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CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA

CONFEA

2
LÁUREA 0
AO 1
MÉRITO 9
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA
CONFEA

2
LÁUREA 0
AO 1
MÉRITO 9

Brasília-DF
2019
Expediente

Produção: Gerência de Comunicação do Confea


Coordenação: Felipe Augusto Pasqualini
Pesquisa/Redação: Beatriz Leal Craveiro, Fernanda Pimentel, Henrique Nunes,
Julianna Curado e Maria Helena de Carvalho
Colaboração: Mara Rúbia (assistente da Comissão do Mérito),
Sônia Spinola de Paula (bibliotecária), João Anastácio Dias Neto e Paloma Silva
Projeto Gráfico: DeBrito Propaganda
Diagramação: Silvia Girardi e Gráfica Movimento
Revisão: Lidiane Barbosa
Fotos: Acervos particulares

L377 Láurea ao Mérito: Sistema Confea/Crea e Mútua. – Brasília:


Confea, 2019.
166p. : il.; 15 x 21cm.
1. Homenagem: Medalha do Mérito. 2. Comissão do Mérito. I. Zerisson de
Oliveira Neto - Chanceler. II. Inarê Roberto Rodrigues Poeta e Silva – Chanceler-
-Adjunto. III. Laércio Aires dos Santos. IV. João Bosco de Andrade Lima Filho. V.
Carlos de Laet Simões Oliveira.

Publicado pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea)


Av. W3 Norte – SEPN 508 – Bl. A
Ed. Confea “Engenheiro Francisco Saturnino de Brito Filho”
CEP 70740-541 – Brasília-DF

www.confea.org.br twitter.com/confeacrea facebook.com/confea 55 61 2105-3700


CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA
Presidente: Eng. Civ. Joel Krüger
Vice-Presidente: Eng. Eletric. Edson Alves Delgado
Diretores:
Diretor Administrativo: Eng. Agr. Evandro José Martins
Diretor Financeiro: Eng. Civ. Osmar Barros Júnior
Diretor Institucional: Eng. Civ. Ricardo Augusto Mello de Araújo
Diretor de Controle: Eng. Mec. Ronald do Monte Santos
Diretor de Planejamento Estratégico: Eng. Prod. Mec. Zerisson de Oliveira Neto

CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO TOCANTINS


Presidente: Eng. Civ. Marcelo Costa Maia
1ª Vice-presidente: Eng. Civ. Shirlene da Silva Martins
2º Vice-presidente: Eng. Agr. Norton Rodrigues de Lellis
1º Diretor Administrativo: Eng. Civ. Renato Neves dos Santos
2º Diretor Administrativo: Eng. Eletric. Carlos Humberto de Souza e Silva
1º Diretor Financeiro: Eng. Agr. Ubiratan Carlos Barreto Araújo
2º Diretor Financeiro: Eng. Civ. Maurício Barbosa Pinto
Diretor de Fiscalização: Eng. Agr. Rafael Odebrecht Massaro

MÚTUA – CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS PROFISSIONAIS DO CREA


Diretor-Presidente: Eng. Civ. Paulo Roberto de Queiroz Guimarães
Diretor de Benefícios: Eng. Civ. Jorge Roberto Silveira
Diretor Financeiro: Eng. Civ. e de Seg. Trab. Juares Silveira Samaniego
Diretora Administrativa: Eng. Agr. Giucelia Araújo de Figueiredo
Diretor de Tecnologia: Eng. Agr. e de Seg. Trab. Cláudio Pereira Calheiros

COMISSÃO ORGANIZADORA NACIONAL DA 76ª SOEA


Coordenador: Presidente do Confea - Eng. Civ. Joel Krüger
Coordenador-Adjunto: Presidente do Crea-TO - Eng. Civ. Marcelo Costa Maia
Membros: Presidente do Crea-AL - Eng. Civ. Fernando Dacal Reis
Coordenador da CAIS- Eng. Agr. João Bosco de Andrade Lima Filho
Chanceler da Comissão do Mérito - Eng. Prod. Mec. Zerisson de Oliveira Neto
Representante do CDEN - Meteorol. Rômulo da Silveira Paz
Representante das CNCEs - Eng. Agrim. Joseval Costa Carqueija
Apoio: Silvia Girardi (Secretária Executiva)
Gisele Villela (Secretaria Executiva Crea-TO)
Marcos Magalhães de Farias
6LÁUREA AO MÉRITO 2019 LÁUREA AO MÉRITO 2019

ÍNDICE
INTRODUÇÃO 8

COMISSÃO DO MÉRITO 10

APRESENTAÇÃO 12

MENSAGENS 13

HOMENAGEADOS COM A INSCRIÇÃO NO LIVRO LÁUREA AO MÉRITO 16

Arivaldo Gomes da Mota 18


Cássio Bittencourt Macedo 22
Dirceu Victor Gomes de Hollanda 26
Eddo Hallenius de Azambuja Bojunga 30
Everaldo de Oliveira Castro 34
Gilson Arimura Arima 38
Joaquim Correia Xavier de Andrade Filho 42
Jorge Alberto Müller 46
José Chacon de Assis 50
José Geraldo Trani Brandão 54
José Gustavo Rios Fayad 58
Mário Tadachi Yonekura 62
LÁUREA AO MÉRITO 2019 LÁUREA AO MÉRITO 20197

