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LEI Nº 9212, de 27 de janeiro de 1998.

Dispõe sobre o sistema de planos de cargos, carreiras e


vencimentos dos servidores públicos municipais da
Administração Direta, das Autarquias, das Fundações
Públicas e dos servidores públicos municipais
integrantes do Quadro do Magistério Municipal, e dá
outras providências.

A Câmara Municipal de Juiz de Fora aprova e sanciono a seguinte


Lei:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º - Esta Lei dispõe sobre o sistema de planos de carreiras no


serviço público municipal, com os seguintes objetivos:

I - estimular o aperfeiçoamento profissional, valorizando o


servidor público municipal, como instrumento de melhoria qualitativa e quantitativa dos
serviços executados pela Administração Pública Municipal;

II - assegurar aos servidores remuneração condizente com a


natureza e complexidade do trabalho e qualificação para seu exercício;

III - assegurar a continuidade da ação administrativa e a


eficiência do serviço público;

IV - assegurar isonomia de vencimentos para cargos de


atribuições iguais ou assemelhadas.

Art. 2º - Para os efeitos desta Lei, considera-se:

I - sistema de planos de carreiras, o conjunto de Planos de


Carreiras dos servidores públicos municipais da Administração Direta, das Autarquias e
das Fundações Públicas, organizados e aprovados segundo as diretrizes ora
estabelecidas;
II - plano de carreiras, o conjunto das carreiras estruturadas de
acordo com a natureza e os objetivos dos órgãos ou entidade a que deva atender;

III - carreira, o agrupamento de classes de cargos dispostos de


acordo com a natureza profissional e complexidade de suas atribuições;
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IV - classe, o elemento da estrutura da carreira, responsável
pelo estabelecimento da hierarquia funcional, agrupando cargos de idêntica natureza,
denominação e qualificação profissional;

V - cargo público, o conjunto de atribuições e


responsabilidades cometidas a um servidor, previsto na estrutura organizacional;

VI - grupo ocupacional, o conjunto de classes reunidas segundo


as áreas de atuação;

VII - padrão de vencimento, o posicionamento do servidor dentro


da organização, que identifica a sua situação na estrutura de vencimento de cada
cargo.

CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL

Art. 3º - Os quadros de pessoal da administração direta, das


autarquias e das fundações públicas são compostos do Quadro de Provimento em
Comissão e do Quadro de Provimento Efetivo.

§ 1º - O Quadro de Provimento em Comissão é constituído de


cargos de livre nomeação e exoneração pelo Prefeito Municipal, cumprindo, em
qualquer hipótese, o requisito de qualificação.

§ 2º - O Quadro de Provimento Efetivo é constituído de classes de


cargos organizados e providos em carreiras, ou não, observadas as diretrizes
estabelecidas nesta Lei.

SEÇÃO I
Da Composição das Carreiras

Art. 4º - As carreiras serão organizadas em classes de cargos, de


acordo com os níveis de escolaridade, experiência, responsabilidade, esforço físico,
mental e visual, duração da jornada de trabalho, condições ambientais de trabalho e
complexidade, exigidos para o seu exercício.

Art. 5º - As classes serão escalonadas verticalmente em graus,


que corresponderão ao padrão de vencimento atribuído a cada uma delas.

Art. 6º - As classes organizam-se nos seguintes Grupos


Ocupacionais:

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I - Direção, Chefia, Assessoria e Assistência, de provimento em
comissão;
I Direção, Chefia e Assessoramento, de provimento em comissão.
Nova redação – art. 80 da Lei 13.830 - de 31 de janeiro de 2019).

II - Técnico de Nível Superior, Técnico de Nível Médio,


Administrativo e Operacional, de provimento efetivo;

III - Magistério, de provimento efetivo.

Art. 7º - A extinção de determinada classe ou carreira em


decorrência, também da extinção de órgão ou entidade, só ocorrerá após a vacância
dos cargos.

Art. 8º - A denominação, áreas de atuação, número, síntese das


atribuições, jornada de trabalho, escolaridade e requisitos para provimento dos cargos
integrantes do quadro de pessoal da administração direta, das autarquias e das
fundações públicas, bem como a área de recrutamento e perspectivas de
desenvolvimento funcional de seus ocupantes são os constantes do Anexo I desta Lei.

§ 1º - O número de vagas para as classes organizadas em


carreiras poderá ser fixado conjuntamente.

§ 2º - As tarefas típicas de cada classe serão aprovadas por


Portaria do Prefeito Municipal, no prazo de 60 (sessenta) dias da publicação desta Lei.

§ 3º - As atividades comuns aos diversos órgãos da administração


direta, autárquica e fundacional serão estruturados em uma mesma carreira.

SEÇÃO II
Dos Cargos e Funções de Provimento em Comissão

Art. 9º - Os cargos e funções de provimento em comissão, de livre


provimento, exoneração, ou dispensa, compõem os seguintes grupos ocupacionais:

I - Direção:
a) superior;
b) executiva;
c) intermediária.

II - Chefia e Supervisão.

III - Assessoramento.
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IV - Assistência.

Art. 9º Os cargos e funções de provimento em comissão, de livre


provimento, exoneração ou dispensa, compõem os seguintes grupos ocupacionais:
Nova redação – art. 80 da Lei 13.830 - de 31 de janeiro de 2019)

I - Direção:
a) Superior;
b) Executiva.

II - Assessoramento;
III - Chefia.

Art. 10 - O Grupo de Direção Superior é constituído de classes de


cargos com atribuições da mais alta posição hierárquica, voltadas para o desempenho
de funções de comando, planejamento e execução, com acentuada autonomia em
razão da competência diretamente delegada pelo Prefeito.

Art. 11 - O Grupo de Direção Executiva é constituído da classe de


cargos, com posição de 2º grau na escala hierárquica, com atribuições de comando,
planejamento, execução, coordenação e controle, sob regime de confiança direta da
autoridade a que estejam imediatamente subordinados, e acentuada autonomia.

Art. 11 O Grupo de Direção Executiva é constituído das classes


de cargos, com posições de 2º e 3º graus na escala hierárquica, com atribuições de
comando, planejamento, execução, coordenação e controle, sob regime de confiança
direta da autoridade a que estejam imediatamente subordinados. Nova redação – art.
80 da Lei 13.830 - de 31 de janeiro de 2019)

Art. 12 - O Grupo de Direção Intermediária é constituído de


classes de cargos com posição de 3º grau na escala hierárquica, com atribuições de
comando, execução e coordenação de unidades administrativas ao nível de Divisão,
Gerência de Unidade Básica de Saúde e Direção ou Vice-Direção Escolar, sob regime
de confiança direta da autoridade a que estejam imediatamente subordinados.

Art. 12. O Grupo de Chefia, com posição de 4º grau na escala


hierárquica, e atribuições de comando, execução e coordenação de equipes e/ou de
unidades administrativas, é constituído pelos cargos de Diretor Escolar, Vice-Diretor
Escolar, Encarregado Geral de Obras II e Encarregado Geral de Obras I, e pelas
funções de confiança de Supervisão. Nova redação – art. 80 da Lei 13.830 - de 31 de
janeiro de 2019)
Parágrafo único - A nomeação e a exoneração do Diretor e Vice-
Diretor Escolar serão submetidas ao Prefeito, observado o disposto no art. 19 desta
Lei.

Art. 13 - O Grupo de Chefia e Supervisão é constituído de classes


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de cargos com posição de 4º e 5º graus na escala hierárquica, com atribuições de
comando, execução e coordenação de unidades administrativas ao nível de Seção e
Serviço ou, de grupos de trabalho, sob regime de confiança direta da autoridade a que
estejam imediatamente subordinados.

Art. 14 - O Grupo de Assessoramento é constituído de classes de


cargos com exigência de nível superior de escolaridade, diretamente subordinado ao
Grupo de Direção Superior, com atribuições de aconselhamento técnico e científico e
desempenho de atividades de execução, coordenação e implantação de projetos
especiais de interesse da administração, com relativa autonomia.

Art. 14. O Grupo de Assessoramento é constituído de classes de


cargos diretamente subordinados ao Grupo de Direção Superior e ao Grupo de Direção
Executiva, com atribuições de aconselhamento técnico e científico e desempenho de
atividades de execução, coordenação e implantação de projetos de interesse da
administração. Nova redação – art. 80 da Lei 13.830 - de 31 de janeiro de 2019)

Art. 15 - O Grupo de Assistência é constituído de classes de


cargos cujas atribuições são diretamente voltadas para apoio das funções de governo e
desempenhadas em regime de confiança direta do Prefeito.

Art. 16 - Os cargos de provimento em comissão integrantes dos


Grupos de Direção Superior, Executiva e do Grupo de Assessoramento, serão
ocupados, obrigatoriamente, por profissionais da respectiva área de atuação.

