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GRANDE PRIORADO RETIFICADO DES ESPANHA

Regime Escocês e Retificado no Convento das Galias em 1778 e Wilhelmsbad em 1782

DIRETÓRIO NACIONAL
DAS LOJAS ESCOCESAS REUNIDAS E
RETIFICADAS

ANEXOS
SOBRE A DISPOSIÇÃO DO LOCAL, COSTUMES
E OUTROS ASPECTOS,
COMPLEMENTARES AO PRESCRITO DO

RITUAL DO GRAU DE APRENDIZ


DO RITO ESCOCÊS RETIFICADO

Referência dada conforme o


DIRETÓRIO ESCOCÊS NACIONAL
Revisão em novembro de 2010
G RAN P RIORATO R ECTIFICADO DE E SPANHA
G RAN P RIORATO R ECTIFICADO DE H ISPANIA

ANEXOS

SOBRE A DISPOSIÇÃO DO LOCAL,


COSTUMES E OUTROS ASPECTOS,
COMPLEMENTARES
AO
PRESCRITO
DO

RITUAL DO GRAU DE APRENDIZ


DO
RITO ESCOCÊS RETIFICADO
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Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou
reproduzida - em qualquer meio ou forma, seja mecânica ou eletrônica

Todos os direitos reservados ao


Gran Priorato Rectificado da Espanha
Tradução autorizada pelo Gran Priorato Rectificado da espanha
Junho/2016

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S U M Á R I O

A Loja 7

Preparação do local antes da abertura dos trabalhos 8

Os Oficiais da Loja 10

Número mínimo de Irmãos para abrir os trabalhos da Loja 12

O chapéu 12

A espada 13

Sobre a música 14

O sinal da ordem 14

Preparativos para a entrada em Loja 15

A entrada em Loja 15

Usos e Costumes na Entrada em Loja 17

Modo de segurar a espada na abertura dos Trabalhos 18

Ascendendo os candelabros 18

Como entrar em Loja quando os Trabalhos estão abertos 19

Saudação em Loja aos Dignitários da Ordem 20

Como pedir a palavra no R. E. R. 20

Ata de Reunião 21
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Como votar em Loja 22

Encerramento dos Trabalhos 23

Imagem da disposição do Templo 26

Imagem da disposição da mesa do V. M. 27

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A LOJA
ONDE TRABALHAMOS?
Na Loja

O QUE É LOJA?
É a entidade espiritual formada pelos Irmãos, reunidos na
mesma tradição para trabalhar com o mesmo objetivo, o do amor.
Referindo-se ao local onde a Loja se reúne usando a palavra
Loja é imprópria, já que este local não pode ser denominado
propriamente “Loja”, durante o desenvolvimento dos trabalhos
maçônicos. O local não está consagrado, diferente de um edifício
religioso. Apenas a Loja, no entanto, como entidade espiritual está
consagrada desde sua fundação.
A Loja é também chamada “Taller”, tanto que ela é o lugar
espiritual do trabalho maçônico.

O QUE NÃO É LOJA:

Não é o local em si, como acabamos de ver.

Não é o Templo.

A Loja trabalha no alpendre do Templo. E se o alpendre está


antes do Templo, não podemos, portanto utilizar o termo Templo
para designar a Loja. No retificado, o termo Templo está reservado à
parte central do mesmo que designamos como Santo.

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PREPARAÇÃO DO LOCAL ANTES DA


ABERTURA DOS TRABALHOS

A – REUNIÃO ORDINÁRIAS:

1.- A BIBLÍA
É aberta no Prólogo do Evangelho de São João, com o texto
voltado para o ocidente.

2.- O ESQUADRO E O COMPASSO


Está sempre entrelaçado, o braço direito do compasso por
cima do esquadro, o braço esquerdo por debaixo; fica a direita do
Venerável Mestre entre a Bíblia e o Candelabro de três braços; a
cabeça do compasso fica para o Oriente.

