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Elaboração
Karen Cristine da Fonseca CPF: 009.737.800-37
Responsável Técnico
Fátima Rocha Berruezo CPF: 037.641.707-27
CONTROLE DE REVISÃO
Aeronave: bem móvel que possui as características de ser manobrável em voo, de sustentar-
se e circular no espaço aéreo, mediante reações aerodinâmicas, capaz de transportar
pessoas e cargas.
Alerta de bomba: estado de alerta implantado pela autoridade competente para acionar plano
de intervenção destinado a contrapor-se às possíveis consequências de ameaça de bomba.
Área operacional do aeroporto: área restrita, dentro dos limites do aeródromo, constituída
de área de manobras, embarque e desembarque de passageiros e de carga, pátios, torre de
controle, unidades de controle do espaço aéreo, demais edificações operacionais e faixa de
pista.
Área Restrita de Segurança (ARS): área do ‘lado ar’ de um aeroporto, identificada como
área prioritária de risco, onde, além do controle de acesso, outros controles de segurança são
aplicados. Tal área normalmente inclui as áreas da aviação comercial, de embarque de
passageiros entre o ponto de inspeção e a aeronave, rampa, áreas de bagagens, inclusive as
áreas nas quais as aeronaves são trazidas para operação e é realizada a inspeção de
bagagem e carga, depósitos de carga, centros de tratamento dos Correios, instalações para
os serviços de comissária e instalações de limpeza das aeronaves entre outras.
Aviação geral: todas as operações de aviação civil que não configurem transporte aéreo
público de passageiros ou carga.
Bagagem de mão: bagagem que o passageiro transporta consigo para a aeronave e que
contenha objetos de uso pessoal.
Bagagem não restituída: bagagem que chegou a um aeroporto e não foi restituída nem
reclamada por nenhum passageiro.
Bomba suja: artefato explosivo ou artefato químico, biológico, radiológico e nuclear disperso
por ocasião do acionamento da bomba.
Busca pessoal (revista): revista do corpo de uma pessoa, suas vestes e demais acessórios,
realizada por autoridade policial ou por agente de proteção da aviação civil, com
consentimento do inspecionado, quando houver suspeita de que haja arma ou algum objeto
proibido ou, ainda, quando não seja possível a inspeção por outro método.
C
Carga ou mala postal de alto risco significa o volume de carga ou mala postal que:
(i) contenha informações de inteligência que indiquem que pode representar uma
ameaça;
(ii) (ii) apresente sinais de adulteração com anomalia que apresente suspeita; ou
(iii) (iii) seja entregue por entidade desconhecida e possua natureza tal que apenas as
medidas de segurança habituais não são suficientes para detectar itens proibidos
que possam colocar em risco a aviação civil.
Carga ou mala postal conhecida significa a carga ou mala postal que é submetida a
controles de segurança desde sua inspeção de segurança ou desde sua origem, tratando-se,
neste último caso, de carga manuseada por (ou sob responsabilidade de) expedidor
reconhecido, expedidor acreditado ou agente de carga aérea acreditado.
Carga perigosa: todo artigo ou substância que, quando transportado por via aérea, pode
constituir risco à segurança e integridade dos passageiros e da aeronave.
Cartão de embarque: documento emitido pelo operador aéreo, com informações sobre o voo
e o passageiro, com a finalidade de permitir o seu embarque.
Cerca operacional: barreira física entre o ‘lado terra’ e o ‘lado ar’ do aeródromo destinada a
garantir a segurança das aeronaves, dos passageiros e das instalações aeroportuárias.
Controles de segurança: meios para evitar que sejam introduzidas, em área restrita de
segurança e aeronaves, armas, artefatos explosivos, artefatos químicos, biológicos,
radiológicos e nucleares ou outros dispositivos, substâncias ou artigos perigosos, que possam
ser utilizados para cometer atos de interferência ilícita.
D
Declaração de Segurança significa o documento que reconhece as responsabilidades pela
execução de medidas de segurança aplicadas à carga aérea desde o momento que a carga
é designada como conhecida e sob custódia de seu declarante até o momento de
transferência de sua custódia
E
Empresa de serviços auxiliares de transporte aéreo: empresa autorizada a explorar
serviços auxiliares de transporte aéreo.
Empresa de táxi aéreo: empresa que executa modalidades de transporte aéreo público não
regular de passageiro ou carga, mediante remuneração convencionada entre o usuário e o
transportador, sob a fiscalização da autoridade de aviação civil e visando a proporcionar
atendimento imediato, independente de horário, percurso ou escala.
