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UFABC: 2024-1

NAESTU033-17SA Resíduos sólidos (TPI 2-1-4)

Prof. Dr. Gilson Lameira de Lima

Aula 02 fevereiro 2024


Política Nacional de Resíduos Sólidos

Lei Federal No. 12.305 de 02 de agosto de 2010


A Política Nacional de Resíduos Sólidos
é uma política pública.

O que é e para que serve uma política


pública?
Política pública é, genericamente, uma
escolha do caminho a percorrer para se
atingir objetivos capazes de transformar,
no âmbito da sociedade, determinada
realidade.
Quando vira Lei, expressa a
formalização de um acordo, entre
segmentos de poder político dessa
sociedade, para alcançar essa
transformação.[é muito importante compreender que esse
acordo é a resultante de uma negociação de interesses contraditórios
normalmente presentes na sociedade]
A PNRS resultou de 20 anos de luta de diversos
setores da sociedade para a transformação de uma
situação inaceitável, do ponto de vista ambiental,
em relação à qualidade de vida nas cidades
brasileiras e da necessidade de apoiar, favorecer,
parcela não desprezível de nossa população que
sobrevive da catação de resíduos recicláveis.
Quando esta luta ganha roupagem institucional e adentra o parlamento nacional,
o embate se dá entre o conjunto de forças da sociedade, ali representadas,
normalmente apresentando interesses contraditórios. Nesse jogo, ganha quem
pode mais e levar um tempo tão longo significa que a demanda por esse tipo de
transformação, de natureza ambiental e social, nunca foi prioridade para as
forças hegemônicas do parlamento. Foi necessário agregar o interesse do poder
executivo para alcançar um equilíbrio de forças no parlamento brasileiro,
suficiente para gerar um avanço. Não à toa, deu-se a promulgação da lei, mas
também sua regulamentação (Decreto No. 7.404/2010) no governo do
presidente Lula. Este avanço institucional para a sociedade brasileira se chama
Política Nacional de Resíduos Sólidos, de potencial transformador, mas longe de
ser perfeito, pois uma lei persegue benefícios, mas impõe obrigações e uma das
principais consequências desse tipo de lei é: quem vai pagar a conta pelos
avanços necessários? A resposta a essa pergunta se resolveu na negociação
parlamentar sob a máxima de “quem pode mais, paga menos”.
Antecedência
Lei Federal No. 11.445 / 2007 – Marco regulatório
do saneamento básico
Criou as diretrizes básicas para organização dos serviços de saneamento
básico no Brasil.

Essa lei definiu saneamento básico como o conjunto de serviços, infra-


estruturas e instalações operacionais de:

• Abastecimento de água potável (da captação às ligações prediais e


instrumentos de medição);

• Esgotamento sanitário (coleta, transporte, tratamento e disposição final,


desde as ligações prediais até seu lançamento final no meio ambiente);

• Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos (coleta, transporte,


transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e originário de limpeza
de vias públicas);

•Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas (transporte, detenção ou


retenção, tratamento e disposição final)
É importante destacar que até a promulgação da lei federal No. 11.445/207, o
escopo de saneamento básico restringia-se às disciplinas de água e esgoto. Essa
ampliação resultou de um grande esforço das entidades representativas da área
técnica de saneamento ambiental, especialmente a Associação Brasileira de
Engenharia Sanitária – ABES, tendo por referência uma única e bem sucedida
experiência de gestão integrada de saneamento ambiental - a experiência do
Serviço Municipal de Saneamento Ambiental / Semasa no município de Santo
André/ SP. Criado em 1969, como autarquia municipal, o Semasa foi responsável
pelo sistema de abastecimento público de água, incluindo pequena parcela de
produção de água potável e coleta e destinação de esgotos. Na gestão municipal
de 1997-2000, do Partido dos Trabalhadores, o Semasa incorporou a gestão do
sistema de drenagem urbana, até então subordinado à administração direta da
Prefeitura Municipal e, a partir de 1998, incorporou a gestão do sistema de
limpeza pública, assim como a gestão ambiental do município, além da defesa
civil. Tudo isso foi paulatinamente se integrando como estratégia de política
publica, sob uma única direção.
Esse crédito tem que ser dado ao prefeito Celso Daniel, que “por linhas tortas”
construiu um extraordinário instrumento de gestão integrada de saneamento
ambiental. “Linhas tortas” porque a motivação primeira não foi gerar esse
instrumento de política, mas resolver uma situação orçamentária, então, gravíssima
da Prefeitura Municipal, transferindo-se despesas importantes (“lixo” e “enchentes”)
para quem tinha situação financeira estável: o Semasa. Em 11 de agosto de 2019 o
sistema de água e esgotos foi transferido para a Sabesp, encerrando-se, no
município (e no Brasil), a gestão integrada efetiva das disciplinas que integram a lei
federal No. 11.445/207. Essa é uma história verdadeira, mas é mais longa e
complexa, então ficaremos por aqui.
Política pública

Toda política pública deve definir seu


campo de aplicação

A quem e a que se aplica a PNRS?