3.- AS LUZES
São nove no total, a saber:

- O candelabro de três braços, situado sobre o Altar à direita do


VM. Este candelabro representa “a tríplice potência que
ordena e governa o mundo” tal como a instrução do Primeiro
Grau.

- Os três candelabros ao redor do tapete da Loja (não nas


“colunas”).

- As três luzes situadas sobre as mesas dos dois Vigilantes e do


Secretário, cada uma sob a forma de vela.

4.- O MALHETE
Situa-se sempre a direita do VM.

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5.- A PÁ
Deve estar posta a direita do VM, atrás do compasso e
esquadro.

6.- DOSSEL OU BALDAQUINO (cortinas, apoiado em colunas,


usado para embelezar tronos, andores, leitos, etc.)
Símbolo celeste, manifesta a influência divina que guia o
Venerável Mestre da Loja ao longo dos Trabalhos.

7.- O TAPETE LA LOJA


Jamais estará virado. Deve estar no centro entre os três
candelabros. Todos os símbolos são representados no tapete da Loja,
não é necessário que estes figurem fisicamente no local, por
exemplo: pedra bruta e pedra cúbica (por outro lado o sol e a lua
estão representados de um lado e do outro do VM, fora do dossel
(armação sobre o altar), o sol ao meio dia e a lua ao norte. Forman
junto com o VMas três grandes luzes que o candidato percebe
quando ele recebe a luz).

8.- O QUADRO “ADHUC STAT”


O quadro sobre o qual aparece a palavra “ADHUC STAT” (a
coluna quebrada, a meta é reconstruir esta coluna) está situado no
centro, à frente, do Altar do VM. Este quadro é o emblema do
Grau de Aprendiz.

9.- O TRIÂNGULO LUMINOSO, O DELTA


É um triângulo equilátero sob um fundo azul localizado na
parede do oriente, acima do VM (sob o dossel).

10.- ALMOFADA DIANTE DO ALTAR DO ORIENTE


Almofada quadrada de cor azul bordada com um esquadro no
meio. A ponta do esquadro é dirigida para o Ocidente (o candidato
tem seus joelhos sobre a almofada no interior do esquadro, estando
situado, quando presta seu juramento, entre o esquadro e o compasso
cuja ponta se apoia sobre seu coração).

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B- ENCONTROS DE INICIAÇÃO:

JUSTIÇA E CLEMÊNCIA

- Justiça (escrito em branco num fundo preto): luminoso situado


acima e a frente do dossel.

- Clemência (escrito sobre fundo azul): luminoso, abaixo do


nível da Justiça e situado no Ocidente.

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OS OFICIAIS DA LOJA
Há tanto Oficiais como luzes na Loja, ou seja, NOVE.

Os Dignitários e Oficiais da Loja são:

1. O Venerável Mestre: Decorado com Esquadro.


2. O Primeiro Vigilante: Decorado com o Nível.
3. O Segundo Vigilante: Decorado com o Prumo perpendicular.
4. O Tesoureiro: Decorado com as chaves cruzadas.
5. O Orador: Decorado com um livro aberto.
6. O Secretário (guarda selos e arquivo): Decorado com duas
plumas cruzadas.
7. O Mestre de Cerimônias: Decorado com duas espadas cruzadas.
8. O Limosero: Decorado com um coração inchado dentro de um
triângulo, é o encarregado em socorrer a um Irmão.
9. O Ecônomo: Decorado com um pergaminho, é o encarregado
dos Banquetes, do Material e dinheiro da Loja.

O IRMÃO ORADOR é o guardião da Lei. É quem deve garantir que os


Trabalhos estejam em conformidade com os regulamentos e regras
do Regime Escocês Retificado.

Intervém:
- Na demanda do VM.
- Seja por conta própria, se julgar necessário, depois de fazer
pedido ritualisticamente pela autorização ao VM.

Em todos os casos, a decisão final pertence somente ao VM.

O MESTRE PASSADO se coloca no Oriente, enfrente do Irmão Orador.


