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Manual Do Aspirante À

DESBRAVADOR

Clube de Desbravadores Encontro das Águas – CDEA - AB –


MESO: 3 Região: 9

Série UBN I
Tiago Calhau
Calhau@gmail.com
Guia de Exploração
Fevereiro 2007
PS:

A confecção deste Manual deu-se através da falta do mesmo no


Campo local e sua observada necessidade.

Este Manual não fora concebido ser única fonte de pesquisa. Nem
tampouco ser seguido como única (rígida) regra.
Fora feito com o intuito de ajudar o Clube, de facilitar a passagem dos
requisitos da Unidade Básica de Normas (UBN)..

Agradecemos a inestimável ajuda e paciência de ------------- no


desenvolvimento deste projeto e pela apurada revisão técnica efetuada.

Agradecemos a todos e estamos abertos a atualizações e


melhoramentos deste manual.

O Autor.
Breve comentário acerca da Unidade Básica de Normas (UBN)
Caro aspirante, este breve manual fora escrito com o intuito de que você possa aprender o
que é verdadeiramente o movimento dos Desbravadores. Contudo o mesmo não se trata de
um largo e completo manual sobre a origem e desenvolvimento do Clube como
organização mundial. E sim um rápido e básico compêndio sobre o movimento.

Sobre esse estudo básico OBRIGATÓRIO denomina-se Unidade Básica de Normas (UBN).
Non in solo pane vivit homo
Manual do Aspirante à Desbravador
Clube de Desbravadores Encontro das Águas – CDEA – AB – MESO: 3 – Região: 9
Série UBN

SUMÁRIO

1. Nós Somos os Desbravadores ....................................................... i


2. História dos Desbravadores no Mundo ....................................................... 01
3. História dos Desbravadores na América do Sul ....................................................... 10
4. História dos Desbravadores no Brasil ....................................................... 13
5. Ideais dos Desbravadores ....................................................... 18
6. A Bandeira dos Desbravadores ....................................................... 19
7. Emblemas dos Desbravadores ....................................................... 20
8. A Progressão do Desbravador ....................................................... 26

Produzido por: Tiago Calhau – Calhau@gmail.com – Guia de Exploração – Março 2007


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Unidade Básica de Normas (UBN)

NÓS SOMOS OS DESBRAVADORES

Somos meninos e meninas com idades entre 10 e 15


anos, de diferentes classes sociais, cor, ou religião.
Temos reuniões ao menos uma vez por semana para
aprender a desenvolver nossos talentos,
habilidades, percepções e o gosto pela natureza.
Nós vibramos com atividades ao ar livre. Gostamos
de acampamentos, caminhadas, escaladas,
explorações nas matas e cavernas. Sabemos cozinhar
ao ar livre, fazendo fogo sem fósforo.
Demonstramos habilidade com a disciplina através
de ordem unida, e temos a criatividade despertada
pelas artes manuais. Combatemos, também, o uso
do fumo, álcool e drogas. Trabalhamos em equipe
procurando sempre ser úteis à comunidade.
Prestamos, também, socorro em calamidades e
participamos ativamente de campanhas
comunitárias para ajudar pessoas carentes. Em tudo
que fazemos procuramos desenvolver amor a Deus
e à Pátria e, além disso, formamos muitos amigos!
Nosso Clube está presente em 167 países, com mais
de 90.000 clubes e mais de dois milhões de
participantes. Existimos oficialmente desde 1950,
como um programa oficial da Igreja Adventista do
Sétimo Dia. Meninos e meninas de qualquer fé
religiosa podem participar conosco deste
movimento que tira da diversidade, o colorido da
energia juvenil.

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Breve História dos Desbravadores No Mundo


Até o início do século XX faltava à juventude adventista um bem dirigido programa de
atividades designadas especificamente para suprir as suas necessidades, uma situação
no qual os líderes denominacionais na Associação Geral, União e Associações Locais
pareciam despercebidos. Em vista de que eles queriam estar mais preocupados com o
evangelismo, os próprios jovens e alguns leigos adultos iniciaram a Sociedade dos
Missionários Voluntários e ao Clube dos Desbravadores que se tornaram os maiores
programas da denominação.

O Programa Missionário Voluntário que foi adotado na Conferência Geral em 1907 era
basicamente espiritual e, por conseguinte satisfazia somente parcialmente as
necessidades dos jovens. Alguns meninos adventistas desejaram unir-se aos escoteiros
que se estabeleceram em 1910, mas enfrentaram problemas já que as atividades dos
escoteiros conflitavam com as crenças adventistas e as práticas adventistas, incluindo o
culto do sábado, ida ao cinema, a danças, a dieta e atividades missionárias.
As Classes Progressivas, hoje Classes dos Desbravadores, ofereciam instrução religiosa,
estudo da natureza, e aquisição de novas técnicas. A Associação Geral adotou os nomes
de Amigo, Companheiro e Guia para as primeiras Classes, na Sessão de Primavera
realizado em São Francisco, 1922. O menino ou menina com dez anos de idade, ou na
quinta série, podia tornar-se Amigo. Completando os requisitos, ele participaria num
serviço de investidura, numa cerimônia especial, no qual aqueles que passaram no teste
eram investidos e recebiam os seus distintivos, certificados e também comendas aos
distintivos das especialidades. Os meninos e as meninas conseguiam ou ganhavam
especialidades JA em muitos campos diferentes enquanto trabalhavam para cumprir os
requisitos das Classes. Pr. Elder C. Lester Bond é eleito secretário dos Juvenis do
Departamento MV da Associação Geral onde exerceu o cargo até 1946. Ainda em 1928
Pr. Elder C. Lester Bond solicitou e obteve a permissão do Lord Robert Stephenson
Smyth Baden-Powell (fundador e então Líder Mundial dos Escoteiros) para utilização
de algumas de suas idéias e materiais. Neste ano (1928) Pr. Elder C. Lester Bond
preparou as primeiras especialidades, quando já havia 1075 Desbravadores em todo o
mundo (Dados de 1927). Alguns líderes da igreja o acusaram conseqüentemente de
trazer o mundo para dentro da igreja.

1928 | Pr. Elder C.


Lester Bond

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Por volta desse tempo à denominação temendo que um acampamento de verão não-
adventista pudesse trazer uma influência negativa sobre os jovens adventistas,
organizou seus próprios acampamentos de verão. O primeiro foi organizado na cidade
de Lina Lake, Michigan, em 1926. Através dessas iniciativas dos líderes dos jovens,
incorporavam atividades seculares no programa jovem, mas a Sociedade dos
Missionários Voluntários da Igreja e a Escola da Igreja local, as quais eram responsáveis
para implementar o programa, continuavam a dar ênfase aos elementos espirituais. A
Sociedade dos Missionários Voluntários se reunia aos sábados e limitava as suas
atividades às que eram apropriadas para o sábado. Raramente planejavam atividades
seculares, exceto sociais para o sábado á noite na Igreja ou uma excursão ocasional.

Os meninos e as meninas, por conseguinte necessitavam de um programa efetivo


centralizado na igreja que pudesse provê-los com oportunidades para explorar, para
experimentar e desenvolver técnicas enquanto ao mesmo tempo os levava a uma
sincera entrega para a vida cristã.

Uma história não documentada intitulada "Fora da Janela" apareceu no Departamento


dos Missionários Voluntários para mostrar como a juventude adventista anelava por
mais atenção por parte da igreja. Conta-nos que os meninos Dom e Bert se uniram aos
meninos da vizinhança no parque numa noite enquanto seus pais estavam fazendo uma
festa na Casa da Don. Os meninos foram para a casa e cautelosamente olharam através
da janela para ver o que estava acontecendo, sentindo-se negligenciados e desejando
também participar da festa. Eles tinham esperança de organizar um Clube e pediram ao
pai de Bert por ajuda, mas ele estava muito ocupado e recomendou que eles pedissem
ao Sr. Miller, professor da escola. Ele também estava muito ocupado. Os meninos ainda
estavam procurando alguém para ajuda-los naquela noite, e um menino disse: Se os
pais têm tempo para as suas festas como esta, eu penso que eles deveriam ter tempo
para ajudar-nos.