A quem

Pessoas físicas ou jurídicas de direito


público ou privado, responsáveis direta
ou indiretamente pela geração de
resíduos sólidos e as que desenvolvem
ações relacionadas à gestão
integrada ou ao gerenciamento de
resíduos sólidos
Ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos

Plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos (urbanos) ou


Plano de gerenciamento de resíduos sólidos (urbanos)

Tratamento Destinação
Coleta Transporte Transbordo
(ambientalmente
adequada)

Dicionário Aurélio:

Destinar: 1. determinar com antecipação; fixar previamente. Disposição


(ambientalmente
adequada de
rejeitos)
Dispor: 1. Arrumar, colocar em lugar próprio, adequado,
conveniente.
Lembrar da primeira aula que Resíduos Sólidos denota o universo de resíduos
considerados pela PNRS. Quando falamos das obrigações do município, como
titular do serviço, esta titularidade refere-se aos Resíduos Sólidos Urbanos –
RSU: (RDO) resíduos domiciliares + (RPU) resíduos públicos.
Deste modo quando nos referimos ao manejo de resíduos sólidos sob
responsabilidade do município na prestação de serviços, nos referimos àqueles
cuja origem é o domicílio e aos serviços de varrição.
Assim, coleta refere-se à coleta domiciliar ou à logística de Ecopontos ou
Pontos de Entrega Voluntária – PEV`s. Transporte refere-se à movimentação
dos RSU aos lugares de disposição final. Transbordo para grandes volumes de
RSU é um recurso de logística para reduzir custos de transporte. O sistema de
coleta da cidade de São Paulo, por exemplo, é apoiado em dois transbordos de
grande porte (Vergueiro e Ponte Pequena). Os caminhões compactadores
realizam a coleta e descarregam no Transbordo. Dali, grandes carretas
transferem esse “lixo” para os aterros sanitários. Como em São Paulo as
distâncias são grandes, o trânsito é, como regra, muito difícil, caminhões
compactadores são equipamentos muito caros e requisitam equipes
operacionais grandes (3 a 4) por caminhão. É comum sistemas de limpeza
utilizarem aterros sanitários desativados para instalar operações de transbordo.
Em São Paulo, por exemplo, o aterro desativado Itatinga (divisa com Diadema)
sedia uma estação de transbordo de resíduos de construção civil. O aterro
desativado Santo Amaro, por sua vez, sedia um ponto de acumulação de
carcaças de animais mortos, para posterior incineração.
A maior ambição presente na PNRS foi a exigência de somente se efetuar a
disposição final dos rejeitos de tratamento dos resíduos sólidos. Em
perspectiva, portanto, todos os resíduos sólidos, especialmente RSU
deverão ser submetidos a algum tipo de tratamento. Na cidade de São
Paulo, por exemplo, atualmente resíduos infectados de serviços de saúde –
RSS são tratados em usina de desinfecção (microondas) e posteriormente
encaminhados para aterro sanitário, como resíduo convencional não
perigoso.
Destinação deve ser entendido como um termo de planejamento. Já
disposição deve ser entendido como um termo operacional.

Tratamento de desinfecção
de RSS através de processo
de micro-ondas em regime
contínuo.
Princípios
Toda política pública deve estar amparada em
princípios
Princípios da PNRS

I. A prevenção e a precaução;
São princípios extraídos da Política Nacional de Meio Ambiente. Vamos
observar que PNMA foi uma referência importante para a PNRS. Mais do que
isso o Ministério do Meio Ambiente foi e continua sendo o principal
protagonista nos desdobramentos da PNRS. Isso é tão verdadeiro que a
elaboração do Plano Nacional de Resíduos Sólidos não está sediado nem é
coordenado pela Secretaria Nacional de Saneamento do atual Ministério da
Integração Nacional, mas sim pela Secretaria Nacional de Qualidade
Ambiental Urbana do Ministério do Meio Ambiente, transferindo, assim, o
protagonismo de uma área de governo com vocação normativa/ executiva
para uma área de vocação normativa/ fiscalizatória.

Prevenção: (...) 3. Modo de ver antecipado ...