Expedidor Acreditado significa a pessoa jurídica que expede carga ou outras remessas e
proporciona controle de segurança aprovado pelo agente de carga aérea acreditado, com
relação à carga, às encomendas por mensageiros e expressos ou por mala postal.
F
Facilitação do transporte aéreo: conjunto de medidas destinadas a desembaraçar a
aeronave, o tripulante, o passageiro e a carga aérea.
G
Gabinete de crise: setor da ANAC que, em situação de emergência, permite o gerenciamento
de crise em âmbito nacional, incluindo aqueles decorrentes de atos de interferência ilícita
contra a segurança da aviação civil.
Grupo de apoio: grupo constituído pelo pessoal da administração aeroportuária para dar
apoio logístico às atividades gerenciadas pelo COE (Centro de Operação de Emergência).
Grupo de decisão: grupo responsável pela direção, coordenação e supervisão das ações
desencadeadas para o gerenciamento da crise.
Grupo de negociadores: grupo constituído por especialistas designados pela Polícia Federal
para a realização do diálogo direto entre as autoridades e os executantes do ato de
interferência ilícita.
Grupo operacional: grupo constituído para assessorar o grupo de decisão para análise e
emissão de pareceres sobre todos os aspectos envolvidos no gerenciamento da crise.
I
Indicação Positiva de Alvo (IPA): processo que utiliza as especificidades das informações
contidas numa ameaça para determinar a sua credibilidade.
Inspeção com poder de polícia: procedimentos realizados por órgãos de segurança pública
com o propósito de identificar e detectar armas, explosivos ou outros artigos perigosos que
possam ser utilizados para cometer ato de interferência ilícita.
Inspetor de aviação civil: pessoa credenciada pela autoridade de aviação civil para o
exercício de fiscalização das atividades da aviação civil.
M
Mala diplomática: volume com sinais indicadores dessa condição, contendo correspondência
oficial de representações diplomáticas, com trato regido por convenção internacional sobre as
relações entre os Estados.
Malote: volume não enquadrado como mala postal, contendo documentos e outros itens,
confiado à empresa aérea para entrega a diferentes destinatários.
Material controlado: artigo ou substância cujo transporte por via aérea depende de
autorização legal de órgão competente, mesmo que não seja considerado material perigoso.
Material proibido: material perigoso ou controlado para o qual não tenha sido apresentada
documentação legal exigida pelo órgão competente.
O
Operador aéreo: pessoa, organização ou empresa que se dedica à operação de aeronave.
P
Passageiro: usuário do serviço aéreo transportado ou a ser transportado com o
consentimento do transportador e o correspondente contrato da prestação desse serviço.
Patrulha móvel: serviço realizado em viatura por um ou mais vigilantes, com a missão de
reconhecimento, observação e vigilância do sítio aeroportuário.
Pessoa não admissível: pessoa a quem é ou será recusada a admissão no País pelas
autoridades competentes.
Pista de táxi: via de acesso entre a pista de pouso e decolagem e o pátio de estacionamento,
destinada ao deslocamento de aeronaves.
Ponto de Contato com a OACI (POC): pessoa da ANAC responsável por enviar à OACI todas
as informações pertinentes relativas aos aspectos de segurança dos atos de interferência ilícita,
o mais breve possível, após a solução do caso, conforme o modelo estabelecido no Documento
8973 da OACI.
S
Sabotagem: ato ou omissão deliberada ou com o propósito de destruir bens ou ferir pessoas,
colocando em perigo a aviação civil, suas instalações e seus serviços, ou que resulte em ato
de interferência ilícita.
Situação de crise: situação que coloca em risco a segurança de pessoas, patrimônio, bens
e instalações relacionadas com a aviação civil ou com a operação de aeroportos e de
aeronaves.
T
Terminal de carga aérea: instalação aeroportuária dotada de facilidades para armazenagem
e processamento de carga, onde esta é transferida da aeronave para o transporte de
superfície ou deste para aquela, bem como para outra aeronave.
V
Verificação de antecedentes: verificação da identidade e experiência prévia de indivíduo,
incluindo seu histórico criminal, como forma de avaliar sua aptidão para ingressar, sem
acompanhamento, em áreas restritas de segurança do aeroporto.
Viagem com conexão: viagem entre a origem e o destino do passageiro na qual ocorre a
utilização de mais de uma aeronave, conforme constar do bilhete de passagem.