Em resposta à sugestão de Bill, os meninos esvaziaram os pneus de todos os carros que


estavam estacionados perto da casa e se esconderam no mato. Descobrindo que seus
carros tinham os pneus vazios, os pais chamaram a polícia para pegar os gangsters que
haviam se comportado daquela maneira e como uma afronta à sociedade deviam ser
detidos.

Imaginem quão chocados eles ficaram quando os "vagabundos" foram identificados.


Numa seção da corte juvenil, no dia seguinte, o juiz Simpson descobriu que os pais dos
meninos estavam tão ocupados para atender os seus filhos e que a igreja não tinha
suficientes atividades recreativas para eles. Repreendeu o pai de Bert e o pastor da
igreja por serem delinqüentes e mencionou que era tempo para que os pais e a igreja se
despertassem de sua letargia e planejassem um programa positivo para os jovens.

No esforço para satisfazer as necessidades da juventude adventista, alguns membros da


igreja começaram a organizar para eles no início de 1911, mas não desenvolveram um
programa unificado. A Associação Geral também não tentou organizar um clube e nem
endossar o estabelecimento de um Clube até meados do século XX. Clubes

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experimentais incluindo Woodland Clan, os Escoteiros Missionários, os Índios Takoma


e os Pals, surgiram em Takoma Park Maryland.

Influenciado pelos escoteiros, Harold Lewis, que começou os Pals, incorporou algumas
de suas idéias, incluindo excursões e acampamentos e um Clube. Pouco é conhecido
acerca desses clubes, exceto que eles não estendiam a oportunidade para as meninas.
Poucos anos mais tarde, Newton Robinson, diretor do Currículo Normal do Union
College, Lincoln, NE, decidiu experimentar com um programa revisado do
Departamento dos Missionários Voluntários. Ele começou o Clube chamado Boy Pals
com jogos, excursões, fogueiras, trabalhos manuais, e habilidades recomendadas pelos
líderes MV. Mas não havia nenhuma evidência que o Clube de Robinson tinha algum
significado permanente.

Em 1919 Arthur W. Spalding, editor do Wathman Magazine, começou um clube de


Escoteiros Missionários, em seu lar na cidade de Medisson - Tenessee, EUA, para seus
dois filhos, Ronald e Winfred, e alguns de seus amigos, em resposta ao desejo de
unirem-se aos escoteiros da América. A idéia em realidade originou-se com Winfred,
que pediu, ao estar passando por um acampamento de escoteiros com seu pai e seu
irmão, sábado á tarde, que lhes permitisse acampar. A sugestão fez tal impressão sobre
Arthur Spalding que ele começou a pensar em organizar um Clube para meninos
adventistas. Ele estudou a organização e os regulamentos dos escoteiros, fez alguma
revisão e formulou novas diretrizes, as quais ele pensou se adaptariam melhor para
uma organização de jovens adventistas. Depois de algum tempo num domingo na
primavera enquanto Spalding e seus filhos estavam trabalhando no jardim, Ronald
expressou o desejo de ir acampar. Por esta ocasião Spalding agiu prontamente. Juntos,
naquela tarde fizeram planos para um Clube e decidiram que meninos convidar. Os
Escoteiros Missionários desenvolveram ideais que foram fundamentais para o atual
Clube dos Desbravadores (entre estes o Voto, a Lei e o Lema, que foram redigidos em
1921 então chamados Voto, Lei e Lema dos MV. De autoria de Harriel Holt e Arthur W.
Spalding).

Na próxima Sexta-feira foram acampar e usufruíram de um fim de semana fazendo


excursões no verão. Atividades adicionais do Clube incluíam trabalhos manuais,
trabalhos em madeira e seguimento de pista. O Clube de Spalding desenvolveu os
regulamentos e idéias que foram fundamentos para o moderno Clube de
Desbravadores. O Clube adotou o Voto a Lei e o Lema, que foram redigidos em 1921
então chamados Voto, Lei e Lema dos MV. De autoria de Harriel Holt e Arthur W.
Spalding; Que formava a base para aqueles usados pelos missionários, pela Sociedade
dos Missionários Voluntários Juvenis e os Desbravadores. Que Spalding adotou idéias
dos escoteiros é evidenciado na similaridade entre o voto JA e a Lei dos escoteiros e a
Promessa e Lei achada no Manual do Escoteiro Mestre. Ambos os votos requerem dos
jovens que trabalhe para Deus e para o homem, que mantenham altos padrões morais e
que guardem a Lei do Clube. Ambos conjuntos de Lei incluem em qualidades que
devem ser imitadas: obediência, veracidade, cortesia, lealdade, alegria, respeito,
amizade e reverência. Através da Lei ou do Voto do seu Clube, Spalding em contraste

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com os líderes de outros clubes, contribuiu para alguma coisa de significado


permanente.

1919 | Arthur W.
Spalding

1920 | Harriel Holt

Uma série de eventos que começou na Califórnia no fim de 1920 levou ao


desenvolvimento do primeiro Clube a usar o nome de Desbravador. John Mckim que
cuidava de uma escola pública, e era um experimentado escoteiro, pensou que os
meninos e meninas da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Santa Ana necessitavam de
um programa com atividade similar aquela dos escoteiros. Ele reconheceu que os jovens
adventistas que se uniram aos escoteiros teriam problemas com as atividades dos
escoteiros que conflitavam com algumas doutrinas e práticas da igreja adventista. Ele,
por conseguinte organizou os meninos da Igreja de Santa Ana num clube, mas reunia
em Anaheim, no condado de Orange, onde ele vivia. As meninas mais tarde tornaram-
se membros do Clube supervisionadas pela esposa em Mckim.

Em 1930 outro clube para meninos da Igreja de Santa Ana surgiu sob a liderança do Dr.
Theron Johnston. Lester Martin (pai de Charles Martin) trabalhou com ele. Ele se
encontrava com os juvenis no porão de sua casa (foram as primeiras reuniões) em Santa
Ana, ensinando-os técnicas de rádio e eletrônica (foram as primeiras instruções). Sua
filha Maurine tinha o ajudado com rádio e protestou quando não lhe foi permitido
entrar no Clube. Ela tanto importunou a sua mãe, Sra. Ethel Johnston, que esta acabou
pedindo a Sra. Ione Martin para ajudá-la a iniciar um Clube para Meninas, que se
reunia no sótão.

O grupo de Santa Ana - Fullerton se reunia mensalmente com o Clube Anaheim no lar
de Johnston para reuniões em conjunto e iam acampar, faziam excursões a cada 3
meses. Os membros do Clube também se uniram ao coral juvenil do condado de
Orange, que era dirigido pelo Sr. Mckim e Sra. Willa Steen e cantavam nas regiões
evangelísticas. Eles também se reuniam regularmente num dia de semana aprendendo
técnicas e estudando a natureza ao estarem cumprindo os requisitos de Amigo,

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Companheiro e Guia. Seu uniforme era apenas uma camisa especial. É difícil saber
como tal programa podia ser tão combatido.

Ambos os Clubes usaram o nome de Desbravadores escolhidos por Mckim. Não há


certeza onde é que ele obteve aquele nome, porquanto provavelmente aprendeu em
1928 no primeiro acampamento conduzido pela Associação do Sudeste da Califórnia.

Um dos oficiais da Associação no Acampamento contou-lhe a história de John Fremont,


um explorador americano ao qual se referiu como desbravador. Mckim podia ter
ouvido então o nome e decidiu usá-lo para seu clube que foi formado no ano seguinte.