HOMENAGEADOS COM A MEDALHA DO MÉRITO 66

Ailton Carlos Drummond de Oliveira 68


Alair Gomes Camargo 72
Asher Kiperstok First 76
Edimilson Machado de Almeida 80
Flávio José Cavalcanti de Azevedo 84
Francisco Suetônio Bastos Mota 88
Guilherme de Oliveira Estrella 92
José Augusto Silva Oliveira 96
Mário de Oliveira Antonino 100
Miguel Abuhab 104
Telmo Brentano 108
Wagner Bettiol 112

PLACAS DE MENÇÃO HONROSA 116

Centro Universitário Senai Cimatec 118


S.A. Usina Coruripe Açúcar e Álcool 122
Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco –
Sinduscon/PE 126

LIVRO LÁUREA AO MÉRITO INSCRITOS 2019 130

GALARDOADOS COM A MEDALHA DO MÉRITO 2019 132

COMPOSIÇÃO DO PLENÁRIO DO CONFEA 134

PRESIDENTES DE CREAS 136

INSCRITOS NO LIVRO DO MÉRITO 1958/2018 138

HOMENAGEADOS COM A MEDALHA DO MÉRITO 1958/2018 148

RELAÇÃO DOS EX-PRESIDENTES DO CONFEA 162

RELAÇÃO DOS EX-PRESIDENTES DOS CREAS QUE SEDIARAM SOEAS 162

PLACAS DE MENÇÃO HONROSA 165


8 LÁUREA AO MÉRITO 2019

INTRODUÇÃO
Para receber o reconhecimento do Sistema Confea/Crea e Mútua em
2019, a Comissão do Mérito do Conselho Federal de Engenharia e
Agronomia recebeu 58 indicações vindas de todo o país. Desse total,
27 foram escolhidas pelos integrantes da Comissão do Mérito, que
submeteu a lista à análise do plenário do Confea.

Diante do desafio de elaborar a relação final dos homenageados,


os integrantes da Comissão do Mérito dedicaram-se à análise do
perfil de profissionais e instituições de ensino de alto gabarito
que prestaram serviços relevantes ao país e à valorização da área
tecnológica nacional.

Neste ano, as Medalhas do Mérito, entregues aos homenageados em


vida, e a inscrição no Livro do Mérito, com os nomes das homenagens
póstumas, se somam à entrega de três Placas de Menção Honrosa,
destinadas a entidades de representação profissional, ensino e
pesquisa. Com isso, são 27 homenageados.

Há 61 anos, desde que as honrarias foram criadas pelo idealizador


do Sistema, Adolfo Morales de Los Rios Filho, a cerimônia de entrega
é realizada durante a abertura da Semana Oficial da Engenharia e
da Agronomia. Em 2019, os homenageados estarão reunidos na
cerimônia de abertura da 76ª Soea, em Palmas (TO).
LÁUREA AO MÉRITO 2019 9

Histórico
A Medalha e o Livro do Mérito foram instituídos pela Resolução
nº 118 do Confea, em 11 de dezembro de 1958, assinada pelo
então presidente, engenheiro Adolfo Morales de los Rios Filho. O
documento também criou a Comissão do Mérito e estabeleceu a data
de 11 de dezembro, como o Dia do Engenheiro e do Arquiteto (*). Os
primeiros agraciados com a Medalha do Mérito foram o presidente
da República Juscelino Kubitschek de Oliveira, o engenheiro Octávio
Marcondes Ferraz e o arquiteto Lúcio Costa. No Livro do Mérito, os
primeiros homenageados inscritos foram o engenheiro José Maria
da Silva Paranhos, Visconde do Rio Branco, e o engenheiro Alfredo
d´Escragnolle Taunay, Visconde de Taunay.

Em dezembro de 1986, a Resolução nº 320 revogou a anterior, e


formulando a entrega das homenagens, passando os condecorados
com a Medalha do Mérito e os familiares dos inscritos no Livro
do Mérito a receber o diploma na sessão solene de instalação da
Semana Oficial da Engenharia, da Arquitetura* e da Agronomia.
Naquele ano, a cidade de Curitiba, no Paraná, sediou a 43ª Soeaa.
Em julho de 1991, a Resolução nº 356 passou a regulamentar os
procedimentos relativos às homenagens, desburocratizando o
processo de indicação. Para aperfeiçoar a concessão da Medalha do
Mérito e a inscrição no Livro do Mérito, a Resolução nº 399, de 1995,
introduziu algumas inovações e revogou a anterior, permitindo
aprimoramento na avaliação do mérito dos indicados. Em 16 de
dezembro de 2016, a Resolução nº 1.085 regulamentou a concessão
da Medalha do Mérito e da Menção Honrosa, e a inscrição no Livro
do Mérito do Sistema Confea/Crea, bem como aprovou os modelos
para a apresentação das indicações dos homenageados e as
especificações das honrarias a serem concedidas.

