulas
curriculares semanais, divididas pelas disciplinas de Português, Matemática, Estudo do Meio e
Expressões. O Inglês curricular é introduzido no 3.º e 4-º anos. Importa ainda destacar as Atividades
de Enriquecimento Curricular (AEC), atividades facultativas, de acesso universal e gratuito, com uma
oferta predominantemente lúdica, incidindo nos domínios das áreas das expressões.

À semelhança do que acontece na Educação Pré-Escolar, a Câmara Municipal de Lisboa garante


uma Componente de Apoio à Família (CAF), que funciona entre as 8h e as 19h, e é geralmente
executada pelas juntas de Freguesia. Ao nível de oferta formativa, a Câmara Municipal de Lisboa
disponibiliza diversos instrumentos, tais como:

• PASSAPORTE ESCOLAR
Destinado aos alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico da rede pública, promove a educação não
formal, através de uma oferta educativa alargada e diversificada, que contribui para a
formação de cidadãos conscientes e informados. Assente em quatro áreas – educação
científica e ambiental, educação desportiva, educação cultural e a educação cívica –, o
programa visa aprofundar os conhecimentos dos alunos, através de visitas de estudo. Em cada
visita, o Passaporte Escolar do aluno é carimbado, proporcionando-lhe um registo físico do seu
percurso na educação não formal.

• ORQUESTRA GERAÇÃO
O projeto Orquestra Geração Lisboa (OGLx) iniciou-se em 2009 e destina-se a crianças em
situação de maior vulnerabilidade educativa e social, em escolas onde o abandono escolar e
os problemas de convivência multicultural são mais sensíveis. Pretende contribuir para a
inserção e desenvolvimento das crianças e jovens, promover autoestima de alunos e famílias,
famílias, aproximar os pais do processo educativo dos filhos, fomentar a igualdade de
oportunidades, combater o abandono e o insucesso escolar e conter a exclusão social.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 131


Em Lisboa, o projeto está presente em cinco núcleos escolares do Ensino Básico e do Ensino
Secundário: Ajuda, Benfica, Bairro do Armador, Graça e Santa Clara. Em 2018, teve início a
Orquestra dos Afetos, na escola básica da Alta de Lisboa. Especialmente vocacionada para
crianças dos quatro aos seis anos, é frequentada por cerca de 80 crianças. Em 2019/2020, no
conjunto dos dois programas, Orquestra Geração e Orquestra dos Afetos, foram abrangidas
cerca de 300 crianças e jovens, distribuídos pelos vários instrumentos de Orquestra - cordas,
sopro e percussão. A Orquestra Jovem Municipal Geração Lisboa, criada em 2015, reúne cerca
de 60 alunos, saídos dos diferentes Polos da Orquestra.

• PROGRAMA DE APOIO À EDUCAÇÃO FISÍCA CURRICULAR

Programa que contempla um conjunto de objetivos programáticos. Está integrado no


Programa Nacional de Expressão e Educação Físico Motora do 1.º Ciclo do Ensino Básico e as
atividades decorrem em contexto curricular, sendo de participação gratuita.

O programa promove a oferta de seis blocos de atividades:

(1) Natação Curricular, (2) Jogos e (3) Atividades Rítmicas e Expressivas

Aulas de 45 minutos, duas vezes por semana, durante seis semanas, perfazendo um total de
doze aulas, para todos os alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico.

(4) Natação Adaptada

Para alunos integrados nos Centros de Apoio à Aprendizagem, que apresentem necessidades
educativas acentuadas e persistentes que exijam recursos especializados de apoio à
aprendizagem. As aulas, com duração de 30 minutos, são realizadas em período letivo, uma
vez por semana, durante 15 semanas, com um enquadramento específico individualizado.

(5) Atividades Rítmicas e Expressivas Adaptadas

Para alunos integrados nos Centros de Apoio à Aprendizagem que apresentem necessidades
educativas acentuadas e persistentes que exijam recursos especializados de apoio à
aprendizagem. As aulas, com duração de 60 minutos, são realizadas em período letivo, uma
vez por semana, durante 15 semanas, com um enquadramento específico individualizado.

(6) Lisboa Sem Rodinhas


Projeto escolar com o intuito de promover o ensino da utilização da bicicleta, com base nos
fundamentos curriculares existentes, de acordo com a especificidade do Bloco de
Deslocamentos e Equilíbrios. Procura também sensibilizar para uma mobilidade mais ativa e

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 132


sustentável. Consiste em seis aulas, ao longo de três semanas consecutivas, para todos os
alunos do 2.º ano do 1.º Ciclo do Ensino Básico.

• LETRAS, CORES E SABERES


Programa de educação para as literacias, focado na formação das crianças e jovens do ensino
público de Lisboa, motivando-os para práticas de leitura e de aprendizagem multidisciplinares,
respeitando valores e a identidade da cidade. Destina-se a crianças da educação Pré-Escolar,
alunos de todos os ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário e à restante comunidade
educativa.

• ALIMENTAÇÃO ESCOLAR - CRESCER SAUDÁVEL

O Plano Municipal de Alimentação Escolar Saudável reforça o Programa de Alimentação


Escolar – Crescer Saudável, destinado a promover a aquisição de hábitos alimentares
saudáveis e a diminuir os fatores de risco, favorecendo o crescimento, desenvolvimento e
prevenção de doenças ao longo da vida. O programa centra-se em atividades temáticas,
workshops e ações de sensibilização, junto de jardins de infância, escolas do Ensino Básico e
Escolas Secundárias.

No ano letivo 2019/2020, o 1.º Ciclo do Ensino Básico da rede pública da cidade de Lisboa
contabilizava cerca de 13 462 alunos matriculados, distribuídos por 621 turmas.

5.2.2.2 - 2.º Ciclo do Ensino Básico

Após os quatro anos iniciais, os alunos prosseguem para o 2.º Ciclo do Ensino Básico, composto
por dois anos escolares. Este ciclo inicia-se, geralmente, aos dez anos de idade.

Ao nível do 2.º Ciclo (e com continuação para o 3.º Ciclo) do Ensino Básico, são identificados o
ensino com caráter geral e os Cursos de Ensino Artístico Especializado de música e dança. Para os
alunos em risco de exclusão, e de forma a promover a conclusão do ensino obrigatório, há três
alternativas: Cursos de Educação e Formação (CEF), Programas Integrados de Educação e Formação
(PIEF) e os Percursos Curriculares Alternativos (PCA). Em 2019/2020, havia uma turma de Percursos

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 133


Curriculares Alternativos, com 24 alunos, no Agrupamento de Escolas Piscinas-Olivais, e 68 alunos,
distribuídas por quatro turmas, a frequentar Programas Integrados de Educação e Formação, nos
Agrupamentos de Escolas Francisco Arruda, Olaias e Bairro Padre Cruz.

Neste ciclo de ensino, a CML tem como oferta:

• CLUBES DE MAR

Iniciativa inserida no Programa Municipal de Desenvolvimento dos Desportos Náuticos em


Lisboa, que visa facilitar o acesso ao rio Tejo, com a promoção do Remo e da Vela, bem como
o desenvolvimento de novas competências. Os alunos do 2.º Ciclo do Ensino Básico
frequentam as atividades de Vela (ou Vela Adaptada, no caso dos alunos com necessidades
educativas especiais). No ano letivo 2019/2020, havia cerca de 8 500 alunos a frequentar o 2.º
Ciclo do Ensino Básico em estabelecimentos escolares da rede pública.

5.2.2.3 - 3.º Ciclo do Ensino Básico

Aos 12 anos, os alunos ingressam no 3.º (e último) Ciclo do Ensino Básico, com a duração de
três anos escolares. A conclusão dos nove anos de escolaridade confere a atribuição de diploma e
permite a entrada no ensino secundário. A conclusão do ensino básico confere uma certificação escolar
ao nível do 9.º ano e certificação profissional de nível 2, de acordo com o Quadro Nacional de
Qualificações. Em termos de comparação internacional, esta etapa corresponde ao Ensino Secundário
Inferior (Low Secondary CITE 2).

As ofertas alternativas são as mesmas do ciclo anterior. No ano letivo de 2019/20, em Lisboa,
307 alunos frequentaram Cursos de Educação e Formação, distribuídos por 17 turmas, nos
Agrupamentos de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão, Olaias, Benfica, Quinta de Marrocos, Pintor
Almada Negreiros e Dom Dinis, bem como nas Escolas não Agrupadas Fonseca de Benevides e Marquês
de Pombal. Nos Agrupamentos das Olaias, Bairro Padre Cruz e Francisco de Arruda funcionaram cinco
turmas com Programas Integrados de Educação e Formação, com um total de 84 alunos. Por fim, 66
alunos, repartidos por cinco turmas, frequentaram Percursos Curriculares Alternativos nos
Agrupamentos de Escolas do Alto do Lumiar, Luís António Verney, Francisco de Arruda e Fernando
Pessoa.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 134


Neste ciclo de ensino, a CML tem como oferta:

• CLUBES DE MAR

Iniciativa inserida no Programa Municipal de Desenvolvimento dos Desportos Náuticos em


Lisboa, que visa facilitar o acesso ao rio Tejo, com a promoção do Remo e da Vela, bem como
o desenvolvimento de novas competências. Os alunos do 3.º Ciclo do Ensino Básico
frequentam as atividades de Remo (ou Vela Adaptada, no caso dos alunos com necessidades
educativas especiais).

No 3.º ciclo do ensino básico público registaram-se cerca de 13.400 matrículas no ano letivo
de 2019/2020.

5.2.3 - Ensino Secundário

O Ensino Secundário compreende os três anos seguintes. Inicia-se normalmente aos 15 anos
de idade, e conclui-se aos 18. Pode ser frequentado por três vias: Cursos Científico-Humanísticos,
Cursos Profissionais e Ensino Artístico Especializado. Os cursos científico-humanísticos são compostos
por quatro opções: ciências e tecnologias, ciências socioeconómicas, línguas e humanidades e artes
visuais.

A conclusão do Ensino Secundário confere a atribuição de diploma, certificando a formação


adquirida quer na via Científico-Humanística, quer nos Cursos Profissionais, quer através do Ensino
Artístico Especializado. Em qualquer dos casos, os alunos podem prosseguir para o Ensino Pós-
Secundário ou para o Ensino Superior. Em regime de comparação internacional, o ensino secundário
nacional corresponde ao nível Secundário Superior (Upper Secondary, CITE 3).

Na rede pública de Lisboa, há onze agrupamentos sem oferta de Ensino Secundário:


Agrupamento de Escolas do Alto do Lumiar, Agrupamento de Escolas do Bairro Padre Cruz,
Agrupamento de Escolas Francisco de Arruda, Agrupamento de Escolas Luís de Camões, Agrupamento
de Escolas Manuel da Maia, Agrupamento de Escolas Marquesa de Alorna, Agrupamento de Escolas
das Olaias, Agrupamento de Escolas Patrício Prazeres, Agrupamento de Escolas Pintor Almada
Negreiros, Agrupamento de Escolas Piscinas-Olivais e Agrupamento de Escolas Quinta de Marrocos.

Por outro lado, são sete os estabelecimentos de Ensino Secundário, regular e profissional, que
não se encontram agrupados: Escola Secundária Camões, Escola Secundária Fonseca de Benevides,

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 135


Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, Escola Secundária Marquês de Pombal, Escola
Secundária Pedro Nunes, Escola Secundária Rainha Dona Amélia e Escola Profissional de Ciências
Geográficas. As escolas artísticas especializadas também não se encontram agrupadas,
nomeadamente a Escola Artística António Arroio, as Escolas Artísticas de Dança e de Música do
Conservatório Nacional e a Escola Artística do Instituto Gregoriano de Lisboa.

De todos os estabelecimentos públicos com Ensino Secundário, cinco não contemplam oferta
de Ensino Profissional: Escola Secundária Dona Filipa de Lencastre, Escola Secundária José Gomes
Ferreira, Escola Secundária Pedro Nunes, Escola Secundária Rainha Dona Amélia, Escola Secundária do
Restelo.

Em 2019/2020, o Ensino Secundário público foi o ciclo de estudos que registou maior número
de matrículas: cerca de 14 800 alunos. Destes, 2 200 alunos frequentaram o Ensino Profissional.

De seguida apresentam-se as escolas secundárias existentes segundo a sua oferta educativa.

TABELA 42 – ESCOLAS SECUNDÁRIAS APENAS COM ENSINO REGULAR

Escola Secundária José Gomes Ferreira


Escola Básica e Secundária Dona Filipa de Lencastre
Escola Secundária Restelo
Escola Secundária Rainha Dona Amélia
Escola Secundária Pedro Nunes

TABELA 43 – ESCOLAS SECUNDÁRIAS AGRUPADAS COM OFERTA DE ENSINO PROFISSIONAL

Escola Secundária Padre António Vieira


Escola Secundária Dom Dinis
Escola Secundária Eça de Queirós
Escola Básica e Secundária Gil Vicente
Escola Secundária Dom Pedro V
Escola Secundária Dona Luísa de Gusmão
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos
Escola Básica e Secundária Passos Manuel
Escola Secundária Lumiar
Escola Secundária Rainha Dona Leonor
Escola Secundária António Damásio
Escola Secundária Vergílio Ferreira

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 136


TABELA 44 – ESCOLAS SECUNDÁRIAS NÃO AGRUPADAS COM OFERTA DE ENSINO PROFISSIONAL

Escola Secundária Fonseca de Benevides


Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho
Escola Secundária Camões
Escola Profissional Ciências Geográficas
Escola Secundária Marquês de Pombal

TABELA 45 – ESCOLAS NÃO AGRUPADAS COM OFERTA DE ENSINO ARTÍSTICO – 4 ESCOLAS

Escola Artística de Dança do Conservatório Nacional


Escola Artística de Música do Conservatório Nacional
Escola Artística António Arroio
Escola Artística do Instituto Gregoriano de Lisboa

TABELA 46 – ESCOLAS AGRUPADAS COM OFERTA DE ENSINO ARTÍSTICO

Escola Básica e Secundária Luís António Verney

TABELA 47 – CURSOS CIENTIFICO-HUMANÍSTICOS DISPONÍVEIS NAS ESCOLAS SECUNDÁRIAS

Cursos Cientifico-humanísticos

NOME DA ESCOLA Ciências e Ciências Socio- Línguas e Artes


Tecnologias Económicas Humanidades Visuais

Escola Secundária Padre António Vieira x x x


Escola Secundária Dom Dinis x x x
Escola Secundária Eça de Queirós x x x x
Escola Básica e Secundária Gil Vicente x x
Escola Secundária D. Pedro V x x x
Escola Secundária Dona Luísa de Gusmão x x x x

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos x x x

Escola Básica e Secundária Passos Manuel x x


Escola Secundária Lumiar x x
Escola Secundária Rainha Dona Leonor x x x x
Escola Secundária António Damásio x x x x

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 137


Escola Secundária Vergílio Ferreira x x x x
Escola Secundária Fonseca Benevides x
Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho x x x x
Escola Secundária Camões x x x x

5.2.4 - Ensino Profissional

Apenas respeitante ao Ensino Secundário, os cursos tecnológicos são uma oferta profissional
e qualificante, orientada tanto para a inserção no mercado de trabalho, como para o prosseguimento
de estudos de nível superior. A conclusão destes cursos permite o acesso a um diploma de Ensino
Secundário e um certificado de qualificação profissional de nível 4.

Os cursos profissionais proporcionam uma formação muito diversificada, orientando os alunos


para o exercício de cerca de 250 profissões integradas no Catálogo Nacional de Qualificações. Para
além de uma componente de formação técnica, têm também uma forte formação de caráter geral, de
modo a favorecer, quando desejado, o prosseguimento de estudos. O modelo destes cursos está
enquadrado na oferta das Escolas Profissionais, e o alargamento destas valências para as escolas
públicas aconteceu em 2003, com a reforma do Ensino Secundário. A conclusão deste tipo de cursos
possibilita uma certificação escolar e o nível 4 de qualificação do Quadro Nacional de Qualificações.

Os Cursos de Aprendizagem, também oferecidos ao nível do Ensino Secundário, têm como


principais destinatários jovens com menos de 25 anos de idade, certificados com o 9.º ano de
escolaridade, mas sem a escolaridade obrigatória concluída. Oferecem uma formação profissional de
tipo inicial, que combina uma componente prática, em contexto de trabalho, com uma formação de
foro mais teórico e escolar. Conferem certificação escolar e profissional (nível 4 de qualificação do
Quadro Nacional de Qualificações) e permitem o ingresso no Ensino Superior. Estes cursos são
ministrados nos Centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional ou nos Centros Protocolares
sob tutela do sistema de formação profissional.

Os subsídios para os estudantes abrangem despesas relacionadas com a formação: bolsa de


profissionalização, subsídio de refeição e despesas/subsídio de transporte. Em situações específicas,
incluem uma bolsa para material de estudo e um subsídio de acolhimento (para quem tem crianças ou
adultos dependentes a cargo).

Segundo dados recolhidos junto dos serviços do Instituto do Emprego e Formação Profissional,
em 2017 existiam 2.404 jovens inscritos nos Cursos de Aprendizagens em Lisboa. Segundo a mesma
fonte, as taxas de desistência são bastante elevadas e a certificação ronda os 50 por cento.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 138


CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 139
TABELA 48 - CAPACIDADE DAS ESCOLAS SECUNDÁRIAS COM ENSINO PROFISSIONAL EM 2020

Capacidade
Cap. (salas de Cap. Total
(salas de aulas
NOME DA ESCOLA aulas) Ensino Escola (salas
* de Ensino
Regular de aulas)
Profissional)
Escola Secundária Padre António Vieira 46 5 51

Escola Secundária Dom Dinis 29 13 42

Escola Secundária Eça de Queirós 34 6 40

Escola Básica e Secundária Gil Vicente 32 8 40

Escola Secundária D. Pedro V 26 16 42

Escola Básica Luis António Verney 6 18

Escola Secundária Dona Luísa de Gusmão 45 3 48

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos 40 2 42

Escola Básica e Secundária Passos Manuel 38 10 48

Escola Secundária Lumiar 39 3 42

Escola Secundária Rainha Dona Leonor 45 3 48

Escola Secundária António Damásio 43 8 51

Escola Secundária Vergílio Ferreira 48 3 51

Escola Artística de Dança do Cons. Nacional 3

Escola Artística de Música do Cons. Nacional 3

Escola Secundária Fonseca Benevides 30 6 36

Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho 37 5 42

Escola Secundária Camões 44 4 48

Escola Profissional Ciências Geográficas 3

Escola Artística António Arroio 50

Escola Artística do Inst. Gregoriano de Lisboa (Complementar) (Complementar) (Complementar)

Escola Secundária Marquês de Pombal 34 8 42


(*) como não existe informação do n.º de salas destinado ao ensino profissional, por estabelecimento de ensino,
admite-se que uma turma corresponde a uma sala de aulas.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 140


FIGURA 55 - ESCOLAS SECUNDÁRIAS COM ENSINO REGULAR E COM ENSINO PROFISSIONAL

FIGURA 56 - ESCOLAS SECUNDÁRIAS POR CURSOS PROFISSIONAIS E VOCACIONAIS

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 141


5.2.4.1 - Escolas Profissionais

Em Lisboa, existem 23 escolas de Ensino Profissional, das quais apenas uma é pública: a Escola
Profissional de Ciências Geográficas. A maioria dos alunos que frequenta estas escolas pertence à Área
Metropolitano de Lisboa Norte, destacando-se os concelhos de Sintra, Loures, Odivelas e, a seguir,
Lisboa.

TABELA 49 - LISTAGEM DOS ESTABELECIMENTOS DA REDE DE ESCOLAS PROFISSIONAIS POR N.º DE ALUNOS

Escola Tipologia Ciclo N.º alunos


INETESE - Instituto para o Ensino e Formação EP Secundário 56
2015/16
Escola Profissional de Tecnologia Digital EP Secundário 346
Escola Profissional de Imagem (ETIC) EP Secundário 454
Escola Profissional Agostinho Roseta - Lisboa EP Secundário 243
Escola Profissional Gustave Eiffel (Delegação) EP Secundário 640
Instituto para o Desenvolvimento Social EP Secundário 137
Escola Profissional Artes e Ofícios do Espetáculo EP Secundário 104
Escola Profissional Almirante Reis EP Secundário 215
EPET - Escola Profissional de Estudos Técnicos EP Secundário 82
Escola Profissional de Comércio de Lisboa EP Secundário 369
Escola Técnica Psicossocial de Lisboa EP Secundário 135
Escola Profissional de Agentes de Serviço e Apoio Social – Fundação EP Secundário 229
Escola Profissional de Pedagogia Social EP Secundário 65
Monsenhor Alves Brás
Escola Profissional Profitecla (Deleg.) EP Secundário 334
Escola Profissional de Comunicação e Imagem EP Secundário 290
Escola Profissional de Hotelaria e Turismo de Lisboa EP Secundário 425
Escola Profissional Magestil EP Secundário 483
Escola Profissional Bento de Jesus Caraça EP Secundário 241
Escola Profissional Metropolitana de Lisboa EP Secundário 87
Escola Profissional de Artes, Tecnologia e Desporto EP Secundário 665
IEDP - Instituto de Educação e Desenvolvimento Profissional EP Secundário 338
Escola Profissional Almirante Domingos Tasso de Figueiredo EP Secundário 79
Instituto de Educação Técnica - INETE EP Secundário 481
Escola Profissional de Ciências Geográficas EP Secundário 46
Fonte: DGEEC

As Escolas Profissionais estão maioritariamente concentradas no centro histórico da cidade de


Lisboa. No entanto, no mapa da Figura 57, é possível ainda verificar a existência de escolas nas
freguesias a norte e a oriente do concelho de Lisboa. Da mesma forma, o eixo central da cidade é
pontuado ao longo do seu percurso com estabelecimentos de ensino da rede de Escolas Profissionais.
A localização destes estabelecimentos não segue uma lógica de proximidade territorial.
Empiricamente, é possível supor que as suas localizações estejam sobretudo relacionadas com o

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 142


acesso a transportes públicos, proximidade a outras instituições, historial ou disponibilidade de
espaços.

Figura 57 – Mapa dos Estabelecimentos das Escolas Profissionais Privadas

Tabela 50 - Principais concelhos de residência dos alunos das escolas profissionais de Lisboa no ano
letivo 2016/2017

Concelho Lisboa Sintra Loures Odivelas VFX Amadora Oeiras Seixal Cascais Almada Sesimbra Mafra Barreiro

N.º de 1563 726 599 472 364 324 287 198 187 180 102 83 81
alunos

Fonte: ANESPO, 2018

5.2.5 - Ensino Artístico Especializado

O Ensino Artístico especializado em música e dança é iniciado nos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino
Básico, sendo também oferecido ao nível do Ensino Secundário. Regra geral, prepara todos aqueles
que querem ver desenvolvidas as aptidões nas áreas da música, canto gregoriano e dança (no Ensino
Secundário, inclui ainda a valência de canto). O Ensino Artístico Especializado funciona em regime
integrado no Conservatório de Música ou no Conservatório de Dança a partir do 5.º ano, com um

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 143


currículo próprio. No caso da música, pode também funcionar em regime articulado, em que o aluno
acede à parte curricular numa escola regular, e frequenta a vertente artística numa escola
especializada.

