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Terapia de Casal e Relacionamentos

Muitas pessoas relutam em admitir quando têm problemas, sejam


eles profissionais, familiares, questões internas ou conjugais.
Esse comportamento de negar um problema acaba causando impactos
negativos, principalmente quando os conflitos envolvem uma segunda pessoa.

Isso acontece porque um relacionamento a dois é muito complexo: saber qual é


a sua parcela de contribuição para o surgimento e desenvolvimento
desses conflitos, entender que nem tudo acontece da maneira que você planeja,
respeitar o espaço e as limitações do outro e aprender a equilibrar as ações,
sabendo a hora certa de ceder e de se valorizar são alguns dos muitos detalhes
que fazem a diferença na construção de uma relação conjugal.
Ao perceber que você e o seu cônjuge não estão mais conseguindo dominar a
relação e que a vida de casal se tornou sinônimo de brigas, discussões e
desentendimentos, talvez seja o caso de buscar a Terapia de Casal.

Sumário
1. O que é Terapia de Casal
2. Principais motivos que levam casais a buscarem a Terapia de Casal
3. O que fazer quando o cônjuge não tem interesse em fazer Terapia de
Casal
4. Como lidar com os conflitos dentro de uma relação
5. Até que ponto uma briga de casal é normal
6. Como uma crise mal resolvida pode afetar profundamente uma relação
7. Terapia de Casal para quem namora
8. Como acontece, na prática, a Terapia de Casal e o papel do Psicólogo
9. Psicólogos que realizam Terapia de Casal

1. O que é Terapia de Casal

A Terapia de Casal é uma das modalidades clínicas que mais tem crescido nos
últimos tempos.

O objetivo da Terapia de Casal é contribuir com a resolução dos conflitos,


abrindo espaço para uma comunicação mais reflexiva e assertiva, buscando um
alinhamento entre as expectativas do casal.
Nesse contexto, o psicólogo atua de maneira a identificar padrões previamente
estabelecidos e busca ampliar a visão do casal propiciando o diálogo, que muitas
vezes não ocorre no cotidiano dos parceiros – e a falta de diálogo é, inclusive,
uma das principais queixas entre os casais.
O aconselhamento conjugal ou a “Terapia de Casal”, como também é conhecida,
geralmente é vista como uma das medidas “extremas” que os parceiros buscam
para tentar reparar os danos de seu relacionamento, quando o mesmo já se
encontra em um estado crítico.

E é importante ressaltarmos que essa é uma ideia equivocada, pois a Terapia de


Casal não serve somente para consertar problemas, mas também contribui para
evitar que pequenas fagulhas se transformem em um incêndio dentro da relação.
Em outras palavras, a Terapia de Casal pode proporcionar resultados
inestimáveis para o relacionamento e não deve ser procurada somente quando
as coisas vão de mal a pior.
Com a ajuda de psicólogo especializado, é possível superar traumas, curar
mágoas e promover o bem-estar de ambos, para que a relação seja saudável e
feliz.

2. Principais motivos que levam casais


a buscarem a Terapia de Casal
Infelizmente não é novidade que o número de divórcios tem aumentado com o
passar dos anos. Índices provam esse aumento. A falta de paciência, que leva à
falta de diálogo, está entre os grandes motivadores de brigas e discussões.
Um agente importante para que esses problemas primários ocorram é a
acomodação.

Quando o casal ou uma das partes pensa que é normal trocarem ofensas, se
desrespeitarem ou não terem diálogo, acabam por se acomodar e vivem
normalmente dentro dessa “união”.

Uma relação saudável se constrói pelo respeito às diferenças do outro. E quando


isso não existe mais, dificilmente terão uma relação resistente ao menor dos
problemas.
Assim como falamos anteriormente, muitas podem ser as razões que levam um
casal a buscar pelo auxílio de um profissional. Cada casal, em sua intimidade,
sabe de suas questões, inseguranças, dúvidas e conflitos internos. E muitas vezes
os casais não se sentem à vontade de abordar, entre si, essas questões.
Por isso, a intermediação de um profissional com técnicas específicas ajuda o
casal a colocar para fora aquilo que os aflige.