Não está dentre os noves oficiais. Jean-Baptiste WILLERMOZ já
havia chamado a atenção dos membros do Convento de
Wilhelmsbad, em 1782, sobre o valor do número dez. Os textos
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doutrinários do Retificado desenvolvem frequentemente o valor do


número 10.

O MESTRE DE CERIMÔNIAS à intervenção não deve ser sistemática


como costuma ser com frequência.

Em efeito:
- Por um lado, parece pela leitura do ritual, que as intervenções
do Mestre de Cerimônias estão explicitamente previstas.
- Por outro lado, o espírito do Rito anda de mãos dadas com
uma concepção ativa de oficio, o Oficial é concebido como
um oficiante completo, já que sua intervenção está
igualmente prevista pelo ritual.
- No Rito de Emulação, o Mestre de Cerimônias acompanha
todo mundo.
- No Rito Francês, o Mestre de Cerimônias é quem acende os
candelabros.

NÚMERO MÍNIMO DE IRMÃOS PARA


ABRIR OS TRABALHOS DA LOJA

É necessário que os nove Oficiais mais o Mestre Passado


estejam presentes na cerimônia de Iniciação (ou seja, 10 Oficiais).
Em outras cerimônias, pode ser aberto com sete oficiais.
Existe a possibilidade de abrir os Trabalhos em assembleia ou
comitê de conferências ou deliberações por meio de Ritual
apropriado.
Um Triângulo pode reunir-se, para ler e praticar o ritual, com
um mínimo de três assistentes, já que este tipo de estabelecimento
maçônico não está autorizado a efetuar Cerimônias.

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O CHAPÉU
Todos os Irmãos independentemente de quem possam estar
cobertos ou não (Aprendizes e Companheiros), devem estar providos
de um chapéu.

1- Descrição:
È um chapéu em formato de triângulo negro bordado em seu
redor com dourado e que leva sobre seu lado esquerdo uma
escarapela e botão de cor vermelha e em seu interior um V em
dourado.

2- Simbolismo:
O chapéu é, em primeiro lugar, o símbolo da Sabedoria: É o
atributo do Mestre Maçom, como o representante da autoridade e
conhecimento.

Além disso, é o símbolo da superioridade do Mestre: O Mestre,


tendo aprendido a mover-se, adquiriu o poder de instruir e de dirigir
os Aprendizes e Companheiros. Por isso é o emblema da supremacia.
O que não tem autoridade arbitraria, mas a missão de guia.
Em suma, a coroa a que ele triunfou na luta contra suas
paixões e seus preconceitos. Um Mestre deve aparecer sempre
decorado por ele e sob nenhum conceito deve aparecer se não no
momento da Oração e de saudação.

A ESPADA
Todos os Irmãos (Aprendizes e Companheiros) igualmente se
não manejam, levam a espada em seu lado esquerdo colocado no
coldre pendurado no cinto.

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1- Descrição:
Seu aspecto é simples e despida de todo ornamento, a lâmina
reta e a guarda em forma de cruz trevolada.

2- Simbolismo:
A espada é em primeiro lugar, o símbolo da Força: Como a
espada do VMcolocada sobre a Bíblia é o símbolo do poder que
foi confiada, a espada do Mestre Maçom é o símbolo da força que ele
adquiriu pela vitoria sobre suas paixões e a apresentação de sua
vontade as leis da Justiça.

É também um símbolo de eixo:


Agora um símbolo axial não pode ser posto em prática, a não
ser por aquele que unificou as duas colunas, ou seja, o Mestre.

Em suma, é o símbolo do Verbo:


A espada sobre Evangelho significa “a força da fé na palavra
da Verdade”.

SOBRE A MÚSICA
O ritual muitas vezes refere-se ao silêncio. A música não tem
lugar nas cerimônias de Iniciação, de Passagem e de Elevação que
devem fazer-se como o ritual indica no mais profundo silêncio. A
música não está na tradição, nem no espírito do Retificado que se
reveste de certa nudez.

O SINAL DA ORDEM
A expressão “a ordem” é um expressão de origem militar
(preservada no exército espanhol para designar “firmes”).

