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Ordem Martinista

dos

Filósofos Desconhecidos

CERIMONIAL E RITUAL DA TERCEIRA CÂMARA DE INSTRUÇÃO

DESIGNADA COMO “KABALÍSTICA”

QUE COMPREENDE O TERCEIRO GRAU DE

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CONTEÚDO

PARTE UM
Obrigação

PARTE DOIS
Abrindo o Trabalho no Terceiro Grau

PARTE TRÊS
Iniciação do Terceiro Grau – SI

PARTE QUATRO
Catecismo

PARTE CINCO
Fechando o Trabalho no Terceiro Grau

**********

2
PARTE UM
OBRIGAÇÃO

OBRIGAÇÃO DO TERCEIRO GRAU SI

(ATENÇÃO: Antes de ser admitido no Templo, o Suplicante recopia e assina por suas
prórprias mãos, na antecâmara, a seguinte Obrigação:)
Confirmando os meus compromissos anteriores eu solenemente prometo e juro diante de
Deus a ajudar e assistir os meus Irmãos e Irmãs em todas as circunstâncias da vida,
sobretudo nos tempos de aflição e adversidade; a aliviá-los pelo meu aconselhamento,
minha influência ou minha carteira.
Relembrando que o nosso SENHOR JESUS CRISTO nos pediu para não jurar, mas que o
nosso sim será “sim” e o nosso não será “não”, eu declaro e afirmo que quer que eu tenha
me comprometido, o fiz em total liberdade, com total conhecimento dos fatos e sem
restrição mental.
Para o fiel cumprimento desta obrigação, comprometo-me a minha palavra mais sagrada
de honra e de bom grado apor minha assinatura, 'ne varietur', dito a promessa.
Dado em ……………………, este …… dia …… mês …… ano.
Assinatura……………………………..

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PARTE DOIS
ABRINDO O TRABALHO NO TERCEIRO GRAU

ABRINDO O TERCEIRO GRAU

ATENÇÃO: Antes da chegada dos Irmãos e irmãs o Mestre deve extinguir o


Archote dos Mestres do Passado;
Observação preliminar: Todas as funções podem ser preenchidas por homens ou
mulheres, e as palavras devem ser ajustadas em conformidade.

O INICIADOR: Bate uma vez no Altar com o seu Tau e diz: ´


-Irmãos e Irmãs, por favor, de pé e à ordem.
Todos os presentes guardam silêncio e ficam à ordem do grau que vai ser transmitido.
-Irmão/Irmã Sentinela, faça deste lugar, que irá agora tornar-se o nosso Templo particular,
cumprir as condições materiais de um verdadeiro Templo?

O SENTINELA:
-Irmão Iniciador, devidamente asseguro a mim mesmo, e também a regularidade dos
Irmãos e Irmãs aqui presentes.
O Mestre bate quarto vezes com o Tau (malhete) , pega a espada flamígera com
a mão direita, de modo que fique verticalmente apontada para cima e diz: - Tudo está em
ordem à nossa volta, entre nós, e dentro de nós, vamos abrir o trabalho deste Respeitável
Capítulo (NOME) para a Glória do Grande Deus Vivo e de acordo com o rito da nossa
Venerável Ordem, a “Ordem Martinista dos Filósofos Desconhecidos”.
O INICIADOR pega a sua espada com a mão DIREITA com a espada apontando
verticalmente para o céu, sai pelo Sul e anda sete passos (1) para o Oeste; e fica de frente
para o nome de IESCHOUAH, de acordo com o seguinte esquema:

Ajoelha-se pelo joelho direito, inclina a cabeça, mantendo a sua espada apontando
verticalmente para o céu, e diz: -Meus queridos irmãos e irmãs, por favor, curvem-se como
eu faço para orar a Deus Todo-Poderoso para me proteger e me ajudar no trabalho que
estamos prestes a empreender.
-Meditemos, meus irmãos e irmãs. Oremos.
… então, depois de uma breve pausa…
-Eu rogo a Deus Todo-Poderoso para proteger-vos!
Tendo concluído a oração interior, o Mestre • bate uma vez com a mão direita para indicar
aos irmãos e irmãs a se levantar, ele retorna no sentido horário para o seu lugar no Leste,
estabelece a sua espada para baixo e leva o copo de água abençoada, e eleva, acima da
cabeça segurando em sua mão direita.

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PURIFICAÇÃO PELA ÁGUA

O INICIADOR: pega a taça com água consagrada pela mão direita, asperge a sua cabeça e
diz:
-Para a Glória de IESCHOUAH, o Verbo feito Carne, Água Viva que purifica o nosso
espírito.
Ele pega a taça com a mão esquerda e bebe vários goles na taça de água consagrada e
asperge seu coração e testa. Então, deixando o Leste pelo caminho do Sul, depois de ter
molhado o ramo na taça com água, ele asperge cada Irmã e Irmão, individualmente, em
silêncio, dizendo “Seja Purificado!”. Retornando pelo caminho do Norte, ele retoma seu
posto no Leste e diz:
-Podem sentar-se, meus Irmãos e Irmãs.
(Meditação e música.)

O INICIADOR:
-Convido-vos, meus Irmãos e Irmãs, para associarem-se a mim para santificar esta câmara,
para que pela dupla influência da palavra e da ação, possa ser transformada em nosso
próprio templo particular, no qual terá lugar o mistério deste trabalho, e aqueles que
venham trabalhar aqui estejam imbuídos de Fé, Esperança e Caridade.

O INICIADOR:
Irmão/Irmã Desconhecido, o que nós compartilhamos?

O DESCONHECIDO:
-Um segredo.

O INICIADOR:
-Qual segredo, meu Irmão/Irmã?

O DESCONHECIDO:
-O Martinismo.

O INICIADOR:
-Conheces SAINT-MARTIN?

O DESCONHECIDO:
-Conheço a Máscara e a Capa.

O INICIADOR:
-Uma vez que somos Martinistas, lembremo-nos que o nosso objetivo é a Reintegração ao
estado primitivo.
-Uma vez que somos “Homens e Mulheres de Desejo”, vamos elevar os nossos corações e
espíritos para a Luz.
-Assim, através das fórmulas que nossos Antigos Mestres adotaram, deixemos os símbolos
se manifestarem! Irmãos e Irmãs, por favor, fiquem de pé e à Ordem!

O INICIADOR: vai até o Altar dos Mestres do Passado, coloca a mão direita aberta sobre o
coração e pronuncia a fórmula tradicional da união com todos os membros da Ordem, vivos
e mortos...
-Que o auxílio de Deus esteja sempre conosco e com os nossos Irmãos e Irmãs ausentes.
Amém.
Ele/ela acende uma vela de cera com a mão esquerda e, em seguida, transfere para sua
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mão direita e transmite a chama para a “Luminária dos Mestres do Passado” (que nunca é
acesa com fósforos ou com isqueiro) e diz em voz alta:
-Isso é feito em memória dos que não existem mais fisicamente, mas que existem
eternamente, Viventes e Luminosos.
Ele/ela extingue a vela sacudindo-a (jamais soprar a chama) e medita.
-Meditemos, meus Irmãos e Irmãs, que os nossos espíritos e corações estejam em união
além da morte com os dos nossos “Mestres do Passado”.
...Silêncio... Mentalmente, com humildade, pede aos “Mestres do Passado” para dar a sua
benevolente assistência; invoca o Pai e pede a Ele a graça de receber o indispensável e
divino influxo; em seguida, pega a Luminária com a mão DIREITA, pronuncia a Fórmula de
Apelo aos Mestres do Passado:
-Veneráveis Mestres que passaram os “Portais” e que fizeram a última viagem, o meu apelo
se eleva a Vós! Com todos os nossos Irmãos e Irmãs dispersos por todo vasto mundo,
dignem-se unir e reunir, neste momento e neste lugar, em espírito e em coração, como um
de Vós.
...Silêncio... Meditação...
Ele/ela coloca a Luminária no seu lugar, acende o carvão (para o incensário) na “Luminária
dos Mestres do Passado”, coloca o carvão no incensário, põe incenso sobre ele, em
seguida pega o incensório com a mão ESQUERDA, pronuncia apelando a Fórmula do
Apelo dos Poderes do Além:...
-E Tu, Anjos e Espíritos Celestes, estejam presentes nesta Operação. Que possa ser
preenchida pela Virtude e pela Força pelo Vivente e Eterno Deus, que Te criou a partir do
nada, e que Tu mergulhes de volta comigo no Nada, pela única Sabedoria. Amém.
Depois de um breve silêncio, o INICIADOR bate lentamente 3 vezes.

ESTA SEÇÃO É OPCIONAL


Depois das 3 batidas, o INICIADOR pode agora pronunciar o Encantamento dos Dez
Nomes Divinos e/ou a Invocação de Salomão. Para fazer isso, levanta a mão direita toda
aberta, com os dedos unidos e o polegar em esquadro, e pronuncia primeiro o
Encantamento dos Dez Nomes Divinos e depois a Invocação de Salomão.
Se preferir ignorar essas fórmulas mágicas, continua imediatamente na página ??.

ENCANTAMENTO DOS DEZ NOMES DIVINOS


Ehieh: Schemya Teflou !
Iod: Schemya Teflou !
Ieovah Elohim: Schemya Teflou !
El: Schemya Teflou !
Elohim Gibor: Schemya Teflou !
Eloha: Schemya Teflou !
Adonaï Tsebaoth: Schemya Teflou !
Elohim Tsebaoth: Schemya Teflou !
Shaddaï: Schemya Teflou !
Adonaï Melekh: Schemya Teflou !

