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A obra se classifica entre conto e romance e trata do drama de um imigrante diante da

constante seca e da extrema pobreza, o que leva a uma relação seca e dolorosa entre os
personagens, quase um monólogo. A história envolve: Fabiano, o chefe da família, um homem
rude que dificilmente consegue expressar seus pensamentos em palavras; Sinhá Vitória, sua
esposa, cujo nível intelectual é um pouco superior ao do marido, que a admira por isso; O filho
mais novo quer fazer algo notável para ser como o pai e ser admirado pelo irmão e cachorro
Baleia; O filho mais velho fica curioso com a palavra "inferno" e tenta argumentar com a mãe
porque o pai está incapacitado; Um cachorro, uma baleia e um papagaio completam o grupo
de viajantes da história; Na história, a sociedade local é representada por um soldado amarelo,
corrupto e arbitrário, que se impõe ao indefeso Fabiano, que o respeita como representante
do governo; Tomás da Bolandeira, dono da quinta onde a família se abrigou durante o
temporal, é um homem poderoso da região que impõe a sua vontade. O livro tem 13 capítulos
um tanto independentes e relacionados a determinados temas.

I - Mudança Este capítulo é o início da inversão de personagem mencionada acima.


Pressupõe uma história anterior: "Os infelizes caminharam o dia todo, estavam cansados e
famintos". Afetados pela seca, eles chegam a uma fazenda abandonada e a incendeiam. A
cachorra traz a gruta: "Todos se levantaram gritando. O mais velho esfregou as pálpebras,
enxugando restos de sono. Sinhá Vitória beijou o focinho da Baleia, e quando o focinho estava
ensanguentado, ela lambeu o sangue e aplicou o beijo a seu favor ", diz sobre a terra seca e o
sofrimento. A comunicação é rara e ocorre quando o pai repreende o filho e esse processo é
constante no livro. O autor pretende não nomear os meninos, enfatizar a vida sem sentido e
sem sonhos de um emigrante. “Ao amanhecer havia seis seres vivos, entre eles um papagaio.
Coitado, estava morto na areia do rio onde repousavam, à beira de uma poça: a fome bateu
demais nos emigrantes, e não havia sinal de comida. Baleia havia comido o amigo, suas pernas,
cabeça e ossos foram poupados, e ele não se lembrava mais disso.

II - Fabiano "Tomou posse da casa, porque não tinha onde cair para a morte, estava
mastigando. as raízes e sementes de mucuna por alguns dias. Veio uma tempestade e com ela
o fazendeiro que o expulsou. Fabiano fingiu não entender e ofereceu seus serviços
resmungando, coçando os cotovelos e sorrindo de dor. Costumava ficar. E o chefe o recebeu,
deu-lhe insígnias de ferro. Agora Fabiano era vaqueiro e ninguém o tiraria. Parecia um animal,
perfurado como um animal, mas estava enraizado, estava plantado." Alegremente, ele disse
para si mesmo: "Você é um animal, Fabian." Isso mostra um homem brutal, mas introspectivo.
Tem consciência de suas limitações e admira quem sabe se expressar. "Admirei as longas
palavras dos habitantes da cidade, tentei em vão repeti-las, mas sabia que eram inúteis e
possivelmente perigosas."

III - Prisão Na Feira da Cidade, um soldado convida Fabiano para jogar cartas, discute
com ele e o prende arbitrariamente. A figura do soldado amarelo simboliza o governo, e com
isso o escritor quer passar a ideia de que não só a seca faz um animal nômade, mas também a
arbitrariedade das autoridades. No final do capítulo, ela se vê irremediavelmente derrotada e
sem ilusões sobre o destino de seus filhos. "Sinha Vitória dormia mal na cama de madeira. Os
meninos eram cruéis, como o pai. Quando cresceram guardavam o gado do patrão invisível, o
soldado amarelo os pisoteava, insultava e insultava."