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Convén distinguir:

- O sinal de ordem:
Não se faz o sinal inteiro da ordem, a não ser na abertura e
fechamento dos Trabalhos, onde é expressamente
mencionado pelo Ritual.
Fora desses casos, quando um está posto a ordem, deixa sem
efetuar o sinal inteiro, ou seja, baixando a mão sem descrever
um esquadro.

- Os deslocamentos a Ordem:
Estar à ordem é essencialmente uma posição estática, o
movimento a ordem apresenta uma contradição em justa
exposição entre este elemento estático e um elemento
dinâmico. Consequentemente, não devemos desprezar
estando ao mesmo tempo à ordem. O costume de desprezar a
ordem procede de uma tendência a levar os elementos
ritualísticos além de seu próprio lugar.

PREPARATIVOS PARA A
ENTRADA EM LOJA
O Venerável Mestre acende o Candelabro de três braços. As
velas do Candelabro estão em um mesmo plano vertical.
Tendo em conta o significado recordado anteriormente, está
claro que em nenhum caso o Candelabro de três braços pode ser
movido do Oriente, a partir do momento em que os Trabalhos
tenham sido abertos até seu encerramento.
O Mestre de Cerimônias entrará segundo seu Grau,
começando pelos Aprendizes, aos Irmãos de Loja, depois aos
Oficiais e finalmente aos Irmãos visitantes, exceto o VMem
exercício que entrara com o cortejo.
Em caso de visita do Deputado Mestre Geral ou de
Dignitários do Diretório Geral das Lojas Reunidas Retificadas, por
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exemplo, por ocasião da Instalação do Venerável Mestre e seus


Oficiais, estes entrarão em Loja com o cortejo do Venerável Mestre e
os Oficiais de Loja, entrando por último o maior Dignitário presente.
O Grão Mestre do Grande Priorado Retificado de Hispania
pode optar por entrar com o cortejo ou fazê-lo uma vez estando
abertos os Trabalhos, sozinho ou acompanhado do Deputado Mestre
Geral e seus Grandes Oficiais, se houver.

A ENTRADA EM LOJA
1- Composição do cortejo:

O VM entra na Loja precedido pelo Porta-Luz (o Irmão


Secretário) e dos Vigilantes eventualmente pelos Irmãos que desejam
honrá-los, para entrar com ele. Nesse caso, esses Irmãos serão
colocados por ordem de categoria entre os Vigilantes e o Porta-Luz,
este último deverá preceder sempre e imediatamente ao Venerável
Mestre. Todos têm o chapéu na cabeça e a espada em sua bainha,
exceto os dois Vigilantes que tem a espada na mão direita, com a
ponta para baixo. O cortejo é conduzido pelo Mestre de Cerimônias,
que tem também o chapéu na cabeça e a espada na mão direita, com
a ponta para o alto, ao longo do corpo, apoiado contra seu ombro.

2- Entrada em Loja:

Todos os Irmãos Companheiros e Mestres (os Aprendizes já


estão de pé) se levantam e os Mestres se descobrem. Todos guardam
a espada em sua bainha e tem seu chapéu na mão direita com o braço
estendido para baixo ligeiramente fora do corpo, de maneira que não
mostrem nunca, ao Venerável Mestre, o interior do Chapéu.
Os dois Vigilantes, desde o momento de sua entrada, vão
diretamente a seus lugares, embainhando sua espada e deixando
coberto até o momento de saudação ao Venerável Mestre.

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Quando o cortejo tiver entrado, o Segundo Vigilante fecha a


porta. O Mestre de Cerimônia conduz os Dignitários aos lugares que
lhes são destinados. O VMe o Porta-Luz esperam no Ocidente.
Os Irmãos que entraram com o Venerável Mestre não fazem
o corredor de passagem.

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USOS E COSTUME NA ENTRADA EM LOJA

Posição da Posição Posição da


OFICIAIS espada durante do chapéu espada antes
a entrada ou da abertura dos
cortejo trabalhos

Venerável Na bainha Na cabeça Na bainha


Mestre
Na mão direita Na cabeça; Se
1º Vigilante com a ponta p/ descobre para Na bainha
baixo; separada do saudar o V.M.
corpo.