O ensino artístico especializado de artes visuais existe apenas no ensino secundário, na Escola
Secundária António Arroio, que oferece quatro cursos diferentes. Todos conferem certificação de nível
4 e permitem o prosseguimento de estudos para o Ensino Superior.

Existem em Lisboa doze escolas artísticas, como se pode verificar na tabela 45. Quatro
pertencem à rede pública.

TABELA 51 - LISTAGEM DAS ESCOLAS ARTÍSTICAS POR ENSINO, NATUREZA E GRUPO

Escola Ensinos Natureza Grupo


Academia de Amadores de Música M Particular Privado
Academia de Música de Santa Cecília ABCDEM Particular Privado
Academia de Música Os Violinos M Particular Privado
Academia Musical dos Amigos das Crianças M Particular Privado
Acordarte - Academia de Música de Lisboa M Particular Privado
Conservatório Metropolitano de Música de Lisboa M Particular Privado
Escola Artística António Arroio, Lisboa EM Redes dos Ministérios Público
Escola Artística de Dança do Conservatório Nacional, Lisboa CDEM Redes dos Ministérios Público
Escola Artística de Música do Conservatório Nacional, Lisboa EM Redes dos Ministérios Público
Escola Artística do Instituto Gregoriano de Lisboa CDEM Redes dos Ministérios Público
Escola de Música do Conservatório de Lisboa M Particular Privado
Instituto de Música Vitorino Matono M Particular Privado

5.2.6 - Vias Alternativas para a Conclusão do Ensino Obrigatório

A diversificação da oferta educativa visa, sobretudo, responder a princípios democráticos,


quando cria oportunidades e ofertas para todos, prevenindo situações de insucesso escolar, exclusão
social e abandono escolar precoce. Os cursos tecnológicos e as vias profissionalizantes constituem por
isso, bons exemplos, uma vez que oferecem uma formação de elevada qualidade, possibilitando um
bom enquadramento profissional nas mais diversas áreas do tecido industrial, empresarial, ou no setor
dos serviços, entre outros.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 144


No entanto, no quadro legal do sistema educativo nacional estão também previstas diferentes
modalidades e vias para a conclusão da escolaridade obrigatória. Estão orientadas para os casos de
jovens que se encontram em iminente risco de abandono escolar, e/ou de insucesso escolar
continuado; em situação, ou em risco, de exclusão social; sem certificação escolar e/ou sem
certificação profissional; ou ainda de adultos que, tendo abandonado precocemente o sistema de
ensino e a educação formal, pretendam agora obter e/ou concluir a qualificação e certificação escolar.
São exemplos desta formação alternativa os Cursos de Educação e Formação (CEF), os Percursos
Curriculares Alternativos (PCA), os Programas Integrados de Educação e Formação (PIEF) e a Educação
e Formação de Adultos (EFA), que integra em si diferentes modalidades.

Os CEF constituem uma via alternativa ao ensino regular. Destinam-se aos alunos do Ensino
Básico e do Ensino Secundário. No caso do Ensino Básico, estes cursos são direcionados para alunos a
partir dos 13 anos de idade que manifestem constrangimentos com os estudos do ensino geral,
designadamente aqueles que tiveram duas retenções no mesmo ciclo ou três (ou mais) retenções em
ciclos diferentes na totalidade do seu percurso escolar. A identificação prévia do público-alvo
influencia a organização do curso, nomeadamente a sua duração e a escolha das atividades
vocacionais. No caso do Ensino Secundário, esta via é direcionada a jovens com idades compreendidas
entre os 15 e os 23 anos, em risco de abandono escolar, ou em situação declarada de abandono escolar
da via regular de ensino. Apresentam uma grande diversidade de áreas de formação e dividem-se em
vários tipos, respondendo à pluralidade de situações, qualificações e condições de ingresso dos
proponentes.

Os PCA funcionam apenas ao nível do Ensino Básico e destinam-se a jovens de até 18 anos de
idade que se enquadrem numa das seguintes situações: insucesso escolar repetido; risco de
marginalização e de exclusão social; risco de abandono escolar; e/ou com condicionantes na
aprendizagem (forte desmotivação, absentismo, baixa autoestima e falta de expetativas). Consideram-
se ainda os casos de alunos com deficiências ou incapacidades de caráter permanente para os quais
esta medida responda devidamente. Os PCA visam, sobretudo, o cumprimento da escolaridade
mínima obrigatória e combater a exclusão, apresentando uma planificação focalizada em
componentes mais artísticas, vocacionais, pré-profissionais ou profissionais, ou noutras competências
a desenvolver em função das condições e potencialidades dos alunos.

Os PIEF correspondem a uma medida socioeducativa implementada depois de esgotadas todas


as outras medidas que visam a integração escolar. Pretende, por isso, favorecer o cumprimento da
escolaridade obrigatória e a inclusão social, conferindo uma certificação de 2.º ou 3.º Ciclo. Destina-se
aos jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos que se encontrem numa das seguintes
situações: com desfasamento etário igual ou superior a três anos face ao nível de ensino frequentado,

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 145


tendo em conta a iniciação da escolaridade aos seis anos de idade; em situação de risco e/ou perigo,
conforme previsto no Artigo 2.º da Lei n.º 147/99, de 1 de setembro, na sua redação atual; envolvidos
em processos de promoção e proteção, tutelares educativos ou processos penais; que revelem
insucesso escolar grave; e que se encontrem em risco de marginalização, exclusão social e abandono
escolar.

5.2.7 - Ensino Pós-Secundário e Ensino Superior

Concluída a etapa do Ensino Secundário, ou apresentadas as certificações e equivalências


necessárias, os jovens podem prosseguir estudos, optando por uma formação certificada não superior
ou uma formação universitária e/ou politécnica superior.

O Ensino Pós-Secundário não Superior é ministrado em estabelecimentos de Ensino Superior


(instituições politécnicas e instituições superiores, públicas, privadas ou cooperativas) e não Superior
(centros de formação profissional enquadrados na rede coordenada pelo Instituto do Emprego e
Formação Profissional, escolas tecnológicas e outras instituições de formação acreditadas pelo
Ministério da Economia), compreendendo, essencialmente, a oferta de Cursos de Especialização
Tecnológica (CET). Estes cursos oferecem formação tecnológica com a duração aproximada de dois
anos e destinam-se a jovens com idades compreendidas entre os 18/19 anos de idade e os 23 anos de
idade, conferindo uma qualificação de níveis 4 e 5, de acordo com o Quadro Nacional de Qualificações.

5.2.8 - Ensino Superior

O sistema de Ensino Superior inclui, essencialmente, dois setores: o Ensino Universitário e o


Ensino Superior Politécnico. Atualmente, o Ensino Superior encontra-se dividido por ciclos: o 1.º Ciclo
tem a duração de três anos e confere o grau de licenciatura; o 2.º Ciclo diz respeito à obtenção do grau
de mestrado, com a duração de dois anos; e o 3.º Ciclo, com a duração mínima de quatro anos, confere
o grau de doutoramento (apenas conferido nos institutos universitários superiores). Ligados ao 1.º
Ciclo existem também os Cursos Técnicos Superiores Profissionais – CTeSP, com a duração de dois
anos. Para o exercício de algumas atividades profissionais, e por exigência de entidades reguladores
(ordens profissionais), alguns cursos apresentam a licenciatura e o mestrado de forma integrada (por
exemplo, no caso das engenharias, da arquitetura, da psicologia, da medicina, entre outros).

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 146


Lisboa concentra o maior número de estabelecimentos de Ensino Superior do país,
constituindo um importante polo de atração universitária a nível nacional e, cada vez mais,
internacional. Existem, em Lisboa, 59 estabelecimentos de Ensino Superior, integrados nos
subsistemas Público e Privado, Universitário e Politécnico, Militar e Policial.

TABELA 52 - ESTABELECIMENTOS DE ENSINO SUPERIOR POR SUBSISTEMA

Tipo de estabelecimentos N.º de estabelecimentos

Universidade de Lisboa 17
Ensino Superior Público Universitário
Universidade Nova de Lisboa 5
Instituto Universitário de Lisboa 1

Ensino Superior Público Politécnico Instituto Politécnico de Lisboa 7


Escola Superior de Enfermagem 1
Ensino Superior Público Militar e Policial 3
Ensino Superior Privado Universitário 8
Ensino Superior Privado Politécnico 17
Fonte: Carta Social de Lisboa

A rede de Ensino Superior do município de Lisboa abrange o Ensino Universitário público e


privado, o Ensino Politécnico público e privado e o Ensino Militar e Policial. Quanto à sua natureza, a
rede conta com 33 estabelecimentos da rede pública e 25 da rede privada.

Os 23 estabelecimentos de Ensino Universitário estão integrados em três universidades: a


Universidade de Lisboa, a Universidade Nova de Lisboa e o Instituto Universitário de Lisboa. Fazem
parte também da oferta de Ensino Superior público oito estabelecimentos de Ensino Politécnico: o
Instituto Politécnico de Lisboa, a Escola Superior de Enfermagem e três estabelecimentos de Ensino
Militar e Policial.

Relativamente à rede privada, existem oito estabelecimentos de Ensino Universitário e 17 de


Ensino Politécnico.

TABELA 53 - LISTAGEM DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO SUPERIOR PÚBLICO UNIVERSITÁRIO

ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa


Universidade de Lisboa - Faculdade de Arquitetura
Universidade de Lisboa - Faculdade de Belas-Artes
Universidade de Lisboa - Faculdade de Ciências

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Universidade de Lisboa - Faculdade de Direito
Universidade de Lisboa - Faculdade de Farmácia
Universidade de Lisboa - Faculdade de Letras
Universidade de Lisboa - Faculdade de Medicina
Universidade de Lisboa - Faculdade de Medicina Dentária
Universidade de Lisboa - Faculdade de Medicina Veterinária
Universidade de Lisboa - Faculdade de Motricidade Humana
Universidade de Lisboa - Faculdade de Psicologia
Universidade de Lisboa - Instituto de Educação
Universidade de Lisboa - Instituto de Geografia e Ordenamento do Território
Universidade de Lisboa - Instituto Superior de Agronomia
Universidade de Lisboa - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas
Universidade de Lisboa - Instituto Superior de Economia e Gestão
Universidade de Lisboa - Instituto Superior Técnico
Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Médicas
Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Direito
Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Economia
Universidade Nova de Lisboa - Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação

TABELA 54 - LISTAGEM DOS ESTABELECIMENTOS DO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO POLITÉCNICO

Escola Superior de Enfermagem de Lisboa


Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de Comunicação Social
Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de Dança
Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de Educação
Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de Música
Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de Teatro e Cinema
Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa
Instituto Politécnico de Lisboa - Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa
Instituto Politécnico de Lisboa - Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

TABELA 55 - LISTAGEM DOS ESTABELECIMENTOS DO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO MILITAR E POLICIAL

Academia da Força Aérea


Academia Militar
Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna

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Fonte: DGEEC e Carta Social de Lisboa

TABELA 56 - LISTAGEM DOS ESTABELECIMENTOS DO ENSINO SUPERIOR PRIVADO UNIVERSITÁRIO

Escola Superior de Atividades Imobiliárias


Instituto Superior de Gestão
ISPA - Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida
Universidade Autónoma de Lisboa Luís de Camões
Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais
Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Ciências Humanas
Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Direito
Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Teologia
Universidade Católica Portuguesa - Instituto de Estudos Políticos
Universidade Europeia
Universidade Lusíada
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias

TABELA 57 - LISTAGEM DOS ESTABELECIMENTOS DO ENSINO SUPERIOR PRIVADO POLITÉCNICO

Academia Nacional Superior de Orquestra


Atlântica - Escola Universitária de Ciências Empresariais
Escola Superior de Educação de Almeida Garrett
Escola Superior de Educação de João de Deus
Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich
Escola Superior de Enfermagem São Francisco das Misericórdias
Escola Superior de Saúde do Alcoitão
Escola Superior de Saúde Atlântica
Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa
Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches
Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa
Instituto Português de Administração de Marketing de Lisboa
Instituto Superior de Ciências da Administração
Instituto Superior de Ciências Educativas
Instituto Superior de Comunicação Empresarial
Instituto Superior de Novas Profissões
Instituto Superior Politécnico do Oeste

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Instituto Superior de Tecnologias Avançadas de Lisboa
ISEC Lisboa - Instituto Superior de Educação e Ciências
Universidade Católica Portuguesa - Escola Superior Politécnica de Saúde (Lisboa)

Segundo dados do Ministério da Educação, em 2020, estavam inscritos no Ensino Superior em


Lisboa 118.590 alunos, representando cerca de 30 por cento do total de alunos inscritos no continente.
Quanto à natureza dos estabelecimentos, o peso do ensino público é manifestamente superior ao do
ensino privado, tanto no continente como na capital: cinco vezes superior no primeiro e quatro em
Lisboa.

5.2.9 - Oferta Educativa para Adultos

Desde 2017 que o Programa Qualifica concentra em si os meios e os recursos principais para a
qualificação e formação de adultos em Portugal, recuperando, assim, parte da filosofia do programa
das Novas Oportunidades (extinto em 2011). Resumidamente, trata-se de um programa que visa
melhorar os níveis de educação e formação dos adultos, uma vez que os níveis de qualificação desta
população se mantêm deficitários.

De uma forma geral, a educação de adultos consubstancia-se em formações que orientam


certificação para os níveis de Ensino Básico e Ensino Secundário, e são oferecidas em estabelecimentos
de ensino públicos e privados, em centros de formação profissional do IEFP, nos Centros Qualifica, ou
em instituições protocoladas (empresas, juntas de freguesia, associações de desenvolvimento, etc.).
Regra geral, a população destinatária tem 18 ou mais anos de idade, escolaridade inferior ao nível
secundário, ou apenas vontade em ver melhoradas as competências nas suas áreas profissionais. Estas
modalidades dividem-se em: Processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências
(RVCC); Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA); programas de Formação em Competências
Básicas (FCB); Formações Modulares Certificadas; vias de conclusão do nível secundário de educação;
cursos de Português para Falantes de Outras Línguas (PFOL); e Cursos de Especialização Tecnológica
(CET), embora estes últimos sejam mais respeitantes à formação Pós-Secundária. Note-se que, no caso
de menores de 18 anos, estão previstos regimes excecionais para a frequência de algumas destas
modalidades, quando devidamente justificada e enquadrada nos perfis dos alunos.

Os Processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências visa aumentar os


níveis de qualificação dos adultos através da valorização de competências adquiridas ao longo da vida
e em diversos contextos, proporcionando uma nova oportunidade de formação a adultos com
escolaridade incompleta, ou em situação de abandono da educação em ensino formal. As
competências são validadas de acordo com os referenciais de competências-chave de nível básico e

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 150


de nível secundário. Estes processos podem ainda assumir um cariz profissional, mediante a revelação
de competências-chave para tal.

Os cursos de Educação e Formação de Adultos pretendem não só a progressão na certificação


escolar e profissional, como ainda melhorar as condições de empregabilidade. Funcionam mediante a
conclusão dos vários módulos necessários à aquisição dos créditos correspondentes ao nível de
escolaridade pretendido. Podem conferir certificado profissional e/ou escolar. A certificação escolar
num Curso EFA de nível básico (B) permite o prosseguimento de estudos para um Curso EFA de nível
secundário (S) ou para um processo de RVCC, com vista à obtenção de uma qualificação e certificação
de nível secundário. A certificação num curso EFA de nível secundário permite o prosseguimento de
estudos para um Curso de Especialização Tecnológica, ou curso de nível superior, mediante o
cumprimento dos regulamentos fixados pela tutela para o acesso ao Ensino Superior.

O programa de Formação em Competências Básicas tem por principal objetivo a aquisição das
competências básicas de leitura, escrita, cálculo e tecnologias de informação e comunicação
necessárias à integração nos cursos EFA, ou nos processos de RVCC de nível básico. Este programa tem
como principais destinatários adultos que não frequentaram ou não concluíram o 4º ano de
escolaridade, ou que não possuem aquelas competências. Funcionam nos centros de formação do
Instituto do Emprego e Formação Profissional. As Formações Modulares Certificadas têm o principal
propósito de atualizar os conhecimentos teóricos e práticos, bem como melhorar os níveis escolares e
profissionais. A conclusão de uma formação modular confere uma certificação qualificante, que pode
estar enquadrada de acordo com o Catálogo Nacional de Qualificações. Estas formações podem
também ser frequentadas por menores de 18 anos integrados no mercado de trabalho, ou em centros
educativos tutelados pelo Ministério da Justiça.

As vias de conclusão do nível secundário de educação são fundamentalmente de dois tipos:


uma via escolar, que prevê a conclusão e certificação através da realização de exames, considerando
as atuais disciplinas dos cursos científico-humanísticos e cursos profissionais; e uma segunda via,
concretizada através da frequência em módulos de formação alinhados com os Referenciais de
Formação inscritos no Catálogo Nacional de Qualificações. A conclusão e certificação por esta via
concretizam-se através do aproveitamento obtido nas Unidades de Competência e/ou nas Unidades
de Formação de Curta Duração da formação tecnológica.

Os cursos de Português para Falantes de Outras Línguas destinam-se à população estrangeira


com mais de 18 anos, certificada (no país de origem) ou alfabetizada, e com título válido de residência
e/ou permanência em Portugal, ou em situação de obtenção, renovação ou prorrogação desse título.
Têm como principal objetivo, por um lado, o acompanhamento dos processos jurídicos para a
aquisição da nacionalidade portuguesa, ou concessão da autorização de residência permanente e

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 151


estatuto de residência, que preveem o requisito de conhecimento da língua portuguesa; e, por outro
lado, a promoção da língua portuguesa, visando melhorar a capacidade de expressão e compreensão
da língua destas comunidades. Existem dois níveis de Português para Falantes de Outras Línguas: A1,
A2 (nível inicial) e B1, B2 (continuação). Esta oferta está a cargo dos estabelecimentos de ensino da
rede pública e dos centros de emprego e formação do Instituto do Emprego e Formação Profissional.

Uma vez obtida certificação no ensino secundário, os adultos podem prosseguir nos estudos,
ingressando tanto em cursos Pós-Secundários, como em cursos superiores, uma vez cumpridas as
regras de acesso definidas pelas instituições competentes. Entre essas regras inclui-se, por exemplo, o
regime especial para maiores de 23 anos de idade.

A rede de educação e formação de adultos do concelho de Lisboa conta com quatro escolas
públicas classificadas como Centro Qualifica: A Escola Secundária Marquês de Pombal, a Escola
Secundária Camões, o Agrupamentos de Escolas Eça de Queirós e o Agrupamento de Escolas de
Alvalade.

6 – ÁREAS DE APOIO À FAMÍLIA E DA AÇÃO


SOCIAL ESCOLAR
6.1 - AÇÃO SOCIAL ESCOLAR

É da competência da Câmara Municipal de Lisboa deliberar em matéria de Ação Social Escolar


(ASE), designadamente no que respeita à alimentação, alojamento e atribuição de auxílios
económicos, conforme estipulado na alínea h) do n.º 1 do Artigo 33.º do Anexo I da Lei n.º 75/2013,
de 12 de setembro, que estabelece o regime jurídico das autarquias locais. Dentro desta competência,
cabe à Câmara Municipal de Lisboa desenvolver a Ação Social Escolar, nas suas diferentes modalidades,
incluindo, a organização e gestão dos procedimentos de atribuição de apoios de aplicação universal e
de aplicação diferenciada ou restrita, diretos ou indiretos, integrais ou parciais, gratuitos ou
comparticipados, conforme estipulado no n.º 1 e 2 do Artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 21/2019, de 30
de janeiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 84/2019, de 28 de junho, que veio concretizar a transferência
de competências para os órgãos municipais e das entidades intermunicipais no domínio da educação,
ao abrigo dos Artigos 11.º e 31.º da Lei n.º 50/2018, de 16 de agosto.

A Ação Social Escolar, nas suas diferentes modalidades, é revista anualmente. De momento,
encontram-se em vigor as seguintes opções municipais:

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 152


• As crianças da educação Pré-Escolar abrangidas pelos escalões A e B do ASE ou por
medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão têm um apoio de 25 euros, por
criança, por ano, para material de desgaste;

• Os alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico abrangidos pelos escalões A e B do ASE ou por
medidas de suporte à aprendizagem e inclusão (seletivas e/ou adicionais) têm um
apoio de 20 euros, por aluno, por ano, para material de desgaste;

• As fichas de apoio do 1.º, 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico são comparticipadas a 100
por cento, mediante apresentação de faturas; os alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico
abrangidos pelos escalões A e B do ASE ou por medidas de suporte à aprendizagem e
inclusão (seletivas e/ou adicionais) têm um apoio de 20 euros, por aluno, por ano, para
visitas de estudo;

• Na educação Pré-Escolar, 1.º, 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e no Ensino Secundário,
cada escola com Centro de Apoio à Aprendizagem recebe 350 euros, por ano, para
aquisição de equipamento de uso comum e 2 000 euros, por ano, a distribuir pelos
alunos de cada Centro de Apoio à Aprendizagem, abrangidos por medidas de suporte
à aprendizagem e à inclusão (seletivas e/ou adicionais), para aquisição de materiais de
uso individual, nos casos em que os manuais escolares não sejam pedagogicamente
adequados;

• Todas as crianças da educação Pré-Escolar e todos os alunos do 1.º Ciclo do Ensino


Básico abrangidas pelos escalões A e B do ASE ou por medidas de suporte à
aprendizagem e à inclusão (seletivas e/ou adicionais) recebem uma comparticipação
de 100 por cento no pequeno-almoço, almoço e lanche8.

• No âmbito do transporte escolar, é garantido passe social gratuito, até aos 18 anos de
idade, para todas as crianças da educação Pré-Escolar e alunos do 1.º, 2.º e 3.º Ciclos
do Ensino Básico e Ensino Secundário abrangidas por medidas de suporte à
aprendizagem e à inclusão (seletivas e/ou adicionais), com mobilidade e/ou
autonomia reduzidas, transferidas compulsivamente para escolas que distem três km
da sua área de residência, ou a frequentarem Percursos Individuais de Educação e
Formação.

8Para os alunos sem escalão, a Câmara Municipal de Lisboa assume a diferença entre o valor definido pelo
Ministério de Educação para o almoço e o custo da refeição para o Município.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 153


Nos termos do Decreto-Lei n.º 21/2019, de 30 de janeiro, que concretiza a transferência de
competências para os órgãos municipais e das entidades intermunicipais no domínio da educação, o
diploma previsto no Artigo 34.º ainda não foi publicado, pelo que, de momento, se mantém em vigor
toda a legislação e regulamentação aplicável à ação social escolar, em tudo o que não for contrário às
disposições constantes do mencionado Decreto-Lei.

6.2 - ALUNOS COM NECESSIDADES DE SAÚDE ESPECIAIS

O concelho de Lisboa contabiliza um total de 18 Unidades de Apoio Especializado para


educação de alunos com multideficiência e surdocegueira congénita, havendo ainda a registar um total
de 17 unidades de ensino estruturado destinado a alunos identificados com espetro autista.