SUMÁRIO
Siglas e abreviaturas................................................................................ 3
Glossário.................................................................................................. 5
1.0 Introdução................................................................................................ 17
Formação AVSEC para Carga Aérea_Rev05/2021 13 de 90
1.1 Formas de ataques contra a aviação civil................................................ 18
1.2 Histórico de atos de interferência ilícita................................................... 20
1.3 Características e objetivos estratégicos dos grupos terroristas............... 22
1.4 Novas tecnologias de segurança............................................................. 23
1.5 Consciência de segurança AVSEC.......................................................... 29
II MÓDULO 2 Credenciamento 31
2.0 Introdução................................................................................................ 32
2.1 Definição e exemplos de área pública, área controlada e área restrita 34
de segurança...........................................................................................
2.2 Credenciais de pessoas e veículos: tipos, validades e códigos de 35
acesso.....................................................................................................
2.3 A importância do uso ostensivo da credencial........................................ 38
3.0 Introdução................................................................................................ 40
3.1 Conceito de carga aérea.......................................................................... 41
3.2 Conceito de cadeia segura da carga....................................................... 42
3.3 Carga conhecida e carga desconhecida.................................................. 45
4.0 Introdução................................................................................................ 48
4.1 Identificação e aceitação da carga e correio............................................ 49
4.2 Segurança da carga durante o deslocamento no aeroporto.................... 52
4.3 Segurança da carga no processo de embarque e desembarque em 54
aeronaves................................................................................................
4.4 Armazenamento da carga e correio......................................................... 55
4.5 Identificação de carga e correio suspeitos............................................... 56
4.6 Procedimentos para artigos perigosos e produtos controlados............... 57
4.7 Procedimentos para embarque e desembarque de 60
valores.....................................................................................................
4.8 Proteção de áreas ou de aeronaves........................................................ 62
5.0 Introdução................................................................................................ 71
5.1 Meios de recebimento de uma ameaça................................................... 72
5.2 Formulário de recebimento de ameaça de bomba.................................. 74
5.3 Procedimentos em situações de Emergência....................................... 76
Considerações finais 87
Referências.............................................................................................. 88
1.0 Introdução
No conjunto das atividades aeronáuticas, notadamente nos aspectos de infraestrutura
aeroportuária e de operacionalidade terrestre das aeronaves, sempre se adotaram
precauções contra possíveis delitos. Estes, porém, se limitavam inicialmente a fatos
corriqueiros que não tinham como alvo a utilização de aeronaves e instalações
aeronáuticas ou aeroportuárias sob a forma de interferência ilícita e com finalidades
específicas. A partir da década de 1960 surgiram, com frequência, os denominados
atos de interferência ilícita contra a aviação civil, evidenciando uma nova modalidade
A Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita (AVSEC) se faz com
a combinação de medidas, recursos humanos e materiais destinados a proteger a
aviação civil contra atos de interferência ilícita.
a) Objetivos
Cada Estado contratante adotará medidas para evitar que sejam introduzidos,
por qualquer meio, a bordo das aeronaves a serviço da aviação civil, armas,
explosivos ou outros dispositivos perigosos, artigos ou substâncias que possam
ser utilizados para cometer atos de interferência ilícita e cujo transporte ou porte
não estejam autorizados.
b) Princípios
Muitas são as formas de ataque contra a aviação civil, e o objetivo é causar terror,
mortes e danos em todo o sistema da aviação civil.
(1) O Decreto 7.168, de maio de 2010, institui o Programa Nacional da Aviação Civil
Contra Atos de Interferência Ilícita – PNAVSEC, tendo como objetivo disciplinar a
aplicação de medidas de segurança destinadas a garantir a integridade de
passageiros, tripulantes, pessoal de terra, público em geral, aeronaves e instalações
de aeroportos brasileiros, a fim de proteger as operações da aviação civil contra os
seguintes atos de interferência ilícita:
(2) Com base nas possibilidades de atos ilícitos apresentadas pelo PNAVSEC, as
possíveis formas de ataques contra a aviação civil são:
a) Sequestro de aeronaves
Apoderamento ilícito de aeronave em voo.
Apoderamento ilícito de aeronave no solo.
ATENÇÃO!
Muitas vezes há comunicação de informação falsa que coloca em risco
a segurança de aeronave em voo ou no solo, dos passageiros, tripulação,
pessoal de terra ou público em geral, no aeroporto ou nas dependências
de instalação de navegação aérea pode ser utilizada como meio de
desviar a tenção de todos para viabilizar o sequestro de aeronaves.
d) Ataque cibernético
Invasão do sistema de bordo de aeronave por hacker.
Interferência eletrônica em torre de controle, radar, equipamentos de auxílio
a pouso.