(*) Com a Lei 12.378, de dezembro de 2010, os arquitetos se desligaram do


Sistema Confea/Crea.
10 LÁUREA AO MÉRITO 2019

COMISSÃO
DO MÉRITO
2019

LAÉRCIO AIRES CARLOS DE LAET JOÃO BOSCO DE ZERISSON DE INARÊ ROBERTO


DOS SANTOS SIMÕES OLIVEIRA ANDRADE LIMA FILHO OLIVEIRA NETO RODRIGUES POETA E SILVA
(CHANCELER) (CHANCELER-ADJUNTO)
LÁUREA AO MÉRITO 2019 11

Da Comissão
do Mérito A Comissão do Mérito (CME) do Confea é composta
por cinco conselheiros eleitos pelo plenário, o
qual também elege o coordenador, chamado de
Chanceler. O chanceler-adjunto, por sua vez, é
escolhido pelos integrantes da própria CME.

Entre suas atividades, a Comissão do Mérito recebe,


analisa e seleciona até três indicações – uma por
categoria – feitas por Conselhos Regionais de
Engenharia e Agronomia (Creas) e por Entidades
nacionais, para concorrer a 12 Medalhas do
Mérito, três Menções Honrosas e estar entre os 12
nomes inscritos no Livro do Mérito, dedicado aos
homenageados in memoriam.

Entre os indicados, profissionais, instituições de


ensino, entidades de classe, pessoa física ou jurídica
– com ou sem fins lucrativos –, desde que tenham
contribuído para a valorização profissional e para o
desenvolvimento socioeconômico, tecnológico e
sustentável do país.

Depois de selecionados, a CME submete os indicados


ao crivo do plenário, que define a relação final dos
homenageados. Todos os anos, as honrarias são
entregues em solenidade realizada na noite de
abertura da Semana Oficial da Engenharia e da
Agronomia (Soea), que em 2019, em sua 76ª edição,
é realizada em Palmas (TO).
12 LÁUREA AO MÉRITO 2019

APRESENTAÇÃO

O bras, empreendimentos, estudos, pesquisas que


parecem sem relevância, mas que sob um olhar
atento se revelam inovadoras, pioneiras, e são referências do
passado que sustenta o presente e nos incentiva a projetar o
futuro. Essa consciência talvez seja o principal legado deixado
pelos homenageados com as honrarias do Sistema Confea/
Crea e Mútua, neste ano de 2019.

Responsáveis técnicos, escritores, lideranças Há os que dedicaram sua vida profissional


classistas, profissionais que se tornaram a uma só empresa e, mesmo aposentados,
autoridades ocupando cargos em governos continuam na lida. Há os que estudaram
municipais, estaduais e federal. Esse é o muito para ensinar em igual quantidade,
perfil que se pode traçar dos homenageados fazendo do ensinar, um dos prazeres da vida.
in memoriam, dos que recebem a Medalha do
Mérito e a Menção Honrosa. Juntas, intrinsicamente interligadas, nossas
profissões constroem um país. É esse o
Desbravadores, construtores de caminhos em principal aprendizado deixado por nossos
terra, água e ar, cuidadores das águas, matas, homenageados, trabalhadores incansáveis das
florestas, parques, fundadores de escolas e engenharias, da agronomia e das geociências,
faculdades, entre os homenageados estão todos sem exceção, PhDs na ciência que
os tiveram a vocação despertada na infância, ensina que é preciso e necessário progredir.
os que trocaram férias por estágios, e já
profissionais, se revelaram e revelam pessoas Muito obrigado a todos.
agregadoras.
Eng. Civ. Joel Krüger
Presidente do Confea
LÁUREA AO MÉRITO 2019 13

MENSAGEM DO
CHANCELER

P ela segunda e última vez em meu mandato, coordeno


a Comissão do Mérito do Confea. Mais uma vez, revivo
o interesse despertado pelas histórias e desafios de vida de
cada homenageado.

Os currículos que nos chegaram em 2019 Lima Filho, engenheiro agrônomo e Carlos de
registram atuações brilhantes, decisões Laet Simões Oliveira, engenheiro mecânico,
acertadas em momentos decisivos para o país confesso que ocupar o cargo e exercer as
e no dia a dia que mantém em funcionamento funções de chanceler é uma das histórias que
a máquina do desenvolvimento. marcará a minha vida e estará em destaque
em meu currículo.
Decidir entre tantos atributos, os reconhecidos
a cada ano é tarefa das mais difíceis, já que Agradeço a confiança do plenário do Confea
todos merecem ser reconhecidos porque que me reconduziu ao cargo.
também contribuíram para os avanços
tecnológicos e para o fortalecimento da Obrigado aos homenageados de 2019 com
representatividade do Sistema Confea/Crea. a Medalha do Mérito, aos reconhecidos in
memoriam e aos que recebem a Menção
À frente da Comissão do Mérito e tendo ao Honrosa. Vocês marcam de forma indelével
lado os conselheiros federais Inarê Roberto a história do país e do Sistema Confea/Crea.
Rodrigues Poeta e Silva, engenheiro eletricista
e chanceler-adjunto, Laércio Aires dos Santos,
engenheiro florestal, João Bosco de Andrade Eng. Prod. Mec. Zerisson de Oliveira Neto
Chanceler da Comissão do Mérito 2019
14 LÁUREA AO MÉRITO 2019

R egistramos aqui o legado de profissionais que


muito contribuíram para a Engenharia por meio da
prestação de serviços relevantes à sociedade. Nesta data
de reconhecimento, é por meio da presença de familiares e
representantes desses profissionais que externalizamos nossas
homenagens. É um prazer para o Crea Tocantins fazer parte do
reconhecimento da dedicação desses profissionais.