Alguns dos principais motivos que levam casais a buscarem pela Terapia de
Casal são:

▪ Equilibrar as diferenças individuais dentro do relacionamento;


▪ Melhorar a comunicação;
▪ Aprender a dividir as obrigações dentro da relação;
▪ Identificar e traçar metas e objetivos em comum;
▪ Acabar com a competição e com as inseguranças;
▪ Desenvolver estratégias para fortalecer a união e manter o compromisso;
▪ Melhorar a vida sexual;
▪ Superar uma traição;
▪ Melhorar a qualidade geral do relacionamento, obtendo satisfação
matrimonial;
▪ Entender as necessidades do outro.

Cada vez mais nos consultórios de psicologia a procura pela Terapia de Casal
tem aumentado.
Além de ser uma das áreas mais estudadas e desenvolvidas nos últimos tempos,
a procura por melhorias e mudanças nas relações entre as pessoas também
tem ganhado grande importância.

Do mesmo modo que na Terapia Individual considera-se a história de vida do


paciente, na Terapia de Casal deve-se olhar para a história do relacionamento,
lembrando que cada casal é único, para que sejam planejadas intervenções
compatíveis com o que acontece com os parceiros e que faça sentido para os
seus estilos de vida.
A Terapia de Casal se faz necessária principalmente porque estamos falando de
duas vidas que vem de históricos de vida diferentes e estavam acostumadas a
viver ao seu modo, mas que passam a viver juntas.

Com a decisão de dividir o mesmo teto e acordar todos os dias ao lado da


mesma pessoa, ocorrem mudanças no estilo de vida que nem sempre estamos
preparados a lidar.

As queixas são diversas, que podem ser desde a escolha por ter ou não filhos, o
modo como um responde o outro, ou, até mesmo, o quanto coisas externas
estão interferindo na relação do casal, como atividades de lazer, círculo de
amizades, uso da tecnologia, dentre outras.
Ao buscar a ajuda de um especialista, entende-se que o casal já deu um grande
passo em busca de melhorar o relacionamento, o que é fundamental para o
início do processo terapêutico e deve ser reconhecido pelo terapeuta.

3. O que fazer quando o cônjuge não


tem interesse em fazer Terapia de
Casal

Embora seja uma ótima alternativa para relacionamentos em crise, a Terapia de


Casal ainda é vista como um tabu, com bastante relutância por algumas
pessoas.

Muitas vezes, o cônjuge sugere esta alternativa como uma maneira de corrigir
os desvios na relação, mas é podado por um parceiro ou uma parceira
resistente.
O que acontece na maioria das vezes é que a decisão por procurar ajuda e
começar a terapia geram ainda mais brigas.

Sempre haverá alguma das partes que não assume a necessidade da terapia,
sempre joga a “batata quente” para o outro. E o mesmo, tem que agarrar a
batata com todas as forças afim de que ela não caia.

Muitas vezes é difícil que ambos parceiros se disponham às sessões de Terapia


de Casal. É muito comum, no entanto, as pessoas procurarem a Terapia
Individual com foco em relacionamento.
Nesses casos, uma das partes vai receber ajuda do psicólogo para aprender lidar
com as situações difíceis na vida a dois. A mudança de comportamento mesmo
com a terapia individual é muito evidente e eficiente.
Ainda há um certo preconceito por parte de quem não frequenta a terapia,
pensamentos de “como vou abrir minha vida diante de uma pessoa que não
conheço” ou “vou deixar alguém que não conheço interferir nas minhas relações
ou no meu modo de portar”, mas logo esses pensamentos são extraídos ao
sentir-se leve ao falar do que sente e o efeito positivo que a terapia causa.

É bastante frequente que um membro do casal queira fazer Terapia de Casal


porque entende que irá ajudar no fortalecimento da relação e o outro não. As
argumentações mais comuns de quem não quer participar da terapia são:

▪ Não acredita que a terapia pode ajudar;


▪ Acredita que somente o outro é responsável pelo problema do
relacionamento;
▪ Sente-se desconfortável em dividir assuntos íntimos com um terceiro;
▪ Não acredita mais na relação e por isso entende que não há motivos para
fazer terapia.

Evidentemente que não há como forçar alguém a ir para a terapia. Mas, o que
fazer então?

Uma das coisas que podem ajudar nestes casos é que a outra pessoa esteja
aberta a ouvir e entender mais sobre o assunto, antes de iniciar o tratamento
propriamente. Ler sobre profissionais qualificados que atendem casais,
entender os benefícios que a terapia trará para a relação e, mais importante:
entender como isso é importante para quem está querendo iniciar a terapia.