NOTA: Na página seguinte:


Os Aralim são os Tronos, os Vinte e Quatro Anciões que atuam na terra pelos seus decretos. Os Ophanim são
os Querubins, como rodas de fogo em movimento perpétuo. Por último, os Hayoth ha-Kodesh, os quatro
Animais Santos são os Serafins, e é a eles que Salomão pede para: Gritar, falar, rugir e mugir. Quem grita é a
águia; quem fala é o homem; quem ruge é o leão; quem muge é o boi. A Invocação de Salomão tem um
sentido profundo, que significa: falar para que eu possa saber, gritar para que eu possa querer, rugir para que
eu possa ousar e mugir para que eu possa calar. Porque a ousadia é o leão, o trabalho em silêncio é o touro,
a vontade de voar muito alto, a águia, por último, o conhecimento é o homem. O preceito dos Iniciados: Saber,
Querer, Ousar e Calar, portanto, origina de muito longe, e deriva do conhecimento das virtudes dos quatro
Animais Santos. Omraam Mikhaël Aïvanhov: Os Frutos da Árvore da Vida. A Tradição Kabalística, p. 93.
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INVOCAÇÃO DE SALOMÃO
Poderes do Reino, estejam sob o meu pé esquerdo e na minha mão direita!
Glória e Eternidade, toquem os meus ombros me levem aos caminhos da Vitória!
Misericórdia e Justiça, sejam o Equilíbrio e o Esplendor da minha vida!
Inteligência e Sabedoria, dai-me a Coroa!
Espíritos de Malkuth, conduzam-me entre as duas colunas sobre as quais repousa todo o
edifício do Templo!
Anjos de Netzach e de Hod, me afirmem na pedra cúbica de Yesod!
Ó Gedulaël! Ó Geburaël! Ó Tipheriël! Ó Binaël, sede o meu amor!
Ruach, Chokmaël, sede minha luz!
Ó Ketheriël, sede o que tu sempre foi, o que tu és e o que tu sempre serás!
Izchim, assisti-me em nome de Adonaï-Melekh!
Cherubim, sede minha força em nome de Shaddaï!
Beni-Elohim, sede meus irmãos em nome do Filho e pelas virtudes de Sabaoth!
Elohim, lutem por mim em nome de Tetragrammaton!
Malachim, protejam-me em nome de Iaveh!
Seraphim, purifiquem o meu amor em nome de Eloha!
Hashmalim, iluminai-me com os esplendores de Elohim e da Shekinah!
Aralim, ajam em nome de Jehovah Elohim!
Ophanim, voem, girem e resplandeçam em nome de Iah!
Hayoth ha-Kodesh, gritai, falai, rugi, mugi! Proclamem e espalhem as divinas virtudes em
nome do Ehyeh!
Kadosh! Kadosh! Kadosh! Shaddaï! Adonaï! Iotchavah! Eiazerieth! Hallelu-Jah! Hallelu-Jah!
Hallelu-Jah! Amém.
Nota: Informações sobre a Invocação de Salomão estão na página anterior.

O INICIADOR: coloca o incensório no seu lugar no Altar, em seguida, com o acendedor na


mão esquerda, acende com o acendedor a “Luminária dos Mestres do Passado”, passa
para a mão direita, retorna para o seu lugar no Altar e acende as Três Luminárias,
começando no Leste (o Pai), continuando no Norte (o Filho) e terminando no Sul (o
Espírito Santo), e diz:...
-Que essa única Luz que emana destas três Luminárias diferentes, manifestas a nós o
misterioso Poder d´Aquele que O INICIADOR: pegando o incensório com a mão direita,
traça o PANTÁCULO MARTINISTA HORIZONTALMENTE (sobre as “Três Luminárias”);
ele/ela coloca de volta no Altar, coloca incenso três vezes no carvão do incensário e diz:...
-Recebe, ó Senhor, a homenagem que os Teus Servidores aqui presentes prestam a Ti
neste lugar consagrado. Que essa misteriosa Luz ilumine os nossos espíritos e os nossos
corações, como ela iluminou anteriormente as obras dos nossos Mestres!
-Que essas Luminárias iluminem com a sua luz viva os Irmãos e Irmãs reunidos ao Teu
chamado! Que a Tua presença constante seja um testemunho vivo da Tua união! Amém
-Em Nome e para a Glória do Grande Arquiteto do Universo e sob os auspícios dos Mestres
do Passado, pela virtude dos poderes que me foram investidos;
-Anteriormente o MESTRE DESCONHECIDO perpetuamente presente no Oeste;
-Eu declaro esta sessão ritual de iniciação ao primeiro grau do Respeitável Capítulo
(NOME) regularmente aberta.
O INICIADOR: abre a BÍBLIA com a mão esquerda nos primeiros versos do Evangelho
segundo São João e diz: ...
-Irmãos e Irmãs, nós já não estamos na escuridão. Elevemos os nossos corações e
pensamentos em fraternidade; olhemos para a Luz e trabalhemos, na presença dos nossos
Mestres, em Paz, Alegria e Fraternidade. Amém
Todos fazem o sinal da cruz e pronunciam a palavra “IESCHOUAH”.
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O INICIADOR: Bate 6 + 1: e diz
-Comigo, Irmãos e Irmãs, pelo Sinal e pela Aclamação!

Todos fazem o Sinal colocando o dedo indicador e médio da mão direita sobre os lábios, e
pronunciam em voz alta a palavra “CARITAS” enquanto estendem a mão direita com a
palma aberta para frente.

O DESCONHECIDO: falando solenemente, diz:...


-Mui Querido IRMÃO/IRMÃ INICIADOR, bateu a primeira hora de Apolônio e de acordo
com o nosso costume usual, permitam-me evocar São João, o Evangelista:
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”
“Ele estava no Princípio com Deus.”
“Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada foi feito.”
"Ele era a Vida, e a Vida era a Luz do Homem.”
“E a Luz resplandece nas trevas e as

Apresentação dos Irmãos e Irmãs aos Mestres do Passado.


Uma sineta é tocada. Todos os presentes, começando com o DESCONHECIDO e
terminando com o INICIADOR, curvam sua s cabeças para a “Luminária dos Mestres do
Passado” e pronunciam o seu nome completo ou o seu “NOMEN Esotérico” ou ambos.
Quando a apresentação terminar,
O INICIADOR: diz:
-Podem sentar-se minhas Irmãs e Irmãos!
ATENÇÃO: Como a seguinte Iniciação está acontecendo no 3º Grau, o INICIADOR não
extingue as “Três Luminárias”, mas fecha a Bíblia.

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PARTE TRÊS
INICIAÇÃO DO TERCEIRO GRAU

INICIAÇÃO DO TERCEIRO GRAU (S I )


Superior Incógnito (Servidor)

