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Inquérito de Saúde na Cidade de São Paulo

Boletim

2015

Hipertensão Arterial
Sistêmica

12
© Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo. Equipe de Pesquisadores do ISA Capital 2015
Série “Boletim ISA Capital 2015”, editada pela Coordenação de Epidemiologia e Informação|-
CEInfo|SMS|PMSP. Pesquisador responsável
Chester Luiz Galvão César
Boletim Nº 12 | Novembro 2017 | Versão eletrônica
É permitida a reprodução total ou parcial desta obra desde que citada a fonte. Instituição responsável
Convênio celebrado entre o Centro de Apoio à Faculdade de Saúde Pública (CEAP) da Univer-
PREFEITO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO sidade de São Paulo e a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo
João Doria
Pesquisadores principais
SECRETÁRIO MUNICIPAL DA SAÚDE Chester Luiz Galvão César
Wilson Modesto Pollara Faculdade de Saúde Pública | USP

SECRETÁRIA ADJUNTA Maria Cecília Goi Porto Alves


Maria da Glória Zenha Wieliczka Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

Marilisa Berti de Azevedo Barros


CHEFE DE GABINETE Faculdade de Ciências Médicas | UNICAMP
Daniel Simões de Carvalho Costa
Moisés Goldbaum
COORDENAÇÃO DE EPIDEMIOLOGIA E INFORMAÇÃO | CEInfo Faculdade de Medicina | USP
Margarida M T A Lira
Regina Mara Fisberg
Elaboração Projeto gráfico, diagramação e editoração Faculdade de Saúde Pública | USP
Maria Cristina Scuoteguazza Salgado Minari Artur Isnard Leonardi Horta Lopes Pesquisadores associados
Edmilson Pessoa de Barros Bianca de Moraes Garcia Maria Mercedes Loureiro Escuder
Helio Neves Reinaldo José Gianini
Conselho Editorial
Cesar Augusto Inoue
Breno Souza de Aguiar Coordenação do trabalho de campo
Heloisa Mara Trebbi Berton
Eneida Ramos Vico Fernanda Mello Zanetta
Colaboração e Revisão Helio Neves Margaret Harrison de Santis Dominguez
Breno Souza de Aguiar Leny Kimie Yamashiro Oshiro Mariangela Pereira Nepomuceno Silva
Júlia Olsen Margarida M T A Lira
Equipe responsável pelo ISA Capital 2015 na Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo
Katia Cristina Bassichetto Maria Rosana Issberner Panachão Margarida M T A Lira
Marcos Drumond Junior Tamiris C T Souza Hélio Neves
Margarida Lira Tatiana Gabriela Brassea Galleguillos Katia Cristina Bassichetto
Patrícia Carla dos Santos
FICHA CATALOGRÁFICA
São Paulo (SP). Secretaria Municipal da Saúde. Coordenação de Epidemiologia e
Rua General Jardim, 36 - 5º andar - Vila Buarque Informação - CEInfo.
CEP 01223-010 - São Paulo - SP
e-mail: smsceinfo@prefeitura.sp.gov.br Boletim ISA Capital 2015, nº 12, 2017: Hipertensão Arterial Sistêmica. São Paulo: CEInfo,
Versão eletrônica: 2017, 37 p.
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arquivos/publicacoes/ISA_2015_HAS.pdf
1. Inquérito de Saúde 2. Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo 3. Hipertensão 4.
Doença crônica 5. Atenção à Saúde 6. Comorbidade
Hipertensão

Apresentação Apresentação
Resumo A hipertensão arterial sistêmica (HAS) caracteriza-se por uma condição clínica multifatorial,
com níveis elevados e sustentados de pressão arterial, frequentemente associada a alterações
Lista de figuras, gráficos e tabelas funcionais ou estruturais de vários órgãos, causando ainda distúrbios metabólicos, com aumento
no risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais. É a doença crônica mais prevalente na
Introdução população adulta e idosa, podendo ser assintomática em um número significativo de pessoas.
Constitui um dos mais importantes problemas de saúde pública na atualidade e é considerada
Método como um dos principais fatores de risco (FR) modificáveis associada à morbimortalidade por
doença cardiovascular (DCV), especialmente os acidentes vasculares encefálicos (AVE) e a
Resultados e discussão doença coronariana (DC).
O Inquérito de Saúde – ISA Capital 2015, idealizado para conhecer aspectos da saúde pública
Considerações finais
no município de São Paulo (MSP) que não estão contidos nos sistemas rotineiros de informação
do SUS, inclui desde as suas edições anteriores (2003 e 2008) o conhecimento da prevalência
Referências bibliográficas
desta condição crônica e de diversos aspectos relacionados.
Questionário - Bloco C2 Este inquérito é uma realização conjunta da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo,
Faculdades de Saúde Pública e de Medicina da Universidade de São Paulo - USP, Universidade
Anexo Estadual de Campinas - Unicamp e Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde do
Estado de São Paulo.
O presente boletim é o 12º da série ISA Capital 2015 e apresenta a estimativa da prevalência de
HAS, em pessoas com 20 anos ou mais de idade, residentes em área urbana do MSP, segundo
variáveis socioeconômicas e demográficas selecionadas, identifica fatores associados ao
diagnóstico, comorbidades, acompanhamento a serviços de saúde, comportamento em relação
à doença, nível de conhecimento, principais conceitos a respeito deste agravo.
Espera-se que possa suscitar a reflexão de todos os envolvidos e possa contribuir para a elaboração
de políticas destinadas à promoção da saúde, prevenção de agravos e organização do cuidado de
pessoas com esta condição crônica, demandante de atenção à saúde de longo prazo.

Margarida Lira
CEInfo
3
Hipertensão

Apresentação Resumo
Resumo Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é a doença crônica mais prevalente na população adulta e
idosa na cidade de São Paulo, no Brasil e no mundo. O Inquérito de Saúde de Base Populacional
Lista de figuras, gráficos e tabelas – ISA Capital 2015, realizado na cidade de São Paulo, estimou em 23,2%, a prevalência de HAS
na população com 20 anos ou mais. A prevalência é crescente conforme aumenta a idade dos
Introdução entrevistados. É mais frequente entre as mulheres, em pessoas com sobrepeso ou obesidade.
A prevalência é crescente conforme a seguinte ordem de situação conjugal: solteiro; casado/
Método união estável; separado/divorciado; viúvo. Estas condições também se associam, nesta ordem,
à evolução da idade. A prevalência é maior quanto menor a escolaridade. Não foi identificada
Resultados e discussão diferença significativa por classes de renda, raça/cor e por região de saúde de residência.

Considerações finais
A maioria dos entrevistados referiu frequentar, rotineiramente, unidade de saúde para o
acompanhamento da hipertensão e considerou estar bem orientada quanto à doença e às medidas
Referências bibliográficas
necessárias para seu controle, apesar do que, é elevada a proporção dos que não adotam
hábitos de vida preconizados para o controle efetivo deste agravo, como dieta hipossódica,
Questionário - Bloco C2
prática de atividade física rotineira, controle do peso, uso regular da medicação.
Pessoas com HAS também informaram maior proporção de histórico de Infarto Agudo do
Anexo Miocárdio e Acidente Vascular Encefálico do que as demais.
Evidências da literatura sugerem que, mesmo em países com sistema universal de saúde,
aproximadamente metade das condições crônicas mais comuns não são detectadas. Metade das
condições detectadas não são tratadas. Metade das que são tratadas não são adequadamente
controladas. É a regra das metades, proposta em 1972 por Wilber e Barrow, apud Hart 1992.
No presente estudo, a maioria das pessoas com HAS com 20 anos ou mais de idade apresenta
alguma comorbidade, sendo que mais da metade delas apresenta mais do que uma. Esta
frequência varia, como esperado, de acordo com a faixa etária, sendo maiores nas com 60
anos ou mais. A HAS com alguma comorbidade é, portanto, a doença crônica mais prevalente
no MSP. Entre as pessoas com 20 anos ou mais, o ‘colesterol elevado’ é a comorbidade mais
prevalente, chegando a quase 1/3 dos casos, seguida do diabetes. Entre os idosos, a sequência
das principais comorbidades é exatamente a mesma, porém com prevalências significativamente
maiores de ‘colesterol elevado’ e diabetes.

4
Hipertensão

Apresentação A atenção à saúde dos hipertensos exige que se considere um cuidado mais abrangente do
que somente a HAS. É provável que esta população demande mais serviços de saúde, tenham
Resumo mais intercorrências que requeiram atenção especializada, maior número de tipos de fármacos
e possibilidade de interações não desejadas, com implicações para o orçamento tanto familiar
Lista de figuras, gráficos e tabelas quanto institucional.

Introdução
A informação obtida contribui para a melhor organização e aprimoramento da Rede de Atenção
à Saúde, da Linha de Cuidado e do planejamento local das unidades de saúde, considerando
Método
as necessidades específicas da população hipertensa, possibilitando intervenções mais efetivas
e eficientes, com melhor controle, redução das complicações e melhoria na qualidade de vida
Resultados e discussão
desta população.