Outras fontes atribuem o nome ao local do primeiro acampamento conduzido pelo Pr.
John Hancock em 1946, Pathfinders Camp (Campo dos Desbravadores).

Mesmo formado para os jovens de Santa Ana, os clubes não receberam o


reconhecimento e apoio dos membros da igreja que argumentavam que eles não
necessitavam de um clube secular para os jovens e nem desejavam escoteiros nem
escoteiras na igreja. Eles acusaram Mckim e Johnston de trazer o mundo para a igreja e
os ameaçaram de discipliná-los, desligá-los da igreja se eles não abandonassem os
clubes. C. Lester Bond, diretor associado dos jovens para a Associação Geral e outros
também temiam que o nome Desbravador pudesse substituir o nome religioso
Missionários Voluntários. Não desejando que atividades seculares tomassem lugar das
espirituais, eles desencorajaram o uso do nome Desbravador e a idéia de um Clube
secular. A despeito dos esforços que Mckim e Johnston fizeram, ambos os clubes
cessaram de existir depois de 1936, mas a idéia de desbravar sobreviveu e os clubes de
Santa Ana permanaceram como precursores do Clube de Desbravadores na Califórnia
em particular e na América do Norte e no mundo geral.

A Associação do Sudeste da Califórnia continuou usando o termo Desbravador. Ela


chamou o acampamento que estabeleceu em Idyllwild em 1930 de Acampamento do
Desbravador MV, evidentemente por causa do relacionamento do seu programa e
aqueles dos Clubes de Desbravadores de Santa Ana. Lawrence Skinner, pastor
adventista, continuou mais tarde a idéia de Desbravador quando ele organizou o
primeiro clube permanente em Glendale em 1937. Lawrence Paulson, um empregado
do Hospital de Glendale, assumiu a liderança do Clube em 1939, 1940, e sob sua guia o
clube começou a crescer.

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Laurence Skinner

O Curso da Formação de Socorrista-Padioleiro era muito forte então e parecia tempo


apropriado para os Desbravadores crescerem, diz Skinner. O Clube incorporou a ordem
unida e marcha praticada pelos socorristas-padioleiros em seu programa e usava
membros dos socorristas-padioleiros para ensinar os desbravadores.

Outro evento importante de 1930, que preparou o terreno para o rápido crescimento do
Clube dos Desbravadores depois que estes foram realizados, foi o acampamento de
Wawona no parque de Yosemite, onde 40 diretores de jovens foram capacitados para a
liderança dos chamados acampamentos culturais, com um programa amplo, que incluía
Pioneiria, trabalhos manuais, estudos da natureza, caminhadas e excursões com
equipamentos para pernoite, programa ao pé da fogueira, e demais instruções do que
hoje é conhecido como Classe J.A., tudo isso sobre um fundo de idealismo religioso,
lealdade denominacional e civismo.

Também em 1930 foram estabelecidas as Classes Preliminares, atualmente usados pelos


aventureiros. No início alguns Clubes não recebiam o apoio das igrejas sendo que
alguns foram até fechados sob ameaça de exclusão, (um deles foi o Dr. Johnston).
Apesar disso a idéia permanecia, e alguns Clubes prosperaram.

Entre 1931 e 1940 outras associações aderiram ao programa. Na União Norte do Pacífico
L. A. Skinner funda o Clube Locomotivas (Traiblazers). Em 1935 iniciam-se os
acampamentos de jovens. O primeiro manual em português destes acampantes
culturais foi editado em 1947. Inicialmente os membros usavam uniforme verde-
floresta, o que o ajudou na identificação do Clube com a Natureza. O objetivo do uso do
uniforme era a identificação como grupo ao saírem a partilhar sua fé. Outros objetivos
eram manter a moral entre os membros, dando-lhes a consciência de pertencer a uma
organização importante e também o uso do mesmo em cerimônias como investiduras,
desfiles, etc. O uniforme verde embora ainda utilizado em outros países, foi trocado por
uniforme cáqui no Brasil, depois que um jovem líder de desbravadores usando a calça
verde do uniforme foi confundido com um terrorista disfarçado, e preso, na década de
70. No início desta mudança o uniforme feminino mantinha a cor verde-floresta, depois
unificou se a cor para ambos os sexos.

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Em 1946, o secretário J. A. da Associação do Sudeste da Califórnia, Pr. John Hancock,


depois Líder Mundial, desenhou o emblema do Clube de Desbravadores, incorporando
idéias do Clube Locomotivas. Os três lados do emblema representam o
desenvolvimento Físico, Mental e Espiritual dos membros do Clube. A espada
representa o Espírito Santo, o Escudo da fé. Juntos objetivando indicar que o Clube de
Desbravadores é uma organização espiritual, relacionado à igreja.

1946 | Pr. Jonh


Hancock

Ainda neste período teve o início do primeiro Clube dos Desbravadores


patrocinado por uma Associação Riverside, na Califórnia - Associação do Sul da
Califórnia. O jovem estudante universitário chamado Francis Hunt foi eleito pela igreja
como diretor, para iniciar o clube com cerca de 35 membros.
Em 1947 a Associação Geral solicita a União Norte do Pacífico, elaboração de
normas e planos para a transformação do Clube de Desbravadores em um programa
Mundial. Esta planificação foi desenvolvida pelo Pr. J. R. Nelson, que era na época
Diretor da União.

1960 | Pr. J. R.
Nelson

Lawrence Paulson, diretor do Clube de Glendale - EUA, escreveu os primeiros


manuais.
Em 1948, Henry Berg, Diretor de Jovens da Associação Central da Califórnia,
desenhou a bandeira dos desbravadores. Os quadrados azuis significando lealdade e
coragem enquanto dois quadrados brancos representando a pureza. A espada

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representava à palavra de Deus e o escudo a verdade. Sendo que em 1952 compôs o


hino dos Desbravadores.

1948 | Henry Berg


(fotografia de 2002)

1952 | Fotografia do
manuscrito Original do
Hino dos Desbravadores
de autoria de Henry Berg
(escrito em inglês)

O Clube de Desbravadores embora já existisse, ainda não havia sido oficializado,


fato que ocorreu em 1950, tendo o Departamento de Jovens da Associação Geral
adotado oficialmente o CLUBE DE JOVENS MISSIONÁRIOS VOLUNTÁRIOS como
programa mundial.
O primeiro Camporee dos Desbravadores ocorreu de 7 a 9 de Maio de 1954, em
Idlewild na Califórnia (dados de 1953 indicavam a existência de 29.679 desbravadores).

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O dia dos Desbravadores começou a ser comemorado em 1957, inicialmente


designado para o 3º ou 4º Sábado de Setembro (Atualmente comemoramos em Abril). O
primeiro brasileiro a usar uniforme foi o Pr. Cláudio Belz, que esteve nos EUA, por
volta de 1960, onde conheceu o Clube, gostou da novidade, mandou fazer uniforme e o
usava ao voltar para o Brasil enquanto tentava iniciar a organização de um Clube no
Rio de Janeiro, na Igreja do Méier. Este uso de uniforme não pastoral foi bem recebido,
no início por alguns membros.
O primeiro Clube oficial na América do Sul foi o Clube Conquistadores de La
Iglesia, da Igreja de Miraflores no Peru, inaugurado oficialmente por um Pastor, em
1961 que na semana seguinte esteve em Ribeirão Preto, inaugurando o primeiro Clube
Brasileiro, que fora organizado pelo Pr. Wilson Sarli, sendo seu primeiro diretor Edgar
Tursílio. Na outra semana, este mesmo Pastor esteve no Rio de Janeiro oficializando o
Clube organizado pelo Pr. Cláudio Belz. Logo a seguir organizou-se o Clube de
Desbravadores da Igreja do Capão Redondo, tendo como seu diretor o Pr. Joel Sarli.
Atualmente o Clube de Desbravadores é um dos Departamentos fundamentais da
Igreja Adventista do Sétimo Dia, e tem como objetivo principal prover atividades
educacionais-recreativas aos membros da igreja e da comunidade.