O nosso presente é baseado no que deste Conselho. A nossa capital Palmas ainda
recebemos de outras gerações. É neste guarda memórias deste grande profissional
ponto que destaco a importância do trabalho que executou obras importantes como o
de grandes personagens da Engenharia Memorial Coluna Prestes e o Novo Terminal
que deixaram suas contribuições em Rodoviário da Cidade.
conhecimento e inovação, valorizando nossa
profissão. Todos nós percorremos inúmeros Gostaria de destacar, por fim, a importância
desafios durante o exercício do nosso ofício desta Honraria que deixa registrados os
como Engenheiros, obtendo superações que legados de grandes personalidades da
merecem destaque e reconhecimento. Engenharia que já foram e outras que estão
aqui. A nossa contribuição continua, sempre
Parabenizo todos os homenageados, em com pensamento sequente de progresso,
especial, o indicado pelo Crea Tocantins - resgatando as melhores heranças em
Eng. Civ. José Gustavo Rios Fayad, o qual foi atuação profissional. Temos imensa alegria
vice-presidente do Crea-TO, gestão 2012 em reconhecer com mérito os profissionais
- 2013, e cooperou no desenvolvimento do Sistema Confea/Crea e Mútua.

Eng. Civ. Marcelo Costa Maia


Presidente do Crea-TO
LÁUREA AO MÉRITO 2019 15

N ada mais inspirador do que o exemplo de um


profissional ou de uma instituição que marcou seu
tempo, que inovou ou que colaborou de modo único com
o bem da coletividade. São esses modelos de atuação que,
todos os anos, o Sistema Confea/Crea e Mútua registra com
suas honrarias da Láurea ao Mérito e que muito nos ensinam e
nos lembram sobre os alicerces da Engenharia, da Agronomia
e das Geociências: o bem comum, o desenvolvimento, a
sustentabilidade e o avanço.

Nós, profissionais da área tecnológica, feitos. Um dos momentos mais marcantes


trabalhamos arduamente na busca por da Semana Oficial da Engenharia e da
esses objetivos e, com o destaque daqueles Agronomia, em que referendamos um pouco
que recebem a Medalha do Mérito, que têm do muito que profissionais e instituições
seus nomes inscritos no Livro do Mérito in fizeram e fazem por nosso país, por nossas
memoriam e as instituições que recebem profissões e pela sociedade.
a Menção Honrosa, seguimos firmes na
missão que assumimos de servir a sociedade É uma grande honra para a Mútua fazer parte
brasileira, sabendo que temos onde e em desse momento ímpar do Sistema Confea/
quem nos espelhar para, também, contribuir Crea e Mútua.
de forma significativa.

Essa valiosa publicação busca eternizar todo


o sentimento de gratidão que presenciamos
durante a solenidade da Láurea ao Mérito e,
também, homenagear os agraciados desta
edição, com o relato de suas trajetórias e

Eng. Civ. Paulo Roberto de Queiroz Guimarães


Diretor-Presidente da Mútua
16 LÁUREA AO MÉRITO 2019

HOMENAGEADOS
COM A
INSCRIÇÃO
NO LIVRO
DO MÉRITO
HOMENAGEADOS COM A INSCRIÇÃO NO LIVRO DO MÉRITO 17
18 LÁUREA AO MÉRITO 2019

ARIVALDO
GOMES DA MOTA

ENGENHEIRO CIVIL PELA ESCOLA


POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DA BAHIA (UFBA), EM 1956

Nascimento: Feira de Santana (BA), 07 de julho de 1931

Falecimento: Vitória (ES), 27 de julho de 2016

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia da Bahia (Crea-BA)
HOMENAGEADOS COM A INSCRIÇÃO NO LIVRO DO MÉRITO 19

