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Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se

configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 1


SUMÁRIO

CONSTITUCIONAL.......................................................................................................................................................... 4
QUESTÃO 1 .................................................................................................................................................................. 4
QUESTÃO 2 .................................................................................................................................................................. 5
QUESTÃO 3 .................................................................................................................................................................. 6
QUESTÃO 4 .................................................................................................................................................................. 8
QUESTÃO 5 .................................................................................................................................................................. 9
QUESTÃO 6 ................................................................................................................................................................ 10
QUESTÃO 7 ................................................................................................................................................................ 12
QUESTÃO 8 ................................................................................................................................................................ 14
QUESTÃO 9 ................................................................................................................................................................ 15
DIREITOS HUMANOS .................................................................................................................................................. 18
QUESTÃO 10 .............................................................................................................................................................. 18
QUESTÃO 11 .............................................................................................................................................................. 20
QUESTÃO 12 .............................................................................................................................................................. 24
QUESTÃO 13 .............................................................................................................................................................. 27
DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO ................................................................................................................... 30
QUESTÃO 14 .............................................................................................................................................................. 30
QUESTÃO 15 .............................................................................................................................................................. 32
QUESTÃO 16 .............................................................................................................................................................. 34
QUESTÃO 17 .............................................................................................................................................................. 35
QUESTÃO 18 .............................................................................................................................................................. 37
QUESTÃO 19 .............................................................................................................................................................. 39
QUESTÃO 20 .............................................................................................................................................................. 41
QUESTÃO 21 .............................................................................................................................................................. 43
QUESTÃO 22 .............................................................................................................................................................. 44
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO ....................................................................................................................... 47
QUESTÃO 23 .............................................................................................................................................................. 47
QUESTÃO 24 .............................................................................................................................................................. 50
QUESTÃO 25 .............................................................................................................................................................. 51
PROCESSO DO TRABALHO ....................................................................................................................................... 54
QUESTÃO 26 .............................................................................................................................................................. 54

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configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 2
QUESTÃO 27 .............................................................................................................................................................. 55
QUESTÃO 28 .............................................................................................................................................................. 57
QUESTÃO 29 .............................................................................................................................................................. 59
QUESTÃO 30 .............................................................................................................................................................. 61
QUESTÃO 31 .............................................................................................................................................................. 62
DIREITO CIVIL E EMPRESARIAL ............................................................................................................................... 65
QUESTÃO 32 .............................................................................................................................................................. 65
QUESTÃO 33 .............................................................................................................................................................. 66
QUESTÃO 34 .............................................................................................................................................................. 68
REGIME JURÍDICO DO MPT ...................................................................................................................................... 70
QUESTÃO 35 .............................................................................................................................................................. 70
QUESTÃO 36 .............................................................................................................................................................. 71
PROCESSO CIVIL ........................................................................................................................................................... 74
QUESTÃO 37 .............................................................................................................................................................. 74
QUESTÃO 38 .............................................................................................................................................................. 75
QUESTÃO 39 .............................................................................................................................................................. 77
QUESTÃO 40 .............................................................................................................................................................. 78
QUESTÃO 41 .............................................................................................................................................................. 79
DIREITO AMBIENTAL ................................................................................................................................................... 82
QUESTÃO 42 .............................................................................................................................................................. 82
DIREITO ADMINISTRATIVO....................................................................................................................................... 84
QUESTÃO 43 .............................................................................................................................................................. 84
QUESTÃO 44 .............................................................................................................................................................. 85
QUESTÃO 45 .............................................................................................................................................................. 87
DIREITO PREVIDENCIÁRIO ........................................................................................................................................ 89
QUESTÃO 46 .............................................................................................................................................................. 89
QUESTÃO 47 .............................................................................................................................................................. 90
DIREITO PENAL.............................................................................................................................................................. 93
QUESTÃO 48 .............................................................................................................................................................. 93
QUESTÃO 49 .............................................................................................................................................................. 95
DIREITO INTERNACIONAL......................................................................................................................................... 97
QUESTÃO 50 .............................................................................................................................................................. 97

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CONSTITUCIONAL

QUESTÃO 1

Sobre o mandado de segurança:

I. Não poderá ser concedido mandado de segurança quando houver controvérsia sobre
matéria de direito.
II. Na ação de mandado de segurança é cabível condenação em honorários de advogado.
III. Pedido de reconsideração na via administrativa interrompe o prazo para o mandado
de segurança.

As assertivas são:

(A) Todas incorretas.


(B) Correta apenas a III.
(C) Correta apenas a II.
(D) Correta apenas a I.
(E) Não respondida.

GABARITO: A

Questão formulada com arrimo na jurisprudência do STF.

I. INCORRETA.

Súmula 625 do STF - Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de
mandado de segurança.

II. INCORRETA.

Súmula 512 do STF - Não cabe condenação em honorários de advogado na ação de


mandado de segurança.

III. INCORRETA.

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Súmula 430 do STF - Pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe
o prazo para o mandado de segurança.

QUESTÃO 2

Sobre a competência dos tribunais, analise as seguintes assertivas, assinalando a única


VERDADEIRA, à luz das disposições constitucionais:

(A) Aos juízes federais compete processar e julgar os crimes contra a organização do trabalho
e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-
financeira.
(B) Aos Tribunais Regionais Federais compete processar e julgar a disputa sobre direitos
indígenas.
(C) Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar, mediante recurso extraordinário, as causas
decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida julgar válido ato de
governo local contestado em face de lei federal.
(D) Compete aos Tribunais Regionais Federais processar e julgar, originariamente, as causas
entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada
ou residente no País.
(E) Não respondida.

GABARITO: A

(A) CORRETA.

Art. 109, CRFB. Aos juízes federais compete processar e julgar:

VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra
o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;

(B) INCORRETA.

Art. 109, CRFB. Aos juízes federais compete processar e julgar:

XI - a disputa sobre direitos indígenas.

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(C) INCORRETA.

Art. 105, CRFB. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando a decisão recorrida:

a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;

c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

(D) INCORRETA.

Art. 109, CRFB. Aos juízes federais compete processar e julgar:

II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa


domiciliada ou residente no País.

QUESTÃO 3

Examine as proposições a seguir, de acordo com o entendimento do STF:

I. São admitidos no regime próprio de previdência social tanto os servidores públicos


civis detentores de cargo efetivo quanto aqueles estáveis na forma do art. 19 do ADCT,
que tenham ingressado sem concurso público.
II. A Justiça Comum é competente para julgar ação ajuizada por servidor celetista contra
o Poder Público, em que se pleiteia parcela de natureza administrativa.
III. A intervenção do Poder Judiciário em políticas públicas voltadas à realização de
direitos fundamentais não viola o princípio da separação dos poderes, desde que seja
reconhecida a ausência do serviço, não bastando a deficiência em sua prestação.

São CORRETAS:

(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) Não respondida.

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GABARITO: B

Questão formulada com arrimo na jurisprudência do STF.

I. INCORRETA.

RG 1.254: São admitidos no regime próprio de previdência social exclusivamente os


servidores públicos civis detentores de cargo efetivo (art. 40, CF, na redação dada
pela EC nº 20/98), o que exclui os estáveis na forma do art. 19 do ADCT e demais
servidores admitidos sem concurso público.

II. CORRETA.

RG 1.143: O Tribunal, por maioria, apreciando o tema 1.143 da repercussão geral, negou
provimento ao recurso extraordinário, vencida a Ministra Rosa Weber (Presidente). Em
seguida, por unanimidade, foi fixada a seguinte tese: 1. A Justiça Comum é competente
para julgar ação ajuizada por servidor celetista contra o Poder Público, em que se pleiteia
parcela de natureza administrativa, modulando-se os efeitos da decisão para manter na
Justiça do Trabalho, até o trânsito em julgado e correspondente execução, os processos
em que houver sido proferida sentença de mérito até a data de publicação da presente
ata de julgamento.

III. INCORRETA.

RG 698: O Tribunal, por maioria, apreciando o tema 698 da repercussão geral, deu parcial
provimento ao recurso extraordinário para anular o acórdão recorrido e determinar o
retorno dos autos à origem, para novo exame da matéria, de acordo com as
circunstâncias fáticas atuais do Hospital Municipal Salgado Filho e com os parâmetros
aqui fixados, nos termos do voto do Ministro Roberto Barroso, Redator para o acórdão,
vencidos os Ministros Ricardo Lewandowski (Relator) e Edson Fachin, que negavam
provimento ao recurso, e os Ministros Alexandre de Moraes e André Mendonça, que
davam provimento ao recurso extraordinário para restabelecer a sentença de
improcedência do pleito inicial. Nesta assentada, o Ministro Luiz Fux reajustou seu voto
para acompanhar o Ministro Roberto Barroso. Foram fixadas as seguintes teses: 1. A
intervenção do Poder Judiciário em políticas públicas voltadas à realização de direitos
fundamentais, em caso de ausência ou deficiência grave do serviço, não viola o
princípio da separação dos poderes. 2. A decisão judicial, como regra, em lugar de
determinar medidas pontuais, deve apontar as finalidades a serem alcançadas e

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determinar à Administração Pública que apresente um plano e/ou os meios adequados
para alcançar o resultado. 3. No caso de serviços de saúde, o déficit de profissionais pode
ser suprido por concurso público ou, por exemplo, pelo remanejamento de recursos
humanos e pela contratação de organizações sociais (OS) e organizações da sociedade
civil de interesse público (OSCIP).

QUESTÃO 4

Sobre o histórico das constituições brasileiras, assinale a assertiva INCORRETA:

(A) A Constituição de 1824 estabeleceu um estado uno e monarquista, e era fundada na


existência de quatro Poderes, a saber, Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador.
(B) A primeira Constituição da República, de 1891, introduziu importantes mudanças
estruturais no Brasil, dentre elas: (i) adoção do sistema político federalista, ou seja, as
regiões passaram a contar com relativa autonomia; (ii) fim ao voto censitário (ainda que
mantida a necessidade da alfabetização para que os cidadãos pudessem votar); (iii) o Brasil
passou a ser um Estado laico; e (iv) a instituição de mandato presidencial de 4 anos, sendo
proibida a reeleição.
(C) A Constituição de 1937, apelidada “Polaca”, caracterizou-se por seu caráter autoritário.
Como exemplo das medidas por ela previstas podemos citar: permitiu a cassação da
imunidade parlamentar, a prisão e o exílio de opositores; suprimiu os direitos trabalhistas
previstos pela Constituição anterior; e instituiu a eleição indireta para presidente da
República, a pena de morte e a censura prévia nos meios de comunicação.
(D) A Constituição de 1946 reintroduziu algumas garantias e direitos fundamentais, tais como:
(i) igualdade de todos perante a lei; (ii) liberdade de manifestação de pensamento, sem
censura, a não ser em espetáculos e diversões públicas; (iii) inviolabilidade da casa como
asilo do indivíduo; (iv) prisão só em flagrante delito ou por ordem escrita de autoridade
competente e a garantia ampla de defesa do acusado; (v) Extinção da pena de morte; e
(vi) separação dos três Poderes.
(E) Não respondida.

GABARITO: C

Todas assertivas foram formuladas levando-se em consideração os seguintes textos:

https://www.migalhas.com.br/coluna/constituicao-na-escola/286253/a-historia-das-
constituicoes-federais-do-brasil

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 8
https://www2.camara.leg.br/a-camara/visiteacamara/cultura-na-
camara/copy_of_museu/publicacoes/arquivos-pdf/Constituicoes%20Brasileiras-PDF.pdf

A única assertiva INCORRETA é a letra “C”, pois, em que pese seu caráter autoritário, a
Constituição de 1937 manteve os direitos trabalhistas anteriormente previstos.

QUESTÃO 5

Acerca da arbitragem, analise as assertivas a seguir:

I. A arbitragem poderá ser de direito ou de equidade, a critério das partes. No caso da


administração pública, a arbitragem será sempre de equidade e respeitará o princípio
da publicidade.
II. A cláusula compromissória é a convenção através da qual as partes em um contrato
comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a surgir e deverá
estar sempre inserta no próprio contrato.
III. Nos contratos de adesão, a cláusula compromissória só terá eficácia se o aderente
tomar a iniciativa de instituir a arbitragem ou concordar, expressamente, com a sua
instituição, desde que por escrito em documento anexo ou em negrito, com a
assinatura ou visto especialmente para essa cláusula.
IV. O compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes submetem um litígio
à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial. Celebrar-
se-á por termo nos autos, perante o juízo ou tribunal, onde tem curso a demanda.

São CORRETAS:

(A) II e III.
(B) III e IV.
(C) I e III.
(D) II, III e IV.
(E) Não respondida.

GABARITO: B

Questão formulada com arrimo na lei 9.307/93.

I. INCORRETA.

Art. 2º A arbitragem poderá ser de direito ou de equidade, a critério das partes.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 9
§ 3o A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de direito e
respeitará o princípio da publicidade.

II. INCORRETA.

Art. 4º A cláusula compromissória é a convenção através da qual as partes em um


contrato comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a surgir,
relativamente a tal contrato.

§ 1º A cláusula compromissória deve ser estipulada por escrito, podendo estar inserta no
próprio contrato ou em documento apartado que a ele se refira.

III. CORRETA.

Art. 4º § 2º Nos contratos de adesão, a cláusula compromissória só terá eficácia se o


aderente tomar a iniciativa de instituir a arbitragem ou concordar, expressamente, com
a sua instituição, desde que por escrito em documento anexo ou em negrito, com a
assinatura ou visto especialmente para essa cláusula.

IV. CORRETA.

Art. 9º O compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes submetem um


litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial.

§ 1º O compromisso arbitral judicial celebrar-se-á por termo nos autos, perante o juízo
ou tribunal, onde tem curso a demanda.

QUESTÃO 6

Considerando as disposições da lei 9.868/99, julgue as assertivas a seguir:

I. A medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria qualificada
dos membros do Tribunal.
II. Antes da concessão da cautelar, sempre deverão ser ouvidos os órgãos ou autoridades
dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no
prazo de cinco dias.
III. A medida cautelar será dotada de eficácia contra todos e efeito ex tunc.
IV. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de
seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a

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prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral
da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias,
submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar
definitivamente a ação.

São INCORRETAS:

(A) Todas as assertivas.


(B) I, III e IV.
(C) I, II e III.
(D) I e III.
(E) Não respondida.

GABARITO: C

Questão formulada de acordo com as disposições da lei 9.868/99.

I. INCORRETA.

Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida
por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no
art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato
normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias.

II. INCORRETA.

Art. 10 § 3o Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida


cautelar sem a audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato
normativo impugnado.

III. INCORRETA.

Art. 11 § 1o A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com
efeito ex nunc, salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa.

§ 2o A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente,


salvo expressa manifestação em sentido contrário.

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configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 11
IV. CORRETA.

Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria
e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a
prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral
da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias,
submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar
definitivamente a ação.

QUESTÃO 7

Analise as proposições abaixo, sobre o regramento constitucional do Poder Legislativo:

I. Dentre as atribuições das Comissões podemos citar: realizar audiências públicas com
entidades da sociedade civil e receber petições, reclamações, representações ou
queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades
públicas.

II. No julgamento do Advogado-Geral da União por crime de responsabilidade, que será


realizado pelo Senado Federal, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal
Federal, sendo que a condenação somente será proferida por dois terços dos votos.

III. Desde a posse, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em
flagrante. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa
respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.

IV. É de competência do Congresso Nacional autorizar operações externas de natureza


financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios.

São CORRETOS apenas os itens:

(A) I e II.
(B) II e III.
(C) I, II e III.
(D) I, II e IV.
(E) Não respondida.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 12
GABARITO: A

I. CORRETA.

Art. 58. § 2º, CRFB. Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:

II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;

III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a
suas atribuições;

IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra


atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

II. CORRETA.

Art. 52, CRFB. Compete privativamente ao Senado Federal:

I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de


responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;

II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho


Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da
República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade;

Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do
Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por
dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito
anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais
cabíveis.

III. INCORRETA.

Art. 53, CRFB. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer
de suas opiniões, palavras e votos.

§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão


ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão
remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria
de seus membros, resolva sobre a prisão.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 13
IV. INCORRETA.

Art. 52, CRFB. Compete privativamente ao Senado Federal:

V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos


Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;

QUESTÃO 8

A CRFB/88 cuidou de tratar, expressamente, de populações vulneráveis. Sobre o tema, examine


as assertivas a seguir:

I. A CRFB traz, de forma expressa, o princípio da prioridade absoluta quanto à proteção


das crianças, adolescentes e jovens.

II. Sobre pessoas com deficiência, a Constituição atribui ao legislador infraconstitucional


o dever de criar normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público
e de fabricação de veículos de transporte coletivo que garantam a acessibilidade.