Precaução: 1. Disposição ou medida antecipada que visa a
prevenir um mal; ...
( Novo Dicionário Aurélio da Lingua Portuguesa. 2ª. Edição. Editora Nova Fronteira)
Princípios da PNRS

II. O poluidor-pagador e o protetor-


recebedor;

Outro princípio emprestado da Política Nacional de Meio Ambiente.

Aqui cabe destacar o primeiro de dois graves problemas da PNRS: a ausência do


princípio do GERADOR-PAGADOR.
Sim, trata-se do princípio que obrigaria a indústria produtora de embalagens, por
exemplo, a assumir a responsabilidade direta, “pondo a mão no bolso”, para
favorecer o retorno de suas embalagens na perspectiva de favorecer a
engenharia reversa e minimizar o descarte irregular de resíduos de embalagens.
O exemplo mais emblemático da ausência desse princípio é, por exemplo, o de
empresas que envasam seus produtos em garrafas PET ou de matéria plástica,
em geral. Todas elas estão liberadas de pagar pelo impacto do consumos de seus
produtos!!!
Princípios da PNRS

Alguém poderia lembrar que a PNRS tem um capítulo que trata da engenharia
reversa. É verdade e só confirma o argumento, acima. Somente meia dúzia de
segmentos empresariais foram alcançados pelo princípio do gerador-pagador.
Claramente são segmentos empresarias sem representação ou com
representação insuficiente na quebra-de-braços da negociação dos termos da lei,
reafirmando a máxima “quem pode mais paga menos”, ou, melhor ainda, não
paga nada.

Esta questão é extraordinariamente importante. A sociedade alemã, com


representação mais equilibrada no Parlamento, impôs na sua lei federal algo
como o princípio do gerador-pagador. Resultado, os alemães convivem com
dois sistemas de coleta: o sistema público que recolhe o “lixo” domiciliar,
indiferenciado e o sistema privado (sim, as empresas pagam a conta), que
recolhem a fração seca (resíduos recicláveis). Para isso as empresas de
embalagens criaram uma empresa nacional para operar esse sistema de retorno.
Qual a diferença da sociedade alemã, por exemplo, para a nossa? No
Parlamento o interesse privado e o interesse público, quando contraditórios são
mediados por representantes que expressam equilíbrio de poder.
No Brasil, a assimetria é evidente e o Parlamento hegemonicamente defende o
interesse privado quando há conflito de interesses.
Princípios da PNRS

III. A visão sistêmica, na gestão dos


resíduos sólidos, que considere as
variáveis ambiental, social, cultural,
econômica, tecnológica e de saúde
pública;
Princípios da PNRS

IV. O desenvolvimento sustentável;

Aqui, novamente, presente a referência da Política Nacional de Meio


Ambiente.
Princípios da PNRS

V. A ecoeficiência, mediante a compatibilização


entre o fornecimento, a preços competitivos, de bens
e serviços qualificados que satisfaçam as
necessidades humanas e tragam qualidade de vida e
a redução do impacto ambiental e do consumo de
recursos naturais a um nível, no mínimo,
equivalente à capacidade de sustentação estimada do
planeta;
Princípios da PNRS

VI. A cooperação entre as diferentes


esferas do poder público, o setor
empresarial e demais segmentos
da sociedade;
Princípios da PNRS

VII. A responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de
vida dos produtos;
Esse princípio foi e continua sendo festejado e utilizado para exemplificar
como a transformação que a PNRS patrocinará resultará do
comprometimento de TODOS.

Pois bem, um importante músico brasileiro, Tim Maia, tinha uma frase de
efeito muito apropriada para que possamos compreender esse princípio:
“TUDO É TUDO E NADA É NADA!!!”. Se a lei não trata a
responsabilidade de forma específica, ninguém será alcançado pela lei. Se
ninguém for alcançado, a não ser genericamente, ficaremos como
estamos.

Esse princípio é bonito, vistoso, mas não ajuda. Pessoalmente eu acho


que mais atrapalha do que ajuda.
Princípios da PNRS

VIII. O reconhecimento do resíduo


sólido reutilizável e reciclável
como um bem econômico e de
valor social, gerador de
trabalho e renda e promotor de
cidadania;
Bingo! Aqui se apresenta a força da sociedade organizada; aqueles que
lutaram 20 anos por esta lei. O reconhecimento dos catadores, como
agentes promotores da melhoria do meio ambiente, preferencialmente
organizados em Cooperativas, pela primeira vez nesse país, ganha
importância inédita.
Princípios da PNRS

IX. O respeito às diversidades


locais e regionais;
Princípios da PNRS

X. O direito da sociedade à
informação e ao controle
social;

Novamente a referência da Política Nacional de Meio Ambiente.


