Você está na página 1de 6

CERIMÔNIA DE INCENSAÇÃO

Estas Cerimônias são praticadas atualmente apenas


no Rito Adonhiramita, e por isso, se resolveu citá-las
atendendo a alguns com Esclarecimentos, e a outros
enriquecendo seus Conhecimentos sobre a
Maçonaria em geral.
As Práticas Litúrgicas dessas Cerimônias nem sempre
são perfeitamente compreendidas, e tampouco
executadas com a ritualística exigida.
Em virtude da beleza e do alto significado das
Cerimônias, o autor José Castellani menciona,
destacando sobremaneira a grandiosidade do Rito
Adonhiramita, que: "O Rito Adonhiramita é o mais
complexo e o de maior riqueza cênica, não só nas
Cerimônias de Iniciação, Elevação e Exaltação, mas
até nas Sessões mais simple s (Econômicas), quando
nenhuma das práticas próprias do Rito é omitida. E
essas práticas são as Cerimônias de Incensação e o
do Fogo - o Reavivamento da Chama Sagrada tirada
do Fogo Eterno, e as Doze Badaladas, em todas as
Sessões. "
A razão das Cerimônias não serem perfeitamente
compreendidas, decorre por absoluta falta de
literatura e pesquisa sistemática da liturgia daquele
Rito no Brasil.
Página 1 de 6
O autor Osvaldo Ortega, em uma excepcional
pesquisa, apresentou um trabalho de comparação da
'Movimentação das Colun atas e o Acendimento das
Velas', onde aborda as práticas da Cerimônia de
Incensação e do Cerimonial do Fogo, da seguinte
maneira: “Ao que se saiba, não existia o “ato de
incensar” quando da transposição da Maçonaria
Operativa para os chamados Aceitos, razã o de se
perguntar qual o motivo da Incensação no contexto
do Rito Adonhiramita. Deduz -se ser a Cerimônia tão -
somente uma preparação, pois que psicologicamente
Sublimará as Almas dos Irmãos participantes, em
uma Ação Mística num Rito que também é místico ."

A Cerimônia de Incensação das Luzes da Loja


Preceitua o Ritual do Rito que para a execução da
Cerimônia de Incensação, o Mestre de Cerimônias
deverá conduzir um turíbulo ao Altar do VM, para
receber sobre as brasas 'Três pitadas de Rosa ou
Olíbano, Mirra e Benjoim' misturadas e trituradas, na
proporção de 3:2:1, respectivamente.
Em seguida, incensará por Três vezes o VM, aos lados
e na direção da cabeça, pronunciando em voz alta
Sabedoria, e segurando o turíbulo com as duas mãos
à altura do coração, se dirige ao 1° Vigilante,
também o incensando por Três vezes, seguindo a
mesma ritualística, dizendo a palavra Força, e ainda
à frente ao 2° Vigilante procede igualmente, e diz a
palavra Beleza.
Página 2 de 6
A Cerimônia de Incensação do Orador
Após a Incensação das Luzes da Loja, retoma ao
'Oriente postando-se à frente do Orador, a quem
incensa por Uma única vez sem nada pronunciar, só
mentalizando a palavra Justiça.

A Cerimônia de Incensação do Secretário


colocando-se à frente do Secretário procede
ritualisticamente de maneira análoga, mentalizando
a palavra Memória, pois representam as Funções que
lhes cabem.

A Cerimônia de Incensação do Templo


Quando no centro da balaustrada, antes do retorno
ao Ocidente, provê a Incensação do Templo por Três
vezes, mentalizando a cada ducto a Tríade Maçônica:
Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Segue ao Ocidente e se posta 'Entre Colunas' voltado
para o Oriente, de onde incensará novamente o
Templo por Três vezes, e em perfeita sintonia com os
gestos, a cada ducto dirá 'Que a Paz rein e nas
Colunas', e todos em uníssono responderão 'Que
assim seja'.

A Cerimônia de Incensação do Cobridor Interno

Página 3 de 6
Depois disso, incensa o Cobridor Interno (Guarda) na
altura da cabeça, mentalizando a palavra Diligência,
entrega-lhe o turíbulo e dele recebe a espada
tomando seu lugar .

A Cerimônia de Incensação do Mestre de Cerimônias


conforme ritualística própria, e recebendo o turíbulo
o Cobridor incensa o Mestre de Cerimônias que
tomou seu lugar, por Uma única vez na altura da
cabeça mentalizando a palavra Harmonia.

A Cerimônia de Incensação do Experto e Cobridor


Externo
Assim, o Mestre de Cerimônias na função de
Cobridor, abre a Porta do Templo para que este, sem
deixar o Templo, incense externamente os 1° Experto
e Cobridor Externo, mentalizando respecti vamente
Paz e Harmonia; quando retoma, a Porta é fechada e
desfeita a troca do material litúrgico, pelo inverso da
ritualística inicial.
Finalmente, o Mestre de Cerimônias dirige -se ao
Altar dos Perfumes no Oriente ou, na falta deste, ao
da Sabedoria, onde deposita o turíbulo e retoma ao
seu lugar, concluindo assim o Cerimonial de
Incensação.
Por ser o Simbolismo uma forma de Transmitir
Conhecimentos, o autor Ortega entende que a
Cerimônia de Incensação tem por objetivo, por
Página 4 de 6
intermédio do olor exarado, ativ ar as mentes pela
via do olfato, levando os integrantes incensados, nas
suas psiques, a um estado de Exaltação Espiritual,
porque na queima das resinas os eflúvios se elevam,
levando consigo para junto do G∴A∴D∴U∴ todas as
preces, pedidos de perdão e solic itações de ajuda,
para em troca receber esta oferenda.
Assim sendo, por ocasião dessa prática mística, os
integrantes, ao serem incensados olhando de frente
para o Mestre de Cerimônias, apesar de não constar
do Ritual, mas em nada prejudicar o Cerimonial,
poderão abrir seus braços inclinando -os para a
frente com as mãos espalmadas, predispondo -se a
aceitar as solicitações do Mundo Cósmico, pois,
partindo do pressuposto de que não basta que o
corpo esteja disponível, é indispensável que a alma
também esteja em algum lugar alcançável no tempo
e no espaço.
A Cerimônia de Incensação é uma 'Alegoria
Esotérica', que tente concentrar todas as Energias do
Universo em uma Força Única , no simbolismo de um
eixo de ligação que procura unir a Matéria Terrestre
com a Espiritualidade Cósmica, isto é, do G ∴A∴D∴U∴
Homem ao G representando também a Purificação, a
permitir que por meio da Fé e da Harmonia, se
estabeleça a União Fraternal dos Irmãos na Sessão.
Estando a Loja purificada com a Incensação, e
propiciada a União Fraternal de todos os integrantes
presentes, torna -os aptos a merecer a presença da
Página 5 de 6
Luz do Onipotente, que os protegerão e libertarão
das Trevas.

Página 6 de 6

Você também pode gostar