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Imarço 2023
VERSÃO trabalho
1.1 - Enquadramento......................................................................................................................... 20
3.1 - Lisboa e a Região envolvente: Lisboa na Grande Lisboa e na Região de Lisboa e Vale do Tejo 42
4.2.1 - Acesso aos Recintos Escolares por Pessoas de Mobilidade Reduzida ............................. 109
5.1 - Rede Escolar do Concelho de Lisboa - Agrupamentos de escolas e Escolas não agrupadas .. 123
Figura 1 - Planta das Escolas propostas na Carta Educativa de 2008 e Escolas já construídas ............. 28
Figura 2 - Gráfico da Requalificação do Parque Escolar ........................................................................ 31
Figura 3 - Escolas Reabilitadas pela CML e pelA Parque Escolar, E.P.E. desde 2008 ............................ 34
Figura 4 - Municípios da Área Metropolitana de Lisboa ....................................................................... 43
Figura 5 -MAPA DO TIPO DE CRESCIMENTO (2001-2011)..................................................................... 47
Figura 6 - Mapa de Densidade populacional (Hab/ km²) por freguesia do concelho de Lisboa, 2011 . 49
Figura 7 - Pirâmide etária (%) Concelho Lisboa, 2011 ........................................................................... 50
Figura 8- ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO (%), POR FREGUESIA E TOTAL CONCELHO DE lISBOA,2011... 52
Figura 9 - Proporção de Jovens, Adultos e Idosos (%), por freguesia e total - Concelho de Lisboa, 2011
............................................................................................................................................................... 53
Figura 10 - Relação de masculinidade (%), 15-50 (ano a ano), Concelho Lisboa, 2011 ........................ 54
Figura 11 - População total em 2011 e Taxa de Crescimento total - TCi (%) no período intercensitário
2001-2011, por freguesia ...................................................................................................................... 56
Figura 12 - Número de famílias com menores de 15 anos (2011) ........................................................ 59
Figura 13 - Proporção de famílias com menores de 15 anos (%,2011) ................................................. 59
Figura 14 - Taxa de Variação de Alojamentos (%, 2001-2011).............................................................. 60
Figura 15 - Taxa de crescimento Natural (%, 2001-2011) ..................................................................... 64
Figura 16 - Taxa da Balança Migratória (%,2001-2011) ........................................................................ 64
Figura 17 - Taxa de crescimento total (%,2001-2011)........................................................................... 65
Figura 18 - Nados-vivos no concelho de Lisboa, 1996-2016 ................................................................. 66
Figura 19 - Nados-vivos por local de residência da mãe, Freguesias do Concelho de Lisboa, 1996- 2016
............................................................................................................................................................... 68
Figura 20 - Nados-vivos na freguesia da Misericórdia (decréscimo populacional reforçado), 1996-2016
............................................................................................................................................................... 68
Figura 21 - Nados-vivos e Índice de Base 100 dos nados-vivos nas freguesias de Ajuda, alvalade,
Beato, Belém, Benfica, C. de Ourique, P. de França, Stª Maria Maior, St. António e S. Vicente .......... 69
Figura 22 - Nados-vivos e Índice de Base 100 dos nados-vivos nas freguesias de Alcântara, Areeiro,
Arroios, Campolide, Estrela e Marvila ................................................................................................... 70
Figura 23 - Nados-vivos e Índice de Base 100 dos nados-vivos nas freguesias de Av. Novas, Olivais,
Santa Clara e S. Domingos de Benfica ................................................................................................... 71
FIGURA 24 - NADOS-VIVOS E ÍNDICE DE BASE 100 DOS NADOS-VIVOS NAS FREGUESIAS DE CARNIDE,
LUMIAR .................................................................................................................................................. 71
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1- Enquadramento Legislativo de Referência ............................................................................ 23
Tabela 2- Sistema Educativo Português ................................................................................................ 25
Tabela 3 - Escolas Propostas na Carta Educativa de 2008 .................................................................... 27
Tabela 4 - Escolas propostas e construídas na Carta Educativa de 2008 .............................................. 27
Tabela 5-Obras concluídas pela CML desde 2008 ................................................................................. 31
Tabela 6 - Escolas Básicas e JI com obras em curso .............................................................................. 32
Tabela 7 - Escolas Básicas e JI com obras a iniciar em 2023 ................................................................. 32
Tabela 8 - Escolas Reabilitadas pelA Parque Escolar, E.P.E. desde 2008 .............................................. 33
Tabela 9 - Taxas de Cobertura ............................................................................................................... 34
Tabela 10 - Caraterização de Lisboa, Estatísticas Demográficas 2011, INE .......................................... 44
Tabela 11 - Taxa de crescimento total intercensitário (%) 1991-2001 e 2001-2011, por freguesias,
Lisboa..................................................................................................................................................... 46
Tabela 12 - População residente, censos de 1991 a 2011, Concelho de Lisboa por freguesias ........... 46
Tabela 13 - Grupos de freguesias de Lisboa em função da dinâmica de crescimento em duas décadas
(1991-2001 e 2001-2011) ...................................................................................................................... 47
Tabela 14 - Densidade populacional (N.º/ km²) por freguesia do concelho de Lisboa, 2011 ............... 48
Tabela 15 – População total e por grandes grupos funcionais (idades completas), por freguesia e total
Concelho de Lisboa, 2011...................................................................................................................... 50
A revisão da Carta Educativa assentou numa análise com escala nos Agrupamentos de Escolas,
nas Unidades de Intervenção Territorial e à escala da cidade, visando eliminar ou minimizar assimetrias
territoriais existentes na cidade e com vista a garantir um reequilíbrio e uma maior coesão social e
territorial.
A nova Carta Educativa propõe ainda a criação da figura de Escolas Secundárias de Referência
para garantir o percurso vertical dos alunos até ao final do Ensino Secundário, quando o seu
agrupamento de origem não dispõe de oferta neste nível de ensino.
A revisão da Carta Educativa de Lisboa resulta, assim, de um longo processo, que envolveu
vários serviços da Câmara Municipal de Lisboa, dos quais se destacam o Urbanismo, as Obras
Municipais e a Educação, assim como o Instituto Universitário de Lisboa, ISCTE-IUL, em colaboração
com o AUDAX-ISCTE, através da elaboração de um estudo abrangente sobre as características da
cidade.
Com a presente Carta Educativa pretende-se atingir o objetivo primordial de promover a qualidade do
ensino no concelho de Lisboa e a garantir o sucesso educativo do vasto universo de alunos abrangidos.
1 – ENQUADRAMENTO NORMATIVO
1.1 - ENQUADRAMENTO
A presente proposta de Carta Educativa está enquadrada e definida nos termos do Decreto-
Lei n.º 21/2019, de 30 de janeiro. Este diploma concretiza a transferência de competências para os
órgãos municipais e entidades intermunicipais no domínio da educação, ao abrigo dos Artigos 11.º e
31.º da Lei n.º 50/2018, de 16 de agosto. No segundo capítulo do diploma em questão é definida a
Carta Educativa, a nível municipal, como «o instrumento de planeamento e ordenamento prospetivo
de edifícios e equipamentos educativos a localizar no município, de acordo com as ofertas de educação
e formação que seja necessário satisfazer, tendo em vista a melhor utilização dos recursos educativos,
no quadro do desenvolvimento demográfico e socioeconómico de cada município».
Importa notar que, segundo o Decreto-Lei n.º 21/2019, de 30 de janeiro, a Rede Escolar deve
ser adequada às orientações e aos objetivos da política educativa, almejando uma gestão eficiente dos
recursos, a correção de desigualdades e assimetrias nos municípios e nas regiões, e a igualdade de
oportunidades. Considerando a necessidade de adequação da oferta educativa decorrente de
alterações da procura e do estado das infraestruturas e equipamentos, a rede deve ser avaliada e
ajustada anualmente (Artigos 29.º e 30.º) e o seu ordenamento deve respeitar o estabelecido pela Lei
de Bases do Sistema Educativo (Artigo 2.º).
A Lei do Orçamento de Estado para 2018, Lei n.º 114/2017, de 29 de dezembro, Artigo 173.º
implementou a redução do número de alunos por turma prevista no Despacho Normativo n.º 10-
A/2018, de 19 de junho, e o Despacho Normativo n.º 16/2019, de 4 de junho, a todos os
estabelecimentos públicos do Ensino Básico (não ficando cingida aos estabelecimentos TEIP). Assim,
atualmente os grupos de educação Pré-Escolar são constituídos por um número máximo de 25
crianças, as turmas de 1.º ciclo têm um máximo de 24 alunos, e os restantes níveis de ensino oscilam
entre os 26 e os 28 alunos.
No âmbito dos alunos com necessidades educativas especiais, vigora atualmente o Decreto-
Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, republicado pela Lei n.º 116/2019, de 13 de setembro, que aprova um
modelo de escola inclusiva. Deve salientar-se a sua importância para a compreensão do regime de
educação e ensino especial nos estabelecimentos públicos. É de mencionar ainda a Portaria n.º 644-
A/2015, de 24 de agosto, no âmbito das Atividades de Animação e de Apoio à Família (AAAF), da
Componente de Apoio à Família (CAF) e das Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) a funcionar
em estabelecimentos de Educação Pré-Escolar e de 1.º Ciclo do Ensino Básico.
EDUCAÇÃO
Constituição da República Portuguesa “Todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidades de acesso e êxito
(CRP) – Artigo 73.º a 75.º escola”.
Estabelece o quadro geral do sistema educativo que corresponde ao conjunto de meios pelo qual se
Lei de Bases do Sistema Educativo (LBSE) – concretiza o direito à educação, que se exprime pela garantia de uma permanente ação formativa
Lei n.º 46/86, de 14 de outubro orientada para favorecer o desenvolvimento global da personalidade, o progresso social e a
democratização da sociedade.
Estabelece o regime da escolaridade obrigatória para as crianças e jovens que se encontram em idade
Lei n.º 85/2009, de 27 de agosto escolar e consagra a universalidade da educação pré-escolar para as crianças a partir dos cinco anos
de idade.
Despacho Normativo n.º 6/2018, Estabelece os procedimentos da matrícula e respetiva renovação e as normas a observar na
Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro – Este diploma veio revogar e substituir a Lei n.º 159/99, de 14 de setembro, que estabelecia a
Regime Jurídico das Autarquias Locais transferência de atribuições e competências para as Autarquias Locais.
A Lei de Bases do sistema educativo nacional (Lei n.º 46/86, de 14 de outubro) consagra o
direito à educação em Portugal e determina quais os principais meios, recursos e estruturas que
possibilitam a concretização deste direito e, mais especificamente, a conclusão da escolaridade
obrigatória. Em termos objetivos, delimita:
1) Que os níveis de ensino que compõem a escolaridade obrigatória são de acesso gratuito e
universal;
2) Que tanto estruturas públicas, como cooperativas e privadas, estão, ou podem estar,
responsáveis pelas diferentes ofertas educativas;
3) Que a intervenção e gestão diretas no sistema educativo se encontram a cargo de uma
rede alargada de atores, como o Ministério da Educação e todas as suas estruturas centrais
e regionais, as autarquias, os estabelecimentos de educação e ensino públicos, privados e
cooperativos, incluindo as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), os
centros de formação de professores, as associações profissionais e sindicais, as
Associações de Pais e Encarregados de Educação e as associações de alunos — prevendo-
se, ainda, para alguns casos, a intervenção dos Ministérios da Solidariedade, Emprego e
Segurança Social, e da Saúde;
4) Que o sistema educativo deve responder às necessidades resultantes da realidade social,
corrigir assimetrias de desenvolvimento regional e local, garantir a escolaridade de todos
os que ficaram excluídos e daqueles que procuram adquirir novas competências
profissionais, bem como garantir a igualdade de oportunidades de todos indivíduos,
pautando-se por princípios equitativos no seu funcionamento. Deve, por isso, dar resposta
quer nos casos das crianças e jovens em idade escolar, quer no caso dos adultos, crianças
e jovens com necessidades educativas especiais, independentemente da condição social,
étnica, cultural e religiosa.
De frequência facultativa, destina-se a crianças com idades compreendidas entre os três anos
Educação Pré-Escolar
e a entrada no Ensino Básico.
1.º CEB - Primeiro Ciclo do Ensino Divide-se por quatro anos de escolaridade:
Básico 1.º ano, 2.º ano, 3.º ano, 4.º ano.
2.º CEB - Segundo Ciclo do Ensino Divide-se por dois anos de escolaridade:
Básico 5.º ano, 6.º ano.
3.º CEB - Terceiro Ciclo do Ensino Divide-se por três anos de escolaridade:
Básico 7.º ano, 8.º ano, 9.º ano.
CCH: 10.º ano, 11.º ano, 12.º ano | CP: 1.º ano, 2.º ano, 3.º ano
Cursos de Especialização Os Cursos de Especialização Tecnológica (CET) são uma formação pós-Secundária não Superior
Tecnológica (CET) que visa conferir qualificação do nível 5 do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ).
O Ensino Superior português organiza-se num sistema binário, que integra o Ensino
Universitário e o Ensino Politécnico e é ministrado em instituições públicas e privadas. Os
estabelecimentos de ensino superior privado obtêm reconhecimento de interesse público
Ensino Superior prévio do Governo.
O Ensino Universitário inclui as universidades, os institutos universitários e outros
estabelecimentos de ensino universitário. O Ensino Politécnico compreende os institutos
politécnicos e outros estabelecimentos de ensino politécnico.
Total de escolas
A Carta Educativa de 2008 indicava como constrangimentos à sua implementação os grandes
desequilíbrios espaciais entre a oferta e a procura de ensino, com equipamentos de maior capacidade
em zonas da cidade que não careciam de tanta oferta e, em contrapartida, insuficiente cobertura em
zonas onde a procura era mais elevada. À data, era ainda apontada a possível tendência para o
agravamento dos desequilíbrios verificados.
Deste modo, foram propostos novos equipamentos (com ou sem terrenos definidos) para
suprir as carências verificadas e garantir a reserva de terrenos no território municipal que, com o
desenvolvimento urbanístico, seriam necessários para suprir novas carências e garantir o equilíbrio da
Assim, na Carta de 2008, optou-se por identificar, em planta, as localizações aproximadas que
permitiriam satisfazer as carências identificadas, mas sem localização definida para que,
posteriormente fosse possível encontrar os terrenos adequados. No total, a Carta de 2008 sinalizou a
necessidade de 59 novos equipamentos, que visavam substituir escolas existentes ou criar novas
escolas para complementar a rede escolar do Município.
Do total das escolas propostas, foram construídas sete em terrenos definidos na Carta
Educativa de 2008, e uma escola sem localização definida, mas cuja carência havia sido identificada,
conforme exposto no ponto anterior. Foram ainda introduzidos novos níveis de ensino em duas
escolas, quer no recinto escolar, quer no próprio edifício. Na tabela 4 são descritas as escolas
construídas, o seu ano de construção e localização.
Ano de
Cod. Nome/ Localização CE 2008
Construção
203 2010 Escola Básica Professora Aida Vieira – B. Padre Cruz - Carnide Com terreno
954 2017 Escola Básica Maria Barroso - Santa Maria Maior Sem terreno
Escola Básica de Santa Clara ( ex- Escola Básica Convento do
9010 2015 Sem terreno
Desagravo)
6012 2010 Escola Básica das Galinheiras - Santa Clara Com terreno
7004 2010 Jardim de Infância do Lumiar - Quinta dos Frades Com terreno
Propostas com localização CE 2008 (45) Construídas com localização CE 2008 (6)
Propostas sem localização CE 2008 (14) Construída sem localização CE 2008 (1)
• Escola Básica das Galinheiras, com alteração da tipologia inicialmente prevista, tendo-
se construído uma Escola Básica de 1.º ciclo com Jardim de Infância;
• Escola Básica do Bairro do Armador;
• Escola Básica com Jardim de infância na freguesia de Benfica, concretizada através da
construção de um Centro Escolar integrado na Escola Básica Pedro de Santarém, que
passou a ser uma Escola Básica Integrada com Jardim de Infância;
• Jardim de infância na freguesia de Alvalade, no recinto da Escola Básica Teixeira de
Pascoais
• Jardim de infância do Lumiar.
• Na zona do Parque das Nações, estava prevista a construção, com prioridade muito
elevada, de uma Escola Básica Integrada com Jardim de Infância, mas a conclusão foi
faseada, com primazia para a Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico. O
edifício destinado aos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico que já entrou em
funcionamento no ano letivo 2021/2022.
