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Sumário
1. O que é Terapia de Casal
2. Principais motivos que levam casais a buscarem a Terapia de Casal
3. O que fazer quando o cônjuge não tem interesse em fazer Terapia de
Casal
4. Como lidar com os conflitos dentro de uma relação
5. Até que ponto uma briga de casal é normal
6. Como uma crise mal resolvida pode afetar profundamente uma relação
7. Terapia de Casal para quem namora
8. Como acontece, na prática, a Terapia de Casal e o papel do Psicólogo
9. Psicólogos que realizam Terapia de Casal
A Terapia de Casal é uma das modalidades clínicas que mais tem crescido nos
últimos tempos.
Quando o casal ou uma das partes pensa que é normal trocarem ofensas, se
desrespeitarem ou não terem diálogo, acabam por se acomodar e vivem
normalmente dentro dessa “união”.
Alguns dos principais motivos que levam casais a buscarem pela Terapia de
Casal são:
Cada vez mais nos consultórios de psicologia a procura pela Terapia de Casal
tem aumentado.
Além de ser uma das áreas mais estudadas e desenvolvidas nos últimos tempos,
a procura por melhorias e mudanças nas relações entre as pessoas também
tem ganhado grande importância.
As queixas são diversas, que podem ser desde a escolha por ter ou não filhos, o
modo como um responde o outro, ou, até mesmo, o quanto coisas externas
estão interferindo na relação do casal, como atividades de lazer, círculo de
amizades, uso da tecnologia, dentre outras.
Ao buscar a ajuda de um especialista, entende-se que o casal já deu um grande
passo em busca de melhorar o relacionamento, o que é fundamental para o
início do processo terapêutico e deve ser reconhecido pelo terapeuta.
Muitas vezes, o cônjuge sugere esta alternativa como uma maneira de corrigir
os desvios na relação, mas é podado por um parceiro ou uma parceira
resistente.
O que acontece na maioria das vezes é que a decisão por procurar ajuda e
começar a terapia geram ainda mais brigas.
Sempre haverá alguma das partes que não assume a necessidade da terapia,
sempre joga a “batata quente” para o outro. E o mesmo, tem que agarrar a
batata com todas as forças afim de que ela não caia.
Evidentemente que não há como forçar alguém a ir para a terapia. Mas, o que
fazer então?
Uma das coisas que podem ajudar nestes casos é que a outra pessoa esteja
aberta a ouvir e entender mais sobre o assunto, antes de iniciar o tratamento
propriamente. Ler sobre profissionais qualificados que atendem casais,
entender os benefícios que a terapia trará para a relação e, mais importante:
entender como isso é importante para quem está querendo iniciar a terapia.
O indivíduo que faz a psicoterapia estará mais receptível a ouvir novos ponto s
de vista a respeito do seu relacionamento (se estiver indo à terapia por
iniciativa própria), podendo também ver, com outros olhos e de outro ângulo, o
que realmente está acontecendo em seu relacionamento, quais pontos
precisam ser mudados e o que fazer para que essa mudança aconteça.
É fundamental que a pessoa que não tem interesse em fazer terapia não se
sinta obrigada ou forçada. Isso só faz com quem a terapia seja vista ainda mais
com maus olhos, gerando desconforto e estresse, dificultando ainda mais a
flexibilização dessa pessoa de experimentar os benefícios de um processo
terapêutico em algum momento.
Você já deve ter ouvido falar que “o amor é como uma flor”. Em todos os tipos
de relacionamento, esse ditado não podia ser mais verdadeiro.
Como uma flor delicada, que deve ser cultivada com paciência, carinho,
tolerância e sabedoria, o amor também é assim: isso ajuda a lidar com as crises e
evitar discussões e mal-entendidos.
Algumas pessoas são instáveis ou difíceis de lidar. E, muitas vezes, pequenas
coisas podem significar o fim de um grande amor. Nestes casos, podem haver
consequências até mesmo como ansiedade ou depressão.
Isso acontece porque todo mundo quer estar certo, ninguém quer ceder e, por
essa teimosia desnecessária de ambas as partes, muitos casamentos já
acabaram.
Não permita que isso aconteça com vocês. Pense bem no motivo da discussão e
se pergunte: isso é realmente importante?
Claro que, se o assunto for realmente sério e grave, de maneira alguma você
deve ir contra suas convicções ou valores pessoais; porém, se o motivo for coisa
de pouca importância, será que não é melhor concordar, em nome da paz e
felicidade doméstica? Reflita!
Agora, o outro lado da moeda: seu cônjuge não confia mais em você.
Demonstra ciúmes excessivos, monitora tudo que você faz, acusa você de coisas
que você não fez e desconfia até da sua sombra. Viver assim é impossível,
sufocante, asfixiante. Como proceder?
Como dito no tópico anterior, o diálogo sincero é sempre a melhor saída . Fale
sobre como você se sente, mostre que não há motivos para a relação seguir por
esse caminho. Em certos casos, a desconfiança nasce de traumas passados com
relacionamentos anteriores, e a pessoa tem medo de que aquela situação se
repita novamente.
Nesse caso, é necessário ter paciência, e talvez seja necessária a ajuda de
um psicólogo de confiança para auxiliar na superação desse temor.
Muitas vezes, o casal se ama de verdade, não pretende se separar, mas a
relação se tornou insustentável – o que fazer?
Nessas horas, é importante reconhecer suas limitações e que, nem sempre,
somos capazes de contornar tudo sozinhos – nesse momento é a hora de
procurar ajuda profissional.
Quando as discussões não levam a lugar nenhum, é sinal de que o casal não
está mais conseguindo se comunicar, se colocar um no lugar do outro e tent ar
entender o ponto de vista alheio.