Em quatro Agrupamentos de Escolas (Agrupamento de Escolas Professor Lindley Cintra,


Agrupamento de Escolas do Alto do Lumiar, Agrupamento de Escolas Quinta de Marrocos e
Agrupamento de Escolas Pintor Almada Negreiros), a proporção de alunos com Necessidades de Saúde
Especiais (NSE) supera os 10 por cento do total dos alunos do agrupamento. A proporção mais alta de
alunos com Necessidades de Saúde Especiais é alcançada no Agrupamento de Escolas Pintor Almada
Negreiros, com 18,2 por cento, seguido do Agrupamentos de Escolas Quinta de Marrocos, com 15,5
por cento. O primeiro integra uma unidade de ensino estruturado para a educação de alunos com
perturbações do espetro do autismo, e o segundo uma escola de referência para a educação do ensino
bilingue de alunos surdos. No entanto, os Agrupamentos de Escolas com mais alunos com
Necessidades de Saúde Especiais são o Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira e o Agrupamento de
Escolas de Benfica. Destacam-se ainda os Agrupamentos de Escolas Dom Dinis, Agrupamento de
Escolas de Santa Maria dos Olivais, Agrupamento de Escolas Rainha Dona Leonor, Agrupamento de
Escolas Nuno Gonçalves, Agrupamento de Escolas Gil Vicente e a Escola Artística António Arroio, com
um número significativo de alunos com Necessidades de Saúde Especiais.

Constata-se alguma escassez de recursos disponibilizadas para a efetivação deste tipo de


ensino, tanto materiais como humanos. Assim, alguns estabelecimentos manifestaram a não
adaptação das infraestruturas às necessidades destes alunos, especialmente por parte de alunos de
mobilidade reduzida, como são os casos dos Agrupamentos de Escolas do Alto do Lumiar e
Agrupamento de Escolas Fernando Pessoa. A nível de recursos humanos, o maior problema é a fixação
das equipas, e, por vezes, a falta de competências adequadas por parte dos Assistentes Operacionais
para lidar com as particularidades destes alunos.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 154


Alguns estabelecimentos dispõem de parcerias com entidades externas. É o caso da CERCI
(Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos com Incapacidade), que regista Planos de Ação
nos seguintes Agrupamentos de Escolas:

• Bairro Padre Cruz • Luís de Camões • Piscinas - Olivais


• D. Dinis • Marquesa de Alorna • Santa Maria dos Olivais
• Fernando Pessoa • Nuno Gonçalves • Vergílio Ferreira
• Laranjeiras • Patrício Prazeres

TABELA 58 - UNIDADES DE APOIO ESPECIALIZADO PARA A EDUCAÇÃO DE ALUNOS COM MULTIDEFICIÊNCIA E


SURDOCEGUEIRA CONGÉNITA (U.E.A.) E UNIDADES DE ENSINO ESTRUTURADO (U.E.E.)

Unidade Orgânica Nome do Estabelecimento com U.E.A. Ciclo

Escola Básica Padre José Manuel Rocha e Melo 2.º 3.º


Escola Básica Padre José Manuel Rocha e Melo 1.º
Agrupamento de Escolas Alto do
Escola Básica das Galinheiras 1.º
Lumiar
Agrupamento de Escolas Benfica Escola Básica Arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles 1.º
Agrupamento de Escolas Fernando Escola Básica Fernando Pessoa 2.º e 3.º
Pessoa Escola Básica Infante D. Henrique 1.º
Agrupamento de Escolas Francisco de Escola Básica de Santo Amaro 1.º
Arruda Escola Básica Francisco de Arruda 2.º e 3.º
Agrupamento de Escolas Luís de Escola Básica O Leão de Arroios 1.º
Agrupamento
Camões de Escolas Padre Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos 2.º e 3.º
Bartolomeu de Gusmão Escola Básica n.º 72 de Lisboa 1.º
Escola Básica Patrício Prazeres 1.º
Escola Básica Patrício Prazeres 2.º e 3.º
Agrupamento de Escolas Patrício
Prazeres

Agrupamento de Escolas Piscinas ‐ Escola Básica de Santa Maria dos Olivais 2.º e 3.º
Olivais Escola Básica Paulino Montez 1.º
Escola Básica de São Vicente/Telheiras 2.º e 3.º
Escola Básica Dom Luís da Cunha 1.º
Agrupamento de Escolas Vergílio
Escola Básica n.º 1 de Telheiras 1.º
Ferreira
Unidade Orgânica Nome do Estabelecimento com U.E.E. Ciclo

Escola Básica Prof. Delfim Santos 2.º e 3.º

Agrupamento de Escolas das Escola Básica António Nobre 1.º


Laranjeiras Escola Básica de Laranjeiras 1.º

Escola Básica Frei Luís de Sousa 1.º

Agrupamento de Escolas de Santa Escola Básica dos Olivais 2.º e 3.º


Maria dos Olivais Escola Básica Sara Afonso 1.º
Escola Básica prof. Manuel sérgio 1.º

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 155


Agrupamento de Escolas do Restelo Escola Básica Paula Vicente 2.º e 3.º
Agrupamento de Escolas Francisco de Escola Básica Francisco Arruda 2.º e 3.º
Arruda Escola Básica Raúl Lino 1.º
Agrupamento de Escolas Patrício Escola Básica Patrício Prazeres 2.º e 3.º
Prazeres Escola Básica Rosa Lobato Faria 1.º
Agrupamento de Escolas Padre Escola Secundária Josefa de Óbidos Sec.
Bartolomeu de Gusmão Escola Básica Eng.º Ressano Garcia 1.º
Agrupamento de Escolas Pintor Escola Básica Alta de Lisboa 1.º
Agrupamento de Escolas Vergílio
Almada Negreiros Escola Básica S. Vicente de Telheiras 2.º e 3.º
Ferreira Escola Básica Prista Monteiro 1.º

EREBAS Escolas de Referência para Alunos Surdos

Agrupamento de Escolas Quinta de Marrocos

Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira

Escola Artística António Arroio

IPI Intervenção Precoce na Infância

Agrupamento de Escolas de Santa Maria dos Olivais

Agrupamento de Escolas Luís de Camões

Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

PCA Percursos Curriculares Alternativos

Agrupamento de Escolas D. Dinis

Agrupamento de Escolas do Alto do Lumiar

Agrupamento de Escolas Fernando Pessoa

Agrupamento de Escolas Francisco Arruda

Agrupamento de Escolas Luís António Verney

Agrupamento de Escolas Manuel da Maia

Agrupamento de Escolas Piscinas-Olivais

Agrupamento de Escolas Professor Lindley Cintra

Agrupamento de Escolas Quinta de Marrocos

Agrupamento de Escolas de Santa Maria dos Olivais

PIEF Programa Integrado de Educação e Formação

Escolas das Olaias

Escolas do Alto do Lumiar

Escolas do Bairro Padre Cruz

Escolas Francisco de Arruda

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 156


6.3 - ATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR,
COMPONENTE DE APOIO À FAMÍLIA E ATIVIDADES DE
ANIMAÇÃO E APOIO À FAMÍLIA

As Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) são uma componente destinada aos alunos
do 1.º Ciclo do Ensino Básico, apresentando uma grande diversidade de áreas complementares às
aprendizagens curriculares e escolares. A Componente de Apoio à Família (CAF) funciona de forma
articulada com as AEC, e com o ensino curricular de 1.º Ciclo, promovendo o acompanhamento dos
alunos antes e depois do período de funcionamento das aulas e das atividades de enriquecimento,
dando ainda resposta nos períodos de interrupção letiva. As Atividades de Animação e Apoio Familiar
(AAAF) funcionam na mesma ordem de princípio, destinando-se às crianças integradas na rede pública
da educação Pré-Escolar. No seu conjunto, estas atividades têm particular importância no quadro da
oferta educativa nacional e do apoio socioeducativo, resultando da cooperação entre autarquias,
escolas e famílias. Regem-se por princípios de igualdade e equidade, uma vez que garantem o acesso
gratuito a componentes lúdicas, artísticas e desportivas.

As Atividades de Enriquecimento Curricular, apesar de facultativas, apresentam elevadas taxas de


participação nas escolas do Concelho, e encontram-se integradas na oferta de todos os Agrupamentos
de Escolas de Lisboa. Na generalidade, a oferta das AEC distribui-se por sete áreas complementares:
Inglês (1.º e 2.º anos do Ensino Básico); Desporto e Atividade Física; Música e Expressão Musical; Artes
e/ou Expressão Plástica e Visual; Movimento, Drama e Teatro; Expressões Artísticas e/ou Lúdicas, e
outras (cabendo aqui práticas desportivas específicas, filosofia para crianças, dança e apoio à família).

A Componente de Apoio à Família e as Atividades de Animação e Apoio à Família, como já


referido, visam responder às próprias necessidades das famílias, dado que é cada vez mais difícil a
conciliação entre os horários escolares das crianças e os horários de trabalho dos pais e/ou
Encarregados de Educação. Pautam-se pela oferta de atividades lúdico-pedagógicas, concertadas
entre as entidades promotoras e os Agrupamentos de Escolas. Na Educação Pré-escolar, as atividades
funcionam, para o período da manhã, entre as 8h00 e as 9h00, e, no período da tarde, entre as 15h30
e as 17h30, podendo estender-se até às 19h30 em alguns estabelecimentos. No 1.º Ciclo, a CAF
funciona entre as 8h00 e as 9h00 e entre as 17h30 e as 19h30. Nos períodos de interrupção letiva
(excetuando o mês de agosto), a CAF prevê um funcionamento em horário alargado, entre 8h00 e as
19h30.

Do conjunto de informação recolhida via entrevistas (realizadas junto das direções escolares e
das juntas de freguesia), foi identificada a importância das Atividades e Enriquecimento Curricular no
quadro da organização curricular das escolas. É uma oferta com bons níveis de participação que, regra

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 157


geral, funciona bem. Não obstante, algumas considerações menos positivas foram também recolhidas.
Algumas direções referem que as atividades pecam pela falta de certificação dos professores e/ou
formadores, ou ainda, pela existência de diferentes entidades promotoras, o que contribui para a
manutenção de oferta diferenciada e de dinâmicas de organização também distintas, às vezes dentro
do mesmo Agrupamento de Escolas9. Do lado das juntas de freguesia, foram referidas as dificuldades
na gestão conjunta das AEC e da CAF, muito pelos horários praticados num e noutro caso.

6.4 - ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

É na infância e na adolescência que mais se desenvolvem e determinam hábitos alimentares


que terão impacto direto em toda a vida adulta. Sendo nas escolas que as crianças fazem diariamente
as suas principais refeições, são esses também os locais propícios para o desenvolvimento de
preferências alimentares e estilos de vida mais saudáveis.

Durante muitos anos, a situação das refeições do nos jardins de infância e escolas do 1.º Ciclo
do Ensino Básico de Lisboa foi problemática. Em muitos casos, as refeições eram pouco saborosas,
servidas em cuvetes de plástico descartável e, em alguns casos, até em quantidade insuficiente. Em
2019, porém, o Município implementou o primeiro Plano Municipal de Alimentação Escolar Saudável
nas escolas de 1.º Ciclo do Ensino Básico e jardins de infância, que teve por base uma mudança de
paradigma. A opção passou a ser pela confeção local, pela abolição do plástico descartável, pela
quantidade adequada e pela colaboração com várias entidades relacionadas com a saúde pública. Este
plano é dedicado exclusivamente à promoção da alimentação escolar saudável e equilibrada,
repartindo-se por várias áreas de atuação, e destina-se a reconfigurar, de uma forma transversal e
integrada, o sistema de alimentação escolar e os hábitos alimentares na cidade de Lisboa. São de
salientar algumas das medidas:

1. Eliminação das modalidades de catering e aposta no sistema de confeção local. O ano letivo
de 2018/2019 iniciou com melhorias imediatas no sistema de refeições, eliminando as
modalidades de catering (quente unidose e a frio) e substituindo-as pelo modelo de confeção
local transportada, em que as refeições são confecionadas nas cozinhas das escolas, nesse
mesmo dia e com produtos frescos, e depois transportadas.

9
Esta situação devia-se ao facto de algumas escolas pertencerem ao mesmo Agrupamento de Escolas, mas a
diferentes juntas de freguesia, que eram na altura as entidades promotoras destas atividades. Atualmente a
única entidade promotora e financiadora é o Município de Lisboa.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 158


2. Eliminação do plástico descartável, poupando-se mais de 50 toneladas anuais de plástico. Não
sendo aceitável que as crianças fizessem as suas refeições em cuvettes de plástico, eliminou-
se completamente a sua utilização. Todas as crianças das escolas públicas de Lisboa comem
em pratos de loiça e talheres de metal.
3. Alteração do Caderno de Encargos na contratação pública das refeições. Alteraram-se as
condições e critérios de seleção, determinando que a adjudicação será feita à proposta
economicamente mais vantajosa, tendo em conta a relação qualidade-preço, onde a qualidade
do serviço corresponde a 60 por cento e o preço das refeições de 40 por cento. A qualidade
do serviço passa a ter em conta as condições laborais e formação, a quantidade sempre
disponível de fruta na Cesta de Fruta do VEGI e a origem biológica dos produtos disponíveis
nas refeições. Elege-se ainda o Padrão Alimentar Mediterrânico, constituindo uma dieta
nutricionalmente adequada, diversa em cores, sabores e texturas e promotora da saúde, bem
como da sustentabilidade ambiental.
4. Almoço na escola… Todos em Festa. Este projeto visava aproximar os Encarregados de
Educação do sistema de refeições, contribuindo para aumentar a sua confiança no sistema.
Todos os Encarregados de Educação podem almoçar na escola no aniversário dos seus
educandos, partilhando com eles a refeição. No final de cada refeição, eram recolhidos
questionários de satisfação, para posterior tratamento pelos técnicos da Equipa de Projeto
para a Qualidade da Alimentação Escolar.
5. Fruta e Água – Sempre disponível. Para melhorar a oferta e aumentar as alternativas nas
escolhas das crianças enquanto estão na escola, todas as escolas passaram a ter disponível
fruta (Cesta de Fruta do VEGI) e água.
6. Promoção de circuitos curtos e dinamização da economia local. Garantindo melhor qualidade,
rastreabilidade, segurança e autenticidade dos produtos, produtos mais frescos e saudáveis,
baratos e diversificados, e provenientes de agricultura menos poluente, promovem-se
circuitos agroalimentares curtos, com benefícios ao nível da qualidade das refeições e
confiança no sistema de refeições escolares, mas também no plano económico, cultural e
ambiental.
7. Diminuição do desperdício alimentar. Em relação com a qualidade das refeições e o seu maior
sabor e textura, ou a eliminação de cuvettes de plástico e palamenta descartável, o aumento
da satisfação dos alunos com os alimentos contribui para a diminuição do desperdício
alimentar. Esta área é objeto de monitorização, e acompanhada de ações de sensibilização,
tanto das crianças, quanto da restante comunidade educativa.
8. Política de proximidade e envolvimento das juntas de freguesia. Considerando-se que a gestão
das cozinhas/refeitórios das escolas de 1.º Ciclo do Ensino Básico e jardins de infância deve ser

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 159


o mais possível de proximidade e adequada à população, integrando a cultura, diversidade e
história de cada área e de cada população, promove-se a celebração de contratos de delegação
de competências com as juntas de freguesias.
9. Supervisão. A Equipa de Projeto para a Qualidade da Alimentação Escolar tinha como um dos
objetivos a monitorização e avaliação da implementação do Plano Municipal de Alimentação
Escolar Saudável.

7 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DA REDE


ESCOLAR PRIVADA E SOLIDÁRIA

7.1 - REDE PRIVADA

Atualmente, existem 143 estabelecimentos de ensino privado, frequentados por um total de


49 678 alunos no ano 2019, segundo dados da Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência, o
que corresponde a aproximadamente 40 por cento do total de alunos a estudar na cidade.

Do total destes 143 estabelecimentos da rede privada, a grande maioria — cerca de 83 por
cento — oferece Educação Pré-Escolar. Destes 119 estabelecimentos, 43 por cento são escolas de 1.º
Ciclo do Ensino Básico (51), 27 por cento são só jardim de infância (32), e 11 por cento são escolas com
oferta de ensino integrada, desde a Educação Pré-Escolar até ao Ensino Secundário (13
estabelecimentos). Dos 119 estabelecimentos com oferta de Educação Pré-Escolar, existem doze onde
é oferecido por Instituições Particulares de Solidariedade Social. Há 22 estabelecimentos com oferta
de Ensino Secundário na cidade de Lisboa — mais de metade (13) são escolas com ensino integrado
da Educação Pré-Escolar até ao Ensino Secundário. Dos outros nove estabelecimentos, quatro são
escolas com 3.º Ciclo do Ensino Básico e Ensino secundário, duas oferecem 2.º e 3.º Ciclo do Ensino
Básico e Ensino Secundário, duas só ministram Ensino Secundário, e uma contempla o 1.º, 2.º e 3.º
Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário.

TABELA 59 - ESTABELECIMENTOS DE ENSINO COM EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR DA REDE PRIVADA POR TIPOLOGIA E NÚMERO
DE ALUNOS

Tipologia Ciclo de Estudos N.º estabelecimentos N.º alunos


JI Pré-escolar 32 1077
JI+EB1 Pré-escolar + 1.º Ciclo 51 6523
JI+EB12 Pré-escolar + 1.º e 2.º Ciclo 7 1983

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 160


JI+EB123 Pré-escolar + 1.º, 2.º e 3.º Ciclo 16 7320
JI+EB123+S Pré-escolar + 1.º, 2.º e 3.º Ciclo + 13 14077
Secundário

TABELA 60 - ESTABELECIMENTOS DE ENSINO SEM EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR DA REDE PRIVADA POR TIPOLOGIA E NÚMERO
DE ALUNOS

Tipologia Ciclo de Estudos N.º estabelecimentos N.º alunos


EB1 1.º Ciclo 6 302
EB12 1.º e 2.ºCiclo 4 211
EB123 1.º, 2.º e 3.º Ciclo 2 181
EB123+S 1.º, 2.º e 3.º Ciclo + Secundário 1 2228
EB2 2.º Ciclo 1 14
EB23 2.º e 3.º Ciclo 1 70
EB23+S 2.º e 3.º Ciclo + Secundário 2 1073
EB3 3.º Ciclo 1 41
EB3+S 3.º Ciclo + Secundário 4 862
S Só Secundário 2 401

A maioria dos estabelecimentos de ensino privado concentra-se na zona central e na zona


ocidental da cidade. Na zona centro, é de notar principalmente as freguesias de Arroios, Alvalade e
Avenidas Novas, e na zona ocidental são de relevo as freguesias de Estrela e Campo de Ourique. Na
zona ocidental, a freguesia de Belém apresenta uma elevada concentração de estabelecimentos de
ensino da rede privada. As freguesias onde a oferta da rede privada é menor são as do centro histórico
(Misericórdia, Santa Maria Maior e São Vicente), as da zona norte (Carnide e Santa Clara) e, na zona
oriental, Ajuda.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 161


FIGURA 58 - ESTABELECIMENTOS DE ENSINO DA REDE PRIVADA

7.1 - REDE SOLIDÁRIA

Em Lisboa, a oferta assegurada pela Rede Solidária abarca 60 Instituições Particulares de


Solidariedade Social (IPSS) e 15 estabelecimentos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML).

TABELA 61 - LISTAGEM DOS ESTABELECIMENTOS DA REDE DE INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE SOLIDARIEDADE SOCIAL

Escola N.º alunos


A.P.R.O.S - Associação de Educação e Promoção Social de Santos-o-Velho 36
Abrigo Infantil de Stª Mª de Belém - Centro Paroquial Stª Maria de Belém 55
Assistência Paroquial de Santos-o-Velho 90
Associação Atividades Sociais Bairro 2 de Maio 75
Associação Creche Ester Janz 134

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 162


Associação de Moradores do Casal Ventoso 24
Associação Desenvolvimento Comunitário Freguesia das Mercês - ADECO 55
Associação Popular do Lumiar 50
Associação Popular Ribeiro dos Santos 46
Associação Proteção Infância da Ajuda 70
Associação S. João de Deus 52
Associação Vida Cristã Filadélfia 20
Casa da Criança - Centro Social e Paroquial de Santo António Campolide 46
Casa do Menino Deus 95
Centro Cultural e Recreativo Crianças Cruzeiro Rio Seco 94
Centro de Assistência Infantil da Charneca 20
Centro Helen Keller 80
Centro Paroquial Bem-Estar de Alfama 33
Centro Social do Bairro da Musgueira 95
Centro Social do Menino Deus 95
Centro Social e Paroquial de Carnide 73
Centro Social e Paroquial do Calhariz de Benfica 69
Centro Social e Paroquial Nª. Senhora do Amparo 96
Centro Social Paroquial S. João de Brito 86
Centro Social Paroquial S. Sebastião da Pedreira 68
Centro Social Sagrado Coração de Jesus 39
Colégio "O Pelicano" 85
Colégio do Bom Sucesso 189
Colégio Infante de Sagres 85
Creche - Jardim Infantil de Stº Amaro 54
Escola Nossa Senhora do Patrocínio 170
Voz do Operário - Espaço Educativo da Ajuda 40
Externato "Mãe de Deus" 68
Externato Casa do Menino Jesus - Associação S. A. Raparigas 51
Externato de Educação Popular 121
Externato Liceal das Casas de S. Vicente de Paulo 175
Externato n.º 4 de Educação Popular (Confraria de S. Vicente de Paulo) 66
Externato Prim. Associação Pró-Infância Stº António de Lisboa 136
Fundação Cardeal Cerejeira 50
Infantário "Nossa Sra. da Purificação" 83
Infantário Cooperativo de Campo de Ourique 44
Jardim de Infância "Laranja e Meia" 20
Jardim de Infância Centro Social Paroquial do Campo Grande 40
Jardim de Infância da Fundação Adolfo Vieira de Brito 65
Jardim de Infância do Centro Social e Paroquial de São Francisco de Paula 19
Jardim de Infância do Centro Social Paroquial da Charneca 61
Jardim de Infância do Centro Social Paroquial de São João de Deus 24
Jardim Infantil "Chiquinha" - Escola Básica Francisco Arruda 22
Jardim Infantil da Associação Stª Engrácia de Lisboa 70

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 163


Jardim Infantil da Freguesia dos Anjos 75
Jardim Infantil da Fundação Maria do Carmo Roque Pereira 23
Jardim Infantil da Obra Social "Paulo VI" 166
Jardim Infantil de Arroios (Fundação D. Pedro IV) 72
Jardim Infantil de Calafates (Fundação D. Pedro IV) 68
Jardim Infantil de S. Vicente (Fundação D. Pedro IV) 64
Jardim Infantil de Santana (Fundação D. Pedro IV) 47
Jardim Infantil do Centro Social José Luís Coelho 73
Jardim Infantil do Centro Social Paroquial S. Domingos Benfica 69
Jardim Infantil do Centro Social Paroquial S. Maximiliano Kolbe 58
Jardim Infantil do Centro Social Paroquial S. Vicente Paulo 140
Jardim Infantil do Centro Social Paroquial da Pena 48
Jardim Infantil do Centro Social Paroquial Nª Sra. Ajuda 20
Jardim Infantil do Centro Social Paroquial Nª Sra. Encarnação 42
Jardim Infantil do Centro Social Paroquial Penha de França 85
Jardim Infantil do Centro Social Sagrado Coração Jesus n.d.
Jardim Infantil do Chaborrilho - Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos 46
Jardim Infantil do Laboratório Nacional de Engenharia Civil 52
Jardim Infantil do Patronato Cristo-Rei 42
Jardim Infantil do SCAIL - Stª Quitéria (Fundação D. Pedro IV) 82
Jardim Infantil Majari - Secretariado Diocesano de Lisboa da Obra Nacional Pastoral dos 46
Jardim
CiganosInfantil Olivais (Fundação D. Pedro IV) 88
Jardim Infantil Panioli - Obra Nacional Pastoral dos Ciganos 50
Jardim Infantil - Associação da Penha de França 43
Nuclisol - Jean Piaget - Bairro do Armador n.d.
Nuclisol Jean Piaget - Unidade de Desenvolvimento Integrado das Galinheiras 22
Nuclisol Jean Piaget - Unidade de Desenvolvimento Integrado do Condado n.d.
Obra das Crianças da Freguesia da Lapa 130
Parque Infantil Santa Catarina 59
Voz do Operário - Espaço Educativo da Graça 129
Fonte: DGEEC e Carta Social de Lisboa

8 – CARACTERIZAÇÃO GERAL DOS


EQUIPAMENTOS ESCOLARES
Na área do município de Lisboa, em 2018, a Rede Escolar contava com um parque escolar de
151 escolas públicas, com os vários ciclos do Ensinos Básico e Secundário. Entre estes
estabelecimentos de ensino, 129 encontram-se distribuídos por 28 Agrupamentos de Escolas, e os
restantes 22 não se encontram agrupadas. No presente, a rede escolar pública na cidade de Lisboa

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 164


abrange um total de 139 estabelecimentos de educação e ensino, distribuídos por 28 Agrupamentos
de Escolas e 11 Escolas não Agrupadas.