Art. 16. Os cargos de provimento em comissão integrantes dos


Grupos de Direção Superior, executiva e do grupo de assessoramento, serão
ocupados, preferencialmente, por profissionais da respectiva área de atuação. Nova
redação – art. 80 da Lei 13.830 - de 31 de janeiro de 2019)

Art. 17 - As funções de Direção Intermediária, Chefia e


Supervisão serão exercidas, obrigatoriamente, por ocupantes de cargos de provimento
efetivo.
Art. 17. Os cargos de Diretor Escolar e Vice-Diretor Escolar e as
funções de confiança de Supervisão serão exercidas, obrigatoriamente, por ocupantes
de cargo de provimento efetivo. (Nova redação – art. 80 da Lei 13.830 - de 31 de
janeiro de 2019)
Parágrafo único. O número de cargos de Encarregado Geral de
Obras II e Encarregado Geral de Obras I será preenchido no percentual mínimo de
50% (cinquenta por cento) por servidores detentores de cargo de provimento efetivo
municipal. (Nova redação – art. 80 da Lei 13.830 - de 31 de janeiro de 2019)

Art. 18 - Para o exercício dos cargos em comissão e funções


gratificadas, serão observados os seguintes requisitos:

I - perfil profissional correspondente às exigências do cargo ou


função;
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II - formação específica.

Parágrafo único - Submetem-se a regras específicas para


provimento os seguintes cargos:

a) Diretor Escolar e Vice-Diretor Escolar;

b) Diretor do Museu Mariano Procópio, que será indicado na


forma estabelecida no instrumento jurídico próprio.

c) Diretor do Cine Teatro Central, que será nomeado na forma


estabelecida no instrumento jurídico próprio.

Art. 18. Para o exercício dos cargos em comissão e funções de


confiança serão observados os seguintes requisitos:
I - perfil profissional correspondente às exigências do cargo ou
função;
II - formação específica.

Parágrafo único. Além dos requisitos estabelecidos nos incs. I e II deste artigo deverão
ser observadas as regras específicas de provimento para cada cargo, definidas em Lei.
(Nova redação – art. 1º da Lei 13.830 - de 31 de janeiro de 2019)

Sub-Seção I
Da Eleição do Diretor e Vice-Diretor Escolar

Art. 19 - A nomeação do Diretor e do Vice-Diretor Escolar recairá


em ocupantes de cargo ou emprego no magistério, vencedor de eleição direta.

Parágrafo único - As normas para a eleição de Diretor e Vice-


Diretor Escolar se darão na forma prevista em Lei. (Lei nº 9611, de 05.10.99)

Art. 20 - Não havendo candidatos ao cargo ou emprego de Diretor


e Vice-Diretor, o Secretário Municipal de Educação designará um ocupante para a
vaga.

Parágrafo Único - A exoneração, no decorrer do mandato do


Diretor e Vice-Diretor Escolar, será efetuada após análise e julgamento do processo
pela Comissão Paritária Eleitoral, a ser instituída por Portaria do Prefeito.

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Sub-Seção II
Da Remuneração dos Cargos em Comissão e
Funções de Direção, Chefia e Assessoramento

Art. 21 - A remuneração dos cargos em comissão e funções de


direção, chefia e assessoramento é a constante do Anexo I, da Lei nº 8718, de 31 de
agosto de 1995, alterada pela Lei nº 8.886, de 28 de junho de 1996.
§ 1º - Os ocupantes de cargo em comissão integrantes dos
Grupos de Direção Superior, Direção Executiva e Assessoramento, quando recrutados
externamente, perceberão o vencimento fixado no Anexo I, da Lei nº 8718, de 31 de
agosto de 1995, alterada pela Lei nº 8.886, de 28 de junho de 1996.
§ 2º - Os ocupantes dos cargos em comissão integrantes do
Grupo de Assistência perceberão o vencimento fixado no Anexo I, da Lei nº 8718, de
31 de agosto de 1995, alterada pela Lei nº 8.886, de 28 de junho de 1996.
§ 3º - O servidor ocupante de cargo efetivo, investido em função
de Direção Superior, Direção Executiva e Assessoramento perceberá, pelo seu
exercício, a remuneração fixada no Anexo I da Lei nº 8718, de 31 de agosto de 1995,
alterada pela Lei nº 8.886, de 28 de junho de 1996, ou, poderá optar, enquanto durar o
comissionamento, por perceber o vencimento do seu cargo efetivo, acrescido da
gratificação de 40% (quarenta por cento), exceto para os casos enquadrados no § 5º
deste artigo.
§ 3º O servidor ocupante de cargo efetivo, investido em função de
Direção Superior, Direção Executiva ou em cargo de Assessor V ou Assessor VI,
perceberá, pelo seu exercício, a remuneração fixada no Anexo I, da Lei nº 8.718, de
1995, alterada pela Lei nº 8.886, de 1996, ou, poderá optar, enquanto durar o
comissionamento, por perceber o vencimento do seu cargo efetivo, acrescido da
gratificação de 40% (quarenta por cento), exceto para os casos enquadrados no § 5º
deste artigo. (Nova redação – art. 1º da Lei 13.830 - de 31 de janeiro de 2019)

§ 4º - O servidor investido em função de Direção Intermediária -


Diretor de Divisão, Chefia e Supervisão perceberá a gratificação fixada no Anexo I, da
Lei nº 8718, de 31 de agosto de 1995, alterada pela Lei nº 8.886, de 28 de junho de
1996.
4º O servidor investido em função de confiança de Supervisão
perceberá a gratificação fixada no Anexo I, da Lei nº 8.718, de 1995, alterada pela Lei
nº 8.886, de 28 de junho de 1996. (Nova redação – art. 1º da Lei 13.830 - de 31 de
janeiro de 2019)
§ 5º - O servidor ocupante de cargo efetivo de Professor Regente
ou Supervisor Pedagógico ou Orientador Educacional, com carga horária de 20 (vinte)
horas semanais de trabalho, quando no exercício de cargos dos Grupos de Direção
Executiva, Intermediária, Chefia ou Supervisão, poderá optar por perceber o
vencimento fixado no Anexo I da Lei nº 8.718, de 31 de agosto de 1995, alterada pela
Lei nº 8.886, de 28 de junho de 1996, ou o vencimento do cargo efetivo acrescido da
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gratificação de 25% ( vinte e cinco por cento) , mais um adicional no valor da diferença
entre o vencimento correspondente à jornada de 40 (quarenta) horas semanais do
mesmo cargo.

§ 5º O servidor ocupante de cargo efetivo do Quadro do


Magistério Municipal, com jornada de trabalho de 20 (vinte) horas semanais, quando no
exercício de cargos dos Grupos de Direção Superior, Executiva, Assessoramento,
Intermediária, Chefia ou Supervisão, poderá optar por perceber o vencimento fixado
para o exercício deste cargo, ou o vencimento do cargo efetivo acrescido de
gratificação específica fixada para o cargo de provimento em comissão ou função
gratificada, mais um adicional no valor da diferença entre o vencimento correspondente
à jornada de 40 (quarenta) horas semanais do mesmo cargo efetivo. (Nova redação –
art. 1º da Lei nº 13.086, de 07.01.2015)
§ 5º O servidor ocupante de cargo efetivo do Quadro do
Magistério Municipal, com jornada de trabalho inferior a 40 (quarenta) horas semanais,
quando no exercício de cargos dos Grupos de Direção Superior, Executiva, Assessor V
ou Assessor VI, Diretor Escolar ou Vice-Diretor Escolar ou Supervisão, poderá optar
por perceber o vencimento fixado para o exercício destes cargos, ou o vencimento do
cargo efetivo acrescido de gratificação específica fixada para o cargo de provimento em
comissão ou função gratificada, mais um adicional no valor da diferença entre o
vencimento correspondente à jornada de 40 (quarenta) horas semanais do mesmo
cargo efetivo. (Nova redação – art. 1º da Lei 13.830 - de 31 de janeiro de 2019)

§ 6º - O adicional por extensão de jornada, de que trata o


parágrafo anterior, será devido exclusivamente no exercício das funções, não se
incorporando, em nenhuma hipótese, ao vencimento do servidor, ressalvados os
direitos adquiridos através da Lei nº 7.565, de 21 de julho de 1989 até a data de
publicação desta Lei.
§ 7º - Os servidores de cargos integrantes dos grupos de direção
executiva, intermediário, chefia ou supervisão do Quadro do Magistério, em exercício na data
da publicação da Lei nº 9212/98, e que estavam recebendo o adicional de jornada, quando
exonerados dos mesmos e, tendo completado o interstício mínimo para a incorporação de que
trata o artigo 37 da mesma Lei, terão computado, na apuração do valor a ser incorporado, o
adicional respectivo. (Nova redação - Art. 1º da Lei nº 9766, de 18.04.2000, retroagindo seus
efeitos a 27 de janeiro de 1998)
§ 8º - Em hipótese alguma, o servidor que tiver incorporado o
adicional de extensão de jornada poderá recebê-lo novamente, caso venha a exercer
novo cargo em comissão. (Acrescentado pelo Art. 1º da Lei nº 9766, de 18.04.2000,
retroagindo seus efeitos a 27 de janeiro de 1998)
§ 9º - Os servidores ocupantes do cargo efetivo de Professor
Regente, Supervisor Pedagógico ou Orientador Educacional, com carga horária de 20
(vinte) horas semanais de trabalho, quando no exercício dos cargos de Direção ou
Vice-Direção Escolar, que optaram pela percepção do vencimento do cargo de
provimento em comissão, poderão receber o adicional de jornada, para efeito da
incorporação de que trata o art. 37, em relação ao seu cargo efetivo, observado o

