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Licenciatura em Matemática
Departamento de Matemática
Álgebra Linear I
Primeiro teste - correcção 25 de Novembro de 2020
Fazendo a operação elementar L2 → −2L1 + L2 obtemos uma matriz em escada 2 × 2 com dois pivôs.
a b
Vimos que uma matriz c d
é invertı́vel se e só se ad − bc 6= 0.
qualquer um dos vectores desta base por (12, −30, 5, 13) obtemos também uma base (porquê?).
c) Usando a base B sabemos que os elementos de U são da forma (x, y, z, t) = (a − b, −2a + 3b, 3a −
b, a+2b), com a, b ∈ R. Resta agora substituir estes pontos nas equações que definem V . Obtemos
(−2a + 3b) + (a − b) + (3a − b) + (a + 2b) = 0 3a + 3b = 0
ou seja ou seja b = −a.
3(a − b) − 2(3a − b) − 2(a + 2b) = 0 −5a − 5b = 0
Deste modo U ∩ V = {(2a, −5a, 4a, −a) : a ∈ R} e, portanto U ∩ V tem dimensão um.
d) Sabemos que {(1, −2, 3, 1), (−1, 3, −1, 2), ( 23 , − 53 , 1, 0), ( 32 , − 53 , 0, 1)} gera U + V . Mas
dim U + V = dim U + dim V − dim U + V = 2 + 2 − 1 = 3.
Para calcular uma base de U + V a maneira mais simples parece ser usar o seguinte raciocı́nio:
como (1, −2, 3, 1) não pertence a V , pois não satisfaz a primeira equação que define V , concluı́mos
que {(1, −2, 3, 1), ( 32 , − 35 , 1, 0), ( 23 , − 53 , 0, 1)} é um conjunto livre contido em U + V e, portanto,
gera um seu subespaço W de dimensão 3. Como dim U + V = 3 concluı́mos que W = U + V e,
2 5 2 5
portanto, (1, −2, 3, 1), ( 3 , − 3 , 1, 0), ( 3 , − 3 , 0, 1) é uma base de U + V
4. Para uma matriz Z, onde aparecer c(Z) leia-se “número de pivôs de uma matriz em escada obtida
usando operações elementares sobre Z”.
Seja A a matriz dos coeficientes do sistema e B a matriz aumentada do sistema. Recorde-se que o
sistema é possı́vel se e só se c(B) = c(A), e se o sistema for possı́vel então o número de graus de
liberdade é igual a 3 − c(A). Usaremos isto em todos os casos abaixo.
Vou aplicar operações elementares sobre a matriz ampliada do sistema e ir separando em casos conforme
for “necessário”.
1 a b 1 1 a b 1
1 a2 b2 2 −−−−−−−−−−→ 0 a(a − 1) b(b − 1) 1 .
L2 → L2 − L1
1 a3 b3 4 L →L −L
0 a(a2 − 1) b(b2 − 1) 3
3 3 1
Caso 1
Se a(a − 1) 6= 0, ou seja, se a 6∈ {0, 1}, então a(a − 1) é um pivô da segunda linha e podemos
continuar
1 a b 1 1 a b 1
0 a(a − 1) b(b − 1) 1 −−−−−−−−−−−→ 0 a(a − 1) b(b − 1) 1 .
2 2 L3 →(a+1)L2 −L3
0 a(a − 1) b(b − 1) 3 0 0 b(b − 1)(a − b) a − 2
[Caso 1.1] Se b(b − 1)(a − b) 6= 0 o sistema é possı́vel e determinado pois c(A) = c(B) = 3.
[Caso 1.2] Se b(b − 1)(a − b) = 0 e a − 2 6= 0 então c(B) = 3 > 2 = c(A) e, portanto o sistema é
impossı́vel.
[Caso 1.3] Se b(b − 1)(a − b) = 0 e a − 2 = 0 então o sistema é possı́vel e com um grau de liberdade
pois c(A) = c(B) = 2.
1 a b 1
Caso 2
Se a(a − 1) = 0 a matriz aumentada é 0 0 b(b − 1) 1 .
0 0 b(b2 − 1) 3
[Caso 2.1] Se b(b − 1) = 0 então o sistema é impossı́vel pois temos c(B) = 2 > 1 = c(A).
[Caso 2.2] Se b(b − 1) 6= 0 continuamos o processo e obtemos
1 a b 1 1 a b 1
0 0 b(b − 1) 1 −−−−−−−−−−−→ 0 0 b(b − 1) 1 .
2 L3 →(b+1)L2 −L3
0 0 b(b − 1) 3 0 0 0 b−2
Assim o sistema é impossı́vel se b 6= 2, pois temos c(B) = 3 > 2 = c(A), e é possı́vel e com um
grau de liberdade se b = 2 pois c(A) = c(B) = 2.
5. a) Há varias maneiras de resolver esta pergunta. Vamos ver uma que é fácil de explicar.
Podemos começar por escolher dois vectores no plano z = 0. Por exemplo vectores da forma
(1, b, 0) e (a, 1, 0), com a, b ∈ R. Note-se que se fizer variar a e b obtemos sempre vectores que
não são múltiplos dos outros, a não ser se ab = 1. Estes vectores também não são múltiplos de
vectores que não pertencem ao plano z = 0, por exemplo, vectores da forma (c, d, 1). Concluı́mos
assim que as bases
Ba,b,c,d = (1, b, 0), (a, 1, 0, (c, d, 1) , com a, b, c, d ∈ R e ab 6= 1