IV - Sinhá Vitória enquanto o marido quer se expressar direito um dia, mas a mulher só
quer ter uma cama de couro, como Tomás da bolandeira, um lavrador poderoso que é um
exemplo. Recorda a viagem, a morte do papagaio, o medo da seca. A presença do marido dá-
lhe uma sensação de segurança. A - O filho mais novo quer ser como seu pai que domou a
égua e tenta cavalgar quando a cabra cai e ser motivo de chacota para o irmão e a baleia. O
sonho de um menino é uma forma de resistência ao desapontamento, assim como uma mãe
sonha com uma cama de couro. VI – filho mais velho Os desejos da família são cada vez mais
modestos. O menino mais velho só queria amizade e Baleia foi bonzinho: “O menino ficou
abraçado nele. E Baleia se curvou para não machucá-lo, sofreu carícias demais." VII - Inverno
Esta é a descrição de uma noite chuvosa e dos medos e sonhos que a chuva desperta na
família. Eles sabiam que a chuva que alagava tudo passaria e a seca mais uma vez tomaria
conta de suas vidas. VIII - A Festa Este é um dos capítulos mais tristes. É Natal e a família vai à
cidade para comemorar. Fabiano se compara com as pessoas e se sente inferior. Depois da
missa, ele quer ir às barracas de jogos, mas ela é contra porque ele bebe e ousa. Ele adormece
na calçada e, em seus sonhos, os soldados amarelos exercem sua vontade. Uma família
saudável sente a distância que os separa dos outros seres. Sinhá Vitória foge do sonho e se
imagina com uma cama de lastro de couro. IX - A Baleia Este é um capítulo trágico. O autor
humaniza o cão Baleia. Ele parece doente e acamado. Desconfiado, ele tenta se esconder. Ele
não entende por que eles querem fazer isso com ele. Já ferido, ele espera a morte e sonha
com uma vida melhor. Na história, Baleia e Sinhá Vitória são as personagens que melhor
expressam seus desejos. X - Contas Fabiano tem que vender ao patrão uns bezerros e cabras
que ganhava com o trabalho e reclama que as contas não batem com a de sua esposa. Ele se
rebela e então aceita em rendição. Ele lembra que foi vítima antes mesmo do fiscal da cidade.
Pai e avô viviam assim. Estava no sangue e ele não faria mais nada.

XI - Soldado Amarelo é a descrição deste personagem. Ela se parece com quem ela é
socialmente, não com quem ela é profissionalmente. Sua força vem da instituição que
representa. Fica fisicamente mais fraco, arbitrário e corrupto quando se vê sob o domínio de
Fabiano na Caatinga. Fabian se vinga e lidera o soldado desaparecido. A imagem de autoridade
configurada é muito forte no subconsciente de Fabiano.

XII - O mundo está coberto de penas, o Sertão está pegando fogo. A seca voltou como
um aviso para os pássaros que passavam. A mulher avisa que os pássaros bebem água de
outros animais. Fabian fica maravilhado com a inteligência dela e tenta matar alguns para
comer. Resuma seus acidentes. A culpa de matar a baleia não o abandona. “Ele chegava em
casa assustado, era cego e sempre sentia vagos tremores. Ultimamente anda preguiçoso como
uma mariposa, porque tem acontecido muitos acidentes. Teve que negociar com Sinhá Vitória,
arranjar a viagem, quitar as taxas, se explicar, convencê-lo de que não fez nada para matar o
cachorro. Esses lugares amaldiçoados devem ser abandonados. Sinhá Vitória pensaria como
ele."

XIII - Fuga A mulher se junta ao marido e os dois sonham juntos. Sinhá Vitória é mais
otimista e consegue transmitir paz e esperança. O livro termina com um misto de sono,
decepção e descrença. Fabiano mata o bezerro, salgar a carne, e eles partem ao amanhecer." E
eles foram para o sul, perdidos no sono. Uma cidade grande cheia de gente forte. Os meninos
na escola aprendem coisas difíceis e necessárias. Dois velhos que acabam como cachorros,
inúteis, são como baleias. O que eles iriam fazer? Eles ficaram com medo. Eles chegariam a um
país desconhecido e civilizado, ficariam presos nele. E o sertão vai continuar mandando gente
pra lá. Sertão mandava fortes como Fabiano, Sinhá Vitória e dois meninos para a cidade.

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