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disposto no § 7° deste artigo. (Acrescentado pelo Art. 2º da Lei nº 10.113, de
18.12.2001)
§ 10. O servidor ocupante de cargo efetivo do Quadro do
Magistério que acumular, licitamente, 02 (dois) cargos públicos efetivos do Município
de Juiz de Fora, cada um de 20 (vinte) horas semanais, quando o exercício de cargos
dos Grupos de Direção Superior, Executiva, Assessoramento, Intermediária, Chefia ou
Supervisão exigir o afastamento de 01 (um) daqueles cargos efetivos, poderá optar
pela percepção do vencimento do cargo de provimento em comissão ou função
gratificada acrescida da remuneração do segundo cargo efetivo, sem fazer, neste caso,
jus ao adicional estabelecido no § 5º deste artigo pela diferença de jornada.
(Acrescentado pelo Art. 2º da Lei nº 13.086, de 07.01.2015)

§ 10. O servidor ocupante de cargo efetivo do Quadro do


Magistério que acumular, licitamente, 02 (dois) cargos públicos efetivos do Município
de Juiz de Fora, quando o exercício de cargos dos Grupos de Direção Superior,
Direção Executiva, Chefia, Assessor V ou Assessor VI, exigir o afastamento de 01 (um)
daqueles cargos efetivos, poderá optar pela percepção do vencimento do cargo de
provimento em comissão ou função gratificada acrescida da remuneração do segundo
cargo efetivo, sem fazer, neste caso, jus ao adicional estabelecido no § 5º deste artigo
pela diferença de jornada.” (Nova redação – art. 1º da Lei 13.830 - de 31 de janeiro de
2019)

§ 11. Ao servidor, com 02 (dois) vínculos efetivos com o


Município, que optar pela percepção do adicional de que trata o § 5º deste artigo, na
hipótese de ocorrer o seu afastamento temporário também deste segundo vínculo
efetivo, para viabilizar o exercício de cargo de provimento em comissão ou função
gratificada, será facultado ter a sua contribuição previdenciária apurada nas parcelas
remuneratórias de ambos os cargos efetivos, correspondente ao somatório das
parcelas definidas no art. 2º, caput e art. 4º, da Lei Municipal n. 11.036, de 06 de
dezembro de 2005, para que o tempo de contribuição seja contado para ambos, mas
não com a finalidade de cômputo do mesmo como tempo de efetivo exercício ou tempo
no cargo ou carreira. (Acrescentado pelo Art. 2º da Lei nº 13.086, de 07.01.2015)

§ 12. As nomeações para Diretor Escolar e Vice-Diretor Escolar


recairão, obrigatoriamente, sobre o vínculo efetivo ao qual o servidor tenha se
candidatado. (Acrescentado pelo Art. 2º da Lei nº 13.086, de 07.01.2015)

§ 13. A jornada de trabalho dos ocupantes de cargo de


provimento em comissão ou de função gratificada será de 40 (quarenta) horas
semanais, salvo a existência de dispositivo legal específico, que estabeleça jornada
diferenciada. (Acrescentado pelo Art. 2º da Lei nº 13.086, de 07.01.2015)

Sub-Seção III
Da Substituição
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Art. 22 - Substituição é o provimento temporário dos cargos e
funções de provimento em comissão, integrantes dos grupos de direção superior,
executivo, intermediária, chefia e supervisão, no impedimento do titular.
§ 1º - Salvo o caso de substituição automática, a indicação do
substituto é feita pelo Prefeito.
§ 2º - Não será considerada, para qualquer efeito, a substituição
que não tenha sido previamente autorizada, como dispõe o parágrafo anterior.
§ 3º - A substituição é gratuita, salvo quando exceder a 7 (sete)
dias, hipótese em que será remunerada, por todo o período de substituição.
§ 4º - O substituto perde, enquanto perdurar a substituição, o
vencimento do cargo de que é ocupante, passando a perceber o vencimento do cargo
em comissão do servidor substituído, salvo o direito de optar pelos vencimentos e
vantagens do seu cargo.

SEÇÃO III
Dos Cargos de Provimento Efetivo

Art. 23 - Os cargos de provimento efetivo no serviço público


municipal, acessíveis aos brasileiros ou cidadãos de nacionalidade equiparada, terão
investidura no padrão inicial da classe, atendidos os requisitos de escolaridade e
habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos.

§ 1º - Poderá haver ingresso em classe diferente da inicial de


carreira quando, para preenchimento do cargo, for exigida escolaridade e qualificação
profissional específicos de classe diversa da inicial.

§ 2º - O prazo de validade do concurso público será de 2 (dois)


anos , prorrogável uma vez, por igual período.

Art. 24 - O provimento dos cargos públicos é de competência


exclusiva do Prefeito Municipal.

Art. 25 - Concluídas as etapas do concurso e homologado os seus


resultados, serão nomeados os candidatos habilitados, obedecida a ordem de
classificação.

§ 1º - A aprovação em concurso não cria direito à nomeação ou


admissão, mas o provimento, quando se fizer, respeitará a ordem de classificação dos
candidatos.

§ 2º - As regras relativas ao concurso público serão estabelecidas


em regulamento e nos editais específicos para cada concurso.

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Art. 26 - O servidor, uma vez nomeado, cumprirá estágio
probatório, de acordo com o disposto na Lei nº 8.710, de 31 de julho de 1995.

CAPÍTULO III
DO DESENVOLVIMENTO NA CARREIRA

SEÇÃO I
Da Progressão Funcional por Antigüidade

Art. 27 - Cada cargo de provimento efetivo é estruturado em 10


(dez) interstícios horizontais, com vencimentos escalonados em ordem crescente,
guardada a diferença de 10% (dez por cento) de um para outro.
§ 1º - Os interstícios horizontais são identificados pelas letras “A”
a “J” ou pelos números “1” a “10” , no caso do quadro do magistério municipal.
§ 2º - Os servidores municipais que se aposentaram ou que
vierem a aposentar-se nos termos do artigo 40, III, "b" da Constituição Federal, terão
garantida a progressão funcional, de que trata o "caput" do art. 27 da Lei ora
restaurada, ao último interstício, desde que tenham exercido suas atividades no
Quadro do Magistério Municipal por 25 (vinte e cinco) anos se Professor ou 20 (vinte)
anos, se Professora. (Restaurado de acordo com o art. 2º da Lei nº 9.722, de
21.05.1998)
§ 2º - Os servidores municipais que se aposentarem até 15 de
dezembro de 1998, terão garantida a progressão funcional de que trata o “caput” deste
artigo, ao último interstício, desde que tenham exercido as suas atividades em classes
de Professor Regente, Orientador Educacional e Supervisor Pedagógico integrantes do
Quadro do Magistério Municipal por 25 (vinte e cinco) anos, se servidor, ou 20 (vinte)
anos, se servidora. (Restaurado de acordo com o art. 2º da Lei nº 10.113, de
18.12.2001)
Art. 28 - Progressão Funcional por Antiguidade é a passagem
automática do servidor ao interstício imediatamente superior da mesma classe.
§ 1º - A progressão por antigüidade dar-se-á trienalmente e será
adquirida na carreira.
§ 2º - Tem direito à progressão por antigüidade o servidor que
completar o interstício de 1095 (mil e noventa e cinco) dias de efetivo exercício em
classe do serviço público municipal, observado o disposto no art. 115, da Lei nº 8.710,
de 31 de julho de 1995.
§ 3º - O interstício para a primeira progressão é contado da data
em que se der a investidura do servidor no cargo isolado ou em cargo de carreira.
§ 4º - Após o enquadramento do servidor no quadro permanente
sob o regime instituído pela presente lei, o interstício para a próxima progressão por
antigüidade será contado a partir da data em que se completou o interstício relativo à
última progressão.
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§ 5º - O valor do padrão correspondente à progressão por
antigüidade será devido a partir da data que o servidor houver completado o interstício
exigido.

SEÇÃO II
Da Promoção por Mérito

Art. 29 - Promoção por mérito é a passagem vertical do servidor


ocupante de cargo efetivo de uma classe para outra superior da mesma carreira,
correspondente à habilitação específica e demais requisitos estabelecidos no Anexo I
desta Lei e regulamentos próprios.
Art. 30 - A promoção, por aferição de mérito, dar-se-á nas
seguintes condições:
I - habilitação em seleção competitiva interna;
II - promoção automática;
Parágrafo único - Somente ocorrerá vacância de cargo na
hipótese mencionada no inciso I deste artigo.

Sub-Seção I
Da Seleção Competitiva Interna

[Regulamentada pelo Decreto nº 6.939, de 26.12.2000, alterado pelos Decreto nº


7.935, de 29/07/2003 e Decreto nº 8.321, de 03.09.2004]

Art. 31 - A seleção competitiva interna, para promoção na carreira,


deverá ser efetivada mediante provas escritas e/ou provas práticas e/ou prova de
títulos, conforme dispuser o regulamento respectivo, a ser aprovado no prazo de 60
(sessenta) dias após a publicação desta Lei.

