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Guitarra na Prática

Módulo 05

com Joe Moghrabi


Índice:
Capítulo 26: Os modos gregos .......................................................................................................................03

Capítulo 27: Tabela dos modos gregos (tons naturais) ...........................................................06

Capítulo 28: Exercício 12 memorizar os modos gregos em qualquer tom ...............07

Capítulo 29: Exercício 13 para agilizar o raciocínio .........................................................................07

Capítulo 30: As digitações dos modos gregos ...............................................................................08

Capítulo 31: Pratique as digitações ............................................................................................................13

Capítulo 32: Exercício 14 (56 “Patterns”) .................................................................................................14

Capítulo 33: Exercício 15 (56 “Patterns” 2.0) .........................................................................................14

Capítulo 34: Dicas para uso do metrônomo ......................................................................................15

Capítulo 35: Memorização simplificada dos sete modos gregos ...................................16

Capítulo 36: Os modos gregos na prática ...........................................................................................16


Capítulo 26:
26: Os modos gregos
Voltando ao estágio inicial, que é a montagem da escala maior, questione-
se: “E se eu começar esta escala de outra nota que não seja a tônica?”
Resposta: Você estará usando exatamente os modos gregos! E melhor ainda,
a cada nota que começamos a escala, teremos um modo grego diferente!

Abaixo temos a escala de “C” começando da tônica. Este modo se chama


“Modo Jônio”, ou seja, em todos os tons, a escala maior é chamada de modo
jônio, (primeiro modo grego).

C D E F G A B C
A escala do tom “C” que começa da segunda nota - nota D, se chama “Modo
Dórico”, ou melhor, em todos os tons a segunda escala é chamada de modo
dórico.

D E F G A B C D
Quando a escala do tom “C” começar da terceira nota - nota E, se chama
“Modo Frígio”, ou melhor, em todos os tons a terceira escala é chamada de
modo frígio.

E F G A B C D E
Quando a escala do tom “C” começar da quarta nota - nota F, se chama
“Modo Lídio”, ou melhor, em todos os tons a quarta escala é chamada de modo
lídio.

F G A B C D E F
Quando a escala do tom “C” começar da quinta nota - nota G, se chama
“Modo Mixolídio”, ou melhor, em todos os tons a quinta escala é chamada de
modo mixolídio.

G A B C D E F G

Quando a escala do tom “C” começar da sexta nota - nota A, se chama


“Modo Eólio”, ou melhor, em todos os tons a sexta escala é chamada de modo
eólio.

A B C D E F G A
Quando a escala do tom “C” começar da sétima nota - nota B, se chama
“Modo Lócrio”, ou melhor, em todos os tons a sétima escala é chamada de
modo lócrio.

B C D E F G A B
Concluindo: cada escala maior pode gerar outras seis escalas diferentes
para o mesmo tom. Por começarem em outras notas, estes modos darão
recursos melódicos muito maiores.

A nomenclatura dos modos de qualquer tom, obedece o mesmo critério


usado em “C”; a ordem destes nomes é sempre igual:

Jônio / Dórico / Frígio / Lídio / Mixolídio / Eólio / Lócrio


Exemplos:

Quem é o dórico do “E” ? – Resposta: “F#”.

Quem é o lídio do “A” ? – Resposta: “D”.

Quem é o frígio do “B” ? – Resposta: “D#”.

Quem é o eólio do “Eb” ? – Resposta: “C”.

Quem é o mixolídio do “C#” ? – Resposta: “G#”.

Quem é o dórico do “Bb” ? – Resposta: “C”.

Quem é o mixolídio do “Ab” ? – Resposta: “Eb”.

Quem é o lídio do “F” ? – Resposta: “Bb”.

Quem é o lídio do “Bb” ? – Resposta: “Eb”.

Quem é o mixolídio do “D#” ? – Resposta: “A#”.

Quem é o frígio do “Ab” ? – Resposta: “C”.

Quem é o eólio do “D” ? – Resposta: “B”.

Quem é o dórico do “B” ? – Resposta: “C#”.

Quem é o mixolídio do “Bb” ? – Resposta: “F”.