Nas Grandes Opções do Plano para o quadriénio 2023-2027, a Câmara Municipal de Lisboa
definiu uma linha de desenvolvimento estratégico, na qual uma das medidas contempla o aumento e
requalificação da rede escolar do 1.º ciclo e pré-escolar e inclusão das escolas básicas 2,3 e secundárias,
transferidas para o Município no âmbito da descentralização de competência do Estado para a
Autarquia.

Como suporte à priorização das intervenções a realizar nas escolas, o Município solicitou ao
Laboratório Nacional de Engenharia Civil, I. P (LNEC) o levantamento do estado de conservação de 55
estabelecimentos de ensino, com valências de jardim de infância ou de 1.º Ciclo do Ensino Básico. A
inspeção a estas escolas, para avaliação do seu estado de conservação, decorreu entre os meses de
setembro e novembro de 2018, e foi realizada por investigadores do Departamento de Edifícios do
LNEC. Na sequência daquele estudo, em maio de 2019 foi solicitada ao LNEC a avaliação do estado de
conservação de um novo conjunto de estabelecimentos escolares, englobando os outros ciclos de
ensino e avaliando outras vertentes não analisadas no estudo anterior (2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico
e Ensino Secundário). O método definido para a realização do levantamento do estado de conservação
dos estabelecimentos de ensino foi o Método de Avaliação do Estado de Conservação de imóveis
(MAEC), estabelecido no Regime de determinação do nível de conservação dos prédios urbanos ou
frações autónomas (Decreto-Lei n. 266-B/2012, de 31 de dezembro – Portugal, 2012) e regulado pela
Portaria n.º 1192-B/2012, de 3 de novembro (Portugal, 2006b). A classificação do estado de
conservação foi realizada numa escala de cinco níveis: (i) Excelente; (ii) Bom; (iii) Médio; (iv) Mau; e
(v)Péssimo. A estes estados de conservação correspondem níveis de conservação classificados
numericamente de 5 a 1, respetivamente.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 165


FIGURA 59 - DISTRIBUIÇÃO DAS ESCOLAS NO MUNICÍPIO DE LISBOA ANALISADAS NO 1.º ESTUDO REALIZADO PELO LNEC
[FONTE: GOOGLE EARTH/ LNEC]

FIGURA 60 - DISTRIBUIÇÃO DAS ESCOLAS NO MUNICÍPIO DE LISBOA ANALISADAS NO 2.ºESTUDO REALIZADO PELO LNEC
[FONTE: GOOGLE EARTH/ LNEC]

8.1 - CARACTERÍSTICAS DOS EDIFÍCIOS

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 166


Os edifícios das escolas apresentam tipologias bastantes diferentes. Nas alíneas seguintes
apresenta-se uma breve caraterização do parque edificado avaliado.

a) época de construção

As escolas estão instaladas em edifícios com épocas de construção ou requalificação muito


distintas. O parque escolar avaliado apresenta desde escolas a funcionar em edifícios do séc.
XIX (e.g., Escola Básica de Lisboa n.º 1, Escola Básica Padre Abel Varzim) a escolas
completamente construídas de raiz no séc. XX (e.g., Escola Básica Lumiar – Alto da Faia) e séc.
XXI (e.g., Bairro do Armador). A diferenciação ocorre tanto entre as escolas, como dentro dos
recintos escolares, muitas vezes devido a ampliações ou alterações que os edifícios sofreram.
Verifica-se que a maioria dos edifícios foram construídos no sec. XX, a partir de 1951, sendo
que apenas 15 por cento dos edifícios das escolas de jardim de infância e 1.º Ciclo do Ensino
Básico são anteriores a essa data. No caso das escolas de 2.º e 3.º Ciclo, analisadas no segundo
estudo realizado pelo LNEC, apenas dois edifícios são anteriores a essa data.

FIGURA 61 - DISTRIBUIÇÃO DOS EDIFÍCIOS DAS ESCOLAS DE JARDIM DE INFÂNCIA E 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO, POR
ÉPOCA DE CONSTRUÇÃO.

Fonte: LNEC - Avaliação do Estado de Conservação de Escolas do Município de Lisboa - JI e Escolas do 1.ºciclo
do ensino básico

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 167


FIGURA 62 - DISTRIBUIÇÃO DOS EDIFÍCIOS DAS ESCOLAS DE JARDIM DE INFÂNCIA E 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO, POR
ÉPOCA DE CONSTRUÇÃO.

Fonte: LNEC - Avaliação do Estado de Conservação de Escolas do Município de Lisboa - Escolas do 2.º e 3.º ciclo
e secundárias

b) tipologia estrutural

Os sistemas estruturais utilizados refletem, de alguma forma, a época em que foram


construídos. Verifica-se que a maioria dos edifícios apresenta estruturas de betão armado,
sendo isso evidente nos edifícios posteriores a 1951. Em edifícios anteriores a 1951, pode
encontrar-se betão armado em zonas pontuais, devido a intervenções realizadas mais
recentemente.

FIGURA 63 - DISTRIBUIÇÃO DOS EDIFÍCIOS DAS ESCOLAS, POR TIPOLOGIA ESTRUTURAL.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 168


Fonte: LNEC - Avaliação do Estado de Conservação de Escolas do Município de Lisboa - JI e Escolas do 1.ºciclo
do ensino básico

FIGURA 64 - DISTRIBUIÇÃO DOS EDIFÍCIOS DAS ESCOLAS, POR TIPOLOGIA ESTRUTURAL.

Fonte: LNEC - Avaliação do Estado de Conservação de Escolas do Município de Lisboa - Escolas do 2.º e 3.º ciclo
e secundárias

c) número de pisos

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 169


A distribuição dos edifícios em altura é um aspeto particularmente importante na
avaliação das condições de acessibilidade aos diversos espaços funcionais das escolas.
Observa-se que maioria dos edifícios de jardim de infância e escolas do 1.º Ciclo do
Ensino Básico têm um ou dois pisos (87,5 por cento), sendo que apenas quatro edifícios
têm quatro ou cinco pisos. No caso das escolas de 2.º e 3.º Ciclo e Secundárias observa-
se que a maioria dos edifícios inspecionados têm um ou dois pisos (74,8 por cento),
sendo que apenas dez edifícios têm quatro ou cinco pisos.

FIGURA 65 - DISTRIBUIÇÃO DOS EDIFÍCIOS DAS ESCOLAS POR NÚMERO DE PISOS.

Fonte: LNEC - Avaliação do Estado de Conservação de Escolas do Município de Lisboa - JI e Escolas do


1.ºciclo do ensino básico

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 170


FIGURA 66 - DISTRIBUIÇÃO DOS EDIFÍCIOS DAS ESCOLAS, POR NÚMERO DE PISOS.

Fonte: LNEC - Avaliação do Estado de Conservação de Escolas do Município de Lisboa - Escolas do 2.º e 3.º ciclo
e secundárias.

a) áreas
Por último, no caso das escolas de 2.º e 3.º Ciclo do Ensino Básico e Secundárias, é importante
avaliar a dimensão dos edifícios em termos de área construída. Este aspeto permite obter
dados sobre áreas de manutenção e eventuais custos para a manutenção e a reabilitação.
Verifica-se que cerca de um terço dos edifícios são de grande dimensão, apresentando mais
de 2000 m2 de área bruta de construção, chegando mesmo um dos edifícios a apresentar cerca
de 12000 m2 (Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho).

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 171


FIGURA 67 - DISTRIBUIÇÃO DOS EDIFÍCIOS DAS ESCOLAS, POR ÁREA BRUTA DE CONSTRUÇÃO

Fonte: LNEC - Avaliação do Estado de Conservação de Escolas do Município de Lisboa - Escolas do 2.º e
3.º ciclo e secundárias

Vulnerabilidade Sísmica

Posteriormente, o Município de Lisboa encomendou ao LNEC o desenvolvimento de um estudo


relativo à vulnerabilidade sísmica de 32 escolas do 2.º e 3.º Ciclos e secundárias cuja gestão transitou
do Ministério da Educação para a CML no âmbito do Decreto-Lei n.º 21/2019, de 30 de janeiro.

Os resultados deste estudo foram entregues ao Município em outubro de 2021. Analisada a resposta
sísmica dos edifícios principais de cada escola, concluiu-se que “a larga maioria das escolas cumpre os
objetivos de desempenho relacionados com a resistência última da estrutura, ou seja, cumpre os
objetivos relacionados com os dois últimos estados limite (estados limite 3 e 4 – salvaguarda de vida e
próximo do colapso).”

Apenas 3 das escolas analisadas não cumprem o objetivo de desempenho associado ao estado limite
4 (próximo do colapso) e outras 4 escolas não cumprem o estado limite 3 (salvaguarda de vida).

Este estudo ajudou ao estabelecimento das prioridades de intervenção nas escolas estabelecidas na
presente Carta Educativa (Capítulo 2.1 - Critérios de Prioridade, da Parte III - Plano de Financiamento).

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 172


8.2 ESPAÇOS DE ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA
/INSTALAÇÕES DESPORTIVAS NOS ESTABELECIMENTOS
DE ENSINO DA REDE PÚBLICA

A existência de uma rede de instalações desportivas nas escolas públicas afetas à escolaridade
obrigatória e adequada aos diferentes níveis de ensino é essencial para um bom suporte não só às
atividades letivas, como também ao apoio das atividades físicas e lúdicas complementares - desporto
escolar, tempos de recreio e lazer, outras, essenciais à formação integral dos jovens e à aquisição desde
cedo de hábitos de uma vida mais ativa.

No âmbito da revisão da Carta Desportiva do Município de Lisboa, que adoptou a designação da Carta
da Atividade Física e do Desporto do Município de Lisboa (CAFDML), atualmente em fase de
conclusão, foi efectuado em 2016 um recenseamento das instalações desportivas nos
estabelecimentos escolares da rede pública em funcionamento (incluindo as que têm dupla tutela –
com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social) com atualização em 2020,

Este capítulo apresenta uma síntese sobre este tema tendo como fonte os estudos da CAFDML,
relativos às 137 escolas que constam na CE, as quais se encontram identificadas nos quadros que se
seguem.

Destes 137 estabelecimentos de ensino , cerca de 12% (17) não possuem qualquer tipo de instalação
desportiva. A sua maioria localiza-se nas zonas do Centro (7) e Centro Histórico (5) da cidade e
abrangem principalmente os níveis mais baixos de escolaridade - Jardim de Infância (JI) e 1º Ciclo do
Ensino Básico (EB1) ,faixas etárias onde se deveria iniciar a literacia física e a aquisição de hábitos e
gosto pelo exercício físico.

Em Lisboa existem 121 estabelecimentos da rede pública, em funcionamento, com instalações


desportivas,

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 173


Tabela 62 - DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA EM LISBOA

Grande
Pavilhão Pequeno Espaços de
Sala Desporto Campo
Desportivo Campo Jogos Atletismo
Jogos

139 22 5 171 15

FIGURA 68- DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA EM LISBOA

Espaços de
Atletismo Sala
4% Desporto
40%

Pequeno
Campo
Jogos Grande Pavilhão
49% Campo Desportivo
Jogos 6%
1%

Do total das 352 instalações a maioria são os Pequenos Campos de Jogos (49%) e as Salas de Desporto
(40%).

Quando esta análise é feita pelas 5 grandes zonas da cidade, cuja delimitação é representada na figura
seguinte, pode verificar-se que é na zona Norte e Oriental que existe um maior número de instalações
desportivas mo conjunto de estabelecimentos de ensino da rede pública

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 174


FIGURA 69- MAPA DA CIDADE COM AS CINCO ZONAS E OS AGRUPAMENTOS DE ESCOLAS.

FIGURA 70 - DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA E POR ZONAS DE LISBOA

50
45
45 43
39
40
35 32 31 Sala Desporto
30 27 26 Pavilhão Desportivo
25 25
25 Grande Campo Jogos
20 17
Pequeno Campo Jogos
15
Atletismo
10 8 8
5 5
5 3 2 2 2 3
1 1 1 1
0
C. Histórico Centro Norte Ocidental Oriental

Tabela 63 - DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NO CENTRO HISTÓRICO

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 175


Sala Pavilhão Grande Pequeno Espaços
Desporto Desportivo Campo Campo de
Jogos Jogos Atletismo
Escola Artística António Arroio 1 1 1
Escola Artística de Dança do Conservatório Nacional
Escola Artística de Música do Conservatório Nacional
Escola Básica Actor Vale - (1º CEB + JI) 1
Escola Básica Arquitecto Victor Palla - (1º CEB) 1 1
Escola Básica das Gaivotas - (1º CEB + JI)
Escola Básica de Santa Clara - (1º CEB + JI) 1
Escola Básica de Santo Condestável - (1º CEB + JI) 1 1
Escola Básica do Castelo - (1º CEB + JI)
Escola Básica e Secundária Gil Vicente - (2º-3º CEB + S) 2 2 1
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos - (2º-3º-S) 2 1
Escola Básica e Secundária Passos Manuel - (2º-3º CEB
2 1
+ S)
Escola Básica Engenheiro Ressano Garcia - (1º CEB + JI)
Escola Básica Fernanda de Castro - (1º CEB + JI)
Escola Básica Manuel da Maia - (2º-3º CEB) 3 5
Escola Básica Maria Barroso - (1º CEB + JI) 1
Escola Básica n.º 72 - (1º CEB) 1 1
Escola Básica Natália Correia - (1º CEB)
Escola Básica Nuno Gonçalves - (2º-3º CEB) 3 1 2 1
Escola Básica Padre Abel Varzim - (1º CEB + JI) 1
Escola Básica Patrício Prazeres - (1º-2º-3º CEB) 1 1 2
Escola Básica Professor Oliveira Marques - (1º CEB + JI)
Escola Básica Rainha Santa Isabel - (1º CEB + JI)
Escola Básica Rosa Lobato Faria - (1º CEB + JI) 1 1
Escola Secundária de Camões 3 1 2
Escola Secundária de Dona Luísa de Gusmão 1 3
Escola Secundária de Pedro Nunes (3º CEB + S) 1 2 3 1
Total Geral 27 5 1 26 3

FIGURA 71- DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NO CENTRO HISTÓRICO

Atletismo
5% Sala
Desporto
43%

Pequeno
Campo
Jogos
42% Grande
Pavilhão
Campo
Desportivo
Jogos
8%
2%

É no Centro Histórico que se verifica o maior nº de estabelecimentos de ensino (9) sem nenhuma
instalação desportiva.

As salas de desporto e os pequenos campos de jogos representam 85% do total das instalações.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 176


Apesar das 10 escolas com o 2º e 3º ciclo de ensino e/ou secundárias, existentes nesta área da cidade
apenas se identificou um grande campo de jogos localizado na EB23 Nuno Gonçalves três espaços de
atletismo.

Tabela 64 - DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NO CENTRO

Sala Pavilhão Grande Pequeno Espaços


Desporto Desportivo Campo Campo de
Jogos Jogos Atletismo
Escola Artística do Instituto Gregoriano de Lisboa
Escola Básica Almirante Gago Coutinho - (2º-3º CEB) 1 1 1
Escola Básica de Santo António - (1º CEB + JI) 1 2
Escola Básica de São João de Brito - (1º CEB + JI) 1 1
Escola Básica de São João de Deus - (1º CEB)
Escola Básica de São José - (1º CEB + JI)
Escola Básica do Bairro de São Miguel - (1º CEB) 1 2
Escola Básica Dom Luís da Cunha - (1º CEB + JI) 1 1
Escola Básica dos Coruchéus - (1º CEB) 1 1
Escola Básica e Secundária Dona Filipa de Lencastre - (2º-
4 2
3º-S)
Escola Básica Eugénio dos Santos - (2º-3º CEB) 1 2
Escola Básica Luís de Camões - (2º-3º CEB)
Escola Básica Luísa Ducla Soares - (1º CEB + JI) 1
Escola Básica Marquesa de Alorna - (2º-3º CEB) 1 2
Escola Básica Mestre Arnaldo Louro de Almeida - (1º CEB
+ JI)
Escola Básica Mestre Querubim Lapa - (1º CEB + JI) 1 1
Escola Básica n.º 1 de Lisboa - (1º CEB + JI) 1
Escola Básica O Leão de Arroios - (1º CEB) 1
Escola Básica Sampaio Garrido - (1º CEB) 1 1
Escola Básica Teixeira de Pascoais - (1º CEB + JI) 1 1
Escola Profissional de Ciências Geográficas
Escola Secundária Dom Pedro V 1 1
Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho 4 2
Escola Secundária Padre António Vieira - (3º CEB + S) 2 1 2
Escola Secundária Rainha Dona Leonor 2 2 1
Jardim de Infância António José de Almeida
Total Geral 25 1 1 25 2

FIGURA 72- DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NO CENTRO

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 177


Atletismo Sala
4% Desporto
46%

Pequeno
Campo
Jogos Pavilhão
Grande Campo
46% Desportivo
Jogos
2% 2%

Das 26 escolas localizadas na zona Centro, 7 não têm qualquer instalação desportiva.

A tipologia das salas de desporto e os pequenos campos de jogos perfazem 92% do total das
instalações desportivas das escolas desta zona.

Nas nove escolas com o 2º e 3º ciclo de ensino básico e/ou secundário apenas existe um pavilhão
desportivo; tal como na Zona do C. Histórico só se contabiliza um Grande Campo de Jogos e dois
espaços de atletismo.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 178


Tabela 65 - DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NA ZONA NORTE

Sala Pavilhão Grande Pequeno Espaços


Desporto Desportivo Campo Campo de
Jogos Jogos Atletismo
Escola Básica Alta de Lisboa - (1º CEB + JI) 1 1
1 1
Escola Básica António Nobre - (1º CEB + JI)
Escola Básica Arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles - (1º CEB 1 2
+ JI)
1 1
Escola Básica da Luz-Carnide - (1º CEB + JI)

Escola Básica da Quinta de Marrocos - (1º-2º-3º CEB) 1 1 4 1

1 1
Escola Básica das Galinheiras - (1º CEB + JI)
2 1
Escola Básica das Laranjeiras - (1º CEB + JI)
3 4
Escola Básica de Pedro de Santarém - (JI-1º-2º-3º CEB)
Escola Básica de São Vicente/Telheiras - (JI-1º-2º-3º
1 2
CEB)

Escola Básica de Telheiras - (2º-3º CEB) 1 1 1

1 2
Escola Básica do Alto do Lumiar - (2º-3º CEB)
1 1
Escola Básica do Bairro Padre Cruz - (2º-3º CEB)
1 1
Escola Básica do Lumiar - (1º CEB + JI)
1 1
Escola Básica do Parque Silva Porto - (1º CEB + JI)
1 2
Escola Básica Dr. Nuno Cordeiro Ferreira - (1º CEB + JI)
1 1
Escola Básica Eurico Gonçalves - (1º CEB)
1 2
Escola Básica Frei Luís de Sousa - (1º CEB + JI)
1 1
Escola Básica Jorge Barradas - (1º CEB)
Escola Básica Maria da Luz de Deus Ramos - (1º CEB +
1 1
JI)
1 1
Escola Básica n.º 1 de Telheiras - (1º CEB)
Escola Básica Padre José Manuel Rocha e Melo - (1º 1 1
CEB + JI)
Escola Básica Pintor Almada Negreiros - (JI-1º- 2º-3º
1 1 2
CEB)
1 1
Escola Básica Prista Monteiro - (1º CEB)

Escola Básica Professor Delfim Santos - (2º-3º CEB) 1 1 1


Escola Básica Professor José Salvado Sampaio - (1º
1 1
CEB)
1
Escola Básica Professor Lindley Cintra - (2º-3º CEB)
1 1
Escola Básica Professora Aida Vieira - (1º CEB)
Escola Básica Quinta dos Frades - (1º CEB) 1 1

Escola Secundária do Lumiar 1 1 1

Escola Secundária José Gomes Ferreira 3 3 1

Escola Secundária Vergilio Ferreira 1 1 2

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 179


Jardim de Infância da Ameixoeira
1
Jardim de Infância da Horta Nova
1
Jardim de Infância de Telheiras
2
Jardim de Infância do Bairro Padre Cruz
1 1
Jardim de Infância do Lumiar

Jardim de Infância n.º 1 de Benfica


Total Geral 39 8 1 45 2

FIGURA 73- DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NA ZONA NORTE

Atletismo Sala
2% Desporto
41%

Pequeno
Campo
Jogos
47% Pavilhão
Grande Campo Desportivo
Jogos 9%
1%

Das 37 escolas localizadas na zona Norte, dois Jardins de Infância não têm qualquer instalação
desportiva.

São nas 12 escolas do 2º e 3º ciclo de ensino básico e/ou secundário, que se localizam oito pavilhões
desportivos.