Se a resposta for com brigas, é sinal de que algo não vai bem. Os dias felizes e
de cumplicidade precisam ser maioria, afinal, ninguém quer passar a vida
discutindo, brigando, guardando mágoas e rancores.
Se um casal está de junto, é sinal de que se ama e se respeita. Ou, pelo menos,
é assim que deveria ser.
É normal que, no dia-a-dia, nos deparemos com questões que nos incomodam e
tirem a calma.
Vale ressaltar que isso não significa que o sentimento era falso.
Claro que cada casal possui suas características próprias e, por isso, a crise no
relacionamento pode aparecer de maneiras bem distintas.
Alguns sinais indicam quando o relacionamento não vai bem e o amor já não é
mais o mesmo.
Os sinais mais comuns de uma crise num relacionamento, são:
▪ Desinteresse:
Já não há a mesma vontade de estar perto, ter a companhia constante um do
outro e criar programas para se fazer em casal, como jantares e viagens.
▪ Brigas bobas:
Tudo se torna motivo de discussão e o casal nunca consegue concordar em
nada.
▪ Traição:
Um dos parceiros se sente atraído por outra pessoa e deixa -se
levar, acontecendo a traição.
▪ Desrespeito:
Durante as brigas, xingamentos e trocas de ofensas são frequentes.
▪ Falta de sexo:
O casal não tem mais ímpeto para as relações sexuais.
Os sinais citados acima indicam crises muito sérias em um relacionamento, ou
podem ser causados pela correria do dia a dia, a pressão no ambiente de
trabalho e o estresse.
Outro fator que acaba causando problemas no relacionamento é a chegada dos
filhos. Mesmo sendo um momento de muita alegria para o casal, a vida muda
completamente e as suas rotinas precisam ser readaptadas.
Com isso, é bem comum que esposas e maridos se sintam perdidos e não
saibam mais dizer se o amor ainda existe, ou se eles permanecem juntos por
conta de um amor maior, que é o filho.
Poupe-os dos detalhes da relação de vocês e evite que tenham que carregar
consigo um fardo que é dos pais.
É esse o papel do psicólogo que trabalha com terapia para casais: mostra que
relacionamentos passam por altos e baixos e ajuda o casal a entender que há
formas de fazer com que a crise se resolva sem que danos permanentes
prejudiquem a relação.
Assim, com a ajuda do psicólogo, o casal pode concluir se quer superar suas
divergências e seguir em frente com o relacionamento ou, em alguns casos, se
é melhor a separação.
Mas, mesmo com toda a paixão que existe no namoro, não podemos esquecer
que esse o movimento é de encontro de dois seres únicos, com seus medos,
anseios, valores e sonhos.
No desenrolar do namoro podem surgir situações que desestabilizam a relação
e colocam o casal em cheque.
Pode até soar estranho para algumas pessoas, mas existe, sim, Terapia de Casal
para quem namora – e esse tipo de terapia tem sido cada vez mais procurada.
O que ocorre é que temos a imagem de que o namoro é uma fase tranquila,
sem conflitos e com muito romantismo. Mas a realidade, muitas vezes, não
corresponde a esta imagem.
Por ser uma fase em que duas pessoas estão se conhecendo, podem suceder
muitas dúvidas, desconfianças, dificuldade de diálogo e até brigas,
principalmente quando esse casal possui planos de dar continuidade a essa
relação para outros níveis, como um noivado e/ou casamento.
Ciúmes excessivos, discussões frequentes, cobranças, planos e interesses
divergentes, intolerância, são algumas das causas de problemas de
relacionamento entre namorados e que podem levá-los a buscar a terapia.
Nestes casos, o psicólogo é o aliado ideal para ajudar o casal a reencontrar (ou
fortalecer) a harmonia ou, se o relacionamento estiver condenado, a entender
que o rompimento é a melhor solução.
A terapia não tem uma solução “mágica” para resolver todos os problemas entre
o casal, mas pode mostrar o caminho para que os parceiros se entendam
melhor, identifiquem as suas dificuldades e saibam como trabalhá -las
adequadamente, sempre preservando o bem-estar individual de cada um.
Vale ressaltar, ainda, que o psicólogo utiliza uma série de abordagens, como
recursos educacionais, componentes de mediação e técnicas de Terapia
Individual – dependendo de quais dificuldades forem enfrentadas –, para que o
casal aprenda a se comunicar, a enxergar o ponto de vista do outro e a interagir
com respeito.
Cabe ressaltar que na Terapia de Casal o foco está nas duas pessoas que,
juntas, estão tentando melhorar ou mudar algo na relação, ainda que a
individualidade dos parceiros também seja levada em consideração.
Para alcançar todos esses objetivos é preciso encontrar as raízes dos problemas
e buscar soluções de maneira assertiva, além de resolver as questões associadas
à falta de afetividade e dependência emocional.
Além disso, é preciso equilibrar as diferenças individuais, com preender as
necessidades um do outro e, é claro, buscar resoluções efetivas.
Ele não vai defender nenhuma das partes, mas vai procurar entender cada um
enquanto indivíduo e o casal como um todo. Esse profissional ajuda a identificar
os desvios que precisam ser corrigidos e as situações que devem ser expostas e
discutidas.
É necessário que o casal sinta empatia pelo psicólogo para que haja
envolvimento no tratamento. Se apenas um dos dois se sentir à vontade, o
processo não fluirá como deve ser.
Caso o psicólogo perceba que existe problema de empatia ou confiança de uma
das partes envolvidas, pode sugerir algumas sessões individuais para verificar o
que está ocorrendo.
A privacidade sempre é mantida e respeitada na Terapia de Casal, ou seja, o que
é falado em consultório individualmente não é comentado pelo psicólogo, a não
ser que seja autorizado.