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Universidade de Brasília

Faculdade de Comunicação
Curso de Comunicação Social
Habilitação em Comunicação Organizacional
Disciplina: Técnicas de Jornalismo de Rádio e TV
Professor(a): Elis Regina
Aluno: Francisco Adriano de Menezes
Data: 15/03/2015

Barbeiro, Heródoto; Lima, Paulo Rodolfo de. Manual de Radiojornalismo: produção,


ética e internet. 2. Ed. Rio de Janeiro, RJ: Elsevier Editora, 2003. p. 55 a 83

A Reportagem

“[...] O repórter tem de se preparar para construir uma reportagem completa e


equilibrada; se esforçar ao máximo para ouvir todos os envolvidos no episódio,
respeitando o direito das pessoas de terem opiniões divergentes sobre o mesmo
assunto.” (p. 55)

“[...] O repórter deve cultivar suas próprias fontes de informação e acompanhar os


assuntos...” (p.55)

“[...] o importante é a notícia e não o jornalista.” (p. 56)

“[...] os quesitos [...] essenciais em uma reportagem: originalidade do tema de


tratamento, objetividade, trabalho do repórter, propriedade de edição, clareza,
autenticidade, significância, correção do texto, gancho e conjunto.” (p. 56)

“A liberdade de imprensa não autoriza o repórter a cometer qualquer deslize e não lhe
dá imunidade contra toda a sociedade.” (p.58)
A Entrevista

“[...] Boas entrevistas são as que revelam novos conhecimentos, esclarecem fatos e
marcam opiniões [...] a arte de perguntar e de tirar do entrevistado mais do que ele
gostaria de dizer sobre determinado assunto.” (p. 59)

“O entrevistado fala para o público por intermédio do entrevistador.” (p. 60)

“Entrevista não é debate.” (p. 61)

Apresentação do Programa

“[...] O âncora [...] é integrante de um processo, para contar a uma parte da sociedade o
que a outra está fazendo. [...] também exercer a função de editor-chefe...” (p. 63)

“Denúncias ou acusações feitas por entrevistados em programas ao vivo devem ser


seguidas de imediato direito de resposta...” (p. 64)

A Pauta

“O pauteiro é [...] aquele que na imensidão dos acontecimentos na sociedade capta o


que pode ser transformado em reportagem.” (p. 65)

“[...] sugerir pautas deve ser uma iniciativa de todo jornalista.” (p. 65)

“[...] nunca se deve confundir pauta com agenda.” (p. 66)

“Um bom arquivo é fundamental...” (p. 67)


A Produção

“O produtor deve eleger uma tema mais importante para iniciar o programa [...] Mas ele
também está comprometido com a instantaneidade da notícia.” (p. 68)

“A rotatividade da audiência nunca de ser esquecida.” (p. 68)

“O produtor deve estar atento ao enfoque do noticiário de outras emissoras de rádio, TV


e sites informativos na internet.” (p. 69)

“[...] o programa deve abordar o que o ouvinte quer saber e não o que nós queremos
dizer para ele.” (p. 69)

“[...] Não há limite de esgotamento a não ser aquele imposto pelo próprio assunto.” (p.
69)

“Assuntos complexos devem ser brifados para o âncora pela produção...” (p. 69)

“Programas jornalísticos ao vivo têm um grau de risco grande.” (p. 69)

“Quando se anuncia que em determinado dia acontecerá alguma coisa, não se deve
esquecer.” (p. 69)

“[...] máximo critério para afirmar que determinada intervenção é urgente.” (p. 70)

“O produtor deve estar sempre em contato com as fontes [...] Há entrevistados que
sempre são notícia [...] O presidente da República, o governador, o prefeito,
personalidades de renome internacional etc.” (p. 70)

“Assuntos relacionados à saúde e beleza têm grande espaço na imprensa, principalmente


quando se trata de novas descobertas, novos remédios ou métodos que mexam com a
vaidade das pessoas. [...] Salvo exceções, é melhor procurar especialistas...” (p. 71)

“[...] cuidado com o excesso de vinhetas e seções no programa.” (p. 71)

“Notícias inéditas, urgentes, verdadeiros furos jornalísticos, podem ser apresentados


como ‘Plantão’. É recomendável o uso de vinheta característica para chamar a atenção
do ouvinte.” (p. 71)
“A conquista da audiência exige o esforço de todos, mas não é com o sacrifício do
conteúdo do noticiário e dos limites éticos do jornalismo que a emissora adquire
credibilidade e popularidade.” (p. 71)

O Texto

“[...] o texto deve ser coloquial” (p. 72)

“O texto no rádio pode ser corrido [...] ou manchetado...” (p. 72)

“O texto começa com o Lead. [...] A missão do redator é conquistar o ouvinte na


primeira frase.” (p. 72)

“O texto deve ter uma sequência lógica...” (p. 72)

“A pontuação merece atenção especial.” (p. 72)

