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Imperatriz da América

Colina Tepeyac situada geograficamente no centro do Continente Americano.


De estirpe indígena,
nasceu em 1474, no México.
Aos sábados e domingos ia à
cidade participar da Catequese
e da Santa Missa.
Casado com Maria Lúcia, ambos
viviam com o tio Juan Bernardino.
Aos 57 anos, já viúvo,
foi agraciado com as quatro
aparições da Virgem.
Faleceu em 1548, e foi canonizado
por São João Paulo II, em 2002.
Nome que significa “aqui se conta”, relato do indígena
Antônio Valeriano, do século XVI, escrito entre 1552 a 1560.
É o documento histórico mais completo sobre
as aparições da Virgem a Juan Diego.
1ª Aparição

Num sábado de 1531...

Desejo muito que se


erga aqui um templo
para mim, onde
mostrarei todo o meu
amor e proteção a
todos os moradores
desta terra e também a
outros devotos que me
invoquem confiantes.
2ª Aparição

Rogo-te que
encarregues alguém
mais importante de
levar tua mensagem
com mais crédito.

Eu própria, Maria
sempre Virgem,
Mãe de Deus,
é que te envio.
3ª Aparição

No mesmo dia,
quando voltava para
o Tepeyac, ao
encontrar a Virgem,
Juan Diego
comunicou-lhe o
pedido do bispo.
Ela consentiu em dar
um sinal como prova
no dia seguinte.
4ª Aparição

Juan Diego saiu


contornando o cerro e
passando pelo outro
lado, em direção ao
Oriente, para chegar
logo à Cidade do
México, a fim de que
Nossa Senhora não o
detivesse. Porém ela
veio a seu encontro.
Não se perturbe o teu
coração nem te inquiete
coisa alguma. Não
estou aqui, eu, tua mãe?
Não estás porventura
sob a minha proteção?
Quando Juan
Diego chegou ao
cimo, ficou
assombrado com a
quantidade de
belas rosas de
Castela que ali
haviam brotado
em pleno inverno;
envolvendo-as em
sua manta, levou-
as para Nossa
Senhora.
Meu filho, eis a prova, o sinal
que apresentarás ao Bispo, para
que nele veja a minha vontade.

Rosa de Castela
Desdobrou a sua branca
manta. À medida em que
as várias rosas de Castela
espalhavam-se pelo chão
desenhava-se no pano e
aparecia de repente a
preciosa imagem de
Maria sempre Virgem,
Mãe de Deus
A Imagem
milagrosa
A cidade inteira,
em tumulto, vinha ver
e admirar a santa imagem
e lhe dirigir suas preces.
A cura de Juan Bernadino
O bispo manteve o manto
primeiro em sua capela
privada e depois na Catedral
para a veneração dos fiéis.
1º Milagre

Em 26 de dezembro de 1531,
uma procissão se formou
para levar a imagem
milagrosa ao Tepeyac,
a uma ermida. No decorrer
da procissão havia exibições
marciais, quando um índio
foi ferido no pescoço por
uma flecha disparada
acidentalmente. O povo
levou-o diante da imagem
milagrosa, e ao retirar a
flecha, ele ficou curado
imediatamente.
Antiga Paróquia dos Índios, localizada onde a Virgem apareceu à 1ª
vez, foi erguida em onze dias por índios e espanhóis, entre eles Dom Juan
de Zumárraga e Hernán Cortés. A Imagem permaneceu nela até 1622.
Basílica Nova (1976), onde está a imagem original da Virgem.
O telhado tem forma de um sombrero.
Imagem Original
no retábulo
Capela El Pozito (1791), situada do outro lado do Monte Tepeyac,
onde há um poço cujas águas o povo atribui curas milagrosas.
Nossa Senhora de Quadalupe – Espanha

Real Monastério de Santa Maria de Quadalupe - Séc. XIV


Cristóvão Colombo chegou às Américas na caravela Santa Maria.
Cristóvão, o portador de Cristo, veio ao Novo Mundo por meio de Maria.
As outras naus Pinta e Nina, do espanhol significam respectivamente
pintada e jovem, providencialmente remetem à imagem da Virgem.
Símbolo religioso e cultural mais popular do México.
Pelo fato da Virgem ter aparecido com traços mestiços a um
nativo da América, isso encorajou o povo a lutar pela sua
independência da Espanha, legitimando a própria identidade.
O nome Guadalupe

Originado da língua Asteca


e adaptado ao espanhol
significa: aquela que esmaga
a cabeça da serpente maligna.