Considerações finais

Referências bibliográficas

Questionário - Bloco C2

Anexo

5
Hipertensão

Apresentação Listagem de figuras, gráficos e tabelas


Resumo Gráfico 1 - Prevalência (%) de hipertensão referida na população com 12 anos ou mais e na
população com 20 anos ou mais. Município de São Paulo, 2003, 2008 e 2015........................... 12
Lista de figuras, gráficos e tabelas
Gráfico 2 - Prevalência (%) de hipertensão referida, na população com 20 anos ou mais,
Introdução segundo sexo e faixa etária. Município de São Paulo, 2015..................................................... 14

Tabela 1 - Prevalência (%) de hipertensão referida na população com 20 anos ou mais,


Método
segundo variáveis socioeconômicas. Município de São Paulo, 2015........................................ 16
Resultados e discussão Tabela 2 - Prevalência (%) de hipertensão referida, segundo número de comorbidades e
frequência acumulada dessas prevalências, na população com 20 anos ou mais e com 60
Considerações finais anos ou mais de idade. Município de São Paulo, 2015............................................................. 18

Referências bibliográficas Tabela 3 - Prevalência (%) das comorbidades mais frequentes entre hipertensos de 20 anos
ou mais e de 60 anos ou mais de idade. Município de São Paulo, 2015.................................... 18
Questionário - Bloco C2
Tabela 4 - Prevalência (%) de alguns agravos selecionados, na população com 20 anos ou
Anexo mais de idade, segundo presença de hipertensão referida. Município de São Paulo, 2015...... 19

Gráfico 3 – Proporção (%) da população com 20 anos ou mais que referiu hipertensão,
segundo tipo de cuidado que DEVERIA ADOTAR para o controle da doença. Município de
São Paulo, 2015........................................................................................................................ 21

Gráfico 4 - Proporção (%) da população com 20 anos ou mais que referiu hipertensão, segundo
tipo de cuidado que ADOTA para o controle da doença. Município de São Paulo, 2015.............. 22

Tabela 5 - Padrão de uso de serviços de saúde entre os hipertensos, segundo sexo e


Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) de residência. Município de São Paulo, 2015......... 23

Gráfico 5 - Proporção (%) dos motivos referidos pelas pessoas com hipertensão, com 20
anos ou mais, PARA NÃO FAZER O ACOMPANHAMENTO REGULAR DESTA CONDIÇÃO
DE SAÚDE, segundo sexo. Município de São Paulo, 2015....................................................... 25

6
Hipertensão

Apresentação Tabela 6 - Proporção (%) da população com 20 anos ou mais que referiu hipertensão, segundo
avaliação da informação obtida sobre a doença nos serviços de saúde, por sexo e CRS de
Resumo residência. Município de São Paulo, 2015................................................................................. 26

Lista de figuras, gráficos e tabelas Tabela 7 - Proporção (%) da população com 20 anos ou mais que referiu hipertensão,
segundo tempo decorrido desde o diagnóstico (em anos), limitação das atividades do dia-a-
Introdução dia e problemas ocasionados pela hipertensão. Município de São Paulo, 2015.......................... 27

Método

Resultados e discussão

Considerações finais

Referências bibliográficas

Questionário - Bloco C2

Anexo

7
Hipertensão

Apresentação Introdução
Resumo A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a doença crônica mais prevalente na população adulta
e idosa. É uma condição clínica multifatorial, caracterizada por níveis elevados e sustentados de
Lista de figuras, gráficos e tabelas pressão arterial, frequentemente associada a alterações funcionais ou estruturais de órgãos como
o coração, encéfalo, rins, vasos sanguíneos e retinas, causando ainda distúrbios metabólicos,
Introdução com aumento no risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais. Constitui um dos mais
importantes problemas de saúde pública na atualidade.1
Método
O envelhecimento da população e as mudanças no perfil socioeconômico, associados às
Resultados e discussão
condições individuais e aos contextos ambientais e coletivos em que vivem as pessoas, resultam
no aumento da prevalência de condições e doenças crônicas, que se caracterizam por início
Considerações finais
gradual, prognóstico usualmente incerto, longa ou indefinida duração, curso clínico que muda
ao longo do tempo, possíveis períodos de agudização, podendo gerar incapacidades. Requerem
Referências bibliográficas
intervenções com o uso de tecnologias leves, leves-duras e duras, associadas a mudanças
de estilo de vida, em um processo de cuidado contínuo, que na maioria das vezes não leva
Questionário - Bloco C2
à cura. É frequente a ocorrência de pessoas com múltiplas condições crônicas: obesidade,
hipertensão arterial, hipercolesterolemia, Diabetes mellitus, entre outras. Por sua longa duração
Anexo
possibilitam muitas oportunidades de intervenção e de prevenção e requerem acompanhamento
sistematizado e de longo prazo.2
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças crônicas são responsáveis na
atualidade por 63% das mortes no mundo, com elevado volume de mortes prematuras (menores
de 70 anos de idade), 86% delas ocorrendo em países de baixa e média renda3, constituindo
grave problema de saúde pública. No Brasil, estima-se que 21,4% das pessoas com 18 anos
ou mais de idade apresentem HAS e 6,9% Diabetes mellitus (DM), com diagnóstico ou não da
doença.4 Além da mortalidade, as doenças crônicas apresentam forte carga de morbidades
relacionadas. São responsáveis por grande número de internações e estão entre as principais
causas de amputações, perdas de mobilidade e outras funções neurológicas. Podem evoluir
com piora progressiva das condições de saúde e da qualidade de vida.
No Brasil essas doenças representam a primeira causa de mortalidade e de hospitalizações,
sendo apontadas como responsáveis por mais da metade dos diagnósticos primários em pessoas
com insuficiência renal crônica submetidas à diálise no Sistema Único de Saúde (SUS).5 Estudo
8
Hipertensão

Apresentação de Carga Global de Doenças no Brasil revela que 58% dos anos de vida perdidos precocemente
se devem às Doenças Crônicas Não Transmissíveis - DCNT. 1 Determinantes sociais impactam
Resumo fortemente na prevalência de tais doenças: desigualdades sociais, diferenças no acesso a bens
e a serviços, baixa escolaridade e desigualdades no acesso à informação associam-se a maior
Lista de figuras, gráficos e tabelas prevalência das doenças crônicas e dos agravos decorrentes da evolução dessas doenças.6

Introdução
É importante lembrar o impacto econômico que as doenças crônicas produzem no Brasil, não só
em gastos com cuidados com a saúde, mas também nas despesas decorrentes do absenteísmo
Método
no trabalho, aposentadorias e mortes precoces que atingem a população economicamente ativa.
A população com 60 anos ou mais de idade no Brasil era de 19,6 milhões no ano 2010, deverá
Resultados e discussão
atingir 41,5 milhões em 2030 e 73,5 milhões em 2060. É importante ressaltar que cerca de 85%
deste estrato populacional apresenta pelo menos uma doença crônica.7
Considerações finais São doenças cujos fatores de risco podem ser modificados e estão associadas ao aparecimento
de complicações e morte em ambos os sexos. Especialmente em nosso meio é elevada a
Referências bibliográficas ocorrência de mortes prematuras, de indivíduos com menos de 60 anos de idade. Podem ser
controladas e ter suas complicações prevenidas. A adoção de medidas de prevenção e de
Questionário - Bloco C2 controle resulta em redução significativa do número de mortes, complicações e incapacidades
associadas, com significativo aumento na qualidade e na expectativa de vida da população.8
Anexo
A HAS é caracterizada por alta prevalência, baixas taxas de controle e pode ser assintomática
em um número significativo de pessoas. É considerada um dos principais fatores de risco (FR)
modificáveis associada à morbimortalidade por doença cardiovascular (DCV), especialmente
os acidentes vasculares encefálicos (AVE) e a doença coronariana (DC), que aumentam
progressivamente com a elevação da PA: acima de 140 mmHg (sistólica) ou 90 mmHg
(diastólica).1 Junto com o Diabetes mellitus, está entre as principais causas de doença renal
crônica, que pode evoluir com necessidade de terapia renal substitutiva.
Entre os principais fatores de risco associados à HAS se incluem a alimentação com elevado
teor de sal, sedentarismo, abuso do álcool, tabagismo, obesidade, histórico familiar e condição
socioeconômica. Em indivíduos jovens, entre outros fatores, pode estar associada ao uso de
drogas ilícitas.1
Dessa forma, considerando a importância da HAS como fator de risco às DCNT, tem sido objeto
de investigação nas três edições do ISA Capital - 2003, 2008 e 2015. O objetivo do presente
9
Hipertensão