ATENÇÃO!
Um ato ilícito poderá estar relacionado a mais de uma forma de ataque,
ou seja, um sequestro de aeronave poderá também ter nesta ação um
ataque com explosivo.
a) 21 de Dezembro de 1988
Uma bomba explode dentro de um Boeing 747 da Pan Am, e os destroços caem sobre
a cidade de Lockerbie, na Escócia. Morrem 269 pessoas.
b) Julho de 1997
Uma bomba explode em pleno voo, em uma aeronave da TAM, arremessando um
passageiro para fora. O atentado foi atribuído a um passageiro com problemas
psiquiátricos.
c) 16 de Agosto de 2000
Um avião da VASP foi tomado por oito sequestradores, que desviaram o avião da rota
original e roubaram malotes. Com 61 passageiros e seis tripulantes a bordo, o Boeing
da VASP teve sua rota desviada ao decolar de Foz do Iguaçu com destino a Curitiba.
d) 11 de Setembro de 2001
Formação AVSEC para Carga Aérea_Rev05/2021 20 de 90
Membros do grupo islâmico Al-Qaeda sequestraram quatro aeronaves, fazendo duas
colidirem contra as torres do World Trade Center, em Manhattan, Nova Iorque. A
terceira aeronave chocou-se contra o quartel general do departamento de defesa dos
Estados Unidos, o Pentágono. A quarta caiu após uma luta, a bordo da aeronave,
entre passageiros e terroristas.
e) 01 de Outubro de 2003
Tentativa de sequestro em que um dos passageiros do voo GOL que saiu de Cuiabá
(Mato Grosso) para São Paulo, ameaçou atear fogo na própria roupa após derramar
combustível sobre si durante o voo.
f) 25 de Dezembro 2009
Um nigeriano com dispositivo explosivo amarrado ao corpo tenta explodir o avião da
Northwest que viajava da Holanda para os Estados Unidos com 278 pessoas a bordo.
g) 17 de Julho de 2014
Queda do voo da Malaysia Airlines um Boeing 777 que fazia a rota entre Amsterdã,
na Holanda, e Kuala Lumpur, na Malásia, matando as 298 pessoas a bordo, a maioria
cidadãos holandeses. A aeronave caiu em consequência do impacto de um míssil que
atingiu a parte esquerda da cabine do piloto. Essa arma corresponde ao tipo de
mísseis instalados nos sistemas de mísseis, terra-ar BUK.
(2) Alguns fatores que contribuem para o interesse dos terroristas em promover
ataques contra a Aviação Civil são:
(3) Na aviação civil temos alguns tipos de medidas de segurança que são aplicadas
na prevenção de ataques contra a aviação, conforme abaixo:
a) Prevenção planejada
Coletas de informações pelas entidades governamentais e avaliações contínuas do
nível de ameaça.
b) Prevenção proativa
Ações operacionais conjuntas dos vários envolvidos no sistema AVSEC.
c) Prevenção reativa
Quando ocorre uma falha no sistema, todos os envolvidos realizam ações conjuntas
emergenciais, previamente planejadas.
(4) Diante de todas as questões que envolvem a prevenção, algumas são muito
importantes nas ações antiterrorismo e que são executadas pelos profissionais:
a) Biometria
Biometria [bio (vida) + metria (medida)] é o estudo estatístico das características
físicas ou comportamentais dos seres vivos. Recentemente esse termo também foi
associado à medida de características físicas ou comportamentais das pessoas, como
forma de identificá-las unicamente.
b) Reconhecimento facial
A leitura facial é feita a partir de pontos de medida
do rosto, que faz uma ligação algorítmica de traços
e tamanhos, entre outros detalhes, comparando
com o banco de dados armazenados.
c) Impressão digital
Esta tecnologia pode ser usada pelo operador aéreo para realização da identificação
e reconciliação de passageiros bem como pelo operador de aeródromo no controle de
acesso realizados nas Áreas Controladas e Áreas Restritas.
d) Reconhecimento da íris
Tecnologia que captura a imagem (fotografia) da íris sob uma iluminação
infravermelha, transforma essa imagem em um número (fórmula) e a arquiva em um
sistema de computador – para futuras identificações. Em um ambiente controlado por
esse tipo de tecnologia, somente têm acesso às pessoas cuja imagem da íris foi
capturada e arquivada no sistema.
i) Tecnologia de scan
Body Scanner (Escâner Corporal) é um equipamento utilizado para inspeção não
invasiva de pessoas, capaz de detectar a presença de objetos metálicos e não
metálicos escondidos junto ao corpo dos inspecionados, tais como, armas de fogo,
armas brancas, explosivos, fios metálicos e objetos de cerâmica, de plástico e de
madeira.