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História dos Desbravadores na América do Sul


Quando a mensagem adventista entrou no Peru em 1889, mais ou menos 68 anos após a
independência, ninguém sonhava com que o céu havia planejado para o futuro do país.
Os anos passaram, a igreja cresceu até chegarmos no ano de 1955. Um grupo de jovens
que assistia à Igreja de Miraflores, perto de Lima, ouviu com muito interesse sobre a
existência de um grupo de jovens e adolescentes organizados num Clube chamado
Desbravadores, que se envolviam em diversas atividades especiais para sua idade.

O interesse cresceu rapidamente, as informações chegaram e foram passadas adiante e


os sonhos começaram a ser formulados. Então, alguns dos líderes de jovens da igreja
decidiram que era tempo de tomar coragem e estabelecer um Clube de Desbravadores
moldado em solo peruano, sob a liderança e encorajamento do irmão J. Von Pohle,
então diretor de jovens da União Incaica. Os líderes desse novo Clube eram um jovem
casal, Nercida Ruiz (Diretora do Clube) e seu marido Armando, Sra. Phil, Segundo
Guerra, Moises Rojas, Leonardo Pinedo e Sra. Ruf. Esse pequeno grupo de pioneiros se
reuniu e se empenhou na tarefa de estabelecer o que tornou-se o primeiro Clube de
Desbravadores no Peru e na América do Sul.

Sob a liderança de Nercida, (também a primeira diretora do clube na América do Sul) o


primeiro problema que eles enfrentaram foi à escolha de um nome. Várias opções foram
consideradas, como "Crianças Exploradoras", "Exploradores de Trilhas",
"Conquistadores" e outros. Foi escolhido o nome "Conquistadores" pelos seus
significados potenciais. Assim eles formaram um clube onde as crianças podiam
"conquistar o mundo para Cristo", "conquistar novos amigos" e como membro do
primeiro clube, a Sra. Nira Florian, lembra, "Conquistar o Reino do Céu". O novo nome
também estava em harmonia com o objetivo da liderança que era oferecer aos jovens,
adolescentes e juvenis da igreja, atividades de acordo com sua faixa etária visando o seu
desenvolvimento total e harmônico, dando-lhe oportunidades de testemunhar por
Jesus.

Quarenta e quatro anos se passaram desde aquele início e podemos agora olhar para
trás e avaliar os resultados. Alguns daqueles primeiros membros agora são líderes de
outros clubes organizados nos anos subseqüentes. Dentre estes estão os líderes do clube
da Igreja da Avenida España que mantém um registro ininterrupto de funcionamento,
sendo o segundo clube a ser estabelecido em Lima e o segundo na América do Sul.
Outros membros viajaram para além de nossas fronteiras e ainda continuam a trabalhar
em favor dos jovens da igreja. Outros são pastores aqui e muitos são "apenas" membros
comuns que apóiam totalmente a obra de suas igrejas locais.

As atividades desse primeiro Clube foram cheias de aventuras. As atividades do clube


incluíam reuniões especiais que tratavam de um tema apropriado para a faixa etária e
muitas reuniões apresentavam os ideai dos Conquistadores como o Voto e a Lei.
Lugares com abundante vegetação eram pesquisados (uma tarefa nada fácil na costa
desértica do Peru) e assim esse tempo era gasto junto á criação de Deus. Cultos de pôr-

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do-sol no sábado, juntamente com votos de renovação ao serviço e decisões de


fidelidade a Deus que ainda estão na memória dos membros antigos do Clube. Os
grandes acampamentos, as histórias lendárias contadas ao redor da fogueira, as
competições amigáveis e a camaradagem cristã ainda permanecem vivos na memória.
As classes de artesanato que resultaram em souvenirs: luminárias, mata-moscas, lenços
elegantes, álbuns de fotos, porta-moedas, almofadas para alfinetes e uma variedade
exótica de outros objetos que eram postos em exibição e então comprados pelos pais e
outros visitantes interessados em conhecer do que se tratava o clube.

Alguns membros do clube também se lembram de classe de culinária na qual foram


ensinados a fazer deliciosos pratos peruanos juntamente com algumas especialidades
internacionais. No encerramento do curso, os pais foram convidados para um banquete
especial preparado por seus filhos - isso causou um forte impacto nos pais, tanto quanto
nas crianças.

Não podemos deixar de mencionar a primeira classe batismal durante o segundo ano,
liderado pelo marido da Sra. Nercida, Armando. Seus esforços resultaram nos
primeiros dez desbravadores sendo batizados naquele ano. Este foi um marco que
resultou em uma carta especial de felicitações enviada pelos administradores da
Divisão Sul Americana.

Um dos maiores problemas enfrentados pelos líderes de jovens foi à decisão pelos
uniformes e por sua obtenção. Finalmente decidiram pela cor caqui para os meninos e
para as meninas eles tingiram o tecido de verde escuro para as saias que serão usadas
com blusas brancas. Hoje ainda existem alguns dos quepes "estrangeiros" que eles
usavam. Mas a despeito de todo o trabalho, logo foram capazes de trajarem todos os 40
membros com trabalhos impecáveis. O aspecto vistoso do clube, com seus elegantes
uniformes e bandeiras agitadas provocaram muitas exclamações dos curiosos e
despertou o desejo em muitas crianças de fazerem parte do clube.

Hoje, após quatro décadas de existência, contamos com um verdadeiro exército de


jovens e mais de 150 Clubes de Desbravadores no país, todos com os mesmos objetivos.
Todos cantando com grande entusiasmo: "Conquistadores somos, los siervos del buen
Jesús". Eles sobreviveram aos muitos anos das sérias dificuldades criadas pelos grupos
políticos subversivos no país. Temos orgulho de termos sido os pioneiros e de ainda
fazermos parte dos mais de 100.000 desbravadores da Divisão Sul Americana.

Aproveitamos esta oportunidade para expressar nossa gratidão a Sra. Nercida Ruiz, a
Deus e aos outros jovens visionários por seus esforços que nos leva a dizer literalmente
com Jesus: "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará".

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Nercida Ruiz sendo homenageada


pelo Pr. Erton Kohler, no III
Camporee Sul-Americano, em 2005

Nercida Ruiz, em close

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História dos Desbravadores no Brasil


Em nosso país a história dos Desbravadores padece por falta de registros e
documentação comprobatória. Não existem atas, nem livros, nem artigos de revistas,
nem jornais que confirmem os fatos relatados. Falando ao jornalista Michelson Borges,
da Casa Publicadora Brasileira, Henry Feyerabend disse: "Eu sempre entendi que em
Lageado Baixo foi fundado o primeiro Clube do Brasil, mas não tenho nenhuma prova
disso, nem certeza tenho, pois não há nenhum registro da organização desse clube".

Muitas realizações , nomes de pessoas, datas e informações podem ter caído


involuntariamente no anonimato ou simplesmente ter sido esquecidos pelas
deficiências naturais da comunicação oral. Conseqüentemente, as versões existentes,
aqui apresentadas, podem, num momento ou noutro, chocar-se. Mas que tal incarar
tudo isso como parte de um grande e belo mosaico construído por muitos atores? O que
você vai ler a seguir faz parte de um esforço de reconstrução da história, baseado
praticamente em lembranças e relatos de personagens muito importantes para os
Desbravadores no Brasil. Eles efetivamente contribuíram para estabelecer um programa
que deu certo, e o mérito de todos (Cláudio Belz, Edgard Turcílio, Henry Feyerabend,
Jairo de Araújo, Jesus Nazarenth Bronze, José Silvestre, Luis Roberto Farias, Osvaldo
Haroldo Fuckner, Wilson Sarli... ) foi acreditar no potencial dos juvenis e jovens cristãos
de nosso país. A dificuldade de precisar nomes, lugares e datas pode ser a
oportunidade de dedicar somente a Cristo as homenagens e o louvou pelo grande
empreendimento espiritual e social que é o Clube de Desbravadores.

