Você está na página 1de 28

GRANDE PRIORADO RETIFICADO DES ESPANHA

Regime Escocês e Retificado no Convento das Galias em 1778 e Wilhelmsbad em 1782

DIRETÓRIO NACIONAL
DAS LOJAS ESCOCESAS REUNIDAS E
RETIFICADAS

O QUE É A “REGULARIDADE”
MAÇÔNICA PARA O
REGIME ESCOCÊS RETIFICADO

Referência dada conforme o


DIRETÓRIO ESCOCÊS NACIONAL
Revisão em novembro de 2010
G RANDE P RIORADO R ETIFICADO DA E SPANHA

2
G RANDE P RIORADO R ETIFICADO DA E SPANHA

O QUE É A

“REGULARIDADE” MAÇÔNICA

PARA O

REGIME ESCOCÊS

RETIFICADO?

3
G RANDE P RIORADO R ETIFICADO DA E SPANHA

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada
ou reproduzida - em qualquer meio ou forma, seja mecânica ou eletrônica.

Todos os direitos reservados ao


Gran Priorato Rectificado da Espanha
Tradução autorizada pelo Gran Priorato Rectificado da Espanha
Junho/2016

4
G RANDE P RIORADO R ETIFICADO DA E SPANHA

O QUE É A
“REGULARIDADE” MAÇÔNICA
PARA O
REGIME ESCOCÊS
RETIFICADO?

Diretório Nacional Retificado da França


Grande Diretório das Galias1

1
Publicado no Boletim Informativo do GEIMME nº 44 de Dezembro de
2014. O Grande Priorado Retificado da Hispania firmou um Tratado de
Amizade e Reconhecimento com o Diretório Nacional Retificado da
França - Grande Diretório das Galias no dia 14 de Dezembro de 2.013 em
Lyon (França), anexando a sua ação refundadora e reafirmando solenemente
o compromisso inabalável para o reconhecimento, a defesa e a conservação
do Regime Escocês Retificado em sua especificidade organizacional,
estrutural e doutrinal, afim de que sua essência não seja alterada pelo tempo,
declarando sua vontade de promover esse Regime Retificado conservando
em todo momento a fidelidade íntegra a seus Princípios fundamentais
promulgados no Código Maçônico das Lojas Reunidas e Retificadas da
França e no Código Geral dos Regulamentos dos Cavaleiros Benfeitores da
Cidade Santa, tal como foram aprovados pelos Deputados dos Diretórios no
Convento Nacional de Lyon em 1778.
5
G RANDE P RIORADO R ETIFICADO DA E SPANHA

Continuamente, dentro e fora dos meios maçônicos, se faz


referência ao principio de “regularidade” com frequência sem
razão, sendo considerado como sinônimo de una
“legitimidade” em torno do qual toda via iniciática parece, para
alguns, estar subordinada a fim de beneficiar-se de uma
hipotética “validez”, adquirida ou esperada, e para outros de
um critério reivindicado e declarado como possuído, isto por
varias razões.

Mas o que é realmente esta famosa “regularidade” - que parece


ser “uma das mais antigas palavras do vocabulário maçônico”
2
- quando se trata de caso específico do Regime Escocês
Retificado?

A questão é importante e convêm dar uma resposta.

a) Os princípios da “regularidade” provêm dos “Basic


Principles” [Princípios Básicos] da Grande Loja Unida da
Inglaterra (G.L.U.I.) definidos em 1.929.