Sub-Seção II
Da Promoção Automática

[Regulamentada pelo Decreto nº 6655, 10.03.2000, alterado pelo Decreto nº 6691, de


14.04.2000]
Art. 32 - Haverá promoção automática na carreira de Professor
Regente, integrante do Quadro do Magistério Municipal e na carreira de Técnico de
Nível Superior.

Art. 32. Haverá promoção automática na carreira de Professor


Regente, integrante do Quadro do Magistério Municipal e nas carreiras de Técnico de
Nível Superior, Procurador Municipal, Médico e Cirurgião-Dentista. (Nova redação – art.

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11 da Lei nº 13.038, de 22.10.2014)

§ 1º - No prazo de até 60 (sessenta) dias, contados da publicação


desta Lei, deverá ser baixado Decreto, regulamentando a promoção de que trata o
“caput” deste artigo.

§ 2º - Vetado.

Art. 33 - A promoção automática na carreira de Professor Regente


“A” para Professor Regente “B”, dar-se-á somente após 2 (dois) anos de efetivo
exercício, observados os requisitos de formação estabelecidos no Anexo I desta Lei.

Parágrafo único - O Professor Regente, aprovado em concurso


público para lecionar de 1ª a 4ª série do 1º grau, que comprovar formação de nível
superior no curso de Pedagogia, ingressará no padrão inicial da classe de PR-B.

Parágrafo único - O Professor Regente, aprovado em concurso


público para lecionar na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental
que comprovar formação de nível superior no Curso Normal Superior ou no Curso de
Pedagogia com habilitação em Magistério das séries iniciais do Ensino Fundamental e
Educação Infantil, ingressará no padrão inicial da classe PR-B. (Nova redação – Art. 1º,
da Lei nº 11.188, de 24.07.2006)

Art. 34 - O servidor ocupante das carreiras de que trata o art. 32, deverá comprovar
formação na área de atuação correspondente à habilitação exigida para promoção à
classe superior à ocupada.

Parágrafo Único - A identificação da área de atuação, para efeito


do disposto no "caput", será efetuada pelas Comissões Paritárias de que trata os arts.
54, 55, 56 e 57 desta Lei.

Art. 35 - No caso de promoção por mérito de servidor que


comprovar formação específica, é facultado ao setor competente, a qualquer tempo,
deslocá-lo para atuação na área correspondente à formação que justificou a promoção.

§ 1º - Excetua-se do disposto neste artigo, o Professor Regente


que leciona na Pré-Escola e Ensino Fundamental de 1ª a 4ª séries, que poderá
permanecer na mesma atividade, mesmo tendo alcançado a promoção automática.

§ 2º - O remanejamento para o exercício de atividades no Ensino


Fundamental de 5ª a 8ª séries, quando do interesse do servidor que alcançar a
promoção automática, dependerá da existência de vagas e de não haver professores
concursados na área.

Sub-Seção III
13
Do Adicional de Formação

Art. 36 - O ocupante de cargo efetivo nas carreiras do quadro do


magistério, correspondente a Professor Regente, Orientador Educacional e Supervisor
Pedagógico, fará jus a receber adicional de formação por titulação acadêmica,
conforme estabelecido no Anexo I - B, da Lei nº 8.718, de 31 de agosto de 1995.

§ 1º - O servidor, integrante, ou que vier a ingressar nas carreiras


de Professor Regente, Orientador Educacional e Supervisor Pedagógico, deverá
apresentar comprovação do título acadêmico para a concessão automática do adicional
de que trata o "caput" deste artigo.

§ 2º - As Comissões Paritárias de que tratam os arts. 54, 55, 56 e


57 desta Lei, deverão aprovar o título apresentado para a concessão do adicional de
que trata o parágrafo anterior.

§ 3º - O adicional de que trata o “caput” deste artigo, será


concedido na data do protocolo do requerimento no órgão competente.

Sub-Seção IV
Da Incorporação

Art. 37 - O servidor, ocupante de cargo ou emprego efetivo,


nomeado para exercer função de direção, chefia ou assessoramento, incorporará à sua
remuneração o valor da respectiva gratificação, após 7 (sete) anos de seu exercício,
consecutivos ou não.

§ 1º - No caso de servidor que somente tenha exercido cargo de


Direção ou Vice-Direção Escolar ou de Gerente de CAIC, o prazo para a aquisição do
direito à incorporação é de 5 (cinco) anos consecutivos ou de 7 (sete) anos alternados.
(Restaurado de acordo com o art. 2º da Lei nº 10.113, de 18.12.2001).

§ 1º - No caso de servidor que somente tenha exercido cargo de


Diretor Escolar, Vice-Diretor Escolar e Gerente de CAIC, o prazo para a aquisição do
direito à incorporação é de 5(cinco) anos consecutivos ou de 7(sete) alternados. (Nova
redação – art. 2º da Lei nº 11.272, de 28.12.2006)

[Lei nº 11.272, de 28.12.2006 – art. 3º - Fica assegurado aos servidores efetivos,


ocupantes dos cargos de “Gerente do CAIC”, extintos pela Lei nº 11.057, de 02 de
janeiro de 2006, o disposto no art. 1º da Lei nº 9766, de 18 de abril de 2000]

§ 2º - O valor incorporado sofrerá reajuste nos mesmos índices


aplicáveis aos vencimentos da classe, não sendo afetado por reformulações
posteriores da tabela de gratificações.

§ 3º - O servidor que exercer mais de uma função de direção,


14
chefia ou assessoramento, incorporará a importância correspondente à gratificação da
função exercida por maior lapso de tempo.

§ 4º - Após a incorporação, ocorrendo o exercício de função mais


bem remunerada por maior lapso de tempo, deverá haver atualização da parcela
incorporada, observado o disposto no parágrafo anterior.

§ 5º - Os servidores dos quadros efetivos da Administração


Direta, Fundações e Autarquias, quando cedidos para o exercício de cargo ou emprego
em comissão ou função gratificada em outros órgãos da Administração Indireta do
Município, inclusive a Associação Municipal de Apoio Comunitário, poderão ter
computado este tempo para fins de incorporação, nos termos do “caput” deste artigo,
quando retornarem ao exercício de suas atividades na Administração Direta. (Incluído
– Art. 1º, da Lei nº 10.785, de 30.07.2004)

§ 6º - As condições para a incorporação prevista no parágrafo


anterior, obedecerão às regras contidas nesta Lei e a equivalência do cargo ou função
gratificada para a concessão do valor a ser incorporado. (Incluído – Art. 1º, da Lei nº
10.785, de 30.07.2004)

§ 5º Os servidores dos quadros efetivos da Administração Direta,


Fundações e Autarquias, quando cedidos para o exercício de cargo ou emprego em
comissão ou função gratificada em outros órgãos da Administração Indireta do
Município, da Administração Direta do Município ou para a Câmara Municipal, poderão
ter computado o referido tempo de exercício para fins de incorporação, nos termos do
caput deste artigo, quando retornarem ao exercício de suas atividades no órgão
cedente de origem. (Nova redação – art. 1º da Lei nº 12.911, de 13.01.2014)

§ 6º As condições para a incorporação previstas no parágrafo


anterior obedecerão às regras contidas nesta Lei, à equivalência do cargo ou função
gratificada para a concessão do valor a ser incorporado, que ficará limitado aos valores
do órgão de origem, sendo necessária, para a concretização do direito à incorporação,
a respectiva comprovação de recolhimento previdenciário sobre este valor para o
regime ao qual o servidor estiver vinculado. (Nova redação – art. 1º da Lei nº 12.911,
de 13.01.2014)
§ 7º Fica vedada a incorporação de que trata este artigo, pelo
exercício de cargo de Assessor I, II, III ou IV.

Art. 38 - O valor referente a incorporação de função será sempre


o correspondente ao da gratificação estabelecida para o exercício do cargo.

Parágrafo único - É vedada a incorporação da parcela


correspondente a diferença entre o vencimento do cargo efetivo e o da remuneração do
cargo em comissão ou do valor integral correspondente ao exercício do cargo em
comissão.

Art. 39 - O período de substituição de ocupante de função de


direção, chefia ou assessoramento será computado para efeito de incorporação.
15
Art. 40 - Ao servidor efetivo que vier a se aposentar ou falecer no
desempenho de função de Direção, Chefia ou Assessoramento é garantido o direito à
incorporação previsto nesta Seção, que será computada proporcionalmente ao tempo
de exercício.

Parágrafo único - No caso de servidor que somente tenha


exercido cargo de Diretor ou Vice-Diretor Escolar, a incorporação será computada
proporcionalmente a 5 (cinco) anos.

Art. 41 - O benefício de incorporação de que trata esta Seção é


inacumulável com benefícios semelhantes previstos em outras leis, sob o mesmo título
ou idêntico fundamento.

Art. 41-A. O disposto nesta subseção tem aplicabilidade para as


situações de implemento das condições de incorporação ou substituição de
incorporação até 12 de novembro de 2019, nos termos do art. 39, § 9º, da Constituição
Federal, e do art. 13, da Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019,
sendo vedada a incorporação ou substituição de incorporação decorrente do exercício
de cargo de provimento em comissão ou função gratificada cujos requisitos foram
satisfeitos após esta data.”