Assim sendo, podemos verificar que a Carta Educativa de 2008 contemplava a construção de
raiz de sete equipamentos escolares, e que foram concretizados seis.
a. De um modo geral, a cada escola corresponde uma intervenção, que pode ter sido ou não
executada. Nos casos em que se previa que a mesma escola fosse alvo de mais do que uma
intervenção, opta-se por englobar essas intervenções como uma só, para efeitos
estatísticos, sempre que ocorra uma das seguintes situações: a obra foi completamente
executada / a obra não foi executada.
b. Só são consideradas executadas as obras finalizadas.
c. Só são consideradas, para efeito de verificação de execução através do programa Escola
Nova, as obras que se encontravam previstas na Carta Educativa de 2008, nos termos
exatos em que são descritas. Se isto é claro, por exemplo, quando se propõe recuperar o
edifício e o que foi feito corresponde a arranjos exteriores, ou quando é feita uma
beneficiação parcial estando prevista a remodelação geral, pode ser mais discutível quando
a obra executada excede em âmbito, mas não inclui, a intervenção proposta (por exemplo,
uma beneficiação geral quando o que estava previsto era arranjos exteriores). No entanto,
de modo a não introduzir distorções na análise de dados, opta-se por não considerar as
obras que não correspondam ipsis verbis às intervenções propostas na Carta Educativa de
2008. Em algumas escolas, aliás, o facto de ter sido executada uma obra de requalificação
prevista na Carta de 2008 não invalida que tenham acontecido ou estejam em
curso/previstas outras obras de reabilitação ou manutenção.
d. Do mesmo modo, o fecho de escolas, quando não previsto na Carta de 2008, é considerado
fora do âmbito desta monitorização, mesmo se tiver acontecido em consequência de
alguma reabilitação ou reconfiguração motivada pela Carta.
e. Para possibilitar uma análise mais fina da relação entre as obras executadas e não
executadas, estas últimas são divididas em três categorias: «em curso», «obra prevista para
2022» e, por exclusão de partes, «proposta não concretizada».
Nome do Estabelecimento
Escola Básica Alexandre Herculano Escola Básica Mestre Querubim Lapa
Jardim de Infância Alexandre Rodrigues Ferreira Escola Básica da Luz/Carnide
Escola Básica Raúl Lino Escola Básica de Telheiras
Entre as 28 obras previstas e não concluídas, 7 estão em curso (25 por cento):
Nome do Estabelecimento
Escola Básica Arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles Escola Básica Infante D. Henrique
As intervenções em 2 estabelecimentos escolares (7 por cento) têm início previsto para 2023:
Nome do Estabelecimento
São oito as intervenções previstas na Carta Educativa em 2008 não concretizadas (12 por
cento): Escola Básica de S. Sebastião da Pedreira, Escola Básica Helena Vaz da Silva (extinta, integrada
na Escola Básica das Gaivotas), Escola Básica n.º 4 de Lisboa (extinta, integrada na nova Escola Básica
de Santa Clara), Escola Básica n.º 212 (extinta, integrada na nova Escola Básica de Santa Clara), Escola
Básica Adriano Correia de Oliveira, Escola Básica do Condado, Escola Básica n.º 107 (extinta, e o edifício
foi requalificado e transformado no Jardim de Infância de Belém), Escola Básica Alexandre Rodrigues
Além das escolas da responsabilidade da CML e que foram intervencionadas desde 2008, foram ainda
efetuadas obras de reabilitação pela Parque Escolar, E.P.E. em 15 escolas, cuja identificação é
apresentada no quadro seguinte.
Ano
Nome do Estabelecimento
Conclusão
Escola Secundária Fonseca de Benevides 2009
Escola Secundária Rainha D. Amélia 2009
Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos 2009
Escola Secundária D. Dinis - Lisboa 2009
Escola Secundária Eça de Queirós 2009
Escola Secundária D. Pedro V 2009
Escola Básica e Secundária D. Filipa de Lencastre 2010
Escola Secundária Pedro Nunes 2010
Escola Básica e Secundária Passos Manuel 2010
Escola Básica e Secundária Gil Vicente 2010
Escola Básica Francisco de Arruda 2011
Escola Secundária Padre António Vieira 2011
Escola Secundária Rainha Dona Leonor 2011
Escola Secundária Vergílio Ferreira 2011
Escola Secundária António Damásio 2011
A Parte III da Carta Educativa de 2008 – Programa de Atuações previa, na secção III.2, várias
Medidas Complementares, cuja execução é analisada neste ponto. Salvaguarda-se que apenas as áreas
da competência da Câmara Municipal de Lisboa no período em análise são alvo de análise exaustiva.
No que diz respeito à Educação Pré-Escolar e ao 1.º Ciclo do Ensino Básico, as medidas programadas
em 2008 serviriam «de suporte à elevação das ofertas educativas», e consubstanciavam-se em sete
propostas independentes, e sobre as quais se apresenta uma breve análise da respetiva execução.
Execução: Neste domínio, a CML tem vindo a equipar as escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico e
jardins de infância com equipamento informático, nomeadamente integrou uma candidatura
conjunta, liderada pela Área Metropolitana de Lisboa (AML), no âmbito do Concurso-Aviso 3 da
«Economia Digital e Sociedade do Conhecimento – Plano Tecnológico da Educação, com projetos
que visavam integrar as Tecnologias de informação, agora designadas por TIC, Tecnologias da
Informação e da Comunicação, nos processos de ensino e aprendizagem do 1.º ciclo do Ensino
Básico. Em resultado, foram colocados 66 Quadros Interativos, em 66 escolas, assim como
Lan’s/Wireless em 22 escolas.
Destaca-se ainda, no âmbito das Medidas de Apoio Social no âmbito da Pandemia Covid 19, a
disponibilização de 3319 computadores portáteis e routers 4G a alunos dos escalões A e B da Ação
Social Escolar do 3.º e 4.º anos do Ensino Básico, 254 dos quais adaptados para alunos com
necessidades educativas especiais.
Execução: A Câmara Municipal de Lisboa tem vindo a assegurar atividades de apoio educativo de
forma diferenciada na Educação Pré-Escolar e no 1.º Ciclo do Ensino Básico. As Atividades de
Animação e Apoio à Família (AAAF) destinam-se aos alunos do Pré-escolar dos jardins de infância
da cidade, e a Componente de Apoio à Família (CAF) aos do 1.º Ciclo.
Execução: O Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de junho, que estabelece o regime jurídico da educação
inclusiva, abandona a designação de alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE),
afastando-se da «conceção de que é necessário categorizar para intervir». Ou seja, aposta-se antes
em percursos diferenciados e medidas específicas (universais, seletivas e adicionais), que podem
ser aplicados a qualquer aluno, com o objetivo de «garantir que o Perfil dos Alunos à Saída da
Escolaridade Obrigatória seja atingido por todos».
Contudo, continua a fazer sentido identificar necessidades de saúde especiais, que permitam
ao município cumprir o seu papel de prestar o apoio necessário e diferenciado a alunos com
necessidades muito específicas. Nesse sentido, é assegurado pelo município o transporte escolar
adaptado, gratuito, para os alunos com necessidades de saúde especiais de caráter permanente e
com dificuldades de mobilidade que frequentem estabelecimentos de ensino da rede pública e que
residam em Lisboa.
A Câmara Municipal de Lisboa deliberou ainda a atribuição de um apoio de 2000 euros por
Centro de Apoio à Aprendizagem, a distribuir pelos alunos que a frequentam e abrangidos por
medidas de inclusão, para aquisição de materiais de uso individual, nos casos em que os manuais
escolares não sejam pedagogicamente adequados. Este apoio diferenciado complementa o valor
Para além de todas as situações de risco detetadas pelos profissionais de educação, o Estatuto
do Aluno e Ética Escolar (Lei n.º 51/2012, de 5 de setembro retificado pela Declaração de Retificação
n.º 46/2012) veio estipular o dever de informar a respetiva comissão de proteção de crianças e
jovens em risco numa série de situações: excesso grave de faltas, incumprimento de medidas de
recuperação e integração, aplicação de medidas disciplinares sancionatórias iguais ou superiores a
suspensão por cinco dias (e noutras situações consideradas aconselháveis pelo diretor do
agrupamento ou escola não agrupada), ou quando o menor comete atos que possam ser
considerados criminosos.
Em Lisboa, existem quatro CPPJ: Lisboa Centro, Lisboa Ocidental, Lisboa Norte e Lisboa
Oriental. A intervenção das CPPJ, embora de âmbito local e municipal, é enquadrada ao nível da
intervenção da Comissão Nacional e nas escolas através da tutela do Ministério da Educação.
Execução: Em 2005, o Despacho n.º 14 753/2005 (2.ª série) generalizou o ensino do inglês ao
3.º e 4.º anos do Ensino Básico público, como oferta educativa extracurricular gratuita. No mesmo
ano, o Despacho n.º 16795/2005 (2.ª série) determinou que os estabelecimentos públicos de
Educação Pré-Escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico teriam de manter-se obrigatoriamente abertos
«pelo menos até às 17h30 e no mínimo oito horas diárias, com vista à oferta de atividades de
animação ou apoio às famílias, bem como de enriquecimento curricular ou outras atividades
extracurriculares, de frequência facultativa por parte das crianças e alunos interessados.» Em 2008,
foram consideradas atividades de enriquecimento curricular no 1.º Ciclo do Ensino Básico
atividades de apoio ao estudo, inglês ou outras línguas estrangeiras, atividade física e desportiva,
música e outras expressões artísticas. Em 2009, foram atribuídas aos municípios competências em
matéria das atividades de enriquecimento curricular do 1.º ciclo e criado o regime jurídico para a
contratação de técnicos para assegurar o seu desenvolvimento.
As AEC, no 1.º ciclo, são definidas como atividades pedagogicamente ricas e complementares
às aprendizagens curriculares ligadas à aquisição de competências básicas, de frequência
facultativa e gratuita, sempre que possível desenvolvidas nos espaços escolares, e com uma carga
horárias de 5/7 horas semanais, de modo que o somatório da carga horária semanal curricular e
das AEC não exceda as 30 horas semanais. No ano letivo de 2013/2014, a Câmara Municipal de
Lisboa deixou de ser promotora do Programa das AEC, passando para a responsabilidade do
Apesar de não existir uma recolha sistemática sobre a qualidade e impacto das AEC na cidade
de Lisboa (e a única avaliação nacional externa que existe data de 2013), podemos afirmar que são
frequentadas pela maioria dos alunos, apresentando uma variação significativa quanto à oferta
entre os diferentes estabelecimentos de ensino. Apesar da perceção empírica de que a opinião
geral dos pais é positiva, dada a ausência de dados recentes e a imensa disparidade na oferta,
coloca-se a questão se as atividades visam de facto promover a igualdade de oportunidades e
proporcionar às crianças experiências lúdicas e pedagogicamente estimulantes, ou apenas garantir
que permanecem em contexto escolar e dirigido durante o horário de trabalho dos pais.
Para além de todas as medidas elencadas, há um conjunto de intervenções municipais que não
constam da Carta Educativa de 2008, mas que servem igualmente «de suporte à elevação das
ofertas educativas», nomeadamente o Plano Municipal de Alimentação Escolar Saudável - Crescer
Saudável, e a oferta de fichas de apoio/cadernos de atividades (nos três ciclos do Ensino Básico), a
todos os alunos independentemente do escalão.
Uma vez que a competência nestes níveis de escolaridade tem sido exclusivamente do
Ministério da Educação, a monitorização da implementação de quaisquer medidas extravasa o âmbito
da presente monitorização. Não obstante, pode ser inferida do capítulo relativo à caraterização da
Rede Escolar, que menciona, por um lado, legislação como o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade
Obrigatória, e as diferentes ofertas curriculares disponíveis desde o 2.º ciclo até ao fim do Ensino
Secundário (ensino vocacional, profissional, etc.).
Importa referir que em Lisboa existe já uma escola de Segunda Oportunidade, enquadrada pelo
Despacho n.º 6954/2019, de 6 de agosto, estando identificados outros territórios e populações onde
faz todo o sentido dar início ao processo de criação destas escolas, através de uma panóplia de
parcerias que tenha em conta os ensejos e necessidades de jovens que estão fora do sistema escolar.
A primeira Escola de Segunda Oportunidade de Lisboa começou a funcionar no ano letivo de 2020/21,
mediante a assinatura de um protocolo entre a Câmara Municipal de Lisboa, a Direção-Geral dos
Estabelecimentos Escolares, o Instituto de Apoio à Criança e o Agrupamento de Escolas Eça de Queirós.
Finalmente, no que diz respeito à Carta Educativa de 2008, não são avaliadas as Medidas
Gestionárias então propostas (reforço dos planos pedagógicos; envolvimento das comunidades
educativas; promoção de práticas de avaliação; incremento da participação dos docentes na vida das
escolas; reforço da ligação da escola à comunidade educativa e cultural, às empresas e à sociedade em
geral), por incidirem exclusivamente sobre matérias cuja competência é das escolas e do Ministério da
Educação. Relativamente à verificação da seção de monitorização da Carta em vigor constata-se que
não foi concretizada a metodologia proposta, que contemplava por um lado, a criação de uma
estrutura organizativa própria e, por outro, recomendações respeitantes à periodicidade de avaliação
da execução.
Por outro lado, importa referir que foram tidos em conta os estudos demográficos que
serviram de base para a Revisão do Plano Diretor Municipal e para as análises apresentadas neste
capítulo. Em particular, foram utilizados os estudos de base Projeções Demográficas para o Município
de Lisboa 2016-2031 (2016), elaborado pelo Centro de Estudos Geográficos do Instituto de Geografia
e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa, CEG/IGOT para a Câmara Municipal de Lisboa,
e, no que se refere à população estrangeira, O Plano Municipal para a Integração de Migrantes de
Lisboa 2018-2020 (PMIML 2018-2020).
Lisboa, para além de capital de Portugal, é também o centro de uma das duas Áreas
Metropolitanas do país, que agrega 18 Municípios, distribuídos por áreas territoriais localizadas a norte
e sul do rio Tejo: a Área Metropolitana de Lisboa Norte (AML Norte) e a Área Metropolitana de Lisboa
Sul (AML Sul).
Apesar da diminuição de população, Lisboa continua a exercer uma forte atração, na medida
em que se apresenta como uma cidade com oferta de trabalho, dinâmica e segura. É uma cidade com
uma elevada e diversificada oferta de emprego, empresas, serviços, instituições e organizações
nacionais, regionais e internacionais. Possui uma presença relevante e diversificada de oferta de
Ensino Superior, atraindo estudantes de todo o país e também alunos estrangeiros, que cada vez mais
procuram Lisboa para prosseguir os estudos. As condições da cidade e das infraestruturas urbanas, o
património cultural e a qualidade de vida são caraterísticas de Lisboa.
1
Esta opção leva a que não se autonomize a freguesia do Parque das Nações da dos Olivais. Quando a análise se
centrar num único ano, nomeadamente, o do último censo (2011), e em indicadores com recurso a informação
agregada e disponível, apresentaremos dados autonomizando as duas freguesias, de acordo com a reforma de
2012 (Carta Administrativa Oficial de Portugal – CAOP – 2013). Considerar-se-á como documento de consulta
o II Diagnóstico Social de Lisboa – 2015-2016, cuja fonte primária dos dados é o XV Recenseamento geral da
População, do Instituto Nacional de estatística (INE). De acordo com a delimitação anterior, o concelho de
Lisboa contava com um total de 547 733 indivíduos (dos quais 51 36 pertencentes aos Olivais), enquanto, em
função das novas delimitações, os indivíduos residentes no Concelho perfaziam um total de 552 700 (dos quais
33 788 pertencentes à freguesia dos Olivais e 21 025 à do Parque das Nações). Para a diferença contribui, em
larga medida, a delimitação geográfica da nova freguesia do Parque das Nações (com cerca de 26,2 por cento
do anterior território e 31,5 por cento da população da freguesia de Santa Maria dos Olivais, concelho de
Lisboa; 31 por cento do território e 29,3 por cento da população da freguesia de Moscavide, concelho de
Loures; e 34,7 por cento do território e 4,2 por cento da população da freguesia de Sacavém, concelho de
Loures
TABELA 12 - POPULAÇÃO RESIDENTE, CENSOS DE 1991 A 2011, CONCELHO DE LISBOA POR FREGUESIAS
Fonte: Cálculos próprios, a partir de INE, XIII, XIV e XV Recenseamentos Gerais da População
Nota: Reconstituição própria dos efetivos populacionais das atuais freguesias de Lisboa, cujas
delimitações são resultantes da reforma administrativa de 2012. A freguesia do Parque das Nações
TABELA 13 - GRUPOS DE FREGUESIAS DE LISBOA EM FUNÇÃO DA DINÂMICA DE CRESCIMENTO EM DUAS DÉCADAS (1991-
2001 E 2001-2011)
TABELA 14 - DENSIDADE POPULACIONAL (N.º/ KM²) POR FREGUESIA DO CONCELHO DE LISBOA, 2011
2
As pirâmides etárias foram construídas com recurso ao Excel, a partir de proporções de efetivos
(grupos etários anuais), para possibilitar comparações.
