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ORDEM DO LOTUS NEGRO

Ritual de Sintonização com a Egrégora da O.L.N

O ritual abaixo é representativo dos rituais exercidos na Ordem do


Lotus Negro. Ele conecta o estudante com a corrente mágica da
ordem nos planos internos e será também de algum valor no
despertar da percepção mágica. De certa forma é um ritual de auto-
iniciação e de antemão você deveria ter tomado um banho e vestir
uma roupa branca folgada ou (se tiver) seu robe mágico.

A Ordem do Lótus Negro se foca em uma linhagem de iniciação


sacerdotal «sampradāya» que confere a seus membros a conexão
com a Alta Hierarquia Oculta ao qual estamos ligados. Estamos
falando da Egrégora Oculta da O.L.N, um engenho de Alta Magia
localizado no plano etéreo. Quando o indivíduo é iniciado na ordem
ele inicia um processo de «samādhi» que é a expansão gradativa da
percepção da Consciência. É um processo iluminista, totalmente
interior, mas que repercute na vida exterior do iniciado de forma
decisiva.
Essa «expansão da consciência» ou, melhor dizendo: aumento da
percepção de nosso verdadeiro Eu, de nós mesmos, muitas vezes é
acompanhada do despertar da kundalinī, a energia primordial, que se
encontra dormente na base da coluna. A conexão com a corrente
astral da ordem facilita o despertar espiritual do aspirante, pois ele
passa a ser protegido pelos Guardiões e Ferozes Lokapalas do
Sampradaya, ou linhagem de iniciação.

Preparativos
(Equilíbrio Corpo-Mente)

1-Trace um círculo de qualquer tamanho adequando ao redor de si.


Você pode usar giz, carvão de madeira ou pós coloridos, ou o círculo
pode ser feito com um Cordão de São Francisco na cor vermelha. O
círculo também pode ser visualizado ou traçado com a imaginação
com a ponta de sua Baqueta ou de sua Espada Mágica ou Athame
(Punhal Mágico).

2- Você pode usar ornamentos e artigos de joalheria se desejado.


Tenha um pequeno altar ou improvise um. Nele você coloca um
incenso e uma vela. Tenha também um pedaço de pão, um punhado
de sal num recipiente e um cálice com vinho tinto ou suco de uva.

3- Sempre antes de usar uma vela segure-a entre as mãos e metalize


uma luz azul purificando-a, se preferir lave-a em uma torneira e
seque-a. Antes de utilizá-la no altar, consagre-a com óleo puro de
azeite de oliva. Com o dedo indicador da mão direita faça um
pentagrama na base da vela. Comece o pentagrama de baixo
para cima à esquerda, fazendo um V de cabeça para baixo e
termine o pentagrama no ponto em que começou (pentagrama de
banimento). Após diga: Eu te consagrado em nome de IOD HE
VAV HE (diga em tom melodioso: iôd, rrê, vav, rrê). Faça
isso com toda e qualquer vela que for utilizar para que as mesmas se
livrem das impregnações vibratórias estranhas ao ritual.
Assuma a Postura de Meditação

1- O Iniciador se encontra sentado em uma cadeira de encosto reto


no centro do Templo voltado para o Leste, com uma luz tênue como
iluminação e com o incenso e a vela do altar acesos.

Sentado assuma o gesto tradicional Shiva Mudrá.

2- Os homens colocam o dorso da mão direita (positiva) sobre a


palma da mão esquerda (negativa). As mulheres fazem o mesmo,
porém colocando o dorso da mão esquerda sobre a palma da mão
direita. E ambas as palmas para cima apoiando-se naturalmente
sobre as coxas ou genitais. As mãos devem estar cerca de quatro
dedos abaixo do umbigo, o que nos ajuda a desenvolver uma boa
concentração.

3- Costas eretas, mas sem tensão. Isso ajuda-nos a desenvolver e


manter a mente clara e permite a livre circulação dos ventos sutis
internos de energia. Cabeça um pouco inclinada para a frente, com o
queixo ligeiramente abaixado, de tal modo que o olhar (se os olhes
estiverem abertos) dirija-se para baixo. Isso ajuda a evitar o
excitamento mental.