2.0 Introdução
Ao chegar a um local que tem acesso controlado (e às vezes restrito), como órgãos
públicos, condomínios e empresas, são necessários que visitantes e profissionais que
atuam nesse local realizem a identificação, para que possam ser autorizados a
acessar os ambientes. Dentro do sistema de segurança aeroportuário não é diferente.
a) Área pública
É uma área interna ao perímetro patrimonial onde, em situação normal, não há
aplicação de medidas de controle de acesso, e o público em geral tem acesso e
circulação livre. Exemplos: saguão, praça de alimentação, área de atendimento do
check-in.
b) Área controlada
É uma área do aeródromo cujo acesso é restrito às pessoas autorizadas pelo operador
do aeródromo. Pode abranger áreas internas do perímetro operacional (lado ar),
identificadas como de grau de risco não prioritário, pontos sensíveis, ou outras áreas
dentro ou fora do perímetro operacional. Exemplos: desembarque, áreas
administrativas utilizadas pelos operadores de aeródromo e aéreo, setor de
credenciamento.
a) Identificação do aeródromo;
b) Nome do portador;
c) Número de registro da credencial no sistema de credenciamento;
d) Número do documento de identidade ou CPF;
e) Identificação do empregador;
f) Áreas em que o acesso é permitido, conforme códigos e níveis de acesso
utilizados no aeródromo;
g) Fotografia recente do rosto do portador, de frente, com dimensão mínima de
30mm x 40mm;
h) Data de expedição e validade;
i) Dimensão mínima de 85mm x 55mm.
j) No mínimo uma característica de segurança (marca d’água, holograma, entre
outros) que dificulte a falsificação da credencial, caso o aeródromo possua mais
de 1000 (mil) credenciados permanentes com acesso às ARS.
a) identificação do aeródromo;
b) marca, modelo e cor do veículo ou equipamento;
c) número de registro da autorização no sistema de credenciamento;
d) nome da entidade responsável pelo veículo ou equipamento;
e) áreas em que o acesso é permitido, conforme códigos e níveis de acesso
utilizados no aeródromo;
f) registro ou número de série do veículo ou equipamento;
g) ponto de controle de acesso por onde é permitido o trânsito do veículo ou
equipamento;
h) tipo de serviço que realiza (transporte de pessoas, transporte de carga,
reboque, entre outros);
i) data de expedição e validade.
(4) Validade
a) Para Pessoas: a credencial aeroportuária deve possuir validade máxima de
2 (dois) anos para as classificadas como permanentes, e de 90 (noventa)
dias para as classificadas como temporárias.
Exemplos:
Todo veículo e equipamento dentro de área operacional deve portar sua autorização
em local visível e sem obstrução.
CARGA AÉREA: Todo bem transportado em aeronave, com exceção das malas
postais, provisões de bordo, bagagens de mão e bagagens despachadas.
Transporte aéreo de carga é aquele realizado por empresas aéreas, através de todo
tipo de aeronaves, para praticamente todos os tipos de cargas.
O Operador Aéreo deve garantir que sejam aceitos para despacho e transporte
apenas a carga ou correio proveniente de:
O Operador Aéreo deve estabelecer acordos por escrito, com os Agentes de Carga
Aérea, definindo a responsabilidade pela implementação dos procedimentos de
segurança, nisso envolvendo a inspeção manual.
É quem estará na linha de frente atuando nas lojas de cargas ou terminais de carga
aérea nos aeroportos, no atendimento a clientes ou em área operacional.
O operador aéreo pode certificar pessoa jurídica como expedidor reconhecido, por
meio de processo de aprovação do Programa de Segurança do Expedidor
Reconhecido (PSER) que inclua avaliação presencial das seguintes medidas:
segurança aplicada às áreas e instalações, segurança aplicada às pessoas e
segurança aplicada à carga.
(1) as remessas de carga são preparadas por funcionários confiáveis e sob medidas
de segurança;
(2) as remessas de carga são protegidas contra violação durante a sua preparação
para embarque, armazenamento e transporte;
(3) autoriza a abertura de remessas de carga por razões de segurança;
(4) a remessa não contém nenhum objeto proibido ou artigo perigoso.
Caso contenha algum artigo perigoso, a remessa deve ser tratada conforme
disposição a seguir:
Definição:
Carga Aérea: todo bem transportado em aeronave, com exceção das malas postais,
provisões de bordo, bagagens de mão e bagagens despachadas.
