Estrutura/ base da apresentação sobre as Anfetaminas
Categoria e origem da substância:
As Anfetaminas são substâncias sintéticas que estimulam a atividade do Sistema Nervoso Central (Estimulantes do SNC), e causam sensações de bem-estar e disposição. As Anfetaminas provêm da planta Éfedra, e surgiram no seculo XIX, tendo sido sintetizadas pela primeira vez na Alemanha, por Lazar Edeleanu, em 1887. Estas drogas começaram a ser usadas por médicos, 40 anos depois, para aliviar a fadiga, alargar as passagens nasais e bronquiais e estimular o sistema nervoso. Podem ser indicadas por médicos, para o tratamento de doenças como transtorno do déficit de atenção, que afeta crianças e adultos, para a narcolepsia, que é um distúrbio que causa sonolência excessiva, e em alguns casos, no tratamento da compulsão alimentar.
Caracterização das Anfetaminas
Podem ser chamadas de Speed, Cristal ou Anfes. Quando estão em estado puro têm o aspeto de cristais amarelados com sabor amargo. Estas substâncias sintéticas provocam a quem a consome, sensações de bem- estar e disposição. Outros atributes desta droga são a sua capacidade de gerar uma sensação de maior controle e autoconfiança na pessoa que a ingere, além de dar uma impressão de clareza de pensamento. Aumenta também a atividade motora, a frequência cardíaca e respiratória e a pressão arterial. Diminui o sono (daí serem usadas no tratamento da narcolepsia), como também o cansaço e fome. São chamadas de “droga suja”, pois, normalmente, quando vendidas de forma ilegal, são misturadas com outras substâncias artificiais, de forma a intensificar o seu efeito. Isto explica o facto de o seu grau de pureza ser, habitualmente, de apenas 5%, ou seja, tem uma grande constituição artificial, sendo pouco pura. Modo de utilização São maioritariamente consumidas por via oral, intravenosa (diluídas em água), fumadas ou Inaladas (em pó). A forma menos prejudicial de consumir anfetaminas é engolindo-as (não misturadas com álcool). A inalação danifica as mucosas do nariz e injetar é a forma mais perigosa de usar esta ou qualquer outra droga, dado que entra diretamente para a circulação sanguínea, e aumenta o risco de overdose e de problemas físicos ou contágio de doenças.
Efeitos a nível físico, psicológico e social
A ingestão de anfetaminas provoca hiperatividade e uma grande necessidade de movimento, assim como o aumento da atenção e concentração (daí o seu uso por estudantes). Paralelamente, o individuo perde o sono e a fome. Como estas substâncias podem, na pessoa que as consome, provocar alterações do estado de confiança, excitação nervosa, euforia e loquacidade, pode resultar numa diminuição da autocrítica, fazendo com que os seus consumidores não se apercebam das consequências das suas ações. Por outro lado, os efeitos aparentemente positivos transformam-se em negativos com alguma rapidez, podendo a pessoa experimentar fadiga, depressão, apatia ou agressividade (ocasionalmente). Estes efeitos duram de 6 a 12 horas. O consumo desta substância traz alguns riscos para a saúde tais como sede, transpiração, desidratação, diarreia, taquicardia, aumento da tensão arterial, náuseas, má disposição, dor de cabeça, tonturas, vertigens, sono conturbado e pouco reparador. No consumo constante e desconforme destas substâncias, poderá suceder a perda de apetite, que, por sua vez, poderá desenvolver uma anorexia nervosa, desnutrição ou até mesmo, a morte. Conseguimos identificar o uso desta substância por pessoas pelos seguintes efeitos: dilatação da pupila, aumento da pressão arterial, aceleração dos batimentos cardíacos e arritmia. E em alguns casos, a sua utilização pode causar diarreia, gastrite, tremor de mãos, boca seca e irritabilidade. Dados estatísticos sobre o consumo e distribuição das Anfetaminas A nível global, estas substâncias estão a ter um rápido crescimento. Segundo um relatório do Gabinete das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), as anfetaminas classificam-se como o segundo tipo de droga mais utilizado no mundo depois da cannabis, ultrapassando a heroína e a cocaína. O número de comprimidos de metanfetaminas apreendidos no Sudeste Asiático, por exemplo, quadruplicou desde 2008, passando de 32 milhões nesse ano para 133 milhões em 2010, de acordo com este relatório. E devido à sua relativa facilidade de fabricação e ao seu baixo custo, estas substâncias tornam-se mais apelativas para as redes criminosas como uma fonte de dinheiro e uma entrada em novos mercados de consumidores. Outra razão pelo seu rápido crescimento é o facto de as anfetaminas poderem ser feitas em qualquer lado, e em quaisquer condições climáticas. O número de laboratórios que produzem estas substâncias na Ásia Oriental e no Sudeste Asiático quase duplicou entre 2008 e 2009, enquanto o seu uso e produção está também a aumentar rapidamente na Europa. Os 5 países em que mais são consumidas anfetaminas por percentagem da população são: Laos em quinto lugar, com 1,39% da população, Nigéria, Tailândia e Austrália empatadas em quarto lugar, com 1,4% da população, em terceiro os Países Baixos com 1,6%, em segundo lugar a Polonia, com cerca 1,7% da população, e por fim, o país com mais consumidores das anfetaminas per capita são os Estados Unidos, com aproximadamente 3% da população, o que equivale a cerca de 9 milhões de pessoas. A nível Europeu, quando comparadas a outras drogas, as Anfetaminas são das drogas menos consumidas, tendo apenas 12 milhões de pessoas relatado ter consumido estas substâncias no decorrer das suas vidas, o que equivale a cerca de 0.016% da população europeia, contudo, este número tem tendência para aumentar nos próximos anos.