4- INSPIRE suavemente pelas narinas, ao soltar o ar busque relaxar


todo o seu corpo e vocalize (vibre) em tom baixo ou moderado em
um mesmo fôlego, o mantra OM ou AUM, assim: AAAUUUMMM.
Faça isso em tom baixo ou moderado em um mesmo fôlego pelo
menos três vezes.

5- Agora respire normalmente. Conscientize-se do ritmo de sua


respiração, que ficará cada vez mais calma e regular. Visualize em
sua mente a imagem do selo da O.L.N acima. Concentre-se na
imagem mas sem forçar a mente. Leve o tempo que for necessário
inspirando e expirando vagarosamente, e se permita seguir esse
ritmo como se você estivesse sendo embalado por ondas.
RITUAL DE ABERTURA DO TEMPLO

01 – SINAL DE ENTRADA: Em pé, faça o sinal de entrada:


Estique seus braços a frente. Una as palmas de suas mãos na altura
do tórax, dedos apontando para frente. Vire as palmas das mãos uma
contra outra e vá abrindo os braços até que formem uma cruz. Esse
é o gesto ativo do espírito, o gesto de abrir uma cortina que
proclama, simbolicamente, que você está aberto para os trabalhos
mágicos.

02 - Acenda a vela e depois o incenso.

03 – INVOCAÇÃO: Faça o sinal de Isis dando boas-vindas ao


cosmos: abra os braços e forme um crescente, com as palmas para
cima, diga:

“O incenso está agora aceso e derrama-se sobre o Reino


Celestial dos Mestres Ancestrais.

Que os Mestres Ancestrais da Ordem do Lotus Negro


possam me assistir neste momento, me inspirar com sua
sabedoria e me proteger com seu amor.

04- Faça a Cruz Cabalística:

Tocando a testa, diga: Em tuas mãos


Tocando o peito, diga: está o Reino
Tocando o ombro esquerdo, diga: o Poder
Tocando o ombro direito, diga: e a Glória,
Unindo as mãos na altura do peito, diga: para toda eternidade
amém.

05 – BANIMENTO: Ainda em pé, bata palmas duas vezes, cruze


os braços e estale os dedos mais duas vezes e em seguida abra os
braços com as palmas das mãos abertas viradas para frente (postura
do KA).
Agora verbalize o seguinte mantra kabalístico três vezes.

“Kodoish, Kodoish, Kodoish, Adonai Tsebayot”

06- E para terminar de afastar as energias negativas, e também


complementar o processo de purificação do Templo, o oficiante
realiza o Tarjani Mudra nas quatro direções cardeais:

Enquanto faz o Tarjani Mudra e diga em voz alta (ou mentalmente


se não puder):

OM HREEM STREEM HUM PHAP

(4X)

Óh deuses expulsem todo o mal!


Que todos os obstáculos sejam removidos

O meu círculo está livre de influências indesejáveis

Que assim seja!


Voltando-se ao centro do Templo, virado para o Leste, eleve seus braços para o
alto, palmas das mãos viradas para frente, e diga:

“LUZ DE RÁ, FAZE-ME REPLETO DE SEU ESPLENDOR PARA

QUE EU POSSA ABRIR ESTE LUGAR DE CULTO.”

Aqui ele deve apontar para o Leste com o indicador (ou com o bastão mágico),
construindo, com os olhos de sua mente. Um ponto de Luz intensa do qual
jorrarão círculos concêntricos, continuamente.

Após meditar por alguns instantes o operador diz:

RÁ-NETER-ATEF-NEFER

EM NOME DA LUZ DO MUNDO, SOB A PROTEÇÃO DO


NOME ADONAI DE DEUS, DECLARO ESTE TEMPLO
ABERTO NOS MISTÉRIOS DO LÓTUS NEGRO.

