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Fotometria+Flash, 2017

Armando Vernaglia Jr.


Armando Vernaglia Jr
• Fotógrafo e cinegrafista com vinte anos de experiência profissional, participou de exposições
individuais e coletivas, publicou fotos artísticas e comerciais no Brasil e no exterior.
• Professor de fotografia, vídeo, cinema e história da arte em cursos aplicados nas escolas
Estúdio Vernaglia, EduK, Senac-SP, Riguardare, Instituto Candela e Instituto Internacional de
Fotografia.
• Palestrante nos temas fotografia, cinema, artes visuais e criatividade. Tendo palestrado nas
faculdades Cásper Líbero, Anhembi Morumbi, IMES, UniA, PUC-Recife, nas escolas Riguardare
e Instituto Candela.
• Graduado em Publicidade e Propaganda, pós graduado em Relações Públicas e Comunicação
Empresarial, ambos na Faculdade Cásper Líbero.
• Colunista em publicações impressas e online nos temas fotografia, cinema e artes em geral.
Fotometria + Flash
• De volta ao passado, nos tempos em que a fotografia digital engatinhava e o filme imperava,
nasceu no ano de 1998 o Curso de Fotometria, dois anos depois nasceu o Curso de Flash
Dedicado TTL, ambos desenvolvidos e ministrados por Armando Vernaglia Junior.
• O tempo passou, saíram as curvas de contraste e observações sobre a falha da lei da
reciprocidade da luz em filmes, entraram o histograma e o alcance dinâmico das câmeras
digitais, entre outros pontos.
• Os dois cursos foram unidos e assim nascia em 2005 o curso Fotometria+Flash, o primeiro do
Brasil a unir esses dois fundamentos essenciais da fotografia.
• Dezenas de turmas depois aqui estamos nós em 2017, com uma nova, atualizada,
modernizada e ampliada versão deste curso, sejam bem vindos.
O que veremos:
• Um tal de cinza médio e a exposição;
• Modos de fotometria e suas diferenças;
• Alcance dinâmico e amplitude tonal;
• Técnicas de fotometria;
• Histograma;
• O fotômetro de mão;
• Propriedades da Luz
• Flash TTL;
• Flash Manual;
• Flash fora da câmera, por disparo óptico e por rádio;
• Tempo de sincronismo e HSS, High Speed Sync;
• Luz Principal ou Preenchimento?
• Esquemas de iluminação.
Um tal de Cinza Médio
e a exposição
Preto (ausência de luz) Cinza Médio Branco (luz pura)
Vermelho Médio
Preto (ausência de luz) Verde Médio Branco (luz pura)
Azul Médio
Cinza Médio é a referência do fotômetro, o centro da régua
de fotometria. A câmera busca o registro médio, nem
branco nem preto, ela não sabe diferenciar tonalidades, é
você quem deve saber o que é claro ou escuro. Fotômetro
no centro significa uma foto de tom mediano, nem clara
nem escura, nem certa nem errada.
O cinza médio na câmera

O centro da régua indica a referência média.


+ indica adicionar luz, deixar a imagem mais clara do que a média.
- Indica subtrair luz, deixar a imagem mais escura que a média.
Exposição
Expor é fazer com que a luz passe por lente,
abertura, obturador e chegue ao sensor de captura
para que uma fotografia seja gravada.
A imagem é gravada com regulagens que foram
determinadas, ou pelo fotógrafo, ou pelo
automatismo da câmera.
Fotometrar é o processo de medir a luz utilizando a
referência do cinza médio, e decidir se queremos a
imagem média, ou se queremos uma imagem mais
clara, ou mais escura.
Exemplos.

Fotômetro indicando “0” Fotômetro indicando “+1”


Exemplos.

Fotômetro indicando “0” Fotômetro indicando “-1”


• Assunto mais claro que a média, a câmera interpreta
como muita luz e não como branco, por isso ao
centralizar o fotômetro geramos uma imagem mais
escura que o “real”.
• Assunto mais escuro que a média, a câmera
interpreta como pouca luz e não como preto,
centralizar o fotômetro gera uma imagem mais clara
que o “real”.
Lembrete:
1EV (um valor de exposição) equivale a dobrar ou
cortar pela metade a quantidade de luz.
+1, ou +1EV dobra a luz sobre o cinza médio.
-1, ou -1EV corta a luz do cinza médio pela metade.
+3 é algo bem próximo de branco.
-4 é algo bem próximo de preto.
Os modos de fotometria
Pontual, Parcial, Ponderado, Matricial...
Os modos de fotometria.