Segundo Claudinei Candido Silva, pesquisador do Departamento de Desbravadores da


Associação Geral , o Pastor Jairo Tavares de Araújo, então líder da juventude adventista
da Divisão Sul-Americana, com sede ainda no Uruguai foi o primeiro a incentivar a
organização de Clubes de Desbravadores na América do Sul. Em 1957, ele preparou um
pequeno manual sobre como organizar um Clube de Desbravadores.

Em São Paulo
"Tive a oportunidade de conversar com o Pr. Jairo de Araújo, por ocasião de um
Camporee da União Central Brasileira, realizado em Brasília, quando ele e eu fomos
homenageados pela criação desse movimento [ Desbravadores] no Brasil", conta o
Pastor Wilson Sarli. "Ele me lembrou de quando, em 1959, por ocasião das
comemorações dos 40 anos da Sociedade dos Missionários Voluntários no Brasil,
realizadas no artigo Colégio Adventista Brasileiro, de 29 de julho a 1 de agosto, ele
lançou um desafio para a criação de clubes de desbravadores. Eu estava presente a este
congresso, ainda como distrital em Bauru, SP. Mas, até então, não havia desbravadores
no Brasil. Era uma atividade desconhecida."

O primeiro contato que o Pastor Wilson Sarli teve com um clube de desbravadores
organizado, foi no dia 6 de janeiro de 1961, em Embalce Rio Tercero, na Argentina. Ele
havia recém assumido o Departamento de Jovens da Associação Paulista e estava
representando São Paulo no Congresso de Jovens da União Austral. Na sexta-feira

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assistiu as apresentações de um clube de desbravadores no Chile, sob a liderança do


Pastor John B. Youngberg, missionário americano que havia criado o clube naquele
país.

De volta ao Brasil, com todo material que conseguiu com o Pastor Youngbeerg, o Pastor
Wilson pediu a sua secretária que o traduzisse. Segundo ele, esse material foi-lhe
solicitado pelo Pastor Henry Feyerabend e também serviu de apoio ao surgimento dos
Desbravadores em Santa Catarina. Alguns dias depois, o Pastor Jesus Nazareth Bronze,
então Distrital de Ribeirão Preto, comunicou-lhe que a comissão da igreja havia
recentemente escolhido um diretor para o Clube de Desbravadores local, a ser fundado,
e solicitava instruções para o seu funcionamento.

Em Ribeirão Preto, o Pastor Wilson foi apresentado a um dos primeiros diretores de


clube do Brasil, o jovem Luis Roberto Farias, que foi substituído logo depois por Edgard
Turcílio. No sábado, todos aguardavam ansiosos pelas palavras do Pastor da
Associação, que naquele dia pregaria sobre o Clube de Desbravadores.

Em Santa Catarina
O Pastor norte-americano Henry Raymond Feyerabend, nascido a 10 de junho de 1931,
também participou no Congresso na Argentina, em 1961, como Diretor de Jovens da
Missão Catarinense. Segundo o Jornal Adventista da Associação Catarinense, "o Pastor
Feyerabend chegou ao Brasil em 24 de Dezembro de 1958, já trazendo em sua bagagem
as idéias da formação de clubes de Desbravadores, adquiridas em seu distrito nos
Estados Unidos. No dia 20 de abril de 1960, Feyerabend dirigiu uma reunião de
planejamento das atividades do futuro Clube de Desbravadores Vigilantes, que se
iniciaram no dia 28 de abril de 1960... De acordo com Elza Fuckner Alves, que então
contava com 11 anos, sua irmã, Lúcia Fuckner dos Santos, nasceu exatamente um dia
antes da reunião inaugural (19 de abril de 1960). A identidade de Lúcia confirma a data.
Ademar Zabel ainda lembra que, por ter apenas nove anos de idade na época, não
poderia participar do Clube, mas acabou sendo aceito depois de muita insistência. Hoje
(abril de 2000), Ademar tem 49 anos."

Entretanto, em e-mail de 25/10/00, para Francisco Lemos, o Pastor Henry Feyerabend


afirma com respeito à origem dos Desbravadores em Santa Catarina: " Não tenho nada
escrito para confirmar a data de início dos clubes. Minha memória também não é
perfeita. Fui para Santa Catarina em 1958 e saí de lá em 1962, transferido para A voz da
Profecia. Organizei 7 ou 8 clubes em Santa Catarina messe período. Mas a Associação
não tem nada que confirme as datas em seus arquivos. Os membros da Igreja de
Lageado Baixo dizem que tem certeza de que o seu clube foi organizado antes da
viagem para a Argentina em 1961. Mas como já falei, eu não tenho dados escritos nem
memória para declarar que foi assim".

No mês de julho de 1961, o Pastor Feyerabend recebeu a visita do Pastor Youngberg,


que viera ao Brasil passar algumas dicas sobre como organizar clubes de desbravadores.
Naquele tempo já havia clubes em seis cidades catarinenses - Lageado Baixo, Joinville,

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Blumenau, Florianópolis, Benedito Novo e Bom Retiro. O primeiro a ser fundado foi o
de Lageado Baixo, que teve como primeiro Diretor o jovem Osvaldo Haroldo Fuckner.

O evento mais marcante para o Pastor Feyerabend foi a realização de um campori na


praia de Itapema, em 1961. " Reunimos naquele acampamento os clubes que havia em
Santa Catarina", conta Feyerand. " Não me lembro do número exato de pessoas que
participaram, mais creio que tivemos quase 200, contando desbravadores, conselheiros,
pastores e instrutores.

No Rio de Janeiro
Quase na mesma época em que o Pastor Wilson Sarli organizava o clube de Ribeirão
Preto, o Pastor Cláudio C. Belz ( bisneto do pioneiro Guilherme Belz) recebia dos
Estados Unidos material sobre os Desbravadores. Na época, ele era Diretor de Jovens na
Associação Rio-Minas. Seu pai, Rodolpho Belz, traduziu as apostilas e ambos, pai e
filho, ficaram entusiasmados com as idéias nelas apresentadas. O Pastor Cláudio
preparou um sermão sobre o assunto e o apresentou na igreja de Pavuna, no Rio de
Janeiro. Pouco tempo depois, vestindo seu uniforme recém-confeccionado (foi o
primeiro desbravador uniformizado em nosso país) e de bandeira em punho
apresentou-se na Igreja de Meyer, Rio de Janeiro, onde também falou sobre a
importância do Clube de Desbravadores. "Na hora do culto, algumas se retiraram da
igreja", lembra o Pastor Cláudio. " Na saída, chamaram-me de louco. Onde já se viu um
pastor adventista organizando um clube dentro da igreja, com uniforme, bandeira, hino
oficial... Quase desanimei. Ainda bem que meu pai era o presidente da União Este-
Brasileira e, como homem de visão, deu-me toda a cobertura".

O Pastor Cláudio Belz organizou o seu primeiro campori de União, no Brasil, e o


primeiro campori Sul-Americano. Segundo dados da Associação Geral, ele foi o Diretor
de jovens que mais tempo dedicou aos Desbravadores: 33 anos. Junto com o Pastor
Youngberg, Cláudio Belz fundou Clubes em vários lugares do Brasil.