Se você está buscando melhorar seu relacionamento conjugal e seu parceiro ou


parceira não quer participar da Terapia de Casal, é bastante importante saber
que é possível você começar a ajudar a sua relação através da Terapia
Individual.
Quando um dos parceiros promove mudanças, a dinâmica do relacionamento
automaticamente muda e o parceiro ou parceira acaba reagindo de alguma
maneira a essa mudança.
Mesmo que você queira fazer terapia e o seu cônjuge não queira, fazer Terapia
Individual poderá mudar a situação de seu relacionamento em pouco tempo –
até mesmo despertando no outro a vontade de iniciar a terapia também.

O indivíduo que faz a psicoterapia estará mais receptível a ouvir novos ponto s
de vista a respeito do seu relacionamento (se estiver indo à terapia por
iniciativa própria), podendo também ver, com outros olhos e de outro ângulo, o
que realmente está acontecendo em seu relacionamento, quais pontos
precisam ser mudados e o que fazer para que essa mudança aconteça.
É fundamental que a pessoa que não tem interesse em fazer terapia não se
sinta obrigada ou forçada. Isso só faz com quem a terapia seja vista ainda mais
com maus olhos, gerando desconforto e estresse, dificultando ainda mais a
flexibilização dessa pessoa de experimentar os benefícios de um processo
terapêutico em algum momento.

4. Como lidar com os conflitos dentro


de uma relação

Você já deve ter ouvido falar que “o amor é como uma flor”. Em todos os tipos
de relacionamento, esse ditado não podia ser mais verdadeiro.

Como uma flor delicada, que deve ser cultivada com paciência, carinho,
tolerância e sabedoria, o amor também é assim: isso ajuda a lidar com as crises e
evitar discussões e mal-entendidos.
Algumas pessoas são instáveis ou difíceis de lidar. E, muitas vezes, pequenas
coisas podem significar o fim de um grande amor. Nestes casos, podem haver
consequências até mesmo como ansiedade ou depressão.
Isso acontece porque todo mundo quer estar certo, ninguém quer ceder e, por
essa teimosia desnecessária de ambas as partes, muitos casamentos já
acabaram.

Não permita que isso aconteça com vocês. Pense bem no motivo da discussão e
se pergunte: isso é realmente importante?

Claro que, se o assunto for realmente sério e grave, de maneira alguma você
deve ir contra suas convicções ou valores pessoais; porém, se o motivo for coisa
de pouca importância, será que não é melhor concordar, em nome da paz e
felicidade doméstica? Reflita!

4.1 Quando você não confia mais no seu cônjuge


Confiança é tudo em um relacionamento. Como você poderá entregar seu
coração, suas inseguranças e planos de vida, a alguém em quem você não
confia?
É torturante e desgastante viver com desconfianças, com medo e com ciúmes.
Todos sofrem tremendamente com isso, e esse estado de acumulo de
sentimentos negativos não costuma acabar bem.
Para a desconfiança há um único remédio efetivo: o diálogo. Sente-se com seu
parceiro ou sua parceira e converse. Exponha seus sentimentos e diga os
motivos pelos quais você se sente receoso em confiar. Seu parceiro ou parceira
tem direito de saber o que você pensa sobre a relação, e também mostr ar o seu
ponto de vista a respeito.
Porém, se realmente houve, por exemplo, uma traição, ou algo que justifique a
quebra da confiança, é o momento de se perguntar se vale a pena continuar
com o relacionamento ou se existem chances de isso se transformar em algo
bom – geralmente, nesse momento os casais buscam o auxílio de um psicólogo.
Muitas pessoas gostam de espionar, ler e-mails, rastrear o (a) parceiro (a) nas
redes sociais, contratar detetives, etc.

Em longo prazo, no entanto, esse tipo de comportamento simplesmente mata


qualquer relação. Afinal, ninguém gosta de se sentir vigiado o tempo todo , por
mais que não tenha nada a esconder.