Do árabe: é curso do rio


ou escondida (no manto).
Lenda Asteca

Os Astecas acreditavam que os deuses Céu e Terra geraram os deuses Lua e


Estrelas. Mas um dia Tonantzin, a deusa Terra, enquanto caminhava pelo
deus monte Tepeyac, ficou grávida, concebendo o deus Sol. É por isso que o
Sol nasce na Terra e não no Céu, como a Lua e as Estrelas. As deusas
Estrelas não gostam do deus Sol, por ser filho adulterino de Tonantzin e
Tepeyac. E a cada dia o deus Sol atacado pelas deusas Lua e Estrelas, vai
apagando-se pouco a pouco até cair totalmente vencido no final do dia,
deixando o horizonte manchado do vermelho de seu sangue.
Durante a noite, apesar de governada pelos deuses Lua e Estrelas, o
deus Sol na escuridão pode refazer-se graças ao sangue das
jovenzinhas sacrificadas em honra a ele. Então, o Sol é capaz de surgir
novamente e clarear o dia. Com a evangelização pelos espanhóis, o
topo da pirâmide onde se celebravam os sangrentos sacrifícios foi
destruído, e no seu lugar foi erguida a Igreja de São Tiago.
Sacrifícios humanos

Os astecas ofereciam
anualmente 20 mil sacrifícios
humanos, incluindo crianças,
a uma deusa que tinha a
forma de serpente de pedra
(Quetzalcoatl).
Com a devoção à Santa Missa
e à Nossa Senhora, esse ritual
sangrento extinguiu-se.
O Maior Milagre

Em apenas 8 anos
decorridos das
aparições, houve
a conversão de
8 milhões de astecas,
cerca de 3 mil por dia.
Foi um novo Pentecoste,
a exemplo do que
ocorreu após a primeira
pregação de Pedro.
Antes do fato milagroso,
com muita dificuldade
os colonizadores
conseguiam que alguns
deles se convertessem.
Imagem Original

O manto de 1,72m por


1,07m, é de fibra vegetal,
sendo utilizado para
proteger do frio.

Sua durabilidade
máxima é de 25 anos.

Compõe-se de duas
partes costuradas, de
cima a baixo, por uma
fina linha de algodão.
Imagem Original

Compreende o rosto,
mãos e o pé direito da
Virgem, o vestido rosa e
o manto azul.

Os outros detalhes
foram acrescentados
posteriormente.

Maria com aparência


e trajes indígenas,
identificando-se com o
povo daquela região.
Mãe e Virgem

A imagem é rica em
símbolos culturais e
religiosos dos astecas.

Há estrelas no manto,
raios do sol ao redor,
e a lua sob os pés.

Os “deuses” mais
importantes dos índios
estão a serviço desta
Mulher.
Mãe e Virgem

A fita preta na cintura


indica que ela é mãe e
está grávida, a cor preta
revela sofrimento.

Os cabelos soltos
é sinal de virgindade.
Com o infravermelho
pode-se ver em relevo
cada fio de cabelo e sua
ondulação sobre o
ombro, e os pelos das
sobrancelhas e dos cílios.
O Raios do Sol

Símbolo do Criador.

O brilho é mais intenso


na altura do ventre.

A cabeça inclinada é sinal


de submissão a Deus.

Um dourado transparente
aparece sob raios solares.

Um branco transparente
aparece sob a prata da lua
e do laço na cintura.
Mãos unidas

Erguidas para o alto,


à altura do coração,
é atitude de oração.

Uma mão na cor morena


e outra na cor branca,
simbolizam a união
dos dois povos:
indígenas e europeus.

Sob as mãos, na
horizontal, a marca dos 2
fios tirados para análise.
Obra da Trindade

Nenhum pintor da
terra usaria um
manto rústico para
pintar uma imagem
de singular beleza.