Desafio Juvenil
Nos dias 1º a 4 de novembro de 1970, 350 desbravadores tiveram a oportunidade de
participar do primeiro Campori de Associação (congresso do qual participaram vários
clubes) realizado no Brasil. A cidade escolhida foi Pirassununga, SP. E os organizadores
foram o Pastores Rodolpho Gorski ( então diretor de jovens da antiga União Sul-
Brasileira, cuja sede era São Paulo) e José Silvestre. "Lembro-me da viagem que fizemos
de trem de São Paulo até Pirassununga", recorda o Pastor Gorski. "Lembro-me com
saudades das barracas, do programa, das atividades, dos banhos no rio, e da cachoeira".
Havia Clubes do interior do Estado e da capital, o que tornava aquele encontro um fato
inédito, uma vez que os acampamentos até então eram realizados isoladamente por
clubes.

Além de ser um dos organizadores desse primeiro Campori, o Pastor José Silvestre foi
um desses homens que vestiu o uniforme dos desbravadores para nunca mais tirar,
Natural de Regente Feijó, SP, Silvestre começou a trabalhar com Desbravadores (na
Obra)em 1972, com 34 anos. Foi ordenado ao Ministério em 1975. Em 1978 foi para o

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distrito de Registro, SP, onde organizou três clubes, que funcionam até hoje. Em 1980
assumiu o Departamento de Jovens da Associação Paulista, a fim de continuar
trabalhando com os Desbravadores. "Sempre gostei de trabalhar com os jovens porque
eles encaram mais facilmente os desafios", diz o Pastor Silvestre.

Esse gosto pelos Desbravadores começou bem cedo, quando Silvestre ainda estava no
Colégio Interno, onde fundou o Clube de Desbravadores do IAE, em 1965. Na época ele
leu muitos livros, manuais e apostilas dos escoteiros e outros movimentos ligados a
educação de menores. Pesquisou também os livros de Ellen G. White e encontrou apoio
no que ela escreveu sobre a educação, orientação e formação dos jovens e juvenis.

Os desbravadores das décadas de 1960 e 1970 não tinham materiais didáticos nem
equipamentos. Naquela época as barracas eram caras e muitos materiais eram
importados. Também não tinham líderes preparados, mas insistimos na realização de
cursos e na preparação de novos líderes. Foram tempo difíceis, é verdade, mas
acreditamos e antevimos milhares de jovens e juvenis que se firmariam na Igreja, sendo,
no futuro, líderes fortes" lembra o Pastor Silvestre.

Os pequenos clubes fundados no início da década de 60, no Rio de Janeiro, Santa


Catarina, São Paulo e em outros Estados de nosso país foram a célula inicial do que são
hoje os mais de 100 mil desbravadores, organizados em quase 3.000 clubes. "Em mais de
50 anos de história e milhares de acampamentos e Camporis, os Desbravadores
acumularam muitos troféus. Eles não são apenas de madeira e metal. Os mais preciosos
são pessoas, juvenis que cresceram e hoje são empresários, pastores, professores,
médicos e gente que está espalhada no mundo todo, anunciando com a sua vida que
Jesus em breve voltará. As faixas de especialidades, os broches, a farda, a bandeira azul
e branca, o escudo vermelho e amarelo são lembranças da esperança plantada no peito.
Com amor, brincadeiras e muitas felicidades.”

Hoje no Brasil estamos representados por uniões, segue abaixo números de clubes e de
Desbravadores por uniões Brasileiras.

NÚMERO NÚMERO NÚMERO NÚMERO


CLUBES MEMBROS CLUBES MEMBROS
UNIÕES DESBRA- DESBRA- AVENTU- AVENTU-
VADORES VADORES REIROS REIROS
União Central 896 30.094 322 6.577
Brasileira
União Este Brasileira 706 19.370 214 4.548
União Nordeste 702 22.098 138 2.817
Brasileira
União Norte Brasileira 638 31.773 120 3.140
União Sul Brasileira 540 17.449 141 2.786
TOTAL 3482 120.784 935 19.868

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Pastor Henry Feyerabend

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Ideais dos Desbravadores:

Alvo:
“A mensagem do advento a todo o mundo em minha geração”.

Lema:
“O amor de Cristo me motiva“.

Objetivo:
“Salvar do pecado e guiar no serviço”

Propósito:
“Os jovens pelos jovens, os jovens pela igreja e os jovens pelos seus semelhantes”.

Lei:
“A lei do Desbravador ordena-me:
Observar a devoção matinal;
Cumprir fielmente a parte que me corresponde;
Cuidar de meu corpo;
Manter a consciência limpa;
Ser cortês e obediente;
Andar com reverência na casa de Deus;
Ter sempre um cântico no coração;
Ir aonde Deus mandar”.

Voto:
“Pela graça de Deus, serei puro, bondoso e leal, guardarei a lei do Desbravador, serei
servo de Deus e amigo de todos”.

Hino:
Nós somos os desbravadores
Os servos do Rei dos reis
Sempre avante assim marchamos
Fiéis às Suas leis
Devemos ao Mundo anunciar
As novas da salvação
Que Cristo virá em breve
Dar o galardão.

Fidelidade à Bíblia:
“Prometo fi delidade à Bíblia, à sua mensagem de um salvador crucificado, ressurreto e prestes a
vir; doador de vida e liberdade aos que nEle crêem.”

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A bandeira dos Desbravadores

O Clube de Desbravadores tem uma bandeira, sendo considerada como emblema do


mesmo. A bandeira deve estar desfraldada nos programas e atividades dos
desbravadores locais ou da Associação.

Henry Bergh, Diretor de Jovens da Associação Central da Califórnia, desenhou a


bandeira dos desbravadores em 1948. Os quadrados azuis significando lealdade e
coragem enquanto dois quadrados brancos representando a pureza. O emblema dos
desbravadores, que se encontra no meio da bandeira, colocava uma interpretação
diferente daquela dada por Hancock. A espada representava a palavra de Deus e o
escudo a verdade.

A bandeira do Clube de Desbravadores tem 90cm de altura por 135cm de largura. No


meio da bandeira encontra-se uma insígnia A1 dos desbravadores (conforme descrita
no Regulamento do Uniforme), medindo 30cm de altura por igual medida de largura.

Divide-se em 4 partes. Ao olhar para a bandeira o observador notará que as partes


superior direita e inferior esquerda são brancas; as partes superior esquerda e inferior
direita são azuis. O nome do Clube deve aparecer em letras destravadas na parte
inferior direita.

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Emblemas dos Desbravadores


Emblema: D1

Este é o símbolo que representa o Clube de Desbravadores. Apresenta a inscrição


DESBRAVADORES na parte superior do triângulo, e a inscrição CLUBE abaixo do
escudo com a espada (é usado na manga direita). Em 1946, o Pr. John Hancock
acrescentou um novo item no Clube de Desbravadores desenhando o emblema do
desbravador. Este símbolo contém em seu desenho os seguintes significados:

1. Vermelho
(Sacrifício)
a. Lembra-nos de Cristo. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João
3:16).
b. “... apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”
(Romanos 12:1).

2. Três lados
Sendo um triângulo equilátero, o símbolo significa a “Plenitude da Trindade”: Deus Pai,
Deus Filho e Deus Espírito Santo, aos quais adoramos e servimos.
O símbolo também significa o “Tripé da Educação”, no qual está centrado todo o
programa do Clube de Desbravadores: Mental (Especialidades, Classes, Honras,
Trabalhos Manuais, etc.), Físico (Acampamentos, Passeios, Olimpíadas, etc.) e Espiritual
(Ano Bíblico, Atividades de Testemunho, etc.) E por fim, também significa nossa
“Cidadania e Lealdade”, pois servimos a nosso Deus dos Céus e da Terra, à nossa
Pátria, e a nosso próximo, entre os quais, nossa família e nossa Igreja.

3. Ouro
(Excelência)

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a. “Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres”
(Apocalipse 3:18).
b. Padrão de medida. O Clube dos Desbravadores possui padrões elevados que ajudam
a edificar um caráter íntegro para o reino do céu.

