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Tratamento Destinação
Coleta Transporte Transbordo
(ambientalmente
adequada)
Dicionário Aurélio:
Tratamento de desinfecção
de RSS através de processo
de micro-ondas em regime
contínuo.
Princípios
Toda política pública deve estar amparada em
princípios
Princípios da PNRS
I. A prevenção e a precaução;
São princípios extraídos da Política Nacional de Meio Ambiente. Vamos
observar que PNMA foi uma referência importante para a PNRS. Mais do que
isso o Ministério do Meio Ambiente foi e continua sendo o principal
protagonista nos desdobramentos da PNRS. Isso é tão verdadeiro que a
elaboração do Plano Nacional de Resíduos Sólidos não está sediado nem é
coordenado pela Secretaria Nacional de Saneamento do atual Ministério da
Integração Nacional, mas sim pela Secretaria Nacional de Qualidade
Ambiental Urbana do Ministério do Meio Ambiente, transferindo, assim, o
protagonismo de uma área de governo com vocação normativa/ executiva
para uma área de vocação normativa/ fiscalizatória.
Alguém poderia lembrar que a PNRS tem um capítulo que trata da engenharia
reversa. É verdade e só confirma o argumento, acima. Somente meia dúzia de
segmentos empresariais foram alcançados pelo princípio do gerador-pagador.
Claramente são segmentos empresarias sem representação ou com
representação insuficiente na quebra-de-braços da negociação dos termos da lei,
reafirmando a máxima “quem pode mais paga menos”, ou, melhor ainda, não
paga nada.
VII. A responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de
vida dos produtos;
Esse princípio foi e continua sendo festejado e utilizado para exemplificar
como a transformação que a PNRS patrocinará resultará do
comprometimento de TODOS.
Pois bem, um importante músico brasileiro, Tim Maia, tinha uma frase de
efeito muito apropriada para que possamos compreender esse princípio:
“TUDO É TUDO E NADA É NADA!!!”. Se a lei não trata a
responsabilidade de forma específica, ninguém será alcançado pela lei. Se
ninguém for alcançado, a não ser genericamente, ficaremos como
estamos.
X. O direito da sociedade à
informação e ao controle
social;
A arma utilizada pela oposição para inviabilizar a aprovação da taxa de lixo foi
a não demonstração da proporcionalidade da cobrança. Não há
sustentação jurídica para cobrar uma taxa ou tarifa, desvinculada de um
critério objetivo de medição da geração. Em suma, não se pode cobrar o
mesmo valor para quem gera “lixo” em quantidades diferentes.
À dificuldade em cobrar do munícipe, de forma específica, algo que ele sabe
que já paga, embutido no IPTU, soma-se a dificuldade em demonstrar a
proporcionalidade na cobrança pelos serviços de coleta e disposição final dos
RSU. Como a exigência legal de prévio tratamento a todos os resíduos
gerados e a disposição ambientalmente adequada elevará substancialmente o
custo do manejo de RSU, nada acontecerá se não for viabilizada a cobrança
por esses serviços. Este é, seguramente, o maior desafio para a
transformação propugnada pela PNRS.
Objetivos
Toda política pública deve explicitar seus objetivos
( Novo Dicionário Aurélio da Lingua Portuguesa. 2ª. Edição. Editora Nova Fronteira)
Objetivos da PNRS
Geração de RSU tem correlação positiva com consumo, logo com renda. Na
Europa a geração de RSU alcança algo como 1,5 a 1,8 Kg/habitante, por dia. Nos
EUA, essa taxa de geração situa-se num patamar ainda mais elevado.
A população brasileira, considerada no seu conjunto, apresenta uma taxa de
geração de RSU na ordem de 1 Kg/habitante, por dia.
Na cidade de São Paulo registramos taxa de geração por habitante, por dia, que
oscila entre 1,8 Kg (Pinheiros) e 0,7 Kg (Guaianazes). Logo, não resta dúvida que
no Brasil a população, na sua média, consome abaixo de uma média razoável, em
razão do seu baixo poder aquisitivo, logo gera menos resíduo do que deveria, se
compararmos com sociedades de maior poder aquisitivo. Nesse cenário é
descabido para a realidade brasileira o objetivo de redução da geração de RSU,
pois isto significaria, de fato, perseguir uma redução de consumo de uma
população que consome abaixo do razoável. Não gerar é um objetivo tolo que não
se aplica sequer aos países ricos. Ainda, reutilização, tem pouquíssimo significado
na escala de geração de RSU. Deveríamos, assim, enfatizar como objetivos a
perseguir a reciclagem e o tratamento dos resíduos sólidos urbanos.
Objetivos da PNRS
V. Redução do volume e da
periculosidade dos
resíduos perigosos;
Objetivos da PNRS
X. Regularidade, continuidade,
funcionalidade e universalização da
prestação dos serviços públicos de
limpeza urbana e de manejo de resíduos
sólidos, com adoção de mecanismos
gerenciais e econômicos que
assegurem a recuperação dos custos
dos serviços prestados, como forma de
garantir sua sustentabilidade
operacional e financeira . . .
Objetivos da PNRS
Se é compreensível dentro do jogo de forças de interesses contraditórios no
parlamento brasileiro a ausência do princípio do gerador-pagador, é
absolutamente inaceitável para a realidade brasileira em sua estarrecedora
desigualdade sócio-econômica a desconsideração no âmbito da PNRS do
objetivo da EQUIDADE como complemento da UNIVERSALIZAÇÃO dos serviços
de limpeza urbana. Isto significa que as dezenas de milhões de brasileiros que
vivem em áreas subnormais, especialmente em favelas, não têm assegurado por
lei um atendimento equivalente a quem vive no restante da cidade.
Na coleta regular os munícipes depositam o seu “lixo” em frente às suas
residências ou, por mera liberalidade, depositam na esquina.
Quem mora em favela, como regra, tem que levar seu “lixo” até a avenida mais
próxima onde a empresa operadora dos serviços de coleta posicionam caçambas
para recolhimento mecanizado. Evidente que estes locais logo evidenciam
insalubridade e atração para descarte de toda sorte de resíduos sólidos. Este
ambiente degradado, assim, logo agrava a identidade do lugar.
Precisa ser desse jeito? Óbvio que não!
V. O monitoramento e a fiscalização
ambiental, sanitária e agropecuária;
Instrumentos da PNRS
( Novo Dicionário Aurélio da Lingua Portuguesa. 2ª. Edição. Editora Nova Fronteira)
Diretrizes da PNRS
II - Os planos estaduais de
resíduos sólidos;
São planos de resíduos sólidos:
V - Os planos municipais de
gestão integrada de resíduos
sólidos;
VI - Os planos de gerenciamento
de resíduos sólidos.
Diretrizes da PNRS
Em 2014 foi elaborada uma versão preliminar, apoiada em consultas públicas, mas
nunca consolidado.
Em 2020 foi, finalmente, elaborado o primeiro Plano Nacional de Resíduos Sólidos
(Planares) com consulta pública aberta entre os meses de agosto e novembro.
Merece atenção que a dimensão técnica do Plano foi coordenado pela ABRELPE,
Associação que representa as empreiteiras, que operam os serviços terceirizados
de limpeza pública no Brasil.
Diretrizes da PNRS