§ 1º Fica assegurado o direito à incorporação na remuneração e


nos proventos de aposentadoria do valor da gratificação de função recebido pelo
exercício de cargo de provimento em comissão ou função gratificada, calculado
proporcionalmente ao tempo de exercício de Direção, Chefia ou assessoramento até
12 de novembro de 2019.

§ 2º Faz jus à incorporação expressa neste artigo os professores,


coordenadores pedagógicos, secretários e diretores escolares do município. (incluído
pelo art. 139 da Lei Complementar 115 de 04 de julho de 2020)

CAPÍTULO IV
DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Art. 42 - O setor competente de pessoal do serviço público


municipal desenvolverá programas de formação, constituídos de segmentos teóricos e
práticos e cursos de aperfeiçoamento e especialização, correspondentes à natureza e
exigências da respectiva carreira, com vistas à permanente capacitação e ao melhor
desempenho funcional, como pressuposto da valorização do servidor.

CAPÍTULO V
DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

16
Art. 43 - A avaliação de desempenho será o instrumento técnico
utilizado para acompanhamento do desenvolvimento funcional dos servidores públicos
municipais e orientação da política de recursos humanos.

Art. 44 - Na avaliação de desempenho serão levados em conta os


seguintes fatores:

I - produtividade;

II - iniciativa;

III - cooperação;

IV - qualidade de trabalho;

V - responsabilidade.

Art. 45 - Na avaliação de desempenho, serão adotados modelos


que atenderão à natureza das atividades desempenhadas pelo servidor e as condições
em que serão exercidas, observadas as seguintes características fundamentais:

I - objetividade e adequação dos processos e instrumentos de


avaliação ao conteúdo ocupacional dos cargos ou carreiras;

II - periodicidade;

III - contribuição do servidor para consecução dos objetivos do


setor de lotação;

IV - comportamento observável do servidor;

V - conhecimento, pelo servidor, do resultado da avaliação.

Art. 46 - O regulamento, a coordenação e a supervisão da


avaliação de desempenho serão estabelecidos por uma comissão paritária de caráter
permanente.

§ 1º - A comissão a que se refere o "caput" deste artigo será


composta por representantes da administração, com atuação na área de recursos
humanos e representantes das entidades sindicais representativas dos servidores
públicos municipais.

§ 2º - Serão instituídas comissões setoriais, que coordenarão a


avaliação de desempenho, conforme competência definida em regulamento.

Art. 47 - Observado o disposto neste Capítulo, o regulamento


17
disciplinará os procedimentos da avaliação de desempenho, podendo adotar
características adicionais com o objetivo de adaptação às necessidades específicas
dos diversos setores da Administração Pública Municipal.

Art. 48 - No prazo de 90 (noventa) dias, contados da data de


publicação desta Lei, deverá ser aprovado o regulamento de que trata o artigo anterior.

CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 49 - A implantação dos planos de carreira implicará em:


I - revisão e racionalização da estrutura organizacional, bem
como das atividades sistêmicas ou comuns;
II - redimensionamento da força de trabalho;

Art. 50 - Os ocupantes de cargos de provimento em comissão


ficam submetidos ao regime jurídico definido na Lei nº 8.710, de 31 de julho de 1995.
§ 1º - Os servidores mencionados no “caput” deste artigo farão
jus, enquanto em exercício, aos benefícios previdenciários estabelecidos na Lei nº
8.710, de 31 de julho de 1995, exceto à concessão de qualquer tipo de aposentadoria e
pensão.
§ 2º - A contribuição dos servidores mencionados no “caput” para
o Fundo de Previdência Municipal, para fins de concessão dos benefícios, será de 5%
(cinco por cento) da remuneração.
§ 3º - Os atuais servidores, não efetivos, ocupantes de empregos
que integram o Quadro de Provimento em Comissão, permanecem sujeitos ao Regime
da Consolidação das Leis do Trabalho até 31 de dezembro de 2.000.
Art. 51 - Os valores referentes às incorporações de direção, chefia
ou assessoramento já concedidos aos servidores, serão atualizados pelos valores
atualmente pagos aos servidores em atividade nos cargos de direção, chefia e
assessoramento.
Parágrafo único - Os reajustes posteriores das incorporações
atualizadas na forma deste artigo obedecerão ao disposto no art. 37, § 2º desta Lei.

Art. 52 - Aos atuais ocupantes de cargos no quadro de regime


especial do magistério, a que se refere o parágrafo único do art. 10, da Lei nº 7.565, de
21 de julho de 1989, é reconhecida a jornada de 40 (quarenta) horas semanais de
trabalho.

§ 1º - O vencimento dos ocupantes de cargos no quadro de


regime especial corresponderá ao dobro do estabelecido para os ocupantes de cargos
da mesma classe, com jornada de 20 (vinte) horas semanais de trabalho, incidindo
sobre este todas as vantagens e/ou gratificações, incorporando para efeito de
18
aposentadoria.

§ 2º - Os ocupantes de cargo no Quadro do Regime Especial do


Magistério Municipal que, na data da publicação da Lei 9212/98, faziam jus a
incorporação de que trata o parágrafo 1º do artigo 37 da mesma Lei, quando
exonerados terão assegurado por isonomia como detentores do mesmo cargo, já
afastados em condições idênticas as previstas neste artigo – o direto a jornada de 20
(vinte) horas semanais de trabalho. (Restaurado de acordo com o art. 3º da Lei nº
9277, de 21.05.98)

Art. 53 - A elaboração dos estudos destinados à discussão dos


padrões de vencimento e índices de reajustamento, a serem submetidos ao Prefeito, é
de competência da Secretaria Municipal de Administração, que levará em conta:

I - disponibilidades financeira e orçamentária;

II - pesquisa de mercado;

III - reivindicações encaminhadas pelas entidades sindicais


majoritárias representativas das categorias integrantes do serviço público municipal.

Parágrafo único - Os índices de reajustamento aplicáveis aos


vencimentos dos servidores corrigirão também o valor das gratificações de função,
proventos de aposentadoria e pensões.

Art. 54 - Compete às Comissões Paritárias, estabelecidas


conforme o caso, decidir as questões relativas aos servidores municipais, na forma do
disposto nos artigos 34, parágrafo único; 36, § 2º e 46 desta Lei, e art. 44, § 4º da Lei
nº 8.710, de 31 de julho de 1995.

Art. 55 - As Comissões Paritárias serão compostas de


representantes do Executivo e das Entidades Sindicais dos servidores municipais e dos
Sindicatos dos Médicos, dos Engenheiros e dos Odontólogos, da seguinte maneira:

I - Nas questões que envolvam assuntos de interesse dos


servidores em geral e do magistério municipal, a representação será de todos os
Sindicatos referidos no “caput”.

II - Nas questões que envolvam assuntos de interesse


específico do magistério municipal, a representação será da entidade sindical
representativa deste.

III - Nas questões que não envolvam assuntos de interesse do


magistério municipal, a representação será da entidade sindical majoritária
representativa dos demais servidores.

Art. 56 - Os membros das Comissões serão designados pelo


19
Prefeito Municipal, após a efetivação das indicações de que trata o art. 55.

Art. 57 - As decisões das Comissões Paritárias serão tomadas por


maioria simples de votos.

Parágrafo Único - Na hipótese de empate na votação caberá voto


de minerva ao Secretário Municipal de Administração, ressalvadas as questões
específicas do magistério, cujo voto será do Secretário Municipal de Educação.

Art. 58 - O percentual a que alude o art. 27 poderá ser objeto de


redução, decorridos 5 (cinco) anos da vigência desta Lei, caso consolide a estabilidade
econômica, mediante acordo com as Entidades Representativas dos Servidores
Municipais.

Art. 59 - O valor nominal dos biênios concedidos aos servidores


do Departamento Municipal de Limpeza Urbana - DEMLURB, completados no prazo de
12 (doze) meses da data de publicação da Lei nº 8710, de 31 de julho de 1995,
passarão a se constituir vantagem pessoal nominalmente identificável (VPNI).

Art. 60 - Os atuais ocupantes de cargo de PR-A, com licenciatura


curta, habilitados até a data de publicação desta Lei, poderão requerer sua promoção
automática ao cargo de PR-B, observado o disposto no seu art. 33.

Art. 61 - A classe de Instrutor de Formação Profissional,


integrante do Quadro do Magistério Municipal, passa a ser considerada extinta quando
vagar, nos termos estabelecidos no art. 5º, da Lei nº 8718, de 31 de agosto de 1995.

Parágrafo único - O vencimento inicial do Instrutor de Formação


Profissional, corresponde ao vencimento do(a) Secretário(a) Escolar I.

Art. 62 - O número atual de cargos, excedente ao número total


fixado no Anexo I, será extinto à medida que vagar.

Parágrafo único - O número de cargos da carreira de técnico de


nível superior corresponde ao número estabelecido no padrão inicial da carreira,
observado o disposto no parágrafo único do art. 30 desta Lei.