4. Escudo
(Proteção)
a. Na Escritura, Deus é muitas vezes chamado de o escudo de Seu povo. “Não temas ...
eu sou o teu escudo” (Gênesis 15:1)
b. “Embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos
inflamados do maligno” (Efésios 6:16).

5. Branco
(Pureza)
a. “O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas”
(Apocalipse 3:5)
b. Desejamos possuir a pureza e a justiça da vida de Cristo em nossa vida.

6. Clube dos Desbravadores


O Clube dos Desbravadores é uma organização do Departamento Mundial
de Jovens da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

7. Azul
(Lealdade)
É objetivo do Clube dos Desbravadores ajudar a ensinar a lealdade a:
Nosso Deus no céu Nossos pais Nossa igreja
A lealdade é definida como um reflexo do caráter de nosso Verdadeiro Líder.

8. Espada
(Bíblia)
a. A espada é usada na guerra. Uma batalha é sempre ganha pelo ataque. Estamos em
uma batalha contra o pecado e nossa arma é a Palavra de Deus.
b. A espada do Espírito é a Palavra de Deus. (Ver Efésios 6:17.)

9. Triângulo Invertido
a. A ordem inversa de importância ensinada por Jesus, que é contrária ao ensinamento
do mundo.
b. O sacrifício do eu ao colocar as necessidades dos outros diante das nossas.

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Emblema: D2

É usado na cobertura, na fivela do cinto, no Emblema D4, no prendedor de lenço e nas


classes regulares. Não contém as palavras DESBRAVADORES e CLUBE, e o escudo
com a espada fica centralizado.

Emblema: D3

Apresenta um triângulo em perspectiva sobre um globo com o desenho da América do


Sul. No Globo o fundo é Verde e o mapa Branco. Deve ser usado na camiseta e boné do
uniforme de atividades e no colete. Pode ser usado sempre que se justificar o uso de
uma identificação menos formal. Para fins promocionais, também poderá ser usado
traçado em uma cor.

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Emblema: D4 a

Representa a organização mundial dos Clubes de Desbravadores da Igreja Adventista


do Sétimo Dia. Contém o emblema D2 sobre fundo branco (usado por membros acima
de 15 anos), com borda em Verde Petróleo e é usado na manga esquerda da camisa ou
blusa. No lenço e na faixa são apenas traçado e bordado em azul sobre fundo amarelo.

Emblema: D4 b

Representa a organização mundial dos Clubes de Desbravadores da Igreja Adventista


do Sétimo Dia. Contém o emblema D2 sobre fundo cáqui (usado por membros de 10 à
15 anos), com borda em Verde Petróleo e é usado na manga esquerda da camisa ou
blusa. No lenço e na faixa são apenas traçado e bordado em azul sobre fundo amarelo.

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Emblema: L1

Octógono que representa a liderança dos Desbravadores. Confirma que o líder está
acreditado internacionalmente com autoridade para participar nas cerimônias de
investidura. Cada um dos oito lados tem a mesma medida, contendo o globo ao centro
com as linhas meridionais e cartesianas na cor amarela, fundo azul celeste, mapas na cor
verde. Moldurado por seis estrelas douradas que simbolizam as classes regulares possui
a borda geral amarela. É usado no lenço, no prendedor e na faixa do líder.

Emblema: L2

Globo de Líder Máster, contendo uma estrela prateada de sete pontas ao centro com
triângulo em vermelho ao fundo. Será usado pelos investidos em Líder Máster na
manga esquerda e, com um distintivo correspondente, no bolso esquerdo.

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Emblema: L3

Globo de Líder Máster Avançado, contendo uma estrela dourada de sete pontas ao
centro com triângulo em azul ao fundo. Será usado pelos investidos em Líder Máster
Avançado na manga esquerda e, com um distintivo correspondente, no bolso esquerdo.

Emblema: L4

Apresenta um triângulo em perspectiva sobre um emblema L1. Deve ser usado pelo
clube de líderes de Desbravadores em seu uniforme de atividades sempre que se
justificar o uso de uma identificação menos formal. Para fins promocionais, poderá ser
usado traçado em uma cor.

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A progressão do Desbravador

Forma como encontra-se atualmente o programa de formação para Desbravadores


votado na ultima Assembléia da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia no
ano de 2000 em Washington:

As Seis Classes Regulares:

São elas:
Amigo (cor azul), para Desbravadores de 10 anos (idade com que ingressa no Clube);
Companheiro (cor vermelha), para Desbravadores de 11 anos no mínimo;
Pesquisador (cor verde), para Desbravadores de 12 anos no mínimo;
Pioneiro (cor cinza), para Desbravadores de 13 anos no mínimo;
Excursionista (cor roxa) para Desbravadores de 14 anos no mínimo;
Guia (cor amarela), para Desbravadores de 15 anos no mínimo;

Distintivos de classes regulares: Em formato redondo, produzido em acrílico ou metal


nas cores correspondentes às classes. Em dourado contém a borda e o emblema D2
traçado ao centro. Serão usados no centro da tampa do bolso esquerdo da camisa ou
blusa. O Desbravador usará o distintivo de maior grau sempre à direita dos demais,
deslocando os anteriores para o lado esquerdo, mas mantendo o alinhamento
centralizado. O desbravador poderá fazer a opção de usar na camisa apenas o distintivo
da última classe investida e o restante na faixa.

As Seis Classes Avançadas:

São elas:
- Amigo da Natureza, (poderá ser feita com a classe de Amigo ou após concluí-la);
- Companheiro de Excursionismo, (poderá ser feita com a classe de Companheiro ou
após concluí-la);
- Pesquisador de Campos e Bosques, (poderá ser feita com a classe de Pesquisador ou
após concluí-la);
- Pioneiro de Novas Fronteiras, (poderá ser feita com a classe de Pioneiro ou após
concluí-la);
- Excursionista na Mata, (poderá ser feita com a classe de Excursionista ou após concluí-
la);
- Guia de Exploração, (poderá ser feita com a classe de Guia ou após concluí-la);

Distintivos de classes avançadas: Usados em duas linhas horizontais, dispostas em


ordem crescente, da esquerda para a direita, e de baixo para cima, centralizados

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imediatamente acima do bolso esquerdo, em ambas as linhas. Poderão ser usados em


acrílico, metal coberto com tecido ou tiras bordadas. Terão as cores correspondentes às
classes, com dourado ao centro.

As Três Classes Especiais (Liderança):

São Elas:

Distintivos de classes de liderança: Líder, Líder Máster e Líder Máster Avançado,


usarão os distintivos centralizados acima das Classes Regulares, sendo o distintivo de
maior grau sempre à direita dos demais, deslocando os anteriores para o lado esquerdo.
O Líder poderá optar por usar apenas o distintivo da maior investidura. Neste caso, os
demais distintivos serão colocados na faixa.

Líder Master - Distintivo metálico. Uma reprodução do emblema L2, todo na cor
prata, apenas com o triângulo ao fundo em vermelho.

Líder Master Avançado - Distintivo metálico. Uma reprodução do emblema L3, todo
na cor ouro, apenas com o triângulo ao fundo em azul.

A Insígnia de Excelência:

Em acrílico, metal, ou bordado. Centro dourado, ladeado verticalmente pelas cores


representativas do Clube: vermelho, branco e azul em cada lado, de dentro para
fora. Usado por um ano acima dos distintivos do bolso esquerdo ou dos distintivos
das classes avançadas. Se a insígnia for conquistada no último ano do desbravador
(15 anos) ela poderá ser usada definitivamente no uniforme.

As Três Medalhas Honrosas:

São Elas:

Medalha de Dedicação:

Envolvimento com a igreja


Com a realização das tarefas estabelecidas para receber a Medalha de Dedicação, os
jovens estarão auxiliando a Igreja em todas as áreas e ao mesmo tempo se
identificando com uma delas. Eles precisam ser partes integrantes da Igreja,

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trabalhando por ela, pois terão um papel fundamental na terminação da obra do


evangelho.