Princípios da PNRS

XI. A razoabilidade e a proporcionalidade.

Aqui estamos falando de quem pagará a conta pela transformação da


realidade neste campo. Não sairemos do lugar se não forem implementados
mecanismos de financiamento das ações.
Se pegarmos, por exemplo, a biografia do ex-prefeito de São Paulo Paulo
Salim Maluf (gestão 1993-1996), veremos que ganhou uma merecida
reputação de realizador (Minhocão, Túnel Jânio Quadros, Túnel Airton Senna,
Avenida Águas Espraiadas, etc. etc.)
Maluf, através de seu, então, secretário municipal de meio ambiente – Werner
Zulauf, montou um plano para resolver o problema da destinação do “lixo” no
município de São Paulo: dois mega-incineradores. Para tanto, dois consórcios
com participação internacional (alemanha e itália) venceram a licitação. Só
faltou um detalhe para por em marcha o plano: a fonte de financiamento do
novo sistema. Maluf utilizou toda a sua capacidade de realizador para aprovar
a taxa do lixo e não conseguiu.
Princípios da PNRS

A arma utilizada pela oposição para inviabilizar a aprovação da taxa de lixo foi
a não demonstração da proporcionalidade da cobrança. Não há
sustentação jurídica para cobrar uma taxa ou tarifa, desvinculada de um
critério objetivo de medição da geração. Em suma, não se pode cobrar o
mesmo valor para quem gera “lixo” em quantidades diferentes.
À dificuldade em cobrar do munícipe, de forma específica, algo que ele sabe
que já paga, embutido no IPTU, soma-se a dificuldade em demonstrar a
proporcionalidade na cobrança pelos serviços de coleta e disposição final dos
RSU. Como a exigência legal de prévio tratamento a todos os resíduos
gerados e a disposição ambientalmente adequada elevará substancialmente o
custo do manejo de RSU, nada acontecerá se não for viabilizada a cobrança
por esses serviços. Este é, seguramente, o maior desafio para a
transformação propugnada pela PNRS.
Objetivos
Toda política pública deve explicitar seus objetivos

Objetivo: (...) 3. Alvo ou desígnio que se pretende atingir.

( Novo Dicionário Aurélio da Lingua Portuguesa. 2ª. Edição. Editora Nova Fronteira)
Objetivos da PNRS

I. Proteção da saúde pública e


da qualidade ambiental;
Objetivos da PNRS

II. Não geração, redução, reutilização,


reciclagem e tratamento dos
resíduos sólidos, bem como disposição
final ambientalmente adequada dos
rejeitos;
Objetivos da PNRS

Geração de RSU tem correlação positiva com consumo, logo com renda. Na
Europa a geração de RSU alcança algo como 1,5 a 1,8 Kg/habitante, por dia. Nos
EUA, essa taxa de geração situa-se num patamar ainda mais elevado.
A população brasileira, considerada no seu conjunto, apresenta uma taxa de
geração de RSU na ordem de 1 Kg/habitante, por dia.
Na cidade de São Paulo registramos taxa de geração por habitante, por dia, que
oscila entre 1,8 Kg (Pinheiros) e 0,7 Kg (Guaianazes). Logo, não resta dúvida que
no Brasil a população, na sua média, consome abaixo de uma média razoável, em
razão do seu baixo poder aquisitivo, logo gera menos resíduo do que deveria, se
compararmos com sociedades de maior poder aquisitivo. Nesse cenário é
descabido para a realidade brasileira o objetivo de redução da geração de RSU,
pois isto significaria, de fato, perseguir uma redução de consumo de uma
população que consome abaixo do razoável. Não gerar é um objetivo tolo que não
se aplica sequer aos países ricos. Ainda, reutilização, tem pouquíssimo significado
na escala de geração de RSU. Deveríamos, assim, enfatizar como objetivos a
perseguir a reciclagem e o tratamento dos resíduos sólidos urbanos.
Objetivos da PNRS

Disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos é sem dúvida a maior


ambição da PNRS.
Para compreender isso basta considerar que já se passaram 23 anos desde a
promulgação da PNRS e se considerarmos os RSU indiferenciados, coletados de
cada um dos mais de 40 milhões de domicílios no Brasil, praticamente nenhum
saco de “lixo” coletado nesta última semana recebeu tratamento. Estamos, assim,
na estaca zero, no maior desafio da PNRS.
Objetivos da PNRS

III. Estímulo à adoção de


padrões sustentáveis de
produção e consumo de
bens e serviços;
Objetivos da PNRS

IV. Adoção, desenvolvimento


e aprimoramento de
tecnologias limpas como
forma de minimizar
impactos ambientais;
Objetivos da PNRS