O número de grandes campos de jogos e espaços de atletismo é similar às zonas anteriormente


consideradas.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 180


Tabela 66 - DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NA ZONA OCIDENTAL

Sala Pavilhão Grande Pequeno Espaços


Desporto Desportivo Campo Jogos Campo Jogos de
Atletismo
Escola Básica Alexandre Herculano - (1ºCEB)
Escola Básica de Caselas - (1º CEB + JI) 1 1
Escola Básica de Moinhos do Restelo - (1º CEB + JI) 1 1
Escola Básica de Santo Amaro - (1ºCEB + JI) 1 2
Escola Básica do Bairro do Restelo - (1º CEB + JI) 1 1
Escola Básica Francisco de Arruda - (2º-3º CEB) 1 2 1
Escola Básica Homero Serpa - (1ºCEB + JI) 2
Escola Básica Paula Vicente - (2º-3º CEB) 1 6
Escola Básica Professor Manuel Sérgio (1ºCEB + JI) 1
Escola Básica Raúl Lino - (1ºCEB + JI) 1 1
Escola Secundária do Restelo 1 6 1
Escola Secundária Fonseca Benevides 1 2
Escola Secundária Marquês de Pombal 3 1 6
Escola Secundária Rainha Dona Amélia 2 1 2 1
Jardim de Infância Alexandre Rodrigues Ferreira - (JI) 1
Jardim de Infância de Belém 1
Total Geral 17 2 32 3

FIGURA 74- DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NA ZONA OCIDENTAL

Sala
Atletismo Desporto
6% 31%

Pequeno Grande
Campo Campo
Jogos Jogos
59% 4%

Na zona Ocidental, localizam-se 16 escolas das quais 6 são do 2º e 3º ciclo de ensino básico e/ou
secundário, mas não existe qualquer Pavilhão Desportivo. É também aqui que se regista a maior
percentagem de pequenos campos de jogos (59%)

Tabela 67 - DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NA ZONA ORIENTAL

Sala Pavilhão Grande Pequeno Espaços


Desporto Desportivo Campo Campo de
Jogos Jogos Atletismo
Escola Básica Adriano Correia de Oliveira - (1º CEB + JI) 1
Escola Básica Alice Vieira - (1º CEB + JI) 1 1
Escola Básica Arco-Íris - (1º CEB + JI) 1 2
Escola Básica Damião de Góis - (2º-3º CEB) 1 1 2 1

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 181


Escola Básica das Olaias - (2º-3º CEB) 1 1 1
Escola Básica das Piscinas - (2º-3º CEB) 1 1
Escola Básica de Marvila - (2º-3º CEB) 1 1
Escola Básica de Santa Maria dos Olivais - (1º CEB + JI) 1
Escola Básica do Bairro da Madre de Deus - (1º CEB + JI) 2
Escola Básica do Bairro do Armador - (1º CEB + JI) 1 1
Escola Básica do Beato - (1º CEB)
Escola Básica do Condado - (1º CEB + JI) 1 2
Escola Básica dos Lóios - (1º CEB) 1 1
Escola Básica dos Olivais - (2º-3º CEB) 1 1 1
Escola Básica Engenheiro Duarte Pacheco - (1º CEB + JI) 1 2
Escola Básica Fernando Pessoa - (2º-3º CEB) 1 1
Escola Básica Infante D. Henrique - (1º CEB + JI) 1 2
Escola Básica João dos Santos - (1º CEB + JI) 1
Escola Básica Luís António Verney - (2º-3º CEB) 2 3 1
Escola Básica Luiza Neto Jorge - (1º CEB + JI) 1 2
Escola Básica Manuel Teixeira Gomes - (1º CEB + JI) 1 2
Escola Básica n.º 195 de Lisboa - (1º CEB + JI) 1 1
Escola Básica nº 36 de Lisboa - (1º CEB + JI) 1 1
Escola Básica Parque das Nações - (1º CEB + JI) 1
Escola Básica Paulino Montez - (1º CEB + JI) 1 3
Escola Básica Professor Agostinho da Silva - (1º CEB+JI) 1 3
Escola Básica Sarah Afonso - (1º CEB + JI) 1 1 1
Escola Básica Vasco da Gama - (JI-1º- 2º-3º CEB) 2 2
Escola Secundária António Damásio 3 2 3 1
Escola Secundária Dom Dinis (3º CEB + S) 1 1 1
Escola Secundária Eça de Queirós - (3º CEB + S) 1 1 1
Total Geral 31 8 43 5

FIGURA 75- DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NA ZONA NORTE

Atletismo Sala
6% Desporto
36%

Pequeno Pavilhão
Campo Jogos Desportivo
49% 9%

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 182


Na zona Oriental, localizam-se 31 escolas, uma EB1 não tem instalações desportivas e as 11 escolas
do 2º e 3º ciclo de ensino básico e/ou secundário, acolhem oito pavilhões desportivos e cinco
espaços de atletismo. Contudo não existe nenhum grande campo de jogos nesta zona.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 183


9 – CARACTERIZAÇÃO DOS AGRUPAMENTOS DE
ESCOLAS E ESCOLAS NÃO AGRUPADAS
Para uma melhor apresentação dos agrupamentos optou-se por os organizar pelas cinco grandes zonas
da cidade: Centro Histórico, Centro, Norte, Ocidental e Oriental, de acordo com o mapa que se segue.

As escolas não agrupadas são objeto de uma análise específica depois da apresentação da evolução de
frequências de alunos em cada agrupamento de escolas da cidade, por grandes zonas da cidade.

FIGURA 76 - MAPA DA CIDADE COM AS CINCO ZONAS E OS AGRUPAMENTOS DE ESCOLAS.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 184


FIGURA 77 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 EM LISBOA

As Figura n.º 77 e n.º 78 são elucidativas das densidades de população escolar nos atuais
Agrupamentos de Escolas. Verificam-se assimetrias significativas na distribuição da população escolar
entre os vários Agrupamentos da cidade de Lisboa, destacando-se uma maior concentração de alunos
nos Agrupamentos de Escolas Vergílio Ferreira e Santa Maria dos Olivais

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 185


FIGURA 78 - Frequência de alunos no ano letivo 2018/19

- Nota: Não inclui os alunos das escolas não agrupadas.

ZONA CENTRO

A zona do Centro da cidade abrange 5 Agrupamentos de Escolas - Alvalade, D. Filipa de Lencastre,


Luís de Camões; Marquesa de Alorna e Rainha Dona Leonor - e 2 Escolas não agrupadas - Escola
Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho e Escola Profissional de Ciências Geográficas.

FIGURA 79 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA ZONA

CENTRO

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 186


TABELA 68 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA ZONA CENTRO

2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2018/20

Centro -Total 9201 9060 8992 8808 8801


Alvalade 2122 2123 2111 2015 1948
D. Filipa de Lencastre 1816 1852 1858 1811 1853
Luís de Camões 909 906 868 870 943
Marquesa de Alorna 1207 1147 1185 1202 1246
Rainha D. Leonor 3147 3032 2970 2910 2811

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 187


9.1 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALVALADE

Agrupamento de Escolas de Alvalade, com a sua atual configuração, foi constituído em 2012,
tendo resultado da junção da Escola Secundária Padre António Vieira com as restantes escolas do
antigo Agrupamento de Escolas de Alvalade. É um agrupamento cuja oferta vai desde a Educação Pré-
Escolar até ao Ensino Secundário. É composto por quatro escolas, todas localizadas na freguesia de
Alvalade. A sede é a Escola Secundária Padre António Vieira.

A oferta de 1.º Ciclo do Ensino Básico coexiste com a Educação Pré-Escolar na Escola Básica de São
João de Brito e na Escola Básica Teixeira de Pascoais. Em 2011 foi concluída uma obra de beneficiação
geral e arranjos dos espaços exteriores na Escola Básica de São João de Brito. Também a Escola Básica
Teixeira de Pascoais teve obras de beneficiação geral, concluídas em 2022.

O 2.º Ciclo do Ensino Básico é ministrado apenas na Escola Básica Gago Coutinho, o 3.º Ciclo
do Ensino Básico na Escola Básica Gago Coutinho e na Escola Secundária Padre António Vieira.
Relativamente às condições físicas do edificado escolar, há que salientar que EB Almirante Gago
Coutinho regista um mau estado de conservação, necessitando de intervenção urgente.

Ensino Secundário existe apenas na Escola Secundária Padre António Vieira, que foi alvo de
intervenção recente por parte da Parque Escolar, E.P.E.

TABELA 69 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALVALADE

Nome Tipologia Freguesia

Escola Básica Teixeira de Pascoais EB1/JI Alvalade

Escola Básica de São João de Brito EB1/JI Alvalade

Escola Básica Almirante Gago Coutinho EB23 Alvalade

Escola Secundária Padre António Vieira ES3 Alvalade

Fonte: DGEstE

TABELA 70 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AE DE ALVALADE

AE Alvalade Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos

2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Pré-escolar Escola Básica Teixeira de 75 75 75 75 70


Pascoais
Escola Básica de São João de 42 42 70 75 70

1.º Ciclo Brito


Escola Básica Teixeira de 290 286 283 270 263
Pascoais
Escola Básica de São João de 258 275 273 284 284
Brito

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 188


2.º Ciclo Escola Básica Almirante Gago 210 264 289 300 312

3.º Ciclo Coutinho


Escola Básica Almirante Gago 140 143 105 131 135
Coutinho
Escola Secundária Padre 370 333 418 327 354

Secundário António Vieira


Escola Secundária Padre 737 705 598 553 460
António Vieira
TOTAL 2122 2123 2111 2015 1948

Fonte: DGEstE

9.2 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DONA FILIPA DE


LENCASTRE

O Agrupamento de Escolas Dona Filipa de Lencastre data de 2007 e engloba três escolas da
freguesia do Areeiro. A sede é a Escola Secundária Dona Filipa de Lencastre.

A Educação Pré-Escolar é oferecida no Jardim de Infância António José de Almeida,


temporariamente a funcionar em monoblocos na Escola Básica São João de Deus, onde é ministrado o
1.º Ciclo do Ensino Básico, e que foi alvo de obras de beneficiação e ampliação em 2009.

A Escola Secundária Dona Filipa de Lencastre contempla o 2.º Ciclo e 3.º Ciclos do Ensino Básico
e o Ensino secundário e beneficiou de uma intervenção por parte da Parque Escolar, E.P.E., concluída
em 2010.

TABELA 71 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DONA FILIPA DE LENCASTRE

Nome Tipologia Freguesia

Jardim de Infância António José de Almeida JI Areeiro

Escola Básica João de Deus EB1 Areeiro

Escola Básica e Secundária D. Filipa de Lencastre ES/23 Areeiro

Fonte: DGEstE

TABELA 72 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DONA
FILIPA DE LENCASTRE

AE Dona Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


Filipa de 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020
Lencastre
Pré-escolar JI António José de Almeida 45 50 45 40 40

1.º Ciclo EB João de Deus 407 407 397 388 379

2.º Ciclo EB e Sec. D. Filipa de Lencastre 338 353 359 341 321

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 189


3.º Ciclo EB e Sec. D. Filipa de Lencastre 470 490 511 496 524

Secundário EB e Sec. D. Filipa de Lencastre 556 552 546 546 589

TOTAL 1816 1852 1858 1811 1853

Fonte: DGEstE

9.3 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LUÍS DE CAMÕES

A atual configuração do Agrupamento de Escolas Luís de Camões data de 2007. O agrupamento


é constituído apenas por dois estabelecimentos de ensino: a Escola Básica O Leão de Arroios, onde é
ministrado o 1.º Ciclo do Ensino Básico e a escola sede, a Escola Básica Luís de Camões, onde são
ministrados o 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico. O Agrupamento de Escolas Luís de Camões não
oferece Educação Pré-Escolar nem Ensino Secundário.

TABELA 73 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LUÍS DE CAMÕES

Nome Tipologia Freguesia

Escola Básica O Leão de Arroios EB1 Arroios

Escola Básica Luís de Camões EB23 Areeiro

Fonte: DGEstE

TABELA 74 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LUÍS DE
CAMÕES

Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


AE Luis de
Estabelecimentos
Camões 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Escola Básica O Leão de


1.º Ciclo
Arroios 381 383 375 369 360

2.º Ciclo Escola Básica Luís de Camões 216 206 199 207 217

3.º Ciclo Escola Básica Luís de Camões 312 317 294 294 366

TOTAL 909 906 868 870 943

Fonte: DGEstE

9.4 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MARQUESA DE ALORNA

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 190


O Agrupamento de Escolas Marquesa de Alorna foi constituído em 2004 e é composto por
quatro escolas, duas na freguesia de Campolide e as outras duas na freguesia das Avenidas Novas. A
sede é a Escola Básica Marquesa de Alorna. Trata-se de um Agrupamento integrado no programa TEIP.

A Educação Pré-Escolar é oferecida na Escola Básica Mestre Querubim Lapa e na Escola Básica
Mestre Arnaldo Louro de Almeida. Ambas foram intervencionadas entre 2015 e 2017. O 1.º Ciclo é
ministrado nestas duas escolas e ainda na Escola Básica de São Sebastião da Pedreira.

O 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico funcionam na Escola Básica Marquesa de Alorna que
beneficiou de obras de requalificação da Parque Escolar, E.P.E. em 2010. Este agrupamento não dispõe
de oferta ao nível do Ensino Secundário.

Devido às inadequadas condições do seu edificado para a função escolar, dado tratar-se de um
edifício adaptado para o ensino, em 2018/19 a Escola Básica de São Sebastião da Pedreira teve as suas
instalações encerradas devido a problemas estruturais, estando a funcionar provisoriamente em
monoblocos no recinto da escola sede do agrupamento.

TABELA 75 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MARQUESA DE ALORNA

Nome Tipologia Freguesia


Escola Básica Mestre Querubim Lapa EB1/JI Campolide
Escola Básica de São Sebastião da Pedreira EB1 Avenidas Novas
Escola Básica Mestre Arnaldo Louro de Almeida EB1/JI Avenidas Novas
Escola Básica Marquesa de Alorna EB23 Campolide
Fonte: DGEstE

TABELA 76 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
MARQUESA DE ALORNA

AE Marquesa Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


de Alorna 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020
Pré-escolar EB Mestre Querubim Lapa 33 38 61 60 67
EB Mestre Arnaldo Louro de 79 134 132 146 135
Almeida
JI do Rêgo 43 0 0 0 0
1.º Ciclo EB Mestre Querubim Lapa 128 167 177 182 185
EB de São Sebastião da Pedreira 97 94 91 90 88
EB Mestre Arnaldo Louro de 158 143 174 179 191
2.º Ciclo Almeida
EB Marquesa de Alorna 257 211 208 218 250
3.º Ciclo EB Marquesa de Alorna 412 360 342 327 330
TOTAL 1207 1147 1185 1202 1246

9.5 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS RAINHA DONA LEONOR

O Agrupamento de Escolas Rainha Dona Leonor foi criado em 2013, através da integração do
Agrupamento de Escolas Eugénio dos Santos e da Escola Secundária Rainha Dona Leonor. É constituído

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 191


por seis estabelecimentos escolares, maioritariamente localizados na freguesia de Alvalade. A sede é
a Escola Secundária Rainha Dona Leonor.

A Educação Pré-Escolar existe na Escola Básica de Santo António, onde também é ministrado o
1.º Ciclo do Ensino Básico, na Escola Básica do Bairro de São Miguel (desde o ano letivo 2020/2021) e
na Escola Básica de Santo António e na Escola Hospital Dona Estefânia (esta corresponde apenas a uma
sala de aula no hospital com o mesmo nome, destinada às aprendizagens de crianças que se encontram
internadas, pelo que o seu funcionamento difere das restantes escolas do agrupamento). A Escola
Básica dos Coruchéus só tem oferta de 1.º Ciclo. Todas estas escolas foram alvo de intervenção
recente, exceto a Escola Básica de Santo António, cuja beneficiação se encontra em curso. O 2.º e o
3.º Ciclo do Ensino são lecionados na Escola Básica Eugénio dos Santos (que necessita de intervenção),
existindo ainda oferta de 3.º Ciclo na Escola Secundária Rainha Dona Leonor.

A oferta de Ensino Secundário restringe-se à Escola Secundária Rainha Dona Leonor,


intervencionada pela Parque Escolar, E.P.E. em 2011.

TABELA 77 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS RAINHA DONA LEONOR

Nome Tipologia Freguesia


Escola Básica Bairro Coruchéus EB1 Alvalade
Escola Básica Bairro de São Miguel EB1/JI Alvalade
Escola Básica Santo António EB1/JI Alvalade
Escola Hospital Dona Estefânia EB1 Arroios
Escola Básica Eugénio dos Santos EB23 Alvalade
Escola Secundária Rainha Dona Leonor ES3 Alvalade
Fonte: DGEstE

TABELA 78 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS RAINHA
DONA LEONOR

AE Rainha Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


Dona Leonor 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Pré-escolar Escola Básica Santo António 95 94 95 95 95

Escola Básica do Bairro de São 0 0 0 0 0


Miguel

1.º Ciclo Escola Básica Coruchéus 168 133 153 145 169

Escola Básica do Bairro de São 391 401 365 363 340


Miguel
Escola Básica Santo António 175 180 180 179 183

2.º Ciclo Escola Básica Eugénio dos 544 481 482 450 419
Santos
Escola Básica Eugénio dos 435 418 422 406 389
Santos

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 192


3.º Ciclo Escola Secundária Rainha Dona 393 379 366 359 368

Secundário Leonor
Escola Secundária Rainha Dona 946 946 907 913 848
Leonor
TOTAL 3147 3032 2970 2910 2811

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 193


ZONA CENTRO HISTÓRICO

A zona do Centro Histórico da cidade abrange 6 Agrupamentos de Escolas - Gil Vicente, Manuel da
Maia, Nuno Gonçalves, Padre Bartolomeu de Gusmão, Passos Manuel e Patrício Prazeres - e 5 Escolas
não agrupadas - Escola Secundária Pedro Nunes, Escola Secundária Camões, Escola Artística António
Arroio, Escola Artística de Dança do Conservatório Nacional e Escola Artística de Dança do
Conservatório Nacional

FIGURA 80 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA ZONA DO CENTRO

HISTÓRICO

TABELA 79 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA ZONA DO CENTRO
HISTÓRICO

2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2018/20


Centro Histórico -
8420 8436 8555 8330 8258
Total
Gil Vicente 1391 1191 1293 1309 1121
Manuel da Maia 933 991 923 848 783
Nuno Gonçalves 2158 2205 2269 2217 2212

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 194


Padre Bartolomeu de
1731 1734 1783 1796 1892
Gusmão
Passos Manuel 1457 1512 1533 1443 1506
Patrício Prazeres 750 803 754 717 744

9.6- AGRUPAMENTO DE ESCOLAS GIL VICENTE

O Agrupamento de Escolas Gil Vicente constituiu-se no ano 2008, abrangendo atualmente as


freguesias de São Vicente, onde está localizada a escola sede (Escola Secundária Gil Vicente), e de
Santa Maria Maior. É constituído por três estabelecimentos escolares, sendo um agrupamento TEIP.

A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica de Santa
Clara e na Escola Básica do Castelo. A primeira resultou de um processo de adaptação/requalificação
de um edifício, obra concluída em 2014, mantendo-se em boas condições. Estão previstas obras de
beneficiação geral na Escola Básica do Castelo.

O 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e o Ensino Secundário funcionam na Escola Básica Gil
Vicente, que foi intervencionada pela Parque Escolar, E.P.E. em 2010.

Tabela 80 - Estabelecimentos Escolares existentes no Agrupamento de Escolas Gil Vicente

Nome Tipologia Freguesia


Escola Básica do Castelo EB1/JI Santa Maria Maior
Escola Básica de Santa Clara EB1/JI São Vicente
Escola Básica e Secundária Gil Vicente ES/23 São Vicente
Fonte: DGEstE

TABELA 81 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AE GIL VICENTE

AE Gil Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


Vicente 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020
Pré-escolar EB do Castelo 20 20 18 18 16
EB de Santa Clara 65 60 95 95 91
1.º Ciclo EB do Castelo 84 89 94 87 90
EB de Santa Clara 283 279 275 233 208
2.º Ciclo ES/23 Gil Vicente 261 238 203 238 237
3.º Ciclo ES/23 Gil Vicente 384 234 341 312 277
Secundário ES/23 Gil Vicente 294 271 267 326 202
Total 1391 1191 1293 1309 1121
Fonte: DGEstE

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 195


9.7 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MANUEL DA MAIA

O Agrupamento de Escolas Manuel da Maia constituiu-se no ano 2004. É composto por quatro
escolas, nas freguesias de Campo de Ourique e Estrela. A sede é a Escola Básica Manuel da Maia, e
trata-se de um Agrupamento TEIP.

A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica de Santo
Condestável, na Escola Básica Fernanda de Castro e, até 2020/2021, na Escola Básica de Vale de
Alcântara. A partir de 2021/2022 a Escola Básica Manuel da Maia alterou a sua tipologia para Escola
Básica Integrada com Jardim de Infância, passando a oferecer as valências de Educação Pré-Escolar e
de 1.º Ciclo, para além da sua oferta anterior de 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico. A EB Manuel da
Maia que foi construída em 1962 e nunca foi alvo de uma requalificação de fundo, sendo agora ainda
mais necessária na sequência desta alteração de tipologia. Neste agrupamento, não existe oferta de
Ensino Secundário.

Em 2019, as instalações da Escola Básica de Vale de Alcântara foram encerradas, devido a


problemas estruturais, passando a escola a funcionar, provisoriamente, em monoblocos colocados no
recinto da Escola Básica Manuel da Maia. No ano letivo 2021/22, esta passou a ser uma Escola Básica
Integrada, absorvendo os alunos da Escola Básica de Vale de Alcântara, entretanto extinta.

TABELA 82 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MANUEL DA MAIA

Nome Tipologia Freguesia

Escola Básica Fernanda de Castro EB1/JI Estrela

Escola Básica de Santo Condestável EB1/JI Campo de Ourique

Escola Básica de Vale de Alcântara EB1/JI Campo de Ourique

Escola Básica Manuel da Maia EBI/JI Campo de Ourique

TABELA 83 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MANUEL
DA MAIA

Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


AE Manuel
Estabelecimentos
da Maia 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

EB de Santo Condestável 115 110 114 114 104


Pré-escolar
EB de Vale de Alcântara 32 39 24 25 11

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 196


EB Fernanda de Castro 24 25 24 19 23

EB Santo de Condestável 205 246 249 231 210

1.º Ciclo EB de Vale de Alcântara 80 93 78 74 70

EB Fernanda de Castro 46 43 44 44 37

2.º Ciclo EB Manuel da Maia 164 152 162 160 112

3.º Ciclo EB Manuel da Maia 267 283 228 181 216

Total 933 991 923 848 783

Fonte: DGEstE

9.8 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS NUNO GONÇALVES

O Agrupamento de Escolas Nuno Gonçalves constituiu-se em 2004. Em 2012, passou a ter a


atual constituição, englobando a Escola Secundária D. Luísa de Gusmão. É composto por seis escolas,
distribuídas pelas freguesias de Arroios, Penha de França e São Vicente. A sede é a Escola Básica Nuno
Gonçalves.

A Educação Pré-Escolar é oferecida na Escola Básica Sampaio Garrido e na Escola Básica


Arquiteto Victor Palla e na Escola Básica n.º 1. O 1.º Ciclo do Ensino Básico é ministrado nestas três
escolas e ainda na Escola Básica Natália Correia. As duas primeiras foram alvo de requalificação
recente, respetivamente em 2018 e 2020.

O 2.º Ciclo do Ensino Básico é lecionado na Escola Básica Nuno Gonçalves, assim como o 3.º
Ciclo do Ensino Básico, também disponibilizado na Escola Secundária Dona Luísa de Gusmão. Nenhuma
destas escolas teve obras de beneficiação.