III. Quanto aos direitos das pessoas idosas, a Carta Cidadã estabelece o dever, atribuído
à família, sociedade e Estado, de amparar as pessoas idosas, assegurando sua
participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-
lhes o direito à vida.

IV. Por fim, a Constituição traz a gratuidade dos transportes coletivos urbanos aos
maiores de sessenta anos.

São CORRETAS:

(A) I e III.
(B) Todas as assertivas
(C) I, II e III.
(D) I, II e IV.
(E) Não respondida.

GABARITO: C

Questão formulada em consonância com a CRFB/88.

I. CORRETA.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 14
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente
e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação,
ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

II. CORRETA.

Art. 227. § 2º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios
de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso
adequado às pessoas portadoras de deficiência.

III. CORRETA.

Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas,
assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e
garantindo-lhes o direito à vida.

IV. INCORRETA.

Art. 230. § 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos
transportes coletivos urbanos.

QUESTÃO 9

No tocante às leis de iniciativa privativa do Presidente da República é CORRETO afirmar que:

(A) A CRFB estabelece que são de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que
disponham sobre a criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração
direta e autárquica ou aumento de sua remuneração. No entanto, desde que haja interesse
local, lei orgânica de Município, poderá realizar a normatização de direitos dos servidores.
(B) São também de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que disponham
sobre organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços
públicos e pessoal da administração do Distrito Federal e Territórios.
(C) São ainda de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que disponham
servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria. Nesse contexto, usurpa a competência privativa do chefe do
Poder Executivo qualquer lei que crie despesa para a administração pública, ainda que não

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trate da sua estrutura ou da atribuição de seus órgãos ou do regime jurídico de servidores
públicos.
(D) São, por fim, de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que disponham sobre
militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,
estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.
(E) Não respondida.

GABARITO: D

Questão formulada em consonância com a CRFB/88.

(A) INCORRETA.

Art. 61. § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

II - disponham sobre:

a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica


ou aumento de sua remuneração;

Tema 223 de Repercussão Geral - Descabe, em lei orgânica de Município, a


normatização de direitos dos servidores, porquanto a prática acaba por afrontar a
iniciativa do chefe do Poder Executivo. (DJE de 30-3-2015).

(B) INCORRETA.

Art. 61. § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços


públicos e pessoal da administração dos Territórios;

(C) INCORRETA.

Art. 61. § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,


estabilidade e aposentadoria;

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 16
Tema 917 de Repercussão Geral - Não usurpa a competência privativa do chefe do
Poder Executivo lei que, embora crie despesa para a administração pública, não trata
da sua estrutura ou da atribuição de seus órgãos nem do regime jurídico de servidores
públicos. (DJE de 11-10-2016).

(D) CORRETA.

Art. 61. § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,
estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.

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configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 17
DIREITOS HUMANOS

QUESTÃO 10

Quanto à discriminação e igualdade racial, analise as assertivas abaixo:

I. Discriminação racial ou étnico-racial pode ser definida como toda distinção, exclusão,
restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou
étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício,
em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos
campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida
pública ou privada.
II. Ações afirmativas, também denominadas doutrinariamente de medidas de
discriminação positiva, são ações que visam a concretizar a igualdade material, a
igualdade no plano real, indo além da mera perspectiva formal da igualdade.
III. O Estatuto da Igualdade Racial dispõe que é dever do Estado e da sociedade garantir
a igualdade de oportunidades, reconhecendo a todo cidadão brasileiro,
independentemente da etnia, origem, ascendência ou da cor da pele, o direito à
participação na comunidade, especialmente nas atividades políticas, econômicas,
empresariais, educacionais, culturais e esportivas, defendendo sua dignidade e seus
valores religiosos e culturais.
IV. Além das normas constitucionais relativas aos princípios fundamentais, aos direitos e
garantias fundamentais e aos direitos sociais, econômicos e culturais, o Estatuto da
Igualdade Racial adota como diretriz político-jurídica a inclusão das vítimas de
desigualdade étnico-racial, a valorização da igualdade étnica e o fortalecimento da
identidade nacional brasileira.
V. Sobre o direito à educação, o Estatuto da Igualdade Racial estabelece que nos
estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, é
obrigatório o estudo da história geral da África e da história da população negra no
Brasil, sendo que os conteúdos referentes à história da população negra no Brasil serão
ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, resgatando sua contribuição
decisiva para o desenvolvimento social, econômico, político e cultural do País.

São CORRETAS:

(A) II, III, IV e V.


(B) I, II, III e IV.
(C) I, II, IV e V.
(D) I, II, III e V.
(E) Não respondida.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 18
GABARITO: C

As assertivas foram formuladas com base na doutrina de Rafael Barretto (Direitos


Humanos. Jus Podivm. 9. Ed. Pág. 355-360) e nas disposições do Estatuto da Igualdade
Racial.

I. CORRETA.

Discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência


baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto
anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições,
de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social,
cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada;

II. CORRETA.

Ações afirmativas, também denominadas doutrinariamente de medidas de discriminação


positiva, são ações que visam a concretizar a igualdade material, a igualdade no plano
real, indo além da mera perspectiva formal da igualdade.

III. INCORRETA.

O artigo não fala em “origem” e “ascendência”:

Art. 2o, Lei 12.288/10. É dever do Estado e da sociedade garantir a igualdade de


oportunidades, reconhecendo a todo cidadão brasileiro, independentemente da etnia
ou da cor da pele, o direito à participação na comunidade, especialmente nas atividades
políticas, econômicas, empresariais, educacionais, culturais e esportivas, defendendo sua
dignidade e seus valores religiosos e culturais.

IV. CORRETA.

Art. 3o, Lei 12.288/10. Além das normas constitucionais relativas aos princípios
fundamentais, aos direitos e garantias fundamentais e aos direitos sociais, econômicos e
culturais, o Estatuto da Igualdade Racial adota como diretriz político-jurídica a inclusão
das vítimas de desigualdade étnico-racial, a valorização da igualdade étnica e o
fortalecimento da identidade nacional brasileira.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 19
V. CORRETA.

Art. 11, Lei 12.288/10. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio,
públicos e privados, é obrigatório o estudo da história geral da África e da história da
população negra no Brasil, observado o disposto na Lei no 9.394, de 20 de dezembro de
1996.

§ 1o Os conteúdos referentes à história da população negra no Brasil serão ministrados


no âmbito de todo o currículo escolar, resgatando sua contribuição decisiva para o
desenvolvimento social, econômico, político e cultural do País.

QUESTÃO 11

Examine as afirmativas a seguir, sobre os mecanismos de follow up do Pacto San José da Costa
Rica e do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos:

I. Um dos mecanismos de follow up previsto pelo Pacto San José da Costa Rica é a
Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que, independentemente do
reconhecimento de sua competência pelo estado membro, poderá receber queixa de
pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não-governamental, e, ainda, comunicações
interestatais.

II. Outro mecanismo de follow up previsto no Pacto é a Corte Interamericana de Direitos


Humanos que, desde que reconhecida a sua competência pelo estado membro,
poderá examinar qualquer caso relativo à interpretação e aplicação das disposições da
Convenção.

III. Já o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos prevê, como principal
mecanismo de follow up, o Comitê de Direitos Humanos, que será responsável por
examinar os relatórios elaborados pelos estados membros.

IV. O Comitê de Direitos Humanos do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos
poderá, ainda, receber comunicações interestatais, sendo necessário, nesse caso, o
reconhecimento da competência por parte do estado membro.

São CORRETAS:

(A) Todas as assertivas.


(B) I, II e III.
(C) II, III e IV.
(D) I, III e IV.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 20
(E) Não respondida.

GABARITO: C

Questão formulada com arrimo no Pacto San José da Costa Rica e do Pacto Internacional
sobre Direitos Civis e Políticos.

I. INCORRETA.

Comissão Interamericana de Direitos Humanos:

- queixa de pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não-governamental:


independentemente de reconhecimento/declaração;

- comunicações interestatais: SE RECONHECIDA A COMPETÊNCIA:

ARTIGO 44

Qualquer pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não governamental legalmente


reconhecida em um ou mais Estados-Membros da Organização, pode apresentar à
Comissão petições que contenham denúncias ou queixas de violação desta Convenção
por um Estado-Parte.

ARTIGO 45

1. Todo Estado-Parte pode, no momento do depósito do seu instrumento de ratificação


desta Convenção ou de adesão a ela, ou em qualquer momento posterior, declarar que
reconhece a competência da Comissão para receber e examinar as comunicações em
que um Estado-Parte alegue haver outro Estado-Parte incorrido em violações dos
direitos humanos estabelecidos nesta Convenção.

2. As comunicações feitas em virtude deste artigo só podem ser admitidas e examinadas


se forem apresentadas por um Estado-Parte que haja feito uma declaração pela qual
reconheça a referida competência da Comissão. A Comissão não admitirá nenhuma
comunicação contra um Estado-Parte que não haja feito tal declaração.

3. As declarações sobre reconhecimento de competência podem ser feitas para que esta
vigore por tempo indefinido, por período determinado ou para casos específicos.

4. As declarações serão depositadas na Secretaria-Geral da Organização dos Estados


Americanos, a qual encaminhará cópia das mesmas aos Estados-Membros da referida
Organização.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 21
II. CORRETA.

Corte Interamericana de Direitos Humanos: SE RECONHECIDA A COMPETÊNCIA, poderá


analisar casos submetidos pela Comissão ou Estados

ARTIGO 62

1. Todo Estado-Parte pode, no momento do depósito do seu instrumento de ratificação


desta Convenção ou de adesão a ela, ou em qualquer momento posterior, declarar que
reconhece como obrigatória, de pleno direito e sem convenção especial, a competência
da Corte em todos os casos relativos à interpretação ou aplicação desta Convenção.

2. A declaração pode ser feita incondicionalmente, ou sob condição de reciprocidade,


por prazo determinado ou para casos específicos. Deverá ser apresentada ao Secretário-
Geral da Organização, que encaminhará cópias da mesma aos outros Estados-Membros
da Organização e ao Secretário da Corte.

3. A Corte tem competência para conhecer de qualquer caso relativo à interpretação e


aplicação das disposições desta Convenção que lhe seja submetido, desde que os
Estados-Partes no caso tenham reconhecido ou reconheçam a referida competência, seja
por declaração especial, como prevêem os incisos anteriores, seja por convenção
especial.

III. CORRETA.

ARTIGO 28

1. Constituir-se-á um Comitê de Diretores Humanos (doravante denominado o


"Comitê" no presente Pacto). O Comitê será composto de dezoito membros e
desempenhará as funções descritas adiante.

2. O Comitê será integrado por nacionais dos Estados Partes do presente Pacto, os
quais deverão ser pessoas de elevada reputação moral e reconhecida competência em
matéria de direitos humanos, levando-se em consideração a utilidade da participação de
algumas pessoas com experiência jurídica.

3. Os membros do Comitê serão eleitos e exercerão suas funções a título pessoal.

ARTIGO 40

1. Os Estados Partes do presente Pacto comprometem-se a submeter relatórios sobre


as medidas por eles adotadas para tornar efetivos os direitos reconhecidos no presente
Pacto e sobre o processo alcançado no gozo desses direitos:

a) Dentro do prazo de um ano, a contar do início da vigência do presente Pacto nos


Estados Partes interessados;

b) A partir de então, sempre que o Comitê vier a solicitar.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 22
2. Todos os relatórios serão submetidos ao Secretário-Geral da Organização das
Nações Unidas, que os encaminhará, para exame, ao Comitê. Os relatórios deverão
sublinhar, caso existam, os fatores e as dificuldades que prejudiquem a implementação
do presente Pacto.

3. O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas poderá, após consulta ao


Comitê, encaminhar às agências especializadas interessadas cópias das partes dos
relatórios que digam respeito a sua esfera de competência.

4. O Comitê estudará os relatórios apresentados pelos Estados Partes do presente


Pacto e transmitirá aos Estados Partes seu próprio relatório, bem como os comentários
gerais que julgar oportunos. O Comitê poderá igualmente transmitir ao Conselho
Econômico e Social os referidos comentários, bem como cópias dos relatórios que
houver recebido dos Estados Partes do presente Pacto.

5. Os Estados Partes no presente Pacto poderão submeter ao Comitê as observações


que desejarem formular relativamente aos comentários feitos nos termos do parágrafo
4 do presente artigo.

IV. CORRETA.

ARTIGO 41

1. Com base no presente Artigo, todo Estado Parte do presente Pacto poderá declarar,
a qualquer momento, que reconhece a competência do Comitê para receber e examinar
as comunicações em que um Estado Parte alegue que outro Estado Parte não vem
cumprindo as obrigações que lhe impõe o presente Pacto. As referidas comunicações só
serão recebidas e examinadas nos termos do presente artigo no caso de serem
apresentadas por um Estado Parte que houver feito uma declaração em que reconheça,
com relação a si próprio, a competência do Comitê. O Comitê não receberá comunicação
alguma relativa a um Estado Parte que não houver feito uma declaração dessa natureza.
As comunicações recebidas em virtude do presente artigo estarão sujeitas ao
procedimento que se segue:

a) Se um Estado Parte do presente Pacto considerar que outro Estado Parte não
vem cumprindo as disposições do presente Pacto poderá, mediante comunicação escrita,
levar a questão ao conhecimento deste Estado Parte. Dentro do prazo de três meses, a
contar da data do recebimento da comunicação, o Estado destinatário fornecerá ao
Estado que enviou a comunicação explicações ou quaisquer outras declarações por
escrito que esclareçam a questão, as quais deverão fazer referência, até onde seja
possível e pertinente, aos procedimentos nacionais e aos recursos jurídicos adotados, em
trâmite ou disponíveis sobre a questão;

b) Se, dentro do prazo de seis meses, a contar da data do recebimento da


comunicação original pelo Estado destinatário, a questão não estiver dirimida
satisfatoriamente para ambos os Estados Partes interessados, tanto um como o outro

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 23
terão o direito de submetê-la ao Comitê, mediante notificação endereçada ao Comitê ou
ao outro Estado interessado;

c) O Comitê tratará de todas as questões que se lhe submetem em virtude do


presente artigo somente após ter-se assegurado de que todos os recursos jurídicos
internos disponíveis tenham sido utilizados e esgotados, em consonância com os
princípios do Direito Internacional geralmente reconhecidos. Não se aplicará essa regra
quanto a aplicação dos mencionados recursos prolongar-se injustificadamente;

d) O Comitê realizará reuniões confidenciais quando estiver examinando as


comunicações previstas no presente artigo;

e) Sem prejuízo das disposições da alínea c), o Comitê colocará seus bons ofícios à
disposição dos Estados Partes interessados no intuito de alcançar uma solução amistosa
para a questão, baseada no respeito aos direitos humanos e liberdades fundamentais
reconhecidos no presente Pacto;

f) Em todas as questões que se lhe submetam em virtude do presente artigo, o


Comitê poderá solicitar aos Estados Partes interessados, a que se faz referência na alínea
b), que lhe forneçam quaisquer informações pertinentes;

g) Os Estados Partes interessados, a que se faz referência na alínea b), terão direito
de fazer-se representar quando as questões forem examinadas no Comitê e de
apresentar suas observações verbalmente e/ou por escrito;

h) O Comitê, dentro dos doze meses seguintes à data de recebimento da notificação


mencionada na alínea b), apresentará relatório em que:

(i) se houver sido alcançada uma solução nos termos da alínea e), o Comitê restringir-
se-á, em seu relatório, a uma breve exposição dos fatos e da solução alcançada.

(ii) se não houver sido alcançada solução alguma nos termos da alínea e), o Comitê,
restringir-se-á, em seu relatório, a uma breve exposição dos fatos; serão anexados ao
relatório o texto das observações escritas e as atas das observações orais apresentadas
pelos Estados Partes interessados.

Para cada questão, o relatório será encaminhado aos Estados Partes interessados.

QUESTÃO 12

Cada instrumento do arcabouço jurídico de proteção das pessoas com deficiência traz algum
aspecto relevante e marcante. Sobre o tema, examine as assertivas a seguir e assinale a única
INCORRETA:

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 24
(A) O centro da Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência é o compromisso
com a dignidade e com os direitos das pessoas com deficiência, especialmente com a
igualdade em sentido material e a não-discriminação.
(B) A Convenção interamericana para a eliminação de todas as formas de discriminação
contra as pessoas deficientes (Convenção de Guatemala) busca prevenir e eliminar a
discriminação e propiciar a integração à sociedade das pessoas com deficiência e prevê
expressamente os princípios da voluntariedade e não prejudicialidade das ações
afirmativas.
(C) A Convenção 159 da OIT sobre reabilitação profissional e emprego de pessoas deficientes
foi o primeiro instrumento internacional que, rompendo com o paradigma médico, trouxe
a definição de pessoas com deficiência adotada atualmente por quase todos os
instrumentos protetivos: pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com
diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
igualdades de condições com as demais pessoas.
(D) Por fim, o Estatuto Nacional (Lei 13.146/15 – LBI) possui duplo viés, promocional e
repressivo, prevendo, por exemplo: uso da tecnologia assistiva; adaptações razoáveis;
consentimento prévio para tratamento saúde; habilitação e reabilitação como direitos;
acessibilidade; participação na vida pública; e tipificando crimes contra as pessoas com
deficiência.
(E) Não respondida.