O s amigos do Senadinho ainda guardam


com emoção a figura humana caris-
mática que, durante anos, quase diariamen-
para cursar Engenharia na capital baiana. Lá,
iria se tornar amigo do criador da Bossa Nova,
João Gilberto, e ainda dos escritores Jorge
te, costumava “marcar ponto” no Shopping Amado e Zélia Gattai, do artista plástico Jen-
Barra, em Salvador. A maioria aposentados, nes Augusto e de Jorge Cravo, irmão do fotó-
os demais participantes daquela fiel comuni- grafo Mário Cravo Neto.
dade soteropolitana se sentiam saudosos do
esposo de Dona Nádia, com quem havia se A “luta” para se tornar engenheiro só ganhou
mudado para uma Vitória distante, no Espí- um alento quando, junto com outros colegas,
rito Santo. Menos de um ano depois, porém, foi prestar vestibular em Vitória e conheceu
a saudade se tornou irreversível, quando Ari- a futura esposa. Dois anos depois, transferiu
valdo Gomes da Mota tomou a sua última ve- o curso para Salvador, deixando o namoro
reda, deixando para os familiares e amigos as para as cartas. “Sempre vinha me ver”, descre-
suas melhores lembranças. ve dona Nádia Penha Valle Mota, a capixaba
cujos 59 anos de casamento renovaram uma
Construtor de estradas, avesso à política, ligação familiar com a Bahia que daria um fil-
e apaixonado por música, literatura e pela me. Juntos, o casal viajaria o país e até o ex-
criação de cavalos da raça mangalarga mar- terior em congressos rodoviários, além de ir
chador, Arivaldo poderia ter se tornado um constantemente a Vitória.
empreiteiro de sucesso. Mas preferiu o cami-
nho da modéstia, da dedicação aos projetos “Era muito apegado à Bahia, mas também a
e cálculos das rodovias, como aquela 101 que Vitória. Vinha de uma família pequena, e na-
tantas vezes o uniu a Vitória onde estudou e turalmente gostava daqui. Vínhamos umas
conheceu a futura esposa, voltando para lá três vezes por ano, mas sempre voltava com
em definitivo somente após os anos dedica- saudade dos amigos do Senadinho com
dos a Arivaldo Gomes da Mota Júnior, filho quem estava todos os dias com exceção dos
que por décadas exigiu seus cuidados após domingos. Eu ia de vez em quando, dava uma
um acidente de trânsito que modificaria a volta, mas eles estavam todos os dias no mes-
vida de toda a família. mo lugar. Eram muito unidos. Aqui em Vitó-
ria, ele chegou a chorar mais de uma vez com
BR-101, cujos trechos foram erguidos, entre saudade dos amigos. Tinha parentes, mas
tantos outros, com o ministro dos Transpor- não era a mesma coisa”, diz sua viúva, que se
tes Mário Andreazza. Por deixar sua marca considera apaixonada pela Bahia, pelo povo
na região de Porto Seguro em estradas para baiano. “Mas não tenho mais vontade de ir lá”.
Eunápolis e Santa Cruz de Cabrália, por exem-
plo, foi convidado para a cerimônia de 500 Administrador de empresas, Ethereldes Quei-
anos do Brasil. roz do Valle Mota guarda a mesma emoção
ao se referir à memória de Arivaldo. “No
Da Feira de Santana natal, guardou “suas” es- DNER, ele abria mão de regalias, prezava pela
tradas, como a BR-324, o amor ao Fluminense honestidade. Era uma pessoa muito simples,
e ainda a fazenda familiar onde costumava respeitado por ministros e porteiros. Dedica-
reunir a família, lembrando os tempos em do a meu irmão desde a sua aposentadoria.
que ainda não saíra do distrito de Tiquaruçu Em casa, catalogava os artistas que gostava,
20 LÁUREA AO MÉRITO 2019

Trajetória
Profissional
Engenheiro do Departamento Nacional de
Estradas de Rodagem - DNER (1957-1964);
Gestor do Sistema Rodoviário Federal como
engenheiro chefe do 5º Distrito Rodoviário
Federal (1965-1975); Durante sua gestão, im-
plantou diversas rodovias no estado, como a
em fitas, principalmente de jazz e MPB. A BR-101, duplicação da BR-324 (Salvador/Feira
música está presente na minha vida até hoje. de Santana), construção do Acesso Norte a
Esse prazer de ouvir veio do meu pai”, resume Salvador, BR-367 (Porto Seguro), entre outras;
o filho, que também se casou com uma ca- Promoveu também cursos de aprimoramen-
pixaba, Angela Moraes Mota, dando-lhes os to de técnicos e atividades sociais durante
netos Thiago, Gustavo e Felipe. suas gestões; Diretor-Geral do Departamen-
to de Transportes e Terminais – DTT, autar-
Durante o sono, após aproveitar o Dia do Avô, quia da Secretaria de Transportes da Bahia
o engenheiro rodoviário de tantas idas e vin- (1983-1987); Chefe do Serviço de Engenharia
das pelo país, às vezes dividindo o volante Rodoviária do 5º DRF (1995-1996); Membro
com Dona Nádia, deixaria definitivamente a de delegações do DNER; Representante na
querida trilha entre Salvador e Vitória e todas Bahia do Instituto de Pesquisas Rodoviárias
as demais. No dizer da companheira, os co- – IPR; Conselheiro do Clube de Engenharia
legas prestaram-lhe “missas muito bonitas. da Bahia; Na iniciativa privada, representou
Principalmente em Salvador, mas alguns vie- empresas de consultoria rodoviária; Sócio
ram para cá”. Na Praia do Rio Vermelho, sua do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia
última estrada. – IGHB.
22 LÁUREA AO MÉRITO 2019

CÁSSIO BITTENCOURT
MACEDO

ENGENHEIRO CIVIL PELA UNIVERSIDADE DO


PARANÁ, ATUAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARANÁ (UFPR), EM 1947

Nascimento: Curitiba (PR), 13 de abril de 1922

Falecimento: Curitiba (PR), 09 de agosto de 2017

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia do Paraná (Crea-PR)
HOMENAGEADOS COM A INSCRIÇÃO NO LIVRO DO MÉRITO 23