V. Redução do volume e da
periculosidade dos
resíduos perigosos;
Objetivos da PNRS

VI. Incentivo à indústria da


reciclagem, tendo em vista
fomentar o uso de
matérias-primas e insumos
derivados de materiais
recicláveis e reciclados;
Objetivos da PNRS

VII. Gestão integrada de


resíduos sólidos;
Objetivos da PNRS

VIII. Articulação entre as


diferentes esferas do poder
público, e destas com o
setor empresarial, com
vistas à cooperação
técnica e financeira para a
gestão integrada de
resíduos sólidos;
Objetivos da PNRS

X. Regularidade, continuidade,
funcionalidade e universalização da
prestação dos serviços públicos de
limpeza urbana e de manejo de resíduos
sólidos, com adoção de mecanismos
gerenciais e econômicos que
assegurem a recuperação dos custos
dos serviços prestados, como forma de
garantir sua sustentabilidade
operacional e financeira . . .
Objetivos da PNRS
Se é compreensível dentro do jogo de forças de interesses contraditórios no
parlamento brasileiro a ausência do princípio do gerador-pagador, é
absolutamente inaceitável para a realidade brasileira em sua estarrecedora
desigualdade sócio-econômica a desconsideração no âmbito da PNRS do
objetivo da EQUIDADE como complemento da UNIVERSALIZAÇÃO dos serviços
de limpeza urbana. Isto significa que as dezenas de milhões de brasileiros que
vivem em áreas subnormais, especialmente em favelas, não têm assegurado por
lei um atendimento equivalente a quem vive no restante da cidade.
Na coleta regular os munícipes depositam o seu “lixo” em frente às suas
residências ou, por mera liberalidade, depositam na esquina.
Quem mora em favela, como regra, tem que levar seu “lixo” até a avenida mais
próxima onde a empresa operadora dos serviços de coleta posicionam caçambas
para recolhimento mecanizado. Evidente que estes locais logo evidenciam
insalubridade e atração para descarte de toda sorte de resíduos sólidos. Este
ambiente degradado, assim, logo agrava a identidade do lugar.
Precisa ser desse jeito? Óbvio que não!

Alguém poderia argumentar que essa “solução” é dada devido às características


anormais desses assentamentos, quem não oferecem condições – ruas estreita,
vielas, etc., para a coleta regular, sem contar riscos de segurança para os
trabalhadores, em razão de maiores índices de violência urbana nesses lugares.
Objetivos da PNRS
Esses argumentos não se sustentam, pois é perfeitamente possível realizar a
coleta com equipamentos alternativos, perfeitamente adaptáveis às
características desses locais. O segundo argumento não é problema, mas
solução, pois basta contratar moradores desses assentamentos para realizar as
tarefas de coleta, contribuindo, assim, para melhorar o nível de ocupação e renda
da população do local.
O ponto é outro: o custo total do sistema de limpeza. Numa cidade como São
Paulo incorporar o conceito de equidade ao plano de coleta de “lixo” demandaria
algo como 50% a mais de mão-de-obra ao serviço de coleta implicando, assim,
em significativa elevação dos custos tradicionalmente praticados. Pois bem,
temos que naturalizar esse custo mais elevado, pois é precisamente o que
sempre deveria ter sido praticado.
Objetivos da PNRS

XI. Prioridade, nas aquisições e


contratações governamentais,
para:

a) produtos reciclados e recicláveis;

b) bens, serviços e obras que considerem


critérios compatíveis com padrões de
consumo social e ambientalmente
sustentáveis;
Objetivos da PNRS

Este objetivo é de extrema importância para favorecer a prática de reciclagem


e para induzir o surgimento e crescimento de negócios nessa área. Um bom
exemplo refere-se à reciclagem de resíduos de construção civil. O Brasil tem
5.570 municípios. Em grande parte, esses municípios utilizam como material
de consumo, presente no orçamento parametrado, pó de pedra, pedrisco e
pedra britada para obras, especialmente de conservação viária.
O material consumido por essas prefeituras é oriundo da exploração mineral
em jazidas naturais de pedra. Para usos não estruturais todo esse material
adquirido no mercado convencional pode ser substituído por material
reciclado. Em 2004 a ABNT publicou um conjunto de normas técnicas que
favorecem o uso de material reciclado de resíduos de construção civil. Faltava
um estímulo institucional para por em marcha essa prática. A PNRS trouxe
esse estímulo.
Objetivos da PNRS

