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NITERÓI/RJ
2023
DO PRINCÍPIO DO ARTIGO OU RESUMO
DA INTRODUÇÃO
Nota-se, então, que, pela narrativa ser pautada nas ações dos personagens, a
existência da imagem é reduzida e ela, apenas utilizada para mostrar o essencial ao
público, de forma que esse pudesse compreender o desenrolar da história contada. Nesse
cenário, a construção de um tempo intrínseco à imagem é ignorada e o movimento é o
primordial para essas narrativas.
Contudo, essa narrativa predominante, onde todo o tempo fílmico precisa ser
preenchido a partir dos princípios de causa e efeito, é contraposta de maneira radical por
diversas vanguardas, como a Nouvelle Vague, o Impressionismo Francês e até mesmo
pelo próprio Cinema Novo, mas é no Neorrealismo Italiano que se pode observar um
maior contraste quanto à imagem — e por isso, além de por sua primazia, seu certo
protagonismo nesse artigo, Comentado [MOU3]: E também por sua primazia
O Neorrealismo Italiano traz uma imagem seca. Uma imagem crua. Uma imagem Comentado [MOU4]: Existe um texto que é Cinema da
crueldade, onde, salvo engano, o termo crueldade é
que não enfeita: mostra. A realidade é dura por si só, sem os recursos representacionais discutido. Eu não sei se o Neo-realismo é cruel, mas talvez
cru, ou aparentemente cru. Ou seja, existe uma encenação
disponíveis. “Em vez de representar um real já decifrado, o neo-realismo visava um real, ali, existe a ficção, mas ela faz parecer que não há. Há
elementos que reforçam essa sensação de realidade e
sempre ambíguo, a ser decifrado; por isso o plano-sequência tendia a substituir a outras, que a enfraquecem.
montagem das representações” (DELEUZE, 1985).
DA IMAGEM E DA GUERRA