3
O índice de envelhecimento resulta do quociente entre a população idosa (65 e + anos) e a população jovem
(0-19 anos completos) e é expresso em percentagem: IE=Pop.(65e+)/Pop.(0-19)*100. Refira-se que se
considerou aqui como população jovem, em termos etários, a população até aos 19 anos, atendendo ao
propósito deste estudo, que se centra na população escolar, e ao facto de a escolaridade obrigatória se
estender, atualmente, a 12 anos. No caso de se considerar o grupo dos jovens até aos 14 anos, os valores do
índice de envelhecimento seriam claramente mais elevados (no caso do município de Lisboa, o valor seria de
185,8 por cento).
4
As proporções etárias resultam do quociente entre o efetivo populacional de um grupo etário definido (aqui
consideraram-se os três grupos funcionais – jovens, adultos, idosos) e o total da população, sendo expressas
em percentagem.
TABELA 15 – POPULAÇÃO TOTAL E POR GRANDES GRUPOS FUNCIONAIS (IDADES COMPLETAS), POR FREGUESIA E TOTAL
CONCELHO DE LISBOA, 2011
TABELA 16 - ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO E PROPORÇÃO DE JOVENS, ADULTOS E IDOSOS (%), POR FREGUESIA E PARA O
TOTAL, CONCELHO DE LISBOA, 2011
Nota: Reconstituição própria dos efetivos populacionais das atuais freguesias de Lisboa, cujas delimitações são
resultantes da reforma administrativa de 2012
A análise das pirâmides etárias, do índice de envelhecimento e das proporções dos grandes
grupos etários (jovens, adultos e idosos) dão conta de que a grande maioria das freguesias apresenta
uma estrutura populacional envelhecida. As únicas freguesias com um índice de envelhecimento
inferior a 100 (isto é, com mais jovens do que idosos), em 2011, eram as de Santa Clara, Carnide, Lumiar
e Marvila. Todas as outras, bem como o total de Lisboa, apresentam índices de envelhecimento com
resultados superiores a 100.
A estrutura populacional das freguesias com maior índice de envelhecimento revela uma
proporção de jovens muito baixa e um envelhecimento marcadamente feminino. É de notar que
algumas dessas freguesias, como São Vicente, Santa Maria Maior, Santo António, Misericórdia e Penha
de França, revelam um peso significativo de população em idade ativa e fértil. No caso de Santa Maria
Maior e Penha de França, esse peso é protagonizado, sobretudo, pela população masculina. Há, assim,
nas freguesias mais envelhecidas, um desequilíbrio na estrutura populacional, que se manifesta em
termos etários, mas, também, na relação entre população masculina e feminina, sobretudo, nas idades
mais avançadas e no grupo dos adultos potencialmente ativos e férteis.
FIGURA 10 - RELAÇÃO DE MASCULINIDADE (%), 15-50 (ANO A ANO), CONCELHO LISBOA, 2011
Dos cálculos efetuados, os resultados mais significativos, no sentido do desequilíbrio entre população
masculina e feminina, são os das freguesias de Campolide e Santa Maria Maior (com um maior peso
de homens em quase todo o período fértil) e São Domingos de Benfica (com mais mulheres em
quase todas as idades consideradas férteis). Por outro lado, as freguesias mais envelhecidas são as
que registam uma maior oscilação nos valores. Tal oscilação pode dever-se, também, à dimensão
reduzida da população nessas freguesias.
TABELA 17 - POPULAÇÃO TOTAL EM 2011 E TAXA DE CRESCIMENTO TOTAL (%) NO PERÍODO INTERCENSITÁRIO 2001-2011,
POR FREGUESIA
5
A relação de masculinidade resulta do quociente entre a população masculina e feminina e o resultado é
expresso em percentagem: RM=Pop. Masculina/Pop. Feminina*100.
Fonte: Cálculos próprios, a partir de INE, XIII, XIV e XV Recenseamentos Gerais da População.
Nota: Reconstituição própria dos efetivos populacionais das atuais freguesias de Lisboa, resultantes da reforma
administrativa de Lisboa.
A análise dessa informação indica que as freguesias com mais população são as que registam
um crescimento mais positivo, o que faz prever um potencial de crescimento absoluto no conjunto das
freguesias. Com efeito, o maior crescimento concentra-se nas freguesias mais populosas, o que revela
potencial de crescimento positivo do concelho, que já registou um valor de menos 3 por cento de
crescimento no último período intercensitário, uma evolução claramente menos negativa face ao
período anterior.
Lisboa é o concelho da Área Metropolitana de Lisboa com uma dimensão média das famílias
mais reduzida (2,25 pessoas por família em 2011). No interior do concelho de Lisboa, constata-se que
o número de famílias está a diminuir nas freguesias que se encontram na tipologia de crescimento que
definimos nas categorias 1 e 2, isto é, com um decréscimo populacional reforçado ou permanente ao
longo de duas décadas (dois períodos intercensitários: 1991-2001 e 2001-2011). Isto significa que
o decréscimo populacional é acompanhado de uma quebra do número de famílias. As freguesias com
um aumento do número de famílias são aquelas que registam, em termos de crescimento
populacional, uma inversão para tendência positiva ou crescimento consolidado no mesmo período
(categorias 4 e 5 da tipologia). O maior aumento do número de famílias aconteceu na freguesia de
Carnide, seguida de Santa Clara e do Lumiar.
Relativamente à presença de menores nas famílias, as freguesias com mais população menor
de 15 anos são as mais populosas, resultando esse efetivo do próprio volume populacional da
freguesia. É o caso das freguesias de Alvalade, Arroios, Benfica, Carnide, Lumiar, Marvila, Olivais, Penha
de França, Santa Clara e São Domingos de Benfica, todas com mais de 1500 famílias com menores de
15 anos, com destaque para o Lumiar, com 3351 famílias nessas condições.
TABELA 19 - ALOJAMENTOS FAMILIARES CLÁSSICOS E TAXA DE VARIAÇÃO (%), POR FREGUESIAS DE LISBOA, 2001 E 2011
6
Os alojamentos familiares clássicos excluem os alojamentos coletivos e outros alojamentos familiares, como
barracas e casas rudimentares de madeira, alojamentos móveis, improvisados e outros.
TABELA 20 - POPULAÇÃO RECENSEADA EM 2001 E 2011, TOTAL DE NADOS-VIVOS E ÓBITOS 2001-2010 POR LOCAL DE
RESIDÊNCIA, SALDO NATURAL E SALDO MIGRATÓRIO 2001-2011, TAXAS BRUTAS DE NATALIDADE E MORTALIDADE, TAXA
DE CRESCIMENTO NATURAL E TAXA DA BALANÇA MIGRATÓRIA, TAXA DE CRESCIMENTO TOTAL
Fonte: INE, Estatísticas Demográficas, 2001-2010; INE, XVI e XV Recenseamentos Gerais da População
A análise desenvolvida até aqui refere-se à evolução da população até 2011. De que forma terá
evoluído e continuará a evoluir a população do concelho de Lisboa desde então? Como terá evoluído
o crescimento populacional, nomeadamente, na componente natural, essencial para identificar a
futura população escolar? Como terá evoluído a fecundidade, considerando as tendências até aqui
reveladas? Consideramos o indicador da intensidade da fecundidade para essa análise, o índice
sintético de fecundidade (ISF)7.
TABELA 21 - NADOS-VIVOS POR LOCAL DE RESIDÊNCIA DA MÃE, CONCELHO DE LISBOA E FREGUESIAS, 1996-2016
Freguesias 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
7
O ISF refere-se ao número médio de filhos por mulher, numa população, num determinado período em
análise. O limiar de substituição das gerações situa-se no valor de 2,1 filhos por mulher. Em Portugal, desde
1982 que o valor do ISF se situa abaixo do limiar de substituição das gerações.
Alcântara 131 105 118 126 146 100 113 141 150 156 137 121 155 173 184 145 139 152 130 172 162
Alvalade 298 289 259 289 271 244 258 295 264 268 285 301 319 287 331 310 322 282 308 319 343
Areeiro 262 234 246 212 237 198 183 211 216 222 197 192 224 228 207 198 199 183 184 232 221
Arroios 307 322 294 322 316 312 309 327 331 337 363 368 354 370 385 395 351 340 349 374 402
Av. Novas 216 236 249 233 208 209 231 218 221 227 212 196 207 212 231 264 207 248 245 242 308
Beato 135 145 116 90 134 119 109 127 128 118 137 115 118 125 158 126 107 94 112 130 125
Belém 150 182 184 155 175 145 188 162 183 158 161 171 175 211 190 162 171 168 158 183 186
Benfica 342 361 364 333 398 366 363 370 318 322 313 329 328 352 358 315 298 306 273 330 341
C. Ourique 284 249 243 249 236 276 236 215 208 228 208 198 252 250 204 211 223 207 199 219 240
Campolide 199 136 199 176 189 162 184 155 171 171 154 143 146 169 162 145 114 128 148 121 153
Carnide 190 202 225 220 239 262 273 266 237 260 213 216 202 245 206 216 205 213 196 198 198
Estrela 220 220 215 253 214 193 230 229 204 229 210 216 227 238 244 196 198 199 196 239 254
Lumiar 501 480 487 499 527 492 488 513 496 572 572 593 598 580 614 542 530 470 484 504 547
Marvila 410 479 456 446 481 444 430 483 471 393 394 418 434 429 414 415 357 371 318 356 339
Misericórdia 179 154 156 161 150 191 194 179 175 161 161 149 155 176 152 141 110 124 145 120 126
Olivais 373 349 403 421 475 430 483 493 461 517 470 548 582 543 539 475 462 390* 292* 300 311
P. França 269 249 251 272 275 259 250 282 222 304 264 271 250 280 312 257 241 247 245 276 306
Santa Clara 231 242 259 277 276 296 286 269 282 279 255 265 301 324 363 323 290 320 318 306 325
Sta. Mª 132 140 179 149 151 157 147 155 175 153 132 124 174 190 177 141 154 142 123 154 133
Maior
Santo 135 140 132 146 150 117 137 143 135 145 144 157 142 154 152 134 130 122 129 137 135
António
S. D. Benfica 283 272 300 296 323 291 342 327 303 377 318 311 336 330 331 312 311 260 304 331 311
São Vicente 139 147 130 159 158 151 162 156 142 141 151 130 160 158 158 134 135 128 145 130 145
Lisboa 5568 5507 5659 5753 5936 5604 5785 5880 5668 5913 5628 5697 6041 6220 6236 5733 5409 5335 5454 5778 6022
Ao longo do período de duas décadas, entre 1996 e 2016, verifica-se, na evolução dos nados-
vivos, uma primeira fase de cerca de década e meia, com tendência para a estabilização ou ligeiro
crescimento do número de nados-vivos no concelho, até 2010. Entre 2011 e 2013, inclusive, há um
decréscimo claro dos valores dos nados-vivos, seguido de uma recuperação a partir de 2014. O ano de
2016 apresenta um dos valores mais altos de todo o período.
Quanto ao grupo de freguesias com um decréscimo populacional permanente nos dois últimos
Figura 21 - Nados-vivos e Índice de Base 100 dos nados-vivos nas freguesias de Ajuda, alvalade, Beato,
Belém, Benfica, C. de Ourique, P. de França, Stª Maria Maior, St. António e S. Vicente
As freguesias das Avenidas Novas, Santa Clara e São Domingos de Benfica (grupo com inversão
de tendência positiva para o crescimento populacional entre censos) apresentam alguma estabilidade
no número de nados-vivos ao longo da primeira década do período em análise. Daí em diante, as
oscilações são mais marcadas, pautando-se por uma tendência de subida do número de nados-vivos
após 2013.
Carnide e Lumiar são as duas freguesias que apresentam um crescimento mais consolidado na
cidade de Lisboa até 2011, o que resultará, também, da estabilização ou tendência de crescimento do
número de nados-vivos até esse ano. Daí em diante, o número de nados-vivos na freguesia de Carnide
manteve-se bastante estável, sendo que, no Lumiar, começou por diminuir até 2013, como na maioria
das freguesias, mas registou uma clara subida desde 2014. Acompanha a tendência de subida da
freguesia de Santa Clara, revelando que a zona Norte e mais periférica do concelho de Lisboa será uma
das que apresentará uma mais forte natalidade e potencial de crescimento natural do concelho.
FIGURA 24 - NADOS-VIVOS E ÍNDICE DE BASE 100 DOS NADOS-VIVOS NAS FREGUESIAS DE CARNIDE, LUMIAR
No âmbito do diagnóstico local, e mais especificamente no que aos fluxos migratórios diz
respeito, verifica-se que, na sequência da crise económica e financeira, a partir de meados de 2010, o
saldo migratório torna-se negativo, com predomínio da emigração face à imigração, o que só virá a ser
invertido em 2016. A cidade de Lisboa não foi exceção no quadro nacional, assumindo-se em 2011
como o município mais repulsivo do país, com um saldo migratório negativo de –10 114 pessoas. Entre
2011 e 2015, a situação melhorou, tendo-se verificado em 2015 um saldo migratório de –3 890
pessoas. Apenas em 2016 ocorre uma inversão do saldo migratório, passando a ter um valor positivo
entre as 500 a 2000 pessoas (Oliveira & Gomes 2017).
A realidade trazida pela crise, no entanto, não retira a importância que a região de Lisboa e,
particularmente, o município de Lisboa sempre tiveram na atração de imigrantes. Entre 2008 e 2016,
a cidade de Lisboa manteve incrementos na população estrangeira residente, ao contrário do
verificado na Área Metropolitana de Lisboa e no conjunto do país (Tabela 22). Em 2016, a população
estrangeira com estatuto legal de residente em Portugal era de 397 731 pessoas, das quais 199 108
(50 por cento) residiam na Área Metropolitana de Lisboa e 55 212 (14 por cento) no município de
Lisboa.
TABELA 22 - POPULAÇÃO ESTRANGEIRA RESIDENTE (N.º) E VARIAÇÃO (%), PORTUGAL, AML E LISBOA, 2008 A 2016
Analisando os fluxos de imigração por nacionalidade no período mais recente, entre 2010 e
2016, verifica-se que ocorreram importantes decréscimos nas comunidades de imigrantes do Brasil,
dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e dos países da Europa do Leste. Por outro lado,
registam-se aumentos significativos nas comunidades asiáticas, em especial das oriundas da China, do
Nepal e do Bangladesh, bem como nas pessoas oriundas da União Europeia e dos Estados Unidos da
América.
TABELA 24 - POPULAÇÃO ESTRANGEIRA COM ESTATUTO LEGAL DE RESIDENTE, POR PAÍS DE ORIGEM, LISBOA, VARIAÇÃO
2010-2016
As quatro freguesias que, em 2011, apresentavam um maior peso de imigrantes — acima dos
10 por cento da população residente — eram Santa Maria Maior (17,8 por cento), Arroios (14,1 por
cento), Misericórdia (11,3 por cento) e Santo António (10,3 por cento). Em resultado desta
concentração, predomina, nestas freguesias, também uma vasta oferta de estabelecimentos
TABELA 26 – POPULAÇÃO RESIDENTE DE NACIONALIDADE ESTRANGEIRA POR FREGUESIA (N.º), CONTINENTE, AML E
LISBOA, 2011. FONTE: INE, I.P., CENSOS 2011
n.º %
Relação entre a população estrangeira residente e as origens dos países ou etnias dos alunos a
frequentar as escolas em 2020
Com base na informação mais atualizada (Junho 2021) a população estrangeira a residir no
concelho de Lisboa em 2020, perfaz um total 107.223 pessoas de 176 países diferentes.
Mulheres
49614 Homens
46% 57609
54%
Analisando os países que contribuem com mais população estrangeira em Lisboa, verifica-se
que 85% desta é oriunda essencialmente de 20 países.
Restantes
156 países;
15996; 15%
20 Países
com mais
população;
91227; 85%
Suécia
Paquistão
Guiné Bissau
Ucrânia
Roménia
Países Baixos
Cabo Verde
Angola
Índia
Alemanha
Espanha
Reino Unido
Bangladesh
Itália
França
China
Nepal
Brasil
Mulheres Homens
Fonte: https://sefstat.sef.pt/
Nas escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico e nos Jardins de Infância da Rede Pública do Concelho de
Lisboa, no ano letivo de 2019/20, existiam 950 alunos a frequentar estes estabelecimentos de
nacionalidade estrangeira, conforme se apresenta na tabela seguinte.
Do total das 53 nacionalidades diferentes, optou-se por representar as 19 com mais alunos,
conforme o gráfico que se segue.