Nikon: Matrix, Center Weighted, Spot


Sony: Multi, Center, Spot
Os modos de fotometria:
• Spot: menos de 5% do quadro, a área de medição pode não
coincidir com o ponto de foco.
• Partial: cerca de 10% do enquadramento, e nem sempre essa
área coincide com os pontos de foco selecionados.
• Center Weighted/Center: média ponderada com mais peso na
área central do enquadramento.
• Matrix/Multi/Evaluative: funciona como uma média de dezenas
de medições spot, cobrindo uma área ampla do quadro.
Observação:

• Todos os modos de fotometria se baseiam na tonalidade média.


A medição pontual tem como referência o cinza médio para uma
pequena área, a medição matricial tem como referência o cinza
médio para a cena toda.
Indicações: Spot e Partial
• Situações de grande amplitude tonal nas quais o fotógrafo
precise isolar uma área da foto para fazer a medição da luz, por
exemplo algo de tonalidade mediana sobre fundo muito claro ou
muito escuro.
• Exemplo: pessoa dentro de casa, diante da janela, com sol do
lado de fora.
Medição pontual no pelo do cachorro para evitar influência do fundo branco.
Em matricial o fundo branco levaria a indicações de regulagens mais fechadas, gerando
uma foto mais escura.
Pontual na folha para evitar que o fotômetro
seja influenciado pelo fundo escuro.
Caso utilizasse a medição matricial, a foto
ficaria mais clara pois o fotômetro seria
confundido pelas áreas escuras e indicaria
regulagens mais abertas.
Pontual no tecido
vermelho para
evitar que o
fotômetro seja
influenciado pelo
fundo escuro.
Fosse utilizada
medição matricial,
a câmera iria
sugerir regulagens
mais abertas e
consequentemente
uma imagem mais
clara que essa.
Indicações: Center Weighted
• Quando o assunto de interesse da foto estiver no meio do
enquadramento ocupando uma parte considerável do
quadro, e a cena apresentar dificuldades para o fotógrafo
decidir uma área para usar a medição pontual. Ou o
fotógrafo não estiver confortável em utilizar matricial por
qualquer razão.
Medição ponderada ao
centro pode ser indicada
aqui pois o assunto de
interesse está ao centro e
ocupa uma área grande.

Neste caso tanto a medição


ponderada ao centro,
quanto a matricial e a
pontual (apontada no centro
da taça) gerariam resultados
muito semelhantes pois a
cena tem pouco contraste.
Indicações: Matrix/Evaluative
• Cenas gerais, sem que o assunto necessite estar no centro.
• Cenas de grande amplitude tonal nas quais o fotógrafo não
possa ou não queira realizar medições pontuais, preferindo
outras técnicas.
• Quando o assunto de interesse está fora de centro e não há
como unir a medição spot ao ponto de foco.
• Quando o assunto estiver longe demais para obter precisão com
a medição spot.
Cena distante e
situação
complexa para
utilizar pontual,
cena de
contraste médio
que não gera
grandes desvios
na medição
matricial,
fazendo dela a
escolha ideal
para essa
fotografia.
Cena de contraste
médio que não gera
grandes desvios na
medição matricial,
fazendo dela a escolha
ideal para essa
fotografia.
Uma medição pontual
na parte de pedra da
ponte (a parte de
pedra que está no sol)
daria o mesmo
resultado.
Use o que produzir os melhores resultados em seu trabalho.
Em minha carreira fiquei entre pontual nas situações de fundo
muito claro ou muito escuro e matricial para todas as outras
situações, sem nunca utilizar ponderado ao centro. Mais
recentemente em câmeras mirrorless ficou raro meu uso de
medição pontual.
Alcance Dinâmico
Um dos conceitos mais importantes
de todos.
Alcance dinâmico
• A câmera converte luz em eletricidade, muita luz gera mais
sinal elétrico e aproxima a imagem de branco, pouca luz gera
menos sinal elétrico e aproxima a imagem de preto.
• Quando o sinal elétrico atinge os limites alto e baixo do
equipamento temos branco em um extremo e preto em
outro.
• O alcance dinâmico é o total de tons que a câmera consegue
captar entre esses limites.
Baixo Alcance dinâmico, poucos tons entre branco e preto.

Médio Alcance dinâmico, vários tons entre branco e preto.

Grande Alcance dinâmico, muitos tons entre branco e preto.


