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MEMORIAL ACADÊMICO
MEMORIAL ACADÊMICO
“Era verão e o sol brilhava.” Essa é a primeira frase do livro infantil1 predileto
do meu filho mais novo. Leio este livro para ele, atualmente cerca de cinco vezes por
dia. Mas só neste momento de escrita, percebo que “Era verão e o sol brilhava!”
poderia ser a primeira frase do texto sobre minha trajetória acadêmica-profissional-
maternal.
Em um dia lindo de sol em Maceió, minha terra carnaval, onde minhas raízes
de planta aquática nunca se pregaram definitivamente, mas meu coração de água
sabe onde foi gerado, uma menina de oito anos brigou na escola e foi parar na sala
da coordenadora. Depois de explicar à mulher, que bateu no menino porque ele a
havia apelidado e mangado2 do seu rosto muito redondo, foi liberada mais cedo para
ir embora.
Tirando o fato de a garota ter uma pele muito mais amarronzada, a capa era
espelho e ela não resistiu. Tal qual Oxum faria, pegou o espelho e foi ver se por dentro
elas eram também tão parecidas. Não era o primeiro livro literário que lia, não era a
primeira leitura que fazia na escola, pois já lia há anos, mas era a primeira vez sozinha,
escondida, subversiva, proibida e mágica a leitura de um livro feito para crianças, com
.
2
MANGAR - Verbo transitivo indireto e intransitivo
5
2. Minha formação: em defesa da escola pública!
Comecei a frequentar a escola só depois dos três anos de idade. Era uma creche
no meu bairro. Minha mãe precisava pagar para que minha irmã, então com cinco
anos, eu com três anos, e meu irmão com dois anos, ficássemos lá durante o período
que ela trabalhava como costureira em uma empresa que confeccionava camisas
masculinas.
O espaço da escola era constituído de uma casa com portões verdes, com duas
salas, dois quartos, uma cozinha, um quintal e um banheiro. Na minha memória eram
cômodos amplos, mas em nada parecidos com um espaço pedagógico, com móveis
adequados à estatura das crianças, pensados para sua segurança, sendo um
elemento formativo no desenvolvimento. Definitivamente era uma educação infantil
domiciliar, mas nos divertíamos bastante.
Certa tarde uma tia minha passou em frente ao local e eu estava, como em
todas as tardes, segurando a grade do portão da creche e olhando a rua para ver se
minha mãe chegava mais rápido. Ela se compadeceu e perguntou à minha mãe se eu
não poderia passar os dias úteis da semana na casa dela ao invés de ir para a creche.
Minha mãe fez um acordo comigo e me buscava aos fins de semana.
Eu tinha entre três e quatro anos e tenho muitas cenas desse processo na
memória. Um percurso curto e muito marcante, mostra a necessidade da reflexão
sobre nossa classe social, sobre o papel da mulher na família e na sociedade e, claro,
de se olhar para a história recente da Educação Infantil do nosso país.
Observando como as creches eram/são lugares de deixar as crianças para as
mulheres poderem trabalhar fora de casa, percebo como o acolhimento dos bebês e
crianças precisam ser momento de sensibilidade, apoio e, ainda, como muitas creches
eram e tendem a ser ainda hoje, apenas um espaço físico minimamente adaptado
para se tornar local de cuidados das crianças de mães trabalhadoras.
Fiquei, deste modo, vivendo com minha tia por um tempo e frequentando uma
escolinha de bairro em meio período, na qual fui alfabetizada aos cinco anos de idade.
Lembro que decorava o alfabeto na pequena cartilha e tentava dizê-lo o mais rápido
possível, como se isso fosse um superpoder. Depois que cresci, achava muita graça
nisso.
O ano seguinte, 19886, foi muito importante para a educação brasileira: foi
promulgada a constituição que diz que a educação é um direito de todos. Minha mãe
passou a noite sentada em uma fila de famílias, em frente à Escola Marco Maciel, em
6Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
nosso bairro, para conseguir matricular as três crianças, pois não havia vaga para
todos.