A oferta de Ensino Secundário localiza-se na Escola Secundária Dona Luísa de Gusmão.

TABELA 84 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS NUNO GONÇALVES

Nome Tipologia Freguesia

Escola Básica Arquiteto Victor Palla EB1/JI Penha de França

Escola Básica n.º 1 de Lisboa EB1/JI Arroios

Escola Básica Natália Correia EB1 São Vicente

Escola Básica Sampaio Garrido EB1/JI Arroios

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 197


Escola Básica Nuno Gonçalves EB23 Penha de França

Escola Secundária D. Luísa de Gusmão ES/3 Arroios

Fonte: DGEstE

TABELA 85 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS NUNO
GONÇALVES

Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


AE Nuno
Estabelecimentos
Gonçalves 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

EB n.º 1 de Lisboa 90 88 85 90 90

Pré-escolar EB Sampaio Garrido 0 0 0 0 25

EB Arqt.º Victor Palla 0 0 0 0 40

EB n.º 1 de Lisboa 105 112 105 102 84

EB Sampaio Garrido 207 209 188 184 179


1.º Ciclo
EB Natália Correia 94 93 93 87 86

EB Arqt.º Victor Palla 271 255 255 222 213

2.º Ciclo EB23 Nuno Gonçalves 493 465 450 445 472

EB23 Nuno Gonçalves 247 265 294 296 238


3.º Ciclo
ES/3 Dona Luísa de Gusmão 367 359 391 381 420

Secundário ES/3 Dona Luísa de Gusmão 284 359 408 410 365

Total 2158 2205 2269 2217 2212

Fonte: DGEstE

9.9 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PADRE BARTOLOMEU DE


GUSMÃO

O Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão foi constituído em 1999, unindo a


antiga Escola Básica Padre Bartolomeu de Gusmão (na altura, só com 2.º Ciclo do Ensino Básico) e a
Escola Básica de 1.º Ciclo do Ensino Básico n.º 72 de Lisboa. Ao longo dos anos, foi integrando outros

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 198


estabelecimentos, até que em 2007/2008 chegou à sua composição atual, com quatro
estabelecimentos de ensino das freguesias de Campo de Ourique e Estrela. A sede é a Escola Básica e
Secundária Josefa de Óbidos.

A Educação Pré-Escolar é oferecida na Escola Básica Rainha Santa Isabel e na Escola Básica
Engenheiro Ressano Garcia. Ambas oferecem também o 1.º Ciclo do Ensino Básico, assim como a
Escola Básica n.º 72. Tanto a Escolas Básica n.º 72 como a Escola Básica Rainha Santa Isabel carecem
de obras de beneficiação/requalificação, já programadas. O avançado estado de degradação de ambos
os edificados obrigou à deslocalização das duas escolas, que funcionam, respetivamente, em
instalações da Junta de Freguesia da Estrela e na Escola Provisória do Rato, localizada no Mercado do
Rato. O 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e o Ensino Secundário são ministrados na Escola Básica e
Secundária Josefa de Óbidos, que foi intervencionada em 2009 pela Parque Escolar, E.P.E.

TABELA 86 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PADRE BARTOLOMEU DE


GUSMÃO

Nome Tipologia Freguesia


Escola Básica Engenheiro Ressano Garcia EB1/JI Campo de Ourique
Escola Básica n.º 72 de Lisboa EB1 Estrela
Escola Básica Rainha Santa Isabel EB1/JI Campo de Ourique
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos ES/23 Campo de Ourique
Fonte: DGEstE

TABELA 87 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PADRE
BARTOLOMEU DE GUSMÃO

AE Padre Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


Bartolomeu 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020
de Gusmão
Pré-escolar EB Rainha Santa Isabel 45 49 44 45 46

EB Eng.º Ressano Garcia 69 65 69 66 68

1.º Ciclo EB n.º 72 de Lisboa 267 253 272 230 215

EB Rainha Santa Isabel 85 88 87 78 102

EB Eng.º Ressano Garcia 276 278 285 279 270

2.º Ciclo ES/2,3 Josefa de Óbidos 352 365 381 383 406

3.º Ciclo ES/2,3 Josefa de Óbidos 466 465 453 484 518

Secundário ES/23, Josefa de Óbidos 171 171 192 231 267

Total 1731 1734 1783 1796 1892

Fonte DGEstE

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 199


9.10 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PASSOS MANUEL

O Agrupamento de Escolas Passos Manuel foi constituído em 2004. Denominado inicialmente


por Agrupamento de Escolas da Baixa-Chiado, este agrupamento é atualmente constituído por seis
estabelecimentos e a sua área de influência abrange as freguesias da Misericórdia, Santo António e
Santa Maria Maior. A sede é a Escola Básica e Secundária Passos Manuel e trata-se de um Agrupamento
TEIP.

A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica das
Gaivotas, na Escola Básica Abel Varzim, na Escola Básica de São José, na Escola Básica Luísa Ducla
Soares e na Escola Básica Maria Barroso. Esta escola foi inaugurada em 2017 e as obras de
requalificação e beneficiação da Escola Básica Luísa Ducla Soares foram concluídas em agosto de 2020.
A Escola Básica Padre Abel Varzim e a Escola Básica de São José têm previstas intervenções futuras de
beneficiação geral, estando os respetivos projetos em fase de programa preliminar. A Escola Básica
das Gaivotas carece de instalações alternativas que substituam as atuais. Está em curso a elaboração
de um projeto para uma nova escola construída de raiz em terrenos contíguos à Escola Básica e
Secundária Passos Manuel.

O 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e o Ensino Secundário são ministrados na Escola Básica e
Secundária Passos Manuel, que foi intervencionada pela Parque Escolar, E.P.E.

TABELA 88 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PASSOS MANUEL

Nome Tipologia Freguesia


Escola Básica Gaivotas EB1/JI Misericórdia
Escola Básica Luísa Ducla Soares EB1/JI Santo António
Escola Básica Maria Barroso EB1/JI Santa Maria Maior
Escola Básica Padre Abel Varzim EB1/JI Misericórdia
Escola Básica de São José EB1/JI Santo António
Escola Básica e Secundária Passos Manuel ES/23 Misericórdia
Fonte: DGEstE

TABELA 89 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PASSOS
MANUEL

AE Passos Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


Manuel 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 200


Pré-escolar EB Gaivotas 45 45 45 32 45
EB Padre Abel Varzim 43 43 42 32 43
EB São José 25 25 24 25 25
EB Luísa Ducla Soares 18 18 24 18 20
EB Maria Barroso 0 0 43 45 50
1.º Ciclo EB Gaivotas 92 89 83 82 83
EB Padre Abel Varzim 113 113 91 83 83
EB São José 178 186 185 181 188
EB Luísa Ducla Soares 62 74 91 86 87
EB Maria Barroso 0 0 24 43 66
2.º Ciclo ES/23 Passos Manuel 202 201 222 212 200
3.º Ciclo ES/23 Passos Manuel 338 372 326 326 364
Secundário ES/23 Passos Manuel 341 346 333 278 252
Total 1457 1512 1533 1443 1506
Fonte: DGEstE

9.11 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PATRÍCIO PRAZERES

O Agrupamento de Escolas Patrício Prazeres foi constituído em 2003. Inicialmente, contava um


número maior de escolas, tendo sido reduzido para a sua atual constituição com a criação do
Agrupamento de Escolas Gil Vicente. É composto por três escolas e abrange um território distribuído
pelas freguesias de Penha de França e São Vicente. A sede é a Escola Básica Patrício Prazeres.

A Educação Pré-Escolar é oferecida na Escola Básica Professor Oliveira Marques e na Escola


Básica Rosa Lobato Faria, que também ministram o 1.º Ciclo do Ensino Básico, assim como a Escola
Básica Patrício Prazeres, que é uma escola Básica Integrada, isto é, leciona também o 2.º e o 3.º Ciclos
do Ensino Básico. O agrupamento não dispõe de oferta de Ensino Secundário.

Todas as escolas carecem de obras de requalificação, existindo já um programa preliminar para


a Escola Básica Rosa Lobato Faria.

TABELA 90 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PATRÍCIO PRAZERES

Nome Tipologia Freguesia


Escola Básica Patrício Prazeres EBI Penha de França
Escola Básica Professor Oliveira Marques EB1/JI Penha de França
Escola Básica Rosa Lobato Faria EB1/JI São Vicente
Fonte: DGEstE

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 201


TABELA 91 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PATRÍCIO
PRAZERES

AE Patrício Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


Prazeres 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Pré-escolar EB Prof Oliveira Marques 75 88 69 64 60

EB Rosa Lobato Faria 64 62 64 58 67

1.º Ciclo EB Prof Oliveira Marques 89 104 102 106 99

EB Rosa Lobato Faria 105 114 117 105 113

EBI Patrício Prazeres 64 81 72 75 67

2.º Ciclo EBI Patrício Prazeres 140 128 127 124 122

3.º Ciclo EBI Patrício Prazeres 213 226 203 185 216

Total 750 803 754 717 744

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 202


ZONA NORTE

A zona Norte da cidade abrange 8 Agrupamentos de Escolas – Alto do Lumiar, Bairro Padre Cruz,
Benfica, Laranjeiras, Pintor Almada Negreiros, Professor Lindley Cintra, Quinta de Marrocos e Vergílio
Ferreira.

FIGURA 81 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA ZONA NORTE

TABELA 92 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA ZONA NORTE

2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20


Norte 15440 15433 15593 15556 15877
Alto do Lumiar 1243 1234 1252 1302 1385
Bairro Padre Cruz 657 649 639 625 776
Benfica 2857 2886 2911 2920 3000
Laranjeiras 2821 2923 3009 2923 3046
Pintor Almada Negreiros 702 686 699 789 725
Professor Lindley Cintra-Lumiar 1873 1931 1953 1930 1970
Quinta de Marrocos 1126 1187 1198 1221 1217
Vergílio Ferreira 4161 3937 3932 3846 3758

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 203


9.12 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO ALTO DO LUMIAR

O Agrupamento de Escolas do Alto do Lumiar foi constituído no ano de 2007, e incorpora cinco
escolas, distribuídas pelas freguesias do Lumiar e Santa Clara. A sede é a Escola Básica do Alto do
Lumiar. Trata-se de um agrupamento TEIP (Território de Intervenção Prioritária).

Quatro das escolas têm a oferta de Educação Pré-Escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico.
Globalmente, a oferta de Educação Pré-Escolar é de doze salas de atividade e a oferta de 1.º Ciclo do
Ensino Básico é de 31 salas de aula. A Escola Básica das Galinheiras é de construção relativamente
recente e existe um projeto de beneficiação para a Escola Básica Maria da Luz de Deus Ramos.

Na Escola Básica do Alto do Lumiar são ministrados o 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, com
uma capacidade máxima total de 24 turmas, registando-se a necessidade de intervenção no edificado.
É de salientar que esta escola foi constituída de raiz como Escola Secundária (antiga Escola Secundária
D. José I), mas o Ensino Secundário não é oferecido em qualquer dos estabelecimentos escolares do
agrupamento.

TABELA 93 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO ALTO DO LUMIAR

Nome Tipologia Freguesia

Escola Básica das Galinheiras EB1/JI Santa Clara

Escola Básica Dr. Nuno Cordeiro Ferreira EB1/JI Lumiar

Escola Básica Maria da Luz de Deus Ramos EB1/JI Santa Clara

Escola Básica Padre José Manuel Rocha e Melo EB1/JI Lumiar

Escola Básica do Alto do Lumiar EB23 Lumiar

Fonte: DGEstE

TABELA 94 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AE ALTO DO LUMIAR

AE Alto do Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


Lumiar 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Pré-escolar Escola Básica das Galinheiras 45 40 48 39 40

Escola Básica Dr. Nuno 70 61 63 67 58


Cordeiro Ferreira
Escola Básica Maria da Luz de 50 41 49 45 57
Deus
EscolaRamos
Básica Padre José 60 65 73 65 65

1.º Ciclo Manuel Rochadas


Escola Básica e Melo
Galinheiras 180 168 158 148 143

Escola Básica Dr. Nuno 111 132 132 125 120


Cordeiro Ferreira
Escola Básica Maria da Luz de 131 138 120 142 146
Deus
EscolaRamos
Básica Padre José 167 200 198 177 177
Manuel Rocha e Melo

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 204


2.º Ciclo EB do Alto do Lumiar 218 179 209 301 348

3.º Ciclo EB do Alto do Lumiar 211 210 202 193 231

TOTAL 1243 1234 1252 1302 1385

Fonte: DGEstE

9.13 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO BAIRRO PADRE CRUZ

O Agrupamento de Escolas do Bairro Padre Cruz foi criado em 2008. É composto por três
escolas, inseridas no Bairro Padre Cruz. A sede é a Escola Básica do Bairro Padre Cruz. Desde o ano
letivo 2008/2009, todas as escolas do agrupamento entraram num projeto TEIP.

O Agrupamento de Escolas do Bairro Padre Cruz apresenta uma oferta de jardim de infância
em estabelecimento autónomo (o Jardim de Infância do Bairro Padre Cruz) e na Escola Básica
Professora Aida Vieira, onde se encontra a oferta relativa ao 1.º Ciclo do Ensino Básico. O 2.º e 3.º
Ciclos do Ensino Básico são ministrados na Escola Básica do Bairro Padre Cruz, que carece de obras
estruturais. Não existe oferta de Ensino Secundário.

TABELA 95 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO BAIRRO PADRE CRUZ

Nome Tipologia Freguesia

Jardim de Infância Bairro Padre Cruz JI Carnide

Escola Básica Professora Aida Vieira EB1/JI Carnide

Escola Básica Bairro Padre Cruz EB23 Carnide

TABELA 96 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO
BAIRRO PADRE CRUZ

AE Bairro Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


Padre Cruz 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Pré-escolar Jardim de Infância Bairro Cruz 140 135 135 135 125

Escola Básica Profª Aida Vieira 0 0 0 0 50

1.º Ciclo Escola Básica Profª Aida Vieira 235 236 221 210 221

2.º Ciclo Escola Básica Bairro Padre Cruz 105 111 115 138 181

3.º Ciclo Escola Básica Bairro Padre Cruz 177 167 168 142 199

TOTAL 657 649 639 625 776

Fonte: DGEstE

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 205


9.14 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE BENFICA

O atual Agrupamento de Escolas de Benfica foi constituído no ano 2012, em resultado da


agregação da Escola Secundária José Gomes Ferreira com o anterior Agrupamento Pedro de Santarém.
É composto por cinco estabelecimentos, todos localizados na freguesia de Benfica. A sede do
agrupamento é a Escola Secundária José Gomes Ferreira, sendo um agrupamento TEIP.

A Educação Pré-Escolar é oferecida no Jardim de Infância n.º 1 de Benfica, na Escola Básica


Arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles, na Escola Básica Jorge Barradas e ainda na Escola Básica Pedro de
Santarém. O 1.º Ciclo é ministrado nas três escolas básicas. Todas estas escolas estão a ser objeto de
requalificação. A Escola Básica Jorge Barradas integrou a oferta de educação pré-escolar após ter
concluído em 2022 as obras de requalificação. Também as obras de requalificação do Jardim de
Infância n.º 1 de Benfica ficaram concluídas em 2022

O 2.º e o 3.º Ciclo funcionam na Escola Básica Pedro de Santarém, intervencionada em 2011
pela Parque Escolar, E.P.E. Existem, porém, turmas de 9.º ano na Escola Secundária José Gomes
Ferreira.

O Ensino Secundário é ministrado na Escola Secundária José Gomes Ferreira, que não é
intervencionada, a nível de obra, desde 2007.

TABELA 97 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE BENFICA

Nome Tipologia Freguesia


Jardim de Infância N.º 1 de Benfica JI Benfica
Escola Básica Arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles EB1/JI Benfica
Escola Básica Jorge Barradas EB1/JI Benfica
Escola Básica Pedro de Santarém EBI+JI Benfica
Escola Secundária José Gomes Ferreira ES/3 Benfica
Fonte: DGEstE

TABELA 98 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE
BENFICA

AE Benfica Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos

2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Pré-escolar EBI/JI Pedro de Santarém 85 85 85 90 85

EB Arquitecto Gonçalo Ribeiro 74 67 61 56 61


Telles
JI n.º 1 de Benfica 95 90 90 95 95

1.º Ciclo EB Pedro de Santarém 213 208 202 198 197

EB Arquitecto Gonçalo Ribeiro 151 147 138 130 136


Telles

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 206


EB1/JI Jorge Barradas 292 286 287 272 267

2.º Ciclo EBI Pedro de Santarém 404 405 455 446 444

3.º Ciclo EBI Pedro de Santarém 423 442 474 501 507

ES/3 José Gomes Ferreira 230 243 186 221 228

Secundário ES/3 José Gomes Ferreira 890 913 933 911 980

Total 2857 2886 2911 2920 3000

Fonte: DGEstE

9.15 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DAS LARANJEIRAS

O Agrupamento de Escolas das Laranjeiras, inicialmente constituído em 2004, agregou-se, em


2012, com a Escola Secundária Dom Pedro V, resultando na atual composição. Fazem parte deste
Agrupamento de Escolas cinco escolas, localizadas, na sua maioria, na freguesia de São Domingos de
Benfica. A sede do agrupamento, a Escola Secundária Dom Pedro V, porém, pertence às Avenidas
Novas.

A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica das
Laranjeiras, na Escola Básica Frei Luís de Sousa e na Escola Básica António Nobre. Destas três escolas,
apenas a Escola Básica António Nobre aguarda obras de requalificação — a Escola Básica das
Laranjeiras teve obras de requalificação com ampliação em 2011, e a Escola Básica Frei Luís de Sousa
também teve obras de beneficiação geral, finalizadas em 2019.

O 2.º Ciclo do Ensino Básico é lecionado exclusivamente na Escola Básica Professor Delfim
Santos. O 3.º Ciclo do Ensino Básico encontra-se repartido entre esta escola e a Escola Secundária D.
Pedro V.

A oferta de Ensino Secundário do agrupamento está concentrada na Escola Secundária D.


Pedro V, que foi intervencionada pela Parque Escolar, E.P.E.

TABELA 99 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DAS LARANJEIRAS

Nome Tipologia Freguesia


Escola Secundária D. Pedro V ES/3 Avenidas Novas
Escola Básica Prof. Delfim Santos EB23 S. Domingos de Benfica
Escola Básica António Nobre EB1/JI S. Domingos de Benfica
Escola Básica Frei Luís de Sousa EB1/JI S. Domingos de Benfica
Escola Básica de Laranjeiras EB1/JI S. Domingos de Benfica
Fonte: DGEstE

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 207


TABELA 100 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DAS
LARANJEIRAS

AE Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


Laranjeiras 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020
Pré-escolar EB Frei Luís de Sousa 71 67 72 73 71
EB António Nobre 46 67 72 72 67
EB Laranjeiras 95 117 119 125 146
1.º Ciclo EB Frei Luís de Sousa 178 181 190 190 188
EB António Nobre 218 190 196 207 201
EB Laranjeiras 267 307 324 307 283
2.º Ciclo EB Prof. Delfim Santos 444 472 429 388 414
3.º Ciclo EB Prof. Delfim Santos 557 534 597 558 602
ES3 D. Pedro V 148 145 116 78 68
Secundário ES3 D. Pedro V 797 843 894 925 1006
Total 2821 2923 3009 2923 3046
Fonte: DGEstE

9.16 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PINTOR ALMADA


NEGREIROS

A atual configuração do Agrupamento de Escolas Pintor Almada Negreiros data de 2004. É


constituído por dois estabelecimentos escolares, localizados na Freguesia de Santa Clara. A sede é a
Escola Básica Pintor Almada Negreiros e trata-se de um Agrupamento TEIP.

Ambas as escolas oferecem a Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico. A Escola
Básica Pintor Almada Negreiros assegura ainda o 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico, funcionando,
portanto, como uma Escola Básica Integrada que necessita de intervenções no edificado. O
agrupamento não dispõe de oferta de Ensino Secundário.

TABELA 101 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PINTOR ALMADA NEGREIROS

Nome Tipologia Freguesia

Escola Básica Alta de Lisboa EB1/JI Santa Clara

Escola Básica Pintor Almada Negreiros EBI/JI Santa Clara

Fonte: DGEstE

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 208


TABELA 102 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PINTOR
ALMADA NEGREIROS

AE Pintor Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


Almada 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020
Negreiros
Pré-escolar Escola Básica Alta de Lisboa 61 54 62 84 76
Escola Básica Pintor Almada 42 42 42 41 41
1.º Ciclo Negreiros
Escola Básica Alta de Lisboa 115 120 126 137 139
Escola Básica Pintor Almada 113 119 125 179 108
2.º Ciclo Negreiros
Escola Básica Pintor Almada 207 188 165 181 189
3.º Ciclo Negreiros
Escola Básica Pintor Almada 164 163 179 167 172
Negreiros
TOTAL 702 686 699 789 725
Fonte: DGEstE

9.17 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PROFESSOR LINDLEY


CINTRA

A atual configuração do Agrupamento de Escolas Professor Lindley Cintra data de 2008.


Engloba uma totalidade de seis estabelecimentos de ensino, situados nas freguesias do Lumiar e Santa
Clara. A sede é a Escola Secundária do Lumiar.

A Educação Pré-Escolar é assegurada por dois estabelecimentos autónomos, isto é, não


agregados a escolas básicas: Jardim de Infância da Ameixoeira e Jardim de Infância do Lumiar, este
último de construção recente. O 1.º Ciclo do Ensino Básico é lecionado na Escola Básica Eurico
Gonçalves e na Escola Básica da Quinta dos Frades, que sofreu obras de ampliação em 2018.

O 2.º e o 3.º Ciclos são lecionados na Escola Básica Professor Lindley Cintra, existindo ainda
oferta de 3.º Ciclo na Escola Secundária do Lumiar.

O Ensino Secundário é ministrado na Escola Secundária do Lumiar, que necessita de


intervenção ao nível do edificado.

TABELA 103 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PROFESSOR LINDLEY CINTRA

Nome Tipologia Freguesia


Jardim de Infância Lumiar JI Lumiar
Jardim de Infância da Ameixoeira JI Santa Clara
Escola Básica Eurico Gonçalves EB1 Santa Clara
Escola Básica Quinta dos Frades EB1 Lumiar
Escola Básica Professor Lindley Cintra EB23 Lumiar
Escola Secundária do Lumiar ES3 Lumiar
Fonte: DGEstE

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 209


TABELA 104 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
PROFESSOR LINDLEY CINTRA

AE Prof. Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


Lindley 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020
Cintra
Pré-escolar Jardim de Infância da 140 146 140 137 136
Ameixoeira
Jardim de Infância Lumiar 95 95 95 85 92
1.º Ciclo Escola Básica Eurico Gonçalves 173 178 190 193 186
Escola Básica Quinta dos 317 332 325 318 308
2.º Ciclo Frades Básica Professor Lindley
Escola 381 350 336 339 356
3.º Ciclo Cintra Básica Professor Lindley
Escola 133 178 198 157 181
Cintra Secundária Lumiar
Escola 318 314 301 330 328
Secundário Escola Secundária Lumiar 316 338 368 371 383
TOTAL 1873 1931 1953 1930 1970
Fonte: DGEstE

9.18 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS QUINTA DE MARROCOS

O Agrupamento de Escolas Quinta de Marrocos foi constituído no ano 2004 e agrega três
estabelecimentos de ensino, todos concentrados na freguesia de Benfica. A sede é a Escola Básica
Quinta de Marrocos. Este agrupamento tem a particularidade de constituir um agrupamento/escola
de referência para o ensino bilingue de alunos surdos.