4.2 Quando seu cônjuge não confia mais em você

Agora, o outro lado da moeda: seu cônjuge não confia mais em você.
Demonstra ciúmes excessivos, monitora tudo que você faz, acusa você de coisas
que você não fez e desconfia até da sua sombra. Viver assim é impossível,
sufocante, asfixiante. Como proceder?
Como dito no tópico anterior, o diálogo sincero é sempre a melhor saída . Fale
sobre como você se sente, mostre que não há motivos para a relação seguir por
esse caminho. Em certos casos, a desconfiança nasce de traumas passados com
relacionamentos anteriores, e a pessoa tem medo de que aquela situação se
repita novamente.
Nesse caso, é necessário ter paciência, e talvez seja necessária a ajuda de
um psicólogo de confiança para auxiliar na superação desse temor.
Muitas vezes, o casal se ama de verdade, não pretende se separar, mas a
relação se tornou insustentável – o que fazer?
Nessas horas, é importante reconhecer suas limitações e que, nem sempre,
somos capazes de contornar tudo sozinhos – nesse momento é a hora de
procurar ajuda profissional.

Se um dos parceiros se sentir relutante, vá sozinho. A terapia ajudará você a


enfrentar os problemas com mais serenidade e a ter visões diferentes das
situações, com empatia e compreensão.

5. Até que ponto uma briga de casal é


normal
Desentendimentos e conflitos fazem parte de um relacionamento. No entanto,
há momentos em que as brigas passam dos limites e deixam de ser uma etapa
saudável de discussão.
O que acontece é que, com o estresse do dia-a-dia, problemas externos e pressão
profissional, muitas vezes as pessoas trazem esses problemas para dentro da
vida do casal, descontando suas angústias e frustrações no parceiro.
São poucas as situações em que vale a pena discutir. É preciso entender que os
conflitos e diferenças de opinião são normais e nem sempre é possível mudar o
modo da outra pessoa enxergar a vida e o mundo.

O respeito é fundamental nessas horas para que o casal “concorde em


discordar” e deixe de brigar por coisas que não vão mudar.

Quando as discussões não levam a lugar nenhum, é sinal de que o casal não
está mais conseguindo se comunicar, se colocar um no lugar do outro e tent ar
entender o ponto de vista alheio.

Esse é o limite: chegou a hora de tomar uma atitude, procurar a ajuda de um


psicólogo e tentar recuperar a harmonia e entendimento do relacionamento,
por meio da psicoterapia.

O psicólogo pode ajudar atendendo apenas um dos parceiros e avaliando as


suas questões e problemas pessoais ou pode, em terapia de casal, atender os
dois ao mesmo tempo.
É bem interessante contar com a ajuda de um psicólogo, pois ele pode oferecer
o autoconhecimento, esclarecimento e incentivo que estava faltando para a
melhora do relacionamento.
5.1 Confira 5 sinais de que as brigas passaram do
limite

Sinal 1. Vocês passam mais dias com brigas do que sem:


Se você anotasse na sua agenda, ao final de cada dia, se houv e uma briga
naquele dia, no final do mês teriam mais dias com ou sem brigas?

Se a resposta for com brigas, é sinal de que algo não vai bem. Os dias felizes e
de cumplicidade precisam ser maioria, afinal, ninguém quer passar a vida
discutindo, brigando, guardando mágoas e rancores.

Sinal 2. Troca de ofensas:

Se um casal está de junto, é sinal de que se ama e se respeita. Ou, pelo menos,
é assim que deveria ser.

Se durante as discussões, os parceiros trocam ofensas, xingamentos e palavrões, o


respeito já não faz mais parte da relação.
Não se permitam que esse tipo de tratamento se torne comum no
relacionamento, pois isso não é normal e nem saudável para ambos, e pode
destruir a autoestima e o romantismo.

Sinal 3. Não existe mais um foco:


Vocês começam discutindo pela gaveta da cozinha que está bagunçada e,
quando reparam, já estão falando sobre a sogra ou sobre dilemas do passado.
Quando isso acontece é sinal de que o primeiro motivo da briga nem era tão
válido assim, o que vocês queriam, na verdade, era um motivo para poder
desabafar outras mágoas que estão guardadas.

Sinal 4. Brigas repetidas:


Se vocês já discutiram o assunto uma vez e não conseguiram entrar em um
acordo, voltar mais uma, duas ou três vezes para aquele mesmo tema não vai
ser a solução.