Apresentação estudo foi estimar a prevalência de HAS, segundo variáveis socioeconômicas e demográficas
selecionadas e identificar fatores associados ao diagnóstico, comorbidades, acompanhamento
Resumo nos serviços de saúde, comportamento em relação à doença, nível de conhecimento, principais
conceitos a respeito deste agravo.
Lista de figuras, gráficos e tabelas

Introdução

Método

Resultados e discussão

Considerações finais

Referências bibliográficas

Questionário - Bloco C2

Anexo

10
Hipertensão

Apresentação Método
Resumo Os dados do presente estudo foram extraídos do Inquérito de Saúde - ISA-Capital 2015,
considerando o Bloco C2.01– Doenças Crônicas. A prevalência de HAS neste estudo foi estimada
Lista de figuras, gráficos e tabelas a partir da pergunta: “Algum médico já lhe informou que o (a) sr.(a) tem hipertensão arterial ou
pressão alta?” (ANEXO 1).
Introdução
Este inquérito investigou a situação da saúde da população residente em área urbana, em domicílios
Método
particulares permanentes, no Município de São Paulo (MSP), considerando os seguintes domínios
demográficos: adolescentes (12 a 19 anos), homens adultos (20 a 59 anos), mulheres adultas
Resultados e discussão
(20 a 59 anos) e idosos (60 anos ou mais). Foi utilizada amostra do tipo “complexa” e os 4.043
entrevistados, por meio do peso da ponderação, representam um contingente com características
Considerações finais
semelhantes de 9.349.890 pessoas. Para mais informações sobre os métodos utilizado neste
inquérito consulte o “Boletim ISA Capital - aspectos metodológicos e produção de análise”.9
Referências bibliográficas Na comparação das prevalências foi considerada diferença significativa quando não houve
sobreposição dos intervalos de confiança de 95% (IC95%); sem diferença quando um dos IC
Questionário - Bloco C2 foi parcialmente englobado pelo outro e; provável diferença quando ocorreu uma pequena
sobreposição em algum dos limites dos intervalos. Neste último caso, para confirmar se houve
Anexo diferença foi aplicado teste de independência para comparação das prevalências encontradas
(p<0,05). Foram consideradas como válidas as estimativas de prevalência com valores do
coeficiente de variação (CV) inferior a 0,3 ou 30%. Valores superiores a este indicam baixa
precisão estatística. Quanto menores os números em análise, menor tende a ser a precisão das
medidas. Desta forma, nem sempre poderão ser utilizadas na análise, pois ao estratificar muito
a amostra, poderá se tornar inviável a comparação com uso de testes estatísticos.
Nesta publicação, os resultados foram apresentados em tabelas e gráficos, sendo que estes
últimos, de preferência, para as diferenças significativas. Para as análises estatísticas foi utilizado
o pacote PASW Statistics - versão 20 (SPSS).
Os dados foram apresentados para a população geral e desagregados para cinco Coordenadorias
Regionais de Saúde (CRS): Centro-Oeste, Leste, Norte, Sudeste e Sul. Esta desagregação
para CRS só foi possível para esta última edição do ISA, não havendo dados anteriores para a
comparação das regiões.

11
Hipertensão

Apresentação Resultados e discussão


Resumo Prevalência da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) na população com 12
anos ou mais e com 20 anos ou mais
Lista de figuras, gráficos e tabelas
Foi estimada em 20,2% a prevalência de HAS na população com 12 anos ou mais, superior à
Introdução estimativa obtida no ISA Capital 2003 – 14% (Gráfico 1).

Método
Gráfico 1 - Prevalência (%) de hipertensão referida na população com 12 anos ou mais e na população com 20
Resultados e discussão anos ou mais. Município de São Paulo, 2003, 2008 e 2015.
30,0 30,0

Considerações finais 25,0


23,8
21,9 23,2
20,4 21,7
Referências bibliográficas 20,0 20,2 20,0
19,9 21,5
18,6 19,8
16,3 18,7
17,0
% 16,9

%
Questionário - Bloco C2 14,0 14,8
12,0
10,0 10,0

Anexo
12 anos ou mais 20 anos ou mais

0,0 0,0
ISA 2003 ISA 2008 ISA 2015 ISA 2003 ISA 2008 ISA 2015

Fonte: ISA Capital 2003, 2008 e 2015.

Como a prevalência estimada de HAS entre os adolescentes (12 a 19 anos) apresentou CV


acima de 0,30, optou-se por detalhar a análise apenas para a população com 20 anos ou mais,
como segue.
A prevalência de HAS na população com 20 anos ou mais foi estimada, no ano 2015, em
23,2% (IC95% 21,5-25,0), valor superior ao encontrado no ISA Capital 2003 (Gráfico 1). O valor
encontrado neste estudo se assemelha ao da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013
para pessoas com 18 anos ou mais (22,3%).10 O VIGITEL 20164 obteve no ano 2016, entre as
12
Hipertensão

Apresentação pessoas com 18 anos ou mais, residentes no MSP, prevalência de 25,9% (IC95%: 23,8-28,1),
sendo 23,1% (IC95%: 19,9-26,4) no sexo masculino e 28,3% (IC95%: 25,5-31,1) no sexo feminino,
Resumo ao consideramos os IC, não houve diferença significativa entre os inquéritos citados.

Lista de figuras, gráficos e tabelas


No ISA Capital 2015, no grupo etário (20 anos ou mais), a prevalência de HAS é maior entre
as mulheres: 26,5% (IC95% 24,2-28,9) do que entre homens: 19,4% (IC95% 17,3-21,8). Na edição
Introdução
2008 do ISA Capital a prevalência de HAS entre as mulheres foi 23,1% (IC95% 20,4-26,0) e
entre os homens 20,1% (IC95% 17,1-23,4)11. Uma hipótese para esta diferença, segundo sexo,
Método
observada no ISA 2015 pode ser a maior frequência de referência a problemas de saúde pelas
mulheres que, por estarem mais sensibilizadas com a percepção da saúde na perspectiva da
Resultados e discussão
prevenção, identificariam precocemente problemas mais leves, sem necessidade de intervenção
imediata.12 Alguns inquéritos de saúde que abordam a utilização de serviços de saúde, como a
Considerações finais
PNS 201310, mostram maior proporção de referência ao uso rotineiro de serviços de saúde por
mulheres do que por homens, o que foi observado também no presente estudo. A prevalência de
Referências bibliográficas
HAS é crescente conforme sejam maiores as faixas etárias ultrapassando 2/3 entre as mulheres
com 70 anos ou mais de idade e mais da metade entre os homens nesta faixa etária (Gráfico 2).
Questionário - Bloco C2

Anexo

13
Hipertensão

Apresentação Gráfico 2 - Prevalência (%) de hipertensão referida, na população com 20 anos ou mais,
segundo sexo e faixa etária. Município de São Paulo, 2015.

Resumo 80,0

Lista de figuras, gráficos e tabelas 70,0

60,0
Introdução
50,0
Método
40,0

%
67,8
Resultados e discussão 30,0
51,3 53,9
45,0 45,9
20,0
Considerações finais 34,5
3,9 5,1 6,3 7,4
10,0 18,8 22,3
Referências bibliográficas
0,0

Questionário - Bloco C2 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 e mais


Faixa etária (em anos)
Anexo Homens Mulheres

Fonte: ISA Capital 2015.

A Tabela 1 apresenta as estimativas de prevalência de HAS, segundo variáveis socioeconômicas


para os anos 2008 e 2015.
Considerando somente os resultados do ISA Capital 2015, não foram observadas diferenças
estatisticamente significativas na prevalência de HAS segundo raça/cor, CRS de residência e
renda familiar per capita. Entretanto, quando analisadas estas estimativas, segundo situação
conjugal e escolaridade, observaram-se diferenças significativamente menores entre os
solteiros e maiores entre os viúvos, em relação às demais categorias. Quanto à escolaridade,
a prevalência de HAS foi significativamente maior entre os menos escolarizados, isto é, quanto
menor a escolaridade, maior a prevalência de HAS, que alcança 50,0% entre os com 0 a 3 anos
14
Hipertensão

Apresentação de estudo. Notar que nestas duas categorias de análise (escolaridade e situação conjugal)
há forte correlação das distintas condições com as faixas etárias, com predomínio de menor
Resumo escolaridade e viuvez entre as pessoas idosas, sendo que no ISA Capital 2015, 81% dos
viúvos e 62% dos analfabetos são idosos e 59% das pessoas com 13 anos ou mais de estudo
Lista de figuras, gráficos e tabelas têm menos de 40 anos (dados não apresentados em tabelas e gráficos).

