Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CAMPINA GRANDE- PB
2011
SÉRGIO MENDONÇA DOS ANJOS
CAMPINA GRANDE- PB
2011
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL – UEPB
Digitado.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Fisioterapia) – Universidade Estadual da Paraíba,
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, 2011.
“Orientação: Profa. Dra. Vitória Regina Quirino
de Araújo, Departamento de Fisioterapia”.
1- INTRODUÇÃO
2- REFERENCIAL TEÓRICO
3- REFERENCIAL METODOLÓGICO
Partindo de 80º da flexão, a perna direita do participante era movida para frente
de maneira passiva, fazendo com que o movimento de extensão do joelho fosse
executado, onde em 0º o joelho estaria completamente estendido. Atingindo a amplitude
de 60º de flexão, era solicitado ao participante gravar este posicionamento por um
período de cinco segundos. Em seguida, o joelho era estendido até a amplitude de 40º
de flexão, novamente o participante era instruído a memorizar a atual posição. As
amplitudes de 60º e 40º foram estabelecidas para o teste em concordância com Olsson et
al (2004), e devido a Lephart et al (1997), Jerosch (1996), Attfield et al (1996), Rodier
et al (1991), Kiefer et al (1998) afirmarem maior precisão do teste na amplitude final de
extensão do joelho, o que poderia influenciar o resultado do teste em um falso-positivo.
Retornava-se o membro para a posição inicial de 80º de forma passiva, sendo solicitado
neste momento ao participante para reproduzir os ângulos de 60° e 40º de maneira ativa
e seus valores foram anotados em uma tabela.
A análise dos dados obtidos foi realizada através da estatística descritiva com
freqüência simples, média, desvio padrão, erro absoluto e erro relativo; por meio da
construção de quadros por meio do Software Microsoft Office Excel 2007 for Windows,
e gráficos utilizando o Software Origin Pro 8.
Dos 24 alunos entrevistados, nove pertenciam ao gênero masculino e quinze ao
feminino. Não atenderam aos critérios de inclusão dois homens e quatro mulheres,
reduzindo a amostra para dezoito participantes. Este número foi reduzido para quinze
devido à ausência de três alunos para realização do teste do senso de posição articular,
finalizando um grupo com seis homens e nove mulheres. A descrição da amostra é
apresentada no Quadro1.
NÚMERO DE PARTICIPANTES
GÊNERO ENTREVISTADOS APROVADOS AUSÊNCIAS TOTAL
HOMEM 9 7 1 6
MULHER 15 11 2 9
Quadro 1: Participantes da Pesquisa
Fonte: Dados da pesquisa (2011)
7
NÚMEROS DE INTEGRANTES
0
2X 3X > 3X
FREQUÊNCIA DE EXERCÍCIOS SEMANAIS DE MMII
GRÁFICO 2: TEMPO DE ACADEMIA
3 MESES
> 3 MESES
93%
14
PARTICIPANTES
7%
GRUPO C
GRUPO A
ERRO RELATIVO
ÂNGULO ALVO ERRO ABSOLUTO (°) (%)
(°)
antes após antes após
60 4,3 ± 5,9 2,0 ± 2,6 7,17 3,33
40 8,7 ± 1,2 4,7 ± 4,5 21,75 11,75
Quadro 5: Desempenho individual
Fonte: Dados da Pesquisa (2011)
GRUPO B
ERRO RELATIVO
ÂNGULO ALVO (°) ERRO ABSOLUTO (°) (%)
antes após antes após
60 7,0 ± 2,0 5,3 ± 5,0 11,67 8,83
40 2,0 ± 2,6 8,3 ± 2,9 5,00 20,75
Quadro 6: Desempenho Individual
Fonte: Dados da Pesquisa
GRUPO C
ERRO RELATIVO
ÂNGULO ALVO (°) ERRO ABSOLUTO (°) (%)
antes após antes após
60 4,1 ± 4,0 6,2 ± 3,9 6,83 10,33
40 5,0 ±5,4 7,2 ± 2,9 12,50 18,00
Quadro 7: Desempenho individual
Fonte: Dados da Pesquisa
10
8
ERRO(°)
6
ERRO (°)
GRÁFICO 5
P1
DESEMPENHO INDIVIDUAL - GRUPO C P2
15
P3
14
P4
13
P5
12 P6
11 P7
10 P8
9 P9
ERRO (°)
8
7
6
5
4
3
2
1
0
60° 60° 40° 40°
ANTES DEPOIS ANTES DEPOIS
5- CONCLUSÃO
Verificou-se neste estudo uma possível influência negativa da fadiga muscular
no mecanismo proprioceptivo do joelho dos praticantes de musculação por meio da
incapacidade dos mesmos em reproduzir os ângulos predeterminados no teste do Senso
de Posição Articular. Esta condição foi mais notável no maior grupo, que era
constituído praticamente por mulheres e estas exercitavam MMII com a maior
freqüência semanal da amostra. Não foram observadas alterações significativas nos
grupos A e B. Relaciona-se o gênero feminino com maiores níveis de treinamento,
acarretando em maior grau de fadiga muscular, comprometendo assim a propriocepção
do joelho. Porém, devido aos grupos desta pesquisa terem apresentado diferenças no
número dos seus integrantes, é sugerida a realização de mais estudos nesta área com a
utilização de grupos mais homogêneos.
