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Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco

Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais


Departamento Infantojuvenil
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524 / 3084 1543

PROFESSOR 8 – CLASSE DE PRÉ – ADOLESCENTES – 4º TRIMESTRE DE 2023

LIÇÃO 06 – PRATICANDO A MISERICÓRDIA


TEXTO BÍBLICO: Lucas 6.36-38

INTRODUÇÃO

Na lição de hoje explicaremos aos adolescentes que misericórdia é uma virtude que vem do Criador de todas as coisas.
Vamos também ressaltar que o Senhor Jesus exemplificou o padrão de compaixão nas muitas ocasiões nas quais compreendia
a dor do próximo. Por fim, entenderemos que o exercício da misericórdia é natural para o salvo, independente do pensamento
egoísta cultivado pelo mundo e que há recompensa certa para aqueles que usam de misericórdia com o próximo.

I – A BÍBLIA DIZ

“Felizes as pessoas que têm misericórdia dos outros, pois Deus terá misericórdia dela” (Mateus 5.7)
A vida é semelhante a uma semeadura. Tudo que fazemos de coração é registrado por Deus que, no tempo
certo, dá a recompensa. O evangelista Mateus narra o discurso do próprio Jesus afirmando que Deus terá
misericórdia daqueles que cultivam esse sentimento pelos outros. Portanto, há felicidade garantida para os
misericordiosos.

II – AUXÍLIO PEDAGÓGICO

Caro(a) professor(a), converse com os alunos sobre a


importância de o cristão pensar no bem estar do seu próximo. Mostre
que a compaixão pelas pessoas deve ser encarada como fundamental
para vivermos neste mundo como verdadeiros discípulos de Cristo.
Pergunte se participam ou conhecem algum projeto social. Aproveite
para apresentá-los os projetos sociais da nossa igreja, em especial o
Projeto Samuel, desenvolvido em todos os Centros Vidas e que
atendem crianças e adolescentes, entre 3 e 18 anos, sem discriminação de raça, sexo e confissão religiosa, em situação de
vulnerabilidade social. Através das atividades socioeducativas, o Projeto promove oportunidades para a troca de conhecimento
e desenvolvimento de habilidades inatas, em horários alternados aos da escola formal. Para mais informações sobre o Projeto
Samuel, o(a) professor(a) pode acessar https://www.fundacaoaio.org.br/projeto-samuel. Finalize esse momento lembrando
para os alunos que, mesmo aqueles que não podem contribuir financeiramente com um projeto social, mas podem orar e
interceder para que Deus desperte e dê condições para outros contribuam.
Recuperado de: logomarca projeto samuel png - Bing images. Acessado em: 10/10/2023 – 10h18.

III – COMENTÁRIO DA LIÇÃO

Alguns dos ensinos de Jesus, como amar o próximo tanto quanto a nós mesmos, amar os nossos inimigos, fazer aos
outros o que desejamos que nos façam, ficam de tal modo acima de nossa natureza egoísta que nos habituamos a escusar-nos
de sequer tentar viver esses ensinos, dizendo que Jesus decerto sabia que estava pondo diante de nós ideais impraticáveis e
impossíveis. Mas Deus se coloca como modelo para nós, sendo misericordioso conosco e perdoando os nossos pecados, por
mais terríveis que nos possam parecer.

3.1 Deus é misericordioso. “A misericórdia de Deus é a divina bondade em ação com respeito às misérias de suas criaturas,
bondade que se comove a favor deles, provendo o seu alívio, e, no caso de pecadores impenitentes, demonstrando paciência
longânima” (Hodges). (Tt 3.5; Lm. 3.22; Dn. 9.9; Jr 3.12; Sl. 32.5). Uma das mais belas descrições da misericórdia de Deus
encontra-se no Salmo 103.8-18. O conhecimento de sua misericórdia toma-se a base da esperança (Sl.130.7) como também
da confiança (Sl. 52.8). A misericórdia de Deus manifestou-se de maneira eloquente ao enviar Cristo ao mundo (Lc. 1.78.)
para sofrer e morrer como maldito em nosso lugar.

3.2 Quem confessa e deixa alcança a misericórdia de Deus. A confissão dos pecados corresponde a uma das etapas do
processo de restauração do pecador. No Salmo 51, à medida que Davi admite e detalha para Deus o mal que havia praticado,
o Senhor atenta para a sua triste condição. A Bíblia ressalta: “Quem encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas
o que as confessa e abandona alcançará misericórdia” (Pv 28.13). Deus está atento à impossibilidade de o pecador alcançar
a remissão dos seus pecados por conta própria, por isso nos oferece a sua misericórdia, como resposta ao coração quebrantado
e contrito (Sl. 51.17).