Deve garantir que sejam aceitos para despacho e transporte apenas a carga ou o
correio proveniente de:
(i) o volume deve ser classificado como carga conhecida, se for proveniente de
expedidor reconhecido, expedidor acreditado ou agente de carga aérea acreditado, e
estiver acompanhado de Declaração de Segurança.
(ii) o volume de carga proveniente do operador do aeródromo também pode ser
classificado como carga conhecida, desde que esse operador confirme por meio de
informações documentais, em suporte físico ou eletrônico, o recebimento da mesma
por uma das entidades descritas no parágrafo 108.125(a)(4)(i).
(iii) o volume aceito como carga desconhecida pode ser reclassificado como carga
conhecida após a aplicação de inspeção de segurança.
(a) O operador aéreo deve realizar inspeção da carga ou de mala postal não
classificada como carga ou mala postal conhecida, incluindo as cargas em
transferência, por meios disponibilizados pelo operador de aeródromo ou, se
preferível, por meios próprios, desde que atenda aos requisitos estabelecidos em
normatização específica sobre a matéria e, ainda, em constante coordenação com o
operador do aeródromo.
(1) Em voos internacionais, toda carga e mala postal não classificada como carga
conhecida, e a carga e mala postal classificada como carga de alto risco devem ser
submetidas à inspeção de segurança.
(2) Em voos domésticos, a quantidade de carga ou mala postal que deve ser
inspecionada será determinada pela ANAC e informada aos operadores aéreos e
operadores de aeródromos por meio de DAVSEC.
(3) A inspeção de segurança da carga e mala postal deve considerar o uso do método
adequado à natureza de cada remessa.
(4) A carga ou mala postal conhecida deve ser submetida, de forma aleatória, ao
processo de inspeção de segurança.
(5) A carga e mala postal que não tenha sido submetida a controle de segurança
equivalente no aeródromo de origem necessita ser novamente inspecionada no
aeródromo de transferência da carga.
(b) Carga ou mala postal classificado como de alto risco devem ser submetidas a uma
inspeção de segurança secundária, através de método adequado à natureza da
remessa, suficiente para mitigar a ameaça relacionada, podendo utilizar tecnologias
diferentes de inspeção de segurança.
(c) Quando os controles de segurança são aplicados em instalações próprias, o
operador aéreo deve adquirir e manter os equipamentos destinados à inspeção, em
conformidade com os requisitos estabelecidos em normatização específica sobre a
matéria.
(d) No caso de dúvida com relação ao conteúdo da carga ou mala postal após a
inspeção de segurança, a remessa deve ser submetida a uma inspeção de segurança
secundária, que pode utilizar tecnologias diferentes de inspeção de segurança.
(1) Se após a inspeção de segurança secundária a dúvida com relação ao conteúdo
se mantiver, a remessa deve ser considerada suspeita, e tratada conforme seção
108.133.
Para os terminais de carga ou mala postal cuja operação está sob sua
responsabilidade, o operador de aeródromo estabelece o zoneamento de segurança
do terminal, aplicando os seguintes procedimentos:
O operador aéreo deve transportar somente carga aérea que esteja devidamente
classificada, documentada, certificada, descrita, embalada, marcada, etiquetada e em
condições apropriadas de transporte.
(a) O operador aéreo deve garantir que a carga e a mala postal não sofram
interferência indevida desde a sua retirada da área de armazenagem no aeródromo
até seu carregamento na aeronave.
A fim de garantir que durante este processo a carga não seja violada o operador aéreo
deve garantir que a carga será manuseada em ambiente seguro e por profissionais
responsáveis pela atividade.
(1) Caso o operador aéreo opere terminal de cargas, ele deve observar a exigência
de PSESCA conforme regulamentação específica.
(1) O operador aéreo deve garantir que toda carga e mala postal, cuja armazenagem
e manuseio estiverem sob sua responsabilidade, sejam protegidas em ambiente
seguro e com vigilância constante, protegido contra o acesso não autorizado,
devendo, ainda, assegurar a identificação de cada carga com as informações
adequadas.
(d) O operador aéreo deve garantir que a carga e o correio não sofram interferência
indevida desde a sua retirada da área de armazenagem no aeródromo até seu
carregamento na aeronave, devendo:
O volume que seja por si só seguro (selado com selos invioláveis) pode ser
armazenado fora de gaiolas, compartimentos, salas ou prédios, desde que esteja
equipado com lacres e permaneça sob constante vigilância.