Síria 6
Bulgária 6
Itália 7
Venezuela 8
Senegal 9
Moldávia 9
Paquistão 12
Roménia 13
França 13
Ucrânia 18
China 22
Guiné 31
São-Tomé 43
Índia 44
Bangladesh 51
Cabo-Verde 87
Nepal 99
Angola 115
Brasil 292
O Brasil, Angola, Nepal, Cabo-Verde e o Bangladesh são os cinco países que contribuem com mais
alunos, 67% do total, sendo notória a predominância do Brasil com 31%, como se pode observar na
figura seguinte.
Além dos alunos provenientes destes países, encontram-se matriculados nas Escolas do 1.º Ciclo do
Ensino Básico e nos Jardins de Infância 177 crianças de etnia cigana.
TABELA 29 – POPULAÇÃO POR GRUPOS ETÁRIOS ESCOLARES (3-19 ANOS COMPLETOS), POR FREGUESIA, NO CONCELHO DE
LISBOA, 2001
S. D. Benfica 6,9
Sta. Clara 0
-12,4 P. França
Olivais 21,6
-23,7 Misericórdia
-20,8 Marvila
-0,6 Lumiar
Estrela 6,6
Carnide 7,6
Campolide 0,1
-1,8 C. Ourique
-10,6 Benfica
-1,3 Belém
-12,3 Beato
Arroios 3,8
-3,9 Areeiro
Alvalade 2,1
Alcântara 3,7
-16,6 Ajuda
Nº Indivíduos
Censos 2011 Censos 2021 Taxa de
FREGUESIA
(Resultados (Resultados Variação %
definitivos) preliminares)
Fonte: INE
Em 2019, foi realizada a segunda edição do inquérito Mãos ao Ar, consistindo na inquirição,
em sala de aula, de uma única questão: «Como vens habitualmente para a escola?». Este inquérito,
organizado pela Direção Municipal de Mobilidade, abrangeu cerca de 47 141 alunos (31 961 do ensino
público e 15 180 do ensino privado).
Comboio
49%
Metropolitano
15%
Elétrico
Automóvel
5% 1% Mota
3%
1% Outro
Foi possível apurar que o modo de transporte com mais peso continua a ser o automóvel,
representando 49 por cento das viagens (ver Figura 36), seguido do modo pedonal (23 por cento) e do
autocarro (15 por cento). Em paralelo, observou-se que o peso do modo automóvel é
substancialmente superior nas viagens para estabelecimentos de ensino privado: 78 por cento, em vez
dos 34 por cento nos estabelecimentos públicos. Inversamente, o modo pedonal representa apenas
onze por cento das viagens para escolas do sistema privado, enquanto nas escolas públicas assume
um peso de 29 por cento. Da mesma forma, três por cento das viagens para escolas privadas são
realizadas por autocarro, enquanto para as escolas públicas este modo atinge os 21 por cento (ver
Figura 37).
100%
Outro FONTE:
90% INQUÉRITO
MÃOS AO
Mota
80% 34% AR 2019
Automóvel
70%
Elétrico
60% 78%
Metropolitano
50%
21% Comboio
40%
Transporte Escolar
30%
Autocarro (Carris ou
20%
outros operadores)
29% 3%
10% Bicicleta (inclui trotineta,
11% patins, skate)
0% A pé (exclusivamente)
Público Privado
100,00%
40,00%
59,25% 59%
46% 50%
20,00%
30%
0,00%
1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo Secundário TOTAL
No que concerne à análise por freguesia, apresenta-se de seguida os valores por ciclo de
ensino. Desta forma, verifica-se, na Figura 39, que, no 1.º Ciclo do Ensino Básico, as freguesias com
maior utilização de modos ativos (acima de 45 por cento) são as seguintes: Beato (62 por cento),
Arroios (54 por cento), Areeiro (47 por cento), Alcântara (46 por cento) e Misericórdia (46 por cento).
Por outra parte, aquelas com menos recurso a este tipo de modos de transporte (inferior a 25 por
cento) são o Parque das Nações (24 por cento), a Penha de França (21 por cento), Campolide (20 por
cento) e Belém (seis por cento).
No que respeita aos modos de transporte coletivos, destacam-se as freguesias com maior
recurso a esse tipo de transporte (superior a 30 por cento): Campolide (58 por cento), Penha de França
(51 por cento), Belém (36 por cento), Campo de Ourique (34 por cento) e Santa Maria Maior (34 por
cento). Inversamente, aquelas com menor utilização dos modos coletivos são (inferior a dez por cento)
são Carnide (nove por cento), Areeiro (seis por cento) e Parque das Nações (dois por cento).
Relativamente ao 2.º Ciclo do Ensino Básico, na rede pública (Figura 40), constata-se que as
freguesias com maior utilização de modos ativos (superior a 40 por cento) são: Carnide (59 por cento),
FIGURA 40 - REPARTIÇÃO MODAL DE VIAGENS CASA – ESCOLA, ENSINO PÚBLICO, 2.º CICLO.
Quanto à utilização de modos coletivos nas viagens para escolas públicas no 2.º Ciclo do Ensino
Básico, verifica-se que as freguesias com maior recurso a estes modos são: Belém (72 por cento),
Misericórdia (42 por cento), Beato (41 por cento) e Santa Clara (41 por cento). Por oposição, aquelas
com valores mais baixos (inferiores a 15 por cento) são Carnide (14 por cento), Areeiro (13 por cento)
e Parque das Nações (1 por cento). No que respeita ao uso do automóvel individual, observa-se que as
FIGURA 41 - REPARTIÇÃO MODAL DE VIAGENS CASA – ESCOLA, ENSINO PÚBLICO, 3.º CICLO
Finalmente, no que concerne ao Ensino Secundário, (Figura 42), observa-se que as freguesias
com maior uso de modos ativos (superior a 40 por cento) são Arroios (52 por cento), São Vicente (51
por cento), Areeiro (48 por cento) e Campo de Ourique (47 por cento). Inversamente, as freguesias
com menos recurso a este tipo de modos (inferior a dez por cento) são Belém (sete por cento) e Penha
de França (seis por cento).
No que respeita aos modos coletivos, observa-se que as freguesias com mais uso destes modos
(superior a 70 por cento) são a Penha de França (86 por cento), São Domingos de Benfica (82 por
cento), Avenidas Novas (71 por cento) e Belém (71 por cento). Por outro lado, as freguesias com menos
uso destes modos (inferior a 30 por cento) são Carnide (27 por cento) e São Vicente (26 por cento).
Finalmente, quanto ao automóvel individual, verifica-se que as freguesias com mais uso deste modo
(superior a 30 por cento) são Carnide (40 por cento), Alcântara (36 por cento), Olivais (33 por cento),
Alvalade (32 por cento) e Benfica (31 por cento). Por outro lado, as freguesias menos dependentes do
automóvel neste tipo de viagens (com valores inferiores a 10 por cento) são a Penha de França (7 por
cento), Avenidas Novas (7 por cento) e Misericórdia (3 por cento).
Da análise dos estabelecimentos de ensino privado do 1.º Ciclo do Ensino Básico (ver Figura
43), observa-se que, das freguesias onde foi possível recolher dados, aquelas com maior utilização de
modos ativos (superior a 20 por cento) são Beato (30 por cento), Santa Clara (24 por cento), Campolide
(23 por cento) e Alvalade (22 por cento). Inversamente, aquelas em cujos alunos menos recurso fazem
deste modo (inferior a 10 por cento) são a Penha de França (8 por cento), Santa Maria Maior (7 por
cento), Areeiro (7 por cento), Benfica (6 por cento) e Parque das Nações (3 por cento).
FIGURA 43 - REPARTIÇÃO MODAL DE VIAGENS CASA – ESCOLA, ENSINO PRIVADO, 1.º CICLO.
FIGURA 44 - REPARTIÇÃO MODAL DE VIAGENS CASA – ESCOLA, ENSINO PRIVADO, 2.º CICLO.
Já nas viagens para os mesmos estabelecimentos, mas em modos ativos, constata-se que as
freguesias com maior expressão (superior a 10 por cento) são Alcântara (22 por cento), Beato (19 por
cento) e Penha de França (15 por cento). Inversamente, as freguesias com repartições modais menos
favoráveis a estes modos (inferiores a cinco por cento) São Domingos de Benfica (quatro por cento)
Parque das Nações (quatro por cento), Marvila (quatro por cento), Olivais (quatro por cento) e Belém
(dois por cento).
FIGURA 45 - REPARTIÇÃO MODAL DE VIAGENS CASA – ESCOLA, ENSINO PRIVADO, 3.º CICLO.
Por fim, as freguesias com maior uso do automóvel para estas viagens (superior a 80 por cento)
são os Olivais (95 por cento), Marvila (93 por cento), Parque das Nações (88 por cento), Santa Clara
Em relação às viagens no 3.º Ciclo do Ensino Básico (ver Figura 45), refira-se que as freguesias
com maior recurso aos modos ativos (superior a 20 por cento) são a Penha de França (37 por cento),
Estrela (29 por cento), Arroios (25 por cento) e São Domingos de Benfica (21 por cento). Em oposição,
as que menos uso fazem destes modos (inferior a dez por cento) são Belém (oito por cento), Alcântara
(sete por cento), Marvila (quatro por cento), Carnide (dois por cento) e Olivais (dois por cento).
No que concerne aos modos coletivos, observou-se que as freguesias com maior expressão
(superior a 20 por cento) são Alcântara (28 por cento) e Carnide (25 por cento). Inversamente, as
freguesias com menos utilização destes modos (inferior a dez por cento) são Marvila (oito por cento),
Arroios (oito por cento), Belém (seis por cento), São Domingos de Benfica (cinco por cento), Campo de
Ourique (cinco por cento), Olivais (cinco por cento) e Parque das Nações (quatro por cento).
Quanto ao uso do automóvel, refira-se que as freguesias com mais dependência neste tipo de
viagens (superior a 80 por cento) são os Olivais (94 por cento), Alvalade (89 por cento), Marvila (88 por
cento), Belém (86 por cento) e Parque das Nações (83 por cento). As freguesias menos dependentes
do transporte individual (com níveis inferiores a 70 por cento, ou seja, ainda assim bastante
dependentes) são Arroios (67 por cento), Alcântara (66 por cento) e Penha de França (51 por cento).
Ainda no Ensino Secundário da rede privada, as freguesias em que o recurso a modos coletivos
de transporte assume maior expressão (superior a 20 por cento) são Benfica (75 por cento) e Parque
das Nações (26 por cento). A freguesia que menos uso faz deste modo (inferior a 10 por cento) é Santa
Clara (8 por cento). Finalmente, as freguesias com maior dependência do automóvel para este tipo de
viagens (com valores superiores a 70 por cento) são Belém (85 por cento), Marvila (81 por cento) e São
Domingos de Benfica (71 por cento).
Os transportes escolares são, regra geral, transportes públicos ou autárquicos que permitem
a deslocação dos alunos, seja no percurso casa-escola-casa, seja em atividades escolares.
De um modo geral, quando os agrupamentos e escolas são servidos pela rede ferroviária e/ou
o metropolitano, as acessibilidades por transporte público são consideradas boas, não só pela
concretização dessa oferta específica, mas também por se associarem às estações de comboio e de
metropolitano, interfaces intermodais de ligação a outros meios, nomeadamente o rodoviário.
É a rede rodoviária, operada pela CARRIS, que apresenta a oferta mais vasta no Concelho,
servindo praticamente todas as escolas.
Da recolha de dados junto dos agrupamentos escolares, destaca-se que algumas escolas e
Agrupamentos de Escolas com oferta educativa diferenciada, como por exemplo escolas de referência
para a educação de alunos surdos, cegos ou com baixa visão, escolas do Ensino Artístico, ou outras
especificidades, beneficiam de apoios e parcerias realizadas com outras autarquias, de onde provêm
parte dos seus alunos. Registam-se exemplos em que é concedido um meio de transporte (Smartbus
no caso do Agrupamento de Escolas das Olaias, que é agrupamento de referência para a educação de
alunos cegos e com baixa visão), outros em que os passes mensais são subsidiados (Escola Artística
António Arroio, Escola Profissional das Ciências Geográficas, Agrupamento de Escolas Quinta de
Marrocos — esta última é escola de referência para a educação bilingue de alunos surdos). Não
obstante, subsistem algumas dificuldades, nomeadamente no apoio a alunos residentes no concelho
de Lisboa, como reportado pelo Agrupamento de Escolas Quinta de Marrocos, uma vez que é a própria
escola e não a Câmara Municipal de Lisboa a disponibilizar um meio de transporte para os alunos
surdos da Educação Pré-Escolar e do 1.º Ciclo do Ensino Básico residentes no concelho de Lisboa. Do
ponto de vista dos transportes escolares, para a realização de visitas de estudo, subsiste uma
diversidade de soluções dentro do Concelho, com apoios prestados pela Câmara Municipal de Lisboa,
juntas de freguesia, e pelas próprias escolas, podendo revelar-se vantajosa uma articulação mais
desenvolvida entre entidades.
O mesmo problema de inacessibilidade existe na Escola Básica 2/3 do Alto do Lumiar, escola
sede do Agrupamento de Escolas do Alto do Lumiar, apesar de, neste caso as salas da Unidade de
Apoio a Alunos com Multideficiência funcionarem nas escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico.
4.2.2 - Isócronas
Neste capítulo procedeu-se a uma avaliação da acessibilidade pedonal às escolas do ensino público,
nomeadamente no que concerne à cobertura espacial em termos de áreas habitacionais. Para o efeito,
utilizaram-se os eixos de via da rede viária. No entanto, por forma a melhor adequar esta informação
ao propósito do exercício, eliminaram-se os arcos da rede viária do 1.º e 2.º níveis hierárquicos onde
não é possível circular a pé com condições de segurança e conforto.
O exercício foi replicado separadamente para: i) as escolas do 1.º ciclo, e; ii) para as escolas do 2.º e
3.º ciclos. Num primeiro momento, incluíram-se apenas para as escolas existentes e num segundo
momento, reproduziu-se o mesmo exercício incluindo, não apenas os estabelecimentos de ensino
existentes, mas também os propostos. Neste contexto, apresentam-se de seguida uma síntese dos
resultados obtidos.
Nas Figuras apresentadas nesta secção é possível observar a sobreposição das áreas envolventes
localizadas a um tempo de acesso inferior a 15 minutos (cor roxa) com as áreas habitacionais
consolidadas e a consolidar (malha quadriculada). A partir da análise espacial da sobreposição destes
dois temas, foi possível calcular que a percentagem de áreas habitacionais consolidadas ou a
consolidar que se encontra a menos de 15 minutos a pé de uma escola pública do 1.º ciclo é 72%.
De seguida, procedeu-se à mesma análise espacial, mas desta vez para as escolas públicas existentes
do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico (ver Figura 50). Deste exercício resultou a conclusão de que 44%
das suprarreferidas escolas se encontra dentro da isócrona de 15 minutos, ou seja, é possível aceder
a uma escola destes dois níveis de ensino a partir de cerca de metade do território do município
destinado a áreas habitacionais com uma viagem pedonal de duração inferior a 15 minutos.
FIGURA 50 - ISÓCRONAS DE ACESSIBILIDADE PEDONAL (15 MINUTOS) ÀS ESCOLAS PÚBLICAS EXISTENTES DO 2.º E 3.º
CICLOS
Nesta secção, repetiu-se a análise espacial anterior, mas agora incluindo não apenas os
estabelecimentos de ensino existentes, mas também os propostos. Deste modo, para as escolas do
primeiro ciclo (ver Figura 51) verificou-se que 78% da área habitacional do município encontrar-se-á
dentro da isócrona dos 15 minutos. Assim, com a introdução dos novos estabelecimentos, adquire-se
um ganho na ordem dos 6% o que, tratando-se de um território predominantemente consolidado,
poderá ser considerado um incremento assinalável.
Por outra parte, no que concerne agora aos estabelecimentos de ensino do 2.º e 3.º níveis de ensino
básico, verificou-se que 49% das áreas habitacionais serão acessíveis através de uma viagem pedonal
com duração inferior a 15 minutos. Neste segmento, com a introdução dos novos estabelecimentos
de ensino, o aumento de cobertura espacial corresponde a 5% relativamente à situação existente (Ver
Figura 52).
Nas tabelas seguintes, apresenta-se a distribuição das escolas por tipologia e freguesia no ano
letivo de 2019/2020. É de salientar que as tipologias podem ser ajustadas, tendo em conta a relação e
o equilíbrio de oferta e procura.