Todos os membros presentes usam Máscara Preta, o INICIADOR usa Máscara


VERMELHA.
O Candidato deve se apresentar com os paramentos do Segundo Grau (Iniciado), isto é, a
túnica Azul, a faixa branca colocada do ombro direito para o flanco esquerdo (do qual pende
o Pantáculo Martinista), máscara e capa pretos.
Antes do início da cerimônia, o Assistente pega a sua espada e a entrega ao INICIADOR,
que a coloca sobre o “Altar dos Mestres do Passado”, juntamente com os seus novos
paramentos.
O ASSISTENTE:
1. Priva o Candidato de todos os metais;
2. Toma posse da obrigação assinada do Candidato;
3. Coloca um véu preto sobre o rosto (cobrindo a máscara preta);
4. Conduz o candidato à porta em silêncio;
5. Bate TRÊS vezes na porta;
6. Abre a porta em silêncio (exceto se houver um Sentinela no Templo, que fará isso).
O INICIADOR: Quem bate assim na porta do Templo?
O ASSISTENTE: Um Irmão/Irmã “Iniciado” que solicita a honra do ser elevado ao grau de
“Superior Incógnito” e cujo nome é ............, membro “Iniciado” da nossa Venerável Ordem
desde ............ (data).
O INICIADOR: bate TRÊS vezes com o Tau dizendo: Irmão/Irmã Sentinela dê-lhe entrada
ao nosso Templo.
O Candidato é conduzido ao Templo ao pé da cruz vermelha que é colocada no chão no
meio do Templo; no centro está a pedra cúbica branca e nas extremidades os estandartes
representando respectivamente a Águia, o Homem, o Touro e o Leão.
Fica parado à ordem como “Iniciado” (as duas mãos cruzadas sobre o abdômen, com a
direita sobre a esquerda).
Todos os Irmãos e Irmãs sentam em seus lugares e ficam em um profundo silêncio.
O INICIADOR: Irmãos e Irmãs, perguntem ao nosso Irmão/Irmã, que aspira ao grau do S. I.
todas as perguntas que possam sentir aplicáveis, às circunstâncias dele/a.
Observe:
O INICIADOR PODE QUERER USAS ESSAS SEGUINTES PERGUNTAS COMO UM
GUIA E PODE ESCOLHER QUAISQUER OUTRAS PARA ESTABELECER AS
QUALIDADES DAQUELES QUE PROCURAM ESSA MAIS SOLENE E IMPORTANTE
INICIAÇÃO.
1. Meu Irmão/Irmã, o Segundo Grau que tu anteriormente alcançaste originou dentro de ti
um particular estado da alma e inspirado na tua mente alguma reflexão importante? Podes
nos dizer quais são?
2. Estás satisfeito em ser um Martinista? Por quê? Quais as causas dessa satisfação?
3. Não sentes que pode ser um engano ou talvez uma forma de decepção? Por quê? Por
favor, elucide.
4. Na tua opinião quais são os graves defeitos no ser humano? Por quê? Classifique-os em
ordem descendente.
5. Quais são as grandes qualidades do ser humano? Por quê? Classifique-os em ordem
descendente.
6. Na tua opinião a disciplina da astrologia é digna de estudo? Por quê? Por que não?
7. O que procuras entre nós?
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8. O que é um símbolo? Dê exemplos. O que é um símbolo para ti? Por quê?
9. O que te interessa mais nos teus estudos esotéricos? Por quê?
10. Quantos Apóstolos de Cristo estavam lá?
11. Quantas Forças há no universo?
12. Acreditas ser plausível mais de uma existência e na reencarnação? Por quê? De que
forma?
13. Quais são os teus pensamentos sobre a alquimia?
14. A Terra é o único planeta habitado?
15. O Martinismo te ajudou a adquirir noções ou emoções que tu não tinhas antes?
Depois deste interrogatório fraternal (e se nenhum dos presentes tiver outras questões a
fazer), o INICIADOR diz ao Candidato:
O INICIADOR: Tomo nota das tuas respostas.
O INICIADOR: bate TRÊS vezes com o Tau e diz:
Atenção Irmãos e Irmãs, de pé e à ordem no Terceiro Grau!
Os Irmãos e Irmãs ficam de pé e à ordem no 3º grau. O Assistente introduz o Candidato e
remove o Véu do Candidato.
O INICIADOR: À glória de IESCHOUAH, em comunhão de pensamento com os nossos
Mestres do Passado e sob os seus auspícios, devo conferir a ti, meu Irmão/Irmã, a Iniciação
Martinista tal como ela foi conferida a mim pelo meu Iniciador.
NOTA PARA OS INICIADORES PARA UM PONTO ALTAMENTE IMPORTANTE
Para a Iniciação do Terceiro Grau, se possível, dois Superiores Incógnitos escoltam o
Candidato. Agora, depois dessa declaração do INICIADOR, é conduzido -passando pelo
Sul da Cruz- à frente do Altar onde o deixa SOZINHO, frente às TRÊS LUMINÁRIAS...
Então, um vai para o Norte e o outro para o Sul do Altar, longe dos assentos. O mais velho
ocupa o posto Sul. Se forem da mesma idade, será o mais antigo no Grau. Se ambos
tiverem a mesma idade no grau, será o primeiro, alfabeticamente de acordo com os Nomes
Místicos. Devem ocupar esses postos durante a cerimônia inteira (exceto quando tiverem
que intervir), sua participação com as suas espadas “PAPUS” na sua mão direita,
apontadas para frente e direcionadas para o chão.
O INICIADOR: apresenta a Obrigação assinada para o Candidato e diz a ele:
Meu Irmão/Irmã, reconheces neste documento a tua letra e a tua assinatura feitos antes da
tua entrada no Templo?
O CANDIDATO: Sim.
O INICIADOR: Então, meu Irmão/Irmã, peço que leia com voz clara e audível para todos os
presentes, para aqueles que são Invisíveis como também para os nossos Irmãos e Irmãs
aqui. Enquanto isso, coloque a tua mão direita sobre a BÍBLIA que está aberta no primeiro
capítulo do Evangelho de acordo com São João.
Enquanto fala, o INICIADOR abre a Bíblia com a mão esquerda no Capítulo (São João).
Quando a leitura do Compromisso terminar, pega e junta com os Compromissos do
Primeiro e do Segundo Graus. Coloca os Três Compromissos na ponta da sua espada
flamígera e coloca fogo, com a chama do “Círio dos Mestres do Passado”. Durante a
combustão aponta sua espada para o chão na frente do “Altar dos Mestres do Passado”.
Quando queimar totalmente, se vira a ele e diz:
O tempo extravia ou apaga os escritos do Homem, mas o que foi confiado ao fogo
permanece para sempre!
Coloca a sua espada de volta à frente do Altar.
Irmãos e Irmãs, podem sentar.
Senta como todos os outros. Um assento é providenciado para o Candidato.
O INICIADOR: Meu Irmão/Irmã, a Iniciação que estou para conferir-te, com a assistência
dos nossos Mestres do Passado aqui presentes e de todos os nossos Irmãos e Irmãs, é
composta de três elementos. Talvez a sua simplicidade possa surpreender-te? No entanto,
a meditação sobre esses ritos abrirá para ti, sem dúvida, o caminho para essa Luz Interior
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que tu buscas. Então entenderás que a brevidade aparente dos nossos símbolos dissimula
algo mais profundo. Esses elementos são resumidos em:
1. Os símbolos esotéricos dos Sinais particulares que te farão conhecido para os teus
Irmãos e Irmãs em todo o mundo, e as palavras que os manifestam, sinais e palavras dados
há dois séculos, no final do século 18, para o nosso Mestre Louis-Claude de
SAINT-MARTIN pelos seus Iniciadores, e cuidadosamente preservados ao longo do tempo
até o presente.
2. O simbolismo das “Três Luminárias”, das três Toalhas do Altar, da Máscara (da qual tu
recebeste alguma instrução na tua Iniciação do Primeiro Grau), do Colar, da Capa preta
(que foi dada na tua elevação ao Segundo Grau) e, finalmente, do Cordão branco.
3. A Consagração, como é apropriadamente chamada, do tua entrada em nossa Venerável
Ordem se manifesta pelo Número e pelo sopro do Espírito Iluminador.
O INICIADOR: Meu Irmão/Irmã, os Sinais e Palavras de reconhecimento para os membros
da nossa ordem são como segue:
Se achares que uma pessoa possa ser um de nós, aproxime-se dele/dela com algum outro
pretexto. Em seguida, passe os três primeiros dedos da tua mão direita três vezes sobre a
tua sobrancelha direita, em um gesto distinto. Então pergunte casualmente: “Conheces
Saint-Martin?”
Se essa pessoa for um “Superior Incógnito”, responderá com um gesto similar sobre o
ouvido direito, dizendo: “Conheço o Filósofo Desconhecido, a Máscara e a Capa.”
Desafiando: “Prove!” Ele apertará a tua mão direita e fará duas longas e uma curta pressão
com o seu polegar na primeira articulação do teu dedo indicador.
Essa pessoa será como então estás vendo como o nosso Regulamento exige dele: um
Irmão ou Irmã Martinista.
Os primeiros dois sinais que são aparentemente anódinos, podemos simplesmente dizer
isso para ti: o primeiro chama a tua atenção para a Visão e o segundo para a Audição.
Agora, para ser capaz de ouvir, deve necessariamente ficar em silêncio. Permitam concluir,
portanto que esses dois gestos são significantes do lema que resume toda disciplina e
acesso iniciático: “Observe e fique em silêncio!”
Para observar e ouvir, prepare o ouvido para a voz interior, para compreender o que ela te
revela e para assimilá-la.
Se o terceiro gesto (pressão extra dos dedos) é feito para completar essa hierofania, nós
poderíamos considerar que o ato de colocar o indicador e médio da mão direita
verticalmente, na beirada, sobre os lábios, preenche perfeitamente esse cargo, uma vez
que assim nos cobrimos com a Cruz, símbolo do Silêncio e da Regeneração.
O INICIADOR: Possuindo para alguns dados precisos no Simbolismo e nos Ensinamentos
da Iniciação, deverás receber ainda outras explicações sobre esse tema.
O Terceiro Grau, “Superior incógnito” forma a Síntese dos primeiros dois Graus,
“Associado” e “Iniciado”.
A tua assinatura a partir de agora consistirá, pelo sinal SI, esta é a assinatura distintiva da
ordem e indica por si só todos os desenvolvimentos do Ritual simbólico. Neste momento o
INICIADOR ou o ASSISTENTE mostra para o Candidato a cruz e os seis pontos traçados
em uma folha de cartão. Os seis pontos colocados em dois opostos triângulos figuram a
disposição das Luminárias e sua localização, simbolizando o Ternário nos Três Mundos:
Deus, Homem e Natureza.

A letra S, inicial das palavras Silêncio e Superior, representam a Capa simbólica, que
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cobre totalmente cada verdadeiro Iniciado.
A letra I, inicial das palavras “Iniciado” e ‘Incognitus’ (Latim para “Desconhecido”),
representa o símbolo da Máscara em todos os seus significados.
A oposição das duas Letras e a oposição dos dois Triângulos revelam para todos os olhos
perspicazes, as duas Colunas em sua ativa (letras) e sua passiva (pontos) oposição;
vertical e horizontal oposição; a chave do simbolismo da Cruz.
O simbolismo do Ritual é ainda mais belamente recapitulado na seguinte bem conhecida e
característica figura:

-O Ponto dentro do Círculo representa o Princípio dentro do seu Desenvolvimento, Deus na


