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onde
∂x ∂y ∂x ∂y
J(u, v) = (18.374)
∂u ∂v ∂v ∂u
é o determinante da matriz jacobiana da transformação~r(u, v) = (X(u, v),Y (u, v)).
Na dedução desta fórmula a parte mais trabalhosa foi mostrar que se particio-
narmos o retângulo Q e calcularmos a área da imagem de cada sub-retângulo Qi j
temos que
A(Si j ) = J(ui 1 , v j 1) Dui Dv j + ei j Dui Dv j , (18.375)
onde ei j tende a zero quando (Du, Dv) tende a (0, 0), ou seja, a área do sub-
retângulo de área Dui Dv j é amplificada por um fator J(ui 1 , v j 1 ) a menos de
um erro que tende a zero mais rápido que Dui Dv j .
Este resultado tem a seguinte interpreta-
y
=
o ponto ~r(u0 , v0 ) ao ponto ~r(u0 + Du, v0 )
+
ou seja,
x = X(u, v, w) , (18.381)
y = Y (u, v, w) , (18.382)
z = Z(u, v, w) . (18.383)
crever
∂~r
~a = Du + e~1 Du , (18.387)
∂u
~b = ∂~r Dv + e~2 Dv , (18.388)
∂v
∂~r
~c = Dw + e~3 Dw , (18.389)
∂w
onde os vetores e~1 , e~2 e e~3 tendem a zero quando (Du, Dv, Dw) tende a (0, 0, 0). O
volume da região é dado então por
⇣ ⌘ ✓ ◆
∂~
r ∂~
r ∂~
r
DV = ~a · ~b ⇥~c = · ⇥ DuDvDw , (18.390)
∂u ∂v ∂w
onde
0 1 0 1
✓ ◆ ∂X ∂Y ∂Z ∂X ∂X ∂X
∂~r ∂~r ∂~r ∂u ∂u ∂u ∂u ∂v ∂w
B ∂X ∂Y ∂Z C B ∂Y ∂Y ∂Y C
· ⇥ = det @ ∂v ∂v ∂v A = det @ ∂u ∂v ∂w A , (18.391)
∂u ∂v ∂w ∂X ∂Y ∂Z ∂Z ∂Z ∂Z
∂w ∂w ∂w ∂u ∂v ∂w
que implica
mais termos que tendem a zero mais rápido que DuDvDw. O termo J(u, v, w) é
o determinante da matriz jacobiana da transformação de coordenadas~r(u, v, w) =
(X(u, v, w),Y (u, v, w), Z(u, v, w)).
Em quatro ou mais dimensões não temos mais esta interpretação geométrica,
mas podemos utilizar os resultados da Álgebra Linear. Se um sub-retângulo S
de volume n-dimensional DVS é deformado por uma transformação linear T , o vo-
lume da imagem T (S) é dado por | det(M)|DVS , onde M é a representação matricial
da transformação linear T .
Uma transformação geral (não linear) pode ser expressa por um campo vetorial
~r(~u0 + Du)
~ =~r(~u0 ) + J [~r(~u0 )] Du
~ + E Du
~ , (18.394)
694 Integrais de campos escalares
onde~r(~u0 ) representa uma translação (que não afeta o volume da imagem), J [~r(~u0 )]
é a matriz jacobiana da transformação e o termo J [~r(~u0 )] Du
~ representa uma trans-
formação linear. A matriz E é uma matriz que tende à matriz nula quando Du ~
tende a zero, e o efeito desta matriz no cálculo do volume da imagem tende a zero
mais rápido que os efeitos da transformação linear. Portanto o volume da imagem
do sub-retângulo de volume DVS = Du1 · · · Dun é dado por
DVT (S) = |det (J (~r(~u0 )))| DVS (18.395)
desprezando os termos que tendem a zero mais rápido que DVS .
Com este resultado podemos repetir a demonstração da fórmula de mudança
de variáveis feita para o caso bidimensional. O resultado desta demonstração é
que se S é a imagem de um n-retângulo Q por uma transformação de coordenadas
~r(~u) inversível e diferenciável, então
ˆ ˆ
f (~r)dx1 . . . dxn = f (~r(~u))|J(~u)|du1 . . . dun . (18.396)
S Q
S = (x, y, z) 2 R3 | x2 + y2 a2 , 0 z h . (18.403)
a2
= 2ph = pa2 h . (18.404)
2
Exemplo 18.30.
p
portanto a variável r varia de 0 até a2 + r2 para preencher a região S.
˚ ˆ h ˆ 2p ˆ pa2 +z2
V= 1dxdydz = rdrdqdz
h 0 0
✓ˆ ◆ˆ p
2p h ˆ a2 +z2
= dq rdrdz
0 h 0
p
2 2
1 2 r= a +r
h
ˆ
= 2p r dz
h 2 r=0
ˆ h z=h
2 2 2 z3
=p (a + z )dz = p a z +
h 3 z= h
✓ 3 ◆ ✓ ◆
2 h 2 h2
= 2p a h + = 2ph a + . (18.406)
3 3
e finalmente
Este jacobiano se anula nos pontos em que r = 0 (na origem) ou nos pontos em
que sen q = 0 (no eixo z). Nestes pontos o sistema de coordenadas é degenerado,
mas como formam um conjunto de medida nula do R3 , a fórmula de mudança de
variáveis pode ser utilizada sem problemas.
˚ ˆ 2p ˆ p ˆ a
V= 1dxdydz = r2 sen qdrdqdj
S 0 0 0
✓ˆ a ◆ ✓ˆ p ◆ ✓ˆ 2p ◆
2
= r dr sen qdq dj
0 0 0
✓ 3◆
a 4pa3
= (2)(2p) = . (18.412)
3 3