XII. Integração dos catadores


de materiais reutilizáveis e
recicláveis nas ações que
envolvam a responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de
vida dos produtos;

Como anteriormente comentado este objetivo contempla uma demanda histórica


de entidades que atuam junto a movimentos sociais urbanos. No Brasil são
centenas de milhares de trabalhadores informais que sobrevivem dessa prática.
A lei trouxe um enorme estímulo à formalização desse trabalho, especialmente
do trabalho cooperativado.
Objetivos da PNRS

XIII. Estímulo à implementação da


avaliação do ciclo de vida do
produto;
Objetivos da PNRS

XIV. Incentivo ao desenvolvimento de


sistemas de gestão ambiental e
empresarial voltados para a melhoria
dos processos produtivos e ao
reaproveitamento dos resíduos sólidos,
incluídos a recuperação e o
aproveitamento energético;
A inclusão nos objetivos da PNRS da valorização energética dos resíduos
sólidos, certamente resulta do esforço de lobbies empresariais interessados
em explorar esse tipo de negócio. Entretanto, uma rota de valorização
energética será muito bem vinda para compor soluções em situações de
grande escala de geração – acima de 1.000 toneladas/dia em lugares onde
requisitos ambientais que contemplem o interesse público estejam
adequadamente representados.
Objetivos da PNRS

XV. Estímulo à rotulagem


ambiental e ao consumo
sustentável.
Instrumentos

Toda política pública requisita instrumentos


(meios) para que seja implementada
Instrumentos da PNRS

I. Os planos de resíduos sólidos;


Voltamos, aqui, a insistir na questão do financiamento dos serviços de limpeza
urbana. Não se trata do financiamento da infraestrutura para tratamento e
disposição final de resíduos, mas da operação ordinária desses serviços.
Sem fonte específica de financiamento o melhor dos Planos, rigorosamente para
nada servirá. A cidade de São Paulo, por exemplo, elaborou seu Plano Municipal
de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos em 2014. Em 2024 o sistema de
limpeza urbana encontra-se pior do que há duas décadas, em termos de infra-
estrutura e, talvez, igual em termos da qualidade da limpeza urbana. Alguém
poderia dizer, mas hoje São Paulo tem cinco novas instalações de compostagem e
coleta seletiva porta-a-porta. As instalações para Compostagem têm escala
desprezível para o tamanho da cidade. Há 20 anos as duas usinas de
compostagem, que foram fechadas, desviavam dos aterros sanitários algo como
8% da massa total de resíduos, enquanto hoje a coleta seletiva porta-a-porta
desvia dos aterros menos que 2% da massa total de resíduos coletados pelo
sistema público.
Instrumentos da PNRS

II. Os inventários e o sistema


declaratório anual de resíduos
sólidos;
Instrumentos da PNRS

III. A coleta seletiva, os sistemas de


logística reversa e outras ferramentas
relacionadas à implementação da
responsabilidade compartilhada pelo
ciclo de vida dos produtos;
Instrumentos da PNRS

IV. O incentivo à criação e ao


desenvolvimento de cooperativas ou
de outras formas de associação de
catadores de materiais reutilizáveis e
recicláveis;
Instrumentos da PNRS

V. O monitoramento e a fiscalização
ambiental, sanitária e agropecuária;
Instrumentos da PNRS

VI. A cooperação técnica e financeira entre


os setores público e privado para o
desenvolvimento de pesquisas de novos
produtos, métodos, processos e tecnologias
de gestão, reciclagem, reutilização,
tratamento de resíduos e disposição final
ambientalmente adequada de rejeitos;
Instrumentos da PNRS

VII. A pesquisa científica e tecnológica;


Instrumentos da PNRS

IX. Os incentivos fiscais,


financeiros e creditícios;
Instrumentos da PNRS

X. O Fundo Nacional do Meio


Ambiente e o Fundo Nacional
de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico;
Instrumentos da PNRS

XI. O Sistema Nacional de


Informações sobre a Gestão
dos Resíduos Sólidos (Sinir);
Instrumentos da PNRS

XII. O Sistema Nacional de Informações


em Saneamento Básico (Sinisa);
Instrumentos da PNRS

XIII. Os conselhos de meio ambiente e,


no que couber, os de saúde;
Instrumentos da PNRS

XIV. Os órgãos colegiados municipais


destinados ao controle social dos
serviços de resíduos sólidos
urbanos;
Instrumentos da PNRS

