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0.1 Álgebra dos vetores no espaço n-dimensional . . . . . . . . . . . . . . . . . 1


0.1.1 Propriedades das operações algébricas, norma e produto
escalar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
0.1.2 Problemas resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
0.1.3 Problemas propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

0.1 Álgebra dos vetores no espaço n-dimensional


O espaço n-dimensional euclideano é o conjunto Rn = {~u = (u1 , · · · , un ) : cada ui ∈ R}
munido das seguintes operações:

Adição:
~u = (u1 , · · · , un ), e ~v = (v1 , · · · , vn ) −→ ~u + ~v = (u1 + v1 , · · · , un + vn )

Multiplicação por um número escalar:


λ ∈ R, ~u = (u1 , u2 , · · · , un ) −→ λ · ~u = (λu1 , λu2 , · · · , λun )

Norma de um vetor:
p
~u = (u1 , u2 , · · · , un ) −→ ||~u|| = u21 + u22 + · · · + u2n

Produto interno(escalar) de vetores


~u = (u1 , · · · , un ), e ~v = (v1 , · · · , vn ) −→ ~u · ~v = u1 v1 + u2 v2 + · · · + un vn (número real)

Interpretação geométrica das operações:

Adição de vetores e multiplicação por um escalar em R2 (ou R3 ). Pares de vetores


de R2 são somados e multiplicados por um número real (escalar).
A adição entre vetores é exatamente o par em que cada componente ou entrada é a
soma das respectivas componentes correspondentes aos dois vetores, ou seja:
−→ −−→ def
se ~u = OA = (xA , yA ) e ~v = OB = (xB , yB ) então ~u + ~v = (xA + xB , yA + yB ).

1
CONTEÚDO 2

O signicado geométrico da adição de pares é o de produzir um outro par que ocupa


o lugar da extremidade oposta à origem no paralelogramo onde os lados são os segmentos
correspondentes aos vetores; ver a g. a da ilustração abaixo.
O produto de um par por um número real (escalar) é aquele par em que cada com-
ponente é o produto da compente respectiva do vetor pelo escalar real, quer dizer:
−→ def
se ~u = OP = (x, y) então λ · ~u = (λx, λy).
O signicado geométrico dessa operação é o de produzir um vetor com a mesma in-
clinação do vetor inicial, o que implica que os pontos O, P e Q são colineares, veja a
ilustração da g. b a seguir.
y y
~u + ~v
Z Q
~v λy
yB λ~u
B

y P
~u ~u
yA
A
θ
O xB xA x O x λx x
g. a: Regra do paralelogramo g. b: Produto por um escalar

Norma de um vetor. Perceba que a norma de um vetor ~u = (x, y) de R2 é a distância


do ponto (x, y) à origem; pois essa medida é igual a hipotenusa de um triângulo retângulo
de catetos iguais a |x| e |y|, então
k~uk= x2 + y 2 (Norma do vetor)
p

Distância entre pontos. Dados os pontos A = (xA , yA ), B = (xB , yB ) ∈ R2 e o vetor


−→
AB = B − A = (xB − xA , yB − yA ), a distância de A a B é a norma desse vetor.
.
y

yB −→
B Norma depum vetor.
AB
|yB − yA |
k~uk = x2 + y 2
AB
yA A Distância entre pontos. A distância en-
|xB − xA |
tre A e B é calculada usando o fato que o
~u = (x, y) segmento AB é a hipotenusa de um triân-
gulo retângulo cujos os catetos tem medidas
xA xB x iguais a |xB − xA | e |yB − yA |:
O
def p
−−→ d(A, B) = (xB − xA )2 + (yB − yA )2
Figura 1: Segmento AB . Vetor AB
CONTEÚDO 3

Produto interno ou escalar. No R2 : ~u = (xA , yA ) e ~v = (xB , yB ), o produto escalar


é o número real
not.
< ~u, ~v > = ~u ·~v = xA xB +yA yB

O signicado geométrico do produto escalar é demonstrado a seguir.