“A adjetivação excessiva ou inadequada enfraquece a qualidade e o impacto da


informação. Substantivos e verbos na voz ativa reforçam a densidade indispensável ao
texto jornalístico.” (p. 73)

“O texto precisa ter ritmo.” (p. 73)

“Evite o uso do não no Lead. [...] Redija o que aconteceu, ninguém liga o rádio para
saber o que não aconteceu.” (p. 73)

“O uso do ontem no Lead ‘envelhece’ a notícia no rádio.” (p. 73)

“Evite começar o texto com as palavras continua [...] permanece [...] parece.” (p. 73)

“gírias [...] não devem ser usadas...” (p. 73)


A Edição

“A edição é a forma de se construir de maneira mais organizada uma reportagem ou


uma sequência de sonoras capazes de relatar um fato jornalístico.” (p. 78)

“O editor é o filtro do produto jornalístico...” (p. 78)

“A edição deve sempre refletir a verdadeira condição dos fatos.” (p. 78)

Considerações

O produto radiojornalístico é resultado de um processo que compreende


determinadas etapas. São elas: reportagem, entrevista, apresentação do programa, pauta,
produção, texto e edição. A reportagem é fruto da observação cuidadosa do repórter,
nela é contada uma narrativa. É necessário preparação anterior do repórter antes de
conduzir uma entrevista. Para produzir uma boa reportagem é preciso fazer uma
rigorosa apuração. O jornalista é cético por natureza, por isso, sempre deve procurar a
verdade nos fatos. A reportagem depende também das fontes ,sem as mesmas não há
apuração, citar mais de uma fonte aumenta a credibilidade do que se está noticiando.
Outro aspecto da reportagem é a inevitabilidade de cobrir novos fatos. É primordial que
o repórter domine a língua e possua um amplo vocabulário.

Na entrevista o convidado expressa suas opiniões com maior legitimidade, pois


é cobrado dele uma resposta imediata para as questões. No entanto, o entrevistador além
de saber perguntar deve saber ouvir, pois ele é um “mediador da informação”. O
entrevistador precisa de preparo para conduzir com responsabilidade e astúcia a
entrevista, sob pena de perder o controle da mesma. É ele quem dá o rumo da entrevista
não o convidado, o entrevistador também deve colocar-se no lugar do ouvinte e fazer
perguntas que sejam de interesse do público. Muita atenção nas ‘entrelinhas’. O
entrevistado deve dar respostas claras senão o mesmo deve ser interrogado novamente.
No rádio há obrigatoriedade de se repetir o nome e a profissão do entrevistado todo
momento porque a audiência do veículo é rotativa. Não há necessidade de tornar a
entrevista um debate entre entrevistador e entrevistado, nem deve-se induzir o
convidado a dar respostas que se quer ouvir.

A apresentação do programa é um modo do rádio levar ao ouvinte o produto


jornalístico. Para o mesmo acontecer é imprescindível o trabalho em equipe. O âncora
ou apresentador deve ser humilde e atento, pois corre o risco de se tornar arrogante ou
se perder no momento em que o programa está no ar. Deve-se também permitir a
participação para que haja interatividade entre público e veículo, deste modo o
programa pode produzir um produto que atenda melhor o que ouvinte procura,
sugestões e reclamações devem sempre ser bem-vindas.

A pauta é o planejamento da notícia, nela deve-se ter atenção especial à


importância dos assuntos pautados. Estes devem ser relevantes para a sociedade, o
pauteiro, assim como todos os outros jornalistas, sempre devem sugerir pautas. Para
que o haja planejamento e organização na cobertura das notícias, os jornais fazem
diariamente “reuniões de pauta”, onde discutem os principais fatos e a agenda do dia.
Os releses são pautas enviadas pelas assessorias para os jornais, na grande maioria
promovem algum produto ou serviço, porém deve-se ter cuidado ao analisar se o que se
quer promover é relevante para o público.

A produção é muito importante para a realização de um programa. É cobrado


integração e interatividade entre todos que participam do processo de criação do produto
radiojornalístico. Sem uma produção competente o risco de erros acontecerem no
programa são catastroficamente elevados.

O texto jornalístico deve ser claro, conciso, direto, preciso, simples, objetivo,
coloquial etc. O redator precisa estar atento às regras do idioma e ter vocabulário
diversificado. O texto jornalístico também é caracterizado por ser formal. Na locução de
um programa de rádio um texto bem elaborado e organizado faz grande diferença tanto
para quem ouve como para quem ler.

Na edição a reportagem ganha corpo e o enfoque desejado. Uma edição


organizada e enxuta é primordial para que a reportagem chegue ao ouvinte com mais
clareza. É nessa etapa que tudo o que desnecessário para a notícia sai.

Todas as etapas são importantes para que o resultado seja satisfatório para o
jornal e principalmente para o ouvinte. Não se faz jornalismo sem equipe. Todos devem
estar comprometidos para levar ao publico fatos reais e importantes sem ferir os
aspectos éticos e morais dos indivíduos e da sociedade.

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