GABARITO: C

Questão formulada com arrimo na legislação relativa às pessoas com deficiência.

(A) CORRETA.

Artigo 1 Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência

Propósito

O propósito da presente Convenção é promover, proteger e assegurar o exercício


pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas
as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua dignidade inerente.

(B) CORRETA.

Artigo II Convenção de Guatemala

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 25
Esta Convenção tem por objetivo prevenir e eliminar todas as formas de
discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência e propiciar a sua plena
integração à sociedade.

Artigo I

(...)

b) Não constitui discriminação a diferenciação ou preferência adotada pelo Estado


Parte para promover a integração social ou o desenvolvimento pessoal dos portadores
de deficiência, desde que a diferenciação ou preferência não limite em si mesma o
direito à igualdade dessas pessoas e que elas não sejam obrigadas a aceitar tal
diferenciação ou preferência. Nos casos em que a legislação interna preveja a
declaração de interdição, quando for necessária e apropriada para o seu bem-estar, esta
não constituirá discriminação.

(C) INCORRETA.

Foi a Convenção da ONU que rompeu com esse paradigma e trouxe o novo modelo.

A Convenção 159 da OIT assim definiu:

Artigo 1

1 - Para efeitos desta Convenção, entende-se por “pessoa deficiente” todas as pessoas
cujas possibilidades de obter e conservar um emprego adequado e de progredir no
mesmo fiquem substancialmente reduzidas devido a uma deficiência de caráter físico ou
mental devidamente comprovada.

(D) CORRETA.

Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se:

I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e


autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes,
informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros
serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo,
tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade
reduzida;

(...)

III - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, recursos,


metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade,
relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade
reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social;

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 26
(...)

VI - adaptações razoáveis: adaptações, modificações e ajustes necessários e adequados


que não acarretem ônus desproporcional e indevido, quando requeridos em cada caso,
a fim de assegurar que a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer, em igualdade
de condições e oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos e liberdades
fundamentais;

Art. 12. O consentimento prévio, livre e esclarecido da pessoa com deficiência é


indispensável para a realização de tratamento, procedimento, hospitalização e pesquisa
científica.

Art. 14. O processo de habilitação e de reabilitação é um direito da pessoa com


deficiência.

Parágrafo único. O processo de habilitação e de reabilitação tem por objetivo o


desenvolvimento de potencialidades, talentos, habilidades e aptidões físicas, cognitivas,
sensoriais, psicossociais, atitudinais, profissionais e artísticas que contribuam para a
conquista da autonomia da pessoa com deficiência e de sua participação social em
igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas.

Art. 76, § 2º O poder público promoverá a participação da pessoa com deficiência,


inclusive quando institucionalizada, na condução das questões públicas, sem
discriminação e em igualdade de oportunidades, observado o seguinte:

I - participação em organizações não governamentais relacionadas à vida pública e à


política do País e em atividades e administração de partidos políticos;

TÍTULO II

DOS CRIMES E DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS (...)

QUESTÃO 13

Com base nas disposições da Convenção 98 da OIT pode-se afirmar, EXCETO:

(A) Os trabalhadores deverão gozar de proteção adequada contra quaisquer atos atentatórios
à liberdade sindical em matéria de emprego. Tal proteção deverá, particularmente, aplicar-
se a atos destinados a prejudicar um trabalhador em virtude de sua participação em
atividades sindicais, ainda que dentro das horas de trabalho.
(B) As organizações de trabalhadores e de empregadores deverão gozar de proteção
adequada contra quaisquer atos de ingerência de umas em outras, quer diretamente, quer
por meio de seus agentes ou membros.
(C) Organismos apropriados às condições nacionais deverão, se necessário, ser estabelecidos
para assegurar o respeito do direito de organização sindical.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 27
(D) A Convenção não trata da situação dos servidores públicos e não poderá ser interpretada
como devendo prejudicar seus direitos ou seu estatuto.
(E) Não respondida.

GABARITO: A

Questão formulada com arrimo nas disposições da Convenção 98 da OIT

(A) INCORRETA.

ARTIGO 1º
1 - Os trabalhadores deverão gozar de proteção adequada contra quaisquer atos
atentatórios à liberdade sindical em matéria de emprego.
2 - Tal proteção deverá, particularmente, aplicar-se a atos destinados a:
a) subordinar o emprego de um trabalhador à condição de não se filiar a um sindicato
ou de deixar de fazer parte de um sindicato;
b) dispensar um trabalhador ou prejudicá-lo, por qualquer modo, em virtude de sua
filiação a um sindicato ou de sua participação em atividades sindicais, fora as horas de
trabalho ou, com o consentimento do empregador, durante as mesmas horas.

(B) CORRETA.

ARTIGO 2º

1 - As organizações de trabalhadores e de empregadores deverão gozar de proteção


adequada contra quaisquer atos de ingerência de umas em outras, quer diretamente,
quer por meio de seus agentes ou membros, em sua formação, funcionante e
administração.

(C) CORRETA.

ARTIGO 3º
Organismos apropriados às condições nacionais deverão, se necessário, ser
estabelecidos para assegurar o respeito do direito de organização definido nos artigos
precedentes.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 28
(D) CORRETA.

ARTIGO 6º
A presente Convenção não trata da situação dos servidores públicos e não poderá ser
interpretada como devendo prejudicar seus direitos ou seu estatuto.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 29
DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO

QUESTÃO 14

Em 2023 o STF, ao julgar a ADI, declarou inconstitucionais alguns pontos da lei 13.103/15. Quanto
ao tema é INCORRETO afirmar:

(A) Foi reconhecida a inconstitucionalidade do art. 235-C, § 2º, que trata da possibilidade de
coincidência do intervalo mínimo de 1 (uma) hora para refeição com o tempo de parada
obrigatória na condução do veículo estabelecido no Código de Trânsito Brasileiro. O
relator entendeu que o descanso entre jornadas diárias, além do aspecto da recuperação
física, afeta diretamente a segurança rodoviária, uma vez que permite ao motorista manter
seu nível de concentração e cognição na condução do veículo.
(B) Foi reconhecida a inconstitucionalidade do art. 235-B, VII, que trata sobre a necessidade
de submissão a exames toxicológicos, que foi considerada discriminatória e afrontosa aos
termos da Lei Geral de Proteção dos Dados – LGPD, por se tratarem os resultados de
dados sensíveis.
(C) Foi reconhecida a inconstitucionalidade do art. 235-D, § 1º, que trata do fracionamento
do repouso semanal e que foi invalidado por falta de amparo constitucional.
(D) Por fim, foi reconhecida a inconstitucionalidade do art. 235-D, § 5º, que trata sobre a
possibilidade de descanso com o veículo em movimento, quando dois motoristas
trabalharem em revezamento. Isso porque a Corte entendeu que não há como se imaginar
o devido descanso do trabalhador em um veículo em movimento, que, muitas das vezes,
sequer possui acomodação adequada.
(E) Não respondida.

GABARITO: B

A única INCORRETA é a alternativa (B), conforme notícia que se transcreve abaixo:

Art. 235-C. § 2º Será assegurado ao motorista profissional empregado intervalo


mínimo de 1 (uma) hora para refeição, podendo esse período coincidir com o tempo
de parada obrigatória na condução do veículo estabelecido pela Lei no9.503, de 23
de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro, exceto quando se tratar do
motorista profissional enquadrado no § 5o do art. 71 desta Consolidação.

Art. 235-B. São deveres do motorista profissional empregado:

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 30
VII - submeter-se a exames toxicológicos com janela de detecção mínima de 90
(noventa) dias e a programa de controle de uso de droga e de bebida alcoólica,
instituído pelo empregador, com sua ampla ciência, pelo menos uma vez a cada 2
(dois) anos e 6 (seis) meses, podendo ser utilizado para esse fim o exame obrigatório
previsto na Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro,
desde que realizado nos últimos 60 (sessenta) dias.

Art. 235-D. § 1º É permitido o fracionamento do repouso semanal em 2 (dois)


períodos, sendo um destes de, no mínimo, 30 (trinta) horas ininterruptas, a serem
cumpridos na mesma semana e em continuidade a um período de repouso diário,
que deverão ser usufruídos no retorno da viagem.

Art. 235-D. § 5º Nos casos em que o empregador adotar 2 (dois) motoristas


trabalhando no mesmo veículo, o tempo de repouso poderá ser feito com o veículo
em movimento, assegurado o repouso mínimo de 6 (seis) horas consecutivas fora do
veículo em alojamento externo ou, se na cabine leito, com o veículo estacionado, a
cada 72 (setenta e duas) horas.

06/07/23 - O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucionais 11 pontos da Lei


dos Caminhoneiros (Lei 13.103/2015), referentes a jornada de trabalho, pausas para
descanso e repouso semanal. Outros pontos da lei, contudo, foram validados, como
a exigência de exame toxicológico de motoristas profissionais. A decisão, por
maioria, foi tomada no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5322,
ajuizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes (CNTT).

Fracionamento de períodos de descanso

Foram considerados inconstitucionais os dispositivos que admitem a redução do período


mínimo de descanso, mediante seu fracionamento, e sua coincidência com os períodos
de parada obrigatória do veículo estabelecidos pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Segundo o relator, ministro Alexandre de Moraes, o descanso entre jornadas diárias,
além do aspecto da recuperação física, afeta diretamente a segurança rodoviária, uma
vez que permite ao motorista manter seu nível de concentração e cognição na condução
do veículo. Ainda foram declarados inconstitucionais outros dispositivos que tratam do
descanso entre jornadas e entre viagens.

No mesmo sentido, o fracionamento e acúmulo do descanso semanal foi invalidado por


falta de amparo constitucional. “O descanso tem relação direta com a saúde do
trabalhador, constituindo parte de direito social indisponível”, explicou o relator.

Tempo de espera

O Plenário também derrubou ponto da lei que excluía da jornada de trabalho e do


cômputo de horas extras o tempo em que o motorista ficava esperando pela carga ou
pela descarga do veículo nas dependências do embarcador ou do destinatário e o
período gasto com a fiscalização da mercadoria.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 31
Para o relator, a inversão de tratamento do instituto do tempo de espera representa uma
descaracterização da relação de trabalho, além de causar prejuízo direto ao trabalhador,
porque prevê uma forma de prestação de serviço que não é computada na jornada diária
normal nem considerada jornada extraordinária. Segundo o ministro, o motorista está à
disposição do empregador durante o tempo de espera, e a retribuição devida por força
do contrato de trabalho não poderia se dar em forma de 'indenização', por se tratar de
tempo efetivo de serviço.

Descanso em movimento

A possibilidade de descanso com o veículo em movimento, quando dois motoristas


trabalharem em revezamento, foi invalidada. “Não há como se imaginar o devido
descanso do trabalhador em um veículo em movimento, que, muitas das vezes, sequer
possui acomodação adequada”, afirmou o relator, lembrando a precariedade de boa
parte das estradas brasileiras. “Problemas de trepidação do veículo, buracos nas estradas,
ausência de pavimentação nas rodovias, barulho do motor, etc., são situações que
agravariam a tranquilidade que o trabalhador necessitaria para um repouso completo”.

QUESTÃO 15

No tocante ao Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil Voluntário, assinale a alternativa


INCORRETA:

(A) O Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil Voluntário foi instituído a fim de
auxiliar na inclusão produtiva de pessoas em situação de vulnerabilidade e de reduzir os
impactos sociais e no mercado de trabalho causados pela emergência de saúde pública
de importância internacional relacionada ao coronavírus responsável pela covid-19.
(B) Os abrangidos pelo Programa são jovens com idade entre 18 (dezoito) e 29 (vinte e nove)
anos; pessoas com idade superior a 50 (cinquenta) anos sem vínculo formal de emprego
há mais de 24 (vinte e quatro) meses; e pessoas com deficiência,
(C) É assegurado ao beneficiário, sempre que a participação no Programa Nacional de
Prestação de Serviço Civil Voluntário tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano,
período de férias de 30 (trinta) dias, que será remunerado.
(D) É garantida, ainda, bolsa, que deverá observar o valor equivalente ao salário-mínimo por
hora.
(E) Não respondida.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 32
GABARITO: C

Questão formulada com arrimo na lei 14.370/22.

(A) CORRETA.

Art. 1º Esta Lei institui o Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil Voluntário e o
Prêmio Portas Abertas, vinculados ao Ministério do Trabalho e Previdência, com o
objetivo de auxiliar na inclusão produtiva de pessoas em situação de vulnerabilidade e
de reduzir os impactos sociais e no mercado de trabalho causados pela emergência de
saúde pública de importância internacional relacionada ao coronavírus responsável pela
covid-19.

(B) CORRETA.

Art. 2º O Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil Voluntário tem o objetivo de


incentivar os Municípios e o Distrito Federal a ofertar atividades de interesse público,
sem vínculo empregatício ou profissional de qualquer natureza, para:
I - jovens com idade entre 18 (dezoito) e 29 (vinte e nove) anos;
II - pessoas com idade superior a 50 (cinquenta) anos sem vínculo formal de emprego
há mais de 24 (vinte e quatro) meses; e
III - pessoas com deficiência, nos termos do art. 2º da Lei nº 13.146, de 6 de julho de
2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência).

(C) INCORRETA.

Não é férias, é recesso! Não garante, por exemplo, o terço constitucional.

Art. 6º § 5º É assegurado ao beneficiário, sempre que a participação no Programa


Nacional de Prestação de Serviço Civil Voluntário tenha duração igual ou superior a 1
(um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante
as férias escolares.
§ 6º O recesso de que trata o § 5º deste artigo deverá contemplar o pagamento da bolsa
de que trata o inciso IV do caput deste artigo.
§ 7º Os dias de recesso previstos no § 5º deste artigo serão concedidos de maneira
proporcional quando o serviço social voluntário tiver duração inferior a 1 (um) ano.

(D) CORRETA.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 33
Art. 6º § 2º A bolsa a que se refere o inciso IV do caput deste artigo observará o valor
equivalente ao salário-mínimo por hora e corresponderá à soma das horas despendidas
em cursos de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional e em
atividades de interesse público executadas no âmbito do Programa Nacional de
Prestação de Serviço Civil Voluntário.

QUESTÃO 16

Em relação ao trabalho da mulher examine as assertivas abaixo:

I. É proibido o trabalho da gestante ou da lactante em atividades insalubres,


independentemente da apresentação de atestados médicos que recomendem o seu
afastamento do trabalho.

II. A CEDAW previu expressamente a utilização do instituto da arbitragem, a pedido de


qualquer das partes envolvidas em alguma controvérsia relativa à interpretação ou
aplicação da Convenção.

III. A CLT define, como carga máxima a ser suportada pela mulher em trabalho contínuo, o
peso de 25 (vinte e cinco) quilos.

IV. Havendo trabalho aos domingos, será organizada uma escala de revezamento quinzenal,
que favoreça o repouso dominical.

São CORRETAS apenas:

(A) I, III e IV.

(B) I, II e III.

(C) I, II e IV.

(D) I, II, III e IV.

(E) Não respondida.

GABARITO: C

I. CORRETA.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 34
ADI 5939: “A proteção para que a gestante e a lactante não sejam expostas a atividades
insalubres caracteriza-se como importante direito social instrumental que protege não
apenas a mulher como também a criança (art. 227 da CF/88). A proteção à maternidade e
a integral proteção à criança são direitos irrenunciáveis e não podem ser afastados pelo
desconhecimento, impossibilidade ou a própria negligência da gestante ou lactante em
apresentar um atestado médico, sob pena de prejudicá-la e prejudicar o recém-nascido.
Em suma, é proibido o trabalho da gestante ou da lactante em atividades insalubres”
(2019).

II. CORRETA.

Artigo 29 1, CEDAW. Qualquer controvérsia entre dois ou mais Estados-parte relativa à


interpretação ou aplicação desta Convenção e que não for resolvida por negociações será,
a pedido de qualquer das Partes na controvérsia, submetida a arbitragem. Se no prazo de
seis meses a partir da data do pedido de arbitragem as Partes não acordarem sobre a
forma da arbitragem, qualquer das Partes poderá submeter a controvérsia à Corte
Internacional de Justiça mediante pedido em conformidade com o Estatuto da Corte.