Alcance dinâmico
• Quanto maior o sensor de captura, quanto melhor o
processador de imagem e quanto mais avançada a
tecnologia, maior será o alcance dinâmico;
• Arquivo RAW tem maior alcance dinâmico que JPEG;
• Quanto maior o alcance dinâmico, melhor o desempenho em
condições ruins de luz;
• Quanto maior o alcance dinâmico, menores as chances de um
erro de exposição ser irrecuperável.
ISO alto (1600, 3200...)
Alcance dinâmico menor

Importante!
ISO x Alcance
Dinâmico

ISO baixo (100, 200)


Alcance dinâmico maior
ISO x Alcance Dinâmico
Amplitude tonal
Outro conceito muito importante.
Tomemos como
exemplo esta
fotografia feita
com medição
matricial e
regulagens
f/13, 1/60s e
ISO100, se
alternarmos para
medição pontual,
poderemos
avaliar cada
pedaço da cena
individualmente.
Medição pontual
na Alta luz (parte
mais clara): f/13,
1/500s (+3) e
ISO100

Medição pontual
nos médios: f/13,
1/60s (0) e ISO100

Medição pontual
nas baixas luzes
(escuros): f/13,
1/8s (-3) e ISO100
Amplitude tonal é a quantidade de tons
e contrastes existentes em uma cena.
Neste caso de +3 até -3.
As câmeras modernas, em RAW,
suportam exposições que partindo do
cinza médio cheguem até +4 para o
branco e até -6 para o preto.
Amplitude medida maior que um
intervalo de +4 até -6, indica amplitude
grande demais para ser registrada
integralmente, podendo haver perdas
nos tons claros ou nos escuros.
Técnica de fotometria 1
A técnica das três medições.
Técnica das três medições
• Use pontual/spot
• Aponte a câmera para algo de tonalidade média e ajuste
abertura, tempo e ISO.
• Aponte para a área mais escura da cena e observe a régua do
fotômetro, que irá apontar valor negativo. Aponte para a área
mais clara e observe a régua, que irá apontar valor positivo.
• Se o positivo não passar de +3 e o negativo não passar de -4,
faça a foto com a regulagem obtida na tonalidade média, a
parte clara não irá estourar e a parte escura não ficará preta.
Alta luz
f/13
1/500s
ISO100
+3

Cinza médio
f/13
1/60s
ISO100

Baixa luz
f/13
1/8s
ISO100
-3
Técnica das três medições
• Permite medir a amplitude tonal.
• Tendo alcance dinâmico e amplitude tonal, sabemos se a cena
pode ser registrada ou se algo claro irá estourar ou fechar.
• É como se o alcance dinâmico fosse uma vaga para estacionar o
carro, e a amplitude tonal fosse o carro. O carro nunca pode ser
maior que a vaga.
• Efetiva em fotografia de paisagens, arquitetura, interiores, ensaios
e retratos.
• Não efetiva em jornalismo, esportes e eventos ou quando não
temos um tom médio para iniciar o cálculo.
O que fazer quando o carro não
cabe na vaga, ou, a cena não
cabe no alcance dinâmico?
Vaga pequena, carro grande...
• Tentar outro horário com a luz menos contrastada.
• Iluminar com menos contraste.
• Usar flash de preenchimento para reduzir o contraste da
cena.
• Usar um equipamento de maior alcance dinâmico.
• HDR ou outra técnica de montagem de imagens com
exposições diferentes.
Histograma
Histograma
típico de uma
cena que
contém mais
tons claros do
que medianos
e escuros.
Histograma
típico de uma
cena que
contém mais
tons escuros do
que medianos
e claros.
Histograma
típico de uma
cena
contrastada
que contém
mais claros e
escuros do que
medianos.
Histograma
típico de uma
cena mediana
(mediana um
pouco escura é
verdade), sem
muitos tons
claros ou
escuros.
Não existe histograma certo.
• O histograma reflete a imagem.
• Imagem clara tem histograma para a direita.
• Imagem escura tem histograma para a esquerda.
• Imagem média tem histograma no centro.
• O histograma não reflete o raw e sim um jpeg.
Técnica de fotometria 2
Expor para a direita ou expor
positivamente.
• Expor para a direita ou expor positivamente significa tentar a
exposição mais clara possível antes da perda de informações
claras para o branco.
• Expor buscando que o histograma fique mais à direita do que
ficaria normalmente.
• Expor buscando uma indicação de fotômetro mais para o lado
positivo que para o mediano.
• A câmera grava menos ruído quando recebe mais luz.
• Há mais ruído nas áreas escuras da fotografia, e menos ruído
nas áreas claras.
• Expor positivamente, ou para a direita do histograma, gera
uma imagem mais clara, e portanto com menos ruído.
• A imagem feita com essa técnica parecerá clara no momento
do click, basta escurecer a mesma quando converter o RAW.
• Essa técnica deve ser vista com cautela ao fotografar em jpeg
ou para a produção de vídeos.
Técnica de fotometria 3
Compensação de branco.
Compensação de Branco
• Visa a exposição adequada de tons claros quando não temos
o tom médio para referência ou não queremos usar o tom
médio como referência.
• Medição spot, apontamos para a superfície branca e
buscamos ajustar a câmera para um valor positivo na régua
do fotômetro, como por exemplo +1 e 1/3, +1 e 2/3.
• Podemos usar medição matricial e o zoom da lente para
medir apenas uma área de interesse.
Compensação de Branco
• Ao usar o branco como referência e não o médio, nos
asseguramos de não estourar as altas luzes desde que não
utilizemos algo mais extremo do que +2.
• Exemplo: medição pontual no vestido da noiva, sobre o
resultado zerado aumentar +1 e 1/3 e fotografar com essa
exposição, isso aproxima o vestido do branco e o distancia do
cinza, estará seguramente mais certo que uma medição
“zerada” ou centralizada.
O Fotômetro de Mão
Fotômetro de mão.
• Mais sensível e portanto mais apto em
situações com pouca luz.
• Opera corretamente com flashes de
estúdio.
• Geralmente limitado a luz incidente.
• Não opera com modo TTL de flashes
dedicados.
Fotômetro de mão: quando usar?
• Em estúdio, com flashes não dedicados.
• Com flashes dedicados em modo Manual.
• Externas com flash de estúdio.
• Externas sem flash, como referência
adicional.
• Em noturnas e cenas de baixa luz
aproveitando a sensibilidade adicional.
Referências para emergências
Use em caso de pânico. 
f/stop tempo ISO exemplo