IV – JESUS TEVE COMPAIXÃO

4.1 O cuidado de Jesus com os pobres. Jesus, o Filho de Deus sempre olhou atentamente para os pobres e os socorreu em
suas necessidades. Quando Ele veio ao mundo, a Palestina enfrentava graves problemas sociais e econômicos, por isso, muitos
procuravam Jesus para ter o que comer (Jo 6.26). O Mestre não fazia distinção alguma entre as pessoas, Jesus expulsava os
demônios, curava os enfermos, anunciava a mensagem da salvação e ajudava os carentes. Enfim, Ele olhava as pessoas como
um todo, procurando satisfazer suas necessidades físicas (curando-as) e espirituais (libertando-as da opressão do Diabo). Tudo
isso Ele fazia por amor (Jo 3.16).

4.2 O amor de Deus e o amor a Deus. O percurso apresentado por Jesus é: o amor divino por nós, que veio primeiro lógica
e temporalmente, impulsiona-nos a amar a Deus acima de tudo e todos; depois, como num processo inevitável, vivenciamos
a experiência da prática do amor ao próximo, que só é possível se cada um de nós compreendermo-nos como alcançados pelo
amor que vem do Céu. Nossa vocação molda nosso ser para que sejamos capazes de cumprir a precípua razão de nossa
existência: adorar a Deus servindo uns aos outros. O amor anunciado na cruz já surge comunitário, dadivoso, responsável pelo
acolhimento dos outros. Amar como nos ensina Jesus Cristo é entregar-se voluntariamente para fazer o bem.

4.3 Nosso exemplo de compaixão. Como nosso grande modelo e exemplo, Cristo conclama-nos a ser promotores de tudo
aquilo que se constitui como bondade. Assim, aprendemos que não somos meros seres passivos receptores da graça de Deus,
também devemos ser prontos agentes da benignidade em nossa sociedade.

V – OS MISERICORDIOSOS ALCANÇARÃO MISERICÓRDIA

5.1 Temos que ver as pessoas do modo como Deus vê (Ex. 2.11,12). Moisés não entendeu completamente a sua missão
quando ele interveio primeiro no incidente dos escravos hebreus, mas ele não poderia apenas sentar e permitir que a agressão
continuasse. Aquelas pessoas que estavam sendo maltratadas não eram, necessariamente, amigas de Moisés ou até mesmo
conhecidas, mas eram pessoas, e isso era o bastante. Eles não mereceriam ser maltratados. Podemos nos tornar facilmente tão
focados em nossas próprias vidas que nem gastamos um tempo para dar uma olhada ao nosso redor e ver o sofrimento em
nosso mundo. Como a multidão de egípcios que caminhavam sem se preocupar com o sofrimento dos hebreus, podemos ser
culpados de caminhar entre as massas sem nos identificar com as suas lutas.

5.2. Vendo as Pessoas com os Olhos de Deus. O primeiro passo para ver as pessoas com os olhos de Deus é ver a si mesmo
com os olhos de Deus. Frequentemente, nossa visão distorcida de nós mesmos leva-nos a sermos excessivamente críticos dos
outros. E impossível amar as pessoas corretamente se você não aprendeu a amar a si mesmo de uma maneira saudável (Mt.
7.12).

5.3. Importa agradar a Deus (Ef. 6.6). Se você alcança os excluídos em sua comunidade, acabará enfrentando um pouco de
resistência de pessoas de dentro da sua igreja. Em pouco tempo, sua reputação pode ser questionada e você pode até mesmo
perder um pouco de sua influência. Mas em longo prazo, você será abençoado pelo sorriso de seu Pai celestial e pela multidão
de indivíduos que foram uma vez amarrados, mas que agora estão livres. No fim, não importa realmente como as pessoas
reagem às nossas escolhas, contanto que nossas escolhas agradem a Deus.

CONCLUSÃO
Bem-aventurados, ou felizes, os misericordiosos. É exatamente o oposto dos padrões do mundo, segundo parece. Mas
em cada caso a felicidade não está propriamente no infortúnio, mas nas recompensas gloriosas do futuro. O Céu, para Jesus
que o conhecia, era tão infinitamente superior à vida terrena, que Ele considerava uma benção qualquer condição que tornasse
mais vivo o desejo de entrar no Céu. Assim há uma garantia de felicidade para aqueles que usam de misericórdia com o seu
próximo. O próprio Deus terá misericórdia deles, quando passarem por tribulações.

REFERÊNCIAS

• RAYES, Clancy. Propagando a verdade através do ensino. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
• HALLEY, Henry H. Manual Bíblico de Halley. São Paulo: Edições Nova Vida, 1994.
• BRAZIL, Thiago. Imitadores de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.
• BUENO, Telma. Encorajamento, instrução e conselho. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

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