Eu fui para a turma de alfabetização, mas como já estava alfabetizada, fui para
primeira série. Senti bastante, pois na sala cheia de crianças, não recebia a mesma
atenção da professora do ano anterior. No quadro verde-escuro só havia letras
cursivas, e uma professora que me beliscou quando eu disse que não sabia a
diferença entre vogal e consoante.
Ainda não consigo contar tal fato sem rir, pois, tive a sorte de gritar e ser ouvida
por uma pessoa da gestão que passava no mesmo momento. Fui retirada da sala e
fiz cena de choro. Afinal, de algum direito meu, já havia me apropriado: uma
professora não poderia tocar meu corpo daquela forma e aquela escola me confirmou
que eu estava certa. Isto foi muito importante.
Na Escola Marco Maciel eu estudei até a quarta série. Era um local amplo com
um pátio central e várias salas ao redor, bem no estilo do panóptico descrito por
Foucault (2009). Quando cheguei, o espaço e os móveis eram bem conservados, na
hora do recreio tinha um lanche gostoso e minha tia – aquela com a qual morei – era
uma das merendeiras. Eu adorava a sopa de almôndegas, brincar de pega-pega e o
cheiro das laranjas que eram vendidas num canto do pátio, sendo descascadas em
uma máquina engenhosa.
Passando pelas séries, fui me tornado admiradora das professoras que tive.
Sempre lembro como a professora Solange era carinhosa e gentil conosco e como
tentava me dizer para organizar melhor as escritas no caderno. Eu era péssima para
realizar cópias no caderno. Depois foi descoberto que eu era só míope mesmo.
Um dia ela entregou uma cestinha feita de cartolina com quatro bombons dentro
para cada criança da turma. Eu nunca havia recebido nada assim na escola e
estranhei muito, me questionando o porquê daquela atitude.
Na terceira série, era a professora Fátima. Todos tinham medo dela. Falavam
que era muito brava. Eu não achei. Ela vestia blusas de tecido leve e bermudas de
linho. Passava maquiagem e cuidava muito do cabelo ondulado, curto, sempre pintado
e bem penteado. Sempre me pedia para ler os textos do dia. Em cada capítulo do
livro, havia uma letra de música para iniciar. Lembro muito do dia que ela perguntou
quem na sala sabia cantar “Asa Branca” do Luís Gonzaga, que estava no livro. Eu
sabia e cantei. Ela sorriu gostando muito. Ficamos amigas.
7 SAVIANI, D. História das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas, São Paulo, Autores Associados,
2007.
Lembro-me bem que, quando estava na quarta série, como era a denominação
da época, fiquei cerca de seis meses sem aula e quando voltei, conheci o termo
“professora contratada”, mesmo sem saber direito o que significava. Era a professora
Lourdes. Utilizava-se das mesmas metodologias e métodos já citados, mas naquele
ano a escola estava com menos recursos de materiais que antes com livros didáticos
muito danificados pelo uso dos estudantes de anos anteriores, goteiras nos tetos das
salas de aula e mobiliário estragado.
No ano seguinte, fui para outra escola para cursar as séries finais do Ensino
Fundamental, dentro do CEPA – Centro Educacional de Pesquisa Aplicada –
conhecido por ser um dos maiores polos educacionais da América Latina, abrigando
11 escolas, 1 Instituto de Educação (magistério), o Observatório de Astronomia,
ginásios, teatro e o Instituto Zumbi dos Palmares de Comunicação (rádio e TV), mas
que dentro do cenário descrito, também se encontrava com seu funcionamento
prejudicado por falta de manutenção, recursos humanos e materiais.
Me recordo que nos três semestres que estudei lá, docentes e estudantes,
inclusive eu, descíamos a Av. Fernandes Lima em direção ao Palácio do Governo, em
protestos contra a precarização instalada e reivindicando o pagamento dos salários
dos funcionários. Essa formação política, na prática, foi único ponto positivo que
consigo ressaltar de toda a situação.