Na realidade é apenas em 1.929, tarde demais se considerarmos


a história da franco-maçônaria universal, que a Grande Loja
Unida da Inglaterra (G.L.U.I.) define nos “Basic Principles” os
critérios desta famosa “regularidade” que continuamente se
fala - e que se beneficia de um relativo prestigio, embora por
outra parte infundada, reforçada por uma constante corrente,
posto que a busca às vezes frenética, desta “regularidade”,
agita os intervalos regulares aos maçons -, “Basic Principles”
nos quais figuram como principais disposições: “A crença no
Grande Arquiteto do Universo e em sua vontade revelada”;
“As obrigações sobre, ou exibição, do Volume da Lei Sagrada
para simbolizar a revelação do alto que se une a consciência do
2
A. Bernheim, Régularité et Reconnaissance, Estudos maçônicos, Masonic
papers.
6
G RANDE P RIORADO R ETIFICADO DA E SPANHA

individuo particular que é iniciado”; “Toda Grande Loja não


deve ter nenhuma relação maçônica de nenhum tipo com Lojas
mistas ou de Obediências que aceitem mulheres entre seus
membros”; As discussões sobre temas políticos ou religiosos
estão estritamente proibidos”; etc.3

Estes Princípios ou “Landmarks” se apoiam de fato sobre as


Constituições da Grande Loja de Londres publicadas em 1.723,
elaboradas pelo pastor presbiteriano James Anderson (1.684-
1.739) com a ajuda de Jhon Théophile Désaguliers (1.683-
1.744) em 24 de junho de 1.717, Constitucição cujo título
original era: Constituição, História, Leis, Obrigações, Decretos,
Regulamentos e Usos da Mui Respeitável Confraternidade dos
Francomaçons Aceitos, verdadeiro trabalho de reformulação
dos antigos deveres em uma tentativa de adaptação federativa,
e por outra parte reducionista, das regras e leis da tradição
artesanal, de que os trabalhos de Clement Edwin Stretton
(1.850-1.915) em “The Speculative Mason” demonstrou em
seu caráter destrutivo em direção a venerável tradição
operativa.

Em todo caso, será nas Constituições de 1.723, será


regularizado em Dezembro de 1.813 o “Ato de União” que
permitiu à criação da Grande Loja Unida da Inglaterra, pondo
fim a cisma entre os Modernos e os Antigos, que constituem a
base da “regularidade” universal no plano maçônico,

3
Cf. Princípios de base para o reconhecimento de outra Grande Loja, ou
Declaração dos Princípios de Base, Grande Loja Unida da Inglaterra, 1929.
A observar que foi primeiro dos “oitos princípios de base” que figuram
nesta Declaração estipula que: “Cada Grande Loja deve ter sido
estabelecida legalmente por uma Grande Loja devidamente reconhecida ou
por três Lojas ou mais regularmente constituída”, o qual em nada interessa
ao Regime Escocês Retificado, organizado como Regime autônomo desde
1.778, não sob o modelo de uma “Grande Loja” (sic), mas por seus
Diretórios e Grandes Priorados.
7
G RANDE P RIORADO R ETIFICADO DA E SPANHA

aparecendo em seguida, objetivamente, mas sim como uma


empresa de alterar a essência da Maçonaria original, o qual não
tardará em breve gerar múltiplas confusões que não vai deixar
de aumentar, tanto sobre o plano organizacional como
iniciático.

b) O Regime Escocês Retificado procedeu em 1.778 a


uma “retificação” da franco-maçonaria andersoniana.

E, por conseguinte, longe de referir-se a ele como fonte da


legitimidade de sua Ordem, Jean-Baptiste Willermoz (1730-
1824) concebe e forma o Regime Escocês Retificado em 1.778
em Lyon com uma completa “retificação” do conjunto da
franco-maçônaria, dando a seu sistema sua ligação com a
Estrita Observância alemã de uma estrutura que leva muito
mais as regras e formas das Ordens militares da antiga
Cavalaria medieval, como testemunho o Código dos C.B.C.S.
(Código Geral dos Regulamentos da Ordem dos Cavaleiros
Benfeitores da Cidade Santa, Lyon, 1.778), em lugar das
concepções da maçonaria liberal defendidas pelas
Constituições de 1.723 escritas pelos pastores Anderson e
Désaguliers.