Dica! Sabendo os modos gregos de todos os tons naturais, baixando ou


aumentando a referência em ½ tom, obtemos o resultado de tons acidentados.
No quarto exemplo, o eólio do “Eb” (“C”) é ½ tom abaixo do eólio do tom “E”
(”C#”).
Capítulo 27:
27: Tabela dos modos gregos

Gabarito com os tons naturais


- Tonalidade de cada modo

- Respectivos modos de cada tom

Jônio Dórico Frígio Lídio Mixolídio Eólio Lócrio


C C D E F G A B
D D E F# G A B C#
E E F# G# A B C# D#
F F G A Bb C D E
G G A B C D E F#
A A B C# D E F# G#
B B C# D# E F# G# A#

Reforçando a dica acima: Desta vez com esta tabela à sua frente, perceba
que para tons acidentados, a diferença será de ½ tom em uma das tonalidades
acima, por exemplo: o modo eólio do “B” é o “G#”, (penúltima coluna da última
linha) e o modo eólio do “Bb” é meio tom abaixo “G”.

Importante ! O padrão para escala menor é exatamente o modo eólio. Não


existe diferença entre a escala menor de “B” e a escala de “B eólio”.
Capítulo 28:
28: Exercício 12 (teoria opcional)
opcional)
Para alguns estudantes, um bom caminho para memorização dos nomes
dos modos gregos é escolher um tom e montar seus sete modos no papel,
escrevendo as notas deste tom com seus modos.
É interessante não repetir as tônicas, incluindo as acidentadas!

Capítulo 29:
29:
Exercício 13 para agilizar o raciocínio
raciocínio
Atenção neste exercício! Na hora que você aplicar na prática a improvisação
em mais de uma tonalidade, a rapidez de raciocínio será crucial! Você já deve
ter reparado que qualquer tom interage com o braço inteiro do instrumento.
Mãos à obra!

Em primeiro lugar, vamos supor que temos uma música de quatro tons,
serão eles – C; E; G e Bb – agora vamos ver qual modo cada tom possui na
região “FF”.

- Para C teremos F lídio


- Para E teremos F# dórico
- Para G teremos F# lócrio
- Para Bb teremos F mixolídio.
mixolídio

Na prática acontecerá o seguinte: na improvisação não é interessante usar


sempre o jônio na mudança de tom, e sim, o modo da região em que nos
encontramos. Além de você não ficar preso aos “shapes”, mudar a tonalidade
com este processo, fará com que você amadureça bastante a qualidade musical
do seu improviso.
Capítulo 30:
30: As digitações dos modos gregos
Opção 1 - digitação aberta
aberta

Digitação 1:
Jônio (Tônica na 6ª corda), Lídio (Tônica na 5ª corda).

Digitação 2:
Dórico (Tônica na 6ª corda), Mixolídio (Tônica na 5ª corda).
Digitação 3:
Frígio (Tônica na 6ª corda), Eólio (Tônica na 5ª corda).

Digitação 4:
Lídio (Tônica na 6ª corda), Lócrio (Tônica na 5ª corda).

Digitação 5:
Mixolídio (Tônica na 6ª corda), Jônio (Tônica na 5ª corda).
Digitação 6:
Eólio (Tônica na 6ª corda), Dórico (Tônica na 5ª corda).

Digitação 7:
Lócrio (Tônica na 6ª corda), Frígio (Tônica na 5ª corda).

Estas digitações com seis cordas nos fornecem dois modos cada uma:
tônica na 6ª corda e tônica na 5ªcorda, simultaneamente. Evitando-se assim, a
necessidade de memorizar duas escalas, uma com tônica na 6ª corda e outra
com tônica na 5ª corda.
Opção 2 - digitação fechada
A digitação fechada terá a seguinte regra:

- Tônica na 6ª ou 5ª corda,
- Três e duas notas em cada corda,
- Sem notas em cordas soltas e
- Mais que duas oitavas.

Digitação 1:
Jônio (Tônica na 6ª corda), Frígio (Tônica na 5ª corda).

Digitação 2:
Dórico (Tônica na 6ª corda), Mixolídio (Tônica na 5ª corda).
Digitação 3:
Frígio (Tônica na 6ª corda), Eólio (Tônica na 5ª corda).

Digitação 4:
Lídio (Tônica na 6ª corda), Eólio (Tônica na 5ª corda).

Digitação 5:
Mixolídio (Tônica na 6ª corda), Lócrio (Tônica na 5ª corda).
Digitação 6:
Eólio (Tônica na 6ª corda), Dórico (Tônica na 5ª corda).

Digitação 7:
Lócrio (Tônica na 6ª corda), Frígio (Tônica na 5ª corda).