Ainda em 1996, a crise no estado de Alagoas, fez minha família mudar para a
cidade de São Paulo, onde morei até 2001, onde cursei da sexta série do Ensino
Fundamental ao primeiro ano do Ensino Médio, na Escola Estadual Dona Zulmira
Cavalheiro Faustino.
Penso que eu via que a escola pública foi meu lugar de aprendizagem básica,
e a defendia desde muito cedo, por exemplo, quando aos dez anos participava dos
protestos em Maceió, mas quando saía e frequentava as outras instituições, via que
a escola poderia e deveria melhorar e me via capaz de ajudar nesse processo e muito
do “me sentir capaz”, veio da educação extraescolar que tive acesso.
8Processo de seleção que consistia em avaliar ao final de cada ano do Ensino Médio os estudantes
deste nível de ensino, realizando a contabilização de suas notas ao fim do terceiro ano e designando
uma média entre a somatória das três provas.
Quando estava participando do X ENA - Encontro Nacional de Adolescentes
para estudar e debater sobe o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, ou nas
oficinas de teatro, nos cursos gratuitos de espanhol, nos debates sobre identidade de
gênero e sexualidade, sempre me perguntava por que isso não acontecia na escola?
Fui fazer a prova e passei com a nota mínima, fiz um projeto que era
continuidade da minha monografia. Estava com tudo fresco no juízo e fui
surpreendentemente bem na entrevista, pois estava muito nervosa e desacreditava
que em tão pouco tempo, poderia ter preparado algo que me fizesse passar.
A comunidade escolar se
divertindo com os jogos poéticos.
Defendi a tese em agosto de 2017, com seis meses de atraso, pois engravidei
do meu primeiro filho no meio do doutorado, o que me deixou mais sensível e atenta
ao que realmente interessava no trabalho: o direito ao lugar de fala, que toda criança
cidadã tem!
E que uma escola pública de qualidade foi o item mais reivindicado por elas
durante o processo todo de debate sobre cidadania. Então pude ver que temos, desde
que eu era criança, e muito antes ainda, uma infância que demanda essa defesa da
escola pública para todas/os, cada vez melhor, laica e forte!
Foi um verdadeiro túnel do tempo, de uma época da minha vida que não
gostaria de reviver, mas as crianças fizeram valer a pena. Precisei alfabetizar muitos
deles. Realizamos projetos pedagógicos muito legais, que tinham a ver com a história
do nosso bairro, que desenvolveram a autoestima da turma, que nos ensinaram a
trabalhar em grupo, que me faziam voltar todos os dias para a escola no dia seguinte,
apesar de não sentir vontade.
Claro que não alcancei todas as crianças do jeito que eu gostaria. Na verdade,
foi tudo muito diferente e inusitados no que diz respeito às relações. Mas a realização
veio quando percebi que fiz o meu melhor. E que isso mudou a relação de muitas
crianças com a escola.
Sair das paredes da escola foi desafiador, porém, mais uma vez, foi incrível!
Terminei minha jornada de cinco meses na Monte Azul, realizando, junto com as
crianças o Primeiro Concurso de Poesia do Pontinho de Cultura.
Quando pedi demissão da Monte Azul, descobri que estava grávida e precisava
terminar a escrita da tese para qualificar e defender o mais breve possível. Então voltei
a Maceió e qualifiquei. Após o nascimento do Joaquim e passada a licença
maternidade, voltei a dar aulas na rede municipal. Fui para uma escola diferente e me
ofereceram uma turma de crianças e pré-adolescentes do programa Se liga10.
Mas meus planos não eram mais ficar me Maceió. Meu companheiro conseguiu
um emprego em São Paulo, e conforme mencionei, meu intuito era vivenciar outras
experiências profissionais, fora da escola. Dessa forma, defendi a tese em agosto de
2017, em fevereiro de 2018 mudei novamente.