Assim, totalmente estranho a esta perspectiva universalista


organizada em “Grandes Lojas”, que também é fracamente
religiosa e ignoram absolutamente todos os elementos teóricos
da doutrina da “reintegração”, o Regime Escocês Retificado
toma, e isto desde os primeiros instantes de sua fundação,
princípios intangíveis profundamente diferentes dos meios
maçônicos do século XVIII – e, portanto, daqueles resultantes das
concepções da “regularidade” proveniente da Grande Loja Unida
da Inglaterra, reformuladas em 1.929, que tentam atualmente
conferir uma pretendida “legitimidade” aos graus simbólicos, e
incluso aos títulos e graus situados para além dessas lojas
8
G RANDE P RIORADO R ETIFICADO DA E SPANHA

simbólicas em razão de sua anexação as “Grandes Lojas” que


dependem para beneficiar-se de uma ilusória “regularidade”,
do qual se desprende como se entenderá facilmente o mais
absoluto absurdo.

Esta situação, que visa impor os critérios de uma


“regularidade” definida em 1.929 pela Grande Loja Unida da
Inglaterra (G.L.U.I.) nos “Basic Principles”, a sistemas
iniciático que receberam sua legitimidade de fontes
absolutamente independentes da maçonaria inglesa - como
ocorre no caso do Regime Escocês Retificado nascido na
França no século XVIII sobre bases totalmente autônoma -, não
tem, é difícil dizer, absolutamente nenhum sentido!

c) Todos os ramos da maçonaria andersoniana são


vistos como “apócrifos” pelo Regime Escocês Retificado.

A este respeito, é bastante surpreendente ver como funcionam


em nossos dias certas Obediências maçônicas ante um Regime
que positivamente são “ultrapassados” em seu benefício, não
hesitando em torcer o pescoço a seus princípios, às vezes com
incrível desenvoltura, a fim de submeter-se o Regime Escocês
Retificado a regras e estruturas que são totalmente estranhos4.

4
O Grande Diretório das Galias queria recordar a 15 de dezembro de 2012,
embora não goste de escutar, que o Regime após seu “Despertar” em 1.935,
nunca viveu de acordo com seus critérios: “Nos vemos obrigados a
constatar que desde o despertar em 1.935 do Regime, a concepção original
do Código nunca foi seguida, comportando disfunções significativas na
lógica organizativa do Regime Escocês Retificado que cessa, desde então,
pensando como uma “Ordem”, retornando a um Rito reduzido a uma
concepção obediente absolutamente estranha ao espírito da Retificação,
incluso imaginando o uso de títulos e denominações procedentes do corpo
semântico willermoziano” (Cf. Princípios da Ordem em 10 pontos”, ponto
IV, DNRF-GPDG, 15 de dezembro de 2012, Lyon).
9
G RANDE P RIORADO R ETIFICADO DA E SPANHA

Esta triste situação, contra a qual se revela já Camille Savoire


(1869-1951) trás a criação do Grande Diretório das Galias em
março de 1.935, apoiando-se vigorosamente a forma em que o
Grande Oriente da França pretendia apropriar e fazer viver sob
uma tutela inaceitável, do Regime Escocês Retificado5, isso
infelizmente perdura depois de algumas décadas, fazendo com
que o conjunto do mundo de obediências terem esquecido por
completo um ponto fundamental sobre o qual o Diretório
Nacional Retificado da França – Grande Diretório das Galias,
despertado em dezembro de 2.012 em Lyon, insiste
energicamente: a saber, que “a Ordem” resultante da reforma