Tipologia Escolas
JI 9
EB1/JI 66
EB1 13
EB23 20
EBI+JI 4
EBI 1
ES/23 8
ES3 14
ES 4
Ajuda 1 2 1 4
Alcântara 2 1 1 1 5
Alvalade 4 2 2 2 10
Areeiro 1 1 1 1 4
Arroios 2 2 1 1 6*
Avenidas novas 1 1 1 1 4
Beato 3 1 1 5
Belém 1 3 1 2 7
Benfica 1 3 1 1 1 1 8
Campo de Ourique 4 1 1 1 7
Campolide 1 1 1 3
Carnide 2 3 1 1 7
Estrela 1 1 2
Lumiar 2 3 2 3 1 1 12
Marvila 8 2 1 11
Misericórdia 2 3 5
Olivais 7 3 2 12
Penha de França 3 1 1 1 6
Santa Clara 1 3 1 1 6
Santo António 2 2
São Vicente 2 1 1 4
Total 9 66 13 20 4 4 8 1 14 139
* A escola Hospital - Rainha Dona Estefânia é contabilizada na Rede Escolar, apesar de ser apenas
destinada a crianças internadas no hospital. A Escola Artística do Instituto Gregoriano de Lisboa
não foi contabilizada, uma vez que os seus alunos estão matriculados noutras escolas. Fonte:
Cálculos próprios; CML; DGEstE
É de notar que todas as freguesias de Lisboa têm oferta tanto de jardim de infância como de
1.º Ciclo do Ensino Básico. Dada a evolução histórica da cidade, não é estranho que os restantes ciclos
de ensino estejam restritos a algumas freguesias.
TABELA 35 - CICLOS DE ENSINO NÃO COBERTOS POR ESTABELECIMENTOS DE ENSINO PÚBLICO POR FREGUESIA
Escola Básica e Secundária Gil Vicente (sede) São Vicente Escolas Gil Vicente
Fonte: CIES-IUL
Escola Básica de Santo Amaro EB1/JI Alcântara Escola Básica Francisco de AGRUPADA
Francisco de Arruda Sim
Arruda
Escola Básica Francisco de Arruda EB23 Alcântara SEDE
Escola Básica Santo António EB1/JI Alvalade Escola Secundária Rainha AGRUPADA
Rainha D. Leonor Não
Dona Leonor
Escola Básica Hospital Dona Estefânia EB1 Arroios AGRUPADA
Escola Básica de São João de Brito EB1/JI Alvalade Escola Secundária Padre AGRUPADA
Alvalade Não
Escola Básica Almirante Gago Coutinho EB23 Alvalade António Vieira AGRUPADA
Escola Básica do Bairro Madre de Deus EB1/JI Beato Escolas Luís António Escola Básica e Secundária AGRUPADA
Sim
Escola Básica e Secundária Luís António ES/23 Beato Verney Luís António Verney SEDE
Verney
Escola Básica do Condado EB1/JI Marvila AGRUPADA
Escola Básica Pedro de Santarém EBI+JI Benfica Escola Secundária José AGRUPADA
Escolas de Benfica Sim
Gomes Ferreira
Escola Básica Arquitecto Gonçalo Ribeiro EB1/JI Benfica AGRUPADA
Telles
Jardim de Infância n.º 1 de Benfica JI Benfica AGRUPADA
Escola Básica n.º 1 de Telheiras EB1 Lumiar Ferreira Escola Secundária Vergilio AGRUPADA
Não
Escola Básica de Telheiras EB23 Lumiar Ferreira AGRUPADA
Escola Básica do Castelo EB1/JI Santa Maria Escola Básica e Secundária AGRUPADA
Escola Básica da Alta de Lisboa EB1/JI Santa Clara Escolas Pintor Almada Escola Básica Pintor Almada AGRUPADA
Sim
Escola Básica Pintor Almada Negreiros EBI+JI Santa Clara Negreiros Negreiros SEDE
Escola Básica de São José EB1/JI Santo Escola Básica e Secundária AGRUPADA
Escolas Passos Manuel Sim
Escola Básica Maria Barroso EB1/JI António
Santa Maria Passos Manuel AGRUPADA
Escola Básica Manuel Teixeira Gomes EB1/JI Marvila Escolas de Santa Maria Escola Secundária António AGRUPADA
Não
dos Olivais Damásio
Escola Secundária António Damásio ES3 Olivais SEDE
Total de Frequências por Ciclos de Escolaridade N.º Turmas/Grupos por Ciclos de Escolaridade
(2019/2020) (2019/2020)
Pré- 1.º 2.º 3.º SEC TOTAL Pré- 1.º 2.º 3.º Ciclo SEC TOTAL
escolar Ciclo Ciclo Ciclo escolar Ciclo Ciclo
5017 13462 8516 13397 36103 76495 233 621 376 578 1539 3347
A rede de oferta pública é ainda bastante reduzida, sendo aqui que a taxa de cobertura mais
se afasta da universalização da oferta. Devido a esta falha, a rede privada e social surge como
alternativa, complementando a oferta existente, mas os esforços têm sido no sentido de aumentar a
oferta pública, visando responder às necessidades da população lisboeta.
Alvalade 140 6
D. Dinis 237 11
D. Filipa de Lencastre 40 2
Laranjeiras 284 12
Luís de Camões 0 0
Olaias 215 10
Rainha D. Leonor 95 4
Restelo 269 13
TABELA 41 - NÚMERO DE CRIANÇAS MATRICULADAS NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR PÚBLICA, POR FREGUESIA E NÚMERO
GRUPOS DE JARDIM DE INFÂNCIA EXISTENTES, 2019/20
A distribuição de alunos por freguesia (ver Tabela 41) mostra que o número de crianças
matriculadas na Educação Pré-Escolar, considerando a rede pública do Ministério de Educação, é
menor em quatro freguesias do concelho de Lisboa, de entre as quais sobressaem Estrela e Santo
António. Tendencialmente, estes casos registam-se nas freguesias onde a população em idade escolar
é menor, malgrado a freguesia da Estrela apresentar uma população em idade escolar (3-5 anos)
superior à dos restantes casos (na ordem dos 560).
O Ensino Básico pretende garantir uma formação geral aos cidadãos. É uma oferta formativa
de caráter obrigatório, e destina-se a crianças e jovens entre os 6 e os 15 anos de idade. No chamado
ensino regular, é constituído por três ciclos — 1.º, 2.º e 3.º. No entanto, de forma a combater o
insucesso escolar e a criar igualdade de oportunidades, existem outras ofertas formativas mais flexíveis
e adaptadas às realidades dos alunos, nomeadamente, os Cursos de Educação e Formação (CEF), os
Percursos Curriculares Alternativos (PCA) e os Programas Integrados de Educação e Formação (PIEF).
O 1.º Ciclo do Ensino Básico tem a duração de quatro anos, e é iniciado aos seis anos de idade,
caso a criança os complete até setembro do ano de admissão. Os alunos que fazem os seis anos entre
setembro e dezembro têm entrada condicional, isto é, só ingresso no 1.º Ciclo caso haja vaga e os
Encarregados de Educação assim o desejem. Os alunos condicionais podem optar por entrar no ano
seguinte, completando os sete anos entre setembro e dezembro.
Do ponto de vista curricular, os alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico têm 25h de aulas
curriculares semanais, divididas pelas disciplinas de Português, Matemática, Estudo do Meio e
Expressões. O Inglês curricular é introduzido no 3.º e 4-º anos. Importa ainda destacar as Atividades
de Enriquecimento Curricular (AEC), atividades facultativas, de acesso universal e gratuito, com uma
oferta predominantemente lúdica, incidindo nos domínios das áreas das expressões.
• PASSAPORTE ESCOLAR
Destinado aos alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico da rede pública, promove a educação não
formal, através de uma oferta educativa alargada e diversificada, que contribui para a
formação de cidadãos conscientes e informados. Assente em quatro áreas – educação
científica e ambiental, educação desportiva, educação cultural e a educação cívica –, o
programa visa aprofundar os conhecimentos dos alunos, através de visitas de estudo. Em cada
visita, o Passaporte Escolar do aluno é carimbado, proporcionando-lhe um registo físico do seu
percurso na educação não formal.
• ORQUESTRA GERAÇÃO
O projeto Orquestra Geração Lisboa (OGLx) iniciou-se em 2009 e destina-se a crianças em
situação de maior vulnerabilidade educativa e social, em escolas onde o abandono escolar e
os problemas de convivência multicultural são mais sensíveis. Pretende contribuir para a
inserção e desenvolvimento das crianças e jovens, promover autoestima de alunos e famílias,
famílias, aproximar os pais do processo educativo dos filhos, fomentar a igualdade de
oportunidades, combater o abandono e o insucesso escolar e conter a exclusão social.
Aulas de 45 minutos, duas vezes por semana, durante seis semanas, perfazendo um total de
doze aulas, para todos os alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico.
Para alunos integrados nos Centros de Apoio à Aprendizagem, que apresentem necessidades
educativas acentuadas e persistentes que exijam recursos especializados de apoio à
aprendizagem. As aulas, com duração de 30 minutos, são realizadas em período letivo, uma
vez por semana, durante 15 semanas, com um enquadramento específico individualizado.
Para alunos integrados nos Centros de Apoio à Aprendizagem que apresentem necessidades
educativas acentuadas e persistentes que exijam recursos especializados de apoio à
aprendizagem. As aulas, com duração de 60 minutos, são realizadas em período letivo, uma
vez por semana, durante 15 semanas, com um enquadramento específico individualizado.
No ano letivo 2019/2020, o 1.º Ciclo do Ensino Básico da rede pública da cidade de Lisboa
contabilizava cerca de 13 462 alunos matriculados, distribuídos por 621 turmas.
Após os quatro anos iniciais, os alunos prosseguem para o 2.º Ciclo do Ensino Básico, composto
por dois anos escolares. Este ciclo inicia-se, geralmente, aos dez anos de idade.
Ao nível do 2.º Ciclo (e com continuação para o 3.º Ciclo) do Ensino Básico, são identificados o
ensino com caráter geral e os Cursos de Ensino Artístico Especializado de música e dança. Para os
alunos em risco de exclusão, e de forma a promover a conclusão do ensino obrigatório, há três
alternativas: Cursos de Educação e Formação (CEF), Programas Integrados de Educação e Formação
(PIEF) e os Percursos Curriculares Alternativos (PCA). Em 2019/2020, havia uma turma de Percursos
• CLUBES DE MAR
Aos 12 anos, os alunos ingressam no 3.º (e último) Ciclo do Ensino Básico, com a duração de
três anos escolares. A conclusão dos nove anos de escolaridade confere a atribuição de diploma e
permite a entrada no ensino secundário. A conclusão do ensino básico confere uma certificação escolar
ao nível do 9.º ano e certificação profissional de nível 2, de acordo com o Quadro Nacional de
Qualificações. Em termos de comparação internacional, esta etapa corresponde ao Ensino Secundário
Inferior (Low Secondary CITE 2).
As ofertas alternativas são as mesmas do ciclo anterior. No ano letivo de 2019/20, em Lisboa,
307 alunos frequentaram Cursos de Educação e Formação, distribuídos por 17 turmas, nos
Agrupamentos de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão, Olaias, Benfica, Quinta de Marrocos, Pintor
Almada Negreiros e Dom Dinis, bem como nas Escolas não Agrupadas Fonseca de Benevides e Marquês
de Pombal. Nos Agrupamentos das Olaias, Bairro Padre Cruz e Francisco de Arruda funcionaram cinco
turmas com Programas Integrados de Educação e Formação, com um total de 84 alunos. Por fim, 66
alunos, repartidos por cinco turmas, frequentaram Percursos Curriculares Alternativos nos
Agrupamentos de Escolas do Alto do Lumiar, Luís António Verney, Francisco de Arruda e Fernando
Pessoa.
• CLUBES DE MAR
No 3.º ciclo do ensino básico público registaram-se cerca de 13.400 matrículas no ano letivo
de 2019/2020.
O Ensino Secundário compreende os três anos seguintes. Inicia-se normalmente aos 15 anos
de idade, e conclui-se aos 18. Pode ser frequentado por três vias: Cursos Científico-Humanísticos,
Cursos Profissionais e Ensino Artístico Especializado. Os cursos científico-humanísticos são compostos
por quatro opções: ciências e tecnologias, ciências socioeconómicas, línguas e humanidades e artes
visuais.
Por outro lado, são sete os estabelecimentos de Ensino Secundário, regular e profissional, que
não se encontram agrupados: Escola Secundária Camões, Escola Secundária Fonseca de Benevides,
De todos os estabelecimentos públicos com Ensino Secundário, cinco não contemplam oferta
de Ensino Profissional: Escola Secundária Dona Filipa de Lencastre, Escola Secundária José Gomes
Ferreira, Escola Secundária Pedro Nunes, Escola Secundária Rainha Dona Amélia, Escola Secundária do
Restelo.
Em 2019/2020, o Ensino Secundário público foi o ciclo de estudos que registou maior número
de matrículas: cerca de 14 800 alunos. Destes, 2 200 alunos frequentaram o Ensino Profissional.
Cursos Cientifico-humanísticos
Apenas respeitante ao Ensino Secundário, os cursos tecnológicos são uma oferta profissional
e qualificante, orientada tanto para a inserção no mercado de trabalho, como para o prosseguimento
de estudos de nível superior. A conclusão destes cursos permite o acesso a um diploma de Ensino
Secundário e um certificado de qualificação profissional de nível 4.
Segundo dados recolhidos junto dos serviços do Instituto do Emprego e Formação Profissional,
em 2017 existiam 2.404 jovens inscritos nos Cursos de Aprendizagens em Lisboa. Segundo a mesma
fonte, as taxas de desistência são bastante elevadas e a certificação ronda os 50 por cento.
Capacidade
Cap. (salas de Cap. Total
(salas de aulas
NOME DA ESCOLA aulas) Ensino Escola (salas
* de Ensino
Regular de aulas)
Profissional)
Escola Secundária Padre António Vieira 46 5 51
Em Lisboa, existem 23 escolas de Ensino Profissional, das quais apenas uma é pública: a Escola
Profissional de Ciências Geográficas. A maioria dos alunos que frequenta estas escolas pertence à Área
Metropolitano de Lisboa Norte, destacando-se os concelhos de Sintra, Loures, Odivelas e, a seguir,
Lisboa.
TABELA 49 - LISTAGEM DOS ESTABELECIMENTOS DA REDE DE ESCOLAS PROFISSIONAIS POR N.º DE ALUNOS
Tabela 50 - Principais concelhos de residência dos alunos das escolas profissionais de Lisboa no ano
letivo 2016/2017
Concelho Lisboa Sintra Loures Odivelas VFX Amadora Oeiras Seixal Cascais Almada Sesimbra Mafra Barreiro
N.º de 1563 726 599 472 364 324 287 198 187 180 102 83 81
alunos
O Ensino Artístico especializado em música e dança é iniciado nos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino
Básico, sendo também oferecido ao nível do Ensino Secundário. Regra geral, prepara todos aqueles
que querem ver desenvolvidas as aptidões nas áreas da música, canto gregoriano e dança (no Ensino
Secundário, inclui ainda a valência de canto). O Ensino Artístico Especializado funciona em regime
integrado no Conservatório de Música ou no Conservatório de Dança a partir do 5.º ano, com um
O ensino artístico especializado de artes visuais existe apenas no ensino secundário, na Escola
Secundária António Arroio, que oferece quatro cursos diferentes. Todos conferem certificação de nível
4 e permitem o prosseguimento de estudos para o Ensino Superior.
Existem em Lisboa doze escolas artísticas, como se pode verificar na tabela 45. Quatro
pertencem à rede pública.
Os CEF constituem uma via alternativa ao ensino regular. Destinam-se aos alunos do Ensino
Básico e do Ensino Secundário. No caso do Ensino Básico, estes cursos são direcionados para alunos a
partir dos 13 anos de idade que manifestem constrangimentos com os estudos do ensino geral,
designadamente aqueles que tiveram duas retenções no mesmo ciclo ou três (ou mais) retenções em
ciclos diferentes na totalidade do seu percurso escolar. A identificação prévia do público-alvo
influencia a organização do curso, nomeadamente a sua duração e a escolha das atividades
vocacionais. No caso do Ensino Secundário, esta via é direcionada a jovens com idades compreendidas
entre os 15 e os 23 anos, em risco de abandono escolar, ou em situação declarada de abandono escolar
da via regular de ensino. Apresentam uma grande diversidade de áreas de formação e dividem-se em
vários tipos, respondendo à pluralidade de situações, qualificações e condições de ingresso dos
proponentes.
Os PCA funcionam apenas ao nível do Ensino Básico e destinam-se a jovens de até 18 anos de
idade que se enquadrem numa das seguintes situações: insucesso escolar repetido; risco de
marginalização e de exclusão social; risco de abandono escolar; e/ou com condicionantes na
aprendizagem (forte desmotivação, absentismo, baixa autoestima e falta de expetativas). Consideram-
se ainda os casos de alunos com deficiências ou incapacidades de caráter permanente para os quais
esta medida responda devidamente. Os PCA visam, sobretudo, o cumprimento da escolaridade
mínima obrigatória e combater a exclusão, apresentando uma planificação focalizada em
componentes mais artísticas, vocacionais, pré-profissionais ou profissionais, ou noutras competências
a desenvolver em função das condições e potencialidades dos alunos.