Quando se utilizam lacres para proteção das remessas, a integridade desses sempre
deve ser verificada antes do manuseio da remessa.
(1) O operador aéreo deve garantir que a carga e a mala postal não identificada,
abandonadas, violadas, que apresentem ruído, exalem odor forte ou apresentem
sinais de vazamento de alguma substância líquida, sólida ou gasosa não
identificável como substância permitida para transporte seja considerada suspeita.
(2) O operador aéreo deve recusar o embarque, manter a carga e a mala postal
suspeita isolada e acionar o seu plano de contingência.
(3) Existe ainda a Carga ou mala postal de alto risco que significa o volume de carga
ou mala postal que:
(i) contenha informações de inteligência que indiquem que pode representar uma
ameaça;
(iii) seja entregue por entidade desconhecida e possua natureza tal que apenas as
medidas de segurança habituais não são suficientes para detectar itens proibidos que
possam colocar em risco a aviação civil.
d) apresente ruído ou exale odor forte ou deixe vazar alguma substância líquida, sólida
ou gasosa não identificável como substância permitida para transporte.
O operador aéreo deve garantir que toda carga e correio, quando estão sob sua
responsabilidade, sejam armazenados e despachados em ambiente seguro e com
vigilância constante, protegido contra o acesso não autorizado, devendo, ainda,
assegurar a identificação de cada carga com as informações adequadas.
Qualquer embalagem aberta por uma autoridade durante inspeção, antes de ser
enviada ao destinatário, deve ser restaurada por pessoa qualificada.
Classe 1 – Explosivos;
Classe 2 – Gases;
Classe 3 – Líquidos inflamáveis;
Classe 4 – Sólidos inflamáveis; substâncias possíveis de combustão
espontânea, substância que, em contato com a água, emitem gases
inflamáveis.
Classe 5 – Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos;
Classe 6 – Substâncias tóxicas e substâncias infectantes;
Classe 7 – Material radioativo;
Classe 8 – Substâncias corrosivas;
Classe 9 – Miscelâneas (Substâncias e artigos perigosos diversos).
Exceto conforme previsto no RBAC 175, os artigos perigosos não podem ser
transportados em aeronaves civis, como carga ou bagagem, sem o prévio
conhecimento do transportador e sem a necessária documentação exigida para o
transporte.
Os artigos perigosos só podem ser oferecidos para o transporte aéreo por pessoa
jurídica com reconhecida capacidade técnica.
Existem alguns Artigos Perigosos que depende de prévia autorização da ANAC para
o seu transporte – origem, trânsito e destino.
Exceto como previsto no RBAC 175, ninguém pode transportar um artigo perigoso em
embalagem, recipiente externo ou sobre-embalagem, a não ser que a embalagem, o
recipiente ou a sobre-embalagem tenham sido inspecionados pelo operador
imediatamente antes de colocá-los na aeronave ou dispositivo de carga, observado
que:
não devem apresentar rasgos, vazamentos ou outra indicação de que sua
integridade esteja comprometida; e
(2) Os valores a serem transportados devem ser descritos, sem utilizar palavras
genéricas, no formulário de Declaração de Transporte Aéreo de Valores, documento
Proteção de área:
salas de embarque;
área de movimentação de passageiros;
O Operador de Aeródromo deverá providenciar “check list” para inspeção das áreas,
a fim de evitar esquecimentos e falhas durante a execução da mesma.
Nível 1 - Inferior
Locais a serem observados: debaixo das mesas, balcões, assentos, móveis, latas de
lixo e etc.
Nível 2 - Médio
Itens a serem observados: sobre as mesas, balcões, móveis, dentro dos armários,
gabinetes das mangueiras e extintores de incêndio.
Nível 3 - Superior
Após a varredura nas áreas, sempre que possível devem permanecer monitoradas
por sistema de CTFV.
Áreas que oferecem visão e são próximas a aeronaves devem possuir proteção que
impeçam o arremesso de objetos nas proximidades da aeronave.
O operador de aeródromo deve garantir que a área pública não tenha visão da área
destinada a inspeção de segurança de passageiros, assim, deve manter vigilância
permanente no terminal de carga, de forma a garantir a proteção adequada do
terminal.
O patrulhamento deverá ser realizado com veículos compatíveis com a área a ser
patrulhada, os ocupantes destes veículos deverão possuir equipamentos adequados
para comunicação e treinamento adequado para realização de tal função.
O patrulhamento deverá ser aleatório (não ser realizado sempre nos mesmos
horários), o APAC ou Vigilante devem informar ao supervisor qualquer situação
suspeita.