10Programa de correção de fluxo, resultado da parceria do Instituto Ayrton Senna e as SEMED, para
a promoção da alfabetização na idade certa.
FESTA DE DESPEDIDA COM UMA DAS TURMAS FOTO EM UMA DAS BANCAS DE TCC QUE
DO CURSO DE PEDAGOGIA
PARTICIPEI
Nesse período recebi uma proposta linda, para trabalhar como coordenadora
pedagógica no Programa Tanscidadania11. E fui. Minha função era organizar
atividades pedagógicas para as usuárias do programa no nosso Centro de
Cidadania12, cuidar para que a vida escolar delas corresse da melhor maneira. Fiquei
no Trans até março de 2019. Apesar do pouco tempo que passei lá, foi importante ter
vivido! Fizemos amizade, realizamos excelentes debates sobre a condição da
população trans, sobre educação, sobre a sociedade de maneira geral. Experiência
extremamente rica!
de vida dos beneficiários nos diversos ciclos de vida, unidades de assistência do SUAS.
as unidades atendidas na formação para conhecer mais de perto sua realidade; fazer
relatórios das visitas, das histórias de vidas de seus gestores por meio da cartografia
de si, gerando um portfólio da unidade.
Terminamos o percurso formativo com a Primeira 1ª Feira de Convivência e
Fortalecimento de Vínculos 14, destacada na foto abaixo e a entrega de relatórios de
prestação de contas para SMADS - Secretaria Municipal de Assistência e
Desenvolvimento Social.
14 https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/assistencia_social/noticias/?p=288030
Quando se trabalha com bebês são mudanças muito rápidas e significativas o
tempo todo. É uma palavra nova, um gesto novo na música, um dente nascendo
agora, mais dois semana que vem! E eu me motivei a estudar muito sobre tudo aquilo.
Nesse mesmo período ficamos sem nosso coordenador pedagógico, que pediu
exoneração do cargo. Então precisamos também organizar nossa própria formação.
Fui convidada pela gestão da escola a auxiliar nesse sentido. Sugeri que
formássemos um grupo de estudo, escolhendo um tema pertinente naquele momento
em que o atendimento estava tão diferenciado. Propus estudarmos as Metodologias
das Narrativas na Educação, o grupo aceitou e fizemos uma bonita caminhada por um
roteiro de nove encontros.
15
https://www.youtube.com/watch?v=UY2DTvpgg6o&t=154s
para quem está começando a entender a dinâmica de uma escola, pois não estamos
nela apenas para ensinar, mas para fazer parte de um processo pedagógico conjunto.
Eu pedi remoção do CEI Jardim São Joaquim em 2021, para trabalhar em uma
escola mais perto da minha casa, pois engravidei do meu segundo filho. E exatamente
por conta da gestação na pandemia, fiquei afastada até o fim da licença maternidade,
realizando apenas, trabalho remoto.
Foi o ano de trabalho mais árduo para mim dentro de uma escola. Encontrar
caminhos para romper as sequelas que o isolamento deixou em mim e principalmente,
nas crianças. Todos os saltos de desenvolvimento interrompidos ou acontecendo bem
depois do previsto. Cheguei a duvidar se daria conta, comecei a pesquisar sem parar,
iniciei um especialização EAD básica em Neurociência aplicada à educação e a fala
do pediatra Daniel Becker no Café Filosófico16 me mostrou que não estava pensando
sobre isso sozinha.
Enfim, o ano de 2022 findou e muita coisa foi superada com ajuda da arte, da
pedagogia e do conhecimento sobre a educação de crianças de 0 a 3 anos que
construi nesse período.
A literartura, minha amiga desde sempre, mais uma vez se fez caminho para
alcançar as crianças e dessa experiência nasceu o projeto “Lendo Com Bebês”17. Uma
tentativa de fazer com o mundo o que fiz com minha turma e meu filho Vicente,
também um bebê nascido na Pandemia.