Na mão direita Na cabeça; Se


2º Vigilante com a ponta p/ descobre para Na bainha
baixo; separada do saudar o V.M.
corpo.

Mestre de Na mão direita Na cabeça; Se


Cerimônias com a ponta p/ descobre para Na bainha
cima; ao longo do saudar o V.M.
corpo apoiada no
ombro.

Portador do Na bainha. Na cabeça; Se


Candelabro Tem o descobre para Na bainha
candelabro na saudar o V.M.
mão direita

Dignitários Na bainha Na cabeça Na bainha

Na cabeça; Se
IIr.’. Mestres Na bainha descobre (na Na bainha
mão direita) para
saudar o VM

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MODO DE SEGURAR A ESPADA NA


ABERTURA DOS TRABALHOS
O Venerável Mestre desembainha sua espada. Tem em sua
mão esquerda, com a ponta para cima, com a empunhadura apoiada
sobre o altar. Neste instante, todos os Dignitários que estão no
Oriente, empunham sua espada e ficam como o Venerável Mestre em
sua mão esquerda, a ponta para cima e o antebraço em esquadro.
Todos os Irmãos, a exceção dos Aprendizes e Companheiros,
também sacam igualmente sua espada e a tem em sua mão esquerda,
a ponta dirigida ao solo.
Quando todos os Irmãos sacaram sua espada, o VM da o
primeiro golpe de malhete.

ASCENDENDO OS CANDELABROS
Depois de ter colocado sua espada sobre a Bíblia, o
Venerável Mestre toma com sua mão direita à vela a esquerda do
Candelabro, excluindo qualquer outro meio de iluminação.
Descendo do Oriente pela sua esquerda, vai acender os outros
três candelabros nas pontas do tapete.
Depois de acender no mais profundo silêncio os três
candelabros, o Venerável Mestre volta ao Altar no Oriente.
Os Vigilantes, mais o Secretário, levam sua vela com a mão
direita e sua espada com a mão esquerda.
Convém, como no século XVIII, que os Vigilantes deixem e
voltem a seu lugar de maneira simétrica, seguindo o sentido horário
do relógio.
Cada um se dirige (o Secretário e os dois Vigilantes) ao seu
candelabro para acender sua vela, depois cada um retorna
diretamente a seu lugar, sem girar ao redor do tapete. Esta operação

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deve ser executada pelos três em uníssono e com uma cadência


harmoniosa.
Ao final da abertura dos trabalhos, as baterias de aplausos
maçônicos são anunciadas pelo Venerável Mestre. Os Irmãos se
guiarão por ele e não pelo Mestre de Cerimônias.

COMO ENTRAR EM LOJA QUANDO OS


TRABALHOS ESTÃO ABERTOS
O Irmão que chegar atrasado chamará a porta da Loja com a
batida de Aprendiz, o Segundo Vigilante anuncia por mediação do
Primeiro Vigilante ao VM, que lhe responde, seguindo a mesma
rota de quem chamou.
O Segundo Vigilante entreabre a porta e se assegura do nome
e do Grau do atrasado. Depois fecha a porta, retorna a seu lugar e
informa ao Venerável Mestre por intermediação do Primeiro
Vigilante. É solicitado aos Irmãos (exceto os Oficiais) que tenham
um Grau inferior ou igual ao do Irmão que vai entrar, de se colocar
em Pé e a Ordem. Em seguida, é dada a entrada através do Segundo
Vigilante. É necessário que o Segundo Vigilante informe ao Irmão
em que Grau está trabalhando na Loja nesse momento.
O Irmão entra a passos livres, a espada na bainha, com o
chapéu na cabeça, se for um Mestre. No último passo, o faz com o pé
direito, junta os pés em esquadro, se põe no primeiro sinal e saúda o
VM.’. com uma profunda inclinação, sem fazer o sinal inteiro.
Se for Mestre, se descobre (com a mão esquerda) antes da
inclinação e volta cobrir novamente. No Rito Escocês Retificado não
se saúda os Vigilantes.
Pode pronunciar algumas palavras desculpando seu atraso,
porém deve ser bem curta e sem estender-se em explicações
profanas.
Quando o Irmão for saudado, o VM. pede ao Mestre de
Cerimônias para conduzi-lo a um lugar conveniente da Loja.