ABSTRACT
6- REFERÊNCIAS
AIRES, M. Propriocepção IN: Fisiologia, 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. p. 258-
262.
ATTFIELD, S.F. et al. Soft tissue balance and recovery of proprioception after total knee
replacement. J Bone Joint Surg. 1996; 48B: 540-545
BARRET, D.S. et al. Joint Proprioception in normal, osteoarthritic and replaced knees. J Bone
Joint Surg. 1991; 73:53-56.
CALLAGHAN, M. et al. The effects of patellar taping on knee joint proprioception. Journal of
Athletic Training, vol. 37, n. 1, mar 2002. p. 19-24.
CLARK FJ, et al. A metric for assessing acuity in positioning joints and limbs. Exp Brain Res.
1995; 107: 73-79.
CORRIGAN, JP; et al. Proprioception in the cruciate deficient knee. The journal of bone and
joint surgery, v. 74, n. 2, march 1992. p. 247-250.
DORETTO, D. O fuso muscular IN: Fisiopatologia Clínica do Sistema Nervoso, 2 ed. São Paulo:
Atheneu, 2005. p. 21-25.
FILARDO, R. Perfil dos indivíduos que iniciam programas de exercícios em academias, quanto à
composição corporal e aos objetivos em relação à faixa etária e sexo. Ver Bras Med, Niterói,
vol. 7, n. 2, abr 2001. Disponível em <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-
86922001000200003&lang=pt>. Acesso em: 3 ago. 2011.
FORESTIER N et al. Alteration of the position sense at the ankle induced by muscular fatigue in
humans. Med Sci Sports Exerc. 2002; 43(1): 117-122.
FRIDEN, T. et al. Review of knee proprioception and the relation to extremity function after an
anterior cruciate ligament rupture. Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy, vol. 31,
n. 10, 2001. p. 567-576.
JEROSCH J, et al. Propioception and joint stability. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc. 1996;
4: 171-179.
KIEFER G et al. Comparison of sitting and standing protocols for testing knee proprioception.
Physioter Can. 1998; 50: 30-34
KIRAN, D; et al. Correlation of three different knee joint position sense measures. Physical
Therapy in Sport, vol. 11, 2010. p. 81-85.
LATTANZIO PJ, et al. Effects of fatigue on knee proprioception. Clin J Sport Med. 1997; 7: 22-
227.
LEPHART SM et al. The role of proprioception in the management and rehabilitation of athletic
injuries. Am J Sports Med. 1997; 25: 130-137.
MARCELLINO, N. Academias de ginástica como opção de lazer. R. Bras. Ci. E Mov., Brasília, vol.
11, n.2, junho 2003. p. 49-54. Disponível em: <
http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/496/521%20l>. Acesso em 8 ago
2011.
MENDELSOHN, ME. et al. Effect of Rehabilitation on hip and knee proprioception in older
adults after hip fracture. Am. J. Phys. Med. Rehabil, vol. 83, n. 8, 2004. p. 624-632.
OLSSON L et al. Test-retes reliability of a knee joint position sense measurement method in
sitting and prone position. Adv Physioter. 2004; 6(1): 37-47.
PICKARD et al. Is there a difference in hip joint position sense between young and older
groups? J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2003; 58(7): 631-635.
PETERSEN, K. et al. Muscle Mechanical Characteristics in fatigue and recovery from a marathon
race in highly trained runners. Eur. J. Appl Physiol, vol. 101, 2007. p. 385-396.
PROSKE U, et al. The role of muscle receptors in the detection of movements. Prog Neurobiol.
2000; 60: 85-96.
REMEDIOS L, et al. Reduced static proprioception of the knee joint following anterior cruciate
ligament reconstruction. Physioter Can. 1998; 50: 299-308.
RIBEIRO, F. Propriocepção IN: Efeito da Fadiga Muscular Induzida pelo exercício localizado na
sensação de posição articular do joelho. Faculdade do Porto, 2005. p. 9-18. Disponível em: <
http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/14116/2/4325.pdf>. Acesso em: 2 ago. 2011.
ROCHA, K. Motivos de Adesão à prática de ginástica de academia. Motri, Santa Maria da Fé,
vol. 4, n. 3, set. 2008. Disponível em: <
http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-
107X2008000300003&lang=pt>. Acesso em 4 ago.2011.
RODIER S, et al. Crossmodal versus intramodal evaluation of the knee joint angle: A normative
study in a population of young adults. Hum Mov Sci. 1991; 10: 689-712.
SKINNER HB, et al. Effect of fatigue on joint position sense of the knee. J Orthop Res. 1986; 4:
112-118.
SOUZA, A. Propriocepção do Joelho IN: Propriocepção, 1 ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2004. p.
145-147.
VOUGHT ML, et al. The effect of muscle fatigue on the relationship of arm dominace to
shoulder proprioception. J Orthop Sports Phys Ther. 1996; 23(6): 348-352.