A substância usada
não é do reino
mineral, vegetal
ou animal.

A imagem não é foto,


pintura a óleo,
aquarela ou afresco.
Na tilma
não foi aplicado
fundo ou verniz.

A túnica e o manto
permanecem
brilhantes e coloridos
como se tivessem
acabado de ser
pintados. As cores
não se sobrepõe.

A técnica é
irreproduzível e
desconhecida, sem
esboço e correções,
nem marca de pincel.
As cores não se
sobrepõem, e a
luminosidade do
rosto, das mãos, da
túnica e do manto
modificam-se de
modo análogo ao
que acontece nas
penas dos pássaros
e nas asas das
borboletas.
Manto Transparente

Com raios X e espectroscópio


vê-se que o manto azul tem
sobreposto e em relevo um
outro manto transparente
como se fosse de seda, que
nenhuma pintura humana
poderia imitar. Isto explica o
porquê as estrelas não
apareçam dobradas nas
pregas do manto azul. A
imagem apresenta-se suave
ao tato, como seda, apesar de
estar num rude ayate.
Manto Azul

Envolve a Virgem
da cabeça aos pés,
símbolo da realeza.

Nele há 46 estrelas
posicionadas conforme o
céu no dia em que a
imagem apareceu na
manta do índio.
As Constelações

Veem-se parte de 14 delas.

A Coroa Boreal na fronte


remete à Rainha do Céu.

Leão no ventre simboliza


Deus. Refere ao Nahui
Ollin, centro do universo
físico e religioso.
Música Celestial

A posição, num
pentagrama, das estrelas
do manto e das flores do
vestido, da imagem de
Quadalupe, substituídas
por notas musicais e
sobrepostas nas teclas do
piano, tornam uma suave
composição melódica.
Túnica Rosa

Evoca a aurora, o
entardecer e o deus-sol.

Nela são representadas


flores típicas da colina de
Tepeyac, e desenhos de
alguns montes e vulcões
daquela região do México.

A cor litúrgica rosa


simboliza alegria.
Vestimenta

O manto e a túnica
remetem às vestes que as
mulheres da Palestina
usavam durante as festas,
no século I.

As cores do manto e da
túnica são as cores usadas
pela rainha dos astecas.
Nahui Ollin

A Flor de quatro pétalas


sobre o ventre de Maria
simboliza a presença divina.
Símbolo de pertença ao Cristo Crucificado.
Atentado
em 1921
Pronunciamentos
(1740)
“Nela tudo é milagroso, uma
imagem que provém de flores
colhidas num terreno totalmente
estéril, no qual só podem crescer
espinheiros, uma imagem
estampada numa tela tão rala que
através dela pode-se enxergar o
povo e a nave da Igreja tão
facilmente, uma imagem em nada
deteriorada, nem no seu supremo
encanto, nem no brilho de suas
cores, pelas emanações do lago
vizinho que corroem a prata, o
ouro e o bronze. Deus não agiu
assim com nenhuma outra nação.”
“Na tilma do pobre Juan Diego,
pincéis que não eram aqui da
terra deram-nos pintada
uma dulcíssima imagem,
maravilhosamente respeitada
pela corrosão dos séculos.”
“Nossa Senhora derrama sua
ternura e delicadeza maternal
na colina de Tepeyac,
confiando ao índio Juan Diego,
junto com sua mensagem, rosas
que ao caírem da tilma deixam
ver seu dulcíssimo retrato que
mãos humanas não pintam.”
O Papa Francisco permaneceu longos minutos em silêncio diante da
imagem milagrosa. Quando um jornalista lhe perguntou o que falava à
Virgem naquele momento singular, o Vigário de Cristo respondeu:
falava coisas que um filho fala para uma mãe.
Mãe do Céu Morena, Senhora da América Latina, de
olhar e caridade tão divina, de cor igual a cor de tantas
raças. Virgem tão serena, Senhora destes povos tão
sofridos, Patrona dos pequenos e oprimidos, derrama
sobre nós as tuas graças.
1. Derrama sobre os jovens tua luz, aos pobres vem
mostrar o teu Jesus, ao mundo inteiro traz o teu amor de
mãe. Ensina quem tem tudo a partilhar, ensina quem tem
pouco a não cansar, e faz o nosso povo caminhar em paz.
2. Derrama a esperança sobre nós, ensina o povo a não
calar a voz, desperta o coração de quem não acordou.
Ensina que a justiça é condição, de construir um mundo
mais irmão e faz o nosso povo conhecer Jesus.
Foste dona de casa e peregrina,
a teu marido e filho servias.
E, os planos do Senhor sempre seguindo,
punhas amor em tudo o que fazias.
Como de nossa raça te apresentas,
falando a nossa língua com doçura,
Te encontras na montanha antes da aurora,
e pedes te façamos uma casa,
onde te impele o amor vais apressada:
de onde possa jorrar tua ternura.
trazes também teu Filho ao novo mundo,
queres nele fazer nova morada.
Tu subiste a Isabel como ao Calvário,
desces do céu a nós, bela e suave;
Vens tomar-nos contigo no teu manto...
Desces e sobes: para isto é Ave!
Ó Deus, que nos destes a Santa Virgem Maria
para amparar-nos como Mãe solícita,
concedei aos povos da América Latina,
que hoje se alegram com sua proteção,
crescer constantemente na fé e alcançar
o desejado progresso no caminho da justiça e da paz.
Amém.
Ó, Santíssima Senhora de Guadalupe, essa COROA com que cinges
vossa sagrada fronte publica que sois Rainha do Céu e Universo.
Senhora, como Filha, Mãe e Esposa do Altíssimo,
tens absoluto poder e justíssimo direito sobre todas as criaturas.