Quando as brigas começam a se repetir e são sempre motivadas pelas mesmas


questões, é um grande alerta de que o casal não está conseguindo ser mais
flexível, ter tolerância e vontade de melhorar a qualidade do relacionamento.
Sinal 5. Agressões:
Infelizmente, há situações em que as brigas de casais envolvem agressões
físicas. Isso é inadmissível e não pode ser tolerado em hipótese alguma. Se isso
acontece com você, afaste-se, procure ajuda e denuncie a situação.

6. Como uma crise mal resolvida pode


afetar profundamente uma relação

Relacionamentos são feitos de altos e baixos. Brigas, discussões e estresses


fazem parte da vida a dois, independentemente da fase em que o casal se
encontra.

É normal que, no dia-a-dia, nos deparemos com questões que nos incomodam e
tirem a calma.

Às vezes, sob pressão, acabamos deixando que os problemas acumulados de


diversas instâncias da vida afetem o relacionamento.

No entanto, quando as discussões mais intensas se tornam frequentes e não se


consegue encontrar soluções para as adversidades, é preciso p arar e refletir
sobre mudanças que podem ser feitas e atitudes tomadas para reverter o
quadro e evitar que o relacionamento vá por água abaixo.

As decepções e frustrações de um relacionamento em crise podem afetar de


forma intensa o modo de viver de uma pessoa.
O amor é um sentimento que envolve carinho, admiração, vontade de satisfazer
e de estar perto.

Os amores podem ser duradouros e permanecerem por muitos anos, mas há


também situações em que o sentimento se transforma, por diversos motivos, e
não é mais suficiente para a manutenção de um relacionamento.

Vale ressaltar que isso não significa que o sentimento era falso.

Claro que cada casal possui suas características próprias e, por isso, a crise no
relacionamento pode aparecer de maneiras bem distintas.

Alguns sinais indicam quando o relacionamento não vai bem e o amor já não é
mais o mesmo.
Os sinais mais comuns de uma crise num relacionamento, são:
▪ Desinteresse:
Já não há a mesma vontade de estar perto, ter a companhia constante um do
outro e criar programas para se fazer em casal, como jantares e viagens.

▪ Brigas bobas:
Tudo se torna motivo de discussão e o casal nunca consegue concordar em
nada.

▪ Traição:
Um dos parceiros se sente atraído por outra pessoa e deixa -se
levar, acontecendo a traição.
▪ Desrespeito:
Durante as brigas, xingamentos e trocas de ofensas são frequentes.

▪ Falta de sexo:
O casal não tem mais ímpeto para as relações sexuais.
Os sinais citados acima indicam crises muito sérias em um relacionamento, ou
podem ser causados pela correria do dia a dia, a pressão no ambiente de
trabalho e o estresse.
Outro fator que acaba causando problemas no relacionamento é a chegada dos
filhos. Mesmo sendo um momento de muita alegria para o casal, a vida muda
completamente e as suas rotinas precisam ser readaptadas.
Com isso, é bem comum que esposas e maridos se sintam perdidos e não
saibam mais dizer se o amor ainda existe, ou se eles permanecem juntos por
conta de um amor maior, que é o filho.

Se o casal está em dúvida, a melhor ideia é procurar a ajuda de um psicólogo.


Em Terapia Individual ou em Terapia de Casal, é possível compreender a origem
dos problemas, das insatisfações e das seguranças.
Algumas dicas valiosas também podem contribuir para que o casal possa
entender o motivo da crise na relação, são elas:
▪ Admitam que existe um problema e conversem sobre ele:
Uma crise no casamento é um problema que precisa ser assumido e tra balhado
com a consciência e o consenso de ambas as partes. De nada adianta apenas
um dos envolvidos se preocupar em resolver as questões sem que o outro
esteja disposto a dialogar.

▪ Não discutam de cabeça quente:


E quando se fala em diálogo, também é importante que ele ocorra de forma
civilizada, pacífica, com calma e sem a interferência de terceiros.

Lembre-se de que os problemas de vocês são só seus e que amigos e familiares


que – mesmo que de boa-fé queiram ajudar, podem acabar piorando o
problema, pois não são pessoas neutras dentro da relação.

▪ Deixem os filhos fora disso:


Quando o casal possui filhos, também é fundamental que eles não sejam
envolvidos nos problemas.

Poupe-os dos detalhes da relação de vocês e evite que tenham que carregar
consigo um fardo que é dos pais.