Introdução
Comparativamente aos resultados de 200811, a prevalência de HAS em 2015 entre os solteiros
foi significativamente maior no período, praticamente o dobro (5,0% x 10,7%). O mesmo
Método
ocorreu para aqueles com renda acima de 5 salários mínimos (12,8% x 22,3%) (p< 0,05). Para
as demais variáveis analisadas não foram observadas diferenças significativas (Tabela 1).
Resultados e discussão

Considerações finais

Referências bibliográficas

Questionário - Bloco C2

Anexo

15
Hipertensão

Apresentação Tabela 1 - Prevalência (%) de hipertensão referida na população com


20 anos ou mais, segundo variáveis socioeconômicas. Município de São
Paulo, 2008 e 2015.
Resumo
2008 2015
Variáveis socioeconômicas
% IC95% % IC95%
Lista de figuras, gráficos e tabelas Raça / cor
Branca 21,0 (18,5 ‐ 23,8) 24,2 (21,7 ‐ 26,9)
Preta 33,5 (26,0 ‐ 42,0) 23,9 (19,3 ‐ 29,1)
Introdução Amarela 14,6 (5,7 ‐ 32,7) 25,1* (15,6 ‐ 37,9)
Parda 20,5 (16,8 ‐ 24,8) 20,8 (18,3 ‐ 23,5)
Outra 4,9 (0,6 ‐ 31,2) 26,9* (19,9 ‐ 35,4)
Método Escolaridade (anos de estudo)
0a3 50,0 (44,0 ‐ 56,0) 43,1 (36,4 ‐ 50,0)
4a7 31,3 (27,1 ‐ 35,9) 38,6 (35,0 ‐ 42,3)
Resultados e discussão 8 a 11 17,6 (14,5 ‐ 21,2) 18,6 (16,5 ‐ 21,0)
12 e mais 10,2 (7,2 ‐ 14,2) 15,8 (12,9 ‐ 19,3)
Renda familiar per capita (em salários mínimos)**
Considerações finais <1 23,6 (20,8 ‐ 26,7) 25,6 (21,6 ‐ 30,2)
1Ⱶ2 23,9 (20,8 ‐ 27,2) 24,1 (21,5 ‐ 26,9)
2Ⱶ5 19,1 (14,8 ‐ 24,4) 21,5 (18,9 ‐ 24,2)
Referências bibliográficas 5 e mais 12,8 (8,7 ‐ 18,3) 22,3 (18,3 ‐ 26,8)
Situação conjugal
Casado 24,9 (21,3 ‐ 29,0) 23,5 (21,2 ‐ 26,0)
Questionário - Bloco C2 União estável 22,8 (11,5 ‐ 40,3) 33,5 (28,1 ‐ 39,4)
Solteiro 5,0 (3,1 ‐ 7,9) 10,7 (8,5 ‐ 13,5)
Separado / Divorciado 44,3 (33,7 ‐ 55,5) 56,2 (50,9 ‐ 61,3)
Anexo Coordenadoria Regional de Saúde
Norte ‐ 24,4 (20,4 ‐ 28,8)
Centro‐Oeste ‐ 21,4 (16,3 ‐ 27,5)
Sudeste ‐ 25,1 (22,2 ‐ 28,4)
Sul ‐ 21,8 (18,2 ‐ 25,8)
Leste ‐ 22,7 (19,1 ‐ 26,7)
Município de São Paulo 21,7 (19,8 ‐ 23,8) 23,2 (21,5 ‐ 25,0)

Notas:
*A estimativa de prevalência para estas categorias não foram apresentadas, pois
apresentaram coeficiente de variação maior que 30%.
** Salário mínimo (SM) na ocasião da entrevista: 2008 - R$ 415,00 e 2015
- R$ 724,00.
Fonte: ISA Capital 2008 e 2015.

16
Hipertensão

Apresentação Comorbidades
Resumo O peso das comorbidades em pessoas com HAS, com 20 anos ou mais e 60 anos ou mais foram
analisados pela sua frequência (Tabelas 2 e 3).
Lista de figuras, gráficos e tabelas
Observa-se que a maioria das pessoas com HAS com 20 anos ou mais de idade apresenta alguma
Introdução comorbidade (78,4%), sendo que mais da metade delas apresenta mais do que uma. Esta frequência
varia, como esperado, de acordo com a faixa etária, sendo maiores nas com 60 anos ou mais (87%).
Método Vale ressaltar que apenas 13% dos idosos apresentam HAS sem alguma comorbidade.

Resultados e discussão A HAS com alguma comorbidade é, portanto, a mais prevalente no MSP. Entre as pessoas com
20 anos ou mais, o ‘colesterol elevado’ é a comorbidade mais prevalente, chegando a quase
Considerações finais 1/3 dos casos (31,5%), seguida do diabetes (23,1%), varizes de membros inferiores (16,8%) e
arritmias (10,9%). Entre os idosos, a sequência das principais comorbidades é exatamente a
Referências bibliográficas mesma, porém com prevalências significativamente maiores de ‘colesterol elevado’ (42,1%) e
diabetes (31,5%).
Questionário - Bloco C2
A atenção à saúde dos hipertensos exige que se considere um cuidado mais abrangente do
Anexo que somente a HAS. É provável que esta população demande mais serviços de saúde, tenham
mais intercorrências que requeiram atenção especializada, utilizem maior número de tipos de
fármacos e tenham maior possibilidade de interações não desejadas, com implicações para o
orçamento tanto familiar quanto institucional.

17
Hipertensão

Apresentação Tabela 2 - Prevalência (%) de hipertensão referida, segundo número de comorbidades e


frequência acumulada dessas prevalências, na população com 20 anos ou mais e com 60 anos
ou mais de idade. Município de São Paulo, 2015.
Resumo
Número de 20 anos e mais 60 anos e mais
Lista de figuras, gráficos e tabelas comorbidades % IC95% % acumulada % IC95% % acumulada
Nenhuma 21,7 (18,2 ‐ 25,6) 21,7 ‐ 13,1 (10,2 ‐ 16,6) 13,1 ‐
Uma 22,5 (19,6 ‐ 25,7) 44,2 22,5 19,3 (16,2 ‐ 22,9) 32,4 19,3
Introdução
Duas 17,0 (14,4 ‐ 20,0) 61,2 39,5 18,5 (15,1 ‐ 22,4) 50,8 37,8
Três 15,0 (12,6 ‐ 17,7) 76,1 54,5 18,1 (14,7 ‐ 22,2) 69,0 55,9
Método Quatro 9,4 (7,6 ‐ 11,4) 85,5 63,9 10,6 (8,2 ‐ 13,6) 79,5 66,5
Cinco ou mais 14,5 (12,0 ‐ 17,5) 100,0 78,4 20,5 (16,7 ‐ 24,9) 100,0 87,0
Resultados e discussão
Fonte: ISA Capital 2015.

Considerações finais

Tabela 3 - Prevalência (%) das comorbidades mais frequentes entre


Referências bibliográficas hipertensos de 20 anos ou mais e de 60 anos ou mais de idade. Município
de São Paulo, 2015.
Questionário - Bloco C2
20 anos e mais 60 anos e mais
Morbidades
% IC95% % IC95%
Anexo Colesterol elevado 31,5 (28,1 ‐ 35,0) 42,1 (37,2 ‐ 47,0)
Diabetes 23,1 (20,6 ‐ 25,9) 31,5 (27,6 ‐ 35,7)
Varizes de membros inferiores 16,8 (14,1 ‐ 20,0) 21,7 (17,8 ‐ 26,2)
Arritmia 10,9 (8,9 ‐ 13,1) 12,6 (10,1 ‐ 15,7)

Fonte: ISA Capital 2015.

A Tabela 4 apresenta a prevalência de alguns agravos selecionados considerando presença ou


não de HAS. Esta seleção se deve ao fato de que a presença simultânea de HAS e Diabetes
mellitus (DM) representa aumento do risco de eventos associados como Infarto Agudo do
Miocárdio (IAM), Acidente Vascular Encefálico (AVE), entre outros. A associação entre HAS
e doenças coronarianas compromete a qualidade de vida dos indivíduos, aumenta o risco de
complicações mais graves e de ocasionar sequelas. O AVE é uma das principais causas de
morte e incapacidades no MSP, no estado de São Paulo e no Brasil e tem sido considerada a
principal complicação da HAS.13
18
Hipertensão

Apresentação Pode-se observar no ISA Capital 2015 que a ocorrência dos agravos selecionados é
significativamente maior entre hipertensos quando comparados aos não hipertensos: 23,2%
Resumo apresentam diabetes versus 3,0%; 5,7% referiram IAM versus 0,6% e 4,3% - AVE versus
0,5% (Tabela 4).
Lista de figuras, gráficos e tabelas
Neste Inquérito, dentre as pessoas com hipertensão, a proporção daqueles que relataram arritmia
Introdução
cardíaca foi 10,9% e outras doenças cardíacas: 5,0% (dado não apresentado em tabela).

Método
Tabela 4 - Prevalência (%) de alguns agravos selecionados, na população
com 20 anos ou mais de idade, segundo presença de hipertensão
Resultados e discussão referida. Município de São Paulo, 2015.

