Quaresma, queremos recorrer ao nosso Patrono e pedir perseverança nas práticas penitenciais que nos submetemos nesse tempo tão especial de conversão. No próximo dia 19, celebraremos sua solenidade, e para melhor viver essa data tão especial, meditaremos nas próximas linhas algumas virtudes presentes em sua vida. Os poucos relatos bíblicos sobre São José apresentam um homem silencioso. Nas Escrituras, nada falou porque tudo contemplou. Sim, a partir do silêncio ele pôde ouvir a vontade de Deus (cf. Mt 1, 20), decidir o melhor caminho (cf. Mt 2, 13), acolher a graça de ser pai e esposo (cf. Mt 1, 24) e ver a Salvação do mundo repousar em seus braços (cf. Lc 2, 16). Somente quando silenciamos os sentidos e o coração somos capazes de contemplar as maravilhas divinas nas pequenas coisas. Também é chamado justo, pois não quis expor a Virgem Maria devido a sua gravidez milagrosa (cf. Mt 1, 19); é chamado casto e fiel, respeitou a virgindade perpétua de sua esposa (cf. Mt 1, 24-25); é chamado obediente, prudente e forte, pois cumpriu o que o Anjo lhe ordenara (cf. Mt 1, 24; 2, 13-15.19-23). Essas virtudes que acabamos de elencar encontram-se na Ladainha dedicada ao santo e estão no superlativo (com o íssimo no final: castíssimo...), para mostrar sua excelência e sua disposição à graça do alto. Possamos, no tempo quaresmal que nos resta, exercitar essas virtudes e outras mais que necessitamos, para cumprirmos a vontade divina e nos aproximarmos da Páscoa com o coração voltado para Deus. Que São José nos patrocine nessa caminhada de deserto e nos proteja, como fez com Maria e Jesus, do desânimo e das ciladas do inimigo.