Esse é um trabalho que já fazia há muito tempo nas escolas por onde passei
trabalhando com a primeira infância, e como produtora das FELISZ – Feira Literária
da Zona Sul, entre 2018 e 2020. Com os meus fillhos em casa, pude acompanhar o
trabalho integral, de quem pode começar desde a barriga esse processo de aquisição
da leitura literára como habito e afeto.
16
https://www.youtube.com/watch?v=EXY8mzs_MrA
17
https://www.instagram.com/lendocombebes/
biblioteca); pesquisar e definir o mobiliário a ser produzido e enviado às bibliotecas
contempladas com foco em Primeira Infância; desenvolver material pedagógico
impresso e apoiar desenvolvimento do material audiovisual para formação de
mediadores de leitura com foco em Primeira Infância (as capacitações com duração
média de 24 a 40 horas e direcionadas aos educadores da rede pública local e pais
ou responsáveis das crianças de 0 a 6 anos das comunidades contempladas); e
desenvolver um guia sobre como deve ser a constituição do espaço de bibliotecas
para a faixa-etária (0 a 6 anos).
Participando do vídeo usado para formação de Contra-capa e capa do guia de formação dos mediadores.
mediadores de leitura
Em 2022, por conta desta parceria com a Vaga-Lume, fui chamada para
participar da curadoria do Projeto Leia para uma criança, do Itaú. Fiz parte da etapa
que seleciona os 40 livros que iriam para a curadoria final e conduzi uma mediação
de leitura com as crianças de uma escola pública de São Paulo, para observar as
preferências das crianças sobre as obras que selecionamos.
Algumas vivências com famílias em escolas, SESC, e Casa de Cultura
começam a ser articulados. E isso tem me motivado a continuar.
A FELIZS18 foi outro projeto que me deixa muito satisfeita em ter participado. É
um evento que movimenta a arte da Zona Sul com programação que envolve música,
18
http://www.felizs.com.br/
dança, teatro, artes plásticas, formação de professores, ações em escolas, e
sobretudo, literatura produzida na periferia. Em 2020, 2021 foi uma feira totalmente
online. Abaixo algumas imagens desse processo19.
19
https://www.youtube.com/@felizs-feiraliterariadazon8930
Não organizarei cronologicamente. Vou classificar pelo meio de publicação:
Tenho três artigos publicados em periódicos20. São trabalhos derivados das pesquisas
do mestrado e do doutorado.
Publiquei cerca de quinze21 artigos em eventos nacionais e internacionais. Vou
citar os que mais têm relevância para mim: “Vai votar na Dilma, Tia?”22 Publicado em
2017 quando estava no início da minha pesquisa de doutorado com as crianças e já
ficava nítido como os discursos políticos acenavam para os últimos quatro anos de
governo.
Organizei dois livros, junto a colegas do Grupo de Estudos “Currículo, atividade
docente e subjetividades”, com produções remanescentes de nossas pesquisas:
“Poesia e cidadania na escola: essa rima cola” e “Currículo. Atividade docente e
subjetividades na escola contemporânea”. Nos dois eu tenho artigo publicado e assino
o prefácio.
Ministrei mini-cursos, participei de mesas e lives falando sobre minhas
pesquisas, cujo os dados estão no meu Currículo Lattes, lá serão encontradas as
datas de nascimento dos meus filhos, com uma possível baixa na produção
acadêmica, um vez que sabemos o tempo que criar um filho requer.
Como já visto, sempre há um trabalho literário paralelo no meu caminho, nas
publicações não seria diferente. Tenho um livro de poesia23 e um de crônicas
24publicados pela Vicença Editorial e pelo Selo Sarau do Binho. Publiquei cerca de
trinta textos no Blog “Elas contra Tebas25.
Penso que uma lista de produção deve valer mais pela sua relevância que pelo
seu tamanho, e defendo aqui o posicionamento que sempre tomei diante da pesquisa