5
Entre as “fábulas maçônicas”, há uma a que convêm dissipar
completamente, pois se repete como algo antigo singularmente falso e
errôneo e que consiste, para e Grande Oriente da França, em imaginar
detentor de algum título de propriedade sobre o Regime Escocês Retificado
por ocasião dos Tratados de União de 1.776, 1.781 e 1.811, firmados na
época, com os dirigentes do Regime. Estes Tratados, como se pode
constatar facilmente por sua leitura, se destinavam apenas como estipulam
seus artigos, “delegar” ao Grande Oriente da França, sob a autoridade dos
Diretórios do Regime, e sobre todo a sua proposta a criação de
estabelecimentos simbólicos, ou seja, de lojas azuis. É pouco relativo ao
nível puramente administrativo e é tudo. Os Diretórios, conforme
especificado no preâmbulo dos Tratados, forman “O corpo do Regime
Retificado na França”, beneficiando-se de um representante no seio do
Grande Diretório dos Ritos do Grande Oriente e conservando sempre sua
inteira soberania sobre o Regime, tanto a nível da Ordem Interior como das
Lojas simbólicas, uma vez que nada se poderia fazer no contexto de sua
criação - e menos ainda com os rituais cuja única competência é da Ordem
Retificada -, sem a proposta e decisão dos Diretórios. Ou seja, que as Lojas
simbólicas retificadas que trabalham bem sob os auspícios do Grande
Oriente da França foram “agregadas” (sic) a Obediência a título exclusivo
de sua participação administrativa, e que isto não foi questionado jamais em
nenhum momento, por qualquer Idea de “apropriação do Regime” pelo
Grande Oriente da França se faz absolutamente impossível sob a
organização própria do Regime Escocês Retificado, estruturado desde o
século XVIII como uma “Ordem” autônoma e independente, governado
pelos estabelecimentos ostensivos e não ostensivos de sua classe
cavalheiresca, seus Diretórios e seus Grandes Priorados.
10
G RANDE P RIORADO R ETIFICADO DA E SPANHA

de Lyon toma unicamente sua “regularidade” de sua fidelidade


observado o respeito aos princípios enunciados e decretados
em 1.778 durante o Convento das Galias, ratificados durante o
Convento de Willhemsbad em 1.7826.

Esta é a “regularidade” para o Regime Escocês Retificado, não


tem outra, que deverá ser procurada ante uma maçonaria que,
se deveria ser algo mais consciente ao tratar estas questões,
tendo em vista os critérios da Reforma de Lyon é apenas
“apócrifa”, isto é, para ser claro, uma maçonaria desprovida e
ignorante da doutrina esotérica da “reintegração” proveniente
de Martinez de Pasqually (+ 1.774), depositada e infundida por
Jean-Baptiste Willermoz em 1.778 em Lyon dentro da Estrita
Observância, que dará lugar, durante sua “retificação” em
1.778 em Lyon no Convento das Galias, a constituição do
sistema iniciático específico que se torna em Regime Escocês
Retificado7.

CONCLUSÃO
O Regime Retificado, localizado, de acordo com as
disposições dos Códigos de 1.778 (Código Maçônico das Lojas

6
“A Ordem resultante da Reforma de Lyon, conhecida sob o nome de
Regime Escocês Retificado, obtém unicamente sua legitimidade e sua
“regularidade”, além das qualificações iniciáticas de seus membros, de sua
fidelidade observada os princípios enunciados e decretados em 1.778
durante o Convento das Galias” (Cf. “Princípios da Ordem em 10 pontos”,
ponto I, DNRF-GDDG, 15 de dezembro de 2012, Lyon).
7
“O aspecto doutrinal define ao Redime Retificado, o que constitui uma
especificidade única em todo o campo ritualístico da franco-maçônaria
universal, e outorga ao sistema willermoziano uma natureza sem igual que
distingue por completo dos outros Ritos maçônicos conferindo seu caráter
de via dita “não apócrifa” sob os critérios da doutrina da reintegração, do
qual a Ordem é depositaria legítima desde o século XVIII” (Cf. “Princípios
da Ordem em 10 pontos”, ponto VI, DNRF-GDDG, 15 de dezembro de
2012, Lyon).

11
G RANDE P RIORADO R ETIFICADO DA E SPANHA

Reunidas e Retificadas e Código Geral dos Regulamentos da


Ordem dos Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa – único
critério de referência para o regime), sob a autoridade de um
Diretório Nacional federado em Províncias sobre as quais se
encontram os Grandes Priorados, não tem necessidade de unir-
se a nenhuma instância maçônica - particularmente na forma de
una “Grande Loja” que deve ser “reconhecida” pela Grande
Loja Unida da Inglaterra (G.L.U.I.) -, ou de uma Obediência
que pretende-se “possuir” o Regime, isto com a finalidade de
beneficiar-se de uma ilusória “regularidade” que seria
necessária, posto que sua “verdadeira regularidade” o Regime
Escocês Retificado possui plenamente já fazem dois séculos e
meio, graças a ação de seu fundador, o lyones a quem todos os
maçons retificados devem tanto: Jean-Baptiste Willermoz.