Considerações finais Hipertensão arterial referida


Doenças e agravos Sim Não
% IC95% % IC95%
Referências bibliográficas
Diabetes mellitus 23,2 (20,6 ‐ 26,0) 3,0 (2,4 ‐ 3,8)
Infarto agudo do miocárdio 5,7 (4,3 ‐ 7,4) 0,6 (0,4 ‐ 1,0)
Questionário - Bloco C2 Acidente vascular encefálico 4,3 (3,3 ‐ 5,7) 0,5 (0,3 ‐ 0,9)

Fonte: ISA Capital 2015.


Anexo

19
Hipertensão

Apresentação Conhecimentos sobre controle da hipertensão


Resumo A pergunta: “O (a) Sr.(a) se sente bem orientado e informado quanto à maneira de cuidar da
hipertensão?” teve o objetivo de identificar se a percepção das pessoas sobre as orientações
Lista de figuras, gráficos e tabelas recebidas varia entre as regiões de saúde da cidade. A maioria dos hipertensos (85,6% – IC95%
82,1-88,4) considerou-se bem orientada sobre os cuidados que devem ter com a doença, com
Introdução maiores frequências na CRS Centro-Oeste (93,5% – IC95% 87,3-96,8) e Sudeste (91,2% – IC95%
85,7-94,7) e a menor 73,8% (IC95% 62,9-82,4) na CRS Sul.
Método
O conhecimento e adoção de demais medidas relacionadas ao controle da HAS foram abordados
Resultados e discussão com as perguntas: “Na sua opinião, o que DEVE SER FEITO para “controlar” a hipertensão?”.

Considerações finais Observou-se, entre as pessoas com HAS, que ‘usar medicamentos de rotina’ foi a medida
mais citada: 74,9% a consideraram necessária (Gráfico 3). A dieta hipossódica é considerada
Referências bibliográficas medida necessária por pouco mais da metade dos hipertensos (56,6%) e adotada por apenas
39,1% deles (Gráfico 4). O uso excessivo de sal é um dos principais fatores de risco para o
Questionário - Bloco C2 aumento da pressão arterial.1 O controle da obesidade, outro fator de risco importante, também
não foi valorizado pelos entrevistados: menos de um terço das pessoas afirmaram que fazer
Anexo dieta para manter ou perder peso era algo que deveria ser feito e somente 16,5% dentre os
que referiram HAS afirmaram fazê-lo. A atividade física, importante fator protetor para eventos
cardiovasculares, apareceu com uma proporção ainda menor (22,7%) (Gráfico 3).

20
Hipertensão

Apresentação Gráfico 3 - Proporção (%) da população com 20 anos ou mais que referiu hipertensão, segundo
tipo de cuidado que DEVERIA ADOTAR para o controle da doença. Município de São Paulo, 2015.

Resumo
90,0

80,0
Lista de figuras, gráficos e tabelas
70,0

Introdução 60,0

50,0
Método

%
40,0
74,9
30,0
Resultados e discussão 56,6
20,0
27,4 7,3
Considerações finais 10,0 22,7 3,3
0,5
0,0
Referências bibliográficas
Medicação Redução Regime Atividade Nada Medicação Outros
de rotina de sal física quando
Questionário - Bloco C2 tem
problema
Anexo
O que se deve fazer para “controlar” a hipertensão

Fonte: ISA Capital 2015.

É importante a diferença de proporção entre o que as pessoas sabem que deve ser feito (Gráfico 3)
e o que as pessoas declaram fazer (Gráfico 4), a indicar que a adesão aos programas de cuidados
não dependem exclusivamente da informação que as pessoas detêm.

21
Hipertensão

Apresentação Gráfico 4 - Proporção (%) da população com 20 anos ou mais que referiu hipertensão, segundo
tipo de ADOTA para o controle da doença. Município de São Paulo, 2015.

Resumo
90,0

80,0
Lista de figuras, gráficos e tabelas
70,0
Introdução 60,0

50,0
Método

%
40,0 81,2
Resultados e discussão 30,0

20,0 39,1
8,5
Considerações finais 10,0 5,4 4,2
16,5 2,5
0,0
Referências bibliográficas
Medicação Redução Regime Atividade Nada Medicação Outros
de rotina de sal física quando
Questionário - Bloco C2 tem
problema
Anexo
O que se faz para “controlar” a hipertensão

Fonte: ISA Capital 2015.

22
Hipertensão

Apresentação Padrão de acompanhamento nos serviços de saúde entre as pessoas


com hipertensão
Resumo
O acompanhamento regular nos serviços de saúde foi pesquisado com a pergunta: “O (a) Sr.(a)
Lista de figuras, gráficos e tabelas consulta o médico ou serviço de saúde regularmente por causa da hipertensão?”.

Introdução A maioria das pessoas (72,6%) informou ‘realizar regularmente consultas médicas ou visita aos
serviços de saúde’ e 20,2% ‘não o fazem’ (Tabela 5). Esta parcela é menor do que a obtida no
Método ISA 2008 (30,6% – IC95% 26,3-35,2), mas ainda assim é elevada, especialmente considerando
o número total de hipertensos, o que representa um grande desafio para as equipes de saúde
Resultados e discussão agirem para mudar este comportamento, que compromete o controle adequado da doença. Houve
redução significativa dos que ‘só vão aos serviços de saúde quando têm algum problema’, que
Considerações finais eram 13,8% (IC95% 10,9-17,5) em 2008 e 7,2% (IC95% 5,3-9,7) em 2015. As menores proporções de
hipertensos com ‘seguimento regular’ foram observadas entre os residentes da região Sul, Leste
Referências bibliográficas e Norte, áreas com grande parcela da população usuária SUS, com diferença estatisticamente
significante apenas da CRS Leste em relação a Centro-Oeste (Tabela 5).
Questionário - Bloco C2

Tabela 5 - Padrão de uso de serviços de saúde entre os hipertensos, segundo sexo e


Anexo Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) de residência. Município de São Paulo, 2015.

Não consulta Só consulta quando Consulta


regularmente tem problema regularmente
% IC95% % IC95% % IC95%
Sexo
Masculino 22,5 (17,1 ‐ 28,9) 8,1 (5,3 ‐ 12,3) 69,4 (62,9 ‐ 75,1)
Feminino 18,8 (14,7 ‐ 23,7) 6,6 (4,6 ‐ 9,5) 74,6 (69,7 ‐ 78,9)
Coordenadoria Regional de Saúde
Norte 22,9 (17,5 ‐ 29,2) 7,1* (3,4 ‐ 14,5) 70,0 (61,3 ‐ 77,5)
Centro‐Oeste 11,7 (6,4 ‐ 20,3) 4,6* (1,3 ‐ 14,7) 83,7 (74,7 ‐ 90,0)
Sudeste 14,1 (8,2 ‐ 23,0) 5,9* (2,9 ‐ 11,4) 80,1 (71,7 ‐ 86,4)
Sul 31,3 (19,0 ‐ 46,8) 3,2* (1,3 ‐ 7,9) 65,5 (50,8 ‐ 77,7)
Leste 19,7 (13,9 ‐ 27,0) 14,6 (9,8 ‐ 21,3) 65,7 (59,0 ‐ 71,8)
MSP 20,2 (16,4 ‐ 24,6) 7,2 (5,3 ‐ 9,7) 72,6 (68,2 ‐ 76,6)

*Coeficiente de variação superior a 30%.


Fonte: ISA Capital 2015.

23
Hipertensão

Apresentação A identificação do que leva o hipertenso a não ser acompanhado por equipes de saúde, conforme
se recomenda para pessoas com HAS, é muito importante para a proposição de estratégias e
Resumo aprimoramento das ações com o objetivo de aumentar a adesão dos usuários aos serviços, pois
a irregularidade no acompanhamento aumenta as chances de complicações graves da doença
Lista de figuras, gráficos e tabelas e mais precocemente.

Introdução O principal motivo referido foi ‘não considerar necessário este seguimento’ (Gráfico 5), o que
evidencia, por um lado, o desconhecimento e, por outro lado, a não valorização dos riscos
Método associados a este agravo, entre outros motivos que precisam ser investigados em cada caso.
O segundo motivo mais citado foi ‘dificuldade em conseguir atendimento’. Não foi identificada
Resultados e discussão diferença significativa entre os sexos para nenhum dos motivos investigados.

Considerações finais Este comportamento em relação ao controle da HAS deve ser alvo de ações para seu enfrentamento
em todos os níveis da assistência à saúde. Ações de comunicação, grupos educativos para
Referências bibliográficas orientação adequada e sensibilizações devem ser programadas para aumentar a consciência
da população alvo e sua adesão ao acompanhamento regular. Também se faz necessária a
Questionário - Bloco C2 reorganização da rede de atenção para favorecer o acesso daqueles que encontram alguma
barreira ou dificuldade para utilizar os serviços. Classificação de risco e de vulnerabilidade é
Anexo importante, pois permite identificar justamente aquela parcela da população que mais necessita
de acompanhamento frequente e da ação multiprofissional.