Art. 63 - O servidor que for nomeado em virtude de concurso


público, em progressão vertical, fará jus aos reflexos de sua progressão por
antiguidade, nos termos dos parágrafos 1º e 2º deste artigo.

§ 1º - Para a determinação dos novos vencimentos e letra iniciais,


na nova classe, adotar-se-ão as seguintes operações:

I - dividir-se-á o vencimento da classe anterior, pelo vencimento


inicial da nova classe, multiplicando-se o resultado pelo tempo de serviço;

20
II - a divisão do resultado obtido com as operações no inciso I,
acima, pelo número de triênio, indicará a letra e o vencimento da nova classe.

§ 2º - As disposições deste artigo, seu parágrafo 1º e incisos I e II


só se aplicarão na hipóteses de a mudança de classe implicar em redução de
vencimento.

§ 3º - As progressões horizontais futuras observarão o disposto


nos artigos 27 e 58 desta Lei.

Art. 64 - Vetado.

Parágrafo único - Vetado.

Art. 65 - Aos ocupantes do quadro efetivo do Magistério,


designados para o exercício da função em Escolas Municipais de Zona Rural, a partir
de 01/08/92, que, na data de publicação desta lei, continuam em exercício na Zona
Rural, ser-lhes-ão garantidos lotação definitiva em Escolas Municipais de Zona Rural,
salvo manifestação contrária do ocupante do cargo.

§ 1º - Compete à Comissão Paritária definida no inciso III do art.


55, estabelecer critérios para classificação de Escolas Municipais em Urbanas e
Rurais.

§ 2º - Ocorrendo mudança de classificação de Escola Municipal


de Rural para Urbana, aos ocupantes do Quadro do Magistério em exercício na
mesma, agasalhados pelo disposto no “caput” deste artigo, não terão prejuízo de sua
remuneração, caso não sejam remanejados para outra Escola Municipal de Zona
Rural.

§ 3º - O servidor que tiver incorporado à sua remuneração o


adicional de zona rural, nos termos do parágrafo anterior, não poderá receber
novamente o referido adicional, caso retorne às suas atividades na zona rural.
(Acrescentado pelo Art. 2º da Lei nº 9766, de 18.04.2000, retroagindo seus efeitos a 27
de janeiro de 1998)

Art. 66 - Aos ocupantes do Quadro do Magistério, aprovados no


concurso público para o cargo de supervisão pedagógica, que exerceram a função de
Apoio Pedagógico, será garantido a contagem de tempo de exercício dessa função na
carreira de supervisão pedagógica.

Parágrafo único - Num prazo de 30 (trinta) dias após a publicação


desta Lei, o Executivo Municipal publicará a relação dos Servidores beneficiários com o
disposto no “caput”.

21
Art. 67 - Ao ocupante do Quadro do Magistério, quando em
licença para aperfeiçoamento profissional ou por motivo de doença em pessoa na
família, ser-lhe-á garantida a vaga na escola de exercício anterior ao pedido.

Art. 67 - Ao ocupante do Quadro do Magistério, quando em


licença para aperfeiçoamento profissional, mandato classista ou por motivo de doença
em pessoa na família, ser-lhe-á garantida a vaga na escola em exercício anterior ao
pedido. (Nova redação – Art. 1º, da Lei nº 10.785, de 30.07.2004)

Art. 68 – Aos ocupantes do Quadro do Magistério é garantido o


recesso escolar, a ser gozado, preferencialmente de primeiro a trinta de janeiro de
cada ano. (Restaurado de acordo com o art. 4º da Lei nº 9277, de 21.05.98)

Parágrafo único – O gozo das férias e do período de recesso


escolar do Secretário Escolar e do Instrutor de Formação Profissional, será escalonado
de modo a atender às necessidades da escola, assegurado o direito a 30 (trinta) dias
de ausência justificada, programado, de comum acordo, entre a escola e o servidor, a
título de compensação pelo trabalho durante o recesso escolar. (Restaurado de acordo
com o art. 4º da Lei nº 9277, de 21.05.98)

Art. 69 - Vetado.

Art. 70 - Vetado.

Art. 71 - Vetado.

Art. 72 – As parcelas integrantes dos proventos dos cargos dos


servidores aposentados até a data da vigência da Lei nº 9212/98 serão atualizadas
com a observância do disposto nos artigos 38, 40 e 51 da mesma Lei, com efeitos
financeiros a partir de sua publicação. (Restaurado de acordo com o art. 5º da Lei nº
9277, de 21.05.98)

Parágrafo único - Vetado.

Art. 73 - Vetado.

Art. 74 - Vetado.

Art. 75 - Vetado.

Art. 76 - O atual cargo de Auxiliar de Enfermagem passa a


denominar-se Auxiliar de Enfermagem I.

Art. 77 - Fica criado o cargo de Auxiliar de Enfermagem II,


correspondente à área técnica de nível médio.

22
Art. 77 - Fica criado o cargo de Auxiliar de Enfermagem II,
correspondente à área técnica de nível médio. (Nova redação – Art. 1º, da Lei nº
11.120, de 10.05.2006)

§ 1º - A promoção dos atuais servidores ocupantes do cargo de


Auxiliar de Enfermagem I para o cargo de Auxiliar de Enfermagem II será feita
mediante seleção competitiva interna, na qual será exigida a habilitação em curso
técnico de Enfermagem e observando o nº de vagas estabelecido no edital pertinente.

§ 1º - A promoção dos servidores ocupantes de cargo efetivo da


classe de Auxiliar de Enfermagem para a classe de Auxiliar de Enfermagem II se dará
mediante a seleção competitiva interna, nos termos do art. 31 desta Lei, na qual será
exigida a habilitação completa em curso técnico de Enfermagem, observado o número
de vagas, as regras estabelecidas no seu Anexo I – A1 e no Edital pertinente. (Nova
redação – Art. 1º, da Lei nº 11.120, de 10.05.2006)

§ 2º - O enquadramento do servidor nomeado para o cargo de


Auxiliar de Enfermagem II, observará o interstício anteriormente ocupado no cargo de
Auxiliar de Enfermagem I.

§ 2º O enquadramento do servidor nomeado para o cargo de


Auxiliar de Enfermagem II, na forma de que trata o parágrafo anterior, observará o
interstício anteriormente ocupado no cargo de Auxiliar de Enfermagem. (Nova redação
– Art. 1º, da Lei nº 11.120, de 10.05.2006)

§ 3º - O procedimento referido no “caput” será realizado uma


única vez.
§ 4º - Nenhum servidor poderá ser enquadrado no cargo de
Auxiliar de Enfermagem II, após realização da seleção referida “caput”.

§ 5º - O cargo de Auxiliar de Enfermagem II será extinto quando


vagar.

Art. 78 – As carreiras de Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional


serão reguladas em Lei própria, cuja mensagem será encaminhada a Câmara no prazo
máximo de 90 (noventa) dias a partir da publicação desta Lei. (Restaurado de acordo
com o art. 8º da Lei nº 9277, de 21.05.98)

Art. 79 - Ficam revogados os artigos 5º a 17, 22, 31, 33 a 39, 46


(“caput” e § 1º), 52 e Anexos I, II e III da Lei nº 6.460, de 22 de dezembro de 1983, com
as alterações posteriores, Lei nº 6844, de 12 de dezembro de 1985 , os artigos 4º, 5º,
7º a 11, 13 a 47, 53 a 63, 91 a 94, 102, 103, 105 a 110 e Anexos I, II e III da Lei nº
7565, de 21 de julho de 1989 com as alterações posteriores, Lei nº 8243, de 11 de
maio de 1993 e o § 2º do art. 255 da Lei nº 8.710, de 31 de julho de 1995.

Art. 80 - O Prefeito Municipal baixará, por Decreto, os


regulamentos necessários à execução desta Lei.
23
Art. 81 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Paço da Prefeitura de Juiz de Fora, 27 de janeiro de 1998.

TARCÍSIO DELGADO
Prefeito de Juiz de Fora

GERALDO MAJELA GUEDES


Secretário Municipal de Administração

24
RAZÕES DE VETO

Vejo-me compelido a vetar, parcialmente, a Proposição de Lei


aprovada por essa Egrégia Câmara, que dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e
Vencimentos dos Servidores deste Município, conforme despositivos e razões de veto
abaixo.

O § 7º do art. 21, do presente Projeto de Lei, conflita com o


disposto no seu art. 38. Tal dispositivo, expressamente, veda a acumulação de
gratificação com remuneração. Ademais, se persistisse o citado parágrafo, constituir-
se-ia o mesmo em privilégio, incompatível com o tratamento isonômico que deve ser
adotado pela Administração Pública, inclusive com encargos financeiros, em futuro
próximo, para o Município.

Quanto ao § 2º, do art. 27, fere os princípios que norteiam a


Administração Pública, insculpidos no art. 37, da Constituição Federal, já que não se
concebe recebam determinados servidores por cargos exercidos. Cite-se, à guisa de
ilustração, o seguinte exemplo: uma professora admitida há seis anos estaria
hipoteticamente enquadrada na letra “b”, mas em virtude de tempo de serviço
anteriormente prestado, a entidade de direito público ou privado, estaria em condições
de receber aposentadoria, teria uma promoção de oito interstícios, num único ato.