XV. O Cadastro Nacional de Operadores


de Resíduos Perigosos;
Instrumentos da PNRS

XVI. Os acordos setoriais;


Instrumentos da PNRS

XVII. no que couber, os instrumentos da


Política Nacional de Meio Ambiente, entre eles:

a) os padrões de qualidade ambiental;

b) o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente


Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais;

c) o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de


Defesa Ambiental;

d) a avaliação de impactos ambientais;

e) o Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente


(Sinima);

f) o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou


potencialmente poluidoras;
Instrumentos da PNRS

XVIII. Os termos de compromisso


e os termos de ajustamento de
conduta;
Instrumentos da PNRS

XIX. O incentivo à adoção de


consórcios ou de outras formas de
cooperação entre os entes federados,
com vistas à elevação das escalas de
aproveitamento e à redução dos custos
envolvidos.
Diretrizes
Toda política pública deve apresentar diretrizes
para sua implementação

Diretriz: (...) 3. Conjunto de instruções ou indicações para se


tratar e levar a termo um plano, uma ação, etc.; diretiva

( Novo Dicionário Aurélio da Lingua Portuguesa. 2ª. Edição. Editora Nova Fronteira)
Diretrizes da PNRS

I. Na gestão e gerenciamento de resíduos


sólidos, deve ser observada a seguinte
ordem de prioridade:

Não geração, redução, reutilização,


reciclagem, tratamento dos resíduos
sólidos e disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos.
Diretrizes da PNRS

II. Poderão ser utilizadas tecnologias


visando à recuperação energética dos
resíduos sólidos urbanos, desde que
tenha sido comprovada sua viabilidade
técnica e ambiental e com a implantação
de programa de monitoramento de
emissão de gases tóxicos aprovado pelo
órgão ambiental.
Diretrizes da PNRS

III. Incumbe ao Distrito Federal e aos Municípios a


gestão integrada dos resíduos sólidos gerados nos
respectivos territórios, sem prejuízo das competências
de controle e fiscalização dos órgãos federais e
estaduais do Sisnama, do SNVS e do Suasa, bem como
da responsabilidade do gerador pelo gerenciamento de
resíduos, consoante o estabelecido nesta Lei.

Essa diretriz indica o caráter local do sistema de limpeza pública e define


o município com responsável pela sua implementação. Isso é muito
importante do ponto de vista das atribuições dos entes federativos e suas
consequências jurídicas. Assim, o município não poderá transferir a
ninguém a responsabilidade de gestão do sistema (apenas sua operação),
exceto em situações de consorciamento de municípios

SUASA: Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária


Diretrizes da PNRS

Dos planos de resíduos sólidos:

São planos de resíduos sólidos:

I- O Plano Nacional de Resíduos


Sólidos;

II - Os planos estaduais de
resíduos sólidos;
São planos de resíduos sólidos:

III - os planos microrregionais de resíduos


sólidos e os planos de resíduos sólidos
de regiões metropolitanas ou
aglomerações urbanas;

IV - os planos intermunicipais de resíduos


sólidos;
São planos de resíduos sólidos:

V - Os planos municipais de
gestão integrada de resíduos
sólidos;

VI - Os planos de gerenciamento
de resíduos sólidos.
Diretrizes da PNRS

Do Plano Nacional de Resíduos Sólidos

A União elaborará, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente, o Plano


Nacional de Resíduos Sólidos, com vigência por prazo indeterminado e
horizonte de 20 (vinte) anos, a ser atualizado a cada 4 (quatro) anos, tendo
como conteúdo mínimo:

I - diagnóstico da situação atual dos resíduos sólidos;

II - proposição de cenários, incluindo tendências internacionais e


macroeconômicas;

III - metas de redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com vistas a


reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados para disposição final
ambientalmente adequada;

IV - metas para o aproveitamento energético dos gases gerados nas unidades


de disposição final de resíduos sólidos;
Diretrizes da PNRS

V - metas para a eliminação e recuperação de lixões, associadas à inclusão


social e à emancipação econômica de catadores de materiais reutilizáveis e
recicláveis;

VI - programas, projetos e ações para o atendimento das metas previstas;

VII - normas e condicionantes técnicas para o acesso a recursos da União, para


a obtenção de seu aval ou para o acesso a recursos administrados, direta ou
indiretamente, por entidade federal, quando destinados a ações e programas de
interesse dos resíduos sólidos;

VIII - medidas para incentivar e viabilizar a gestão regionalizada dos resíduos


sólidos;

IX - diretrizes para o planejamento e demais atividades de gestão de resíduos


sólidos das regiões integradas de desenvolvimento instituídas por lei
complementar, bem como para as áreas de especial interesse turístico;
Diretrizes da PNRS

X - normas e diretrizes para a disposição final de rejeitos e, quando couber, de


resíduos;
XI - meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito
nacional, de sua implementação e operacionalização, assegurado o controle
social.