Finalmente e mais profundamente se possível, não


deixaremos de anunciar nossa iniciativa da “Refundação” do
Regime e nos obriga a afirmar: o sistema resultante da Reforma
de Lyon representa uma iniciativa de “retificação” inteira da
franco-maçônaria em 1.778, excedendo, de acordo com seus
próprios critérios, na eminência, autoridade e em conhecimento
dos mistérios da iniciação, a todos os sistemas e ao conjunto
dos Regimes heterogêneos e organizações compostas em
“Grandes Lojas” que desconhecem e ignoram a “doutrina da
reintegração” 8, e muito evidentemente não tem nenhuma

8
Nunca é inútil recordar certas verdades: “A Ordem dos Cavaleiros
Benfeitores da Cidade Santa foi concebida para ser o joalheiro da Ordem
misteriosa que é a própria essência do Regime Retificado, sua substância
interior secreta. Seus trabalhos são desenvolvidos como no invisível e terá
por objetivo dedicar-se ao estudo e a conservação da doutrina da
reintegração da qual a Ordem é depositaria através da Historia, doutrina
sagrada que tem um objetivo essencial e muito elevada que poucos homens
são dignos de conhecer. Willermoz escreveu sobre a Alta e Santa Ordem:
“sua origem é tão remota que se perde nas brumas dos séculos; tudo o que
pode fazer a instituição maçônica é ajudar a remontar esta Ordem
12
G RANDE P RIORADO R ETIFICADO DA E SPANHA

necessidade de viver ou desenvolver em formas estruturais


administrativas conhecidas sob o nome de “obediências
maçônicas”, posto que a “concepção de obediência é
absolutamente estranha ao espírito da retificação”, e
consequentemente fazer entrar no R.E.R. no âmbito da
maçonaria andersoniana fazendo coexistir, com outros Ritos,
ou visões ou concepções (sociais, políticas, simbólicas,
iniciáticas, confessionais, dogmáticas, etc.) resultantes da
forma “apócrifas”, é uma aberração absoluta.
Por conseguinte, entende-se que: o Regime Escocês
Retificado é “regular” enquanto que se beneficia de um vínculo
de transmissão efetivo e válido com o “despertar” de 1.935, é
praticado com total fidelidade á sua essência, a seus princípios
organizacionais, os Códigos fundamentais que definem suas
regras e a sua doutrina interna nas instruções de todos os graus,
esta “regularidade” é de natureza iniciática e trans-histórica,
uma vez que se liga única e invisivelmente a Ordem essencial,
primitiva e fundamental cuja origem se perde nas brumas dos
séculos.

primitiva, que deve ser vista como o principio da franco-maçonaria; é uma


fonte preciosa, ignorada pela multidão, mas que não se pode perder: uma é
a mesma Coisa, o outro é um meio para alcança-la” (Cf. Proclamação da
refundação da Ordem Retificada, DNRF-GDDG, 15 de dezembro de 2012,
Lyon).
13
G RANDE P RIORADO R ETIFICADO DA E SPANHA

14
G RANDE P RIORADO R ETIFICADO DA E SPANHA

OS PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS
DA ORDEM RETIFICADA
EM 10 PONTOS

ORDEM DOS CAVALEIROS


BENFEITORES DA CIDADE SANTA

Diretório Nacional das Lojas Reunidas e


Retificadas da França

-I-
A Ordem resultante da reforma de Lyon obteve sua
legitimidade e sua “regularidade”, além das qualificações
iniciáticas de seus membros, de sua fidelidade observada ante
os princípios enunciados e decretados em 1778 durante o
Convento das Galias.