Tende para longas exposições sob pouca luz. f/5.6 15s 100 Ruas muito escuras, becos
f/5.6 8s 100 Ruas pequenas
f/5.6 4s 100 Ruas médias e skyline de cidades
Tabela de referência para ISO baixo.

f/5.6 2s 100 Avenidas e monumentos


f/5.6 1s 100 Avenidas muito iluminadas como a Av. Paulista em SP
f/5.6 1/2s 100 Anoitecer
f/5.6 1/2s 100 Evento mal iluminado
f/5.6 1/4s 100 Evento medianamente iluminado
f/5.6 1/8s 100 Evento bem iluminado
f/5.6 1/15s 100 Grandes feiras de negócios
f/5.6 1/100s 100 Dia nublado pré chuva
f/5.6 1/200s 100 Dia nublado
f/5.6 1/400s 100 Dia parcialmente nublado
f/5.6 1/1000s 100 Dia de sol
f/5.6 1/2000s 100 Sol aberto no verão, na praia ou neve
f/stop tempo ISO exemplo

Tende para o ruído de imagens sob pouca luz. f/2 1/30s 12800 Ruas muito escuras, becos
f/2.8 1/30s 12800 Ruas pequenas
f/2.8 1/30s 6400 Ruas médias e skyline de cidades
f/2.8 1/30s 3200 Avenidas e monumentos
Tabela de referência para ISO alto.

f/4 1/30s 3200 Avenidas muito iluminadas como a Av. Paulista em SP


f/5.6 1/30s 3200 Anoitecer
f/5.6 1/30s 1600 Evento mal iluminado
f/5.6 1/30s 800 Evento medianamente iluminado
f/5.6 1/30s 400 Evento bem iluminado
f/5.6 1/30s 200 Grandes feiras de negócios
f/5.6 1/100s 100 Dia nublado pré chuva
f/5.6 1/200s 100 Dia nublado
f/5.6 1/400s 100 Dia parcialmente nublado
f/5.6 1/1000s 100 Dia de sol
f/5.6 1/2000s 100 Sol aberto no verão, na praia ou neve
Flash
PROPRIEDADES DA LUZ
• A potência da luz altera conforme a distância, ao cortarmos uma distância pela

Ilustração: Cris Alencar (http://crisalencar.com.br/index.html)


metade, a potência da luz sobe 4x, ao dobrarmos a distância, cai a ¼ do que era.