Universidade de Lisboa 17
Ensino Superior Público Universitário
Universidade Nova de Lisboa 5
Instituto Universitário de Lisboa 1
Desde 2017 que o Programa Qualifica concentra em si os meios e os recursos principais para a
qualificação e formação de adultos em Portugal, recuperando, assim, parte da filosofia do programa
das Novas Oportunidades (extinto em 2011). Resumidamente, trata-se de um programa que visa
melhorar os níveis de educação e formação dos adultos, uma vez que os níveis de qualificação desta
população se mantêm deficitários.
O programa de Formação em Competências Básicas tem por principal objetivo a aquisição das
competências básicas de leitura, escrita, cálculo e tecnologias de informação e comunicação
necessárias à integração nos cursos EFA, ou nos processos de RVCC de nível básico. Este programa tem
como principais destinatários adultos que não frequentaram ou não concluíram o 4º ano de
escolaridade, ou que não possuem aquelas competências. Funcionam nos centros de formação do
Instituto do Emprego e Formação Profissional. As Formações Modulares Certificadas têm o principal
propósito de atualizar os conhecimentos teóricos e práticos, bem como melhorar os níveis escolares e
profissionais. A conclusão de uma formação modular confere uma certificação qualificante, que pode
estar enquadrada de acordo com o Catálogo Nacional de Qualificações. Estas formações podem
também ser frequentadas por menores de 18 anos integrados no mercado de trabalho, ou em centros
educativos tutelados pelo Ministério da Justiça.
Uma vez obtida certificação no ensino secundário, os adultos podem prosseguir nos estudos,
ingressando tanto em cursos Pós-Secundários, como em cursos superiores, uma vez cumpridas as
regras de acesso definidas pelas instituições competentes. Entre essas regras inclui-se, por exemplo, o
regime especial para maiores de 23 anos de idade.
A rede de educação e formação de adultos do concelho de Lisboa conta com quatro escolas
públicas classificadas como Centro Qualifica: A Escola Secundária Marquês de Pombal, a Escola
Secundária Camões, o Agrupamentos de Escolas Eça de Queirós e o Agrupamento de Escolas de
Alvalade.
A Ação Social Escolar, nas suas diferentes modalidades, é revista anualmente. De momento,
encontram-se em vigor as seguintes opções municipais:
• Os alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico abrangidos pelos escalões A e B do ASE ou por
medidas de suporte à aprendizagem e inclusão (seletivas e/ou adicionais) têm um
apoio de 20 euros, por aluno, por ano, para material de desgaste;
• As fichas de apoio do 1.º, 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico são comparticipadas a 100
por cento, mediante apresentação de faturas; os alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico
abrangidos pelos escalões A e B do ASE ou por medidas de suporte à aprendizagem e
inclusão (seletivas e/ou adicionais) têm um apoio de 20 euros, por aluno, por ano, para
visitas de estudo;
• Na educação Pré-Escolar, 1.º, 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e no Ensino Secundário,
cada escola com Centro de Apoio à Aprendizagem recebe 350 euros, por ano, para
aquisição de equipamento de uso comum e 2 000 euros, por ano, a distribuir pelos
alunos de cada Centro de Apoio à Aprendizagem, abrangidos por medidas de suporte
à aprendizagem e à inclusão (seletivas e/ou adicionais), para aquisição de materiais de
uso individual, nos casos em que os manuais escolares não sejam pedagogicamente
adequados;
• No âmbito do transporte escolar, é garantido passe social gratuito, até aos 18 anos de
idade, para todas as crianças da educação Pré-Escolar e alunos do 1.º, 2.º e 3.º Ciclos
do Ensino Básico e Ensino Secundário abrangidas por medidas de suporte à
aprendizagem e à inclusão (seletivas e/ou adicionais), com mobilidade e/ou
autonomia reduzidas, transferidas compulsivamente para escolas que distem três km
da sua área de residência, ou a frequentarem Percursos Individuais de Educação e
Formação.
8Para os alunos sem escalão, a Câmara Municipal de Lisboa assume a diferença entre o valor definido pelo
Ministério de Educação para o almoço e o custo da refeição para o Município.
Agrupamento de Escolas Piscinas ‐ Escola Básica de Santa Maria dos Olivais 2.º e 3.º
Olivais Escola Básica Paulino Montez 1.º
Escola Básica de São Vicente/Telheiras 2.º e 3.º
Escola Básica Dom Luís da Cunha 1.º
Agrupamento de Escolas Vergílio
Escola Básica n.º 1 de Telheiras 1.º
Ferreira
Unidade Orgânica Nome do Estabelecimento com U.E.E. Ciclo
As Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) são uma componente destinada aos alunos
do 1.º Ciclo do Ensino Básico, apresentando uma grande diversidade de áreas complementares às
aprendizagens curriculares e escolares. A Componente de Apoio à Família (CAF) funciona de forma
articulada com as AEC, e com o ensino curricular de 1.º Ciclo, promovendo o acompanhamento dos
alunos antes e depois do período de funcionamento das aulas e das atividades de enriquecimento,
dando ainda resposta nos períodos de interrupção letiva. As Atividades de Animação e Apoio Familiar
(AAAF) funcionam na mesma ordem de princípio, destinando-se às crianças integradas na rede pública
da educação Pré-Escolar. No seu conjunto, estas atividades têm particular importância no quadro da
oferta educativa nacional e do apoio socioeducativo, resultando da cooperação entre autarquias,
escolas e famílias. Regem-se por princípios de igualdade e equidade, uma vez que garantem o acesso
gratuito a componentes lúdicas, artísticas e desportivas.
Do conjunto de informação recolhida via entrevistas (realizadas junto das direções escolares e
das juntas de freguesia), foi identificada a importância das Atividades e Enriquecimento Curricular no
quadro da organização curricular das escolas. É uma oferta com bons níveis de participação que, regra
Durante muitos anos, a situação das refeições do nos jardins de infância e escolas do 1.º Ciclo
do Ensino Básico de Lisboa foi problemática. Em muitos casos, as refeições eram pouco saborosas,
servidas em cuvetes de plástico descartável e, em alguns casos, até em quantidade insuficiente. Em
2019, porém, o Município implementou o primeiro Plano Municipal de Alimentação Escolar Saudável
nas escolas de 1.º Ciclo do Ensino Básico e jardins de infância, que teve por base uma mudança de
paradigma. A opção passou a ser pela confeção local, pela abolição do plástico descartável, pela
quantidade adequada e pela colaboração com várias entidades relacionadas com a saúde pública. Este
plano é dedicado exclusivamente à promoção da alimentação escolar saudável e equilibrada,
repartindo-se por várias áreas de atuação, e destina-se a reconfigurar, de uma forma transversal e
integrada, o sistema de alimentação escolar e os hábitos alimentares na cidade de Lisboa. São de
salientar algumas das medidas:
1. Eliminação das modalidades de catering e aposta no sistema de confeção local. O ano letivo
de 2018/2019 iniciou com melhorias imediatas no sistema de refeições, eliminando as
modalidades de catering (quente unidose e a frio) e substituindo-as pelo modelo de confeção
local transportada, em que as refeições são confecionadas nas cozinhas das escolas, nesse
mesmo dia e com produtos frescos, e depois transportadas.
9
Esta situação devia-se ao facto de algumas escolas pertencerem ao mesmo Agrupamento de Escolas, mas a
diferentes juntas de freguesia, que eram na altura as entidades promotoras destas atividades. Atualmente a
única entidade promotora e financiadora é o Município de Lisboa.
Do total destes 143 estabelecimentos da rede privada, a grande maioria — cerca de 83 por
cento — oferece Educação Pré-Escolar. Destes 119 estabelecimentos, 43 por cento são escolas de 1.º
Ciclo do Ensino Básico (51), 27 por cento são só jardim de infância (32), e 11 por cento são escolas com
oferta de ensino integrada, desde a Educação Pré-Escolar até ao Ensino Secundário (13
estabelecimentos). Dos 119 estabelecimentos com oferta de Educação Pré-Escolar, existem doze onde
é oferecido por Instituições Particulares de Solidariedade Social. Há 22 estabelecimentos com oferta
de Ensino Secundário na cidade de Lisboa — mais de metade (13) são escolas com ensino integrado
da Educação Pré-Escolar até ao Ensino Secundário. Dos outros nove estabelecimentos, quatro são
escolas com 3.º Ciclo do Ensino Básico e Ensino secundário, duas oferecem 2.º e 3.º Ciclo do Ensino
Básico e Ensino Secundário, duas só ministram Ensino Secundário, e uma contempla o 1.º, 2.º e 3.º
Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário.
TABELA 59 - ESTABELECIMENTOS DE ENSINO COM EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR DA REDE PRIVADA POR TIPOLOGIA E NÚMERO
DE ALUNOS
TABELA 60 - ESTABELECIMENTOS DE ENSINO SEM EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR DA REDE PRIVADA POR TIPOLOGIA E NÚMERO
DE ALUNOS
Nas Grandes Opções do Plano para o quadriénio 2023-2027, a Câmara Municipal de Lisboa
definiu uma linha de desenvolvimento estratégico, na qual uma das medidas contempla o aumento e
requalificação da rede escolar do 1.º ciclo e pré-escolar e inclusão das escolas básicas 2,3 e secundárias,
transferidas para o Município no âmbito da descentralização de competência do Estado para a
Autarquia.
Como suporte à priorização das intervenções a realizar nas escolas, o Município solicitou ao
Laboratório Nacional de Engenharia Civil, I. P (LNEC) o levantamento do estado de conservação de 55
estabelecimentos de ensino, com valências de jardim de infância ou de 1.º Ciclo do Ensino Básico. A
inspeção a estas escolas, para avaliação do seu estado de conservação, decorreu entre os meses de
setembro e novembro de 2018, e foi realizada por investigadores do Departamento de Edifícios do
LNEC. Na sequência daquele estudo, em maio de 2019 foi solicitada ao LNEC a avaliação do estado de
conservação de um novo conjunto de estabelecimentos escolares, englobando os outros ciclos de
ensino e avaliando outras vertentes não analisadas no estudo anterior (2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico
e Ensino Secundário). O método definido para a realização do levantamento do estado de conservação
dos estabelecimentos de ensino foi o Método de Avaliação do Estado de Conservação de imóveis
(MAEC), estabelecido no Regime de determinação do nível de conservação dos prédios urbanos ou
frações autónomas (Decreto-Lei n. 266-B/2012, de 31 de dezembro – Portugal, 2012) e regulado pela
Portaria n.º 1192-B/2012, de 3 de novembro (Portugal, 2006b). A classificação do estado de
conservação foi realizada numa escala de cinco níveis: (i) Excelente; (ii) Bom; (iii) Médio; (iv) Mau; e
(v)Péssimo. A estes estados de conservação correspondem níveis de conservação classificados
numericamente de 5 a 1, respetivamente.
FIGURA 60 - DISTRIBUIÇÃO DAS ESCOLAS NO MUNICÍPIO DE LISBOA ANALISADAS NO 2.ºESTUDO REALIZADO PELO LNEC
[FONTE: GOOGLE EARTH/ LNEC]
a) época de construção
FIGURA 61 - DISTRIBUIÇÃO DOS EDIFÍCIOS DAS ESCOLAS DE JARDIM DE INFÂNCIA E 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO, POR
ÉPOCA DE CONSTRUÇÃO.
Fonte: LNEC - Avaliação do Estado de Conservação de Escolas do Município de Lisboa - JI e Escolas do 1.ºciclo
do ensino básico
Fonte: LNEC - Avaliação do Estado de Conservação de Escolas do Município de Lisboa - Escolas do 2.º e 3.º ciclo
e secundárias
b) tipologia estrutural
Fonte: LNEC - Avaliação do Estado de Conservação de Escolas do Município de Lisboa - Escolas do 2.º e 3.º ciclo
e secundárias
c) número de pisos
Fonte: LNEC - Avaliação do Estado de Conservação de Escolas do Município de Lisboa - Escolas do 2.º e 3.º ciclo
e secundárias.
a) áreas
Por último, no caso das escolas de 2.º e 3.º Ciclo do Ensino Básico e Secundárias, é importante
avaliar a dimensão dos edifícios em termos de área construída. Este aspeto permite obter
dados sobre áreas de manutenção e eventuais custos para a manutenção e a reabilitação.
Verifica-se que cerca de um terço dos edifícios são de grande dimensão, apresentando mais
de 2000 m2 de área bruta de construção, chegando mesmo um dos edifícios a apresentar cerca
de 12000 m2 (Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho).
Fonte: LNEC - Avaliação do Estado de Conservação de Escolas do Município de Lisboa - Escolas do 2.º e
3.º ciclo e secundárias
Vulnerabilidade Sísmica
Os resultados deste estudo foram entregues ao Município em outubro de 2021. Analisada a resposta
sísmica dos edifícios principais de cada escola, concluiu-se que “a larga maioria das escolas cumpre os
objetivos de desempenho relacionados com a resistência última da estrutura, ou seja, cumpre os
objetivos relacionados com os dois últimos estados limite (estados limite 3 e 4 – salvaguarda de vida e
próximo do colapso).”
Apenas 3 das escolas analisadas não cumprem o objetivo de desempenho associado ao estado limite
4 (próximo do colapso) e outras 4 escolas não cumprem o estado limite 3 (salvaguarda de vida).
Este estudo ajudou ao estabelecimento das prioridades de intervenção nas escolas estabelecidas na
presente Carta Educativa (Capítulo 2.1 - Critérios de Prioridade, da Parte III - Plano de Financiamento).
A existência de uma rede de instalações desportivas nas escolas públicas afetas à escolaridade
obrigatória e adequada aos diferentes níveis de ensino é essencial para um bom suporte não só às
atividades letivas, como também ao apoio das atividades físicas e lúdicas complementares - desporto
escolar, tempos de recreio e lazer, outras, essenciais à formação integral dos jovens e à aquisição desde
cedo de hábitos de uma vida mais ativa.
No âmbito da revisão da Carta Desportiva do Município de Lisboa, que adoptou a designação da Carta
da Atividade Física e do Desporto do Município de Lisboa (CAFDML), atualmente em fase de
conclusão, foi efectuado em 2016 um recenseamento das instalações desportivas nos
estabelecimentos escolares da rede pública em funcionamento (incluindo as que têm dupla tutela –
com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social) com atualização em 2020,
Este capítulo apresenta uma síntese sobre este tema tendo como fonte os estudos da CAFDML,
relativos às 137 escolas que constam na CE, as quais se encontram identificadas nos quadros que se
seguem.
Destes 137 estabelecimentos de ensino , cerca de 12% (17) não possuem qualquer tipo de instalação
desportiva. A sua maioria localiza-se nas zonas do Centro (7) e Centro Histórico (5) da cidade e
abrangem principalmente os níveis mais baixos de escolaridade - Jardim de Infância (JI) e 1º Ciclo do
Ensino Básico (EB1) ,faixas etárias onde se deveria iniciar a literacia física e a aquisição de hábitos e
gosto pelo exercício físico.
Grande
Pavilhão Pequeno Espaços de
Sala Desporto Campo
Desportivo Campo Jogos Atletismo
Jogos
139 22 5 171 15
Espaços de
Atletismo Sala
4% Desporto
40%
Pequeno
Campo
Jogos Grande Pavilhão
49% Campo Desportivo
Jogos 6%
1%
Do total das 352 instalações a maioria são os Pequenos Campos de Jogos (49%) e as Salas de Desporto
(40%).
Quando esta análise é feita pelas 5 grandes zonas da cidade, cuja delimitação é representada na figura
seguinte, pode verificar-se que é na zona Norte e Oriental que existe um maior número de instalações
desportivas mo conjunto de estabelecimentos de ensino da rede pública
FIGURA 70 - DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA E POR ZONAS DE LISBOA
50
45
45 43
39
40
35 32 31 Sala Desporto
30 27 26 Pavilhão Desportivo
25 25
25 Grande Campo Jogos
20 17
Pequeno Campo Jogos
15
Atletismo
10 8 8
5 5
5 3 2 2 2 3
1 1 1 1
0
C. Histórico Centro Norte Ocidental Oriental
FIGURA 71- DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NO CENTRO HISTÓRICO
Atletismo
5% Sala
Desporto
43%
Pequeno
Campo
Jogos
42% Grande
Pavilhão
Campo
Desportivo
Jogos
8%
2%
É no Centro Histórico que se verifica o maior nº de estabelecimentos de ensino (9) sem nenhuma
instalação desportiva.
As salas de desporto e os pequenos campos de jogos representam 85% do total das instalações.
Pequeno
Campo
Jogos Pavilhão
Grande Campo
46% Desportivo
Jogos
2% 2%
Das 26 escolas localizadas na zona Centro, 7 não têm qualquer instalação desportiva.
A tipologia das salas de desporto e os pequenos campos de jogos perfazem 92% do total das
instalações desportivas das escolas desta zona.