O epíteto “O construtor de caminhos”,


da biografia publicada em 2012 pelo
jornalista Júlio Zaruch, evidencia a amplitu-
dagem – DER. Depois, foi diretor de Obras e
Planejamento da Prefeitura”, descreve Cássio
José. A biografia o complementa: “Nos quase
de da trajetória do engenheiro civil Cássio dois anos em que dirigiu o Departamento,
Bittencourt Macedo. Além das obras, sobretu- Cássio conduziu a construção de importan-
do rodovias, que espalhou pelo estado do Pa- tes obras”.
raná, o livro deslinda outros aspectos da per-
sonalidade desse empreendedor preocupado Quase candidato a prefeito, saiu de Londri-
em servir à sociedade. na ao aceitar o convite para a Secretaria de
Viação e Obras Públicas do Estado (SVOP).
Filho do engenheiro civil Raul de Azevedo Iniciaria, então, uma trajetória que o coloca-
Macedo – um dos precursores do Crea-PR e ria à frente não apenas do DER, mas de outras
inscrito no Livro do Mérito em 2007 – Cássio estruturas do seu estado, como aeroportos,
se tornaria um dos símbolos da construção os departamentos de água, energia e teleco-
civil paranaense. E uma figura ilustre da so- municações, a estrada de ferro e o Porto de
ciedade do estado, como empresário, rotaria- Paranaguá.
no e cidadão.
“Em pouco menos de um ano, percorreu todo
“Posso dizer que ele fazia estradas, rodovias. o estado. Depois, ele iria para a iniciativa pri-
Desde os quatro anos, vivia com ele pelas vada, deixando o cargo para ser assumido
obras, como também aconteceu com ele por meu avô, então já ex-prefeito de Curitiba
quando criança, em todo o estado”, diz um e diretor do Porto de Paranaguá”, descreve
dos três filhos, o também engenheiro civil Cássio José, lembrando que a filiação ao Par-
Cássio José Ribas Macedo, hoje conselheiro tido Social Progressista (PSP) provocaria sua
do Crea-PR. saída da Secretaria.

Por sinal, ele, Ana Cristina e Raul Henrique Esse fora apenas mais um dos momentos em
(engenheiro civil) nasceram em Londrina, que a trajetória profissional de Cássio e a ex-
durante uma das suas grandes empreitadas, periência paterna se encontrariam. A forma-
as obras do Lago Igapó, iniciadas em 1956 e ção foi acompanhada de perto por Raul, e
concluídas em 1959, quando o pai já voltara passou pelo Centro de Preparação de Oficiais
a Curitiba. da Reserva (CPOR), onde estudou nos dois
primeiros anos da Escola de Engenharia.
Para a Capital do Café, o casal Cássio Macedo
e Ivete Ribas havia se deslocado logo após a Entre a iniciativa privada e os cargos públicos,
formatura e o casamento, em 1948. Foram ca- suas obras chegam a Santa Catarina e ao Rio
sados até a morte de Dona Ivete, em 1992. Dois Grande do Sul. Mesmo com sérios problemas
anos depois, Cássio Macedo se casaria com a de visão desde os 55 anos, capitaneou obras
professora Maria Amélia do Canto Rodrigues. de terraplanagem, pavimentação e recapea-
mento de rodovias e até mesmo a hidrelétri-
“A Londrina, ele foi primeiro como enge- ca de Segredo, considerada, nos anos 1990, a
nheiro do Departamento de Estradas de Ro- primeira do país a ter um projeto de impacto
24 LÁUREA AO MÉRITO 2019

ambiental. Em 1969, um passo definitivo, ao


se tornar sócio-diretor da Sinoda, que incor-
porou a Iguaçu Construções, onde era sócio.

Permaneceria na empresa até 1995, excluin-


do um intervalo de oito meses quando vol-
tou à SVOP, em 1971. Nesse pródigo último
exercício de uma função pública, multipli-
cou-se ainda como empresário do ramo de
obras rodoviárias com a atuação à frente do
Instituto de Engenharia do Paraná (IEP). E ain-
da em curso na Associação dos Diplomados
da Escola Superior de Guerra (Adesg).

Dedica-se desde então a integrar sua experi- Iguaçu Ltda. (1960); Chefe da Divisão de Pa-
ência pública com a iniciativa privada, tendo vimentação do DER (1960); Diretor técnico da
destacada atuação no Rotary. Na Associação Companhia Mista de Energia Elétrica Vale do
Paranaense de Empresários de Obras Públicas Iguaçu (1961); Diretor de Obras da Rodopavi
(Apeop), foi fiel aos princípios de buscar o de- Ltda. (1962) e da Sociedade Técnica de Obras
senvolvimento do estado, estimulando proje- Públicas S.A. – Stop (1963); Sócio da Iguaçu
tos de interesse público, e ainda o de valorizar Construções (1965-1969); Sócio-diretor da Si-
o empresariado e os profissionais. Atuação noda Construções S.A. (1969-1995); Presiden-
complementar teve à frente do Instituto de En- te da Associação Paranaense de Empresários
genharia do Paraná (IEP), quando conduziu ao de Obras Públicas – Apeop (1967-1969; 1969-
êxito a VII Convenção Nacional de Engenhei- 1971 e 1975-1977); Presidente do Instituto de
ros, reunindo 700 profissionais em Curitiba, em Engenharia do Paraná (1971-1973); Fundador
1972. e Vice-Presidente do Sindicato da Construção
Pesada – Sicepot-PR (1986-1992); Homena-
geado com o Diploma do Mérito do IEP e do
Crea-PR (1997); Homenageado pela Associa-
ção Catarinense de Empreiteiros de Obras –