▪ Procurem a ajuda de um psicólogo especialista em casais:


Se, por um lado, quem faz parte da vida do casal pode atrapalhar a resolução
das desavenças, quem está de fora e possui experiência em resolução de
conflitos de casamento pode trazer à luz pontos essenciais a respeito do
relacionamento e ajudar a ver cada questão de uma nova perspectiva.

É esse o papel do psicólogo que trabalha com terapia para casais: mostra que
relacionamentos passam por altos e baixos e ajuda o casal a entender que há
formas de fazer com que a crise se resolva sem que danos permanentes
prejudiquem a relação.
Assim, com a ajuda do psicólogo, o casal pode concluir se quer superar suas
divergências e seguir em frente com o relacionamento ou, em alguns casos, se
é melhor a separação.

7. Terapia de Casal para quem namora


Duas vidas se encontram, se apaixonam e descobrem gostos em comum.

Mas, mesmo com toda a paixão que existe no namoro, não podemos esquecer
que esse o movimento é de encontro de dois seres únicos, com seus medos,
anseios, valores e sonhos.
No desenrolar do namoro podem surgir situações que desestabilizam a relação
e colocam o casal em cheque.

O objetivo da terapia nesta fase do relacionamento é superar esses conflitos e


devolver a leveza que deve existir no período de namoro.

Pode até soar estranho para algumas pessoas, mas existe, sim, Terapia de Casal
para quem namora – e esse tipo de terapia tem sido cada vez mais procurada.
O que ocorre é que temos a imagem de que o namoro é uma fase tranquila,
sem conflitos e com muito romantismo. Mas a realidade, muitas vezes, não
corresponde a esta imagem.

Por ser uma fase em que duas pessoas estão se conhecendo, podem suceder
muitas dúvidas, desconfianças, dificuldade de diálogo e até brigas,
principalmente quando esse casal possui planos de dar continuidade a essa
relação para outros níveis, como um noivado e/ou casamento.
Ciúmes excessivos, discussões frequentes, cobranças, planos e interesses
divergentes, intolerância, são algumas das causas de problemas de
relacionamento entre namorados e que podem levá-los a buscar a terapia.
Nestes casos, o psicólogo é o aliado ideal para ajudar o casal a reencontrar (ou
fortalecer) a harmonia ou, se o relacionamento estiver condenado, a entender
que o rompimento é a melhor solução.

Certamente, antes de recorrer à terapia, o casal já fez várias tentativas para q ue


o relacionamento volte a ter a harmonia que esta fase requer, porém sem
sucesso.

Muitas vezes, a visão da realidade está prejudicada e cada um interpreta os


problemas à sua maneira, não conseguindo enxergar através do outro, o que
dificulta a compreensão da outra parte causando mágoas e ressentimentos.

A Terapia de Casal tem importância significativa no namoro. Afinal, se o casal


procura por este recurso é porque deseja realmente ficar junto, entende que
existe amor e quer fortalecer este relacionamento.

Quando não tratados os conflitos do período de namoro e a relação se


encaminha para o casamento, os problemas podem se agravar ainda mais,
fazendo com que o matrimônio já comece condenado a turbulências.

O papel do psicólogo na Terapia de Casal para namorados (as) é o de restaurar


primeiramente a comunicação entre o casal, através do estímulo ao diálogo franco
e sincero, em que cada um deverá expor o que o está incomodando e que tem
mantido guardado.
É fundamental o entendimento por parte do casal, de que só existe harmonia
no relacionamento se houver diálogo verdadeiro, nada deve ficar oculto.

Após restaurar a comunicação e tendo sido expostos os problemas de ambas as


partes, o psicólogo ajuda a traçar estratégias para solucionar os conflitos
existentes. E, também, orientar o casal na maneira de agir para que a relação
estremecida possa voltar a ter forças.
O casal precisa realmente estar disposto a retomar o relacionamento, pois
algumas situações propostas pela terapia poderão exigir algum esforço e
renúncia. Sendo assim, a terapia orienta e apresenta soluções para que, em
conjunto, chegue-se a um relacionamento melhor.
Porém, a decisão de manter e melhorar o relacionamento deve partir das duas
pessoas envolvidas. Ambos precisam ter esse desejo e convicção.
8. Como acontece, na prática, a
Terapia de Casal e o papel do
Psicólogo
A Terapia Conjugal ou de Casal consiste em um tratamento em que há a
participação de ambos, com o intuito de melhorar a interação do casal ou
vencer dificuldades específicas que estejam vivendo.