Nas nove escolas com o 2º e 3º ciclo de ensino básico e/ou secundário apenas existe um pavilhão
desportivo; tal como na Zona do C. Histórico só se contabiliza um Grande Campo de Jogos e dois
espaços de atletismo.
1 1
Escola Básica das Galinheiras - (1º CEB + JI)
2 1
Escola Básica das Laranjeiras - (1º CEB + JI)
3 4
Escola Básica de Pedro de Santarém - (JI-1º-2º-3º CEB)
Escola Básica de São Vicente/Telheiras - (JI-1º-2º-3º
1 2
CEB)
1 2
Escola Básica do Alto do Lumiar - (2º-3º CEB)
1 1
Escola Básica do Bairro Padre Cruz - (2º-3º CEB)
1 1
Escola Básica do Lumiar - (1º CEB + JI)
1 1
Escola Básica do Parque Silva Porto - (1º CEB + JI)
1 2
Escola Básica Dr. Nuno Cordeiro Ferreira - (1º CEB + JI)
1 1
Escola Básica Eurico Gonçalves - (1º CEB)
1 2
Escola Básica Frei Luís de Sousa - (1º CEB + JI)
1 1
Escola Básica Jorge Barradas - (1º CEB)
Escola Básica Maria da Luz de Deus Ramos - (1º CEB +
1 1
JI)
1 1
Escola Básica n.º 1 de Telheiras - (1º CEB)
Escola Básica Padre José Manuel Rocha e Melo - (1º 1 1
CEB + JI)
Escola Básica Pintor Almada Negreiros - (JI-1º- 2º-3º
1 1 2
CEB)
1 1
Escola Básica Prista Monteiro - (1º CEB)
FIGURA 73- DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NA ZONA NORTE
Atletismo Sala
2% Desporto
41%
Pequeno
Campo
Jogos
47% Pavilhão
Grande Campo Desportivo
Jogos 9%
1%
Das 37 escolas localizadas na zona Norte, dois Jardins de Infância não têm qualquer instalação
desportiva.
São nas 12 escolas do 2º e 3º ciclo de ensino básico e/ou secundário, que se localizam oito pavilhões
desportivos.
FIGURA 74- DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NA ZONA OCIDENTAL
Sala
Atletismo Desporto
6% 31%
Pequeno Grande
Campo Campo
Jogos Jogos
59% 4%
Na zona Ocidental, localizam-se 16 escolas das quais 6 são do 2º e 3º ciclo de ensino básico e/ou
secundário, mas não existe qualquer Pavilhão Desportivo. É também aqui que se regista a maior
percentagem de pequenos campos de jogos (59%)
FIGURA 75- DISTRIBUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS, POR TIPOLOGIA NA ZONA NORTE
Atletismo Sala
6% Desporto
36%
Pequeno Pavilhão
Campo Jogos Desportivo
49% 9%
As escolas não agrupadas são objeto de uma análise específica depois da apresentação da evolução de
frequências de alunos em cada agrupamento de escolas da cidade, por grandes zonas da cidade.
As Figura n.º 77 e n.º 78 são elucidativas das densidades de população escolar nos atuais
Agrupamentos de Escolas. Verificam-se assimetrias significativas na distribuição da população escolar
entre os vários Agrupamentos da cidade de Lisboa, destacando-se uma maior concentração de alunos
nos Agrupamentos de Escolas Vergílio Ferreira e Santa Maria dos Olivais
ZONA CENTRO
FIGURA 79 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA ZONA
CENTRO
Agrupamento de Escolas de Alvalade, com a sua atual configuração, foi constituído em 2012,
tendo resultado da junção da Escola Secundária Padre António Vieira com as restantes escolas do
antigo Agrupamento de Escolas de Alvalade. É um agrupamento cuja oferta vai desde a Educação Pré-
Escolar até ao Ensino Secundário. É composto por quatro escolas, todas localizadas na freguesia de
Alvalade. A sede é a Escola Secundária Padre António Vieira.
A oferta de 1.º Ciclo do Ensino Básico coexiste com a Educação Pré-Escolar na Escola Básica de São
João de Brito e na Escola Básica Teixeira de Pascoais. Em 2011 foi concluída uma obra de beneficiação
geral e arranjos dos espaços exteriores na Escola Básica de São João de Brito. Também a Escola Básica
Teixeira de Pascoais teve obras de beneficiação geral, concluídas em 2022.
O 2.º Ciclo do Ensino Básico é ministrado apenas na Escola Básica Gago Coutinho, o 3.º Ciclo
do Ensino Básico na Escola Básica Gago Coutinho e na Escola Secundária Padre António Vieira.
Relativamente às condições físicas do edificado escolar, há que salientar que EB Almirante Gago
Coutinho regista um mau estado de conservação, necessitando de intervenção urgente.
Ensino Secundário existe apenas na Escola Secundária Padre António Vieira, que foi alvo de
intervenção recente por parte da Parque Escolar, E.P.E.
Fonte: DGEstE
Fonte: DGEstE
O Agrupamento de Escolas Dona Filipa de Lencastre data de 2007 e engloba três escolas da
freguesia do Areeiro. A sede é a Escola Secundária Dona Filipa de Lencastre.
A Escola Secundária Dona Filipa de Lencastre contempla o 2.º Ciclo e 3.º Ciclos do Ensino Básico
e o Ensino secundário e beneficiou de uma intervenção por parte da Parque Escolar, E.P.E., concluída
em 2010.
Fonte: DGEstE
TABELA 72 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DONA
FILIPA DE LENCASTRE
2.º Ciclo EB e Sec. D. Filipa de Lencastre 338 353 359 341 321
Fonte: DGEstE
Fonte: DGEstE
TABELA 74 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LUÍS DE
CAMÕES
2.º Ciclo Escola Básica Luís de Camões 216 206 199 207 217
3.º Ciclo Escola Básica Luís de Camões 312 317 294 294 366
Fonte: DGEstE
A Educação Pré-Escolar é oferecida na Escola Básica Mestre Querubim Lapa e na Escola Básica
Mestre Arnaldo Louro de Almeida. Ambas foram intervencionadas entre 2015 e 2017. O 1.º Ciclo é
ministrado nestas duas escolas e ainda na Escola Básica de São Sebastião da Pedreira.
O 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico funcionam na Escola Básica Marquesa de Alorna que
beneficiou de obras de requalificação da Parque Escolar, E.P.E. em 2010. Este agrupamento não dispõe
de oferta ao nível do Ensino Secundário.
Devido às inadequadas condições do seu edificado para a função escolar, dado tratar-se de um
edifício adaptado para o ensino, em 2018/19 a Escola Básica de São Sebastião da Pedreira teve as suas
instalações encerradas devido a problemas estruturais, estando a funcionar provisoriamente em
monoblocos no recinto da escola sede do agrupamento.
TABELA 76 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
MARQUESA DE ALORNA
O Agrupamento de Escolas Rainha Dona Leonor foi criado em 2013, através da integração do
Agrupamento de Escolas Eugénio dos Santos e da Escola Secundária Rainha Dona Leonor. É constituído
A Educação Pré-Escolar existe na Escola Básica de Santo António, onde também é ministrado o
1.º Ciclo do Ensino Básico, na Escola Básica do Bairro de São Miguel (desde o ano letivo 2020/2021) e
na Escola Básica de Santo António e na Escola Hospital Dona Estefânia (esta corresponde apenas a uma
sala de aula no hospital com o mesmo nome, destinada às aprendizagens de crianças que se encontram
internadas, pelo que o seu funcionamento difere das restantes escolas do agrupamento). A Escola
Básica dos Coruchéus só tem oferta de 1.º Ciclo. Todas estas escolas foram alvo de intervenção
recente, exceto a Escola Básica de Santo António, cuja beneficiação se encontra em curso. O 2.º e o
3.º Ciclo do Ensino são lecionados na Escola Básica Eugénio dos Santos (que necessita de intervenção),
existindo ainda oferta de 3.º Ciclo na Escola Secundária Rainha Dona Leonor.
TABELA 78 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS RAINHA
DONA LEONOR
1.º Ciclo Escola Básica Coruchéus 168 133 153 145 169
2.º Ciclo Escola Básica Eugénio dos 544 481 482 450 419
Santos
Escola Básica Eugénio dos 435 418 422 406 389
Santos
Secundário Leonor
Escola Secundária Rainha Dona 946 946 907 913 848
Leonor
TOTAL 3147 3032 2970 2910 2811
A zona do Centro Histórico da cidade abrange 6 Agrupamentos de Escolas - Gil Vicente, Manuel da
Maia, Nuno Gonçalves, Padre Bartolomeu de Gusmão, Passos Manuel e Patrício Prazeres - e 5 Escolas
não agrupadas - Escola Secundária Pedro Nunes, Escola Secundária Camões, Escola Artística António
Arroio, Escola Artística de Dança do Conservatório Nacional e Escola Artística de Dança do
Conservatório Nacional
FIGURA 80 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA ZONA DO CENTRO
HISTÓRICO
TABELA 79 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA ZONA DO CENTRO
HISTÓRICO
A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica de Santa
Clara e na Escola Básica do Castelo. A primeira resultou de um processo de adaptação/requalificação
de um edifício, obra concluída em 2014, mantendo-se em boas condições. Estão previstas obras de
beneficiação geral na Escola Básica do Castelo.
O 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e o Ensino Secundário funcionam na Escola Básica Gil
Vicente, que foi intervencionada pela Parque Escolar, E.P.E. em 2010.
TABELA 81 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AE GIL VICENTE
O Agrupamento de Escolas Manuel da Maia constituiu-se no ano 2004. É composto por quatro
escolas, nas freguesias de Campo de Ourique e Estrela. A sede é a Escola Básica Manuel da Maia, e
trata-se de um Agrupamento TEIP.
A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica de Santo
Condestável, na Escola Básica Fernanda de Castro e, até 2020/2021, na Escola Básica de Vale de
Alcântara. A partir de 2021/2022 a Escola Básica Manuel da Maia alterou a sua tipologia para Escola
Básica Integrada com Jardim de Infância, passando a oferecer as valências de Educação Pré-Escolar e
de 1.º Ciclo, para além da sua oferta anterior de 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico. A EB Manuel da
Maia que foi construída em 1962 e nunca foi alvo de uma requalificação de fundo, sendo agora ainda
mais necessária na sequência desta alteração de tipologia. Neste agrupamento, não existe oferta de
Ensino Secundário.
TABELA 83 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MANUEL
DA MAIA
EB Fernanda de Castro 46 43 44 44 37
Fonte: DGEstE
O 2.º Ciclo do Ensino Básico é lecionado na Escola Básica Nuno Gonçalves, assim como o 3.º
Ciclo do Ensino Básico, também disponibilizado na Escola Secundária Dona Luísa de Gusmão. Nenhuma
destas escolas teve obras de beneficiação.
Fonte: DGEstE
TABELA 85 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS NUNO
GONÇALVES
EB n.º 1 de Lisboa 90 88 85 90 90
2.º Ciclo EB23 Nuno Gonçalves 493 465 450 445 472
Secundário ES/3 Dona Luísa de Gusmão 284 359 408 410 365
Fonte: DGEstE
A Educação Pré-Escolar é oferecida na Escola Básica Rainha Santa Isabel e na Escola Básica
Engenheiro Ressano Garcia. Ambas oferecem também o 1.º Ciclo do Ensino Básico, assim como a
Escola Básica n.º 72. Tanto a Escolas Básica n.º 72 como a Escola Básica Rainha Santa Isabel carecem
de obras de beneficiação/requalificação, já programadas. O avançado estado de degradação de ambos
os edificados obrigou à deslocalização das duas escolas, que funcionam, respetivamente, em
instalações da Junta de Freguesia da Estrela e na Escola Provisória do Rato, localizada no Mercado do
Rato. O 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e o Ensino Secundário são ministrados na Escola Básica e
Secundária Josefa de Óbidos, que foi intervencionada em 2009 pela Parque Escolar, E.P.E.
TABELA 87 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PADRE
BARTOLOMEU DE GUSMÃO
2.º Ciclo ES/2,3 Josefa de Óbidos 352 365 381 383 406
3.º Ciclo ES/2,3 Josefa de Óbidos 466 465 453 484 518
Fonte DGEstE
A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica das
Gaivotas, na Escola Básica Abel Varzim, na Escola Básica de São José, na Escola Básica Luísa Ducla
Soares e na Escola Básica Maria Barroso. Esta escola foi inaugurada em 2017 e as obras de
requalificação e beneficiação da Escola Básica Luísa Ducla Soares foram concluídas em agosto de 2020.
A Escola Básica Padre Abel Varzim e a Escola Básica de São José têm previstas intervenções futuras de
beneficiação geral, estando os respetivos projetos em fase de programa preliminar. A Escola Básica
das Gaivotas carece de instalações alternativas que substituam as atuais. Está em curso a elaboração
de um projeto para uma nova escola construída de raiz em terrenos contíguos à Escola Básica e
Secundária Passos Manuel.
O 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e o Ensino Secundário são ministrados na Escola Básica e
Secundária Passos Manuel, que foi intervencionada pela Parque Escolar, E.P.E.
TABELA 89 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PASSOS
MANUEL
2.º Ciclo EBI Patrício Prazeres 140 128 127 124 122
3.º Ciclo EBI Patrício Prazeres 213 226 203 185 216
A zona Norte da cidade abrange 8 Agrupamentos de Escolas – Alto do Lumiar, Bairro Padre Cruz,
Benfica, Laranjeiras, Pintor Almada Negreiros, Professor Lindley Cintra, Quinta de Marrocos e Vergílio
Ferreira.
FIGURA 81 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA ZONA NORTE
TABELA 92 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA ZONA NORTE
O Agrupamento de Escolas do Alto do Lumiar foi constituído no ano de 2007, e incorpora cinco
escolas, distribuídas pelas freguesias do Lumiar e Santa Clara. A sede é a Escola Básica do Alto do
Lumiar. Trata-se de um agrupamento TEIP (Território de Intervenção Prioritária).
Quatro das escolas têm a oferta de Educação Pré-Escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico.
Globalmente, a oferta de Educação Pré-Escolar é de doze salas de atividade e a oferta de 1.º Ciclo do
Ensino Básico é de 31 salas de aula. A Escola Básica das Galinheiras é de construção relativamente
recente e existe um projeto de beneficiação para a Escola Básica Maria da Luz de Deus Ramos.
Na Escola Básica do Alto do Lumiar são ministrados o 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, com
uma capacidade máxima total de 24 turmas, registando-se a necessidade de intervenção no edificado.
É de salientar que esta escola foi constituída de raiz como Escola Secundária (antiga Escola Secundária
D. José I), mas o Ensino Secundário não é oferecido em qualquer dos estabelecimentos escolares do
agrupamento.
Fonte: DGEstE
TABELA 94 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AE ALTO DO LUMIAR
Fonte: DGEstE
O Agrupamento de Escolas do Bairro Padre Cruz foi criado em 2008. É composto por três
escolas, inseridas no Bairro Padre Cruz. A sede é a Escola Básica do Bairro Padre Cruz. Desde o ano
letivo 2008/2009, todas as escolas do agrupamento entraram num projeto TEIP.
O Agrupamento de Escolas do Bairro Padre Cruz apresenta uma oferta de jardim de infância
em estabelecimento autónomo (o Jardim de Infância do Bairro Padre Cruz) e na Escola Básica
Professora Aida Vieira, onde se encontra a oferta relativa ao 1.º Ciclo do Ensino Básico. O 2.º e 3.º
Ciclos do Ensino Básico são ministrados na Escola Básica do Bairro Padre Cruz, que carece de obras
estruturais. Não existe oferta de Ensino Secundário.
TABELA 96 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO
BAIRRO PADRE CRUZ
Pré-escolar Jardim de Infância Bairro Cruz 140 135 135 135 125
1.º Ciclo Escola Básica Profª Aida Vieira 235 236 221 210 221
2.º Ciclo Escola Básica Bairro Padre Cruz 105 111 115 138 181
3.º Ciclo Escola Básica Bairro Padre Cruz 177 167 168 142 199
Fonte: DGEstE
O 2.º e o 3.º Ciclo funcionam na Escola Básica Pedro de Santarém, intervencionada em 2011
pela Parque Escolar, E.P.E. Existem, porém, turmas de 9.º ano na Escola Secundária José Gomes
Ferreira.
O Ensino Secundário é ministrado na Escola Secundária José Gomes Ferreira, que não é
intervencionada, a nível de obra, desde 2007.