- II -
Os dois Códigos de Lyon de 1778 são as únicas leis
constitutivas do Regime Escocês Retificado, aos quais
15
G RANDE P RIORADO R ETIFICADO DA E SPANHA

organizam sua vida e funcionamento. Estas leis em nenhuma


estância retificada tem o poder de modifica-las, mas seu
primeiro dever, claramente estipulado e apontado, é de
respeitar e aplica-las.

- III -
A Ordem, desde o ponto de vista retificado, entendida no seu
principio mais autentico, nem se refere e nem participa de uma
estrutura administrativa e temporal, trata-se, sobretudo, a uma
dimensão puramente espiritual.
.
- IV -
Nossa ação de natureza refundadora, é uma vontade de retornar
as fontes do Convento das Galias de 1778, tentando, não recriar
uma nova estrutura entre as já existentes, mas retornar a noção
de “Ordem” o lugar central que nunca deveria ter perdido, em
completa e plena fidelidade com o ensinamento exposto nas
diferentes “Instruções” do Regime em todas suas classes.

-V-
Esta ação refundadora insiste mais particularmente sobre o
caráter fundamental da doutrina que forma, junto com a
Ordem, um todo indissolúvel, sabendo que o vínculo íntimo
com a doutrina da Reforma de Lyon representa não uma opção
do ponto de vista iniciático quando se é membro do Regime,
mas que depende de um ensinamento iniciático e espiritual ao
qual – depois de um introdutório doce e benéfico que é a
própria iniciação - é necessário aderir, pois caso contrário um
se coloca a si mesmo fora do sistema willermoziano cuja
finalidade é, precisamente, estudar, preservar e observar
atentamente os elementos doutrinais que presidiu a fundação da
Ordem.

16
G RANDE P RIORADO R ETIFICADO DA E SPANHA

- VI -
O aspecto doutrinal define o Regime Retificado, que é uma
especificidade única em toda a extensão do ritual da franco-
maçonaria universal, e dá ao sistema willermoziano uma
natureza única que distingue por completo dos outros Ritos
maçônicos, conferindo seu caráter de via dita “não apócrifa”
no que diz respeito aos critérios da doutrina da reintegração,
do qual a Ordem é a única depositaria legítima desde o século
XVIII.

- VII -
A essência da retificação, além de um Rito original e uma
prática específica que se exerce em quatro graus formando a
Classe simbólica e uma Ordem, dita “Interior”, de essência
cavalheiresca, distingue por um estado probatório de Escudeiro
Noviço e a qualidade de Cavaleiro Benfeitor da Cidade
Santa (C.B.C.S.), é caracterizada por um ensinamento
fundamentado sobre o “cristianismo transcendente”, cristianismo
não dogmático fiel à lei da graça do Evangelho e as verdades
da santa religião cristã, mas dentro dos caminhos secretos que
participando da tradição, não ostensiva, da “santa doutrina
chegada de idade em idade pela iniciação para nós”.

- VIII -
A Ordem, ligada a “primitiva, essencial e fundamental que foi
dado o nascimento”, porque “a origem é tão longe que se
perde nas brumas dos tempos”, é autossuficiente e completa.
Foi concebida e considerada como resultado dos
conhecimentos misteriosos da franco-maçonaria e possui este
título sua própria essência trabalhando com uma finalidade
precisa, explicando por que não se pode opor de nenhum modo
e não pode estar em uma organização comum com outros Ritos
sob qualquer motivo ou pretexto por mais louvável que seja. A
vontade de anexação da noção original de “Ordem Retificada”
17
G RANDE P RIORADO R ETIFICADO DA E SPANHA

- cuja finalidade é “ajudar a remontar a Ordem Primitiva”- tal


como foi pensada e estabelecida durante o Convento das Galias
por Jean-Baptiste Willermoz (1730-1824), não poderia ser
desta forma, em nenhum caso e de nenhuma maneira, de
natureza “obedencial multirritualística” - concepção estranha ao
espírito da retificação -, mas puramente e estreitamente fiel aos
únicos critérios do Regime Retificado.