A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica Silva
Porto e na Escola Básica José Salvado Sampaio, que tiveram obras de beneficiação, parcial ou geral,
entre 2009 e 2016.

O 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico são lecionados na Escola Básica Quinta de Marrocos que
data de 1978 e nunca foi alvo de qualquer intervenção estrutural ou requalificação. O agrupamento
não dispõe de oferta de Ensino Secundário.

TABELA 105 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS QUINTA DE MARROCOS

Nome Tipologia Freguesia

Escola Básica Parque Silva Porto EB1/JI Benfica

Escola Básica Professor José Salvado Sampaio EB1/JI Benfica

Escola Básica Quinta de Marrocos EB23 Benfica

Fonte: DGEstE

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 210


TABELA 106 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS QUINTA
DE MARROCOS

AE Quinta de Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


Marrocos 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Pré-escolar EB Professor José Salvado 70 70 75 65 60


Sampaio
EB Parque Silva Porto 72 102 96 90 101

1.º Ciclo EB Professor José Salvado 201 219 216 217 213
Sampaio
EB Parque Silva Porto 183 234 233 243 241

2.º Ciclo EB23 Quinta de Marrocos 225 210 237 276 253

3.º Ciclo EB23 Quinta de Marrocos 375 352 341 330 349

Total 1126 1187 1198 1221 1217

Fonte: DGEstE

9.19 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VERGÍLIO FERREIRA

O Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira é o maior agrupamento de Lisboa, com um total de


10 estabelecimentos escolares. A constituição atual data de 2013, resultante da junção dos
Agrupamentos de Telheiras e São Vicente com a Escola Secundária Vergílio Ferreira. Abrange três
freguesias: Alvalade, Lumiar e Carnide. O Agrupamento é de referência para surdos e tem cinco
unidades de multideficiência e autismo distribuídas pelas suas escolas.

A Educação Pré-Escolar é oferecida no Jardim de Infância de Telheiras e no Jardim de Infância


Horta nova, ambos autónomos. Mas é também assegurado em quatro das escolas do 1.º Ciclo do
Ensino Básico do agrupamento: Escola Básica Dom Luís da Cunha, Escola Básica do Lumiar, Escola
Básica Luz/Carnide e Escola Básica Prista Monteiro. Apenas a Escola Básica Telheiras n.º 1 se restringe
ao 1.º Ciclo do Ensino Básico. A Escola Básica de São Vicente é uma escola integrada, com oferta desde
o Pré-Escolar até ao 3.º Ciclo do Ensino Básico. Todas estas escolas foram ou estão a ser alvo de
intervenção recente.

O 2.º Ciclo do Ensino Básico é assegurado na Escola Básica de Telheiras e na Escola Básica de
São Vicente, assim como o 3.º Ciclo do Ensino Básico, que existe ainda na Escola Secundária Vergílio
Ferreira. As duas últimas foram intervencionadas em 2011, mas a Escola Básica de Telheiras carece de
requalificação.

A oferta de Ensino Secundário concentra-se na Escola Secundária Vergílio Ferreira.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 211


TABELA 107 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO VERGÍLIO FERREIRA

Nome Tipologia Freguesia


Jardim de Infância Telheiras JI Lumiar
Jardim de Infância Horta Nova JI Carnide
Escola Básica Telheiras n.º 1 EB1 Lumiar
Escola Básica Dom Luís da Cunha EB1/JI Alvalade
Escola Básica Lumiar EB1/JI Lumiar
Escola Básica Luz/Carnide EB1/JI Carnide
Escola Básica Prista Monteiro EB1/JI Carnide
Escola Básica Telheiras EB23 Lumiar
Escola Básica São Vicente EBI/JI Lumiar
Escola Secundária Vergílio Ferreira ES3 Lumiar
Fonte: DGEstE

TABELA 108 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
VERGÍLIO FERREIRA

AE Vergílio Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


Ferreira 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020
Pré-escolar Jardim de Infância Telheiras 145 145 141 135 140
Jardim de Infância Horta Nova 95 85 90 87 90
Escola Básica Dom Luís da 45 65 70 66 65
Cunha Básica Lumiar
Escola 90 100 99 89 89
Escola Básica Luz/Carnide 25 20 20 20 20
Escola Básica Prista Monteiro 45
Escola Básica São Vicente 50 75 69 65 65
1.º Ciclo Escola Básica Telheiras N.º 1 289 286 299 291 283
Escola Básica Dom Luís da 47 47 50 78 105
Cunha Básica Lumiar
Escola 308 296 288 282 273
Escola Básica Luz/Carnide 174 175 176 164 163
Escola Básica Prista Monteiro 122 106 105 104 120
Escola Básica São Vicente 87 112 142 144 143
2.º Ciclo Escola Básica Telheiras 307 325 308 294 237
Escola Básica São Vicente 244 228 241 245 237
3.º Ciclo Escola Básica Telheiras 330 320 326 313 285
Escola Básica São Vicente 245 248 260 251 235
Escola Secundária Vergílio 279 266 267 265 260
Secundário FerreiraSecundária Vergílio
Escola 1279 1038 981 953 903
Ferreira
TOTAL 4161 3937 3932 3846 3758

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 212


CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 213
ZONA OCIDENTAL

A zona Ocidental da cidade abrange 2 Agrupamentos de Escolas – Francisco de Arruda e Restelo e 3


Escolas não agrupadas - Marquês de Pombal, Escola Secundária Fonseca de Benevides e Escola
Secundária Rainha Dona Amélia

FIGURA 82 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA ZONA OCIDENTAL

TABELA 109 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA ZONA OCIDENTAL

2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2018/20

3750 3690 3718 3628 3531


Ocidental- Total
Francisco de Arruda 1263 1172 1146 1136 1148
Restelo 2487 2518 2572 2492 2383

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 214


9.20 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS FRANCISCO DE ARRUDA

O Agrupamento de Escolas Francisco de Arruda foi constituído no ano 2004, abrangendo seis
estabelecimentos nas freguesias de Alcântara e da Ajuda. A sede é a Escola Básica Francisco de Arruda
e trata-se de um Agrupamento TEIP.

A Educação Pré-Escolar é oferecida no Jardim de Infância Alexandre Rodrigues Ferreira, na


Escola Básica Raúl Lino, na Escola Básica de Santo Amaro e na Escola Básica Homero Serpa. O 1.º Ciclo
do Ensino Básico é ministrado nestas escolas básicas e ainda na Escola Básica Alexandre Herculano.
Todas estas escolas foram alvo de beneficiação recente, exceto a Escola Básica de Santo Amaro, que é
presentemente objeto de intervenção com obras de Beneficiação Geral.

O 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico são lecionados na Escola Básica Francisco de Arruda,
intervencionada em 2011 pela Parque Escolar, E.P.E. Não existe oferta de Ensino Secundário neste
agrupamento.

TABELA 110 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS FRANCISCO ARRUDA

Nome Tipologia Freguesia


Escola Básica Raúl Lino EB1/JI Alcântara
Escola Básica de Santo Amaro EB1/JI Alcântara
Escola Básica Alexandre Herculano EB1 Ajuda
Escola Básica Homero Serpa EB1/JI Ajuda
Jardim de Infância Alexandre Rodrigues Ferreira JI Ajuda
Escola Básica Francisco de Arruda EB23 Alcântara
Fonte: DGEstE

TABELA 111 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
FRANCISCO DE ARRUDA

AE Francisco Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


de Arruda 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020
Pré-escolar EB Santo Amaro 46 50 65 61 60
EB Homero Serpa 50 36 19 16 11
EB Raul Lino 75 70 69 74 70
JI Alexandre Rodrigues Ferreira 0 0 0 18 39
1.º Ciclo EB Santo Amaro 185 196 188 186 189
EB Homero Serpa 36 25 28 26 24
EB Raul Lino 183 184 180 168 170
EB Alexandre Herculano 89 91 84 80 80
2.º Ciclo EB Francisco de Arruda 346 311 284 301 303
3.º Ciclo EB Francisco de Arruda 253 209 229 206 202

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 215


Total 1263 1172 1146 1136 1148
Fonte: DGEstE

9.21 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO RESTELO

O atual Agrupamento de Escolas do Restelo resulta da junção do Agrupamento de Escolas


Belém-Restelo (2003/2004) com a Escola Secundária do Restelo, no ano de 2013. Engloba sete escolas,
quase todas localizadas na freguesia de Belém e uma na Ajuda. A sede é a Escola Secundária do Restelo.
A Educação Pré-Escolar é oferecida no Jardim de Infância de Belém, assim como nas quatro escolas de
1.º Ciclo do Ensino Básico do agrupamento: Escola Básica do Bairro do Restelo, Escola Básica de
Caselas, Escola Básica Moinhos do Restelo e Escola Básica Professor Manuel Sérgio. Todos estes
estabelecimentos foram alvo de obras de beneficiação geral/requalificação recentemente, exceto a
Escola Básica Professor Manuel Sérgio, cuja intervenção se encontra programada. As instalações do
Jardim de Infância de Belém são resultado de obras de requalificação com alteração de tipologia da
antiga Escola n.º 107. Este equipamento integrou as crianças do Jardim de Infância de Pedrouços que
foi extinto na rede escolar. O 2.º e o 3.º Ciclo do Ensino são lecionados na Escola Básica Paula Vicente,
existindo ainda oferta de 3.º Ciclo na Escola Secundária do Restelo. O Ensino Secundário é lecionado
na Escola Secundária do Restelo.

TABELA 112 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO RESTELO

Nome Tipologia Freguesia


Escola Básica Bairro do Restelo EB1/JI Belém
Escola Básica de Caselas EB1/JI Belém
Escola Básica de Moinhos do Restelo EB1/JI Belém
Escola Básica Professor Manuel Sérgio EB1/JI Ajuda
Jardim de Infância de Belém JI Belém
Escola Básica Paula Vicente EB23 Belém
Escola Secundária do Restelo ES/3 Belém
Fonte: DGEstE

TABELA 113 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AE DO RESTELO

AE Restelo Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020
Pré-escolar EB Moinhos do Restelo 70 73 73 66 61
EB Bairro do Restelo 59 64 64 64 64
EB Prof. Manuel Sérgio 40 19 20 20 20

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 216


EB Caselas 20 25 20 22 45
JI Pedrouços 50 0 0 0 0
JI Belém 0 62 86 88 79
1.º Ciclo EB Moinhos do Restelo 219 216 215 213 191
EB Bairro do Restelo 224 218 224 226 226
EB Prof. Manuel Sérgio 71 75 65 73 55
EB Caselas 87 89 79 84 90
2.º Ciclo EB23 Paula Vicente 236 257 266 233 260
3.º Ciclo EB23 Paula Vicente 159 148 183 176 140
ES/3 Restelo 426 441 439 396 392
Secundário ES/3 Restelo 826 831 838 831 760
Total 2487 2518 2572 2492 2383

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 217


ZONA ORIENTAL

A zona Oriental da cidade abrange 7 Agrupamentos de Escolas – D. Dinis, Eça de Queirós, Fernando
Pessoa, Luís António Verney, Olaias, Piscinas-Olivais e Santa Maria dos Olivais.

FIGURA 83 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA ZONA ORIENTALL

TABELA 114 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA ZONA ORIENTAL

2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20

Oriental 12080 12054 12110 12130 11649


D. Dinis 2436 2365 2382 2402 2376
Eça de Queirós 1994 1883 1837 1854 1628
Fernando Pessoa 1417 1390 1372 1410 1363
Luís António Verney 905 882 991 942 943
Olaias 1125 1103 1140 1188 1201
Piscinas -Olivais 1441 1419 1392 1314 1231
Santa Maria dos Olivais 2762 3012 2996 3020 2907

9.22 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DOM DINIS

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 218


O Agrupamento de Escolas Dom Dinis é um dos maiores de Lisboa, tendo sido constituído
numa primeira fase, no ano de 2011, em resultado da agregação da Escola Secundária Dom Dinis com
as escolas do Agrupamento de Escolas de Marvila. Numa segunda fase, em 2012, o Agrupamento
agregou as escolas do Agrupamento de Escolas Damião de Góis. Atualmente. é composto por um total
de 8 escolas, todas localizadas na freguesia de Marvila. A sede é a Escola Secundária Dom Dinis. Trata-
se de um Agrupamento TEIP (Território Educativo de Intervenção Prioritária).

A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica de Lóios,
na Escola Básica Professor Agostinho da Silva, na Escola Básica Luíza Neto Jorge, na Escola Básica João
dos Santos e na Escola Básica n.º 195 de Lisboa. As três primeiras foram alvo de requalificação recente.

O 2.º e o 3.º Ciclo funcionam na Escola Básica Damião de Góis e na Escola Básica de Marvila.

O Ensino Secundário é ministrado na Escola Secundária Dom Dinis, em conjunto com o 3.º Ciclo
do Ensino Básico. Esta escola foi intervencionada pelo programa da Parque Escolar, E.P.E. em 2008.

TABELA 115 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DOM DINIS

Nome Tipologia Freguesia


Escola Básica de Lóios EB1/JI Marvila
Escola Básica Professor Agostinho da Silva EB1/JI Marvila
Escola Básica Luíza Neto Jorge EB1/JI Marvila
Escola Básica João dos Santos EB1/JI Marvila
Escola Básica n.º 195 de Lisboa EB1/JI Marvila
Escola Básica Damião de Góis EB23 Marvila
Escola Básica de Marvila EB23 Marvila
Escola Secundária D. Dinis ES3 Marvila
Fonte: DGEstE

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 219


TABELA 116 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DOM
DINIS

AE D. Dinis Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos

2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Pré-escolar EB de Lóios 0 21 43 50 40

EB Professor Agostinho da Silva 0 0 0 0 20

EB Luíza Neto Jorge 70 71 68 71 61

EB João dos Santos 70 70 66 72 65

EB n.º 195 de Lisboa 50 50 41 47 51

1.º Ciclo EB de Lóios 100 95 98 105 107

EB Professor Agostinho da Silva 69 72 93 89 83

EB Luíza Neto Jorge 107 104 106 99 95

EB João dos Santos 117 108 90 85 84

EB n.º 195 de Lisboa 127 125 120 117 115

2.º Ciclo EB Damião de Góis 239 171 164 156 154

EB de Marvila 175 150 127 159 186

3.º Ciclo EB Damião de Góis 189 184 196 200 197

EB de Marvila 183 177 168 157 158

ES D. Dinis 350 342 349 290 248

Secundário ES D. Dinis 590 625 653 705 712

TOTAL 2436 2365 2382 2402 2376

Fonte: DGEstE

9.23 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EÇA DE QUEIRÓS

O Agrupamento de Escolas Eça de Queirós, localizado nas freguesias dos Olivais e do Parque
das Nações, foi constituído em 2010 e agregou a Escola Secundária Eça de Queirós, a Escola Básica
Vasco da Gama e um estabelecimento que na altura ainda se encontrava em construção, a atual Escola
Básica do Parque das Nações. A sede é a Escola Secundária Eça de Queirós.

A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica do Parque
das Nações e na Escola Básica Vasco da Gama.

O 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico até 2020/2021 eram ministrados na Escola Básica Vasco
da Gama e na Escola Secundária Eça de Queirós. A partir de 2021/2022, estes níveis de ensino
passaram a ser assegurados pela Escola Básica Vasco da Gama e pela Escola Básica do Parque das

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 220


Nações, decorrente da conclusão das obras neste estabelecimento. O Ensino Secundário é oferta
exclusiva da Escola Secundária Eça de Queirós, que funciona em conjunto com o 3.º Ciclo do Ensino
Básico. Esta escola foi intervencionada pela Parque Escolar, E.P.E. em 2009.

TABELA 117 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EÇA DE QUEIRÓS

Nome Tipologia Freguesia

Escola Básica do Parque das Nações EBI/JI Parque das Nações

Escola Básica Vasco da Gama EBI/JI Parque das Nações

Escola Secundária Eça de Queirós ES3 Olivais

TABELA 118 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AE EÇA DE QUEIRÓS

AE Eça de Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


Queirós 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Pré-escolar EB do Parque das Nações 95 95 75 70 70

EB Vasco da Gama 45 40 45 50 50

1.º Ciclo EB do Parque das Nações 209 198 222 218 214

EB Vasco da Gama 220 187 184 187 189

2.º Ciclo EB Vasco da Gama 170 155 164 152 152

ES Eça de Queirós 126 135 118 110 112

3.º Ciclo EB Vasco da Gama 328 317 279 246 235

ES Eça de Queirós 226 201 210 243 247

Secundário ES Eça de Queirós 575 555 540 578 359

TOTAL 1994 1883 1837 1854 1628

Fonte: DGEstE

9.24- AGRUPAMENTO DE ESCOLAS FERNANDO PESSOA

O Agrupamento de Escolas Fernando Pessoa foi constituído em 2004 e é composto por quatro
escolas, localizando-se três na freguesia dos Olivais e uma na freguesia do Parque das Nações. A sede
é a Escola Básica Fernando Pessoa e trata-se de um Agrupamento TEIP.

A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica Infante
D. Henrique, na Escola Básica Arco-Íris e na Escola Básica Adriano Correia de Oliveira.

O 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico são ministrados na Escola Básica Fernando Pessoa. Não
existe oferta de Ensino Secundário no agrupamento.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 221


TABELA 119 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS FERNANDO PESSOA

Nome Tipologia Freguesia

Escola Básica Infante D. Henrique EB1/JI Parque das Nações

Escola Básica Arco-Íris EB1/JI Olivais

Escola Básica Adriano Correia de Oliveira EB1/JI Olivais

Escola Básica Fernando Pessoa EB23 Olivais

TABELA 120 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
FERNANDO PESSOA

AE Fernando Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


Pessoa 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020
Pré-escolar EB Infante D. 70 64 63 65 58
Henrique
EB Arco-Íris 70 97 87 92 95
EB Adriano Correia 75 45 59 66 59
1.º Ciclo de Oliveira
EB Infante D. 114 103 98 124 123
Henrique
EB Arco-Íris 233 201 168 152 152
EB Adriano Correia 131 141 142 133 127
2.º Ciclo de
EB Oliveira
Fernando Pessoa 341 327 336 367 331
3.º Ciclo EB Fernando Pessoa 383 412 419 411 418
TOTAL 1417 1390 1372 1410 1363
Fonte: DGEstE

9.25 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LUÍS ANTÓNIO VERNEY

O Agrupamento de Escolas Luís António Verney é constituído por quatro estabelecimentos


escolares, localizados nas freguesias do Beato e Marvila. A sede é a Escola Básica e Secundária Luís
António Verney e trata-se de um agrupamento TEIP. O Agrupamento encontra-se constituído desde
janeiro de 2005.

A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica do Bairro
da Madre de Deus, na Escola Básica do Beato e na Escola Básica do Condado.

O 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico funcionam na Escola Básica e Secundária Luís António
Verney, que conta também com oferta ao nível do Ensino Secundário Artístico desde o ano letivo
2019/2020 Esta escola necessita de obras essenciais e urgentes, uma vez que nunca foi alvo de
intervenção profunda.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 222


A evolução previsível do Agrupamento de Escolas Luís António Verney assenta na
possibilidade, já concretizada em 2019/2020, de se constituir enquanto polo de Ensino Artístico
Especializado, não só para a área circundante do Agrupamento, Marvila e Beato, mas mais abrangente
para a cidade de Lisboa e toda a região metropolitana.

TABELA 121 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LUÍS ANTÓNIO VERNEY

Nome Tipologia Freguesia

Escola Básica Beato EB1/JI Beato

Escola Básica Condado EB1/JI Marvila

Escola Básica Bairro Madre de Deus EB1/JI Beato

Escola Básica e Secundária Luís António Verney ES23 Beato

Fonte: DGEstE

TABELA 122 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LUÍS
ANTÓNIO VERNEY

AE Luís Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


António Estabelecimentos
2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020
Verney

Escola Básica Beato 0 0 23 43 56

Escola Básica Condado 100 85 82 80 62


Pré-escolar
Escola Básica Bairro Madre de
Deus 45 45 63 65 58

Escola Básica Beato 85 78 64 68 64

Escola Básica Condado 177 186 172 174 172


1.º Ciclo
Escola Básica Bairro Madre de
Deus 116 123 196 115 127

Escola Básica e Secundária Luís


2.º Ciclo
António Verney 188 166 182 185 167

Escola Básica e Secundária Luís


3.º Ciclo
António Verney 194 199 209 212 223

Escola Básica e Secundária Luís


Secundário
António Verney 0 0 0 0 14

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 223


TOTAL 905 882 991 942 943

Fonte: DGEstE

9.26 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DAS OLAIAS

O Agrupamento de Escolas das Olaias é constituído por quatro estabelecimentos de ensino,


distribuídos pelas freguesias do Beato, Marvila e Penha de França. A sua constituição data de 2005. A
sede é a Escola Básica das Olaias. É um Agrupamento TEIP.

A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica Actor
Vale, na Escola Básica do Bairro do Armador e na Escola Básica Engenheiro Duarte Pacheco. A Escola
Básica Bairro do Armador é de construção relativamente recente, tendo o equipamento sido
inaugurado em 2009. É escola de referência para alunos cegos. A Escola Básica Engenheiro Duarte
beneficiou de uma obra de remodelação global, finalizada em 2019 que permitiu o alargamento da
oferta de Educação Pré-Escolar. A Escola Básica Actor Vale foi alvo de uma beneficiação geral concluída
em 2022.

O 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico são ministrados na Escola Básica das Olaias que carece
seriamente de uma intervenção e reabilitação. Este agrupamento não tem oferta de Ensino
Secundário.

TABELA 123 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DAS OLAIAS

Nome Tipologia Freguesia


Escola Básica Ator Vale EB1/JI Penha de França
Escola Básica Bairro do Armador EB1/JI Marvila
Escola Básica Eng.º Duarte Pacheco EB1/JI Beato
Escola Básica das Olaias E23 Beato
Fonte: DGEstE

TABELA 124 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DAS
OLAIAS

Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


Estabelecimentos
AE das Olaias 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Escola Básica Actor Vale 45 45 45 48 49

Pré-escolar Escola Básica Bairro do


Armador 108 97 108 111 109

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 224


Escola Básica Engenheiro
Duarte Pacheco 23 24 19 48 57

Escola Básica Actor Vale 216 228 220 210 199

Escola Básica Bairro do


1.º Ciclo Armador 135 158 165 144 122

Escola Básica Engenheiro


Duarte Pacheco 118 101 101 102 82

2.º Ciclo Escola Básica das Olaias 218 198 187 238 277

3.º Ciclo Escola Básica das Olaias 262 252 295 287 306

TOTAL 1125 1103 1140 1188 1201

Fonte: DGEstE

9.27 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PISCINAS-OLIVAIS

O Agrupamento de Escolas Piscinas-Olivais é constituído por quatro escolas, todas na freguesia


dos Olivais. A sede é a Escola Básica de Piscinas. Trata-se de um Agrupamento integrado no programa
TEIP.

