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Uma ficção baseada na realidade ou uma realidade que mais parece ficção?
O livro entrou e ficou na lista dos mais vendidos do New York Times por 23
semanas. Mais tarde, foi traduzido para 35 idiomas. O conto da Aia era o sexto
romance lançado por ela, depois de ter se aventurado por contos, poesias, roteiros
para tv, não ficções e até livros infantis.
De uma forma ou de outra, a distopia sempre esteve presente em sua vida e em seu
processo de criação.
“A maioria das distopias escritas até então haviam sido criadas por homens e,
portanto, o ponto de vista era masculino. Quando as mulheres aparecem, elas são
autômatas ou rebeldes sem sexo que desafiaram as regras sexuais do regime. Eu
queria tentar escrever uma distopia do ponto de vista feminino.”
“Minha posição fundamental é que as mulheres são seres humanos, com toda a
gama de comportamentos santos e demoníacos que isso significa, inclusive
criminosos.”
Quando perguntada sobre qual seria o gênero de seu livro de maior sucesso,
Margareth o definiu como “ficção especulativa”.
“Margareth tem um discurso sofisticado sobre o caráter interseccional do feminismo,
a visão de que as mulheres experimentam a opressão em configurações variadas e
diferentes graus de intensidade.” (Márcia Tiburi)
“É verdadeiramente espantoso as coisas com que as pessoas conseguem se
habituar, desde que existam algumas compensações.” (Fala de Offred, personagem
do livro.)
Pensar no perigo de nos acostumarmos com qualquer realidade e nem nos darmos
conta de que direitos básicos foram exterminados.