III. INCORRETA.

Art. 390 - Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o


emprego de força muscular superior a 20 (vinte) quilos para o trabalho contínuo, ou 25
(vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional.

Parágrafo único - Não está compreendida na determinação deste artigo a remoção de


material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou
quaisquer aparelhos mecânicos.

IV. CORRETA.

Art. 386 - Havendo trabalho aos domingos, será organizada uma escala de revezamento
quinzenal, que favoreça o repouso dominical.

QUESTÃO 17

Analise as assertivas a seguir, quanto às estabilidades de emprego, assinalando a única que NÃO
CORRESPONDE ao entendimento do TST:

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 35
(A) Não será assegurada a reintegração no emprego após exaurido o período de estabilidade,
sendo devidos, nesse caso, apenas os salários do período compreendido entre a data da
despedida e o final do período de estabilidade.
(B) A sentença que deferir salário quando o pedido for de reintegração não padece de
nulidade por julgamento “extra petita”.
(C) Preenchidos todos os pressupostos para a aquisição de estabilidade decorrente de
acidente ou doença profissional, ainda durante a vigência do instrumento normativo, goza
o empregado de estabilidade mesmo após o término da vigência deste.
(D) A estabilidade dos cipeiros abrange os empregados eleitos diretores de Cooperativas e os
membros suplentes.
(E) Não respondida.

GABARITO: D

Questão formulada com arrimo na jurisprudência do TST.

(A) CORRETA.

SUM-396 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. PEDIDO DE REINTE-GRAÇÃO. CONCESSÃO DO


SALÁRIO RELATIVO AO PE-RÍODO DE ESTABILIDADE JÁ EXAURIDO. INEXISTÊNCIA DE
JULGAMENTO "EXTRA PETITA" (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 106 e
116 da SBDI-I) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do


período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade,
não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego. (ex-OJ nº 116 da SBDI-I - inserida
em 01.10.1997)

(B) CORRETA.

SUM-396 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. PEDIDO DE REINTE-GRAÇÃO. CONCESSÃO DO


SALÁRIO RELATIVO AO PE-RÍODO DE ESTABILIDADE JÁ EXAURIDO. INEXISTÊNCIA DE
JULGAMENTO "EXTRA PETITA" (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 106 e
116 da SBDI-I) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando
o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. (ex-OJ nº 106 da SBDI-
I - inserida em 20.11.1997)

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 36
(C) CORRETA.

OJ-SDI1-41 ESTABILIDADE. INSTRUMENTO NORMATIVO. VIGÊNCIA. EFICÁCIA (inserida


em 25.11.1996) Preenchidos todos os pressupostos para a aquisição de estabilidade
decorrente de acidente ou doença profissional, ainda durante a vigência do instrumento
normativo, goza o empregado de estabilidade mesmo após o término da vigência deste.

(D) INCORRETA.

OJ-SDI1-253 ESTABILIDADE PROVISÓRIA. COOPERATIVA. LEI Nº 5.764/71. CONSELHO


FISCAL. SUPLENTE. NÃO ASSEGURADA (inserida em 13.03.2002) O art. 55 da Lei nº
5.764/71 assegura a garantia de emprego apenas aos empregados eleitos diretores de
Cooperativas, não abrangendo os membros suplentes.

QUESTÃO 18

Sobre a prestação de serviços a terceiros, examine as assertivas que se seguem:

I. Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante


da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à
pessoa física ou jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua
capacidade econômica compatível com a sua execução.
II. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de
prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua
atividade principal, podendo tais serviços serem executados nas instalações físicas da
empresa contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes.
III. Cabe à contratada garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos
trabalhadores, quando o trabalho for realizado em local previamente convencionado
em contrato.
IV. Segundo o entendimento do STF, trabalhadores terceirizados e empregados da
empresa que executem as mesmas tarefas podem ter salários diferentes, não sendo
possível a equiparação de direitos trabalhistas entre eles, sob pena de violação ao
princípio da livre iniciativa.

São CORRETAS apenas:

(A) I e IV.
(B) III e IV.
(C) II e IV.
(D) I e III.
(E) Não respondida.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 37
GABARITO: C

I. INCORRETA.

Art. 4o-A, Lei 6019/74. Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita
pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade
principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua
capacidade econômica compatível com a sua execução.

II. CORRETA.

Art. 5o-A, Lei 6019/74. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com
empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive
sua atividade principal. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 1o É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades distintas


daquelas que foram objeto do contrato com a empresa prestadora de
serviços. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017)

§ 2o Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações físicas da empresa


contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes.

III. INCORRETA.

Art. 5o-A, Lei 6019/74. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com
empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive
sua atividade principal.

§ 1o É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades distintas daquelas


que foram objeto do contrato com a empresa prestadora de serviços.

§ 2o Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações físicas da empresa


contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes.

§ 3o É responsabilidade da contratante garantir as condições de segurança, higiene e


salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou
local previamente convencionado em contrato.

IV. CORRETA.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 38
Conforme decidido pelo STF, em sede de repercussão geral (Tema 383), “A equiparação
de remuneração entre empregados da empresa tomadora de serviços e empregados da
empresa contratada (terceirizada) fere o princípio da livre iniciativa, por se tratarem de
agentes econômicos distintos, que não podem estar sujeitos a decisões empresariais que
não são suas.”

QUESTÃO 19

Examine as proposições abaixo no tocante ao assédio moral:

I. O líder que isola funcionário em uma sala, sem contato com outros funcionários e sem
atribuição de qualquer atividade, com a intenção de que ele peça demissão, pratica
assédio moral organizacional.
II. A exigência do pagamento de “prendas” aos trabalhadores menos produtivos (realizem
flexões de braço, vistam fantasias, dancem em cima de mesas; recebam um troféu
depreciativo - troféu tartaruga, troféu abacaxi), é um claro exemplo de assédio moral
interpessoal.
III. No assédio moral por competência há uma falsa sensação de reconhecimento de
determinado trabalhador (considerado mais inteligente, habilidoso, produtivo etc),
mediante a atribuição de tarefas mais complexas ou de um maior número de tarefas.
IV. A Convenção 190 da OIT, de forma inovadora, previu que a caracterização do assédio
prescinde da repetibilidade.

São CORRETAS:

(A) I, II e IV.
(B) I e IV.
(C) III e IV.
(D) II e III.
(E) Não respondida.

GABARITO: C

Questão formulada com arrimo no Manual sobre a prevenção e o enfrentamento ao


assédio moral e sexual e à discriminação, da COORDIGUALDADE e a Convenção 190 da
OIT.

I. INCORRETA.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 39
Trata-se de hipótese de assédio moral interpessoal: é o assédio moral praticado em
relação a alvos específicos, geralmente entre dois indivíduos ou entre um grupo e um
indivíduo, com a finalidade de prejudicar, principalmente estimular pedidos de
demissão por parte das vítimas ou ainda motivar transferências, mudanças de cargo
e alterações nas condições de trabalho.

II. INCORRETA.

Trata-se de hipótese de assédio moral organizacional ou coletivo ou institucional: se


trata de prática sistemática e reiterada de variadas condutas abusivas e humilhantes,
que podem ser sutis ou explícitas, direcionadas para todos os funcionários ou para
alvos determinados, a partir de um objetivo, que visa manipular trabalhadores e
trabalhadoras por meio de uma política organizacional ou gerencial estabelecida pela
empresa. O comportamento do assediador é legitimado por normas e valores
organizacionais, assumindo “ares de normalidade”. O controle abrange a anuência a
regras implícitas ou explícitas da organização, como o cumprimento de metas, tempo
de uso do banheiro, método de trabalho, práticas de corrupção. As represálias
impostas se apresentam como um elemento do duplo sistema de gratificação-sanção.

III. CORRETA.

Assédio moral por competência: caracteriza-se pelo desequilíbrio entre o volume de


trabalho exigido de um determinado trabalhador (em razão de sua competência,
produtividade, habilidade etc) em detrimento de outros trabalhadores que se
encontram na mesma situação. Há uma falsa sensação de reconhecimento desse
trabalhador, mediante a atribuição de tarefas mais complexas ou de um maior número
de tarefas.

IV. CORRETA.

Convenção 190 da OIT, Artigo 1º 1. Para efeitos da presente Convenção: (a) o termo
"violência e assédio" no mundo do trabalho refere-se a um conjunto de
comportamentos e práticas inaceitáveis, ou de suas ameaças, de ocorrência única ou
repetida, que visem, causem, ou sejam susceptíveis de causar dano físico, psicológico,
sexual ou económico, e inclui a violência e o assédio com base no género

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 40
QUESTÃO 20

No que concerne aos critérios de aplicação de penalidade por infrações obreiras, julgue as
seguintes afirmações:

I. É requisito objetivo para o exercício do poder disciplinar no contrato a tipicidade da


conduta obreira.
II. A gravidade da infração, que é considerada requisito subjetivo, atua, de maneira geral,
na dosagem da pena a ser imposta.
III. Dentre os requisitos subjetivos podemos citar a autoria e o dolo ou culpa.
IV. Podem ser citados, como requisito circunstanciais, dentre outros, o nexo causal entre a
falta e a penalidade; adequação entre a falta e a pena aplicada; proporcionalidade entre
elas; imediaticidade da punição; a ausência de perdão tácito; singularidade da punição
(non bis in idem); inalteração da punição; ausência de discriminação; caráter
pedagógico do exercício do poder disciplinar, com a correspondente gradação de
penalidade.

São CORRETAS apenas:

(A) I, III e IV.

(B) I, II e III.

(C) I e IV.

(D) I e III.

(E) Não respondida.

GABARITO: A

As assertivas foram formuladas com base na doutrina de: Delgado, Mauricio Godinho
Curso de direito do trabalho / Mauricio Godinho Delgado. — 16. ed. rev. e ampl.— São
Paulo : LTr, 2017. Pág. 1352-1360.

I. CORRETA.

“É requisito objetivo para o exercício do poder disciplinar no contrato a tipicidade da


conduta obreira, inclusive com respeito à natureza da matéria envolvida. Também integra
o presente grupo de requisitos a gravidade da conduta do trabalhador. No que diz

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 41
respeito à tipicidade da conduta faltosa, aplica-se, como visto, ao ramo justrabalhista
brasileiro o critério penalista da prévia tipificação legal da conduta censurada. Embora, é
claro, saiba-se ser relativamente plástica e imprecisa a tipificação celetista, não se pode
enquadrar como infração ato ou omissão que escape efetivamente à previsão contida na
lei laboral. A plasticidade dessa tipificação, entretanto, tem permitido a funcional
adequação de tipos tradicionais a condutas consideradas modernas (embora nem tão
modernas, como se sabe). É o que se passa com o assédio sexual, que pode ser englobado,
perfeitamente, na incontinência de conduta alinhada pelo art. 482, “b”, da CLT, quando
praticado por empregado em face de sua colega de serviço, por exemplo. A propósito,
tratando-se de assédio sexual do empregador contra a empregada, o enquadramento
pode ser feito nas alíneas “a”, “e” ou “f” do art. 483 da CLT: respectivamente, serviços
contrários aos bons costumes ou alheios ao contrato, ou, ainda, “ato lesivo da honra e boa
fama” ou “ofensa física”.”

II. INCORRETA.

A gravidade é requisito objetivo.

“O requisito da gravidade não é, evidentemente, absoluto — mas influi, sem dúvida, no


exercício do poder disciplinar. É que, em se tratando de conduta tipificada, porém
inquestionavelmente leve, quer o Direito do Trabalho que o empregador se valha das
prerrogativas diretivas, fiscalizatórias e disciplinares essencialmente com fins educacionais,
orientando o obreiro a se ajustar ao ambiente e regras laborativas — notadamente se se
tratar de empregado sem vida pregressa funcional negativa na empresa. Neste caso, as
punições caberão apenas se a conduta censurável permanecer, não obstante a orientação
educativa original. De todo modo, a gravidade da infração atua, de maneira geral, na
dosagem da pena a ser imposta”.

III. CORRETA.

Autoria e dolo/culpa são, de fato, requisitos subjetivos.

“O requisito da autoria é autoevidente. Apenas se ficar configurada a efetiva participação


do trabalhador no ato ou omissão tipificados é que se pode aventar a possibilidade de
exercício do poder punitivo a seu respeito.

O requisito do dolo ou culpa é também de grande relevância. Não será válido o exercício
de prerrogativas punitivas se a conduta obreira não tiver sido intencional ou, pelo menos,
decorrente de imprudência, negligência ou imperícia”.

IV. CORRETA.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 42
“Circunstanciais, como visto, são os requisitos que dizem respeito à atuação disciplinar do
empregador em face da falta cometida e do obreiro envolvido. São inúmeros tais
requisitos, a saber: nexo causal entre a falta e a penalidade; adequação entre a falta e a
pena aplicada; proporcionalidade entre elas; imediaticidade da punição; ausência de
perdão tácito; singularidade da punição (non bis in idem); inalteração da punição; ausência
de discriminação; caráter pedagógico do exercício do poder disciplinar, com a
correspondente gradação de penalidades”.

QUESTÃO 21

À luz da lei de regência do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (Lei 8.036/90), e do


entendimento do TST, examine as afirmativas abaixo:

I. O Conselho Curador será responsável por estabelecer as normas e diretrizes do FGTS e


terá, em sua composição, representantes dos trabalhadores, empregadores, aposentados
e órgãos governamentais.
II. Aos membros do Conselho Curador do FGTS, enquanto representantes dos trabalhadores,
efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, do registro da candidatura,
e, se eleitos, até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo
ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo
sindical.
III. São hipóteses que autorizam a movimentação da conta vinculada do FGTS, dentre outras,
suspensão total do trabalho avulso por período igual ou superior a 90 (noventa) dias e
quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do vírus HIV.

São INCORRETAS apenas as assertivas:

(A) I e II.
(B) II e III.
(C) I e III.
(D) I, II e III.
(E) Não respondida.

GABARITO: A

I. INCORRETA.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 43
Art. 3o O FGTS será regido por normas e diretrizes estabelecidas por um Conselho
Curador, composto por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e
entidades governamentais, na forma estabelecida pelo Poder Executivo.

II. INCORRETA.

Art. 3º § 9º Aos membros do Conselho Curador, enquanto representantes dos


trabalhadores, efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da
nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo
ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo
sindical.

III. CORRETA.

Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes
situações:

X - suspensão total do trabalho avulso por período igual ou superior a 90 (noventa) dias,
comprovada por declaração do sindicato representativo da categoria profissional.

XIII - quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do vírus


HIV;

QUESTÃO 22

Sobre o adicional de periculosidade, examine as assertivas abaixo, em conformidade com o


entendimento do TST, assinalando a única CORRETA:

(A) Trabalhador que, sem operar o equipamento móvel de Raios X, permaneça, habitual,
intermitente ou eventualmente, nas áreas de seu uso deverá receber adicional de
periculosidade.
(B) Em virtude da prevalência do negociado sobre o legislado, desde que estabelecidas
contrapartidas, é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o
adicional de periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional
ao tempo de exposição ao risco.
(C) O adicional de periculosidade incide sobre o salário básico acrescido de outros adicionais.
(D) O adicional de periculosidade deve compor a base de cálculo do adicional noturno.
(E) Não respondida.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 44
GABARITO: D

Questão formulada com arrimo na jurisprudência do TST.

(A) INCORRETA.

Tema Repetitivo TST nº 10: I - a Portaria MTE nº 595/2015 e sua nota explicativa não
padecem de inconstitucionalidade ou ilegalidade. II - não é devido o adicional de
periculosidade a trabalhador que, sem operar o equipamento móvel de Raios X,
permaneça, habitual, intermitente ou eventualmente, nas áreas de seu uso. III - os
efeitos da Portaria nº 595/2015 do Ministério do Trabalho alcançam as situações
anteriores à data de sua publicação.

(B) INCORRETA.

SUM-364 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E


INTERMITENTE (inserido o item II) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e
03.06.2016

II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o


adicional de periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e
proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de
higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida por norma de ordem pública (arts.
7º, XXII e XXIII, da CF e 193, §1º, da CLT).

(C) INCORRETA.

SUM-191 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA. BASE DE CÁLCULO


(cancelada a parte final da antiga redação e inseridos os itens II e III) - Res. 214/2016,
DEJT divulgado em 30.11.2016 e 01 e 02.12.2016

I – O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre


este acrescido de outros adicionais.

(D) CORRETA.