- IX -
A iniciativa de refundação, sendo de natureza trans-histórica,
iniciática e espiritual, participa em uma situação de espera,
com a esperança de que algum dia os diversos componentes da
família retificada retornem a concepção original de “Ordem”,
realizando sua unidade sobre o principio único e fundador da
“retificação” tal como definido e estabelecido pela Reforma de
Lyon.

-X-
Nossa ação refundadora, com a finalidade de um retorno ao
principio da Ordem, responde tanto para um testemunho como
para uma preocupação conservadora, a fim de que o projeto
willermoziano possa ser vivido e transmitido, ao longo do
tempo, em sua verdadeira essência, para que perdure através da
Historia em absoluta fidelidade com a Idea original de natureza
iniciática e espiritual exposta e decretada durante o Convento
das Galias em 1778.

Lyon - Capital das Galias


15 de Dezembro de 2012

18
G RANDE P RIORADO R ETIFICADO DA E SPANHA

TRATADO DE AMIZADE E DE
RECONHECIMENTO

ENTRE

‘‘DIRETÓRIO NACIONAL RETIFICADO


DA FRANÇA
E
GRANDE DIRETÓRIO DE GÁLIAS ’’

&

‘‘GRANDE PRIORADO R ETIFICADO


DA ESPANHA”

Em Lyon, capital das Galias, em 14 de dezembro de 2013.

19
G RANDE P RIORADO R ETIFICADO DA E SPANHA

As duas Potências signatárias denominadas:

DIRECTOIRE NATIONAL RECTIFIE DE


FRANCE- GRAND DIRECTOIRE DES GAULES,
fundado em 20 e 23 de março de 1935,
despertado em 15 de dezembro de 2012, com sede em :
Rua Nicolas Chorier,27 – 38000 - Grenoble - (França)

GRAN PRIORATO
RECTIFICADO DE
HISPANIA,
Fundado em 16 de outubro de 2010,
Rua Batel, 7 Local – 28042 - Madrid - Espanha

20
PREÂMBULO
Reafirmando solenemente seu compromisso inabalável para
o reconhecimento, a defesa e a conservação do Regime
Escocês Retificado, em sua especificidade organizativa,
estrutural e doutrinal;

Declarando sua vontade de promover o Regime Escocês


Retificado por todos os meios a seu alcance, e conservar
integralmente os princípios fundamentais;

Considerando sua adesão aos princípios contidos nos


Códigos fundamentais do Regime Escocês Retificado, segundo
o Código Maçônico das Lojas Reunidas & Retificadas da
França e o Código Geral dos Regulamentos da Ordem dos
Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa, tal como foram
aprovados pelos Deputados dos Diretórios no Convento
Nacional de Lyon em 1778;

Destacando que estes princípios implicam necessariamente que


a Ordem resultante da Reforma de Lyon obtém unicamente sua
legitimidade e sua “regularidade”, além disso, das qualificações
iniciáticas de seus membros, de sua fidelidade observada ante
os princípios enunciados e decretados em 1778 durante o
Convento das Galias, ratificados no Convento de Wilhemsbad
em 1782;

Sustentando que os dois Códigos de Lyon de 1778 são as


únicas leis constitutivas do Regime Escocês Retificado, e que
elas organizam sua vida e estabelecem seu funcionamento;

Proclamando que estas leis e os princípios que as inspiram


- assim como a doutrina iniciática resultante das instruções da
21
Ordem -, tenham sido queridas invioláveis pelos fundadores do
Regime Escocês Retificado, e que nenhuma instancia,
maçônica ou cavalheiresca, está em posição de poder modificá-
las, nem de transformar as regras ou o espírito, ou submetê-las a
interpretações dogmáticas, religiosas, obediências ou profanas,
é que seu primeiro dever, claramente estipulado e
explicitamente especificado, em respeitá-las e fazê-las respeitar.