24
Hipertensão

Apresentação Gráfico 5 - Proporção (%) dos motivos referidos pelas pessoas com hipertensão, com 20 anos
ou mais, PARA NÃO FAZER O ACOMPANHAMENTO REGULAR DESTA CONDIÇÃO DE
SAÚDE, segundo sexo. Município de São Paulo, 2015.
Resumo
80,0
Lista de figuras, gráficos e tabelas
70,0

Introdução 60,0

50,0
Método
40,0

%
Resultados e discussão 69,7
30,0 63,3

Considerações finais 20,0 9,4


6,4 8,3
10,0 1,6 1,2
Referências bibliográficas 16,6
13,4 10,1
0,0
Questionário - Bloco C2 Não acha Não tem Dificuldade Dificuldades Outros
necessário tempo em conseguir financeiras
Anexo atendimento
Homens Mulheres

Fonte: ISA Capital 2015.

Para avaliar a proporção de hipertensos que consideram estar com a pressão arterial controlada
foi feita a pergunta: “A sua pressão está controlada?”. Entre os hipertensos apenas 7,0% (IC95%
5,2-9,4) referiram estar com a pressão controlada, não havendo diferença significativa quanto
ao sexo (dados não apresentados). No Canadá, considerado país modelo no controle da HAS,
15,7% dos hipertensos em acompanhamento estão descompensados. Na América Latina e
África a estimativa de controle varia entre 1 a 15% apenas. Há estudos que mostram grande
parte dos portadores de HAS com a doença não compensada em decorrência de fatores como
o uso irregular da medicação, baixa adesão às mudanças de hábitos de vida, acompanhamento
irregular e a presença de outros fatores de risco ou morbidades.21, 22

25
Hipertensão

Apresentação Apesar de 88,9% dos hipertensos terem se considerado ‘adequadamente informados quanto à
maneira de cuidar da hipertensão’, isto é, considerando aqueles que referem serem parcialmente
Resumo orientados ou bem orientados, e de 92,6% terem declarado ‘estar controlados’, a menor parte
deles citou e adota as medidas de controle não medicamentosas como dieta hipossódica, dieta
Lista de figuras, gráficos e tabelas para manutenção ou redução de peso e prática de atividades físicas e parte deles ‘não faz
acompanhamento regular nos serviços de saúde’. As equipes de saúde têm que considerar as
Introdução percepções errôneas sobre o que se conhece da doença, seu estado de controle e adoção de
medidas de controle, assim como a proporção de pessoas com HAS descompensada, quando
Método avaliadas nos serviços de saúde. É necessário o planejamento e elaboração das ações coletivas
de saúde, além do fortalecimento da prática de elaboração dos projetos terapêuticos individuais
Resultados e discussão por equipes multiprofissionais, para aumentar a adesão ao seguimento adequado e ao efetivo
controle desta condição.
Considerações finais
Não foi identificada diferença significativa entre os sexos e entre as regiões de saúde quanto a
Referências bibliográficas
se sentirem bem orientadas nos aspectos referentes à HAS (Tabela 6).

Questionário - Bloco C2
Tabela 6 - Proporção (%) da população com 20 anos ou mais que referiu hipertensão, segundo
avaliação da informação obtida sobre a doença nos serviços de saúde, por sexo e CRS de
Anexo residência. Município de São Paulo, 2015.

Não se sente bem Sente-se parcialmente


Sim, é bem orientado
orientado orientado
% IC95% % IC95% % IC95%
Sexo
Masculino 10,5 (7,4 ‐ 14,8) 83,4 (78,7 ‐ 87,2) 6,1 (4,0 ‐ 9,1)
Feminino 11,5 (8,1 ‐ 16,1) 85,8 (81,4 ‐ 89,4) 2,7 (1,6 ‐ 4,5)
Coordenadoria Regional de Saúde
Norte 13,2 (8,5 ‐ 19,9) 83,0 (75,7 ‐ 88,5) 3,7* (1,8 ‐ 7,4)
Centro‐Oeste 4,2* (1,7 ‐ 10,3) 93,8 (87,8 ‐ 97,0) 2,0* (0,6 ‐ 5,9)
Sudeste 8,8 (5,1 ‐ 14,8) 89,0 (84,0 ‐ 92,6) 2,2* (1,0 ‐ 4,6)
Sul 19,2 (11,1 ‐ 31,2) 74,4 (64,4 ‐ 82,4) 6,4 (3,5 ‐ 11,3)
Leste 8,2 (4,5 ‐ 14,6) 86,3 (78,2 ‐ 91,7) 5,5 (3,0 ‐ 9,7)
MSP 11,1 (8,5 ‐ 14,5) 84,9 (81,6 ‐ 87,7) 4,0 (2,9 ‐ 5,4)

*Coeficiente de variação superior a 30%.


Fonte: ISA Capital 2015.

26
Hipertensão

Apresentação Influência da HAS nas atividades diárias


Resumo Quanto ao tempo de conhecimento deste diagnóstico, 32,8% das pessoas com HAS souberam
ter este agravo havia cinco anos ou menos na data da entrevista; 21,1% descobriram apresentá-
Lista de figuras, gráficos e tabelas la entre seis e dez anos antes da entrevista e 21,4% conheceram seu diagnóstico havia mais de
20 anos (Tabela 7). A média de idade quando do diagnóstico de adultos que referiram HAS é
Introdução 44,6 anos (IC95% 43,5-45,8).

Método A influência da HAS nas atividades de vida diária e na qualidade de vida das pessoas também
foi investigada. Um quarto das pessoas com HAS responderam ter limitações, sendo que para
Resultados e discussão quase 10% a doença ocasiona muita limitação. A HAS tende a ser assintomática ou pouco
sintomática, não causando limitação às atividades corriqueiras para a maioria das pessoas.
Considerações finais

Referências bibliográficas Tabela 7 - Proporção (%) da população com 20 anos ou mais que referiu IC95%
média hipertensão,
Hipertensão
segundo arterial
tempo decorrido desde o diagnóstico (em anos), limitação44,6 (43,5 ‐ 45,8)
das atividades do
dia-a-dia e problemas ocasionados pela hipertensão. Município de São Paulo, 2015.
Questionário - Bloco C2
% IC95%
Anexo Tempo decorrido desde o diagnóstico (em anos)
0a5 32,8 (29,3 ‐ 36,4)
6 a 10 21,1 (18,3 ‐ 24,1)
11 a 20 24,8 (22,0 ‐ 27,8)
21 a 40 17,4 (15,0 ‐ 20,0)
40 ou mais 4,0 (2,8 ‐ 5,6)
Limitação das atividades do dia-a-dia e problemas ocasionados
Não há 74,4 (69,8 ‐ 78,5)
Pouca 15,9 (13,3 ‐ 18,9)
Muita 9,7 (6,8 ‐ 13,8)

Fonte: ISA Capital 2015.

27
Hipertensão

Apresentação Desta forma, é importante que as equipes de saúde realizem ações de busca ativa, orientações
junto à comunidade, estímulo à população para a aferição periódica da pressão arterial,
Resumo possibilitando o diagnóstico precoce e a orientação adequada para seu acompanhamento
regular, evitando complicações.
Lista de figuras, gráficos e tabelas
A avaliação do risco cardiovascular global de cada hipertenso é fundamental para análise
Introdução
prognóstica e orientação do projeto terapêutico. Alguns agravos aumentam o risco cardiovascular
e predispõem à ocorrência de outras complicações. As doenças coronarianas associadas à HAS
Método
comprometem a qualidade de vida dos indivíduos, além de proporcionar risco de complicações
graves e de ocasionar sequelas.
Resultados e discussão

Considerações finais

Referências bibliográficas

Questionário - Bloco C2

Anexo

28
Hipertensão

Apresentação Considerações finais


Resumo A HAS é agravo à saúde altamente prevalente, com tendência histórica de aumento na população
da cidade de São Paulo. Sua detecção, tratamento e controle precoces e efetivos são essenciais
Lista de figuras, gráficos e tabelas para a redução de complicações, em especial as doenças cardiovasculares. Os resultados
obtidos no ISA Capital 2015 evidenciam algumas características da população hipertensa, que
Introdução devem ser considerados no planejamento das ações em saúde de caráter coletivo e individual.