Parágrafo único. O Plano Nacional de Resíduos Sólidos será elaborado


mediante processo de mobilização e participação social, incluindo a realização
de audiências e consultas públicas.

Em 2014 foi elaborada uma versão preliminar, apoiada em consultas públicas, mas
nunca consolidado.
Em 2020 foi, finalmente, elaborado o primeiro Plano Nacional de Resíduos Sólidos
(Planares) com consulta pública aberta entre os meses de agosto e novembro.
Merece atenção que a dimensão técnica do Plano foi coordenado pela ABRELPE,
Associação que representa as empreiteiras, que operam os serviços terceirizados
de limpeza pública no Brasil.
Diretrizes da PNRS

Dos Planos municipais de gestão integrada de resíduos Sólidos

A elaboração de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, nos


termos previstos por esta Lei, é condição para o Distrito Federal e os Municípios
terem acesso a recursos da União, ou por ela controlados, destinados a
empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de
resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos
de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade.

Serão priorizados no acesso aos recursos da União os Municípios que:

I - optarem por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos


resíduos sólidos, incluída a elaboração e implementação de plano intermunicipal,
ou que se inserirem de forma voluntária nos planos microrregionais de resíduos
sólidos...;

II - implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou


outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis
formadas por pessoas físicas de baixa renda.
Diretrizes da PNRS: planos municipais

O plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos tem o seguinte


conteúdo mínimo:

I - diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados no respectivo território,


contendo a origem, o volume, a caracterização dos resíduos e as formas de
destinação e disposição final adotadas;

II - identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente


adequada de rejeitos, observado o plano diretor de que trata o § 1o do art. 182
da Constituição Federal e o zoneamento ambiental, se houver;

III - identificação das possibilidades de implantação de soluções consorciadas ou


compartilhadas com outros Municípios, considerando, nos critérios de economia
de escala, a proximidade dos locais estabelecidos e as formas de prevenção dos
riscos ambientais;

IV - identificação dos resíduos sólidos e dos geradores sujeitos a plano de


gerenciamento específico nos termos do art. 20 ou a sistema de logística reversa
na forma do art. 33, observadas as disposições desta Lei e de seu regulamento,
bem como as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;
Diretrizes da PNRS:
PNRS planos municipais

V - procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotados nos


serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, incluída a
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos e observada a Lei nº
11.445, de 2007;

VI - indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos


de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos;

VII - regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos


sólidos de que trata o art. 20, observadas as normas estabelecidas pelos órgãos
do Sisnama e do SNVS e demais disposições pertinentes da legislação federal e
estadual;

VIII - definição das responsabilidades quanto à sua implementação e


operacionalização, incluídas as etapas do plano de gerenciamento de resíduos
sólidos a que se refere o art. 20 a cargo do poder público;
Diretrizes da PNRS:
PNRS planos municipais

IX - programas e ações de capacitação técnica voltados para sua


implementação e operacionalização;

X - programas e ações de educação ambiental que promovam a não geração, a


redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos;

XI - programas e ações para a participação dos grupos interessados, em


especial das cooperativas ou outras formas de associação de catadores de
materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa
renda, se houver;

XII - mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda,


mediante a valorização dos resíduos sólidos;

XIII - sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de


limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, bem como a forma de
cobrança desses serviços, observada a Lei nº 11.445, de 2007;
Diretrizes da PNRS:
PNRS planos municipais

XIV - metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem, entre outras,


com vistas a reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para disposição
final ambientalmente adequada;

XV - descrição das formas e dos limites da participação do poder público local na


coleta seletiva e na logística reversa, respeitado o disposto no art. 33, e de
outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida
dos produtos;

XVI - meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito local,


da implementação e operacionalização dos planos de gerenciamento de
resíduos sólidos de que trata o art. 20 e dos sistemas de logística reversa
previstos no art. 33;

XVII - ações preventivas e corretivas a serem praticadas, incluindo programa de


monitoramento;

XVIII - identificação dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos,


incluindo áreas contaminadas, e respectivas medidas saneadoras;
Questões RE_02:

1. A PNRS apresenta pelo menos duas limitações importantes. Quais são


elas e porque são importantes?

2. O que significa disposição ambientalmente adequada de rejeitos dos


resíduos sólidos?

3. Nas diretrizes da PNRS são requisitados 19 itens de conteúdo para os


planos municipais. Cite os cinco principais itens deste conteúdo, em sua
opinião, e explique a importância de cada um deles.
[https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm]
ver Seção IV artigo 18

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