CONSIDERAÇÕES
Conhecendo que a qualidade de membro de cada uma das
duas Potencia solo pode adquirir e conservar por uma adesão
livre e isenta de toda contrariedade, moral ou outra, aos
princípios que lhes constituem e das regras que lhes regem: a
saber, as leis que figuram no Código Maçônico das Lojas
Reunidas & Retificadas da França e no Código Geral dos
Regulamentos da Ordem dos Cavaleiros Benfeitores da Cidade
Santa, decretadas no Convento Nacional das Galias em 1778,
leis ratificadas no Convento de Wilhelmsbad em 1782 ;

Confirmando que os trabalhos iniciáticos e as demais


atividades, em particular a beneficência ativa e esclarecida, das
duas Potencias maçônicas e cavalheirescas, são destinadas ao
aperfeiçoamento espiritual, moral e cívico, e da melhora da
situação material e espiritual de toda a família humana;
Reconhecendo que ambas Potencias estão em posse legítima
e regular do Regime Escocês Retificado;

Desejando cooperar na realização dos objetivos e fins próprios


do Regime Escocês Retificado no rigoroso respeito da
identidade, na independência e na soberania de cada uma delas,
assim como de suas especificidades respectivas;

22
Desejosas de instaurar entre elas relações fundadas sobre os
valores e virtudes de solidariedade, confiança, amizade e
fraternidade;

Querendo contribuir na conservação e preservação da


especificidade iniciática, espiritual e doutrinal do Regime
Escocês Retificado, a fim de que sua essência não seja alterada
pelo tempo;

ACORDO
- Artigo 1º

As Potencias signatárias, investidas da plenitude da


transmissão iniciática, maçônica e cavalheiresca, que elas
possuem de sua legitimidade resultante do Regime Escocês
Retificado, decidem estabelecer um laço de reconhecimento
e criar entre elas as relações de amizade fraternal e de
cooperação.

- Artigo 2º

As Potências signatárias trabalharão no fortalecimento


de suas relações, a fim de prosseguir, por uma vontade
comum, em defesa de sua obra, preservação e
conservação dos princípios e instruções do Regime Escocês
Retificado com o objetivo de que sua essência espiritual e
iniciática permaneçam e não seja alterada.

- Artigo 3º

As duas Potências contratantes se comprometem a


conservar as formas, cerimônias, tradições e instruções dos

23
diferentes graus do Regime Escocês Retificado,
respeitando os fundamentos iniciáticos e doutrinais
provenientes da Reforma de Lyon decretados durante
o Convento das Galias em 1778, e confirmados durante o
Convento de Wilhelmsbad em 1782.

- Artigo 4º

As duas Potencias signatárias autorizam a seus membros


a participar nos trabalhos de seus estabelecimentos
respectivos em todos os Graus, sob convite, em respeito de
suas práticas, usos e costumes, y na condição de
apresentarem-se as autoridades em exercício e de serem
admitidos por elas a participar nos trabalhos, pudendo
assim os Irmãos ter livre entrada como visitantes nas
cerimônias dos Graus equivalentes.

- Artigo 5º

É acordado entre as duas Potencias signatárias que o


presente Tratado poderá receber emendas e especificações
no futuro por acordo entre as duas Partes.

- Artigo 6º

O presente Tratado é celebrado por uma duração


indeterminada, e poderá eventualmente, em qualquer
momento, ser denunciado mediante advertência previa de
seis meses.

- Artigo 7º

O presente Tratado estabelecido em quatro exemplares


originais, dos quais dois estão em francês e dois em
24
espanhol, entrará em vigor após ter sido ratificado pelos
dois Sereníssimos Grandes Mestres e Grandes Priores de
cada uma das Potências signatárias.

25
Feito e decretado em Lyon, ao quatorze de dezembro de dos
mil treze (14, XII, 2013).

Pelo Diretório Nacional Retificado da França - Grande


Diretório das Galias

Sereníssimo Grão Mestre Nacional & Grão Prior


Johannes-Marcus, i.O. Eq. a Crucis Mysterio

Pelo Grande Priorado Retificado de Hispania

José Manuel Castañeda Pérez

Sereníssimo Grão Mestre Nacional & Grão Prior


Josef Emmanuel, i.O. Eq. ab Iustitia

26
27
28

Você também pode gostar