Luz = 4x a força do que será em 4m


4 Luz = ¼ do que era
em 2m
PROPRIEDADES DA LUZ
• A dureza da luz pode ser definida como a
qualidade da passagem entre luz e sombra.
• Aumenta com a distância. Luz mais distante
torna-se dura pois fica proporcionalmente
menor, a luz próxima torna-se suave, ou
menos dura, ao ficar proporcionalmente
maior.
• Uma luz de menor dureza, ou de maior
suavidade, é uma luz que apresente
passagem suave entre a luz e a sombra, a
luz dura apresenta passagem contrastada,
delineada, entre a luz e a sombra.
• Acima, luz dura, abaixo, luz suave.
FLASH TTL
• TTL significa trough the lens, a fotometria e a
avaliação da luz do flash se dará pela medição
da luz que entrou pelas lentes.
• O flash TTL emite um pré flash instantes antes
da foto ser feita, esse pré flash é avaliado pela
câmera e assim é decidida a potência final de
disparo.
• O flash externo pode ter diversos modos de
operação como TTL, Manual, Multi, Master e
Slave.
• O flash interno pode ter algumas dessas
funções como TTL ou Manual, e em alguns
casos até a operação como Master.
FLASH TTL
• TTL: o flash dispara com a potência determinada
pela câmera através de seu sistema de
fotometria.
• Em ambientes escuros, ou quando do uso de
regulagens fechadas (aberturas pequenas, ISO
baixo, tempo curto), o flash automaticamente
dispara com potência maior.
• Em locais iluminados, ou quando do uso de
regulagens mais abertas (abertura ampla, ISO
alto, tempo de exposição longo), o flash
automaticamente dispara com menor potência.
• Alteramos a intensidade do flash TTL através da
compensação de exposição de flash.
FLASH MANUAL
• Manual: o flash dispara com a potência
determinada pelo fotógrafo sem
interferência da fotometria da câmera.
• Em manual não existe compensação de
exposição, a mesma se dá por alteração
da carga de disparo, geralmente de 1:1
(carga máxima), até 1:128.
• Para decidir qual a melhor ou mais
adequada potência, o fotógrafo faz
fotos de teste mudando a carga até
chegar no resultado ideal, ou conta com
a ajuda de um fotômetro manual
externo.
TTL x Manual