TABELA 98 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE
BENFICA
2.º Ciclo EBI Pedro de Santarém 404 405 455 446 444
3.º Ciclo EBI Pedro de Santarém 423 442 474 501 507
Secundário ES/3 José Gomes Ferreira 890 913 933 911 980
Fonte: DGEstE
A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica das
Laranjeiras, na Escola Básica Frei Luís de Sousa e na Escola Básica António Nobre. Destas três escolas,
apenas a Escola Básica António Nobre aguarda obras de requalificação — a Escola Básica das
Laranjeiras teve obras de requalificação com ampliação em 2011, e a Escola Básica Frei Luís de Sousa
também teve obras de beneficiação geral, finalizadas em 2019.
O 2.º Ciclo do Ensino Básico é lecionado exclusivamente na Escola Básica Professor Delfim
Santos. O 3.º Ciclo do Ensino Básico encontra-se repartido entre esta escola e a Escola Secundária D.
Pedro V.
Ambas as escolas oferecem a Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico. A Escola
Básica Pintor Almada Negreiros assegura ainda o 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico, funcionando,
portanto, como uma Escola Básica Integrada que necessita de intervenções no edificado. O
agrupamento não dispõe de oferta de Ensino Secundário.
TABELA 101 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PINTOR ALMADA NEGREIROS
Fonte: DGEstE
O 2.º e o 3.º Ciclos são lecionados na Escola Básica Professor Lindley Cintra, existindo ainda
oferta de 3.º Ciclo na Escola Secundária do Lumiar.
TABELA 103 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS PROFESSOR LINDLEY CINTRA
O Agrupamento de Escolas Quinta de Marrocos foi constituído no ano 2004 e agrega três
estabelecimentos de ensino, todos concentrados na freguesia de Benfica. A sede é a Escola Básica
Quinta de Marrocos. Este agrupamento tem a particularidade de constituir um agrupamento/escola
de referência para o ensino bilingue de alunos surdos.
A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica Silva
Porto e na Escola Básica José Salvado Sampaio, que tiveram obras de beneficiação, parcial ou geral,
entre 2009 e 2016.
O 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico são lecionados na Escola Básica Quinta de Marrocos que
data de 1978 e nunca foi alvo de qualquer intervenção estrutural ou requalificação. O agrupamento
não dispõe de oferta de Ensino Secundário.
Fonte: DGEstE
1.º Ciclo EB Professor José Salvado 201 219 216 217 213
Sampaio
EB Parque Silva Porto 183 234 233 243 241
2.º Ciclo EB23 Quinta de Marrocos 225 210 237 276 253
3.º Ciclo EB23 Quinta de Marrocos 375 352 341 330 349
Fonte: DGEstE
O 2.º Ciclo do Ensino Básico é assegurado na Escola Básica de Telheiras e na Escola Básica de
São Vicente, assim como o 3.º Ciclo do Ensino Básico, que existe ainda na Escola Secundária Vergílio
Ferreira. As duas últimas foram intervencionadas em 2011, mas a Escola Básica de Telheiras carece de
requalificação.
TABELA 108 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
VERGÍLIO FERREIRA
FIGURA 82 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA ZONA OCIDENTAL
TABELA 109 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA ZONA OCIDENTAL
O Agrupamento de Escolas Francisco de Arruda foi constituído no ano 2004, abrangendo seis
estabelecimentos nas freguesias de Alcântara e da Ajuda. A sede é a Escola Básica Francisco de Arruda
e trata-se de um Agrupamento TEIP.
O 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico são lecionados na Escola Básica Francisco de Arruda,
intervencionada em 2011 pela Parque Escolar, E.P.E. Não existe oferta de Ensino Secundário neste
agrupamento.
TABELA 111 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
FRANCISCO DE ARRUDA
TABELA 113 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AE DO RESTELO
A zona Oriental da cidade abrange 7 Agrupamentos de Escolas – D. Dinis, Eça de Queirós, Fernando
Pessoa, Luís António Verney, Olaias, Piscinas-Olivais e Santa Maria dos Olivais.
FIGURA 83 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA ZONA ORIENTALL
TABELA 114 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NA ZONA ORIENTAL
A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica de Lóios,
na Escola Básica Professor Agostinho da Silva, na Escola Básica Luíza Neto Jorge, na Escola Básica João
dos Santos e na Escola Básica n.º 195 de Lisboa. As três primeiras foram alvo de requalificação recente.
O 2.º e o 3.º Ciclo funcionam na Escola Básica Damião de Góis e na Escola Básica de Marvila.
O Ensino Secundário é ministrado na Escola Secundária Dom Dinis, em conjunto com o 3.º Ciclo
do Ensino Básico. Esta escola foi intervencionada pelo programa da Parque Escolar, E.P.E. em 2008.
Pré-escolar EB de Lóios 0 21 43 50 40
Fonte: DGEstE
O Agrupamento de Escolas Eça de Queirós, localizado nas freguesias dos Olivais e do Parque
das Nações, foi constituído em 2010 e agregou a Escola Secundária Eça de Queirós, a Escola Básica
Vasco da Gama e um estabelecimento que na altura ainda se encontrava em construção, a atual Escola
Básica do Parque das Nações. A sede é a Escola Secundária Eça de Queirós.
A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica do Parque
das Nações e na Escola Básica Vasco da Gama.
O 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico até 2020/2021 eram ministrados na Escola Básica Vasco
da Gama e na Escola Secundária Eça de Queirós. A partir de 2021/2022, estes níveis de ensino
passaram a ser assegurados pela Escola Básica Vasco da Gama e pela Escola Básica do Parque das
TABELA 118 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AE EÇA DE QUEIRÓS
EB Vasco da Gama 45 40 45 50 50
1.º Ciclo EB do Parque das Nações 209 198 222 218 214
Fonte: DGEstE
O Agrupamento de Escolas Fernando Pessoa foi constituído em 2004 e é composto por quatro
escolas, localizando-se três na freguesia dos Olivais e uma na freguesia do Parque das Nações. A sede
é a Escola Básica Fernando Pessoa e trata-se de um Agrupamento TEIP.
A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica Infante
D. Henrique, na Escola Básica Arco-Íris e na Escola Básica Adriano Correia de Oliveira.
O 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico são ministrados na Escola Básica Fernando Pessoa. Não
existe oferta de Ensino Secundário no agrupamento.
TABELA 120 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
FERNANDO PESSOA
A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica do Bairro
da Madre de Deus, na Escola Básica do Beato e na Escola Básica do Condado.
O 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico funcionam na Escola Básica e Secundária Luís António
Verney, que conta também com oferta ao nível do Ensino Secundário Artístico desde o ano letivo
2019/2020 Esta escola necessita de obras essenciais e urgentes, uma vez que nunca foi alvo de
intervenção profunda.
TABELA 121 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LUÍS ANTÓNIO VERNEY
Fonte: DGEstE
TABELA 122 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LUÍS
ANTÓNIO VERNEY
Fonte: DGEstE
A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica Actor
Vale, na Escola Básica do Bairro do Armador e na Escola Básica Engenheiro Duarte Pacheco. A Escola
Básica Bairro do Armador é de construção relativamente recente, tendo o equipamento sido
inaugurado em 2009. É escola de referência para alunos cegos. A Escola Básica Engenheiro Duarte
beneficiou de uma obra de remodelação global, finalizada em 2019 que permitiu o alargamento da
oferta de Educação Pré-Escolar. A Escola Básica Actor Vale foi alvo de uma beneficiação geral concluída
em 2022.
O 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico são ministrados na Escola Básica das Olaias que carece
seriamente de uma intervenção e reabilitação. Este agrupamento não tem oferta de Ensino
Secundário.
TABELA 124 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DAS
OLAIAS
2.º Ciclo Escola Básica das Olaias 218 198 187 238 277
3.º Ciclo Escola Básica das Olaias 262 252 295 287 306
Fonte: DGEstE
A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica
Viscondessa dos Olivais (antiga Escola Básica n.º 36 de Lisboa), na Escola Básica Paulino Montez e na
Escola Básica de Santa Maria dos Olivais. A Escola Básica Paulino Montez foi alvo de uma beneficiação
geral e arranjos exteriores em 2015. Em 2020 foram concluídas as obras de beneficiação geral e
arranjos exteriores da Escola Básica Viscondessa dos Olivais. Estão previstas para iniciar brevemente a
2.ª e 3.ª fases das obras de beneficiação geral e arranjos exteriores na Escola Básica de Santa Maria
dos Olivais
O 2.º e o 3.º Ciclos do Ensino Básico são ministrados na Escola Básica de Piscinas. O
agrupamento não dispõe de oferta ao nível do Ensino Secundário.
O Agrupamento de Escolas de Santa Maria dos Olivais foi constituído em 2012. Tem no total
cinco escolas, quatro localizadas na freguesia dos Olivais e uma em Marvila. A sede é a Escola
Secundária António Damásio. Trata-se de um agrupamento TEIP.
A Educação Pré-Escolar e o 1.º Ciclo do Ensino Básico são oferecidos na Escola Básica Alice
Vieira (presentemente em obra de requalificação), na Escola Básica Sarah Afonso e na Escola Básica
Manuel Teixeira Gomes. O 2.º e o 3.º Ciclo do Ensino Básico são lecionados na Escola Básica dos Olivais,
cujo edificado necessita de reabilitação. Existe ainda oferta de 3.º Ciclo na Escola Secundária António
Damásio. O Ensino Secundário é lecionado apenas na Escola Secundária António Damásio, que foi
intervencionada pela Parque Escolar, E.P.E. em 2011.
TABELA 127 - ESTABELECIMENTOS ESCOLARES EXISTENTES NO AGRUPAMENTO DE SANTA MARIA DOS OLIVAIS
FIGURA 84 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS DESDE O ANO LETIVO DE 2015/16 A 2019/20 NAS ESCOLAS NÃO
AGRUPADAS
TABELA 130 - EVOLUÇÃO DE NÚMERO DE ALUNOS POR CICLO DE ENSINO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – ESCOLA
ARTÍSTICA ANTÓNIO ARROIO
Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas
Fonte: DGEstE
A Escola Secundária Pedro Nunes é uma Escola não Agrupada que se localiza na freguesia de
Campo de Ourique, com oferta de Ensino Secundário e 3.º Ciclo do Ensino Básico.
TABELA 131 - EVOLUÇÃO DE NÚMERO DE ALUNOS POR CICLO DE ENSINO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – ESCOLA
SECUNDÁRIA PEDRO NUNES
Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas
Fonte: DGEstE
TABELA 132 - EVOLUÇÃO DE NÚMERO DE ALUNOS POR CICLO DE ENSINO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – ESCOLA
ARTÍSTICA DE DANÇA DO CONSERVATÓRIO NACIONAL
Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas
2.º Ciclo 60 4 54 4 49 4 46 4 52 4
Fonte: DGEstE
TABELA 133 - EVOLUÇÃO DE NÚMERO DE ALUNOS POR CICLO DE ENSINO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – ESCOLA
ARTÍSTICA DE MÚSICA DO CONSERVATÓRIO NACIONAL
Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas
2.º Ciclo 70 4 68 4 44 4 73 4 71 4
Escola Artística
de Música do 3.º Ciclo 98 6 97 6 101 6 98 6 102 6
Conservatório
Nacional 106 7 94 6 118 7 128 7 50 3
Secundário
Fonte: DGEstE
Tabela 134 - Evolução de número de alunos por ciclo de ensino nos últimos 5 anos letivos – Escola
Secundária Fonseca Benevides
Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas
Fonseca
Benevides 142 8 151 10 172 10 202 12 292 16
Secundário
A Escola Secundária Rainha Dona Amélia localiza-se na freguesia de Alcântara e foi alvo
de intervenção recente pela Parque Escolar, E.P.E.
TABELA 135 - EVOLUÇÃO DE NÚMERO DE ALUNOS POR CICLO DE ENSINO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – ESCOLA
SECUNDÁRIA RAINHA DONA AMÉLIA
Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas
Fonte: DGEstE
TABELA 136 - EVOLUÇÃO DE NÚMERO DE ALUNOS POR CICLO DE ENSINO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – ESCOLA
SECUNDÁRIA CAMÕES
Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas
Escola
Secundária 1106 43 997 42 1007 40 1031 40 1018 40
Secundário
Camões
Fonte: DGEstE
TABELA 137 - EVOLUÇÃO DE NÚMERO DE ALUNOS POR CICLO DE ENSINO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – ESCOLA
SECUNDÁRIA MARIA AMÁLIA VAZ DE CARVALHO
Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas
TABELA 138 - EVOLUÇÃO DE NÚMERO DE ALUNOS POR CICLO DE ENSINO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – ESCOLA
SECUNDÁRIA MARQUÊS DE POMBAL
TABELA 139 - EVOLUÇÃO DE NÚMERO DE ALUNOS POR CICLO DE ENSINO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS LETIVOS – ESCOLA
PROFISSIONAL CIÊNCIAS GEOGRÁFICAS
Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas
Escola Prof. 26 2 28 3 28 3 46 3 79 4
de Ciências
Secundário
Geográficas
Total 26 2 28 3 28 3 46 3 79 4
Fonte: DGEstE
Fatores Gerais
Entre os vários aspetos verificados elencam-se alguns dos que se consideram mais relevantes:
Uma das constatações deste estudo é a falta de manutenção preventiva nas escolas, causada
por diversos fatores, tais como:
• a dispersão de agentes responsáveis, uma vez que a competência está repartida entre os
Agrupamentos de Escolas, Juntas de Freguesia, Câmara Municipal e Lisboa e Ministério da
Educação, o que causa demoras incomportáveis na execução das intervenções necessárias;
• falta de cultura de manutenção preventiva, apostando-se antes na manutenção corretiva;
• inexistência da figura do gestor responsável pelo edifício, o que faz com que a informação se
vá perdendo com a rotação humana; evolução do tipo de construção – os edifícios atuais,
dotados de mais redes e infraestruturas, obrigam a uma manutenção mais exigente e contínua.
Lisboa está localizada numa zona de elevado risco sísmico. No decorrer dos levantamentos já
efetuados, constatou-se que os edifícios escolares diferem em termos de épocas e caraterísticas
construtivas, dimensão e número de pisos, áreas exteriores, enquadramento territorial e acessos.
Neste momento está em curso um estudo semelhante, mas sobre as condições das Escolas
Básicas 2/3 e Escolas Secundárias da Cidade, que passaram a estar sob a alçada do Município no âmbito
do processo de descentralização de competências.
Insucesso Escolar
• Baixos níveis de estudo, interesse e motivação dos alunos – alunos que têm baixas
expectativas em relação à escola;
• Indisciplina dos alunos;
• Elevado absentismo;
• Muito baixos níveis de envolvimento/ acompanhamento familiar - pouca valorização
da escola pela família, baixa participação dos pais e encarregados de educação na vida
escolar;
• Meio socioeconómico desfavorecido dos alunos e da comunidade - o contexto
socioeconómico dos alunos é apontado como um dos principais fatores do insucesso
e abandono escolar, estando alguns dos agrupamentos entrevistados localizados em
zonas com elevada taxa de desemprego e com uma percentagem elevada de alunos
nos escalões A e B da ação social escolar;
• Falta de Recursos Humanos – para além da necessidade de assistentes administrativos
e operacionais, as escolas identificam carências ao nível de outros técnicos,
nomeadamente psicólogos, assistentes sociais, mediadores e animadores, que
permitam responder de forma abrangente e integrada a um conjunto de desafios;
• Falta de recursos materiais – a este nível foi destacada a carência de recursos
tecnológicos, nomeadamente a inexistência/escassez de computadores,
computadores obsoletos, e fraca capacidade da rede wireless, e a carência de
materiais laboratoriais;
• Desvantagem/Dificuldades dos alunos imigrantes – as barreiras linguísticas e a falta de
apoios adequados direcionados para estes alunos são identificados como fatores que
condicionam o sucesso escolar dos mesmos;
• Baixos níveis de competências pessoais e sociais dos alunos.
• A descentralização de competências para o Município, que terá agora sob a sua alçada
todas as escolas da rede pública da cidade,
• alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12.º ano,
• a alteração da organização administrativa de Lisboa (com a redistribuição de
competências entre o Ministério da Educação, o Município e as juntas de freguesia) e
• a grande reconfiguração do território das juntas de freguesia que passaram de 53 para
24.
• Reforço da resistência sísmica nos edifícios escolares em áreas de maior risco sísmico.
Lisboa tem vindo a desenvolver um programa específico de combate ao insucesso escolar designado
“Lisboa: Melhor Educação, Mais Sucesso”, destinado à promoção de percursos escolares mais longos
e bem-sucedidos, tendo em vista a conclusão da escolaridade obrigatória. Este programa compreende
um conjunto de medidas diversificadas umas destinadas a agrupamentos escolares onde o insucesso
escolar atinge maior proporção de alunos, outras medidas destinadas ao conjunto da população
escolar de Lisboa.
Mobilidade e transportes
Escolas inclusivas
Alunos de países e etnias diferentes – apostar numa escola inclusiva, participativa e inovadora, que
fomente os valores de solidariedade.