Medalha de Prata:

Plano da medalha de prata


A Medalha de Prata foi preparada para jovens cristãos de 14 a 19 anos de idade
(acima de 20 anos será opcional) que demonstrarem grandes qualidades de
desenvolvimento físico, mental e cultural. Promovida pelo do Ministério Jovem da
Igreja Adventista do Sétimo Dia, ela dá aos jovens a oportunidade de se superarem e
se realizarem com atividades de alto nível.

Cada participante e ganhador da Medalha de Prata vai estar mais bem preparado
para assumir seu lugar como membro positivamente ativo de sua igreja e
comunidade. O esforço e a perseverança, para se classificar em todas as atividades,
vão desenvolver qualidades de caráter que são tão necessárias na geração de hoje.

O futuro de nossa Igreja depende da capacidade e disposição dos jovens de servirem


seus semelhantes vivendo uma vida guiada por Cristo. Pelo poder de Deus esses
jovens cristãos vão ter um papel nobre e destacado nos momentos finais da história.
Os desafios do povo de Deus vão ser grandes e apenas os jovens que estiverem bem
firmados na Palavra de Deus em uma plataforma moral, que reflete a pureza do
Senhor Jesus, vão ser capazes de resistir. A conquista da Medalha de Prata foi
estabelecida para preparar estes jovens, desenvolvendo boa saúde, pensamento puro
e firmeza de visão espiritual.

A conquista da medalha
O Diretor do Ministério Jovem da Associação/Missão é quem dirige todo o projeto
de Conquista da Medalha de Prata e supervisiona as provas. Ele pode definir outras
pessoas, devidamente preparadas, para coordenarem as atividades em seu lugar.

Na igreja local o diretor de jovens será o coordenador da comissão de Conquista da


Medalha de Prata. Essa comissão deve definir examinadores bem preparados e
submeter todo o projeto à aprovação do Ministério Jovem da Associação/Missão. O
projeto se destina especialmente aos jovens Adventistas do Sétimo Dia, mas não é
exigido que aquele que recebe a medalha seja membro da Igreja.

Deve ser mantido um registro exato da conclusão de cada requisito completado pelo
candidato. A coluna à direita contém um espaço destinado às anotações de cada
requisito: (1) a data de conclusão, (2) a pontuação (onde indicado), e (3) a assinatura
do examinador autorizado pela comissão da Conquista da Medalha de Prata.

A entrega da medalha
A entrega da Medalha de Prata deve ser feita em uma cerimônia marcante e especial,
na qual o diretor do Ministério Jovem da Associação/Missão esteja presente. Podem

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ser convidados outros oficiais da igreja ou da comunidade para participarem na


cerimônia. A entrega da medalha deverá ser a parte principal do programa.

A medalha será, definitivamente, daquele que a recebeu. Seu nome deve ser gravado
no verso da medalha. (Não deverá ser entregue nenhuma medalha sem a gravação do
nome)

O plano de conquista
O plano de Conquista da Medalha de Prata está dividido em cinco áreas:

1. Preparo físico – Existem várias opcões, mas é fundamental que cada pessoa
classificada receba um certificado, do examinador oficialmente designado, quando
seus registros finais forem concluidos.

2. Especialidades – O desenvolvimento de habilidades segue os requisitos


apresentados no programa de Especialidades dos Desbravadores . São apresentadas
dez Especialidades e o participante deve se classificar em duas.

3. Expedição – São dadas orientações para uma desafiadora expedição e é muito


importante que aqueles que pensam em fazê-la confiram, com o examinador
qualificado, se todas as condições foram devidamente cumpridas e conferidas.

4. Projetos de Serviço – Nesta seção o participante precisa ter um registro,


demonstrando que cumpriu, com sucesso, suas responsabilidades.

5. Aperfeiçoamento Cultural – O participante pode escolher, mas precisa receber um


certificado, oficialmente reconhecido, após sua leitura ou redação.

Medalha de Ouro:

Plano da medalha de ouro


A Medalha de Ouro será entregue a jovens com idade entre 20 e 35 anos que
demonstrarem grandes qualidades de desenvolvimento físico, mental e cultural.
Promovida pelo Ministério Jovem da Igreja Adventista do Sétimo Dia, ela dá aos
jovens a oportunidade de se superarem e realizarem atividades de alto nível. Não é
pré-requisito ter recebido a Medalha de Prata ou ser membro da Igreja Adventista
do Sétimo Dia.

Cada ganhador da Medalha de Ouro vai estar mais bem preparado para assumir seu
lugar como membro positivamente ativo de sua igreja e comunidade. O esforço e a
perseverança, para se classificar em todas as atividades, vão desenvolver qualidades
de caráter que são tão necessárias na geração de hoje.

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O futuro de nossa Igreja depende da capacidade e disposição dos jovens de servirem


seus semelhantes vivendo uma vida guiada por Cristo. Pelo poder de Deus esses
jovens cristãos vão ter um papel nobre e destacado nos momentos finais da história.
Os desafios do povo de Deus vão ser grandes e apenas os jovens que estiverem bem
firmados na Palavra de Deus em uma plataforma moral, que reflete a pureza do
Senhor Jesus, vão ser capazes de resistir. A conquista da Medalha de Ouro foi
estabelecida para preparar estes jovens, desenvolvendo boa saúde, pensamento puro
e firmeza de visão espiritual.

A conquista da medalha
O Diretor do Ministério Jovem da Associação/Missão é quem dirige todo o projeto
de Conquista da Medalha de Ouro e supervisiona as provas. Ele pode definir outras
pessoas, devidamente preparadas, para coordenarem as atividades em seu lugar.

Deve ser mantido um registro exato da conclusão de cada requisito completado pelo
candidato. A coluna à direita contém um espaço destinado às anotações de cada
requisito: (1) a data de conclusão, (2) a pontuação (onde indicado), e (3) a assinatura
do examinador autorizado pela comissão da Conquista da Medalha de Ouro.

A entrega da medalha
A solicitação de condecoração com a Medalha de Ouro, aos candidatos que
concluíram os requisitos, deve ser feita ao Diretor do Ministério Jovem da
Associação/Missão. Ele definirá a realização de uma cerimônia especial para a
entrega da medalha. Devem ser convidados outros oficiais da igreja ou da
comunidade para participarem na cerimônia. A entrega da medalha dever ser o
objetivo principal do programa e não deve ser aproveitada nenhuma cerimônia de
Investidura dos Desbravadores ou Aventureiros.

A medalha será, definitivamente, daquele que a recebeu. Seu nome deve ser gravado
no verso da medalha. ( Não deverá ser entregue nenhuma medalha sem a gravação do
nome )

O plano da conquista
O plano de Conquista da Medalha de Ouro está dividido em cinco áreas:

1. Preparo físico – Os requisitos foram adotados de acordo com os programas de


provas nacionais.

2. Habilidades – São relacionadas diversas Especialidades e o candidato pode


escolher duas. Os requisitos de cada Especialidade estão disponíveis no manual de
Especialidades dos Desbravadores.

3. Expedição – O candidato pode escolher entre uma caminhada ou canoagem em


uma área despovoada. São dadas orientações para uma aventura desafiadora. É
importante que aqueles que planejam fazer essa atividade tenham certeza de que
todas as condições foram atendidas.

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4. Projetos de Serviço – O participante deve ter um registro no qual demonstre que


desempenhou com sucesso suas responsabilidades.

5. Aperfeiçoamento Cultural – O participante deve ser aprovado em duas áreas de


excelência cultural. Pessoas qualificadas nas áreas de arte, música e crítica literária
devem garantir que o requisito foi cumprido com sucesso.

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