Capítulo 31:
31: Pratique as digitações
Depois de exercitar as digitações numa das formas que abordei, o mais
indicado é você aplicar os “patterns” nas sete digitações dos modos gregos
aleatoriamente, assim, você já estará estudando dois assuntos diferentes: os
“patterns” e os desenhos das escalas.
Capítulo 32:
32: Exercício 14 (56 “Patterns”
Patterns”)
Nos capítulos 19 e 20 você já viu e deve ter estudado o assunto “patterns”.
Nesta fase achei importante trazer prá você uma seleção de 56 “patterns” para
palhetada alternada. A minha dica para você buscar uma fluência equilibrada
nos sete modos gregos, é escolher aleatoriamente um “pattern” e exercitar
numa mesma tônica. O objetivo aqui será você se ambientar com os sete
modos gregos, além de trabalhar, de forma musical, a técnica de palheta.

Capítulo 33:
33: Exercício 15 (56 “Patterns”
Patterns” 2.0)
2.0)
Na minha experiência, extrair o máximo de fluência técnica e teórica é
estudando os modos em um tom previamente definido. Sempre partindo da
nota “F” ou “F#” (região “F”), conforme o tom. Para explicar melhor: se você
estudar os modos de “D”, a sua primeira digitação será “F# frígio”, por outro lado,
se o tom for os modos de “Bb”, a sua primeira digitação será “F” mixolídio.

Neste curso você tem 56 “patterns”.

01) Estude de forma aleatória com palhetada alternada.

02) Abafe todas as notas para trabalhar, de forma consistente, o sincronismo


das mãos: palheta e braço.

03) No início evite repetir um “pattern” mais de um dia. No assunto técnica


quanto maior o número de “patterns” aplicados, mais resultados você terá para
as melodias e improvisações.
Capítulo 34:
34: Dicas para uso do
do metrônomo
O metrônomo será um ótimo aliado nesta fase inicial do estudo dos
“patterns”. Este é um bom momento para esclarecer pontos importantes na sua
rotina.

01) No início, as melhores marcas de metrônomo para o seu estudo são as


mais cômodas, ou melhor, nos andamentos mais lentos você terá mais tempo
de estudo, resistência.

02) Sem a rítmica bem definida, o seu estudo poderá ser uma perda de
tempo... realmente, rítmo definido com andamentos lentos deixarão a sua
técnica mais musical.

03) A evolução na técnica necessita de um outro ingrediente que “educará”


seus novos desafios nesta área: a paciência. Temos aqueles dias em que tudo
parece mais “travado”... o dia inteiro na mesma marca, etc... tenha a certeza de
que, se você estudou, existiu evolução!

04) Depois de algum tempo estudando um “pattern”, sentimos segurança


para aumentar a marca do metrônomo, se for o caso, “experimente”!

05) Na área da sonoridade, outro ingrediente de peso para acrescentar nos


estudos dos “patterns” é acentuar, de leve, a primeira nota de cada corda. Este
processo é atingido desabafando um pouco esta nota, isto ajudará demais na
sua “pegada”.
Horário Marca
Data Exercício Célula Início Fim Início Fim Observações

Explicação detalhada: “Data”, qual o dia que você está estudando.

“Exercício”, qual o exercício, “pattern” etc. em questão.

“Célula”, é o Padrão rítmico (tercina, semicolcheia etc.).

“Horário”, que horas começou e que horas terminou.

“Marca”, qual a primeira marca do metrônomo e qual a última.

“Observações”, tipo de palheta, com distorção ou sem, alguma técnica


específica, dificuldade num trecho e etc.

Capítulo 35:
35:
Memorização simplificada
simplificada dos sete modos gregos
Assista o vídeo “Identificar rapidamente o modo de qualquer tom”.

Capítulo 36:
36: Os Modos Gregos na prática
Nas dicas abaixo focarei mais na improvisação. Na criação de temas ou
melodias, as ideias são as mesmas.

01) Comece estudando com bases ou “backing tracks” que tenham um tom
e trabalhe a improvisação utilizando sempre o braço inteiro.
02) Se você já tem algum conhecimento das técnicas da guitarra, procure
aplicá-las nos modos gregos, estude eles com palhetada alternada, “economy
picking”, “ligados/pull–offs” e “two hands”. Trabalhar estas técnicas com
“patterns” é um bom desenvolvimento de vocabulário.

03) Tendo resultados nos itens 01 e 02, comece a improvisar em “backing


tracks” com mais de uma tonalidade e procure mudar de tom na mesma região.
Você notará que o resultado é mais musical.

04) Saber os modos gregos levará você a duas evoluções:

a) Na improvisação em uma tonalidade, utilizaremos o braço todo do


instrumento.

b) Na improvisação em mais de uma tonalidade, você não precisará


sempre “começar do jônio”, o que enriquecerá sua música na improvisação.

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