Método
Parte significativa dos hipertensos entrevistados considera-se compensada e refere
acompanhamento regular nos serviços de saúde. A despeito destas afirmações, diversos
Resultados e discussão
estudos têm mostrado que a proporção dos casos de HAS sem acompanhamento e controle
adequado é elevada, o que representa um grande desafio para as equipes de saúde frente ao
Considerações finais
problema, pois este comportamento compromete o controle eficaz da doença, aumenta o risco
de patologias associadas e o surgimento de complicações. Estudos realizados em outros países,
Referências bibliográficas
como o Canadá, considerado modelo mundial no controle da HAS, 15,7% dos hipertensos em
acompanhamento estavam descompensados. Outros estudos indicam que, mesmo em países
Questionário - Bloco C2
com sistemas universais consolidados de atenção à saúde, a proporção de pessoas com
diagnóstico de condições e doenças crônicas adequadamente controladas é bastante baixa.23
Anexo Sendo a HAS um problema de saúde pública muito relevante em nosso meio, e principalmente
a HAS com alguma comorbidade, que varia de acordo com a faixa etária, as equipes de saúde
devem, ao analisar os resultados obtidos no ISA Capital 2015, considerar a dissonância entre o
conhecimento das medidas de controle, a crença sobre estar em acompanhamento e tratamento
apropriados, e a baixa proporção de valorização e adoção de medidas de controle essenciais,
relatadas pela população com HAS. Isso se reflete na elevada proporção de pacientes com
níveis pressóricos aumentados entre os usuários dos serviços de saúde.
Estabelecer estratégias que encorajem práticas de promoção da saúde, planejamento de
ações coletivas e projetos terapêuticos individuais, com a finalidade de obter maior adesão ao
seguimento adequado e efetivo são necessários para o controle desta doença.
A adoção de hábitos alimentares saudáveis, sobretudo com redução do consumo de sal e do
excesso peso, a prática de atividade física regular, o abandono do tabagismo e a restrição do
uso excessivo de álcool são fatores que precisam ser adequadamente abordados, sem os quais

29
Hipertensão

Apresentação há grande probabilidade de não se alcançarem os níveis da pressão arterial desejados, mesmo
com o uso de doses progressivas de medicamentos.
Resumo
Ademais, se faz necessária a sensibilização da comunidade por meio de metodologias de
Lista de figuras, gráficos e tabelas
comunicação que ampliem o conhecimento e a possibilidade de prevenção da HAS. A busca ativa
de casos, com aferição periódica da pressão arterial em todas as oportunidades, favorecendo
Introdução
o diagnóstico precoce, orientação apropriada e a corresponsabilidade sobre o seguimento do
plano terapêutico, entre as equipes de saúde e os usuários, também é fundamental para o
Método
controle efetivo da HAS e a redução da morbimortalidade a ela associada.
A atenção à saúde dos hipertensos exige que se considere um cuidado mais abrangente do
Resultados e discussão que somente a HAS. É provável que esta população demande mais serviços de saúde, tenham
mais intercorrências que requeiram atenção especializada, utilizem maior número de tipos de
Considerações finais fármacos e tenham maior possibilidade de interações não desejadas, com implicações para o
orçamento tanto familiar quanto institucional.
Referências bibliográficas
O presente estudo permite identificar melhor o perfil e comportamento dos hipertensos e a
Questionário - Bloco C2 evolução destes ao longo do tempo decorrido entre os três inquéritos realizados. A contribuição
no aprimoramento deste conhecimento oferece mais subsídios para o enfrentamento das
Anexo dificuldades encontradas no controle da HAS em nosso meio.

30
Hipertensão

Apresentação Referências bibliográficas


Resumo 1. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arq
Bras Cardiol 2016; 107 (3 Supl.3):1-83.
Lista de figuras, gráficos e tabelas
2. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção
Básica. Diretrizes para o cuidado das pessoas com doenças crônicas nas redes de atenção à
Introdução
saúde e nas linhas de cuidado prioritárias. Brasília, 2013a.

Método 3. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Global action plan for the prevention and control of
noncommunicable diseases 2013-2020. World Health Organization, Geneva, 2013.
Resultados e discussão 4. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de gestão
estratégica e Participativa. Vigitel 2016: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças
Considerações finais
crônicas por inquérito telefônico. Brasília, Ministério da Saúde, 2017. Disponível no endereço:
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/maio/12/Lancamento-resultados-2016.pdf.
Referências bibliográficas
Acesso em 15/05/2017.

Questionário - Bloco C2 5. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE - OPAS. Linhas de cuidado: hipertensão arterial
e diabetes. / Organização Pan-Americana da Saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da
Anexo
Saúde, 2010. 232 p.
6. SCHMIDT MI, DUNCAN BB, AZEVEDO E SILVA G, MENEZES AM, MONTEIRO CA, BARRETO
SM et al. Chronic non-communicable diseases in Brazil: burden and current challenges. The
Lancet, London, v. 377, n. 11, Issue 9781, p. 1.949- 1.961, 2011.
7. ERVATTI LR, BORGES GM, JARDIM AP. Mudança Demográfica no Brasil no início do século
XXI: subsídios para as projeções da população [Internet]. Rio de Janeiro: IBGE; 2015 156 p.
(Estudos & Análises nº 3). Disponível no endereço: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/
livros/liv93322.pdf. Acesso em 13/11/2017.

8. DUNCAN BB. CHOR D, AQUINO EML, BENSENOR IM, MIL JG. Doenças Crônicas Não
Transmissíveis no Brasil: prioridade para enfrentamento e investigação. Rev Saúde Pública
2012; 46(Supl):126-34.

31
Hipertensão

Apresentação 9. SÃO PAULO. PREFEITURA DE SÃO PAULO. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE.


Coordenação de Epidemiologia e Informação - CEInfo. Boletim ISA-Capital 2015 nº 0 -
Resumo Aspectos metodológicos e produção de análises na Secretaria Municipal de Saúde de São
Paulo. Disponível no endereço: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/
Lista de figuras, gráficos e tabelas saude/arquivos/publicacoes/ISA_2015_MA.pdf. Acesso em 10/10/2017.

Introdução 10. BRASIL. MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. INSTITUTO


BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Pesquisa Nacional de Saúde 2013.
Método Percepção do estado de saúde, estilos de vida e doenças crônicas. Brasil, grandes regiões
e unidades da federação. Disponível no endereço: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/
Resultados e discussão livros/liv91110.pdf. Acesso em 27/07/2017.

Considerações finais 11. SÃO PAULO (SP). Secretaria Municipal da Saúde. Coordenação de Epidemiologia e Informação
- CEInfo. Boletim ISA - Capital 2008, nº 4, 2011: Prevalência de Hipertensão Arterial e Diabetes
Referências bibliográficas Mellitus. Estado Nutricional de Adolescentes. São Paulo: CEInfo, 2011, 40 p.
12. PINHEIRO RS; VIACAVA F, TRAVASSOS C e BRITO AS. Gênero, morbidade, acesso e
Questionário - Bloco C2
utilização de serviços de saúde no Brasil, Ciência e Saúde Coletiva, 7(4): 687-707, 2002.
Anexo 13. MENDIS S, PUSKA P, NORRVING B editors. Global Atlas on Cardiovascular Disease
Prevention and Control. Geneva: World Health Organization; 2011.
14. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial
sistêmica. Brasília, 2013b. Disponível no endereço: http://dab.saude.gov.br/portaldab/
biblioteca.php?conteudo=publicacoes/cab37. Acesso em 17/11/17.

15. ANDRADE SSCA, STOPA SR; BRITO AS; CHUERI PS; SZWARCWALD CL; MALTA DC.
Prevalência de hipertensão arterial autorreferida na população brasileira: análise da Pesquisa
Nacional de Saúde, 2013. Epidemiol. Serv. Saúde, 2971 Brasília, 24(2): 297-304, 2015.

16. SCALA LC, MAGALHÃES LB, MACHADO A. Epidemiologia da hipertensão arterial sistêmica.
In: Moreira SM, Paola AV; Sociedade Brasileira de Cardiologia. Livro Texto da Sociedade
Brasileira de Cardiologia. 2ª. ed. São Paulo: Manole; 2015. p.780-5.

32
Hipertensão

Apresentação 17. MALTA DC; SILVA JUNIOR JB. O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das
Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil e a definição das metas globais para o
Resumo Enfrentamento dessas doenças até 2025: uma revisão. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília,
22(1):151-164, 2013.
Lista de figuras, gráficos e tabelas
18. GAWLIK KS, MELNYK BM, TAN A. An Epidemiological Study of Population Health
Introdução Reveals Social Smoking as a Major Cardiovascular Risk Factor. American Journal
of Health Promotion. 2017. Disponível no endereço: http://journals.sagepub.com/doi/
Método pdf/10.1177/0890117117706420. Acesso em 07/08/2017.

Resultados e discussão
19. STEWART MJ, JYOTHINAGARAM S, McGINLEY IM, PADFIELD PL. Cardiovascular effects
of cigarette smoking: ambulatory blood pressure and blood pressure variability. J Hum
Considerações finais
Hypertens. 1994; 8:19-22.
20. LEITE IC, VALENTE JG, DAUMAS RP, RODRIGUES RN, SANTOS MF, OLIVEIRA AF et
Referências bibliográficas al. Carga de doença no Brasil e suas regiões, 2008. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro,
31(7):1551-1564, 2015. Disponível no endereço: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
Questionário - Bloco C2 arttext&pid=S0102-311X2015000701551. Acesso em 13/11/2017.