O § 2º do art. 32 do presente Projeto de Lei foi vetado por


indisponibilidade financeira para fazer face à despesa correspondente ao pretendido
benefício, bem como falta de Previsão Orçamentária.

Impõe-se a rejeição do § 2º do art. 52. A motivação, para tanto,


reside no conflito entre o citado parágrafo e o “caput” do artigo. Não se concebe tenha
o servidor o reconhecimento a uma jornada de 40 (quarenta) horas, com os respectivos
vencimentos e continue ele recebendo estes, no caso de redução da jornada para 20
(vinte) horas, quando de sua exoneração do cargo comissionado.

De igual modo, não pode prosperar a emenda aditiva


materializada no art. 64, por absoluta inconstitucionalidade, já que conflita com o art. 37
- II, da Carta-Magna, que não admite readaptação funcional.

O art. 68 trata de matéria já prevista no art. 9º da Lei Orgânica


Municipal e nas Leis de nº 8710/95, 9394/96, esta última instituidora de calendário
escolar de 200 dias letivos, o que inviabiliza a proposição, em exame.

A emenda aditiva, materializada no art. 69, do presente Projeto de


Lei, é, igualmente, inconstitucional, por afrontar o art. 37 - X do Estatuto Pátrio.

Por salvaguarda ao princípio da isonomia no tratamento entre os


servidores, impõe-se o veto ao art. 70. Por que o privilégio?
25
É de clareza palmar a emenda aditiva corporificada no art. 71,
inteiramente conflitante com o art. 37 - II, da Constituição Federal.
Não há qualquer correlação do art. 72 com os arts. 43 e 57, ali
mencionados, ficando, assim, por questão de técnica legislativa, vetado,
extensivamente ao seu parágrafo único.

Veto, ainda, o art. 73, pelo fato de a matéria ali ventilada já estar
plenamente regulada pelo art. 63 e seus parágrafos.

O art. 74, por tratar de readaptação funcional, vedada pela


Constituição Federal, como acima se demonstrou, não prospera.

O art. 75 foi vetado tendo em vista a necessidade de preservar a


isonomia e tratamento de servidor público, eliminando-se privilégios.

Por último, cumpre esclarecer que o cargo de FONAUDIÓLOGO,


já está instituído pelo Anexo desta Lei, impondo-se, pois, o veto ao art. 78. Cumpre
esclarecer que o executivo está estudando a regulamentação dos cargos de
FISIOTERAPEUTA e TERAPEUTA OCUPACIONAL, para oportuno exame por parte
dessa Egrégia Câmara.

Prefeitura de Juiz de Fora,

TARCÍSIO DELGADO
Prefeito de Juiz de Fora

26
PROPOSIÇÕES VETADAS

Art. 21 - ...

§ 7º - Aos servidores em exercício de cargos do grupos de


direção definidos no § 5º que, na data da publicação desta Lei, ainda não atingiram o
tempo mínimo legal para incorporação do adicional por extensão de jornada, ao
completarem o exercício do cargo por 5 (cinco) anos consecutivos ou 7 (sete)
intercalados, terão o tempo de exercício anterior, à data da publicação desta Lei,
computado para efeito de remuneração, proporcionalmente ao definido no anexo I, da
Lei nº 8.718, de 31/08/95, alterada pela Lei nº 8.886, de 28/06/96.

Art. 27 - ...

§ 2º - Aos servidores municipais que, por força de Lei Federal,


tiverem o direito à aposentadoria especial por tempo de serviço, ao se aposentarem
ser-lhe-á garantido o acesso ao último interstício a que se refere o “caput”.

Art. 32 - ...

§ 2º - Os ganhos financeiros previstos no “caput”, para carreira de


Técnico de Nível Superior, serão retroativos à data de aprovação desta Lei.

Art. 52 - ...

§ 2º - Aos ocupantes de cargos no Quadro de Regime Especial do


Magistério, que exerceram ou continuam no exercício de cargos de grupos de direção
executiva, intermediária, chefia ou supervisão, por 5 (cinco) anos consecutivos ou 7
(sete) intercalados, quando exonerados, ser-lhe-á assegurado o direito à mesma
jornada de 20 (vinte) horas semanais de trabalho, cumprida por detentores do mesmo
cargo, quando afastados em condições idênticas às previstas neste parágrafo.

Art. 64 - Todo servidor, Celetista ou Estatutário que, antes da


vigência da Lei nº 8710, de 31 de julho de 1995, estava classificado como Agente
Administrativo, letra “J”, com mais de 40 (quarenta) anos de efetivo exercício, será
aposentado como Analista de Administração.

Parágrafo único - A aposentadoria de que trata o “caput” deste


artigo, deverá ser requerida pelo interessado, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias a
partir da vigência desta Lei.

Art. 68 - Aos ocupantes do Quadro do Magistério, é garantido de


primeiro a trinta de janeiro o recesso escolar.

Parágrafo único - As férias e o período de fruição do recesso


escolar do Secretário Escolar serão escalonados de modo a atender as necessidades
da escola, assegurado o gozo de 30 (trinta) dias de férias e 30 (trinta) dias de ausência
27
justificada (15 dias em janeiro e 15 dias no segundo semestre), a título de
compensação pelo trabalho durante o recesso escolar.

Art. 69 - Passa a ser de 100% com paridade total com os demais


profissionais de nível superior, os vencimentos dos profissionais médicos e
odontológicos deste Município de Juiz de Fora, respeitando a jornada semanal de 20
(vinte) horas, desta categoria.

Art. 70 - Não será exigida como requisito para provimento do


cargo de Médico III, apresentação do trabalho técnico realizado ou proposto, mantidos,
todavia, os demais requisitos estabelecidos no Quadro dos Servidores Municipais da
Administração Direta para a classe em questão.

Art. 71 - Os atuais Servidores da Secretaria Municipal de


Atividades Urbanas, lotados no Departamento de Cadastro Técnico Municipal e os
Servidores da Secretaria Municipal da Fazenda, lotados no Departamento de
Planejamento e Controle de Receitas, serão enquadrados na Classe de Assistente de
Administração IV.

Art. 72 - As parcelas integrantes dos proventos dos cargos dos


servidores aposentados até a data de vigência desta Lei, serão atualizadas com
observância do disposto nos arts. 38, 43 e 57, com efeitos financeiros a partir de sua
publicação.

Parágrafo único - Os funcionários aposentados em cargos da


carreira TÉCNICA DE NÍVEL SUPERIOR, terão revistos os respectivos atos,
enquadrando-se a partir da vigência desta Lei, nos cargos de Técnico de Nível Superior
I, II e III, observada a respectiva habilitação a ser comprovada documentalmente pelo
servidor.

Art. 73 - Os servidores que, em virtude de mudança de cargo, não


tiveram seu tempo de serviço considerado quando da implantação do NQP em 1984,
farão jus ã contagem deste para efeito de progressão horizontal.

Art. 74 - Os atuais ocupantes do cargo de Assistente de


Administração I, letra I e J, serão enquadrados na classe de Assistente de
Administração II.
Art. 75 - Fica estabelecida a carga horária de 30 (trinta) horas
semanais para os atuais funcionários da Biblioteca Municipal e do Museu Mariano
Procópio, em reconhecimento ao seu direito adquirido à referida jornada reduzida já
exercida há mais de 2 anos até 31/12/96.

Art. 78 - Num prazo máximo de 60 (sessenta) dias após a


publicação desta Lei, o Executivo enviará Projeto de Lei propondo as carreiras de
Fonoaudiólogo, Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional.

28
ALTERAÇÕES

1) Lei nº 9.226, de 02.03.1998;

2) Lei nº 9.277, de 21.05.1998;

3) Lei nº 9.663, de 13.12.1999;

4) Lei nº 9.664, de 13.12.1999;

5) Lei nº 9.766, de 18.04.2000;

6) Lei nº 10.000, de 08.05.2001;

7) Lei nº 10.113, de 18.12.2001;

8) Lei nº 10.030, de 17.07.2001;

9) Lei nº 10.014, de 20.06.2001;

10) Lei nº 10.032, de 17.07.2001;

11) Lei nº 10.081, de 01.112001;

12) Lei nº 10.113, de 18.12.2001;

13) Lei nº 10.145, de 15.01.2002;

14) Lei nº 10.452, de 08.05.2003;

15) Lei nº 10.641, de 21.01.2004;

16) Lei nº 10.785, de 30.07.2004;

17) Lei nº 10.937, de 03.06.2005;

18) Lei nº 10.938, de 03.06.2005;

19) Lei nº 11.057, de 02.01.2006;

20) Lei nº 11.099, de 04.04.2006;

21) Lei nº 11.120, de 10.05.2006;

22) Lei nº 11.188, de 24.07.2006;

23) Lei nº 11.206, de 13.09.2006;

24) Lei nº 11.272, de 28.12.2006;

29
25) Lei nº 11.275, de 28.12.2006;

26) Lei nº 11.308, de 01.02.2007;