OJ-SDI1-259 ADICIONAL NOTURNO. BASE DE CÁLCULO. ADICIONAL DE


PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO (inserida em 27.09.2002) O adicional de

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 45
periculosidade deve compor a base de cálculo do adicional noturno, já que também
neste horário o trabalhador permanece sob as condições de risco.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 46
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

QUESTÃO 23

Examine as assertivas abaixo, à luz do entendimento do STF e do STJ:

I. O dano moral coletivo é categoria autônoma de dano e se caracteriza por lesão grave,
injusta e intolerável a valores e a interesses fundamentais da sociedade,
independentemente da comprovação de prejuízos concretos ou de efetivo abalo
moral.
II. São inconstitucionais os acordos e as convenções coletivas que pactuam limitações ou
afastamentos de direitos trabalhistas independentemente da explicitação especificada
de vantagens compensatórias.
III. A Defensoria Pública pode se valer da Ação Civil Pública para a defesa não apenas de
direitos difusos de consumidores lesados pela publicidade veiculada, mas também de
seus interesses individuais homogêneos, diante de sua origem comum.
IV. A pactuação de acordo ou convenção coletiva prévia é exigência procedimental
imprescindível para a dispensa em massa de trabalhadores.

São INCORRETAS:

(A) II, III e IV.


(B) II e III.
(C) III e IV.
(D) II e IV.
(E) Não respondida.

GABARITO: D

Questão formulada com arrimo na jurisprudência do STF e STJ.

I. CORRETA.

“(...) O Código de Defesa do Consumidor trouxe tanto a tutela individual do


consumidor como a tutela coletiva da comunidade consumidora, que também pode

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 47
ser vítima de uma prática abusiva de um fornecedor, o que enseja o dever de reparar
o dano coletivo experimentado. Ressalta-se que o dano moral coletivo não significa
a somatória dos danos individuais suportados pelos consumidores pela violação
de um direito pessoal desses, mas uma nova modalidade de dano, o qual tem
por objeto a violação de um direito da coletividade considerada em si mesma
vítima de uma ação danosa do fornecedor. Não se pode esquecer que um dos
valores do Estado Democrático de Direito brasileiro é a defesa do consumidor, contida
tanto no rol dos direitos fundamentais (art. 5º, XXXII, como nos princípios da ordem
econômica enunciados pela Constituição Federal (art. 170, V), de maneira que,
considerado em sua dimensão objetiva, é um direito da comunidade em si mesmo e
passível de violação, uma vez desatendidos os ditames legais prescritos pelo
legislador ordinário por determinação do poder constituinte, ensejando a devida
compensação coletiva.(...) Consoante orientação jurisprudencial do Superior
Tribunal de Justiça, nos casos em que a conduta antijurídica afeta,
intoleravelmente, valores e interesses coletivos fundamentais, mediante
conduta maculada de grave lesão, o dano moral coletivo se configura in re ipsa,
isto é, independentemente da comprovação de dor, sofrimento ou abalo
psicológico." Acórdão 1245575, 00300195820168070001, Relatora Desª. MARIA
IVATÔNIA, Quinta Turma Cível, data de julgamento: 29/4/2020, publicado no PJe:
8/5/2020.

II. INCORRETA.

Tema 1046: São constitucionais os acordos e as convenções coletivas que, ao


considerarem a adequação setorial negociada, pactuam limitações ou afastamentos
de direitos trabalhistas, independentemente da explicitação especificada de
vantagens compensatórias, desde que respeitados os direitos absolutamente
indisponíveis.

III. CORRETA.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 48
"(...) 2. O pano de fundo estampa questão atinente à prática publicitária da ré que
propaga serviços de assessoria e intermediação extrajudicial com suposta garantia em
benefício de um número incerto de consumidores, que, segundo a autora, se
encontram sujeitos ao engodo decorrente da falta de informação clara quanto à real
possibilidade de revisão contratual e redução do saldo devedor e quanto aos riscos
inerentes à negociação meramente extrajudicial deflagrada perante a financeira. 2.1
Consoante se extrai, infere-se da causa de pedir que a lesão decorrente da
publicidade enganosa é de ordem difusa, por alcançar direitos transindividuais, de
natureza indivisível, dos quais são titulares um número indeterminado de
consumidores ligados pela mesma circunstância de fato, que potencialmente poderão
ser atraídos pelas promessas veiculadas pela ré no afã de reduzirem o saldo devedor
de seus financiamentos. A matéria ventilada nos autos também aponta para a violação
a direitos individuais homogêneos de consumidores já lesados pela contratada, os
quais teriam recorrido à Defensoria Pública para obterem a rescisão do contrato e a
indenização cabível. 3. A Defensoria Pública pode se valer da Ação Civil Pública
para a defesa não apenas de direitos difusos de consumidores lesados pela
publicidade veiculada, mas também de seus interesses individuais homogêneos,
tal como relatado nos autos, diante de sua origem comum, qual seja, a
contratação dos serviços fornecidos pela ré. Acórdão 1388510,
07132599120208070020, Relator: EUSTÁQUIO DE CASTRO, Oitava Turma Cível, data
de julgamento: 1/12/2021, publicado no DJe: 7/12/2021.

IV. INCORRETA.

Tema 638: “A intervenção sindical prévia é exigência procedimental imprescindível


para a dispensa em massa de trabalhadores, que não se confunde com autorização
prévia por parte da entidade sindical ou celebração de convenção ou acordo
coletivo.”

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 49
QUESTÃO 24

Sobre a organização sindical no Brasil, examine as assertivas abaixo:

I. O recolhimento da contribuição sindical referente aos empregados e trabalhadores


avulsos será efetuado no mês de abril de cada ano, sendo que o relativo aos agentes
ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais realizar-se-á no mês de fevereiro,
observada a exigência de autorização prévia e expressa.
II. Constituem associações sindicais de grau superior as federações e as confederações.
As federações compõem-se de, no mínimo, 5 (cinco) sindicatos, enquanto as
Confederações compõem-se de, no mínimo, 3 (três) federações.
III. Nas empresas de mais de cem empregados, é assegurada a eleição de um
representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento
direto com os empregadores.
IV. São requisitos de formação da Central Sindical: filiação de, no mínimo, 100 (cem)
sindicatos distribuídos nas 5 (cinco) regiões do País; filiação em pelo menos 3 (três)
regiões do País de, no mínimo, 20 (vinte) sindicatos em cada uma; filiação de sindicatos
em, no mínimo, 5 (cinco) setores de atividade econômica; e filiação de sindicatos que
representem, no mínimo, 7% (sete por cento) do total de empregados sindicalizados
em âmbito nacional.

Apenas são CORRETAS:

(A) III e IV.


(B) I e III.
(C) I e II.
(D) I, II e IV.
(E) Não respondida.

GABARITO: D

I. CORRETA.

Art. 583, CLT O recolhimento da contribuição sindical referente aos empregados e


trabalhadores avulsos será efetuado no mês de abril de cada ano, e o relativo aos agentes
ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais realizar-se-á no mês de fevereiro,
observada a exigência de autorização prévia e expressa prevista no art. 579 desta
Consolidação.

II. CORRETA.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 50
Art. 534 CLT É facultado aos Sindicatos, quando em número não inferior a 5 (cinco), desde
que representem a maioria absoluta de um grupo de atividades ou profissões idênticas,
similares ou conexas, organizarem-se em federação.

Art. 535 CLT As Confederações organizar-se-ão com o mínimo de 3 (três) federações e


terão sede na Capital da República.

III. INCORRETA.

Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um


representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto
com os empregadores.

IV. CORRETA.

Art. 2º, lei 11648/08. Para o exercício das atribuições e prerrogativas a que se refere o
inciso II do caput do art. 1o desta Lei, a central sindical deverá cumprir os seguintes
requisitos:

I - filiação de, no mínimo, 100 (cem) sindicatos distribuídos nas 5 (cinco) regiões do País;

II - filiação em pelo menos 3 (três) regiões do País de, no mínimo, 20 (vinte) sindicatos em
cada uma;

III - filiação de sindicatos em, no mínimo, 5 (cinco) setores de atividade econômica; e

IV - filiação de sindicatos que representem, no mínimo, 7% (sete por cento) do total de


empregados sindicalizados em âmbito nacional.

QUESTÃO 25

Examine as assertivas a seguir, à luz da Lei de Greve:

I. É necessário que o sindicato assegure, durante a greve, a manutenção dos serviços


essenciais à retomada das atividades da empresa quando da cessação do movimento.
II. A lei de greve veda expressamente o lockout, que, se realizado, assegurará aos
trabalhadores o direito à percepção dos salários durante o período de paralisação.
III. Sendo realizado acordo coletivo, a manutenção da paralisação será sempre
considerada abusiva.
IV. Processamento de dados, serviços bancários e atividades portuárias são considerados
serviços essenciais conforme a Lei de Greve.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 51
São CORRETAS:

(A) I e II.
(B) II e III.
(C) I e IV.
(D) I, II e IV.
(E) Não respondida.

GABARITO: A

Questão formulada com arrimo nas disposições da Lei 7.783/89

I. CORRETA.

Art. 9º Durante a greve, o sindicato ou a comissão de negociação, mediante acordo


com a entidade patronal ou diretamente com o empregador, manterá em atividade
equipes de empregados com o propósito de assegurar os serviços cuja paralisação
resultem em prejuízo irreparável, pela deterioração irreversível de bens, máquinas e
equipamentos, bem como a manutenção daqueles essenciais à retomada das
atividades da empresa quando da cessação do movimento.

Parágrafo único. Não havendo acordo, é assegurado ao empregador, enquanto


perdurar a greve, o direito de contratar diretamente os serviços necessários a que se
refere este artigo.

II. CORRETA.

Art. 17. Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do empregador, com o
objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos
respectivos empregados (lockout).

Parágrafo único. A prática referida no caput assegura aos trabalhadores o direito à


percepção dos salários durante o período de paralisação.

III. INCORRETA.

Art. 14 Constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas contidas na


presente Lei, bem como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo,
convenção ou decisão da Justiça do Trabalho.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 52
Parágrafo único. Na vigência de acordo, convenção ou sentença normativa não
constitui abuso do exercício do direito de greve a paralisação que:

I - tenha por objetivo exigir o cumprimento de cláusula ou condição;

II - seja motivada pela superveniência de fatos novo ou acontecimento imprevisto que


modifique substancialmente a relação de trabalho.

IV. INCORRETA.

Art. 10 São considerados serviços ou atividades essenciais:

I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica,


gás e combustíveis;

II - assistência médica e hospitalar;

III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos;

IV - funerários;

V - transporte coletivo;

VI - captação e tratamento de esgoto e lixo;

VII - telecomunicações;

VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais


nucleares;

IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais;

X - controle de tráfego aéreo e navegação aérea;

XI compensação bancária.

XII - atividades médico-periciais relacionadas com o regime geral de previdência social


e a assistência social;

XIII - atividades médico-periciais relacionadas com a caracterização do impedimento


físico, mental, intelectual ou sensorial da pessoa com deficiência, por meio da
integração de equipes multiprofissionais e interdisciplinares, para fins de
reconhecimento de direitos previstos em lei, em especial na

XIV - outras prestações médico-periciais da carreira de Perito Médico Federal


indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.

XV - atividades portuárias.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 53
PROCESSO DO TRABALHO

QUESTÃO 26

Analise as afirmativas abaixo quanto ao dissídio coletivo, sentença normativa e ação de


cumprimento:

I. A sentença normativa sempre vigorará a partir da data de sua publicação.


II. A ação de cumprimento apenas pode ser proposta após o trânsito em julgado da
sentença normativa.
III. O sindicato é legítimo para propor ação de cumprimento; estende-se a legitimidade
também à observância de acordo ou de convenção coletivos.
IV. Quando os empregadores deixarem de satisfazer o pagamento de salários, na
conformidade da decisão proferida, poderão os empregados ou seus sindicatos,
independentes de outorga de poderes de seus associados, juntando certidão de tal
decisão, apresentar reclamação à Justiça do Trabalho.

São CORRETAS as seguintes afirmativas:

(A) I e II.
(B) II e III.
(C) III e IV.
(D) I e IV.
(E) Não respondida.

GABARITO: C

I. INCORRETA.

Art. 867, Parágrafo único, CLT - A sentença normativa vigorará: (Incluído pelo Decreto-
lei nº 424, de 21.1.1969)

a) a partir da data de sua publicação (se ajuizado após os 60 dias que antecedem
o fim da vigência da sentença em vigor), quando ajuizado o dissídio após o prazo do art.
616, § 3º, ou, quando não existir acordo, convenção ou sentença normativa em vigor, da
data do ajuizamento; (Incluída pelo Decreto-lei nº 424, de 21.1.1969)

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 54
b) a partir do dia imediato ao termo final de vigência do acordo, convenção ou
sentença normativa, quando ajuizado o dissídio no prazo do art. 616, § 3º. (Incluída pelo
Decreto-lei nº 424, de 21.1.1969)

II. INCORRETA.

SUM-246 AÇÃO DE CUMPRIMENTO. TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA


NORMATIVA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 É dispensável o trânsito
em julgado da sentença normativa para a propositura da ação de cumprimento.

III. CORRETA.

SUM-286 SINDICATO. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. CONVENÇÃO E ACORDO COLETIVOS


(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A legitimidade do sindicato para propor
ação de cumprimento estende-se também à observância de acordo ou de convenção
coletivos.

IV. CORRETA.

Art. 872, CLT - Celebrado o acordo, ou transitada em julgado a decisão, seguir-se-á o seu
cumprimento, sob as penas estabelecidas neste Título.

Parágrafo único - Quando os empregadores deixarem de satisfazer o pagamento de


salários, na conformidade da decisão proferida, poderão os empregados ou seus
sindicatos, independentes de outorga de poderes de seus associados, juntando certidão
de tal decisão, apresentar reclamação à Junta ou Juízo competente, observado o
processo previsto no Capítulo II deste Título, sendo vedado, porém, questionar sobre a
matéria de fato e de direito já apreciada na decisão.

QUESTÃO 27

No que tange às despesas processuais e honorários periciais e advocatícios, é INCORRETO afirmar:

(A) Dentre outros, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas


autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem
atividade econômica serão isentas do pagamento de custas.
(B) A CLT preceitua que a responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da
parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça
gratuita. Tal previsão, contudo, foi declarada inconstitucional pelo STF.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 55
(C) A Reforma Trabalhista previu o direito aos honorários advocatícios de sucumbência, que
serão fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por
cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido
ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
(D) Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência
recíproca, permitindo-se a compensação entre os honorários.
(E) Não respondida.

GABARITO: D

Questão formulada de acordo com as disposições da CLT.

(A) CORRETA.

Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça
gratuita: (Incluído pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002)

I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e


fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade
econômica; (Incluído pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002)

II – o Ministério Público do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002)

(B) CORRETA.

Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte


sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita.

§ 4o Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em


juízo créditos capazes de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro
processo, a União responderá pelo encargo.

ADI 5677:

Tese firmada: O Tribunal, por maioria, julgou parcialmente procedente o pedido


formulado na ação direta, para declarar inconstitucionais os arts. 790-B, caput e § 4º, e
791-A, § 4º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), vencidos, em parte, os Ministros
Roberto Barroso (Relator), Luiz Fux (Presidente), Nunes Marques e Gilmar Mendes. Por
maioria, julgou improcedente a ação no tocante ao art. 844, § 2º, da CLT, declarando-o
constitucional, vencidos os Ministros Edson Fachin, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.
Redigirá o acórdão o Ministro Alexandre de Moraes. Plenário, 20.10.2021 (Sessão
realizada por videoconferência - Resolução 672/2020/STF).

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 56
Ementa: CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI
13.467/2017. REFORMA TRABALHISTA. REGRAS SOBRE GRATUIDADE DE JUSTIÇA.
RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO DE ÔNUS SUCUMBENCIAIS EM HIPÓTESES
ESPECÍFICAS. ALEGAÇÕES DE VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA ISONOMIA,
INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO, ACESSO À JUSTIÇA, SOLIDARIEDADE SOCIAL E
DIREITO SOCIAL À ASSISTÊNCIA JURÍDICA GRATUITA. MARGEM DE CONFORMAÇÃO DO
LEGISLADOR. CRITÉRIOS DE RACIONALIZAÇÃO DA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. AÇÃO
DIRETA JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE. 1. É inconstitucional a legislação que
presume a perda da condição de hipossuficiência econômica para efeito de aplicação do
benefício de gratuidade de justiça, apenas em razão da apuração de créditos em favor
do trabalhador em outra relação processual, dispensado o empregador do ônus
processual de comprovar eventual modificação na capacidade econômica do
beneficiário. 2. A ausência injustificada à audiência de julgamento frustra o exercício da
jurisdição e acarreta prejuízos materiais para o órgão judiciário e para a parte reclamada,
o que não se coaduna com deveres mínimos de boa-fé, cooperação e lealdade
processual, mostrando-se proporcional a restrição do benefício de gratuidade de justiça
nessa hipótese. 3. Ação Direta julgada parcialmente procedente. (ADI 5766, Relator(a):
ROBERTO BARROSO, Relator(a) p/ Acórdão: ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno,
julgado em 20/10/2021, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-084 DIVULG 02-05-2022 PUBLIC
03-05-2022)

(C) CORRETA.

Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários
de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15%
(quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da
causa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

(D) INCORRETA.

Art. 791-A. § 3o Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de


sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários.

QUESTÃO 28

Analise as assertivas a seguir acerca do sistema recursal trabalhista e assinale a única CORRETA:

(A) Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido
adotada, explicitamente, tese a respeito. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 57
haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o
pronunciamento sobre o tema, sob pena de prescrição.
(B) A divergência jurisprudencial ensejadora da admissibilidade, do prosseguimento e do
conhecimento do recurso há de ser específica, revelando a existência de teses diversas na
interpretação de um mesmo dispositivo legal, embora semelhantes os fatos que as
ensejaram.
(C) Em havendo tese explícita sobre a matéria na decisão recorrida, é desnecessário, para o
prequestionamento, que se contenha, no julgado, referência expressa ao dispositivo legal.
(D) Verificada a total ausência de assinatura no recurso, o recurso será reputado inadmissível.
(E) Não respondida.

GABARITO: C

(A) INCORRETA.

S. 297, I e III, TST: PREQUESTIONAMENTO. OPORTUNIDADE. CONFIGURAÇÃO (nova


redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

I. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido


adotada, explicitamente, tese a respeito.

II. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso
principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob
pena de preclusão.

III. Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a


qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de
declaração.

(B) INCORRETA.

S. 296, I, TST: A divergência jurisprudencial ensejadora da admissibilidade, do


prosseguimento e do conhecimento do recurso há de ser específica, revelando a existência
de teses diversas na interpretação de um mesmo dispositivo legal, embora idênticos os
fatos que as ensejaram. (ex-Súmula no 296 - Res. 6/1989, DJ 19.04.1989)

(C) CORRETA.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 58
OJ 118, SDI-1/TST: PREQUESTIONAMENTO. TESE EXPLÍCITA. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA
No 297 (inserida em 20.11.1997) Havendo tese explícita sobre a matéria, na decisão
recorrida, desnecessário contenha nela referência expressa do dispositivo legal para ter-
se como prequestionado este.

(D) INCORRETA.

OJ 120, I SDI-1/TST: Verificada a total ausência de assinatura no recurso, o juiz ou o relator


concederá prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a
determinação, o recurso será reputado inadmissível (art. 932, parágrafo único, do CPC de
2015)

QUESTÃO 29

Em relação ao mandado de segurança no processo do trabalho, analise as assertivas abaixo, à luz


da jurisprudência consolidada do TST e das disposições da Lei 12.016/09. É VERDADEIRA a
seguinte alternativa:

(A) Ato judicial que, que, de ofício, arbitra novo valor à causa, acarretando a majoração
das custas processuais, é atacável por meio de mandado de segurança.
(B) A sentença que conceder o mandado de segurança sempre pode ser executada
provisoriamente.
(C) A teor da lei do mandado de segurança, a organização sindical poderá impetrar
mandado de segurança coletivo para a proteção dos direitos difusos, coletivos ou
individuais homogêneos dos trabalhadores substituídos.
(D) O presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do recurso em mandado de
segurança poderá suspender, a requerimento, em decisão fundamentada, a execução
da liminar e da sentença, desde que para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à
segurança e à economia públicas.
(E) Não respondida.

GABARITO: D

(A) INCORRETA.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 59
OJ SDI-2 -88. Incabível a impetração de mandado de segurança contra ato judicial que,
de ofício, arbitrou novo valor à causa, acarretando a majoração das custas processuais,
uma vez que cabia à parte, após recolher as custas, calculadas com base no valor dado à
causa na inicial, interpor recurso ordinário e, posteriormente, agravo de instrumento no
caso de o recurso ser considerado deserto.

(B) INCORRETA.

Art. 14. § 3o Lei 12016/09 A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser
executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a concessão da medida
liminar.

(C) INCORRETA.

A lei não fala em direitos difusos:

Art. 21, Parágrafo único, Lei 12016/09. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança
coletivo podem ser:

I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza


indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a
parte contrária por uma relação jurídica básica;

II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de


origem comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos
associados ou membros do impetrante.

(D) CORRETA.

Art. 15 Lei 12016/09. Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público


interessada ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à
segurança e à economia públicas, o presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento
do respectivo recurso suspender, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da
sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias,
que será levado a julgamento na sessão seguinte à sua interposição.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 60
QUESTÃO 30

Sobre as hipóteses de cabimento da ação rescisória, à luz do entendimento sumulado do TST,


examine as proposições a seguir:

I. Considera-se prova nova a cronologicamente velha, já existente ao tempo do trânsito


em julgado da decisão rescindenda, mas ignorada pelo interessado ou de impossível
utilização, à época, no processo. Assim, a sentença normativa proferida ou transitada
em julgado posteriormente à sentença rescindenda não é prova nova apta a viabilizar
a desconstituição de julgado.
II. Caracteriza dolo processual, para fins de ação rescisória, o fato de a parte vencedora
haver silenciado a respeito de fatos contrários a ela, porquanto a conduta resulta em
cerceamento de defesa.
III. A confissão passível de desconstituição por ação rescisória é somente a real, fruto de
erro, dolo ou coação, e não a confissão ficta resultante de revelia.
IV. A ação rescisória calcada em violação de lei não admite reexame de fatos e provas do
processo que originou a decisão rescindenda.

São INCORRETAS:

(A) II e IV.
(B) I e II.
(C) III e IV.
(D) II.
(E) Não respondida.

GABARITO: D

Questão formulada com arrimo na jurisprudência do TST.

I. CORRETA.

SUM-402 AÇÃO RESCISÓRIA. PROVA NOVA. DISSÍDIO COLETI-VO. SENTENÇA


NORMATIVA. (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 217/2017, DEJT
divulgado em 20, 24 e 25.04.2017

I - Sob a vigência do CPC de 2015 (art. 966, inciso VII), para efeito de ação rescisória,
considera-se prova nova a cronologicamente velha, já existente ao tempo do trânsito em
julgado da decisão rescindenda, mas ignorada pelo interessado ou de impossível
utilização, à época, no processo.

II - Não é prova nova apta a viabilizar a desconstituição de julgado: a) sentença normativa


proferida ou transitada em julgado posteriormente à sentença rescindenda; b) sentença

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 61
normativa preexistente à sentença rescindenda, mas não exibida no processo principal,
em virtude de negligência da parte, quando podia e deveria louvar-se de documento já
existente e não ignorado quando emitida a decisão rescindenda. (ex-OJ nº 20 da SBDI-2
- inserida em 20.09.2000).

II. INCORRETA.

SUM-403 AÇÃO RESCISÓRIA. DOLO DA PARTE VENCEDORA EM DETRIMENTO DA


VENCIDA. ART. 485, III, DO CPC (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 111 e
125 da SBDI-II) - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005

I - Não caracteriza dolo processual, previsto no art. 485, III, do CPC, o simples fato de
a parte vencedora haver silenciado a respeito de fatos contrários a ela, porque o
procedimento, por si só, não constitui ardil do qual resulte cerceamento de defesa e, em
consequência, desvie o juiz de uma sentença não-condizente com a verdade. (ex-OJ nº
125 da SBDI-II - DJ 09.12.2003)

III. CORRETA.

SUM-404 AÇÃO RESCISÓRIA. FUNDAMENTO PARA INVALIDAR CONFISSÃO.


CONFISSÃO FICTA. INADEQUAÇÃO DO EN-QUADRAMENTO NO ART. 485, VIII, DO CPC
DE 1973. (atualizada em decorrência do CPC de 2015) - Res. 209/2016, DEJT divulgado
em 01, 02 e 03.06.2016

O art. 485, VIII, do CPC de 1973, ao tratar do fundamento para invalidar a confissão como
hipótese de rescindibilidade da decisão judicial, referia-se à confissão real, fruto de erro,
dolo ou coação, e não à confissão ficta resultante de revelia.

IV. CORRETA.

SUM-410 AÇÃO RESCISÓRIA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INVIABILIDADE


(conversão da Orientação Jurisprudencial nº 109 da SBDI-II) - Res. 137/2005 DJ 22, 23 e
24.08.2005

A ação rescisória calcada em violação de lei não admite reexame de fatos e provas do
processo que originou a decisão rescindenda. (ex-OJ nº 109 da SBDI-II - DJ 29.04.2003)

QUESTÃO 31

Acerca dos prazos judiciais, conforme previsões da CLT, pode-se afirmar:

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 62
(A) Os prazos processuais celetistas serão contados em dias úteis, com inclusão do dia do
começo e exclusão do dia do vencimento.
(B) Somente no caso de força maior, devidamente comprovada, é que poderá haver
prorrogação de prazo, pelo tempo estritamente necessário.
(C) Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro
e 20 de janeiro, inclusive, lapso temporal durante o qual não se realizarão audiências nem
sessões de julgamento, o que não dispensa, contudo, o exercício das atribuições pelos
juízes, membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e
auxiliares da Justiça, salvo férias individuais e feriados legais.
(D) Os autos dos processos da Justiça do Trabalho somente poderão sair dos cartórios ou
secretarias mediante autorização por despacho judicial.
(E) Não respondida.

GABARITO: C

Questão formulada de acordo com as disposições da CLT.

(A) INCORRETA.

Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com
exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.

(B) INCORRETA.

Art. 775. § 1o Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário,
nas seguintes hipóteses: (Incluído dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

I - quando o juízo entender necessário; (Incluído dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

II - em virtude de força maior, devidamente comprovada.

(C) CORRETA.

Art. 775-A. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20
de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. (Incluído dada pela Lei nº 13.545, de 2017)

§ 1o Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os


membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 63
auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o período previsto
no caput deste artigo. (Incluído dada pela Lei nº 13.545, de 2017)

§ 2o Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de


julgamento.

(D) INCORRETA.

Art. 778 - Os autos dos processos da Justiça do Trabalho, não poderão sair dos cartórios
ou secretarias, salvo se solicitados por advogados regularmente constituído por
qualquer das partes, ou quando tiverem de ser remetidos aos órgãos competentes,
em caso de recurso ou requisição.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 64
DIREITO CIVIL E EMPRESARIAL

QUESTÃO 32

Examine as assertivas abaixo, quanto aos negócios jurídicos:

I. As condições fisicamente impossíveis, quando suspensivas, invalidam os negócios


jurídicos que lhes são subordinados. As condições fisicamente impossíveis, quando
resolutivas, têm-se por inexistentes.
II. O termo inicial suspende o exercício e a aquisição do direito.
III. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando
expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição
resolutiva.
IV. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo
determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico.

São CORRETAS, de acordo com as disposições do Código Civil:

(A) I, II e IV.
(B) I, II e III.
(C) III e IV.
(D) I e IV.
(E) Não respondida.

GABARITO: D

I. CORRETA.

Art. 123, CC. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados:

I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas;

Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as


de não fazer coisa impossível.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 65
II. INCORRETA.

Art. 131, CC. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.

III. INCORRETA.

Art. 136, CC. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo
quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição
suspensiva.

IV. CORRETA.

Art. 137, CC. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se
constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio
jurídico.

QUESTÃO 33

Sobre os contratos no Código Civil, julgue as proposições a seguir:

I. Se constatados defeitos ocultos que tornem a coisa, recebida em virtude de contrato


comutativo ou doação, imprópria ao uso a que é destinada, esta pode ser enjeitada
ou ter abatimento de preço. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a
coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo
da tradição.
II. Nos contratos civis e empresariais as partes negociantes poderão estabelecer
parâmetros objetivos para a interpretação das cláusulas negociais e de seus
pressupostos de revisão ou de resolução.
III. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes
se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de
acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução
do contrato, sendo que os efeitos da sentença retroagirão à data do protocolo da
inicial.
IV. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção.

São CORRETAS somente:

(A) I e IV.
(B) II e IV.
(C) II e III.
(D) I, II e IV.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 66
(E) Não respondida.

GABARITO: B

I. INCORRETA.

Art. 441, CC. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por
vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe
diminuam o valor.

Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.

Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente
reclamar abatimento no preço.

Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do
alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição.

II. CORRETA.

Art. 421-A, CC. Os contratos civis e empresariais presumem-se paritários e simétricos até
a presença de elementos concretos que justifiquem o afastamento dessa presunção,
ressalvados os regimes jurídicos previstos em leis especiais, garantido também
que: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)

I - as partes negociantes poderão estabelecer parâmetros objetivos para a interpretação


das cláusulas negociais e de seus pressupostos de revisão ou de resolução; (Incluído pela
Lei nº 13.874, de 2019)

III. INCORRETA.

Art. 478, CC. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma
das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em
virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a
resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da
citação.

IV. CORRETA.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 67
Art. 447, CC. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta
garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública.

QUESTÃO 34

Acerca do regramento do empresário e da empresa, em conformidade com o Código Civil,


assinale a alternativa INCORRETA:

(A) Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a


empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
(B) Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não
tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação
obrigatória.
(C) No caso da empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI), é o patrimônio social
que responde pelas dívidas contraídas, hipótese em que não se confundirá, em qualquer
situação, com o patrimônio do titular que a constitui, ressalvados os casos de fraude.
(D) O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o
regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los
de ônus real.
(E) Não respondida.

GABARITO: C

As assertivas foram formuladas com base no Código Civil

(A) CORRETA.

Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar
a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.

§ 1º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias
e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a
autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do
menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 68
§ 2º Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao
tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo
tais fatos constar do alvará que conceder a autorização.

§ 3º O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá


registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz,
desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos: (Incluído pela Lei nº
12.399, de 2011)

I – o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; (Incluído pela Lei nº
12.399, de 2011)

II – o capital social deve ser totalmente integralizado; (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011)

III – o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser
representado por seus representantes legais. (Incluído pela Lei nº 12.399, de 2011)

(B) CORRETA.

Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que
não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação
obrigatória.

(C) INCORRETA.

Art. 980-A. § 7º Somente o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas da


empresa individual de responsabilidade limitada, hipótese em que não se confundirá, em
qualquer situação, com o patrimônio do titular que a constitui, ressalvados os casos de
fraude

Art. 980-A. (Revogado pela Lei nº 14.382, de 2022)

(D) CORRETA.

Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que
seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-
los de ônus real.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 69
REGIME JURÍDICO DO MPT

QUESTÃO 35

Sobre o Procurador-Geral do Trabalho e o Vice-Procurador-Geral do Trabalho, é CORRETO


afirmar, à luz das disposições da LC 75/93:

(A) O Procurador-Geral do Trabalho será nomeado pelo Procurador-Geral da República,


dentre integrantes da instituição, com mais de trinta e cinco anos de idade e menos de
setenta anos de idade, integrante de lista tríplice escolhida mediante voto plurinominal,
facultativo e secreto, pelo Colégio de Procuradores para um mandato de dois anos,
permitida uma recondução, observado o mesmo processo.
(B) A exoneração do Procurador-Geral do Trabalho, antes do término do mandato, será
proposta ao Procurador-Geral da República pelo Colégio de Procuradores, com base em
voto secreto de dois terços de seus integrantes.
(C) O Procurador-Geral do Trabalho designará, dentre os Subprocuradores-Gerais do
Trabalho, o Vice-Procurador-Geral do Trabalho, que o substituirá em seus impedimentos.
Em caso de vacância, exercerá o cargo o Vice-Presidente do Conselho Superior, até o seu
provimento definitivo.
(D) Compete ao Procurador-Geral do Trabalho exercer as funções atribuídas ao Ministério
Público do Trabalho junto ao Supremo Tribunal Federal.
(E) Não respondida.

GABARITO: C

Questão formulada com arrimo na LC 75/93

(A) INCORRETA.

Não há limitação de idade. Além disso, o artigo traz o requisito de 5 anos na carreira:

Art. 88, LC 75/93. O Procurador-Geral do Trabalho será nomeado pelo Procurador-Geral


da República, dentre integrantes da instituição, com mais de trinta e cinco anos de idade
e de cinco anos na carreira, integrante de lista tríplice escolhida mediante voto
plurinominal, facultativo e secreto, pelo Colégio de Procuradores para um mandato de

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 70
dois anos, permitida uma recondução, observado o mesmo processo. Caso não haja
número suficiente de candidatos com mais de cinco anos na carreira, poderá concorrer à
lista tríplice quem contar mais de dois anos na carreira.

(B) INCORRETA.

Art. 88. Parágrafo único, LC 75/93. A exoneração do Procurador-Geral do Trabalho, antes


do término do mandato, será proposta ao Procurador-Geral da República pelo Conselho
Superior, mediante deliberação obtida com base em voto secreto de dois terços de seus
integrantes.