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Os Irmãos e todos aqueles que tinham levantado para recebê-


lo, deixam de estar à ordem e se sentam depois de receber o VM.

Nota: Se existir chamadas atrasadas durante a abertura dos


Trabalhos, o Mestre de Cerimônias, que é quem está mais perto da
Porta, responde pela mesma bateria com a que foi chamado para
que ele saiba que esta ciente de sua presença.

SAUDAÇÃO EM LOJA AOS


DIGNATÁRIOS DA ORDEM
Não se saudará por um número determinado de vezes aos
Dignitários. No entanto, a discrição e ordem do VM, se pode
efetuar uma bateria maçônica para honrar a um Irmão, a um
Dignitário ou como maneira de exteriorizar a alegria da Loja antes de
um determinado evento.

COMO PEDIR A PALAVRA NO R.E.R.


Só os Mestres podem fazer o uso da palavra (os Aprendizes e
Companheiros fazem o uso da palavra quando o Venerável Mestre
convida a fazê-lo).

Para pedir a palavra:

- O Irmão se levanta
- Põe-se a ordem
- Descobre-se

Espera-se que o Vigilante de sua coluna anuncie ao


VMque o Irmão... solicita a palavra. O VMpode então
conceder.

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Lembramos que todas as questões devem ser expostas ao


VM e que está proibido o diálogo entre os Irmãos durante a
Reunião.
Para os Irmãos situados no Oriente, os Vigilantes não
interferem, já que solicitam diretamente ao VMque é quem vigia
o Oriente, porém o processo é igual.
Os Oficiais falam todos de pé e a Ordem, a cabeça
descoberta, a menos que o VMos autorize a sentar-se.
Os Vigilantes, no tanto que participam da autoridade do
VM, falam sentados. Pedem a palavra mediante um golpe de
malhete.

ATA DE REUNIÃO
O Orador não assina a ata da Reunião.

Devem assinar a ata:


- O Venerável Mestre
- Os Vigilantes
- O Secretário.

A Ata de Reunião pode efetuar-se:

- Diretamente: conforme vão se desenrolando os


acontecimentos e acordos, o Ir Secr vai tomando nota
diretamente no livro de Atas. Ao final da Reunião, será lida e
se votará se efetuaram as correções necessárias e se aprovará
definitivamente.

- A posteriori: O IrSecr vai fazendo anotações durante a


reunião, onde irá ler um resumo ao final da Reunião para ser
votada e aprovada. Neste caso, em cada Reunião terá que
fazer leitura da Ata definitiva da Reunião anterior.

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As duas possibilidades são válidas, podendo cada Loja


escolher a forma de proceder que seja melhor. No entanto, o primeiro
parece mais desejável porque todos os presentes têm muito recentes
dos acordos recém-tomados.
No século XVIII, a ata consistia em um esboço escrito e lido
no final da Reunião. O Secretário retocava o esboço e apresentava a
ata definitiva ou processo verbal na Reunião seguinte.

NOTA: A expressão “o ano da verdadeira luz 60...” não é aceitável


em uma Loja Retificada. Para um cristão, a “verdadeira Luz”
é o Cristo Encarnado (Cf. Prólogo do Evangelho de São
João). Se você quiser ter em conta o computador maçônico, se
pode dizer: “o ano da verdadeira luz de 20..., em modo
maçônico 60..., etc”.

COMO VOTAR EM LOJA


Só os Mestres votam. No entanto, a Ata do dia, que é um
resumo do acordado, todo mundo pode votar: Aprendizes,
Companheiros e Mestres, incluindo os visitantes.