Que bem se conhece que sois Advogada nossa no tribunal de Deus,


pois essas lindíssimas MÃOS que jamais deixam de nos beneficiar,
as juntas ante o peito em sinal de quem suplica e roga, dai-nos com
isto ver que desde o trono de glória como Rainha de Anjos e
homens fazes também oficio de advogada, rogando em favor nosso.

O que posso crer ao ver-vos cercada dos RAIOS DO SOL, senão


que estás intimamente unida ao Sol da Divindade, que não há
em vossa alma nenhuma coisa que não seja luz, graça e santidade!
O que posso crer senão que estás unida às divinas perfeições
e atributos, e que Deus vos tem sempre em seu coração!
Se um ANJO do céu tem por honra tão grande estar a vossos pés
e que em prova de sua alegria abre os braços e estende as asas
para formar com elas um tapete a vossa Majestade.

Que outro VESTIDO corresponderia a quem é um céu por sua


beleza, senão um todo cheio de estrelas? Com que podia se adornar
uma beleza toda celestial, senão com os brilhos de umas virtudes
tão lúcidas e tão resplandecentes como as vossas?

Como serve bem a vossa soberania esse tapete que a LUA forma a
vossos sagrados pés! Brilhaste como invicta rainha sobre
as vaidades do mundo, e sendo superior a toda a criação
jamais padeceste o minguante da mais ligeira imperfeição.
Esse LENÇO rude; esse singelo traje em que se vê estampada vossa
singular beleza, dão claro a conhecer a profundíssima humildade
que lhe serviu de alicerce e fundamento a vossa santidade.
Não vos desdenhaste de tomar a pobre túnica de João Diego,
para que nela estampasse vosso rosto, que é encanto dos anjos,
maravilha dos homens e admiração de todo o universo.

Quão misteriosa e acertada esteve a mão do Artífice Supremo,


bordando vosso vestido com essa ORLA de ouro finíssimo
que aludia aquele finíssimo ouro da caridade e amor de Deus
com que foram enriquecidas vossas ações.

Nem a pobreza nem a grosseria do TRAJE lhe servem


de embaraço para formar tão primoroso vosso retrato,
nem a voracidade dos séculos foi capaz de o destroçar ou manchar?
Nada vejo nesta lindíssima imagem que não me leve a conhecer as
altas perfeições de que o Senhor dotou a vossa alma inocentíssima.
Nossa Senhora
de Quadalupe,
velai por vossos
filhos da América.

São Juan Diego,


rogai por nós!

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