Trajetória Aceop (2011); Medalha do Mérito Industrial


da Federação das Indústrias do Estado do
Paraná – Fiep (1999); Destaque de Obras Pú-
Profissional blicas (2000) e Engenheiro do Ano do Insti-
tuto de Engenheiros do Paraná – IEP (2003);
Chefe da Residência do Departamento de Homenageado pela Apeop (2002); Título de
Estradas de Rodagem – DER, em Londrina-PR Vulto Emérito de Curitiba, pela Câmara Muni-
(1948-1956); Diretor de Obras e Planejamen- cipal (2006); Medalha do Mérito do Crea-PR
to da Prefeitura de Londrina (1956-1957); (2010); Membro Nato dos Conselhos Con-
Secretário de Viação e Obras Públicas do Es- sultivos do IEP e da Apeop, tendo integrado
tado (1957-1958 e 1971); Diretor Técnico da também o Conselho Consultivo da Fiep.
26 LÁUREA AO MÉRITO 2019

DIRCEU VICTOR GOMES


DE HOLLANDA

ENGENHEIRO CIVIL PELA UNIVERSIDADE


FEDERAL DE PERNAMBUCO, EM 1958;
ESPECIALISTA EM SANEAMENTO PELA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, EM 1964

Nascimento: Recife (PE), 18 de dezembro de 1933

Falecimento: Natal (RN), 22 de maio de 2000

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do


Rio Grande do Norte (Crea-RN)
HOMENAGEADOS COM A INSCRIÇÃO NO LIVRO DO MÉRITO 27

O engenheiro civil Dirceu Victor Gomes de


Hollanda nasceu em Recife (PE), no bair-
ro de Casa Amarela. Filho do casal Joaquim
Rio Grande do Norte onde integrou os qua-
dros de duas importantes instituições no
estado: o Departamento Nacional de Obras
Victor de Hollanda e Eulália Gomes de Hollan- Contra as Secas (Dnocs) e a Universidade Fe-
da, teve dois irmãos mais novos: Daniel Geral- deral do Rio Grande do Norte (UFRN). Man-
do Gomes de Hollanda, arquiteto, ex-conse- teve vínculo com essas instituições até o seu
lheiro do Conselho Regional de Engenharia e falecimento, mas sempre com atividades
Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea-RN) concomitantes nas demais áreas, principal-
e do Conselho Federal de Engenharia e Agro- mente na empresarial, onde executou obras
nomia (Confea), e Décio Américo Gomes de importantes, em especial pelas soluções ino-
Hollanda, economista. vadoras e tecnologicamente relevantes para
o desenvolvimento da Engenharia em terri-
O pai, Joaquim Victor, era artífice em Recife, tório potiguar, como o primeiro edifício de
onde executava adornos em gesso para de- 10 andares de Natal - Edifício 21 de Março; a
coração de edificações, em especial forros, construção da Estação de Tratamento de Es-
fachadas e colunas. Em uma época em que gotos do Baldo; a construção das passarelas
havia poucos engenheiros no mercado regio- de Neópolis e Mirassol, em concreto proten-
nal, atuou como mestre de obras ainda em dido; a Penitenciária Agrícola de Mossoró; en-
Recife, construindo edificações residenciais, tre tantos outros empreendimentos.
mas foi na época da Segunda Guerra Mundial
que se transferiu com a família para Natal, Gomes de Hollanda foi um entusiasta em to-
onde realizou importantes obras. Assim co- das as atividades que exerceu, dividindo-se
meçava a primeira geração de engenheiros entre a educação, o empresariado e as asso-
da família Hollanda. ciações de classe e sociais. Contudo, o filho
Dirceu confessa que foi sempre em torno da
Portador de um problema congênito de vi- Engenharia Civil que a vida do pai orbitou.
são, Dirceu Hollanda teve de superar essa “Até a docência foi motivada pela Engenharia”,
grave deficiência na infância, tendo sido al- esclarece. Em um interstício de menos de 10
fabetizado praticamente em casa, recebeu anos, entre 1959 e 1966, fundou - na Universi-
grande incentivo e ajuda de sua mãe Eulália dade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
(Dona Lia). Essa adversidade fez com que - a Escola de Engenharia e o Instituto de Ma-
Dirceu Hollanda desenvolvesse grande habi- temática. Na década de 70, presidiu o Crea Rio
lidade para o autoaprendizado e para supera- Grande do Norte (1976 a 1978), sendo um dos
ção, o que contribuiu para ter grandes êxitos responsáveis pela aquisição da atual sede do
nas suas atividades pessoais e profissionais. Regional. Em 1978, foi conselheiro federal. So-
Mesmo com a grave limitação da visão, foi bre o Sistema, o filho e também engenheiro
um aluno brilhante, com uma inteligência Dirceu Victor recorda com carinho que, quan-
diferenciada e uma formação sólida e conhe- do pequeno, acompanhou o pai em algumas
cimentos abrangentes em áreas que extrapo- Semanas Oficiais da Engenharia e da Agrono-
lavam a Engenharia. mia (Soea).