Eternidade, etc.
-No Reino Humano o Ponto ou Princípio, representa o Individual; o Círculo, ou
Desenvolvimento representa a Humanidade.
-No Reino Intelectual o Ponto ou Princípio, representa o Conhecimento Absoluto; o Círculo,
Teorias Científicas, Sistemas e Escolas.
-No Reino Moral o Ponto representa a Religião; o Círculo todas as diferentes formas de
adoração.
-In fine, o Ponto é a causa, o primeiro-motivo; o Círculo é o efeito, a consequência.
-Os Martinistas veem no Ponto o emblema da Máscara, que ensina a Solidão e na
Circunferência o da Capa, que ensina a Prudência.
-As Linhas Paralelas seguradas pelos dois Santos João, o Apóstolo e o Batista, cujos
festivais ocorrem em estações opostas do ano, representam as forças antagônicas da
Natureza mantendo a Eternidade mesma (figurada pelo Círculo) em um estado de um mais
perfeito equilíbrio; eles figuram alternativamente o bem e o mal, a luz e as trevas, o homem
e a mulher, espírito e matéria, etc., oposições que são indispensáveis para estabelecer
sobre toda a Criação a Lei Divina da Harmonia Universal e que nos tempos antigos foram
representados pela Lira de Orfeu, mas desde a era Cristã a Bíblia que coroa o Símbolo
inteiro.
O DESCONHECIDO: levantando, diz:
Pela meditação no sublime simbolismo do Ritual Martinista nós fomos levados a fazer a
seguinte Profissão de Fé:
AS CHAMAS (LUMINÁRIAS)
Acreditamos em um Único Deus, em uma Única Religião; em um Deus abençoando todos
os Deuses, e em uma Religião absorvendo ou anulando todos os Cultos.
Acreditamos na infalibilidade do Espírito de Caridade ou Filantropia Universal, ao invés da
infalibilidade da dogmática temeridade em poucos homens.
A MÁSCARA
Acreditamos na absoluta liberdade, na absoluta independência, na soberania, e mesmo na
relativa divindade da Vontade Humana, quando governada pela razão.
Acreditamos que para enriquecer a si mesmo deve dar aos outros e que a felicidade
pessoal é atingida somente por meio da felicidade dos outros.
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AS COLUNAS
Reconhecemos na Divindade dois modos essenciais: Ideia e Forma, Inteligência e Ação.
Acreditamos na Verdade, que é Divindade concebida pela Ideia.
Acreditamos na Realidade, que é a Ideia provada ou provável pela Ciência.
Acreditamos na Razão, que a Divindade é corretamente expressa pela Palavra.
Acreditamos na Justiça, que é a Divindade em Ação de acordo com as suas verdadeiras
relações e as suas razoáveis proporções.
A CAPA
Acreditamos que o próprio Deus, o Grande e Indefinível Princípio da Justiça, não pode ser
um déspota nem torturador das Suas Criaturas; que Ele não pode premiar nem as pune;
mas que a Lei da Harmonia Universal carrega em si a sanção, assim como o Bom é o
prêmio para o Bom e o Mal a punição, mas também o remédio para o Mal.
O DESCONHECIDO senta.
O INICIADOR: Nós estamos para lançar mais luz sobre o significado dos Sinais e
Pantáculos dos primeiros dois Graus, mas não deve ser esperado, contudo, que este
assunto será esgotado ou o seu esoterismo revelado aqui. É para o Iniciado solitário que
esta tarefa recai. Tudo o que é permitido para ti é para levar-te à descoberta.
AS LUMINÁRIAS E AS TOALHAS DO ALTAR
O INICIADOR: mostra com a sua mão as Luminárias e Toalhas, dizendo:
A alma do Ritual que te tornará um Iniciado SI reside sobretudo na disposição dessas três
Chamas (Luminárias), dispostas de uma forma triangular e repousando sobre camadas de
diferentes cores: preto, vermelho e branco. Elas simbolizam a Unidade decorrente da
Diversidade. Este esquema esotérico, assim realizado no espaço, é tal que representa o
que o Oriente designa sob o nome de “Mandhala” ou “Kilkor” e na tradição Ocidental de
“Altar”. Este Ternário Luminoso e seu suporte, pelo seu significado esotérico, constitui a
herança que esta Cerimônia te transmite. Quando estiveres de posse deste esotérico e
secreto significado, tu talvez penses que é muito pouco. Com o tempo e meditação,
contudo, perceberás que este enigma que nós deveremos continuar para resolvê-lo para ti,
será pesado, com consequências e rico em conclusões tanto quanto for preocupado com a
tua evolução espiritual.
Diante de ti, meu Irmão/Irmã, são três velas e três toalhas que constituem o essencial do
nosso simbolismo.
O que é a vela? Um pavio coberto com cera. Ele é a união desses dois elementos que
constituem a vela em si.
A fim de cumprir com o seu papel perfeitamente, a vela deve ser acesa. A chama, portanto,
vem da finalidade da vela e da sua constituição.
É o mesmo para nós, com a Divina Trindade e o mistério das Três Pessoas em uma única
Divindade.
Assim como o Espírito Santo vem do Pai e do FILHO, a chama e a luz emanam do pavio e
da cera da Vela.
Analogicamente, podemos dizer: “Assim como o pavio é a vela, como a cera é a vela e a
chama é a vela, o PAI é DEUS, o FILHO é DEUS e o ESPÍRITO SANTO é DEUS.” No
entanto, cada uma das Três Pessoas desta Trindade é diferente das outras, mas uma não
pode ser desassociada da outra sem falsear a UNIDADE que a constitui.
Com o objetivo de manifestar essa Verdade essencial, admitida por todas as Iniciações e
por todas as Teogonias, na tua frente, essas três chamas evocam a Divina Unidade sob
três diversos aspectos. A luz emanada dessas três velas acesas é UMA só, embora
decorrentes de três fontes aparentemente diferentes e opostas. Assim é do mesmo modo
para o Absoluto.
O INICIADOR: Suportando as Três Luminárias, três Toalhas, sucessivamente Preto,
Vermelho e Branco, evocam em nosso espírito a tripla e oculta constituição do Universo e
do Homem, imagem invertida, reflexo da tripla constituição da Causa Primária.
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Podemos ver que há os três Reinos: Terrestre, Sub-Celeste ou Astral e Celeste. Ou ainda:
Humano, Angélico e Divino. Ou ainda: Infernal, Humano e Angélico. Estes são os três
planos da antiga Gnosis: o Pneumático ou Plano Divino, o Psíquico ou Astral e o Hylico ou
o Material. Isso já designa a Natureza e a origem da nossa antiga doutrina.
O estudo das ciências profanas, notavelmente a física, nos demonstrou, sem possível
contradição, que as aparentes cores das coisas só provém da própria natureza das próprias
coisas. Em uma palavra, um corpo é somente colorido na maneira em que reflete a luz. É da
mesma forma com os Seres e com esta palavra.
A Perfeição DIVINA tende para exercer a Si mesma de idêntica maneira em todas as
criaturas, mas os últimos nem sempre respondem a Ela da mesma forma. A misericórdia,
que Deus derrama universalmente com uma generosidade equitativa, não reflete em todas
as partes da mesma maneira pelos seres viventes. Alguns a rejeitam, outros a deformam,
outros a absorvem. Assim são constituídas as categorias dentro da Criação.
A fim de que a luz dessas três velas possam se manifestar nelas e dentro delas da mesma
forma, é imperativo que essas três toalhas se tornem rigorosamente idênticas. Elas devem
variar. Mas a Luz permanecerá sempre a mesma como era antes: a imagem da
inalterabilidade e imutabilidade Divina.
É do mesmo modo com as criaturas. Elas devem perceber a sua união, fundida em uma
única e mesma natureza, percebem em si mesmas a Unidade da Essência. Em seguida, a
desigualdades das nuances desaparecerá.
Estas, portanto, não estão identificadas com Deus da mesma forma que a unidade da cor
irá sozinho fazer essas toalhas se tornarem luminosas em si mesmas.
A fim de perceber finalmente a Última Transmutação, a única e verdadeira “Grande Obra”, o
objetivo da Alquimia Espiritual, elas terão que desaparecer, perder as suas características
próprias; e é somente a sua combustão final que pode identificá-las com as chamas das
nossas Luminárias.
É o mesmo com o Homem. Ele nunca pode identificar-se com Deus, ser encontrado n’Ele,
ou participar em Sua perfeição essencial e ainda permanecer ao mesmo tempo como um
exterior, distinto e independente Ser. É somente fazendo uma abstração da sua ilusória
personalidade que pode reintegrar-se na Fonte Primeira. E será somente pela
Reintegração que o Homem pode conceber e compreender, ver, de acordo com as
palavras das Escrituras, “ver Deus Face a Face”.
O INICIADOR: “Tu não podes ver a minha Face sem morrer!” Ele nos diz. Portanto,
devemos escolher. Eternidade, a plenitude da sensação e a perfeita inteligência de todas
as coisas, são o privilégio da Divindade; são os atributos que pertencem somente a Ele e
residem somente n’Ele. Para quem quiser aderir a estes, há somente um caminho: ir a eles
e conquistá-los onde eles estão. Todo outro caminho é ilusório e não merece nem um
momento de reflexão.
Assim como o fogo de uma vela pode comunicar a si mesma para outras velas sem
decrescer ou diminuir, como Louis Claude Saint-Martin nos diz, do mesmo modo os
espíritos são criados por Deus.
Fogo e Ar correspondem ao Número, Água para Medida e a Terra para a Forma e o Peso.
Tal é o grande e ultimo Arcano que é expresso magnificamente as Três Chamas e as três
cores.
A CRUZ
A Cruz é a imagem da Lei Quaternária, que está oculto na formação Kabalística do
Tetragrammaton ou o nome de quatro letras, o Nome Incomunicável.
Este conhecimento constitui o cume de todas as Escolas de Iniciação, independentemente
dos seus Nomes ou Ritos que possam ter. Mas, quase todas elas, a letra substituiu o
espírito e nada permanece da Tradição, mas algumas poucas cerimônias não mais
compreendidas.
O Nome Incomunicável ou a Palavra Perdida, pronunciada somente em voz baixa e dentro
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do meio dos mais solenes ritos, é o hvhy (Yod-He-Vau-He) dos Hebreus, que é derivado
dos Egípcios, seus Mestres. É também o I.N.R.I. dos Rosa+Cruzes e o ROTA dos
Kabalistas.
O Nome Incomunicável é também o Grande Athanor (G.’.A.’.), o AZWt (Azoth) dos Adeptos
do mais alto Grau da Iniciação Hermética. Para conhecer a sua verdadeira pronúncia, que é
possuir a total compreensão do mecanismo da Lei Quaternária (maravilhosamente
sintetizada na Palavra Perdida Kabalística), é para o mestre os Quatro Elementos e
concentra em um só cérebro todas as ideias da Ciência, da Religião e do Progresso.
Vimos que a Lei Ternária liga as forças opostas e traz de volta para a Unidade do Triângulo.
O Quaternário é o complemento para o Ternário. Ele incorpora as Leis da Oposição e do
Equilíbrio para um Todo harmonioso ou Entidade.
A Lei Quaternária é representada na Geometria pelo Quadrado, que é composto de quatro
ângulos do 90º graus, iguais para cada quarta parte de um Círculo, o emblema da
Eternidade. A partir disso é originado o Problema da Quadratura do Círculo, insolúvel pelos
modernos matemáticos, baseado no princípio errôneo do “ponto matemático”, mas
perfeitamente resolvido pelos Antigos Filósofos, que representaram deste modo a Absoluta
Lei da Eterna Harmonia. A maneira empregada pelos Iniciados para escrever as Palavras
Sagradas é para dispô-las em uma forma crucial, dentro de um círculo.
O INICIADOR: mostra a figura da cruz no círculo.
Essas são as reais instruções iniciáticas sobre a Cruz, Símbolo da Divindade, pelo mistério
do Nome Incomunicável, que é de fato como a Deidade se manifesta para o Filósofo pela
Grande Lei Universal do Quaternário.
Não podemos dizer mais nada sobre este importante tema. Damos a ti a Chave da Ciência
Universal; tu mesmo deve abrir a porta do teu Santuário interior.
Silêncio.
O PENTAGRAMA
O INICIADOR: mostrando a figura do Pentagrama, vai a:
O Pentagrama, com as suas cinco pontas parece perturbar a bela harmonia do
Quaternário.
It does.
Portanto, o número 5 é simbólico da Queda, da Morte, da Decadência, da Corrupção e da
Putrefação.
Mas o Estrela Flamígera, que sugere a forma de um Homem (viz., ou cabeça e seus quatro
membros), é emblemática do Homem em toda a plenitude do poder da sua Livre Vontade,
capaz de subjugar as suas paixões, quando o intelecto domina a matéria (mostra a Figura
do homem no círculo com a cabeça para cima), ou permite que as suas paixões controlem
a sua vontade (mostra a Figura do homem no círculo com a cabeça para baixo). Ela
representa então, o Bem ou o Mal, de acordo com a direção que ela afeta.
A Estrela de Cinco Pontas é acima de tudo emblemática da Queda (5) do Homem; da
Corrupta (5) condição, tanto moral como física.

Mas vimos nos Graus precedentes que a Vontade Humana é poderosa mesmo contra a
Providência. Portanto, para efeito da sua Redenção é necessário que a Livre Vontade e
Acordo do Homem queira se unir com os Desígnios da Providência. Esse aliança ou
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comunhão, ocorreu quando a Divindade encarnou no corpo do Homem, quando o Verbo se
fez Carne.
O Homem tinha ofendido seu Criador, profanado o Nome Sagrado de Deus, em outras
palavras, ele destruiu a Harmonia da relação entre o Céu e a Terra, uma ideia expressa
Kabalisticamente pela mutilação do Nome Sagrado dividido em duas partes: o Sublime
Quaternário rasgado violentamente em dois Binários ou os dois termos da oposição:
Hv hy
(Vau-He) (Yod-He)

O INICIADOR: Este antagonismo não poderia continuar. O Tetragrammaton desejou a


Regeneração do Homem. Este desejo é expresso na Kabalah pelo Triplo Tau Hebraico,
pela letra s (Shin) representando também, pelo sua forma de afetar a língua, o Verbo; viz.,
Divindade em si como manifesta pela Palavra ou Verbo.
A letra s (Shin), duplo do emblema de Deus, foi introduzida no Nome Sagrado mutilado e
feita para unir os dois fragmentos:
hvshy
(ELE É LIDO DA DIREITA PARA A ESQUERDA)
(Yod-He-Shin-Vau-He)

Este novo Nome de cinco letras, o emblema da Redenção do Homem, pronunciado em


Hebraico Yeoshua.
Ele é o Nome do Nazareno. Por isso, vemos que o número 5, forma destruidora da
Harmonia, torna-se, sob uma Nova Disposição, o abençoado Número da Reintegração do
Homem ao seu original estado de pureza.
Agora entenderá o sentido esotérico da morte de Osíris, e outros (mais modernos) heróis
dos Mistérios mesmo antes de Cristo, que a Redenção do Homem sempre foi possível
desde a sua Queda.
Tenha essas explicações esotéricas sempre presentes na tua mente. Elas te levarão, meu
Irmão/Irmã, para a mais elevada concepção do Universo, das suas leis, e do Grande
Arquiteto. O conhecimento que obtiveste da contemplação dos nossos símbolos vão muito
além do que qualquer contemporânea Associação Secreta possa dar-te.
Resta explicar-te o Signo deste Grau: o Selo de Salomão ou o Duplo Triângulo, e o
Pantáculo Universal do Martinismo.