27) Lei nº 11.413, de 02.08.2007;

28) Lei nº 11.150, de 04.04.2008;

29) Lei nº 11.151, de 04.04.2008;

30) Lei nº 12.911, de 13.01.2014;

31) Lei nº 13.038, de 22.10.2014;

32) Lei nº 13.086, de 07.01.2015;

30
LEGISLAÇÃO RELEVANTE

1) Lei nº 8.710, de 31.07.1995 – Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos


da administração direta do Município de Juiz de Fora, de suas autarquias e
fundações públicas;

2) Lei nº 8.718, de 31.08.1995 – Dispõe sobre os novos quadros de cargos,


vencimentos e gratificações dos Servidores Públicos Municipais, regidos pelo
Estatuto dos Servidores Públicos da Administração Direta do Município de Juiz
de Fora, de suas Autarquias e Fundações;

3) Lei nº 9.611, de 05.10.1999 - Dispõe sobre as eleições de Diretor e Vice-Diretor


nas escolas da rede municipal de Juiz de Fora;

4) Lei nº 9.666, de 13.12.1999 - Dispõe sobre a função pública de conselheiro


Tutelar do Município de Juiz de Fora;

5) Lei nº 10.128, de 04.01.2002 - Dispõe sobre período para realização de provas


de concursos públicos;

6) Lei nº 10.308, de 30.09.2002 - Altera a Lei nº 9611, de 05 de outubro de 1999 e


dá outras providências;

7) Lei nº 10.467, de 12.06.2003 - Dispõe sobre a criação, objetivos, organização e


estrutura da Agência de Gestão Ambiental de Juiz de Fora - AGENDA JF, fixa
princípios e diretrizes de gestão e dá outras providências;

8) Lei nº 10.518, de 04.08.2003 - Dispõe sobre a criação, objetivos, organização e


estrutura do Sistema de Regulação e Gestão do Transporte e Trânsito de Juiz
de Fora - SISTTRAN/JF e da Agência de Gestão do Transporte e Trânsito de
Juiz de Fora - GETTRAN/JF, fixa princípios e diretrizes de gestão e dá outras
providências;

9) Lei nº 10.515, de 26.07.2003 - Dispõe sobre a convocação de candidatos


aprovados em concursos públicos da Prefeitura de Juiz de Fora;

10) Lei nº 10.589, de 21.11.2003 - Dispõe sobre a Criação, Objetivos, Organização e


Estrutura da Agência de Proteção e Defesa do Consumidor de Juiz de Fora -
PROCON/JF, fixa princípios e diretrizes de gestão e dá outras providências;

11) Lei nº 10.709, de 26.04.2004 - Altera a Lei Municipal n.º 10.467/2003, que
dispôs sobre a criação, objetivos, organização e estrutura da Agência de Gestão
Ambiental de Juiz de Fora – AGENDA JF;

12) Lei nº 10.988, de 19.09.2005 - Dispõe sobre a criação, objetivos, organização e


estrutura da Fundação Museu Mariano Procópio – MAPRO, fixando os princípios
e diretrizes da sua gestão, e dá outras providências;

13) Lei nº 11.206, de 13.09.2006 - Dispõe sobre a estruturação organizacional e a


31
criação da classe da Guarda Municipal de Juiz de Fora.

14) Lei nº 11.275, de 28.12.2006 - Altera o Anexo II da Lei nº 11.206, de 13 de


setembro de 2006.

15) Lei nº 11.293, de 26.01.2007 - Altera o Anexo Único da Lei nº 10.988, de 19 de


setembro de 2005, que dispõe sobre a criação, objetivos, organização e
estrutura da Fundação Museu Mariano Procópio – MAPRO, fixa princípios e
diretrizes de gestão e dá outras providências;

16) Lei nº 11.308, de 01.02.2007 - Altera dispositivos e o Anexo Único da Lei


nº10.518, de 04 de agosto de 2003, que dispõe sobre a criação, objetivos,
organização e estrutura do Sistema de Regulação e Gestão do Transporte e
Trânsito de Juiz de Fora – SISTTRAN/JF e da Agência de Gestão do Transporte
e Trânsito de Juiz de Fora – GETTRAN/JF, fixa princípios e diretrizes de gestão
e dá outras providências;

17) Lei nº 11.361, de 17.05.2007 - Dispõe sobre a criação da Subsecretaria da


Mulher como órgão integrante da estrutura organizacional da Secretaria de
Governo e Articulação Institucional – SGAI, e dá outras providências;

18) Lei nº 11.362 – de 31.05.2007 - Altera a Lei nº 10.000, de 08 de maio de 2001,


que dispõe sobre a Organização e Estrutura do Poder Executivo do Município de
Juiz de Fora, fixa princípios e diretrizes de gestão e dá outras providências;

19) Lei nº 11.493 – de 17.12.2007 - Altera dispositivos e o Anexo Único da Lei nº


10.518, de 04 de agosto de 2003, que dispõe sobre a criação, objetivos,
organização e estrutura do Sistema de Regulação e Gestão do Transporte e
Trânsito de Juiz de Fora – SISTTRAN/JF e da Agência de Gestão do Transporte
e Trânsito de Juiz de Fora – GETTRAN/JF, fixa princípios e diretrizes de gestão
e dá outras providências;

20) Lei nº11.553 – de 04.04.2008 - Altera o Anexo Único da Lei nº 11.308, de 1º de


fevereiro de 2007;

21) Lei nº 11.554 – de 04.04.2008 - Altera o Anexo Único da Lei nº 10.709, de 26 de


abril de 2004;

22) Decreto nº 6.655, de 10.03.2000 - Regulamenta a Promoção Automática Por


Mérito dos Técnicos de Nível Superior, Médico e Cirurgião Dentistas;

23) Decreto nº 6.691, de 14.04.2000 - Altera o artigo 3º do Decreto n.° 6655, de 10


de março de 2000;

24) Decreto nº 6.939, de 26.12.2000 - Regulamenta a Seleção Competitiva Interna


para a Promoção por Mérito, que tratam os artigos 29, 30 e 31, da Lei nº 9212,
de 27 de janeiro de 1998;

25) Decreto nº 7.935, de 29.07.2003 - Altera o Decreto n.º 6939, de 26 de


32
dezembro de 2000;

26) Decreto nº 8.321, de 03.09.2004- Altera o disposto no Decreto n.° 6939, de 06


de dezembro de 2000;

C - GRUPO DE CHEFIA E FUNÇÕES GRATIFICADAS

CARGO SÍNTESE DAS ATRIBUIÇÕES ESCOLARIDADE/


REQUISITOS FORMA DE PROVIMENTO JORNADA SEMANAL DE TRABALHO Nº TOTAL DE CARGOS
VENCIMENTO MENSAL
(R$)
Diretor Escolar Representar a Unidade Escolar sob sua direção, administrando-a
de modo a efetivar a participação comunitária no processo decisório e na sua
gestão; cumprir e determinar o cumprimento da legislação de ensino e das normas
baixadas pela Secretaria de Educação e regulamentar as atividades na área de
sua competência. Conforme o disposto nos arts. 19 e 20 da Lei nº 9.212, de 27
de janeiro de 1998. Eleição, na forma estabelecida na legislação municipal
pertinente.
Recrutamento restrito: privativo de servidor, estável, ocupante de cargo do
Quadro do Magistério Municipal. 40h
De acordo com o disposto nos regula-mentos específicos que tratam do funciona-
mento das escolas da rede municipal de ensino. 5.251,65
Vice-Diretor Escolar Atuar em conjunto com o diretor escolar na coordenação e
administração da escola, exercendo as atribuições deste diretor quando ocorrer
o afastamento ou ausência deste. 4.694,56
Encarregado Geral de Obras II Supervisionar, orientar, distribuir e fiscalizar
serviços relativos à conservação e construção de obras, bem como a coordenação
de equipe de trabalho. Ensino médio completo, preferencialmente. Livre
provimento, sendo 50% dos cargos de Recrutamento amplo e 50% dos cargos de
recrutamento restrito: privativo de servidor efetivo. 44h 04 2.548,06
Encarregado Geral de Obras I Supervisionar, orientar, distribuir e fiscalizar
serviços relativos à conservação e construção de obras, bem como a coordenação
de equipe de trabalho. 04 1.957,05

FUNÇÃO GRATIFI-CADA SÍNTESE DAS ATRIBUIÇÕES ESCOLARIDADE/


REQUISITOS FORMA DE PROVIMENTO JORNADA SEMANAL DE TRABALHO Nº TOTAL DE CARGOS
GRATIFICA-ÇÃO MENSAL (R$)

Supervisor II
Coordenar, sob regime de confiança direta à autoridade a que esteja
imediatamente subordinada, equipes e/ou atividades relacionadas aos programas,
ações e processos de trabalho que lhe sejam designados pelos respectivos
regimentos internos das unidades administrativas. Decreto específico
regulamentará os critérios para o enquadramento da Supervisão no grau II ou I.
Conforme definidos no Regimento da Unidade Administrativa respectiva. Livre
provimento, Recrutamento restrito: privativo de servidor efetivo. 40h 574
1.162,39
Supervisor I 841,51

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