Os modos de votação são os seguintes:

1. Por escrutínio, bola branca ou preta, quando na recepção,


uma afiliação ou uma regularização;
2. Por escrito para as eleições;
3. A mão levantada para as questões diversas, que será da
seguinte maneira:
- Para o “sim”, o IrMestre fica sentado, braço direito
estendido na horizontal, com a palma da mão virada para
a terra, dedos estendidos, polegar em esquadro;
- Para o “não”, o Irse levanta e se põe a ordem.

Não há abstenção.
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ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS


1 – DAS SAUDAÇÕES DOS IRMÃOS VISITANTES

A apresentação das saudações fraternais dos Irmãos visitantes


se faz depois que, primeiramente o VMe, em seguida o Primeiro
e Segundo Vigilantes, perguntam aos Irmãos presentes:

“Meus Irmãos, cada um de vocês terminou seu Trabalho


e não tem nada a propor ao bem da Ordem em geral ou
para esta Loja em particular?”

2 - A CADEIA DE UNIÃO

O VMdescendo solitário, sem ajuda e sem ser precedido


pelo Mestre de Cerimônias fica diante do tapete da Loja.
A cadeia de União se faz cruzando os dois braços, de modo
que o braço direito fique por cima do esquerdo.
Antes da oração de encerramento, o VMpassará a palavra
em cada coluna, que será devolvido a cada Vigilante.

3 - EXTENÇÃO DOS CANDELABROS A TAPEÇARIA

O VMse dirige ao tapete da Loja para apagar os três


grandes candelabros.

A) É bom que o VMdiga a frase de seu lugar:

“QUE A LUZ QUE TEM ILUMINADO NOSSOS


TRABALHOS NÃO SEJA NUNCA EXPOSTA AOS
OLHOS DOS PROFANOS”

E em seguida vai apagar os três candelabros em silêncio.

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B) É bom que o VM diga:

“A LUZ QUE NÃO TEM ILUMINADO NOSSOS


TRABALHOS”

Apagando o grande candelabro situado a sudeste,

“NÃO SEJA NUNCA EXPOSTA”

Apagando o grande candelabro situado a sudoeste,

“AOS OLHOS DOS PROFANOS”

Apagando o grande candelabro situado a Noroeste.

Os dois usos são legítimos

Após o VM ter apagado os três grandes candelabros ao


redor do tapete, os Vigilantes e o Secretário apagam cada um sua
vela. O Mestre de Cerimônias pode deixar a parte ocidental da
escuridão, se as condições do local permitirem, de modo que é
iluminada apenas uma parte do Oriente.

4 – APAGANDO AS VELAS DO CANDELABRO DE TRÊS


BRAÇOS

O VMtendo voltado ao Oriente:

Apaga a vela da direita dizendo:

“MEUS IRMÃOS, PARA APERFEIÇOAR VOSSO


TRABALHO,”

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Apaga a vela da esquerda, dizendo:

“BUSQUEIS A LUZ QUE É NECESSARIA”.

Apaga a vela do centro, dizendo:

“RECORDAIS SEMPRE O QUE DEVES


ENCONTRAR NO ORIENTE”.

Fecha a Bíblia e coloca a mão sobre ele dizendo:

“E SÓ ALI PODEREIS ENCONTRÁ-LO”.

5 - SAIDA

Finalmente, o VMsaúda a todos os irmãos da mesma


maneira que na abertura dos Trabalhos, o Mestre de Cerimônias vai a
sua busca, para juntamente com o Porta Luz (o Irmão Secretário),
precederem na sua saída, quando a comitiva chegar a altura das mesas
dos dois Vigilantes.
Em seguida, todos saem formando um semicírculo. Estando
todos fora do templo (a exceção do VM) se descobrem e
cumprimentam inclinando-se e exclamando: “Obrigado VM!”, o
VMresponde descobrindo-se e saudando a todos com uma
inclinação silenciosa.

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QUADRO DE DISPOSIÇÃO DO TEMPLO

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QUADRO DE DISPOSIÇÃO DA MESA DO V M

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