Produto interno: A lei dos cossenos apli-


cada ao triângulo 4OAB nos dá a equação:

k~v − ~uk2 = k~uk2 + k~v k2 − 2k~uk k~v k cos(θ)


y (xB − xA )2 + (yB − yA )2 = x2A + yA2 + x2 + y 2
B B
− 2k~uk k~v k cos(θ)
~v
Fazendo simplicações, obtem-se
B
−2xA xB − 2yA yB = −2k~uk k~v k cos(θ)
~v − ~u
De onde se segue a identidade
~u xA xB + yA yB = k~uk k~v k cos(θ)
A
θ ~u · ~v = k~uk k~v k cos(θ)

O x Daí, a denição do produto interno entre os


vetores ~u e ~v tem a razão de seu funciona-
Figura 2: Ângulo entre vetores mento.

Ortogonalidade entre vetores.


Em especial, decorre daí que os vetores são ortogonais entre si se, e somente se, o
produto escalar entre eles for igual a zero:

~u · ~v = 0 ⇐⇒ ~u ⊥ ~v

Pois
~u · ~v π
cos(θ) = = 0 ⇐⇒ θ = rad, θ = ângulo entre ~u, ~v
k~uk k~v k 2
CONTEÚDO 4

I Propriedades das operações algébricas, norma e produto escalar.

Adição e multiplicação por um escalar

Propriedades da soma e produto por um escalar. Sejam ~u, ~v, w~ ∈ Rn e


λ ∈ R. Então valem as seguintes propriedades:

A1. O ~ = ~u (elemento neu-


~ +~u = ~u + O P0. λ(~u + ~v ) = λ~u + λ~v (Distributivi-
tro) dade)

A2. ~u + (−~u) = (−~u) + ~u = O


~ (ele-
mento simétrico)
P1. 1~u = ~u (elemento identidade)

A3. ~u + ~v = ~v + ~u (comutatividade) P2. (λµ)~u = λ(µ~u)


A4. ~u + (~v + w) ~ (asso-
~ = (~u + ~v ) + w
ciatividade) P3. (λ + µ)~u = λ~u + µ~u

Demonstração: Faremos em R2 , onde as contas cam mais simples.


A1. (0, 0) + (x, y) def= (0 + x, 0 + y) = (x, y);
A2. (x, y) + (−x, −y) def = (x + (−x), y + (−y))=(0, 0) = O ~;
A3. (x1 , y1 ) + (x2 , y2 ) = (x1 + x2 , y1 + y2 )=(x2 + x1 , y2 + y1 )=(x2 , y2 ) + (x1 , y1 );
def

A4. (x1 , y1 )+[(x2 , y2 )+(x3 , y3 )] def def


= (x1 , y1 )+((x2 +x3 ), (y2 +y3 )) = (x1 +(x2 +x3 ), y1 +
(y2 +y3 ))=((x1 +x2 )+x3 , (y1 +y2 )+y3 ) = · · · (retornando) = [(x1 , y1 )+(x2 , y2 )]+(x3 , y3 );
P0. λ[(x1 , y1 ) + (x2 , y2 )] def def
= λ(x1 + x2 , y1 + y2 ) = (λ(x1 + x2 ), λ(y1 + y2 ))=(λx1 +
λx2 , λy1 + λy2 ) = · · · (retornando) = λ(x1 , y1 ) + λ(x2 , y2 );
P1. 1(x, y) def
= (1x, 1y)=(x, y);
P2. (λµ)(x, y) def= ((λµ)x, (λµ)y)=(λ(µx), λ(µy)) = · · · (retornando) = λ[µ(x, y)];
P3. (λ + µ)(x, y) def = ((λ + µ)x, (λ + µ)y)=(λx + µx, λy + µy) = · · · (retornando) =
λ(x, y) + µ(x, y)
CONTEÚDO 5

Propriedades do produto interno e da norma

Propriedades do produto interno e da norma. Sejam ~u, ~v, w~ ∈ Rn e


λ ∈ R. Então valem as seguintes propriedades:

I1. ~u · ~u = k~uk2 N1. k~uk ≥ 0, e k~uk = 0 ⇐⇒ ~u = O


~ =
(0, 0)
I2. ~u · ~v = ~v · ~u (comutatividade)
N2. kλ~uk = |λ|k~uk
I3. ~u · (~v + w) ~ (lineari-
~ = ~u · ~v + ~u · w
dade) N3. k~u + ~v k ≤ k~uk + k~v k (Desigual-
dade triangular
I4. |~u · ~v | ≤ k~ukk~v k, a igualdade
ocorre ⇐⇒ ~v = λ~u (Desigualdade N4. Se ~u ⊥ ~v =⇒ k~u + ~v k2 =
de Cauchy) 2
k~uk + k~v k 2