Seja em um casamento, namoro ou noivado, a Terapia de Casal p ode oferecer


auxílio para colocar o relacionamento de volta nos trilhos.

Com o auxílio do psicólogo especialista em casais, os envolvidos na relação


devem identificar as causas de seus conflitos e determinar quais mudanças
devem acontecer para que ambos fiquem satisfeitos dentro da relação, seja na
forma de se relacionarem, seja em suas mudanças pessoais.

A terapia não tem uma solução “mágica” para resolver todos os problemas entre
o casal, mas pode mostrar o caminho para que os parceiros se entendam
melhor, identifiquem as suas dificuldades e saibam como trabalhá -las
adequadamente, sempre preservando o bem-estar individual de cada um.
Vale ressaltar, ainda, que o psicólogo utiliza uma série de abordagens, como
recursos educacionais, componentes de mediação e técnicas de Terapia
Individual – dependendo de quais dificuldades forem enfrentadas –, para que o
casal aprenda a se comunicar, a enxergar o ponto de vista do outro e a interagir
com respeito.

Os benefícios que a Terapia de Casal pode proporcionar são inúmeros e


fundamentais para a relação, podendo variar de acordo com o perfil dos
envolvidos. De qualquer forma, dentre os principais benefícios podemos citar:

▪ Mudanças na perspectiva do relacionamento;


▪ Recondicionamento dos comportamentos disfuncionais;
▪ Aproximação o casal, estimulando os envolvidos a expressar seus
sentimentos sem receio de repressão;
▪ Melhora na intimidade entre o casal, promovendo resultados positivos
até mesmo na hora de manifestar prazer sexual;
▪ Ressalta os pontos positivos da relação, como forma de auxiliar o cas al a
persistir e resistir perante crises e problemas.
Lembrando que os resultados dependem do nível de envolvimento de ambos os
parceiros e o compromisso com todo o processo terapêutico.
Nas consultas, tudo o que envolve o casal, desde as famílias de origem e o
ambiente em que costuma viver, será analisado.
O papel do terapeuta diante do casal é de ajudá-los a entender quando e como
as “dificuldades” começaram e como estão afetando a vida a dois, para, então,
capacitá-lo a analisar as situações e a encontrar formas de administrá -las.

Cabe ressaltar que na Terapia de Casal o foco está nas duas pessoas que,
juntas, estão tentando melhorar ou mudar algo na relação, ainda que a
individualidade dos parceiros também seja levada em consideração.

A partir daí, espera-se que o trabalho terapêutico apresente resultados


positivos ao casal, como por exemplo, a capacidade de lidar com as diferenças e
conseguir administrá-las a favor da relação.

Para alcançar todos esses objetivos é preciso encontrar as raízes dos problemas
e buscar soluções de maneira assertiva, além de resolver as questões associadas
à falta de afetividade e dependência emocional.
Além disso, é preciso equilibrar as diferenças individuais, com preender as
necessidades um do outro e, é claro, buscar resoluções efetivas.

Portanto, na Terapia de Casal o psicólogo trabalha como uma espécie de


mediador.

Ele não vai defender nenhuma das partes, mas vai procurar entender cada um
enquanto indivíduo e o casal como um todo. Esse profissional ajuda a identificar
os desvios que precisam ser corrigidos e as situações que devem ser expostas e
discutidas.

É necessário que o casal sinta empatia pelo psicólogo para que haja
envolvimento no tratamento. Se apenas um dos dois se sentir à vontade, o
processo não fluirá como deve ser.
Caso o psicólogo perceba que existe problema de empatia ou confiança de uma
das partes envolvidas, pode sugerir algumas sessões individuais para verificar o
que está ocorrendo.
A privacidade sempre é mantida e respeitada na Terapia de Casal, ou seja, o que
é falado em consultório individualmente não é comentado pelo psicólogo, a não
ser que seja autorizado.

Se mesmo com todas as explicações e tentativas de convencimento, você não


tiver sucesso, procure sozinho por um psicólogo para que ele possa verificar se
está no caminho certo e sugerir ações mais assertivas.

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