São exemplos de recursos que podem ser utilizados para constituir a vigilância de
área com eficácia:
No caso de localizar algum objeto, e não for possível a identificação, não mexer e
proceder conforme o previsto no PSA.
Exemplos:
Proteção de aeronave:
Em operação
(i) o controle de acesso, por meio da identificação de cada pessoa que se aproxime
ou embarque na aeronave e a verificação da necessidade de sua presença;
(ii) a verificação e inspeção manual de qualquer material de serviço levado a bordo ou
suprimentos de aviação que serão transportados pela aeronave.
Fora de operação.
Na aeronave que não estiver em serviço, o operador aéreo deve manter a aeronave
desacoplada de escadas e/ou pontes de embarque e ainda, trancado e lacrado ou sob
constante vigilância;
5.0 Introdução
Existem situações em que profissional algum gostaria de vivenciar, mas como todos
estão envolvidos no sistema AVSEC é de grande valia o conteúdo que será abordado
neste módulo.
Este módulo está fundamentado em normativas específicas sobre a matéria que serve
como respaldo legal para o profissional que atua diretamente com a carga aérea no
exercício de sua função. Você será um profissional capacitado para exercer atividades
Caso a ameaça ocorra através de uma conversa pela internet, deverão ser feitas as
mesmas perguntas no caso de ameaça de bomba via telefone.
5º
7º
É importante seguir a ordem das perguntas, posto que o autor da chamada pode
encerrá-la antes que as mesmas tenham sido completadas.
Onde você está? Avaliar se ele se encontra no local e pode ser afetado
pela explosão
Por que você está fazendo Verificar se ele possui algum objetivo específico
isso? (religioso, político etc.) se é ligado a algum grupo, ou
se deseja fazer alguma exigência ou extorsão.
Sempre que alguma ameaça for classificada como Âmbar ou Vermelha, medidas
adicionais de segurança devem ser implementadas.
6.3.5 Dentre as várias situações que podem exigir a aplicação de medidas adicionais
de segurança, podemos citar:
a) 1º Grupo – SAFETY
b) 2º Grupo – SECURITY
Provocados deliberadamente
Crises de natureza criminosa: problemas sociais, econômicos, políticos, ideológicos e
psicológicos da humanidade, como por exemplo:
Também possui a sala de reunião, de onde são acertados os passos a serem seguidos
durante uma emergência (apoderamento ilícito de aeronave, por exemplo), assim
como a sala de negociação, de onde é realizada a negociação com sequestradores
no caso de um sequestro de aeronave.
(1) Definições:
c) ANAC;
c) ANAC;
d) COMAER;
e) Polícia Civil;
f) Polícia Militar;
c) ANAC;
(c) a descrição dos sistemas de comunicação disponíveis para a condução das ações
de contingência;
(i) Preparação
a) Criação do COE
c) Prever os possíveis locais para o PCM em função dos diferentes pontos remotos.
(ii) Contenção
(iii) Isolamento
Fazer com que os criminosos dependam totalmente das autoridades, criando situação
favorável para negociações posteriores. Consiste em restringir o uso de
comunicações e limitar fornecimento de suprimentos básicos, tais como:
(iv) Estratégia
Deve ser adotada pelas autoridades uma estratégia de negociação como vimos
anteriormente à negociação sempre terá prioridade sobre a força, e uma vez que se
opte pela interrupção da negociação e invasão da aeronave não há mais como voltar
atrás.
O comando das ações de resposta, em interferência ilícita contra aeronaves, deve ser
assumido por:
a) COMAER, quando a aeronave estiver em voo, até que esta pouse ou deixe o
espaço aéreo brasileiro;
b) Operador do aeródromo, a partir do pouso da aeronave, até que seja formado
o Grupo de Decisão, coordenado pela autoridade da PF;
c) Grupo de decisão, responsável por definir todas as ações para retorno da
normalidade ou para minimizar os efeitos gerados pela crise.
d) Grupo tático, quando definida a retomada da aeronave, mediante deliberação
do Grupo de Decisão.
Interference;
providências;
Aviação Civil - RBAC nº 107, intitulado “Segurança da Aviação Civil Contra Atos de
RBAC 107 EMD 05: Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita –
Operador de Aeródromo;
RBAC 108 EMD 04: Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita -
Operador Aéreo;
Operador de Aeródromo;
Operador Aéreo;
aeronaves;
Portaria Nº 4.315/ 2021: Classificação dos aeródromos civis públicos para fins de
Portaria Nº 2.934/ 2020: Aprova a Diretriz de Segurança da Aviação Civil contra Atos