O SELO DE SALOMÃO
O INICIADOR: mostrando a figura do Selo de Salomão, continua:
O Selo de Salomão ou a Estrela de Seis Pontas, representa o Universo e os seus dois
Ternários, Deus e Natureza e é portanto chamado de signo do Macrocosmo ou Grande
Mundo, em oposição com a Estrela de Cinco pontas ou signo do Microcosmo, ou Pequeno
Mundo, ou Homem.

Ele é formado de dois Triângulos. O que tem com o ápice para cima representa tudo o que
sobe. Ele simboliza o Fogo e o Calor. Fisicamente, representa as aspirações do Homem em
relação ao seu Criador. Materialmente, representa a evolução das forças físicas do centro
da Terra para o centro do nosso sistema planetário, o Sol. Em uma palavra, expresse o
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returno natural das forças morais ou físicas para o Princípio de onde emana.
O Triângulo com a ponta para baixo representa tudo o que desce. É o símbolo hermético da
Água ou Umidade. No Reino Espiritual representa a ação da Deidade para as Suas
criaturas. No Reino Físico representa a corrente de involução do Sol, o centro do nosso
sistema planetário, para o centre da Terra.
Combinados, esses dois Triângulos expressam não somente a Lei do Equilíbrio, mas a
Eterna Atividade de Deus e do Universo. Eles representam o Movimento Perpétuo, a
incessante Geração e Regeneração pela água e pelo fogo , ou “Putrefação”-uma
antiga palavra para o termo mais científico “Fermentação”.
O Selo de Salomão é a perfeita imagem da Criação. É com este significado que o nosso
Venerável Mestre, Louis Claude de Saint-Martin, o corporificou no Pantáculo Universal.
O INICIADOR: mostrando a figura do Pantáculo Universal, vai ao...
O PANTÁCULO UNIVERSAL

Deus, o primeiro Princípio do Universo, é representado pelo Círculo, o símbolo da


Eternidade.

A ação da Eternidade passa do Poder latente para a Ação, é simbolizado pela mística
relação do centro pela circunferência e pelos raios projetados seis vezes em torno do
Círculo, que produz o Hexágono, que é emblemático dos Seis Períodos da Criação.

O ponto central forma o Sétimo Período, do qual Repousa. É entre essas emanações
criativas que a Natureza evoluirá pelas duas grandes correntes de Involução e Evolução
(Triângulos ascendente e descendente).

Observamos que na Natureza, o Selo de Salomão, não alcança a Deus, somente as Forças
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Criativas emanadas d’Ele.
Do centro do Universo para Deus em Si Mesmo (Círculo), o poder do Homem origina,
unindo os efeitos da Divindade com o fatalismo da Natureza na Unidade da sua Livre
Vontade, simbolizada pela Cruz, unindo o centro do Universo (Alma Humana) para Deus
em Si Mesmo.