(C) CORRETA.

Art. 89, LC 75/93. O Procurador-Geral do Trabalho designará, dentre os Subprocuradores-


Gerais do Trabalho, o Vice-Procurador-Geral do Trabalho, que o substituirá em seus
impedimentos. Em caso de vacância, exercerá o cargo o Vice-Presidente do Conselho
Superior, até o seu provimento definitivo.

(D) INCORRETA.

Art. 90, LC 75/93. Compete ao Procurador-Geral do Trabalho exercer as funções atribuídas


ao Ministério Público do Trabalho junto ao Plenário do Tribunal Superior do Trabalho,
propondo as ações cabíveis e manifestando-se nos processos de sua competência.

QUESTÃO 36

Examine as proposições abaixo, sobre os instrumentos de atuação do Ministério Público do


Trabalho:

I. O inquérito civil segue o princípio da publicidade, podendo, contudo, ser decretado


seu sigilo para preservação da integridade ou dos direitos do denunciante ou no caso
de a publicidade acarretar prejuízo às investigações.
II. O membro do Ministério Público do Trabalho está autorizado a prestar informações a
respeito das providências adotadas para apuração de fatos em tese ilícitos, devendo,
no entanto, abster-se de falar aos meios de comunicação social enquanto não
concluída a investigação.
III. Apenas o fato de a denúncia ser anônima não justifica o indeferimento liminar da
notícia de fato se esta contiver elementos indiciários mínimos à deflagração da
investigação.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 71
IV. O procedimento preparatório busca complementar as informações fornecidas por
meio de denúncia e deverá ser concluído no prazo de 90 (noventa) dias, prorrogável
por igual prazo, uma única vez, em caso de motivo justificável.

São CORRETAS:

(A) Todas as assertivas.


(B) I, II e III.
(C) II, III e IV.
(D) I, III e IV.
(E) Não respondida.

GABARITO: D

Questão formulada com arrimo na Resolução 69/07 do CSMPT.

I. CORRETA.

Art. 7º Aplica-se ao inquérito civil o princípio da publicidade dos atos, com exceção das
hipóteses de sigilo legal ou em que a publicidade possa acarretar prejuízo às
investigações, casos em que a decretação do sigilo legal deverá ser motivada.

II. INCORRETA.

Art. 8º Em cumprimento ao princípio da publicidade das investigações, o membro do


Ministério Público do Trabalho poderá prestar informações, inclusive aos meios de
comunicação social, a respeito das providências adotadas para apuração de fatos em
tese ilícitos, abstendo-se, contudo, de externar ou antecipar juízos de valor a respeito de
apurações ainda não concluídas.

III. CORRETA.

Art. 2º § 6º O conhecimento por manifestação anônima não implicará ausência de


providências, desde que obedecidos os mesmos requisitos para as representações em
geral, constantes no artigo 2º, inciso II, desta Resolução.

ENUNCIADO Nº 07/CCR - NOVA REDAÇÃO – (251ª SESSÃO ORDINÁRIA DA


CCR/MPT realizada no dia 29/8/2017 – DOU Seção 1 - 18/9/17 - págs. 81/82)

DENÚNCIA ANÔNIMA. ATUAÇÃO MINISTERIAL. INCIDÊNCIA DO ART. 2°, § 6°, DA


RESOLUÇÃO N° 69/2007 DO CSMPT. 1. Apenas o fato de a denúncia ser anônima não

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 72
justifica o indeferimento liminar da notícia de fato se esta contiver elementos indiciários
mínimos à deflagração da investigação. 2. O anonimato da denúncia, outrossim, não obsta
a sua apuração, uma vez que o Ministério Público do Trabalho, na forma da Lei
Complementar n° 75/93, dispõe de instrumentos legais de investigação necessários à
perscrutação dos fatos e da sua autoria.

IV. CORRETA.

Art. 2º § 7º O Ministério Público do Trabalho, de posse de informações previstas nos


artigos 6º e 7º da Lei n° 7.347/85 que possam autorizar a tutela dos interesses ou direitos
mencionados no artigo 1º desta Resolução, poderá complementá-las antes de instaurar o
inquérito civil, visando apurar elementos para identificação dos investigados ou do objeto,
instaurando procedimento preparatório.

§ 9º O procedimento preparatório deverá ser concluído no prazo de 90 (noventa) dias,


prorrogável por igual prazo, uma única vez, em caso de motivo justificável.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 73
PROCESSO CIVIL

QUESTÃO 37

Examine as assertivas abaixo, quanto aos meios de impugnação das decisões judiciais, assinalando
a única CORRETA:

(A) É admissível a assunção de competência quando o julgamento de recurso, de remessa


necessária ou de processo de competência originária envolver relevante questão de
direito, com grande repercussão social, com repetição em múltiplos processos.
(B) Do julgamento do mérito do incidente de resolução de demandas repetitivas caberá
recurso extraordinário ou especial, conforme o caso, o qual terá efeito suspensivo,
presumindo-se a repercussão geral de questão constitucional eventualmente discutida.
Ademais, não observada a tese adotada no incidente, caberá reclamação.
(C) Arguida, em controle difuso, a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder
público, o relator, após ouvir o Ministério Público, e, facultativamente, as partes,
submeterá a questão à turma ou à câmara à qual competir o conhecimento do processo.
(D) O conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo Ministério
Público ou pelo juiz, sendo que o Ministério Público, se não arguir o incidente, deverá,
necessariamente, atuar como fiscal do ordenamento jurídico.
(E) Não respondida.

GABARITO: B

Questão formulada com arrimo nas disposições do CPC.

(A) INCORRETA.

Art. 947, CPC. É admissível a assunção de competência quando o julgamento de recurso,


de remessa necessária ou de processo de competência originária envolver relevante
questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos
processos.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 74
(B) CORRETA.

Art. 987, CPC. Do julgamento do mérito do incidente caberá recurso extraordinário ou


especial, conforme o caso.

§ 1º O recurso tem efeito suspensivo, presumindo-se a repercussão geral de questão


constitucional eventualmente discutida.

Art. 985. Julgado o incidente, a tese jurídica será aplicada:

I - a todos os processos individuais ou coletivos que versem sobre idêntica questão de


direito e que tramitem na área de jurisdição do respectivo tribunal, inclusive àqueles que
tramitem nos juizados especiais do respectivo Estado ou região;

II - aos casos futuros que versem idêntica questão de direito e que venham a tramitar no
território de competência do tribunal, salvo revisão na forma do art. 986 .

§ 1º Não observada a tese adotada no incidente, caberá reclamação.

(C) INCORRETA.

Art. 948, CPC. Arguida, em controle difuso, a inconstitucionalidade de lei ou de ato


normativo do poder público, o relator, após ouvir o Ministério Público e as partes,
submeterá a questão à turma ou à câmara à qual competir o conhecimento do processo.

(D) INCORRETA.

Art. 951, CPC. O conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo
Ministério Público ou pelo juiz.

Parágrafo único. O Ministério Público somente será ouvido nos conflitos de


competência relativos aos processos previstos no art. 178 , mas terá qualidade de
parte nos conflitos que suscitar.

QUESTÃO 38

Analise as assertivas abaixo, levando em conta as disposições do Marco Civil da Internet (Lei
12.965/14), assinalando a única INCORRETA:

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 75
(A) O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma
isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino,
serviço, terminal ou aplicação.
(B) A guarda e a disponibilização dos registros de conexão e de acesso a aplicações de
internet de que trata esta Lei, bem como de dados pessoais e do conteúdo de
comunicações privadas, devem atender à preservação da intimidade, da vida privada, da
honra e da imagem das partes direta ou indiretamente envolvidas.
(C) Em qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda e tratamento de registros, de
dados pessoais ou de comunicações por provedores de conexão e de aplicações de
internet deverá ser obrigatoriamente respeitada a legislação brasileira, desde que a pessoa
jurídica responsável seja sediada no Brasil ou, caso a pessoa jurídica seja sediada no
exterior, que tenha, pelo menos, poderes de representação no Brasil.
(D) O provedor de conexão à internet não será responsabilizado civilmente por danos
decorrentes de conteúdo gerado por terceiros.
(E) Não respondida.

GABARITO: C

Questão formulada de acordo com as disposições do Marco Civil da Internet (Lei


12.965/14).

(A) CORRETA.

Art. 9o O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar


de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e
destino, serviço, terminal ou aplicação.

(B) CORRETA.

Art. 10. A guarda e a disponibilização dos registros de conexão e de acesso a aplicações


de internet de que trata esta Lei, bem como de dados pessoais e do conteúdo de
comunicações privadas, devem atender à preservação da intimidade, da vida privada, da
honra e da imagem das partes direta ou indiretamente envolvidas.

(C) INCORRETA.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 76
Art. 11. Em qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda e tratamento de
registros, de dados pessoais ou de comunicações por provedores de conexão e de
aplicações de internet em que pelo menos um desses atos ocorra em território
nacional, deverão ser obrigatoriamente respeitados a legislação brasileira e os direitos
à privacidade, à proteção dos dados pessoais e ao sigilo das comunicações privadas e
dos registros.

§ 2o O disposto no caput aplica-se mesmo que as atividades sejam realizadas por pessoa
jurídica sediada no exterior, desde que oferte serviço ao público brasileiro ou pelo
menos uma integrante do mesmo grupo econômico possua estabelecimento no
Brasil.

(D) CORRETA.

Art. 18. O provedor de conexão à internet não será responsabilizado civilmente por
danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros.

Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o


provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por
danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica,
não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro
do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente,
ressalvadas as disposições legais em contrário.

*A constitucionalidade do artigo 19 está sendo discutida no tema 987 da RG.

QUESTÃO 39

Não será feita citação por meio eletrônico ou pelo correio, EXCETO:

(A) Quando o citando for pessoa de direito público.


(B) Quando o citando for incapaz.
(C) Nas ações de execução.
(D) Quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.
(E) Não respondida.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 77
GABARITO: C

A única INCORRETA é a letra (C):

Art. 247. A citação será feita por meio eletrônico ou pelo correio para qualquer comarca
do País, exceto: (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)

I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3º ;

II - quando o citando for incapaz;

III - quando o citando for pessoa de direito público;

IV - quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de


correspondência;

V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.

QUESTÃO 40

Analise as proposições a seguir, sobre conexão e continência, assinalando a alternativa


INCORRETA:

(A) Consideram-se conexas, por exemplo, as execuções fundadas no mesmo título executivo.
(B) Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles
já houver sido sentenciado.
(C) Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no
processo relativo à ação contida será proferida sentença com resolução de mérito. Caso
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
(D) O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.
(E) Não respondida.

GABARITO: C

Questão formulada de acordo com as disposições do CPC.

(A) CORRETA.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 78
Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou
a causa de pedir.

§ 2º Aplica-se o disposto no caput :

I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato


jurídico;

II - às execuções fundadas no mesmo título executivo.

(B) CORRETA.

Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou
a causa de pedir.

§ 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um


deles já houver sido sentenciado.

(C) INCORRETA.

Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente,
no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito,
caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.

(D) CORRETA.

Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo.

QUESTÃO 41

Acerca da assistência, examine as assertivas abaixo, em conformidade com as disposições do CPC:

I. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em


que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la. A
assistência, contudo, apenas será admitida até a sentença.
II. Se qualquer parte alegar que falta ao requerente interesse jurídico para intervir, o juiz
suspenderá o processo e decidirá o incidente.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 79
III. A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a procedência do
pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a ação ou transija sobre
direitos controvertidos.
IV. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a sentença influir na
relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.

São CORRETAS:

(A) III e IV.


(B) II e III.
(C) II, III e IV.
(D) I e IV.
(E) Não respondida.

GABARITO: A

Questão formulada de acordo com as disposições do CPC.

(A) INCORRETA.

Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais pessoas, o terceiro juridicamente
interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo
para assisti-la.

Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os


graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre.

(B) INCORRETA.

Art. 120. Não havendo impugnação no prazo de 15 (quinze) dias, o pedido do assistente
será deferido, salvo se for caso de rejeição liminar.

Parágrafo único. Se qualquer parte alegar que falta ao requerente interesse jurídico para
intervir, o juiz decidirá o incidente, sem suspensão do processo.

(C) CORRETA.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 80
Art. 122. A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a procedência
do pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a ação ou transija
sobre direitos controvertidos.

(D) CORRETA.

Art. 124. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente sempre que a sentença
influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 81
DIREITO AMBIENTAL

QUESTÃO 42

À luz da Convenção 161 da OIT, é CORRETO afirmar:

(A) Os serviços de saúde no trabalho devem ser organizados necessariamente por empresa,
não sendo possível que um mesmo serviço atenda a mais de uma empresa ou um grupo
de empresas.
(B) No desempenho de suas funções, o pessoal prestador de serviços de saúde no trabalho
deverá gozar de completa independência profissional com relação ao empregador, aos
trabalhadores e, ainda, aos seus representantes, quando estes existirem.
(C) O acompanhamento da saúde dos trabalhadores em relação com o trabalho não deverá
acarretar para estes e qualquer ônus; deverá ser gratuito e sempre ser prestado durante o
expediente de trabalho.
(D) Os serviços de saúde no trabalho devem ser informados, pelo empregador e pelos
trabalhadores, de todo fator conhecido do ambiente de trabalho que possa ter efeitos
sobre a saúde dos trabalhadores, dispensando-se a comunicação em caso de mera
suspeita.
(E) Não respondida.

GABARITO: B

Questão formulada com base na Convenção 161, da OIT.

(A) INCORRETA.

Artigo 7

1 - Os serviços de saúde no trabalho podem ser organizados, conforme o caso, seja


como serviços para uma só empresa seja como serviços que atendem a diversas
empresas.

2 - De acordo com as condições e a prática nacionais, os serviços de saúde no trabalho


poderão ser organizados:

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 82
a) pelas empresas ou grupos de empresas interessadas;

b) pelos poderes públicos ou serviços oficiais;

c) pelas instituições de seguridade social;

d) por todo outro organismo habilitado por autoridade competente;

e) por qualquer combinação das possibilidades precedentes.

(B) CORRETA.

Artigo 10

O pessoal prestador de serviços de saúde no trabalho deverá gozar de independência


profissional completa com relação ao empregador, aos trabalhadores e aos seus
representantes, quando estes existirem, no que tange às funções estabelecidas no
Artigo 5.

(C) INCORRETA.

Artigo 12

O acompanhamento da saúde dos trabalhadores em relação com o trabalho não


deverá acarretar para estes e qualquer ônus; deverá ser gratuito e ter lugar, na
medida do possível, durante o expediente de trabalho.

(D) INCORRETA.

Artigo 14

Os serviços de saúde no trabalho devem ser informados, pelo empregador e pelos


trabalhadores, de todo fator conhecido e de todo fator suspeito do ambiente de
trabalho, que possa ter efeitos sobre a saúde dos trabalhadores.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 83
DIREITO ADMINISTRATIVO

QUESTÃO 43

Acerca do processo administrativo disciplinar, entende o STJ, EXCETO:

(A) É permitida a instauração de processo administrativo disciplinar com base em denúncia


anônima, desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou
sindicância.
(B) A alteração da capitulação legal imputada ao acusado não enseja nulidade, uma vez que
o indiciado se defende dos fatos nele descritos e não dos enquadramentos legais.
(C) A autoridade pública, ao prestar declarações à mídia, acerca de irregularidades cometidas
por servidores públicos a ela subordinados, inquina o processo administrativo disciplinar
com vício de nulidade.
(D) Para tipificar conduta de servidor como prática de infração administrativa de abandono
de cargo é necessário comprovar o animus abandonandi.
(E) Não respondida.

GABARITO: C

Questão formulada com arrimo na jurisprudência do STJ (material: jurisprudência em teses


– PAD, disponível no website do STJ).

(A) CORRETA.

Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, é


permitida a instauração de processo administrativo disciplinar com base em denúncia
anônima, em face do poder-dever de autotutela imposto à Administração (Súmula n.
611/STJ).

(B) CORRETA.

No PAD, a alteração da capitulação legal imputada ao acusado não enseja nulidade, uma
vez que o indiciado se defende dos fatos nele descritos e não dos enquadramentos legais.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 84
(C) INCORRETA.

Declarações prestadas à mídia por autoridade pública, acerca de irregularidades


cometidas por servidores públicos a ela subordinados, não ensejam, por si só, a nulidade
do PAD.

(D) CORRETA.

A demonstração do ânimo específico de abandonar o cargo público que ocupa (animus


abandonandi) é necessária para tipificar conduta de servidor como prática de infração
administrativa de abandono de cargo.