A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica
Viscondessa dos Olivais (antiga Escola Básica n.º 36 de Lisboa), na Escola Básica Paulino Montez e na
Escola Básica de Santa Maria dos Olivais. A Escola Básica Paulino Montez foi alvo de uma beneficiação
geral e arranjos exteriores em 2015. Em 2020 foram concluídas as obras de beneficiação geral e
arranjos exteriores da Escola Básica Viscondessa dos Olivais. Estão previstas para iniciar brevemente a
2.ª e 3.ª fases das obras de beneficiação geral e arranjos exteriores na Escola Básica de Santa Maria
dos Olivais

O 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico são ministrados na Escola Básica de Piscinas. O
agrupamento não dispõe de oferta ao nível do Ensino Secundário.

TABELA 125 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PISCINAS-OLIVAIS

Nome Tipologia Freguesia


Escola Básica Viscondessa dos Olivais (ex- EB EB1/JI Olivais
n.º 36 de
Escola Lisboa)
Básica Paulino Montez EB1/JI Olivais
Escola Básica de Santa Maria dos Olivais EB1/JI Olivais
Escola Básica de Piscinas EB23 Olivais
Fonte: DGEstE

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 225


TABELA 126 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
PISCINAS-OLIVAIS

AE Piscinas- Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


Olivais 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020
Pré-escolar EB Viscondessa dos Olivais 50 42 48 45 50
EB Paulino Montez 70 65 64 69 70
EB de Santa Maria dos Olivais 45 45 42 42 40
1.º Ciclo EB Viscondessa dos Olivais 197 219 214 192 182
EB Paulino Montez 232 226 230 204 230
EB de Santa Maria dos Olivais 126 114 105 111 92
2.º Ciclo EB de Piscinas 341 332 318 290 296
3.º Ciclo EB de Piscinas 380 376 371 361 271
TOTAL 1441 1419 1392 1314 1231
Fonte: DGEstE

9.28 - AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SANTA MARIA DOS


OLIVAIS

O Agrupamento de Escolas de Santa Maria dos Olivais foi constituído em 2012. Tem no total
cinco escolas, quatro localizadas na freguesia dos Olivais e uma em Marvila. A sede é a Escola
Secundária António Damásio. Trata-se de um agrupamento TEIP.

A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica Alice
Vieira (presentemente em obra de requalificação), na Escola Básica Sarah Afonso e na Escola Básica
Manuel Teixeira Gomes. O 2.º e o 3.º Ciclo do Ensino Básico são lecionados na Escola Básica dos Olivais,
cujo edificado necessita de reabilitação. Existe ainda oferta de 3.º Ciclo na Escola Secundária António
Damásio. O Ensino Secundário é lecionado apenas na Escola Secundária António Damásio, que foi
intervencionada pela Parque Escolar, E.P.E. em 2011.

TABELA 127 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE SANTA MARIA DOS OLIVAIS

Nome Tipologia Freguesia


Escola Básica Alice Vieira EB1/JI Olivais
Escola Básica Sarah Afonso EB1/JI Olivais
Escola Básica Manuel Teixeira Gomes EB1/JI Marvila
Escola Básica dos Olivais EB23 Olivais
Escola Secundária António Damásio ES3 Olivais
Fonte: DGEstE

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 226


TABELA 128 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE
SANTA MARIA DOS OLIVAIS

AE de Santa Estabelecimentos Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


Maria dos 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020
Olivais
Pré-escolar EB Alice Vieira 70 66 70 65 62
EB Sarah Afonso 65 86 88 80 80
EB Manuel Teixeira Gomes 65 70 65 70 65
1.º Ciclo EB Alice Vieira 226 214 185 169 166
EB Sarah Afonso 118 143 174 196 195
EB Manuel Teixeira Gomes 218 203 181 183 164
2.º Ciclo EB dos Olivais 215 259 274 285 256
3.º Ciclo EB dos Olivais 243 240 233 237 271
ES António Damásio 196 211 207 213 209
Secundário ES António Damásio 1346 1520 1519 1522 1439
TOTAL 2762 3012 2996 3020 2907
Fonte: DGEstE

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 227


ESCOLAS NÃO AGRUPADAS

FIGURA 84 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NAS ESCOLAS NÃO
AGRUPADAS

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 228


TABELA 129 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NAS ESCOLAS NÃO
AGRUPADAS

2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2018/20

Centro 955 973 933 967 863


Escola Profissional Ciências Geográficas 26 28 28 46 79
Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho 929 945 905 921 784
Centro Histórico 4390 3844 3916 3988 3874
Escola Artística António Arroio 1230 1282 1225 1297 1326
Escola Artística de Dança do Conservatório
275 190 180 155 186
Nacional
Escola Artística de Música do Conservatório
274 259 263 299 223
Nacional
Escola Secundária Camões 1106 997 1007 1031 1018
Escola Secundária Pedro Nunes 1505 1116 1241 1206 1121
Ocidental 1715 1845 1728 1746 1787
Escola Secundária Fonseca Benevides 224 451 420 420 471
Escola Secundária Marquês de Pombal 529 395 326 314 279
Escola Secundária Rainha D. Amélia 962 999 982 1012 1037

7060 6662 6577 6701 6524


Total Geral

9.29 - ESCOLA ARTÍSTICA ANTÓNIO ARROIO

A Escola Artística António Arroio é um estabelecimento de ensino artístico localizado na


freguesia da Penha de França, com uma oferta escolar única no contexto da cidade de Lisboa, de tal
modo que a sua atratividade se estende aos concelhos limítrofes. Faz parte da rede de escolas de
referência para a educação bilingue.

TABELA 130 - EVOLUÇÃO DE NÚMERO DE ALUNOS POR CICLO DE ENSINO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – ESCOLA
ARTÍSTICA ANTÓNIO ARROIO

Estabelecimento Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos

Secundário 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas

Escola Artística António 1230 49 1282 50 1225 50 1297 50 1326 51


Arroio
Total 1230 49 1282 50 1225 50 1297 50 1326 51

Fonte: DGEstE

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 229


9.30 - ESCOLA SECUNDÁRIA PEDRO NUNES

A Escola Secundária Pedro Nunes é uma Escola não Agrupada que se localiza na freguesia de
Campo de Ourique, com oferta de Ensino Secundário e 3.º Ciclo do Ensino Básico.

TABELA 131 - EVOLUÇÃO DE NÚMERO DE ALUNOS POR CICLO DE ENSINO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – ESCOLA
SECUNDÁRIA PEDRO NUNES

Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos

Estabelecimento 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas

3.º Ciclo 386 13 409 14 485 16 478 16 462 16


ES/3 Pedro
Nunes 1119 39 707 26 756 26 728 27 659 27
Secundário

Total 1505 52 1116 40 1241 42 1206 43 1121 43

Fonte: DGEstE

9.31 - ESCOLAS ARTÍSTICAS DE DANÇA E DE MÚSICA DO


CONSERVATÓRIO NACIONAL

As Escolas Artísticas de Dança e de Música, pela especificidade da sua oferta, acolhem


alunos de todas as freguesias de Lisboa e mesmo de fora do concelho. Presentemente, em
virtude do decorrer de obras de beneficiação do Convento dos Caetanos, ambas se encontram
deslocalizadas. A Escola Artística de Música funciona, provisoriamente, nas instalações da
Escola Secundária Marquês de Pombal e a Escola Artística de Dança encontra-se repartida por
quatro espaços na cidade de Lisboa.

TABELA 132 - EVOLUÇÃO DE NÚMERO DE ALUNOS POR CICLO DE ENSINO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – ESCOLA
ARTÍSTICA DE DANÇA DO CONSERVATÓRIO NACIONAL

Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos

Estabelecimento 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas

2.º Ciclo 60 4 54 4 49 4 46 4 52 4

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 230


Escola Artística 3.º Ciclo 149 8 83 6 81 6 73 6 76 6
de Dança do
Conservatório 66 10 53 6 50 5 36 3 58 4
Nacional Secundário

Total 275 22 190 16 180 15 155 13 186 14

Fonte: DGEstE

TABELA 133 - EVOLUÇÃO DE NÚMERO DE ALUNOS POR CICLO DE ENSINO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – ESCOLA
ARTÍSTICA DE MÚSICA DO CONSERVATÓRIO NACIONAL

Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos

Estabelecimento 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas

2.º Ciclo 70 4 68 4 44 4 73 4 71 4
Escola Artística
de Música do 3.º Ciclo 98 6 97 6 101 6 98 6 102 6

Conservatório
Nacional 106 7 94 6 118 7 128 7 50 3
Secundário

Total 274 17 259 16 263 17 299 17 223 13

Fonte: DGEstE

9.32 - ESCOLA SECUNDÁRIA FONSECA BENEVIDES

A Escola Secundária Fonseca de Benevides, localizada na freguesia de Alcântara, tem


oferta desde o 2.º Ciclo até ao Ensino Secundário. É de salientar que este estabelecimento é
o único no concelho de Lisboa que oferece a possibilidade de ensino à distância.

Tabela 134 - Evolução de número de alunos por ciclo de ensino nos últimos 5 anos letivos – Escola
Secundária Fonseca Benevides

Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos

Estabelecimento 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 231


2.º Ciclo 58 3 149 9 111 8 85 5 133 8
Escola
Secundária 3.º Ciclo 24 1 151 9 137 9 133 9 179 11

Fonseca
Benevides 142 8 151 10 172 10 202 12 292 16
Secundário

Total 224 12 451 28 420 27 420 26 604 35

9.33 - ESCOLA SECUNDÁRIA RAINHA DONA AMÉLIA

A Escola Secundária Rainha Dona Amélia localiza-se na freguesia de Alcântara e foi alvo
de intervenção recente pela Parque Escolar, E.P.E.

TABELA 135 - EVOLUÇÃO DE NÚMERO DE ALUNOS POR CICLO DE ENSINO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – ESCOLA
SECUNDÁRIA RAINHA DONA AMÉLIA

Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos

Estabelecimento 2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas

Escola 3.º Ciclo 457 16 436 15 412 15 429 15 450 16


Secundária
Rainha D. 505 20 563 22 570 23 583 24 587 25
Amélia Secundário

Total 962 36 999 37 982 38 1012 39 1037 41

Fonte: DGEstE

9.34 - ESCOLA SECUNDÁRIA CAMÕES

A Escola Secundária de Camões localiza-se na freguesia de Arroios e está a ser alvo de


intervenção por parte da Parque Escolar, E.P.E.

TABELA 136 - EVOLUÇÃO DE NÚMERO DE ALUNOS POR CICLO DE ENSINO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – ESCOLA
SECUNDÁRIA CAMÕES

Estabelecimento Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos

2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas

Escola
Secundária 1106 43 997 42 1007 40 1031 40 1018 40
Secundário
Camões

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 232


Total 1106 43 997 42 1007 40 1031 40 1018 40

Fonte: DGEstE

9.35 - ESCOLA SECUNDÁRIA MARIA AMÁLIA VAZ DE


CARVALHO

A Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho localiza-se na freguesia das


Avenidas Novas é uma escola de referência para a educação de alunos cegos e com baixa
visão. Necessita de obras de intervenção.

TABELA 137 - EVOLUÇÃO DE NÚMERO DE ALUNOS POR CICLO DE ENSINO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – ESCOLA
SECUNDÁRIA MARIA AMÁLIA VAZ DE CARVALHO

Estabelecimento Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos

2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas

Escola Secundária 929 37 945 42 905 41 921 39 784 37


Maria Amália
TotalVaz de 929 37 945 42 905 41 921 39 784 37
Carvalho
Fonte: DGEstE

9.36 - ESCOLA SECUNDÁRIA MARQUÊS DE POMBAL

A Escola Secundária Marquês de Pombal localiza-se na freguesia de Belém e privilegia


o Ensino Profissional e as vias alternativas ao ensino regular. Neste momento, acolhe a Escola
Artística de Música do Conservatório Nacional nas suas instalações. O edificado escolar, para
além de apresentar uma dimensão considerável, encontra-se envelhecido e nunca foi alvo de
qualquer intervenção ou requalificação.

TABELA 138 - EVOLUÇÃO DE NÚMERO DE ALUNOS POR CICLO DE ENSINO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – ESCOLA
SECUNDÁRIA MARQUÊS DE POMBAL

Estabelecimento Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos


2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020
Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas
Escola 3.º Ciclo 169 6 192 11 130 7 155 7 108 6
Secundária Secundário 191 9 203 10 196 8 159 9 171 10
Marquês
de Pombal
CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 233
Total 360 15 395 21 326 15 314 16 179 16
Fonte: DGEstE

9.37 - ESCOLA PROFISSIONAL CIÊNCIAS GEOGRÁFICAS

A Escola Profissional de Ciências Geográficas localiza-se na freguesia de Campolide e é


a única Escola Profissional da rede pública. Devido à sua especificidade esta escola dispõe de
uma dupla tutela pelos Ministérios da Educação e do Ambiente e Ordenamento do Território.

TABELA 139 - EVOLUÇÃO DE NÚMERO DE ALUNOS POR CICLO DE ENSINO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – ESCOLA
PROFISSIONAL CIÊNCIAS GEOGRÁFICAS

Estabelecimento Evolução de Frequências nos últimos 5 Anos Letivos

2015/2016 2016/2017 2017/2018 2018/2019 2019/2020

Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas

Escola Prof. 26 2 28 3 28 3 46 3 79 4
de Ciências
Secundário
Geográficas

Total 26 2 28 3 28 3 46 3 79 4

Fonte: DGEstE

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 234


10 – DIAGNÓSTICO E DESAFIOS PARA A
REVISÃO DA CARTA EDUCATIVA
10.1 - DIAGNÓSTICO

Fatores Gerais

Entre os vários aspetos verificados elencam-se alguns dos que se consideram mais relevantes:

• taxas muito baixas de cobertura da rede pública de Educação Pré-Escolar;


• dinâmicas demográficas de quebra significativa da população e da natalidade e a
tendência de envelhecimento nas zonas centrais da cidade;
• dinâmicas urbanas de crescimento das zonas periféricas do Concelho (sobretudo no
noroeste mas também a nordeste), onde a dotação de equipamentos de ensino é mais
frágil;
• ausência de bolsas de terreno público (propriedade da CML) em zonas urbanas
consolidadas para implantação de equipamentos de ensino (com maior agravamento
nos bairros históricos);
• fragmentação das operações urbanísticas que não acautelaram a necessária reserva
de terrenos para a implantação de equipamentos de ensino em zonas de expansão
urbana;
• desqualificação dos espaços e do ambiente social nos bairros sociais (com persistência
de fenómenos de marginalidade e exclusão social);
• significativos desequilíbrios socioterritoriais.

Desequilíbrio da Rede Escolar

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 235


Conforme decorre da revisão da Carta Educativa de Lisboa e do levantamento de informação
realizado junto dos agentes educativos do Concelho, a configuração atual da rede apresenta-se como
uma das principais problemáticas a resolver na elaboração da presente proposta.

De forma sumária, os principais problemas detetados ao nível do reordenamento da rede


prendem-se com:

• o desfasamento em relação às fronteiras das freguesias criadas com a reorganização


administrativa da cidade;
• a indefinição das áreas de influência dos Agrupamentos de Escolas, dado que, para algumas
entidades, elas se definem a partir das Escolas Básicas de 1.º Ciclo, e, para outras, a partir
das Escolas Secundárias ou das sedes de agrupamento;
• a existência de enclaves e algumas fronteiras definidas sem ter em conta a distribuição da
população e a proximidade em relação às escolas que abrangem cada área de residência;
• a existência de Escolas Secundárias não Agrupadas dentro das áreas de influência de
agrupamentos com e sem oferta de Ensino Secundário;
• a assimetria em termos de cobertura da oferta de Educação Pré-Escolar ou Ensino
Secundário;
• a evolução demográfica, em termos absolutos e de distribuição espacial;
• a dificuldade encontrada por alguns residentes em colocar os seus filhos nas escolas mais
próximas, por as vagas estarem ocupadas por não residentes. Foi claramente identificado
pelos diferentes agentes educativos de Lisboa que a rede, na sua configuração atual,
necessita de revisão.

A reconfiguração dos Agrupamentos de Escolas implica medidas de caráter


prospetivo/programático que visam equilibrar o balanço entre a oferta e a procura, facilitar a
distribuição dos alunos pelas escolas mais próximas das residências nos diferentes ciclos e níveis de
educação, e promover a continuidade pedagógica. Conforme apurado junto dos agentes educativos
nas entrevistas realizadas, a configuração atual da rede envolve os seguintes problemas:

• O equilíbrio entre a oferta e a procura não é devidamente contemplado;


• A configuração atual é seletiva e segregativa, favorecendo o surgimento de «escolas
de elite» e de «escolas gueto»;
• A rede é assimétrica no tipo de oferta, já que em algumas freguesias existe uma
carência óbvia de vagas na Educação Pré-Escolar e nem todas oferecem Ensino
Secundário.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 236


Ao contrário do que acontece noutros concelhos do país, em Lisboa, a atualização das áreas
de influência constitui uma necessidade incontornável. Segundo as entrevistas realizadas com os
agentes educativos, as áreas de influência atuais não correspondem a critérios atualizados e
claramente definidos. Esta é, porém, uma questão em que, malgrado o consenso em torno da
necessidade de mudança, se regista, em alguns casos, desencontro de opiniões relativamente às
mudanças a operar em concreto, nomeadamente entre diretores de escolas e agrupamentos,
Encarregados de Educação e Juntas de Freguesia.

Estado de Conservação do Parque Escolar

Em 2018, foi encomendada ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil uma Avaliação do


Estado de Conservação de Escolas do Município de Lisboa, referente aos jardins de infância e escolas
do 1.º Ciclo do Ensino Básico.

Uma das constatações deste estudo é a falta de manutenção preventiva nas escolas, causada
por diversos fatores, tais como:

• a dispersão de agentes responsáveis, uma vez que a competência está repartida entre os
Agrupamentos de Escolas, Juntas de Freguesia, Câmara Municipal e Lisboa e Ministério da
Educação, o que causa demoras incomportáveis na execução das intervenções necessárias;
• falta de cultura de manutenção preventiva, apostando-se antes na manutenção corretiva;
• inexistência da figura do gestor responsável pelo edifício, o que faz com que a informação se
vá perdendo com a rotação humana; evolução do tipo de construção – os edifícios atuais,
dotados de mais redes e infraestruturas, obrigam a uma manutenção mais exigente e contínua.

Lisboa está localizada numa zona de elevado risco sísmico. No decorrer dos levantamentos já
efetuados, constatou-se que os edifícios escolares diferem em termos de épocas e caraterísticas
construtivas, dimensão e número de pisos, áreas exteriores, enquadramento territorial e acessos.

Neste momento está em curso um estudo semelhante, mas sobre as condições das Escolas
Básicas 2/3 e Escolas Secundárias da Cidade, que passaram a estar sob a alçada do Município no âmbito
do processo de descentralização de competências.

Insucesso Escolar

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 237


O diagnóstico efetuado, alicerçado na análise dos documentos e na realização dos focus-group
e entrevistas, permitiu identificar as principais fragilidades/problemas que são apontados como mais
fortemente condicionantes das aprendizagens dos alunos:

• Baixos níveis de estudo, interesse e motivação dos alunos – alunos que têm baixas
expectativas em relação à escola;
• Indisciplina dos alunos;
• Elevado absentismo;
• Muito baixos níveis de envolvimento/ acompanhamento familiar - pouca valorização
da escola pela família, baixa participação dos pais e encarregados de educação na vida
escolar;
• Meio socioeconómico desfavorecido dos alunos e da comunidade - o contexto
socioeconómico dos alunos é apontado como um dos principais fatores do insucesso
e abandono escolar, estando alguns dos agrupamentos entrevistados localizados em
zonas com elevada taxa de desemprego e com uma percentagem elevada de alunos
nos escalões A e B da ação social escolar;
• Falta de Recursos Humanos – para além da necessidade de assistentes administrativos
e operacionais, as escolas identificam carências ao nível de outros técnicos,
nomeadamente psicólogos, assistentes sociais, mediadores e animadores, que
permitam responder de forma abrangente e integrada a um conjunto de desafios;
• Falta de recursos materiais – a este nível foi destacada a carência de recursos
tecnológicos, nomeadamente a inexistência/escassez de computadores,
computadores obsoletos, e fraca capacidade da rede wireless, e a carência de
materiais laboratoriais;
• Desvantagem/Dificuldades dos alunos imigrantes – as barreiras linguísticas e a falta de
apoios adequados direcionados para estes alunos são identificados como fatores que
condicionam o sucesso escolar dos mesmos;
• Baixos níveis de competências pessoais e sociais dos alunos.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 238


10.2 - DESAFIOS

Alteração do Quadro Legislativo

• A descentralização de competências para o Município, que terá agora sob a sua alçada
todas as escolas da rede pública da cidade,
• alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12.º ano,
• a alteração da organização administrativa de Lisboa (com a redistribuição de
competências entre o Ministério da Educação, o Município e as juntas de freguesia) e
• a grande reconfiguração do território das juntas de freguesia que passaram de 53 para
24.

Reordenamento da Rede Escolar

O reordenamento da Rede Escolar pública implica vários desafios tais como:

• Redefinição das áreas de influência dos Agrupamentos de Escolas.


• Revisão da atual configuração dos agrupamentos, implicando uma análise
pormenorizada agrupamento a agrupamento, em termos de número e tipo de escolas
que os integram (evitando mega agrupamentos), barreiras territoriais associadas,
limites administrativos, garantias de verticalidade, e outros constrangimentos.
• Aumento da oferta da Educação Pré-Escolar no Concelho.
• Valorizar a diversidade de origem dos alunos, promovendo a heterogeneidade.
• Promover a diversidade e tipo de oferta formativa.

Requalificação do Parque Escolar

• Planos de Obras de Manutenção nas Escolas.


• Tendo em conta da lei do Regime Jurídico de Segurança contra Incêndios, que prevê a
obrigatoriedade da implementação das Medidas de Autoproteção (MAP) em todos os

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 239


edifícios públicos, é necessário desencadear os procedimentos necessários para que cada
escola esteja preparada para lidar adequadamente com situações de emergência.

• Reforço da resistência sísmica nos edifícios escolares em áreas de maior risco sísmico.

• Reserva de terrenos para novas escolas.

• Construção de escolas prioritárias.

Medidas de combate ao Insucesso escolar

Lisboa tem vindo a desenvolver um programa específico de combate ao insucesso escolar designado
“Lisboa: Melhor Educação, Mais Sucesso”, destinado à promoção de percursos escolares mais longos
e bem-sucedidos, tendo em vista a conclusão da escolaridade obrigatória. Este programa compreende
um conjunto de medidas diversificadas umas destinadas a agrupamentos escolares onde o insucesso
escolar atinge maior proporção de alunos, outras medidas destinadas ao conjunto da população
escolar de Lisboa.

Mobilidade e transportes

Política de Transportes Escolares

Planos de Acessibilidade às Escolas

Escolas inclusivas

Alunos de países e etnias diferentes – apostar numa escola inclusiva, participativa e inovadora, que
fomente os valores de solidariedade.

CARTA EDUCATIVA DE LISBOA | 240

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