Demonstração:
I1. (x, y) · (x, y) def def
= xx + yy = x2 + y 2 = ( x2 + y 2 )2 = k(x, y)k2 ;
p

I2. (x1 , y1 ) · (x2 , y2 ) def def


= x1 x2 + y1 y2 = x2 x1 + y2 y1 = (x2 , y2 ) · (x1 , y1 );
I3. (x1 , y1 ) · [(x2 , y2 ) + (x3 , y3 )] def def
= (x1 , y1 ) · (x2 + x3 , y2 + y3 ) = x1 (x2 + x3 ) +
y1 (y2 + y3 )=x1 x2 + x1 x3 + y1 y2 + y1 y3 = (rearranjo) = x1 x2 + y1 y2 + x1 x3 + y1 y3 =
(x1 , y1 ) · (x2 , y2 ) + (x1 , y1 ) · (x3 , y3 );
I4. Considere o vetor w(t) ~ = ~v − t~u onde t é um número real arbitrário. Assim,

~ = (~v − t~u) · (~v − t~u) = (~u · ~u)t2 − (2~u · ~v )t + ~v · ~v ≥ 0


~ ·w
w

para todo t ∈ R.
Note que se um polinômio qualquer
p(t) = at2 + bt + c ≥ 0, ∀t com a > 0 ⇐⇒ ∆ = b2 − 4ac ≤ 0; sendo que se ∆ = 0
então existe um número λ talque p(λ) = 0.
Aplicada essa observação ao polinômio anterior obtemos:

(−2~u~v )2 − 4(~u · ~u)(~v · ~v ) ≤ 0

que implica na desigualdade de Cauchy reescrita como:

(~u · ~v )2 − k~uk2 k~v k2 ≤ 0 ⇐⇒ |~u · ~v | ≤ k~ukk~v k

E além do mais, a posssibilidade da igualdade ocorre se, e somente se, o polinômio


tem uma única raiz, ou seja, se existir λ ∈ R de modo que

p(λ) = w(λ)
~ · w(λ)
~ = 0 ⇐⇒ w(λ)
~ = 0, ou seja, quando ~v = λ~u

, O que mostra que para


p a igualdade ocorrer os vetores devem ser colineares (e vice-versa);
N1. k(x, y)k = x2 + y2 ≥ 0. Por outro lado x2 + y2 = 0 se, e somente se, x = 0 e
y = 0;
N2. kλ(x, y)k = k(λx, λy)k =
p p p
(λx)2 + (λy)2 = λ2 (x2 + y 2 ) = |λ| x2 + y 2 =
|λ| k(x, y)k;
CONTEÚDO 6

(I4.)
N3. k~u + ~vk2 = (~u + ~v) · (~u + ~v) = k~uk2 + 2~u · ~v + k~vk2 ≤ k~uk2 + 2k~uk k~vk + k~vk2 =
(k~uk + k~v k)2 . Daí se obtem a desigualdade tomando em ambos os lados a raiz quadrada.
Da única passagem acima que gera a desigualdade se tem a conclusão de que a igualdade
entre os lados direito e esquerdo pode acontecer quando, e somente quando, os vetores
forem colineares. Essa desigualdade é chamada de desigualdade triangular , pois é a
representação algébrica da propriedade de o tamanho de um dos lados de um triângulo
ser sempre menor que a soma dos tamanhos dos outros dois lados, a não ser que o triângulo
seja colapsado, o que corresponde a três pontos colineares.
N4. A primeira passagem da conta acima mostra que se ~u · ~v = 0 então k~u + ~vk2 =
k~uk2 + k~v k2 . O que diz respeito ao teorema de Pitágoras aplicado ao triângulo retângulo
de vértices O, A = ~u e B = ~u + ~v
y y y
~u + ~v ~u + ~v
~v
~v ~v
w(t)
~ ~v ~v

t~u
~u ~u ~u
O x O x O x
(a) Prova da propriedade I4. (b) Propriedade N3. (c) Propriedade N4.

II Problemas resolvidos

Exemplos:
(Ex.1) Considere os pontos P = (2, 3), Q = (−4, 1). Determine um ponto M no segmento
−−→ −−→
de reta P Q que seja equidistante a P e a Q; ou seja, d(M, P ) = ||M P || = ||M Q|| =
d(M, Q). Este ponto é chamado de ponto médio entre P e Q.