Esta é a explicação da figura sintética mais completa que o gênio do Homem já descobriu.
Ele explica todos os mistérios da Natureza. É verdade na Física e na Metafísica, nas
Ciências Naturais como na Teologia. É o selo que une a Razão e a Fé, o Materialismo e o
Espiritualismo, a Religião e a Ciência.
Medite, meu Irmão/Irmã, com toda a tua alma para o que foi explicado para ti. Desejo e
Meditação te levarão para as tuas maiores descobertas: o Homem de Desejo é o protegido
da Providência.
Silêncio.
O INICIADOR: Meu Irmão/Irmã, de modo a dar-te mais precisão nessa instrução
tradicional, o nosso cerimonial se encarrega de lembrar-te, diante das Luminárias, alguns
versos do Evangelho de acordo com SÃO JOÃO, o Evangelho esotérico. A inalterabilidade
da Essência, a eternidade da Ação, a infinidade da Divina Paciência, são na verdade
apresentados no Prólogo:
O MESTRE INICIADO: Levanta neste momento e dirigindo-se para todos os presentes, diz:
Irmãs e Irmãos, de pé e à ordem!
E, em seguida, recita gravemente os primeiros versos:
No princípio era o VERBO, e o VERBO estava com Deus, e o VERBO era DEUS.
Era no princípio com DEUS.
Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele, nada do que foi feito se fez.
N’Ele estava a Vida, e a Vida era a Luz do Homem.
E a Luz resplandece nas trevas e as trevas não a compreenderam.
O INICIADOR: Tais são os princípios básicos desta instrução. Estes poucos versos
principais são suficientes para explicar o completo mecanismo da nossa Tradição
Ocidental. O LIVRO contém a PALAVRA, o VERBO. A espada manifesta justamente como
a voz manifesta o Pensamento.
Daí em diante, será importante, meu Irmão/Irmã, que a escuridão desapareça pela sua
própria ação. Em ti, primeiramente e depois em torno de ti.
Podem sentar, meus Irmãos e Irmãs!
A MÁSCARA
O INICIADOR: dizendo para o Candidato:
Por favor, de pé e à ordem, meu Irmão/Irmã Iniciado!
O INICIADOR: designando com o seu Tau a máscara que o Candidato usa, diz:
Meu Irmão/Irmã, lembro-te que por esta Máscara, que recebeste na tua Iniciação ao
Primeiro Grau da nossa Venerável Ordem, a tua personalidade mundana desapareceu.
Tornaste-te um Desconhecido diante de outros igualmente Desconhecidos. Já não temerás
as pequenas susceptibilidades que a vida diária está constantemente sujeita no meio de um
mundo hostil, assim permitindo-te estar constantemente em guarda.
Inspira-te com o profundo simbolismo deste costume aparentemente inútil.
Estando sozinho diante de pessoas que tu desconheces, não necessitas pedir o favor
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delas. É de si mesmo e por meio de si mesmo, em toda a tua solidão que tu deves
compreender a chama iluminadora da tua Vida Interior.
Desconhecido, já não deves receber ordens ou instruções filosóficas de ninguém. Tu
somente és responsável pelas tuas ações perante a tua Consciência e perante a tua própria
ENTIDADE, pois a tua Consciência é o Mestre indiscutível de que tu deves sempre receber
conselhos, o Juiz inflexível e severo, a quem DEUS confiou o cuidado de conduzir-te de
volta até Ele.
Esta máscara te isola do mundo durante o teu trabalho e te ensina a manter secretos os
teus pensamentos, os teus propósitos e as tuas ações. Ela te lembra do teu juramento de
SILÊNCIO. É a imagem do véu que tu terás diante da Luz Oculta pois deve conservar o
mistério daquilo que Deus julgou melhor velar.
Deixe a máscara te ensinar a te manter Desconhecido para aqueles a quem tu tiveres
salvado da miséria ou da ignorância. Saiba como sacrificar a tua personalidade mundana
sempre que tu agires como um Superior. Assim, tu justificarás as palavras do Salmista:
“Não para nós, Ó Senhor, não para nós a Glória, mas em Teu Nome!” (Salmo 115)
O ROBE
DENTRO DA ÉGIDE DA MOUP, O ROBE VERMELHO SERÁ USADO PELO CANDIDATO
SOMENTE NO MOMENTO DA SUA RESPECTIVA INICIAÇÃO DE S.I.I.; o Assistente retira
momentaneamente do Candidate capa preta e ajuda a colocar o Robe Vermelho.
O INICIADOR: Vestido com este Robe e isolado no estudo de ti mesmo, virá através da tua
própria meditação solitária para formar a tua nova personalidade. Assim, ao invés de deixar
os teus instintos forjarem um eu ilusório para ti, instável e até mesmo perverso, é o Robe
vermelho do SI que simboliza a tua ação que pode ocultar à vontade neste grau. A tua face
não pode refletir a tua personalidade, que está mascarada de preto. Se estivesse
mascarada de vermelho, irradiaria uma atividade que se mostraria aparente mesmo
quando a sua face não fosse vista.
O COLAR
O INICIADOR: coloca (não o Assistente) o colar branco do SI em volta do pescoço do
Candidato e diz:
Que este Colar seja para ti o vínculo entre a tua Entidade e a tua personalidade, ao mesmo
tempo em que cumpre o seu papel como um protetor. Entretanto, seja cuidadoso. As forças
das trevas desencadeadas contra o novo Eleito, contra essa vontade que nasce da Luz, se
jogarão contra ti!
O colar branco, com o Pantáculo Martinista na sua extremidade é, quando consagrado, a
proteção, por meio da sua cor e pelo Pantáculo que ele carrega e que protege um
importante plexo situado na região epigástrica.
A CAPA
O INICIADOR: com a ajuda do Assistente, coloca a capa preta nas costas do Candidato e
continua.
Aprenda a envolver-te com este Manto misterioso. Ele te fará insensível aos ataques dos
auxiliares da Força do Inconsciente Inferior.
Por que a Máscara e a Capa devem ser pretas? Porque o preto não é visto nas trevas e é
assim como o Martinista pode passar inadvertido ante os Poderes Demoníacos e dos seus
agentes. Tudo o que, no Iniciado é de outra cor, desta maneira é velado. Além disso, o
Preto é receptivo e pode receber os influxos que vêm do Alto.
Em virtude de ser e de permanecer um Desconhecido, tudo o que está em contato com o
exterior é preto, portanto, invisível; ele deve atuar do interior quando se tornou Superior
Incógnito, ao estado da Ação. Quando o Iniciador veste uma Túnica Branca, é porque nas
suas funções ele deve irradiar. Porém, deve saber ocultar esse esplendor do profano, se for
necessário, deve ser apenas um Desconhecido quando se envolve no Manto misterioso.
O CORDÃO
O INICIADOR: coloca o cordão em volta da cintura do Candidato e diz.
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Meu Irmão/Irmã, por este Cordão que passarás a usar sobre o teu Robe, tu estarás isolado,
protegido das forças maléficas que te assediarão durante os teus trabalhos. Entretanto, o
Cordão, símbolo do Círculo Mágico e da Cadeia Tradicional, te liga aos teus Irmãos e Irmãs
e ao teu Iniciador, tal como o liga com todos aqueles que já não aparecem, mas no entanto
que hoje estão aqui, invisíveis, mas seguramente presentes.
Tudo é simbólico, meu Irmão/Irmã: o Cordão é o símbolo da Corrente que te liga à Ordem e
aos teus Irmãos e Irmãs. A Capa é símbolo do silêncio e da prudência. O Colar é por sua
vez um vínculo e uma proteção. A Túnica simboliza a tua nova personalidade, sob a qual
desaparece tudo o que é profano. A Máscara é o símbolo do segredo e do teu incógnito.
RESUMO
O INICIADOR: Meu Irmão/Irmã, tu chegaste ao próprio umbral do Santo dos Santos do
Templo do Conhecimento Universal.
Devemos deixar-te aqui para decidir se irás ou não, penetrar no santuário da Verdade
Eterna.
Antigamente teria sido submetido a provas e tribulações de natureza puramente física e
superado os obstáculos com coragem para se tornar um “Iniciado”.
Ainda assim, tu não tinha medo do mal, porque eras conduzido por um amigo fiel, em quem
a tua confiança era bem fundamentada.
Mas aqui, nesta Alta Escola da Antiga Sabedoria, provas físicas são consideradas
insuficientes. Exigimos provas mais difíceis da tua dignidade moral e intelectual. Provas de
um tipo puramente espiritual são aquelas que serão exigidas de ti. É o homem moral que
faz as viagens sozinho, da ignorância à iluminação através dos brutos e ásperos Vales da
Dúvida, da Indecisão Moral, da Ansiedade Mental e do Medo.
Não podemos recomendar nenhum amigo de confiança para guiar os incríveis passos do
Iniciado. Não podemos dar nenhum meio de defesa além dos que ele mesmo terá forjado.
Enquanto envolto no misterioso Manto e protegido pela Máscara contra a curiosidade
mórbida do Profano, ele estava empenhado na Grande Obra da criação de sua
personalidade.
Não podemos dar a ele nenhuma luz para dissipar as trevas do seu sombrio caminho, que
não seja a Lâmpada do seu próprio gênio que foi alimentada com o óleo da meditação
paciente.
Assim como tu criaste a tua personalidade durante este período de trabalho, sairás vitorioso
no teu esforço supremo para a iluminação ou ser impiedosamente assassinado por
bandidos mais terríveis que qualquer um que já conheci.
Essas são o tipo de provas impostas aos seus Adeptos pelo Martinismo. Ao contrário do
que é praticado em outras Escolas, ou depositários da Tradição Sagrada, as nossas provas
começam para o Iniciado somente quando a nossa tarefa como Iniciador é interrompida.
Infelizmente - ou felizmente, quem sabe? - Essas provas nunca pararão, mas quando os
Eleitos derrubarem os quatro elementos e as forças fatais e cegas desencadeadas contra
ele.
Somente então a era de paz e glória começa para o vitorioso, quando todas as coisas
criadas obedecerão a um sinal do seu Poder de Floração da Amendoeira, o emblema da
mais alta Iniciação.
As provas do Martinismo terão fim também para o fraco, sobre o qual a fatalidade o terá
jogado a mortalha do esquecimento eterno.
Mas nenhuma lágrima será derramada sobre o vencido. Nenhum Mestre estará presente
para ajudar na elevação do seu corpo corrompido do túmulo, nem ninguém será enviado
para recolher os seus restos mortais.
Na verdade, o mesmo local onde ele caiu vítima da sua mente instável e da sua vontade
impressionante, impotente contra o Destino e indigna da ajuda da Providência - mesmo que
à vista, digo, será ignorado pelos seus amigos, pela sua família e por Deus...
Meu Irmão/Irmã, olhe diante de ti:
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Apenas um Véu leve e transparente, ainda oculta o Grande Arcano dos Arcanos da tua
visão! Decida por ti mesmo entre a Eterna Ignorância ou a Sabedoria Eterna...
Mas se, pelo poder da tua Livre Vontade e pela bênção da Divindade, vier para contemplar
VERDADE face a face, LEMBRA-TE de manter silêncio sobre o Mistério que terá
penetrado, mesmo se a tua fidelidade possa custar a tua vida!
Tenha sempre presente na tua mente o terrível destino dos grandes Iniciadores que
tentaram, mesmo com o melhor dos desígnios, a levantar para a multidão anteriormente um
canto do Sagrado Véu de Ísis:
Adonis, morto pelo javali;
Osíris, morto por Tífon;
Pitágoras, proscrito;
Orfeu, despedaçado pelas Bacantes;
Moisés, abandonado nas cavernas do Monte Nebo;
Hiram, morto pelos bandidos;
São João, decapitado;
Apolônio, torturado;
Jesus, crucificado;
Jacques de Molay, queimado na fogueira;
Agrippa, morrendo em abandono absoluto;
Paracelso, Cazotte, Cagliostro, Saint-Martin, Wronski, Eliphas Levi e centenas de outros
mártires ignorados da Ciência Sacerdotal e Real, cujas leis são inexoráveis!
Se revelares qualquer uma das Artes secretas, partes ou pontos dos Mistérios ocultos, a
tua meditação levará a entender que qualquer tortura física deve ser, de fato, uma punição
leve em comparação com o que a tua loucura teria reservado para ti.
Nenhum símbolo material pode expressar o horror do espiritual, bem como aniquilação
física aguardando o divulgador miserável da Verdadeira Palavra, pois Deus não tem
misericórdia daqueles que profanaram o Seu Santuário e expuseram brutalmente aos olhos
indignos o Induzível e Inexplicável Segredo...
Temos de parar. É proibido para nós dizer mais sobre isso e ser muito claros.
Mas, amado Irmão/Irmã, não é nosso desejo deixar-te em suspense. Não fecharemos as
nossas instruções sem repetir por uma última vez: Medite, medite. Prometemos-te que, se
o julgamento não for preconceituoso, o teu motivo soará, com o corpo e a mente livre de
qualquer de desqualificação - em suma, se fores digno e bem qualificado, e devidamente
preparado verdadeiramente, a Providência, em quem deposita a tua confiança, permitirá
que levantes o Véu Sagrado e eis o Grande Arcano. Irás então receberá integralmente o
benefício da Iluminação Celestial...
Silêncio.
Daí em diante, como o Eremita do Livro de Thoth, irás continuar a viajar através do ciclo da
vida presente. Voltarás a submeter-te, como um viajante solitário, aos poderes restritivos do
Tempo e Espaço. Será o mensageiro da Palavra, de conformidade com e o Agente da
Causa Primeira, um Canal da Verdade em comunhão espiritual com todos os nossos
Irmãos e Irmãs, com os Vivos e com os Mortos...
Na tua passagem, costurando as sementes da Verdade e do Conhecimento, prosseguirás a
tua jornada iniciática. Toda vez que a necessidade ou risco de decidir, irás queres bater em
uma nova porta. Onde quer que a estrela dos Magi flameje, reconhecerás um novo estágio.
Buscarás o conhecimento lá. Buscá-la-á em todos os lugares, no firmamento estrelado, no
simbolismo evocativo das constelações, em pergaminhos que amarelaram, na vermelhidão
dos Athanores ou nos monumentos sagrados.
E, em cada aniversário deste dia, examinando as tuas memórias por trás da máscara
simbólica, verás que o teu conhecimento tem crescido.
Assim, terás trabalhado em sua esfera imediata, às vezes inconscientemente e sem
perceber, para a construção de um Universo melhor. Ao mesmo tempo, terá estimulado em
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ti mesmo a semente do futuro deus.
Que tu possas justificar estas palavras do Sepher Zohar: “Aqueles que possuem o
Conhecimento Divino brilharão com toda a Luz do Céu, mas quem a tiver transmitido aos
homens de acordo com as leis da Justiça, brilhará como as estrelas por toda a Eternidade!”
CONSAGRAÇÃO DO S I
Lembre-se de que quando houver dois Assistentes para ajudar o iniciador, o mais antigo
deve ocupar o posto Sul. O Assistente colocado no Sul irá realizar o Ritual, enquanto o
Assistente do Norte ajudará com os objetos.
O INICIADOR: À ordem, Irmãos e Irmãs, e assistam-me! Com o vosso suporte e dos
Mestres do Passado, transmitirei a Iniciação Tradicional como recebi para este
“Homem/Mulher de Desejo”.
O Assistente, depois de ter removido a pedra cúbica do Centro da Cruz e mudado de lado
os quatro estandartes, diz ao Candidato para ajoelhar-se no centro da Cruz. Todos se
levantam à ordem de SI.
O Assistente do Sul segura a Bíblia sobre a qual ele colocou o Ritual para o Iniciador para
ler.
O Assistente do Norte segura a espada do Candidato até o INICIADOR solicitar, isto é,
depois da entrega da vela. Ele fica à direita do INICIADOR.
O Assistente do Sul fica à esquerda do INICIADOR e apresenta o Ritual de tal forma a ser
lido facilmente.
Então o INICIADOR pega o Pantáculo no pergaminho com a sua mão esquerda e o coloca:
1) no topo da cabeça do Candidato, ele bate nela, com o Tau ou malhete na mão direita,
três leves batidas;
2) repete no ombro direito do Candidato;
3) e finalmente no ombro esquerdo, dando em cada um três batidas, isto é: 3+3+3=9
batidas.
Então, coloca o Pantáculo e o Tau (ou malhete) de volta no altar. Colocando a mão direita
sob a forma de um esquadro na testa do candidato, pronuncia a fórmula de Consagração:
O INICIADOR: Meu Irmão/Irmã! Em nome da Ordem Martinista dos Filósofos
Desconhecidos e pela virtude dos poderes que me foram conferidos; como prova da alta
consideração que tenho com o teu zelo como Martinista; em Nome do nosso Venerável
Mestre, Louis Claude de Saint-Martin, dos seus predecessores e sucessores; com a sua
permissão, por sua ordem e sob os seus auspícios, te reconheço como sendo o que eles
mesmos foram e eu te crio, te recebo e te constituo “SUPERIOR INCÓGNITO”, isto é,
“SERVIDOR INCÓGNITO” da nossa Venerável Ordem!
Ajuda o Candidato a levantar. Pega o pulso esquerdo do Candidato com a mão direita e
levantando o braço, diz para ir em direção ao “Círio dos Mestres do Passado” e
apresentar-lhes a mão amplamente aberta, com o braço estendido.
O INICIADOR: Irmãos e Irmãs! O Templo da Verdade possui mais um SI. Eu apresento
para vós (Nome Esotérico) Superior incógnito (Servidor) da nossa ordem e rogo a vós para
recebê-lo entre nós. “Glória a Deus! Santo, Santo, Santo, Senhor Sabaoth! O Céu e a Terra
estão repletos da Tua Santa Glória!”
Quando o novo SI é apresentado para todos os membros presentes, estes ficam de pé e à
ordem como SI e o saúdam com movimento da cabeça.
Se houver mais do que um Candidato, o INICIADOR vai agora para a Consagração
(Pantáculo e colocar a Mão) e Apresentação do segundo candidato, etc, este conjunto
constituindo uma sequencia que não deve ser interrompida.
A VELA
O INICIADOR: pegando do "Altar dos Mestres do Passado" uma grande vela de cera
branca nova na mão esquerda, acende-a no "Círio dos Mestres do Passado", passa-a para
a sua mão direita e, em seguida, entrega-a ao Candidato, que a segura com a mão
esquerda:
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Meu Irmão/Irmã, receba esta chama na tua mão esquerda e passe-a para a tua mão direita.
Esta vela te coloca em comunhão com os nossos “Mestres do Passado” e, em certas
circunstâncias, da tua futura existência, na adversidade ou na alegria, podes acendê-la e
rezar com todo o teu coração e pedir suporte para um Irmão ou uma Irmã, ou ainda um
Profano que está em perigo moral ou físico, ou para si mesmo, às vezes, ou para expressar
sinceros agradecimentos ao Pai para um auxílio concedido, uma oração atendida.
O INICIADOR: acende duas velas no mesmo “Círio dos Mestres do Passado” e entrega
com a mão direita para ambos os assistentes, que cada um leva com a mão esquerda e
depois passam para a mão direita.
A ESPADA
O INICIADOR: pega a espada do Candidato do Assistente do Norte e coloca-a na mão
esquerda do novo SI, dizendo:
Aqui está a tua espada com a qual tu foste investido na tua Iniciação do Primeiro Grau da
Ordem Martinista dos Filósofos Desconhecidos. Um dia, talvez, precisará dela de
acordo com um particular símbolo que sozinho descobrirás e compreenderás.
O INICIADOR: bate forte TRÊS vezes com o Tau e diz:
Minhas Irmãs e Irmãos, lembremo-nos dos perigos que ameaçam o homem impuro a deixar
seu corpo prematuramente. Siga em paz, Superior incógnito, mantendo silêncio sobre os
Mistérios da nossa Venerável Ordem.
Vá, meu Irmão/Irmã! Espalhe essa luz, que foi dada a ti sem pedir nada em troca, também,
gratuitamente, com o discernimento e sabedoria que os nossos Mestres do Passado, cuja
Chama deu origem a ele, não deixará de te inspirar, somente se prestares atenção!
Vá, meu Irmão/Irmã! E que a Paz do nosso Senhor Jesus Cristo esteja contigo!
O Assistente no Sul diz ao Candidato para avançar lentamente no sentido horário em volta
do Templo. Ambos os Assistentes o seguem. Ao chegar à porta do Templo, o Sentinela
abre e o Assistente no Sul sussurra para o Candidato para que saia do Templo, espera por
alguns segundos e depois retorna para o templo.
Depois do seu retorno, o Sentinela fecha a porta e o novo SI, sempre seguido pelos dois
Assistentes, completa a sua volta e retorna para voltar-se para o Leste, onde o INICIADOR
o/a cumprimenta com um fraternal e afetuoso beijo assim:
1) na testa;
2) na bochecha direita e, finalmente;
3) na bochecha esquerda.
O INICIADOR: retornando para o seu lugar no Leste, continua:
Por favor, sentem-se, meus Irmãos e Irmãs.
A Cerimônia de Iniciação estritamente falando está terminada. É oferecido ao novo SI um
assento no meio do Templo.
Silêncio...
O INICIADOR: bate uma vez com o Tau e diz ao novo SI:
Meu Irmão/Irmã, peço-te para ouvir com grande atenção as palavras que serão trocadas
entre o “Mestre Iniciado” e o “Desconhecido” desta respeitável Assembleia. Elas são, na
verdade, uma instrução vivente.