EU VOS SAÚDO ESPÍRITOS DAS QUATRO DIREÇÕES


DO UNIVERSO!
Ainda no centro faça agora o sinal Osíris Ressurecto (mão esquerda no ombro
direito; mão direita, no ombro esquerdo), olhe para frente em direção ao
horizonte e diga:

Ó LUZ! JÁ NÃO HÁ TREVAS, Ó LUZ! NOS


ENCONTRAMOS NA PRESENÇA DA LUZ ILIMITADA.

UNO MEU CORPO COM O SOBERANO SANTUÁRIO DA


GNOSIS DA ORDEM DO LOTUS NEGRO E SEUS
MESTRES ANCESTRAIS.

Ainda de frente para o Leste, o oficiante realiza o mudra da força da


mente e do corpo:
e diz com vontade e com autoridade:

ANJO NEGRO DE MALKUTH CONDUZA-ME ENTRE AS


DUAS COLUNAS SOB AS QUAIS SE APÓIA TODO O
EDIFÍCIO DO TEMPLO.

BOAZ-SETH JACHIN-HÓRUS

CONQUISTO O ASSENTO NO TRONO DO DRAGÃO


E ABRO O PORTAL DE ABRAXAS

AMON-RA-PTAH-KA

Vibre o mantra acima quantas vezes desejar. Com a egrégora assim estabelecida o
aluno pode dar prosseguimento a sua operação mágica ou iniciar uma prática
mística/devocional.

Notas Explicativas
Rá Nefer Atef Nefer = O Deus Divino Rá é misericordioso.

Uso do Sal em cerimônias religiosas: Desde a Antiguidade que


o sal é utilizado pelos homens e é considerado um bem muitíssimo
precioso. Consideravam eles que era uma dádiva dos Deuses, e
associaram-na tanto á religião, quanto á bruxaria. Para, além disso, o
seu valor monetário e econômico era comparável ao do ouro, da seda
e das especiarias. Na Antiguidade, era oferecido aos deuses, era usado
pelos sacerdotes tanto em liturgias religiosas como em cerimónias
mágicas, como para afastar “demônios”.

OM HREEM STREEM HUM PHAP = mantra da deusa hindu-budista


TARA. Note que o bija-mantra PHAP (um mantra de esconjuro) surge
no fim do mantra. A tradição oculta do oriente afirma que esse mantra
elimina todos os obstáculos à realização espiritual e também pode ser
usado em casos de emergências.

Boaz e Jachin (pronuncia-se Jaquim) são duas colunas de cobre, e


que ficavam à frente do Templo de Salomão. As duas COLUNAS,
assinalam os limites do Mundo criado, os limites do mundo profano,
de que a Vida e a Morte são a contradição extrema de um simbolismo
que tende para um equilíbrio que jamais será conseguido. As forças
construtivas não podem agir senão quando as forças destrutivas
tiverem terminado sua tarefa. Essas forças opostas são “necessárias”
uma à outra. Não se pode conceber a COLUNA J sem a COLUNA B,
assim como o calor sem o frio e a luz sem as trevas.

Os Mestres do Lotus Negro pertencem a Linha Excelsa de


Trabalhos Espirituais dos Magos do Oriente.

Todos pertencem a Loja da Fraternidade Himalaica, a única que deve


controlar o trabalho de formação em todo o Ocidente.

Estes Mestres Ocultos são denominados Nirmanakayas e eles


operam, principalmente, através de duas outras ordens puramente
astrais: A Ordem de Melchizedek (Trabalhos de LVX) e a Ordem de
Prometheus (Trabalhos de NOX).
“Também são chamados Sidhas, na condição de seres perfeitos que,
por sua poderosa inteligência e santidade chegaram a uma condição
semi-divina; ou, ainda, Jivan-muktas, almas libertadas; mas
concedem em se ligar a corpos mais ou menos físicos sempre que
necessário em sua missão de auxílio ao progresso da Humanidade.
Como primeiros espíritos que um dia encarnaram em Humanidades
arcanas, ao longo de Eons! alcançaram a consciência átmica [de
Atman, o Todo incognoscível, consciência divina] ou nirvânica;
completaram o ciclo de evolução como humanos.” [BLAVASTKY]

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