Anexo 21. MANSUR AP, FAVARATO D. Mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil e na Região
Metropolitana de São Paulo: Atualização 2011. Arq Bras Cardiol, 2012; 99(2):755-61.
22. BERRY JD, DYER A, CAI X, GARSIDE DB, NING H, THOMAS A et al. N Engl J Med 2012;
366:321-9.
23. WILBER JA, BARROW JG. Hypertension - a community problem. Am J Med 1972; 52:
653-663. Apud HART JT. Rule of halves: implications of increasing diagnosis and reducing
dropout for future workload and prescribing costs in primary care. British Journal of General
Practice, 1992.

33
Hipertensão
2

DOENÇAS CRÔNICAS BLOCO C2


Apresentação Questionário - Bloco C2
Vou perguntar a seguir sobre uma série de doenças crônicas e peço que o(a) Sr.(a) me responda quais delas algum
Resumo Anexo
MÉDICO já lhe disse que o (a) Sr.(a) tem.

Lista de figuras, gráficos e tabelas


C2 01a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem hipertensão arterial ou pressão alta?

Introdução 1. não Æ pular para C2 02a. 2. sim 9. NS/NR Æ pular para C2 02a.

Método C2 01b. Que idade o(a) Sr.(a) tinha quando um médico lhe informou, pela primeira vez, que o(a) Sr.(a) tem hipertensão?

|__|__| anos 99. NS/NR


Resultados e discussão
L
C2 01c. Ter hipertensão limita as suas atividades do dia-a-dia? Quanto?
Considerações finais
1. não limita nada 2. limita um pouco 3. limita muito 9. NS/NR
Referências bibliográficas
C2 01d. O que o(a) Sr.(a) faz para “controlar” a hipertensão? +1

Questionário - Bloco C2
1. dieta com redução de sal
2. regime para perder/ manter peso
Anexo
3. cuidado com a alimentação
4. atividade física
5. toma medicação de rotina
6. toma medicação só quando tem “problema” com a pressão
7. não faz nada
8. outro
9. NS/NR

C2 01e. A sua pressão está controlada?

1. não 2. sim. 9. NS/NR

C2 01f. O(a) Sr.(a) consulta o médico ou serviço de saúde regularmente por causa da hipertensão? L

1. não
2. não, só quando tem problema
3. sim Æ pular para C2 01h. 34
9. NS/NR
9. NS/NR

C2 01e. A sua pressão está controlada? Hipertensão


1. não 2. sim. 9. NS/NR
Apresentação
C2 01f. O(a) Sr.(a) consulta o médico ou serviço de saúde regularmente por causa da hipertensão? L

Resumo
1. não
2. não, só quando tem problema
Lista de figuras, gráficos e tabelas
3. sim Æ pular para C2 01h.
9. NS/NR
Introdução
C2 01g. Por que o(a) Sr.(a) não consulta o médico ou serviço de saúde regularmente por causa da hipertensão? +1
Método
1. não acha necessário

Resultados e discussão 2. não tem tempo


3. dificuldades de obter atendimento no serviço de saúde

Considerações finais 4. dificuldades financeiras


5. outros
9. NS/NR
Referências bibliográficas 3

C2 01h. Quando foi a última vez que o(a) Sr.(a) foi ao médico ou serviço de saúde por causa da hipertensão?
Questionário - Bloco C2

1. no último mês
Anexo
2. de 1 mês a 6 meses
3. mais de 6 meses a 1 ano
4. mais de 1 ano a 5 anos
5. mais de 5 anos
9. NS/NR

C2 01i. O(a) Sr.(a) se sente bem orientado e informado quanto à maneira de cuidar da hipertensão?

1. não 2. sim 3. parcialmente (mais ou menos) 9. NS/NR

C2 01j. Na sua opinião, o que deve ser feito para “controlar” a hipertensão? +1

1. dieta com redução de sal


2. regime para perder/ manter peso
3. cuidado com a alimentação
4. atividade física 1 a 7 e 9 Æpular para C2 02a.
5. tomar medicação de rotina 35
6. tomar medicação quando tem “problema” com a pressão
9. NS/NR

C2 01i. O(a) Sr.(a) se sente bem orientado e informado quanto à maneira de cuidar da hipertensão? Hipertensão
1. não 2. sim 3. parcialmente (mais ou menos) 9. NS/NR
Apresentação
C2 01j. Na sua opinião, o que deve ser feito para “controlar” a hipertensão? +1

Resumo
1. dieta com redução de sal
2. regime para perder/ manter peso
Lista de figuras, gráficos e tabelas
3. cuidado com a alimentação
4. atividade física 1 a 7 e 9 Æpular para C2 02a.
Introdução
5. tomar medicação de rotina
6. tomar medicação quando tem “problema” com a pressão
Método
7. não fazer nada
8. outro Æ ir para C2 01k.
Resultados e discussão
9. NS/NR

Considerações finais C2 01k. outro - Especificar o quê:

___________________________________________________________ 9. NS/NR
Referências bibliográficas

C2 02a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem diabetes?
Questionário - Bloco C2
Outras Doenças Crônicas
1. não Æ pular para C2 03a. 2. sim 9. NS/NR Æ pular para C2 03a.
Anexo
C2 03a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem angina?
C2 02b. Que idade o(a) Sr.(a) tinha quando um médico lhe informou, pela primeira vez, que o(a) Sr.(a) tem diabetes?
C2 04a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) teve infarto do miocárdio?
C2 Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a)99.
05a.anos
|__|__| tem arritmia cardíaca?
NS/NR
C2 06a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem alguma outra doença do coração?
C2 02c. Ter diabetes limita as suas atividades do dia-a-dia? Quanto? L
C2 07a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr(a) tem ou teve câncer?
C2 08a.limita
1. não nadamédico já lhe informou
Algum 2. limita umque o(a) Sr.(a) tem artrite,
pouco 3. limitareumatismo
muito ou artrose?9. NS/NR
C2 09a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem osteoporose?
+1
C2 02d. O que o(a) Sr.(a) faz para “controlar” o diabetes?
C2 10a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem asma ou bronquite asmática?
C2 11a.alimentar
1. dieta Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem enfisema, bronquite crônica ou doença
para diabético
pulmonar obstrutiva crônica(DPOC)?
2. dieta para controlar/perder peso
C2 13a. Algum
3. atividade físicamédico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem sinusite crônica?
C2 Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem alguma outra doença do pulmão?
14a. insulina
4. toma
C2 15a. Algum médico
5. toma medicamento oral já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem tendinite, LER (lesão por esforço
repetitivo) ou DORT
6. mede a glicemia com (distúrbio
frequência osteomuscular relacionado ao trabalho)?
C2 nada médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem varizes de membros inferiores?
16a.fazAlgum
7. não 36
C2 17a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) teve acidente vascular cerebral (AVC) ou
8. outro
C2 09a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem osteoporose?
C2 10a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem asma ou bronquite asmática?
C2 11a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem enfisema, bronquite crônicaHipertensão
ou doença
pulmonar obstrutiva crônica(DPOC)?
C2 13a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem sinusite crônica?
Apresentação C2 14a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem alguma outra doença do pulmão?
C2 15a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem tendinite, LER (lesão por esforço
Resumo repetitivo) ou DORT (distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho)?
C2 16a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem varizes de membros inferiores?
Lista de figuras, gráficos e tabelas C2 17a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) teve acidente vascular cerebral (AVC) ou
derrame?
Introdução C2 18a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem alguma outra doença de veias, artérias ou
circulação sanguínea?
Método
C2 19a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem colesterol elevado?
C2 20a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem alguma doença de coluna ou problema de
coluna?
Resultados e discussão
C2 21a. O(a) Sr.(a) tem algum tipo de problema emocional ou mental como ansiedade, depressão,
síndrome do pânico, TOC (transtorno obsessivo compulsivo) esquizofrenia ou algum outro?
Considerações finais C2 22a. Algum médico já lhe informou que o(a) Sr.(a) tem outra doença crônica além das que disse
anteriormente?
Referências bibliográficas C3 01a. O(a) Sr.(a) costuma ter enxaqueca ou dor de cabeça?
C3 02a. O(a) Sr.(a) costuma ter dor nas costas?
Questionário - Bloco C2 C3 03a. O(a) Sr.(a) tem algum tipo de alergia? (além da asma, rinite e sinusite que pode já ter
relatado)
Anexo C3 04a. O(a) Sr.(a) costuma ter tontura ou vertigem?
C3 05a. O(a) Sr.(a) tem insônia?
C3 06a. O(a) Sr.(a) tem infecção do trato urinário ou cistite com alguma frequência?
C3 07a. O(a) Sr.(a) tem problema de incontinência urinária ou perde urina?
C3 08a. O(a) Sr.(a) tem algum outro problema de saúde além dos que já conversamos?

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