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PARTE QUATRO
CATECISMO

CATECISMO
O MESTRE INICIADO: Desconhecido Irmão/Irmã, és um “Superior incógnito”?
O DESCONHECIDO: Sou reconhecido como tal no Templo da Verdade.
O MESTRE INICIADO: O que viste no Templo da Verdade?
O DESCONHECIDO: Três luminárias dispostas em um triângulo e representando a
Unidade da Luz na diversidade das Luzes.
O MESTRE INICIADO: Como esses símbolos são representados hieroglificamente?
O DESCONHECIDO: Pela Letra Hebraica a (Aleph) que, sendo composta de dois yy (Yod),
um em cada lado do v (Vau) inclinado, é o emblema da Unidade da Lei Ternária.
O MESTRE INICIADO: Esta letra hieroglífica possui um número?
O DESCONHECIDO: Ela possui três números: 1, 26 e 8.
O MESTRE INICIADO: O que representa o número 1?
O DESCONHECIDO: O Princípio e a Síntese dos Números. Ele é o símbolo de Deus e do
Homem.
O MESTRE INICIADO: O que representa o número 26?
O DESCONHECIDO: Ele é a soma dos números representados pelos dois y (Yod) y + y ou
10 + 10, e pelo v (Vau) inclinado 6, formando a letra a (Aleph). Ele é também o Número
Sagrado do Nome Inefável hvhy (Yod-He-Vau-He), ou 10 + 5 + 6 + 5 =26.
O MESTRE INICIADO: O que representa o número 8?
O DESCONHECIDO: A redução teosófica do 26 (2 + 6 = 8). O número 8 simboliza a divina
Unidade nos Círculos universais, celeste e terrestre, o pensamento de Deus.
O MESTRE INICIADO: Qual símbolo te foi apresentado em seguida?
O DESCONHECIDO: A Máscara.
O MESTRE INICIADO: O que ela te ensina?
O DESCONHECIDO: O abandono voluntário pelo iniciado da sua personalidade mundana
com o objetivo de assumir outra, unicamente espiritual e universal. As instruções
associadas com este símbolo levam diretamente para a Reintegração do Homem no
Mundo dos Espíritos o qual na está fechado. O Símbolo da máscara é a pedra angular do
Martinismo.
O MESTRE INICIADO: Ela possui uma letra?
O DESCONHECIDO: Ela possui uma: o y (Yod). Como essa letra é o princípio, a célula, a
partir da qual todas as letras do alfabeto Hebraico são formadas, assim como o “Associado”
mascarado é o princípio, a célula do Grande Corpo compondo a Humanidade temporal e
espiritual.
O MESTRE INICIADO: Ela possui um número?
O DESCONHECIDO: Ela possui o número 10, que é o número do Pensamento divino e
humano.
O MESTRE INICIADO: Qual foi o próximo símbolo que tu viste?
O DESCONHECIDO: Duas colunas colocadas no Altar. Elas simbolizam o violento
antagonismo apresentado pela Natureza e mais especialmente a terrível oposição das
Forças ocultas que podem destruir o ignorante ou o imprudente que se aventura no Mundo
Astral. Elas também ensinam que, como harmonia resultante das analogias dos Opostos, o
verdadeiro Iniciado deve tirar todas as suas energias a partir da reconciliação das
aparentes oposições que, para o Adepto, tornam-se os pilares sobre os quais ele
estabelece a sua força.
O MESTRE INICIADO: Esse Simbolismo possui uma letra hieroglífica?
O DESCONHECIDO: Ele possui uma, a letra d (Daleth), que significa Força, Poder e
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Imutabilidade.
O MESTRE INICIADO: Ela possui um número?
O DESCONHECIDO: Ela possui um: o número 4, que é a figura do TeTragrammaTon, o
número da força.
O MESTRE INICIADO: Como podes adquirir essa força?
O DESCONHECIDO: Pela palavra.
O MESTRE INICIADO: Porque pela palavra?
O DESCONHECIDO: Porque a Palavra criou as Formas e as Formas reagem sobre a
Palavra com o objetivo de modificar e atingi-la. A palavra começa com letras e termina com
ações. A Arte Real em sua totalidade é a palavra e essa palavra, pronunciada
Kabalisticamente, é mais forte que todos os poderes do Céu, da Terra e do Inferno.
O MESTRE INICIADO: Possuis essa palavra?
O DESCONHECIDO: Eu a possuo.
O MESTRE INICIADO: Dará ela para mim?
O DESCONHECIDO: Não posso.
O MESTRE INICIADO: Qual é o próximo símbolo?
O DESCONHECIDO: A Capa do Iniciado, diante da qual todas as coisas permanecem
impotentes, mesmo a espada flamígera do Querubim o qual Deus colocou depois da Queda
do Homem no umbral da imortalidade.
O MESTRE INICIADO: Ela possui uma letra?
O DESCONHECIDO: Ela possui uma: o t (Tau), símbolo da Verdade, da Luz, do Sol e do
Homem no seu estado de perfeição.
O MESTRE INICIADO: Ela possui um número?
O DESCONHECIDO: Ela possui um: 400, ou 5 vezes 8 vezes 10. Este significa que é
através dos portais da Morte (8) que a Vontade humana (5) passa antes de subir até o
Pensamento Divino (10).
O INICIADOR: Obrigado, meus Irmãos/Irmãs, pelas interessantes e úteis instruções que
acabam de dar para o nosso novo Irmão/Irmã iniciado que, estou convencido e desejo
ardentemente que, deduzirá a partir deles ganho moral e espiritual que está incluído neles.
O INICIADOR: Meu Irmão/Irmã Mestre Iniciado, deixe o nosso Irmão/Irmã SUPERIOR
INCÓGNITO conhecer os Sinais e Palavras do Reconhecimento como bem como o Sinal
do 3º grau de nossa Ordem?
O MESTRE INICIADO:
A) SINAIS E PALAVRAS DE RECONHECIMENTO:
Pergunta:- Passe os três primeiros dedos da mão direita sobre a sobrancelha direita. Este
sinal é feito três vezes, mas sem ostentação.
Resposta:- Passe a mão direita três vezes, meio fechada, atrás da orelha direita.
TERCEIRO GRAU (SI)
Pergunta:- Conheces Saint-Martin?
Resposta:- Conheço o Filósofo Desconhecido, a Máscara e a Capa.
Pergunta:- Prove!
Resposta:- DUAS pressões lentas no polegar direito na primeira articulação do dedo
indicador direito do interrogador.
TERCEIRO GRAU (SI): Ambos os braços cruzados (direito sobre o esquerdo) na altura do
peito com as mãos visíveis e abertas.
O SINAL, a BATERIA e a ACLAMAÇÃO são os mesmos do Primeiro Grau.
O INICIADOR:
1. Agradece o MESTRE-INICIADO instrução;
2. Congratula o novo SI;
3. Passa a palavra ao Desconhecido que faz um curto e fraternal discurso sobre a Iniciação
transmitida.
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O INICIADOR: Irmãos e Irmãs, passaremos agora ao Fechamento do nosso trabalho.