QUESTÃO 44

A Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021, estabelece as normas gerais de licitação e contratação


para as Administrações Públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios. Acerca das novas disposições legais, é CORRETO afirmar:

(A) Segundo a nova legislação, são procedimentos auxiliares das licitações e das contratações:
credenciamento, pré-qualificação, procedimento de manifestação de interesse, diálogo
competitivo, sistema de registro de preços e registro cadastral.
(B) As disposições da nova legislação abrangem empresas públicas, as sociedades de
economia mista e as suas subsidiárias, inclusive as regidas pela Lei 13.303/16.
(C) Na aplicação da Lei, serão observados, dentre outros, os princípios da probidade
administrativa, da igualdade, da transparência, da eficácia, da segregação de funções, da
segurança jurídica, da razoabilidade, da competitividade, da proporcionalidade, da
economicidade e do desenvolvimento nacional sustentável.
(D) É inexigível a licitação nos casos de guerra, estado de defesa, estado de sítio, intervenção
federal ou de grave perturbação da ordem.
(E) Não respondida.

GABARITO: C

(A) INCORRETA.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 85
Art. 78, Lei 14.133/21. São procedimentos auxiliares das licitações e das contratações
regidas por esta Lei:

I - credenciamento;

II - pré-qualificação;

III - procedimento de manifestação de interesse;

IV - sistema de registro de preços;

V - registro cadastral.

O diálogo competitivo é modalidade de licitação:

Art. 28. São modalidades de licitação:

I - pregão;

II - concorrência;

III - concurso;

IV - leilão;

V - diálogo competitivo.

(B) INCORRETA.

Art. 1º § 1º, Lei 14.133/21. Não são abrangidas por esta Lei as empresas públicas, as
sociedades de economia mista e as suas subsidiárias, regidas pela Lei nº 13.303, de 30
de junho de 2016, ressalvado o disposto no art. 178 desta Lei.

(C) CORRETA.

Art. 5º, Lei 14.133/21. Na aplicação desta Lei, serão observados os princípios da legalidade,
da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da eficiência, do interesse público, da
probidade administrativa, da igualdade, do planejamento, da transparência, da eficácia, da
segregação de funções, da motivação, da vinculação ao edital, do julgamento objetivo, da
segurança jurídica, da razoabilidade, da competitividade, da proporcionalidade, da
celeridade, da economicidade e do desenvolvimento nacional sustentável, assim como as
disposições do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei de Introdução às
Normas do Direito Brasileiro).

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 86
(D) INCORRETA.

Art. 75, Lei 14.133/21. É dispensável a licitação: (...) VII - nos casos de guerra, estado de
defesa, estado de sítio, intervenção federal ou de grave perturbação da ordem;

QUESTÃO 45

Com arrimo no entendimento sumulado do STF, é INCORRETO afirmar:

(A) Diretor de sociedade de economia mista pode ser destituído no curso do mandato.
(B) É inadmissível segunda punição de servidor público, baseada no mesmo processo em que
se fundou a primeira.
(C) A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo impede o uso do mandado
de segurança contra omissão da autoridade.
(D) A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.
(E) Não respondida.

GABARITO: C

Questão formulada com arrimo na jurisprudência do STF.

(A) CORRETA.

8 STF: Diretor de sociedade de economia mista pode ser destituído no curso do


mandato.

(B) CORRETA.

19 STF: É inadmissível segunda punição de servidor público, baseada no mesmo processo


em que se fundou a primeira.

(C) INCORRETA.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 87
429 STF: A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso
do mandado de segurança contra omissão da autoridade.

(D) CORRETA.

473 STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 88
DIREITO PREVIDENCIÁRIO

QUESTÃO 46

Acerca dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, examine as assertivas abaixo,


assinalando a única CORRETA:

(A) Equipara-se ao acidente do trabalho, o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha
sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução
ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica
para a sua recuperação.
(B) O NTEP é uma presunção legal (inciso IV do art. 212 do CC), do tipo absoluta, autorizando
a inversão do ônus da prova em prol da vítima.
(C) O ato de agressão, sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, somente será
equiparado a acidente de trabalho se praticado por companheiro de trabalho.
(D) A lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às
consequências do anterior será considerada agravação ou complicação de acidente do
trabalho.
(E) Não respondida.

GABARITO: A

As assertivas foram formuladas com base na lei 8213/91 e no artigo NEXO TÉCNICO
EPIDEMIOLÓGICO E SEUS EFEITOS SOBRE A AÇÃO TRABALHISTA INDENIZATÓRIA” José
Affonso Dallegrave Neto.

https://www.trt3.jus.br/escola/download/revista/rev_76/Jose_Neto.pdf

(A) CORRETA.

Art. 21, I, Lei 8213/91: Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta
Lei: I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 89
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua
recuperação;

(B) INCORRETA.

“O NTEP é uma presunção legal (inciso IV do art. 212 do CC), do tipo relativa (juris tantum),
uma vez que admite prova em sentido contrário. Na prática significa que há inversão do
ônus da prova em prol da vítima; medida jurídica acertada seja porque o trabalhador é
hipossuficiente, seja porque é o empregador quem detém aptidão para produzir a prova
de inexistência do nexo causal”.

(C) INCORRETA.

Art. 21, Lei 8213/91. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:

(...)

II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência


de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro


de trabalho;

(D) INCORRETA.

Art. 21, § 2º, Lei 8213/91. Não é considerada agravação ou complicação de acidente do
trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha
às conseqüências do anterior.

QUESTÃO 47

Com arrimo na jurisprudência pátria é CORRETO afirmar:

(A) É ilegítima a incidência de contribuição social, a cargo do empregador, sobre os valores


pagos ao empregado a título de terço constitucional de férias gozadas.
(B) É constitucional a incidência de contribuição previdenciária a cargo do empregador sobre
o salário maternidade.
(C) Não é possível a extensão do auxílio de grande invalidez ou auxílio-acompanhante a todas
as espécies de aposentadoria.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 90
(D) É inconstitucional a exclusão da gratificação natalina (13º salário) da base de cálculo de
benefício previdenciário.
(E) Não respondida.

GABARITO: C

Questão formulada com arrimo na jurisprudência do STF.

(A) INCORRETA.

É legítima a incidência de contribuição social, a cargo do empregador, sobre os valores


pagos ao empregado a título de terço constitucional de férias gozadas. STF. Plenário. RE
1072485, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 31/08/2020 (Repercussão Geral – Tema
985).

(B) INCORRETA.

É inconstitucional a incidência de contribuição previdenciária a cargo do empregador


sobre o salário maternidade. STF. Plenário. RE 576967, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado
em 05/08/2020 (Repercussão Geral – Tema 72)

(C) CORRETA.

Não é possível a extensão do auxílio contido no art. 45 da lei 8.213/1991, também


chamado de auxílio de grande invalidez ou auxílio-acompanhante, para todos os
segurados aposentados que necessitem de ajuda permanente para o desempenho de
atividades básicas da vida diária. Tese fixada pelo STF: No âmbito do Regime Geral de
Previdência Social (RGPS), somente lei pode criar ou ampliar benefícios e vantagens
previdenciárias, não havendo, por ora, previsão de extensão do auxílio da grande
invalidez a todas as espécies de aposentadoria. STF. Plenário. Plenário. RE 1221446/RJ,
Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 18/6/2021 (Repercussão Geral – Tema 1095) (Info 1022).

(D) INCORRETA.

É constitucional a exclusão da gratificação natalina (13º salário) da base de cálculo de


benefício previdenciário, notadamente diante da inexistência de ofensa à garantia
constitucional da irredutibilidade do valor dos benefícios da seguridade social. É

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 91
constitucional, em especial diante da ausência de violação ao direito adquirido, a
eliminação do abono de permanência em serviço do rol dos benefícios previdenciários
sujeitos à carência de 180 contribuições mensais, já que mantido esse período de
carência para as demais prestações pecuniárias previstas (aposentadoria por idade,
aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial). STF. Plenário. ADI
1049/DF, Rel. Min. Nunes Marques, julgado em 6/3/2023 (Info 1085)

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 92
DIREITO PENAL

QUESTÃO 48

À luz das disposições do Código Penal sobre os crimes contra a organização do trabalho e contra
a liberdade pessoal, marque a alternativa INCORRETA:

(A) O crime de atentado contra a liberdade de trabalho dispensa a violência ou grave ameaça.

(B) O delito de invasão de estabelecimento industrial, comercial ou agrícola exige especial fim
de agir, qual seja, impedir ou embaraçar o curso normal do trabalho.

(C) O crime de frustração de direito assegurado por lei trabalhista exige que a conduta
envolva ou violência ou fraude.

(D) No delito de redução a condição análoga à de escravo a pena é aumentada somente nos
casos em que seja praticado contra criança ou adolescente ou por motivo de preconceito
de raça, cor, etnia, religião ou origem.

(E) Não respondida.

GABARITO: A

As assertivas foram formuladas com base no Código Penal.

(A) INCORRETA.

Atentado contra a liberdade de trabalho

Art. 197 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça:

I - a exercer ou não exercer arte, ofício, profissão ou indústria, ou a trabalhar ou não


trabalhar durante certo período ou em determinados dias:

Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência;

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 93
II - a abrir ou fechar o seu estabelecimento de trabalho, ou a participar de parede ou
paralisação de atividade econômica:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à


violência.

(B) CORRETA.

O delito de invasão de estabelecimento industrial, comercial ou agrícola, de fato, exige


especial fim de agir, não se contentando com o “dolo genérico”:

Art. 202, CP - Invadir ou ocupar estabelecimento industrial, comercial ou agrícola, com


o intuito de impedir ou embaraçar o curso normal do trabalho, ou com o mesmo fim
danificar o estabelecimento ou as coisas nele existentes ou delas dispor:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

(C) CORRETA.

Frustração de direito assegurado por lei trabalhista

Art. 203 - Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação
do trabalho:

Pena - detenção de um ano a dois anos, e multa, além da pena correspondente à


violência.

(D) CORRETA.

Redução a condição análoga à de escravo

Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a


trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes
de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida
contraída com o empregador ou preposto:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à


violência.

§ 2o A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido:

I – contra criança ou adolescente;

II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 94
QUESTÃO 49

Sobre os crimes previstos no Estatuto da Pessoa Idosa – Lei 10.741/03, é CORRETO afirmar:

(A) Aos crimes previstos na Lei cuja pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse 4
(quatro) anos, aplicam-se as medidas despenalizadoras constantes da Lei no 9.099, de 26
de setembro de 1995.
(B) Os crimes definidos na Lei são de ação penal pública condicionada à representação.
(C) É crime, punível com reclusão, discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu
acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por
qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de
idade.
(D) É crime, punível com reclusão, deixar de prestar assistência à pessoa idosa, quando
possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente perigo, ou recusar, retardar
ou dificultar sua assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro
de autoridade pública.
(E) Não respondida.

GABARITO: C

Questão formulada com arrimo no Estatuto da Pessoa Idosa.

(A) INCORRETA.

Art. 94, Lei 10.741/03. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de
liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto na Lei no
9.099, de 26 de setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições
do Código Penal e do Código de Processo Penal. (Vide ADI 3.096-5 - STF)

Na ADI 3096-5, o STF entendeu que: o dispositivo deve ser interpretado no sentido
de que aos crimes previstos no Estatuto da pessoa idosa, cuja pena máxima privativa
de liberdade não ultrapasse 4 anos, aplica-se a Lei nº 9.099/1995 tão somente para
aproveitar a celeridade processual, o que beneficia o idoso. Não se pode, entretanto,
aplicar ao acusado as medidas despenalizadoras constante daquela legislação,
sob pena de conferir um privilégio ao autor do crime contra idosos.

(B) INCORRETA.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 95
Art. 95, Lei 10.741/03. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pública
incondicionada, não se lhes aplicando os arts. 181 e 182 do Código Penal.

(C) CORRETA.

Art. 96, Lei 10.741/03 Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso
a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer
outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade:

Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

(D) INCORRETA.

Art. 97, Lei 10.741/03. Deixar de prestar assistência à pessoa idosa, quando possível
fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou
dificultar sua assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro
de autoridade pública:

Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 96
DIREITO INTERNACIONAL

QUESTÃO 50

Sobre a ONU é INCORRETO afirmar:

(A) Os principais órgãos da ONU são: a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, o


Conselho Econômico e Social, o conselho de Tutela, a Corte Internacional de Justiça e o
Secretariado.
(B) Em regra, a Assembleia adota suas decisões pelo voto da maioria dos membros presentes
e que votem. Excepcionalmente, quanto a questões consideradas importantes e listadas
na Carta, as decisões serão tomadas por maioria de dois terços dos Membros presentes e
votantes.
(C) O Conselho de Segurança será composto de vinte Membros das Nações Unidas, sendo
cinco membros permanentes e quinze não permanentes, eleitos para um período de cinco
anos.
(D) O Conselho Econômico e Social será composto de cinquenta e quatro Membros das
Nações Unidas eleitos pela Assembleia Geral e Social e, como principal atribuição, fará ou
iniciará estudos e relatórios a respeito de assuntos internacionais de caráter econômico,
social, cultural, educacional, sanitário e conexos e poderá fazer recomendações a respeito
de tais assuntos à Assembleia Geral, aos Membros das Nações Unidas e às entidades
especializadas interessadas.
(E) Não respondida.

GABARITO: C

Questão formulada com arrimo na Carta das Nações Unidas.

(A) CORRETA.

ÓRGÃOS

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 97
Artigo 7. 1. Ficam estabelecidos como órgãos principais das Nações Unidas: uma
Assembléia Geral, um Conselho de Segurança, um Conselho Econômico e Social, um
conselho de Tutela, uma Corte Internacional de Justiça e um Secretariado.

(B) CORRETA.

Artigo 18. 1. Cada Membro da Assembléia Geral terá um voto.

2. As decisões da Assembléia Geral, em questões importantes, serão tomadas por maioria


de dois terços dos Membros presentes e votantes. Essas questões compreenderão:
recomendações relativas à manutenção da paz e da segurança internacionais; à eleição
dos Membros não permanentes do Conselho de Segurança; à eleição dos Membros do
Conselho Econômico e Social; à eleição dos Membros dos Conselho de Tutela, de acordo
como parágrafo 1 (c) do Artigo 86; à admissão de novos Membros das Nações Unidas; à
suspensão dos direitos e privilégios de Membros; à expulsão dos Membros; questões
referentes o funcionamento do sistema de tutela e questões orçamentárias.

3. As decisões sobre outras questões, inclusive a determinação de categoria adicionais


de assuntos a serem debatidos por uma maioria dos membros presentes e que votem.

(C) INCORRETA.

CONSELHO DE SEGURANÇA

Composição

Artigo 23. 1. O Conselho de Segurança será composto de quinze Membros das Nações
Unidas. A República da China, a França, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, o
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do norte e os Estados unidos da América serão
membros permanentes do Conselho de Segurança. A Assembléia Geral elegerá dez
outros Membros das Nações Unidas para Membros não permanentes do Conselho de
Segurança, tendo especialmente em vista, em primeiro lugar, a contribuição dos
Membros das Nações Unidas para a manutenção da paz e da segurança internacionais
e para osoutros propósitos da Organização e também a distribuição geográfica
equitativa.

2. Os membros não permanentes do Conselho de Segurança serão eleitos por um


período de dois anos. Na primeira eleição dos Membros não permanentes do Conselho
de Segurança, que se celebre depois de haver-se aumentado de onze para quinze o
número de membros do Conselho de Segurança, dois dos quatro membros novos serão
eleitos por um período de um ano. Nenhum membro que termine seu mandato poderá
ser reeleito para o período imediato.

3. Cada Membro do Conselho de Segurança terá um representante.

Atenção: É vedado o compartilhamento deste material sem autorização do autor, sob pena de se
configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 98
(D) CORRETA.

Artigo 61. 1. O Conselho Econômico e Social será composto de cinquenta e quatro


Membros das Nações Unidas eleitos pela Assembléia Geral.

(...)

Funções e atribuições

Artigo 62. 1 . O Conselho Econômico e Social fará ou iniciará estudos e relatórios a


respeito de assuntos internacionais de caráter econômico, social, cultural, educacional,
sanitário e conexos e poderá fazer recomendações a respeito de tais assuntos à
Assembléia Geral, aos Membros das Nações Unidas e às entidades especializadas
interessadas.

2. Poderá, igualmente, fazer recomendações destinadas a promover o respeito e a


observância dos direitos humanos e das liberdades fundamentais para todos.

3. Poderá preparar projetos de convenções a serem submetidos à Assembléia Geral,


sobre assuntos de sua competência.

4. Poderá convocar, de acordo com as regras estipuladas pelas Nações Unidas,


conferências internacionais sobre assuntos de sua competência.

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configurar o crime previsto no art. 184 do Código Penal 99

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