(Ex.2) Mostre que as medianas (reta que passa pelo vértice de um triângulo e o ponto médio
do lado oposto a esse vértice) se enontram num único ponto chamado de baricentro.
(Ex.3) Dado o vetor ~u = (a, b); existe um único vetor, chamaremos aqui de ~u⊥ = (−b, a),
que tem a mesma norma de ~u e lhe é ortogonal, sendo obtido como uma rotação
de ~u de 90o no sentido anti-horário. Isso nos dá uma regra prática de obter um
vetor ortogonal a um dado vetor do plano:  o vetor ortogonal a um vetor dado é
obtido trocando a abscissa pela ordenada e em seguida invertendo o sinal da primeira

entrada; (a, b) −→ (−b, a).
(Ex.4) Mostre que a área do paralelogramo 0AZB , onde A = (xA , yA ), B = (xB , yB ) e
Z = A + B é igual a |xA yB − xB yA |, que é o módulo do determinante da matriz
cujas linhas são as coordenadas dos pontos (vetores) A e B .

Resoluções:
(Ex.1) Mostraremos em geral que o ponto médio entre quaisquer pontos P e Q é
obtido simplesmente como a média aritmétrica entre P e Q, ou seja, M = P +Q
2
. Sendo
assim, no exemplo especíco, teremos M = 12 ((2, 3) + (−4, 1)) = (−1, 2).
CONTEÚDO 7

−−→ −−→
Os vetores P M e M Q são iguais e, de fato, igual
−−→ −−→ −−→ −−→
a metade do vetor P Q: P M = M Q = 12 P Q.
−−→
Assim o ponto médio M que é o vetor OM 
sendo O a origem do sistema de coordenadas 
M −→
P Q é escrito como a soma do vetor 0P com o vetor
−−→ −−→ −−→
P M , ou seja, M = P + P M = P + 12 P Q =
O P + 12 (Q − P ) = (1 − 12 )P + 12 Q = P +Q
2

(Ex.2) Considere o triângulo 4ABC e os pontos médio de cada lado do triângulo


MA , MB e MC .
Mostraremos que existem parâmetros reais (es-
calares reais) α, β e γ tais que:
−−−→ −−−→ −−−→ −−−→
A+αAMA = B+β BMB e A+αAMA = C+γ CMC ;

o que resultaria em existência de um ponto G,


C chamado de baricentro, que pertence às três re-
tas medianas. Já sabemos que MA = B+C ,
−−2−→
MB = 2 eMC = 2 . Calculando AMA
A+C A+B

como MA − A = B+C 2 − A = B+C−2A2 , ob-


MB MA −−−→
G temos da mesma forma BMB = A+C−2B
2 e
−−−→ A+B−2C
CMC = 2 . Para comprovar a identidade
acima teremos que mostrar a existência dos pa-
A MC B râmetros que resolvem as seguintes equações:
na primeira identidade:
A + α B+C−2A
2
= (1 − α)A + α2 B + α2 C = β2 A + (1 − β)B + β2 C = B + β A+C−2B
2
, daí
toma-se α = β = 2/3 e resolve equação;
e na segunda identidade:
A + α B+C−2A
2
= (1 − α)A + α2 B + α2 C = γ2 A + γ2 B + (1 − γ)C = C + γ A+B−2C
2
,
daí toma-se igualmente α = γ = 2/3 e resolve as duas identidades conjuntamente, e o
baricentro é G = A+B+C
3
(Ex.3)
O vetor que queremos obter ~u⊥ = (x, y) satisfaz
(ortogonalidade) (x, y) · (a, b) = 0 ≡ ax + by = 0
e (isonomia) ||(x, y)||2 = ||(a, b)||2 ≡ x2 + y 2 =
a2 + b2 .
~u⊥ Da primeira condição temos que y = −(a/b)x
que substituída na segunda condição se tem
x2 +(a/b)2 x2 = a2 +b2 , daí obtemos que x2 = b2 .
Logo x = −boux = b; e para cada escolha pos-
~u
sível de x se tem as duas possibilidades para
0 y , y = aouy = −a. Assim tem-se duas esco-
lhas apenas ~u⊥ : ou (−b, a) ou (b, −a); a pri-
meira representa a rotação de 90o no sentido
anti-horário, e segunda, no sentido horário
(Ex. 4)
Área do paralelogramo e determinante:
CONTEÚDO 8