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PARTE CINCO
FECHANDO O TRABALHO NO TERCEIRO GRAU S I

FECHANDO O TRABALHO
(Grau de S I )
O INICIADOR:
-Meus Irmãos e Irmãs, agora é a hora de suspender as obras coletivas e para continuar com
os esforços individuais que devemos, todos nós, sem exceção, realizar dia após dia, para
se tornar mais digno dos benefícios espirituais concedidos pelo Martinismo.
ANTES DA CADEIA DE UNIÃO E DA MEDITAÇÃO COM A LUZ DOS MESTRES DO
PASSADO É FEITA UMA BREVE MEDITAÇÃO.
O MÉTODO DE MEDITAÇÃO É FEITO ENQUANTO O INCENSO É QUEIMADO NO
ALTAR DOS MESTRES DO PASSADO ENQUANTO A VELA AINDA ESTÁ ACESA.
TODA OUTRA ILUMINAÇÃO É EXTINTA DURANTE A MEDITAÇÃO.
DEPOIS DE UM PERÍODO APROPRIADO INICIADOR DIZ;
-Formemos a CADEIA DE UNIÃO!
O INICIADOR leva o “Círio dos Mestres do Passado” (ainda aceso) do Altar onde ficou
desde o início do ritual e o coloca no centro do Templo, no chão ou em um suporte. Todos
ficam em silêncio e formam um círculo em volta, cruzam os braços (antebraço direito
sobre o antebraço esquerdo) e de mãos dadas. (Irmãos e Irmãs devem, tanto quanto
para possível, ser alternados ao redor do círculo) o SENTINELA extingue as luzes
profanas.
Silêncio.
O INICIADOR AFIRMA A FINALIDADE DA CADEIA DE UNIÃO E TAMBÉM CHAMA A
ATENÇÃO PARA A NATUREZA SAGRADA DA CADEIA DE UNIÃO. (Por exemplo, auxílio
espiritual a uma ou mais pessoas – cujos primeiros nomes somente são dados – Irmãos e
Irmãs ou pessoas profanas, doentes no emocional, no físico, no moral ou outras formas de
sofrimento).
A um sinal do INICIADOR, todos repetem dele, frase por frase, o texto da Oração do Senhor
(como era dito pelo Mestre PHILIPPE de Lyon e, portanto, deve ser dita em todos os
Capítulos de nossa Ordem):
Pai Nosso que estais no Céu,
Santificado seja o Vosso Nome,
Venha a nós o Vosso Reino,
Seja feita a Tua Vontade, Assim na Terra como no Céu.
O Pão Nosso de cada dia nos daí hoje,
E perdoe as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido,
E não nos deixeis cair em tentação,
Mas livrai-nos do mal:
Porque Teu é o Reino, o Poder e a Glória agora e para sempre. Amém.

ESSA ORAÇÃO DEVE SER OBRIGATORIAMENTE INCLUÍDA EM TODAS AS REUNIÕES.


A título de graças e antes da “abertura” da cadeia o INICIADOR pronuncia a obrigação da
Saudação Angélica, repetida por todos:
Eu te saúdo Maria, cheia de graça,
Rainha do Céu,
O Senhor é contigo,
Tu és abençoada entre todas as mulheres,
E Jesus, o fruto do Teu Ventre, é abençoado. Amém.

Depois o INICIADOR ordena a abertura* da Cadeia e coloca o Círio dos Mestres do


Passado de volta ao altar.
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O INICIADOR returna para o seu lugar atrás do Altar.
Os Irmãos e Irmãs restantes PERMANECEM EM CÍRCULO ficando “à ordem”.
*Ninguém NUNCA deve quebrar a cadeia, mas ABRIR sacudindo as mãos e braços
cruzados três vezes, terminando assim este entrelaçamento fraterno das mãos e
antebraços.
DEPOIS QUE A CADEIA DE UNÃO para COMPLETADA E ABERTA OS IRMÃOS
PERMACECEM NO CÍRCULE ENQUANTO O FECHAMENTO OCORRE E, OS OFICIAIS
COM FUNÇÃO NO FECHAMENTO DO CAPÍTULO FARÃO O SEU TRABALHO
NECESSÁRIO AINDA DENTRO DO CÍRCULO E QUANDO O FECHAMENTO ESTIVER
COMPLETO OS IRMÃOS SE RETIRAM FAZENDO O SINAL DE SILÊNCIO.
O INICIADOR:
-Irmãos e Irmãs, lembremos sempre a força vivificante dessa misteriosa luminária.
-Que a sua Luz traga para as nossas almas a eterna chama da Caridade, da Fraternidade e
da Esperança! Coloco agora de volta para o descanso o símbolo do Grande Arquiteto do
Universo.
EXTINGUINDO AS TRÊS LUMINÁRIAS
NOTAS PARA O INICIADOR:
O INICIADOR extingue as três velas da Trindade de luzes com os dedos, ou com um
pequeno abafador, mas nunca soprando sobre as chamas de vida, na seguinte ordem:
1º A vela do ângulo Sul (portanto, do lado esquerdo), depois;
2º A vela do ângulo Norte e, finalmente;
3º A vela da Ponta (portanto, no Leste).
Depois e somente neste caso, a vela colocada na cadeira desocupada (porque nos
outros encontros essa vela não é acesa).
O INICIADOR: enquanto extingue as três luzes, diz em voz alta e inteligível:
-Possam a PAZ (Sul), a ALEGRIA (Norte) e a CARIDADE (Leste) estar em nossos
corações e em nossos lábios agora e até a hora de nossa morte!
O INICIADOR: e diz:
-Que Deus Eterno nos abençoe e proteja! Que Ele nos mostre a Sua Face e tenha piedade
de nós! Que ele vire a Sua Face para nós e nos dê a paz!
O INICIADOR: Aproxima-se do “Altar dos Mestres do Passado”, leva a Luminária na mão
esquerda e diz:
-Anjos e Espíritos Celestes que nos deram assistência, rendemos graças a Vós. Que a paz
de Deus esteja sempre entre Vós e nós!
Em seguida, ainda segurando a luminária na sua mão esquerda, pronuncia a fórmula para
se despedir dos Mestres do Passado:
-Ó Homens Regenerados! Ó Vós que manifestaram no Invisível a Encarnação Divina. Ó
Mestres do Leste e do Oeste! Nós agradecemos por presidirem as nossas obras!
Veneráveis Mestres que se dignaram assistir esta operação, unimos-nos convosco em
espírito. Que o Vosso exemplo nos preceda, que as Vossas instruções no iluminem e que
os nossos objetivos sejam os Vossos. Que possamos ser, portanto, capazes de, no final da
nossa vida terrestre, e guiados por Vós, subir às Eternas Esferas, na Luz do Amanhecer
perpétuo! Amém.
Coloca a luminária de volta ao altar, returna ao seu lugar atrás do altar e dá mais TRÊS
batidas com o malhete • • •.
O MESTRE INICIADO:
-Que a nossa alegria, fortifique todos os Vossos esforços e exalte a nossa ação comum!
O DESCONHECIDO:
-Ó Deus feito Homem! Ó IOD-HE-SHIN-VAU-HE, nosso Guia! Assista com as Tuas
emanações vivificantes a nossa obra de Luz e de Redenção!
O MESTRE INICIADO:
-Em nome de IOD - HE - SHIN - VAU - HE!
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O INICIADOR:
Dá a 7ª e última batida • e diz:
-Por I.N.R.I. Amém.
O INICIADOR:
-Que os Santos Seres, de quem aspiramos ser discípulos, mostre-nos a Luz que
buscamos; Que nos conceda poderoso auxílio da sua Compaixão e da sua Sabedoria!
-“Essa é a PAZ que ultrapassa toda compreensão” (São Paulo); e reside no coração de
quem vive no Eterno. Essa é a FORÇA que renova todas as coisas; e vive e age em quem
sabe que o seu Eu Divino é UM.
-Que essa Paz esteja convosco e que essa Força vos eleve!
-Comigo, Irmãos e Irmãs, pelo SINAL, pela BATERIA e pela ACLAMAÇÃO!
Os faz, imitado por todos.
O INICIADOR:
-À Glória de IESCHOUAH, Grande Arquiteto do Universo, sob os auspícios dos “Mestres do
Passado”, declaro os trabalhos deste Respeitável CAPÍTULO (NOME), NA ORDEM
MARTINISTA DOS FILÓSOFOS DESCONHECIDOS, temporariamente suspensos, e
durante o tempo que nos separa da sua retomada, conduzamos-nos, meus Irmãos e Irmãs,
com prudência e discrição, mantendo sempre presente em nossa mente essas palavras do
nosso Mestre:
-“Guarda-te do orgulho e do egoísmo; lembre-te que não és nada, que nada podes fazer e
que és menos do que os outros.”
-“Ama o teu próximo como a ti mesmo e não fales mal de ninguém!”
O INICIADOR:
-Podem agora partir, meus Irmãos e Irmãs.
UMA VEZ QUE O FECHAMENTO ESTIVER COMPLETO OS IRMÃOS DEIXAM O
TEMPLO APRESENTANDO O SINAL DE SILÊNCIO.
Enquando ainda se está com o círculo depois que os participantes da Cadeia de União
deixam em silêncio e à ordem com o sinal de silêncio, com exceção dos SS II II que podem,
se assim desejarem, assistir o fechamento da reunião pelo INICIADOR. O primeiro, com ou
sem a ajuda dos SS II II (incluído o Mestre Iniciado) reúne e arruma todos os objetos que
foram usados: toalhas, turíbulo, cuidando para apagar as brasas, etc. Quando tudo, exceto
o “CÍRIO dos Mestres do Passado”, foram removidos e abrigados dos olhares mundanos, o
INICIADOR vai até este CÍRIO, agradece mentalmente o CÉU por ter permitido esta
cerimônia e apaga a vela, embala-a e acende a iluminação profana. Abre a janela por um
momento para refrescar o ar e, antes de sair, diz mentalmente para todos os objetos
retomem as suas usuais funções profanas.
NOTA IMPORTANTE PARA TODOS OS MESTRES:
Reuniões tendo como objetivo interação social (reuniões de Comissão, por exemplo)
devem ser realizadas fora das sessões ritualísticas e sem qualquer decoração ritual ou
consagrações. Reuniões que não colocam nenhuma questão financeira podem, de fato, ser
abertas ou apoiadas em um local consagrado.
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