TTL Manual
Mais fácil de acertar na primeira foto, Mais difícil de acertar na primeira
exige menos conhecimento técnico foto, exige mais conhecimento técnico
em fotografia em fotografia
Previsível, sempre tende a cinza Reproduzível, uma vez ajustado,
médio repete os mesmos resultados sempre
Sensível ao conteúdo da imagem Indiferente ao conteúdo da imagem
Flash fora da câmera,
MASTER e SLAVE óptico
• Na função Master o flash comanda
outros flashes, podendo ser em
sistema manual (com determinação
de carga de 1:1 até 1:128) ou TTL
(em compensação de -3 a +3), sendo
neste caso o disparo comandado
por infra vermelho (óptico).
• Esse recurso não está disponível em
todos os sistemas de flash, e alguns
flashes só possuem opção slave.
• Na função Slave o flash será
comandado por outro flash.
Flash for a da câmera,
MASTER e SLAVE por rádio
• Na função Master o flash comanda
outros flashes, podendo ser em
sistema manual (com determinação
de carga de 1:1 até 1:128) ou TTL
(em compensação de -3 a +3), sendo
neste caso o disparo comandado
por rádio.
• Esse recurso não está disponível em
todos os sistemas de flash, e alguns
flashes só possuem opção slave.
• Na função Slave o flash será
comandado por outro flash.
Óptico x Rádio
Óptico Rádio
Menor alcance Maior alcance
Pode sofrer obstrução física Sofre menos obstruções físicas
Precisa que os sensores dos flashes Não precisa que os sensores dos
apresentem alinhamento visual flashes estejam alinhados
Um maior número de flashes e Poucos sistemas existentes são 100%
câmeras possuem sistema de compatíveis com as funções TTL
transmissão e recepção óptico
Tempo de Sincronismo e High Speed Sync
• Tempo de sincronismo é a
maior janela de tempo
possível para a câmera manter
as duas cortinas do obturador
abertas.
• HSS é uma forma de manter o
flash acesso durante o curso
das duas cortinas de
obturador, para quando as
mesmas não forem ficar
completamente abertas
simultaneamente, o que
ocorre em tempos mais curtos
que o tempo de sincronismo.
Tempo de sincronismo e “congelamento” da ação
• Contrário ao que muitos
pensam, não é o tempo de
exposição que “congela” a ação
da cena, mas o tempo de
duração do disparo do flash.
• Flashes dedicados apresentam
disparo mais longo em carga
máxima (em torno de 1/300s) e
mais curto em carga mínima
(cerca de 1/20.000s), assim
cenas cujo objetivo seja
congelar a ação pedem cargas
baixas nos flashes.
High Speed Sync (HSS)
• Ao trabalhar sob sol ou situações de
muita luminosidade, é complexo
utilizar aberturas amplas (f/2.8, f/4
etc.) e obter exposição estando
limitado ao sincronismo da câmera,
em torno de 1/200s.
• No HSS o flash é aceso antes da
abertura da primeira cortina e
permanece até o fim do fechamento
da segunda cortina, permitindo o
uso de tempos de exposição mais
curtos que o sincronismo.
• Vamos estudar a foto ao lado...
f/5.6, 1/125s, ISO100 f/5.6, 1/500s, ISO100 f/5.6, 1/500s, ISO100
Fotometria correta para o Fotometria correta para o céu e Fotometria correta para céu e
personagem, altas luzes para brilhos no personagem, mas brilhos, flash em HSS clareia o
estouradas (céu e brilhos no personagem com exposição em personagem. Flash estava em TTL
personagem) 2EV negativos sem compensação (automático)
Esquemas de Iluminação
3 Point Lighting
• Luz de 3 pontos: Principal,
preenchimento e contra luz.
• Um flash como luz principal (dá
característica de iluminação à foto), um
ou mais flashes em contra luz, criando
um contorno do objeto ou pessoa
fotografado, um flash ou rebatedor
como luz de preenchimento para
amenizar as sombras geradas pela luz
principal.
• Neste caso, luz principal acima do
fotografado, preenchimento abaixo do
fotografado, contra luzes dos dois lados.
3 Point Lighting
• Luz de 3 pontos: Principal,
preenchimento e contra luz.
• Um flash como luz principal à direita e
acima da câmera, um flash rebatido na
parede do lado oposto como luz de
preenchimento, um flash como contra
luz à esquerda da câmera, atrás do
retratado. Esse contra luz foi
posicionado de forma a também
preencher sombras atuando como
preenchimento também. Diversos
rebatedores ajudam a atenuar sombras
na moto e equalizar a iluminação.
Cross key
• Segue o esquema de 3 pontos, com
principal, preenchimento e contra luz,
mas os contra luzes atuarão também
como principal e possivelmente como
preenchimento.
• Dois flashes posicionados em contra luz,
apontados para um rebatedor diante do
retratado, atuando como
preenchimento. Os dois flashes de
contra luz também cumprem como luz
principal (visto que é o contra luz que
dá característica à imagem), e como
preenchimento pois a mesma luz é
rebatida para suavização de sombras.
Cross key, 2 pessoas
• Segue o esquema de 3 pontos, com
principal, preenchimento e contra
luz. Aqui para duas pessoas, pode
ser imaginada por exemplo para
cenas de casais em ensaios de
noivos.
• Dois flashes posicionados
simetricamente (à esquerda e à
direita) atuam como contra luz de
um personagem e principal do
outro personagem. Um terceiro
flash atua como preenchimento das
sombras em ambos.
Silhueta
• A luz principal é o contra luz, não há preenchimento, a
principal aponta para o fundo e o mesmo rebate luz
em direção à câmera.
LUZ
• Iluminação é um aprendizado de vida, cada
produto e cada pessoa pede uma iluminação
própria, algumas vezes com mais contraste,
outras com menos, vez ou outra precisamos
revelar texturas, vez ou outra escondê-las,
esquemas de luz ajudam, mas não são
estruturas fixas, o que deve guiar o processo
de iluminação é a estética particular de cada
objeto ou pessoa. Treinem muito, treinem
sempre, iluminem tudo o que puderem em
todas as vezes em que isso for possível, pois
quanto mais treinamos, mais sutil, delicado
e marcante fica nosso trabalho de luz.

• Armando Vernaglia Jr
Observação final: Nada substitui o treino. 

Imagens, texto e tabelas contidas neste material são de


autoria de Armando Vernaglia Junior.

Site do autor: www.vernaglia.com.br


Instagram: instagram.com/armandovernagliajunior
Youtube: YouTube.com/user/ArmandoVernaglia
E-mail : contato@vernaglia.com.br

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