Área do paralelogramo:
y Os seguintes triângulos são congruentes:
Ta ≡ Tb ; Sa ≡ Sb ;
Z2
B1 Os dois retângulos também são congruentes:
Tb Z Ra ≡ Rb
Rb A área do paralelogramo OAZB é igual a
B2 área do retângulo OZ1 ZZ2 menos a soma
B das áreas dos quatros triângulos (Ta , Tb , Sa ,
Sb Sb ) e os dois retângulos (Ra , Rb ), ou seja:

A(OAZB) = (xA + xB )(yA + yB ) − 2 xA2yA −


Sa −2 xB2yB − 2xB yA
A = |xA yB − xB yA |
A2
Ra Logo
Ta
x y

Área do paralelogramo = | A A

|
O A1 Z1 x xB yB

A demonstração do exemplo 4: O caso que veremos é uma situação mais


geral, a de um paralelogramo gerado pelos vetores OA
~ e OB
~ do Rn .
Veja que a área do paralelogramo gerado por OA
~ e OB
~ é, por denição, a multiplicação
da base pela altura.
A base tem tamanho kAk e a altura é kBksenθ, onde θ é o ângulo entre os vetores.
Como s 2


A·B
senθ = 1− cos2 θ= 1−
kAkkBk
segue que a área do paralelogramo é
s  2
A·B p
A = kAkkBk 1 − = kAk2 kBk2 − (A · B)2
kAkkBk

Então á fórmula da área de um paralelogramo gerado pelos vetores de Rn é dado pela


fórmula:
p
A= kAk2 kBk2 − (A · B)2

Agora, substituindo as coordenadas dos vetores A e B  e portanto estamos no plano


R2  na fórmula geral acima
q
A = (x2 + yA2 )(x2B + yB2 ) − (xA xB + yA yB )2
q A
= x2x 2
yA2
+ x2A yB2 + yA2 x2B +  2
B −
y 2
A xB ) − 2xA xB yA yB − 
(x (y
A yB )
2
   
qA B p
= xA 2 yB 2 − 2xA xB yA yB + yA2 x2B = (xA yB − xB yA )2 = |xA yB − xB yA |

Finalmente, a área do paralelogramo gerado pelos vetores A e B em R2 é calculado


tomando o valor absoluto do determinante da matriz cujas linhas são as coordenadas
desses pontos:
CONTEÚDO 9

 
x A y A

A = det
xB y B

III Problemas propostos

Exercícios.
1. Tomando os vetores ~u = (2, −3) e ~v = (1, 4), determine o vetor w
~ = (x, y) que
satisfaça a equação 2(~u − ~v + w)
~ − 3(~u + w) ~ + ~u − ~v .
~ = 5w

2. Determine um vetor: (a) que tenha o mesmo sentido do vetor (4, −3) e cuja norma
seja igual a 7; (b) que tenha sentido contrário ao vetor (1, −2) e com norma igual a
2.

3. Dados os pontos P = (1, 1) e Q = (3, −4). Determine o ponto R ∈ P Q que satisfaça


−→ −→ −→ −→ P Q
a condição: (a) P R = 12 RQ; (b)P R = 78 RQ. R
−−→ −→ −→
4. Considerando os pontos P , Q e C , escreva o vetor CM em termos de CP e CQ, onde
M
P Q

M é o ponto médio do segmento P Q. C

5. O Losango é um paralelogramo que tem todos os seus lados iguais. Verique: (a)
o paralelogramo com vértices A = (−1, 1); B = (−2, 2); C = (−3, 1); D = (−2, 0)
é um Losango. (b) As diagonais são ortogonais entre si. (c) Qual a área desse
Losango?
6. Considere o quadrilátero de vértices A = (3, 1); B = (4, 3); C = (3, 5); D = (2, 3).
(a) Verique se esse quadrilátero é um paralelogramo. (b) Calcule a área desse
quadrilátero.
7. Considere o paraleogramo OABC . Mostre que o paralelogramo é um losango se,
e somente se, as diagonais do paralelogramo são ortogonais.
8. Determine um vetor que tenha o mesmo sentido de ~u = (a, b) e cuja norma seja igual
a 1; denominamos esse vetor de o vetor normalizado de ~u. Qual o vetor normalizado
de ~u = (−1, 1)?
CONTEÚDO 10

Rascunho:

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