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Prancha de Reflexão II

Fernando Cabecinha, MM

Meu Quer e Resp Ir,


Saúde e Fraternidade!
Sendo o mês de agosto um período de descanso, somente a emergência de duas razões
ponderosas, que exigem resposta determinada, me levam a propor que reflitamos conjuntamente
sobre a necessidade de uma mobilização maciça dos OObr do GOL.
A primeira razão relaciona-se com as eleições para as Lojas que integram o GOL e para
os cargos de Gr M e de GGr MM AAdj que, finalmente, foram agendadas para o próximo
dia 30 de outubro do corrente ano (ev) e que permitirão, cremos que em toda a sua plenitude,
a retoma dos TTrab. Com uma legitimidade reforçada, a nossa Obed voltará a ter as condições
necessárias e suficientes para respeitar e fazer respeitar a vontade dos seus OObr, manifestada
em devida forma, em consciência e honrar o legado de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, assente
na Tolerância, na Verdade e na Justiça.
É certamente um período em que será possível debater fraternalmente o estado da Obed e
as diferentes vias que se perfilarão para o seu revigoramento e para a definição das linhas
estratégicas de ação interna e externa, ou seja, dos modos que orientarão o seu relacionamento
com a sociedade profana, debate que há muito se revela premente, urgente e necessário à
recuperação de uma mobilização eficaz dos OObr que viabilize a indispensável reflexão sobre o
futuro do GOL.
Para esse debate procurarei contribuir, no tempo constitucionalmente próprio, com a
apresentação de propostas que considero oportunas para afirmar a Obed como ator social de
relevo, pela projeção dos Valores que nos norteiam e que nos comprometemos a defender e
propagar.
A segunda e mais preocupante razão prende-se com a promulgação por Sua Excelência o
Senhor Presidente da República – com data de 08 de Agosto corrente –, do diploma que introduz
alterações nas obrigações declarativas quanto à pertença ou desempenho de funções em entidades
de natureza associativa, na sequência da aprovação por uma maioria dos deputados da Assembleia
da República da obrigação de políticos declararem pertença a associações, nomeadamente à Ordem
Maçónica.
A promulgação mereceu destaque, em particular nos matutinos Diário de Notícias (pág. 8 e 9)
– ao qual o Gr M do GOL – Maç Portuguesa prestou declarações e apresentou a sua
interpretação do diploma – e Correio da Manhã (pág. 26), ambos do dia 10 do corrente mês (ev),
apresentando leituras contraditórias. No dia 11 deste mesmo mês, os matutinos Correio da Manhã
(pág. 30) e jornal i (pág. 4) retomam o assunto.

Fernando Cabecinha, M M
Telemóvel: 963 442 602 E-mail: fernando.cabecinha@yahoo.com

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Prancha de Reflexão II

Fernando Cabecinha, MM

São estas leituras contraditórias que, se nada fizermos para favorecer o seu esclarecimento
constitucional, podem levar a interpretações literais que imponham a obrigatoriedade da
declaração de pertença à Ordem, indo ao encontro do espírito da Lei daqueles que a aprovaram.
De facto, o diploma em apreço parece não satisfazer ninguém: nem os seus promotores, que
(ainda) não lograram alcançar o seu objetivo final, nem os visados, que veem (depois da Lei Cabral),
a possibilidade de a sua intimidade ser devassada e abusivamente usada. O certo é que o dano
reputacional da Maç resultante do inquinamento do debate público com inverdades é já
dificilmente anulável, com as consequências nefastas que se adivinham em termos da vida privada
dos maçons e ainda no recrutamento que se pretenda vir a concretizar, prejudicando assim
fortemente a atratividade da NAO e, por consequência, a adesão de novos obreiros.
Como tenho vindo a afirmar há cerca de um ano e meio, as liberdades têm vindo a ser
gradualmente ameaçadas. A partir de agora, fica claro o caminho que os inimigos da Liberdade,
nomeadamente de Consciência, se propõem levar por diante.
Por isso, reafirmo que estamos num tempo em que não basta que estejamos atentos. É
chegada a hora de unirmos esforços para impedir que o que agora é considerado facultativo se
torne imperativo. Porque é da nossa responsabilidade não malbaratar o rico legado histórico que
nos foi transmitido por aqueles que nos precederam: responsabilidade, sublinhe-se, que não cabe
a mais ninguém!
Meu Quer e Resp Ir,
O meu apelo dirige-se a ti e a todos os IIr, para que nos unamos e apliquemos os nossos
melhores esforços no combate aos inimigos da Liberdade, promotores de um obscurantismo que
se julgava definitivamente enterrado. Isto numa altura em que, mais do que nunca, toda a nossa
Obed deve estar alerta, atuante, ou seja, disponível para a dura e justa batalha que urge travar.
Para isso, todos, sem exceção, devemos ser chamados a contribuir!
Temos um passado rico na defesa da Liberdade de que nos orgulhamos e que nos inspira para
que uma vez mais nos armemos com os nossos Valores e façamos uso dos meios legalmente
permitidos para derrotar os ataques dos inimigos da Ordem.
Temos de trabalhar com força e vigor, servindo o GOL com determinação!
Porque a cadeia que nos une não ficou suspensa, deixo estes factos à tua reflexão e renovo
os votos para que em breve estejamos no pleno gozo do cumprimento do nosso dever e dos nossos
privilégios de OObr do N Q G O L.
Aceita o meu afetuoso TAF que nos une e identifica.
Or de Algés, 12 de agosto de 2021 (ev)

Fernando Cabecinha, M M
Fernando Cabecinha, M M
Telemóvel: 963 442 602 E-mail: fernando.cabecinha@yahoo.com

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