Recém-graduado pela Universidade Federal O filho conta que Dirceu Hollanda foi um
de Pernambuco (UFPE), transferiu-se para o marido e um pai de muita presença, man-
28 LÁUREA AO MÉRITO 2019

tendo-se sempre como referência e centro


agregador da família. Casou-se com Margari-
da Monte de Hollanda com quem teve cinco
Trajetória
filhos: a engenheira civil Maria Suzete; Hele-
nita; Sonja Magaly; o engenheiro civil Dirceu Profissional
Victor; e Fábio Luiz.
Fundador da Escola de Engenharia da Uni-
versidade Federal do Rio Grande do Norte
Dirceu conta que as maiores lembranças com - UFRN (1959); Fundador e primeiro diretor
o pai são ao som do violão erudito “que to- do Instituto de Matemática da Universida-
cava, muitas vezes, para nos acalmar na hora de Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
de dormir, e nas reuniões de família aos finais (1966); Presidente da Companhia de Águas
de semana, sempre regada a música e muita e Esgotos do Rio Grande do Norte - Caern
comida. Sua paixão pelo conhecimento era (1970-1971); Presidente do Crea-RN (1976-
impressionante. Sempre estava com um livro 1978); Conselheiro Federal do Confea (1978-
ou uma calculadora à mão. Até o final da vida, 1981); Professor titular do Departamento de
com a ajuda de equipamentos potentes para Engenharia da Universidade Federal do Rio
auxiliá-lo na leitura, estudava física e alemão.” Grande do Norte - UFRN (1969), Engenheiro
do Departamento Nacional de Obras contra a
O Sistema Confea/Crea registra a sua home- Seca - Dnocs (1959-1970); Engenheiro e fiscal
nagem a esse exemplo de superação, que avaliador da Caixa Econômica Federal no Rio
tanto fez pela Engenharia, pelo Rio Grande Grande do Norte (década de 1970); Empre-
do Norte e pela docência no decorrer de sua sário da indústria da construção civil no Rio
trajetória. Grande do Norte (de 1970 até a sua morte).
30 LÁUREA AO MÉRITO 2019

EDDO HALLENIUS DE
AZAMBUJA BOJUNGA

ENGENHEIRO ELETRICISTA, MECÂNICO E


CIVIL PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO GRANDE DO SUL (UFRGS), EM 1954

Nascimento: Pelotas (RS), 11 de janeiro de 1931

Falecimento: Porto Alegre (RS), 15 de junho de 2018

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS)
HOMENAGEADOS COM A INSCRIÇÃO NO LIVRO DO MÉRITO 31

F amília, amizade e a engenharia tinham


valor inestimável para Eddo Hallenius
de Azambuja Bojunga. Eram, para ele, um pa-
to”, conta com emoção a história de quase
20 anos ao lado do engenheiro, descrito por
Marilene como “abnegado que sempre lutou
trimônio construído ao longo de uma “vida para unir as engenharias”.
bem vivida”, como declarou na autobiografia
dedicada aos familiares um ano antes de fa- O discurso de encerramento de mandato
lecer. como conselheiro no Regional de Engenharia
e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS),
“Deus dirigiu meus passos desde minha in- em 2015, confirma a expectativa de Bojunga
fância e juventude, que foram maravilhosas, sobre harmonização das profissões. “Um dia
deu-me uma ótima saúde e, mais tarde, o todos nós seremos engenheiros e cada um
companheirismo de duas mulheres maravi- fará o que souber e o que aprendeu a fazer
lhosas e famílias que viveram e vivem sem na sua escolha de especialização. Vão acabar
desavenças e em absoluta harmonia. Perdi estas disputas de sombreamentos que tanto
meu pai muito cedo, com apenas 14 anos. têm nos desgastado ao longo dos anos”, disse
Entretanto, minha santa mãe soube educar- aos colegas de ofício.
-me de forma completa e a boa índole, heran-
ça de meus antepassados, fizeram com que No Crea-RS, Bojunga compartilhou conhe-
eu sempre me sentisse feliz, não desejando cimentos técnicos e profissionais enquanto
aquilo que não tinha – dinheiro de sobra – conselheiro titular e suplente, tendo exercido
mas sim o suficiente para levar uma vida dig- seu primeiro mandato em 1958. Participou
na e feliz!” de inúmeros encontros, seminários e simpó-
sios, além de ter marcado presença em cerca
Foi essa referência de integridade que Bojun- de 15 encontros nacionais de câmaras espe-
ga deixou para os filhos. “Sempre presente cializadas, e também na Semana Oficial da
e atencioso, foi um exemplo de dignidade Engenharia e da Agronomia (Soea).
e correção. Sinto falta dos conselhos sábios
e moderados”, confessa o filho do primeiro “Muito sério e sempre respeitado”, como des-
casamento, Luiz Edmundo, com quem a irmã creve com admiração a esposa, foi homena-
Eleonora concorda: “Homem íntegro e cristão geado diversas vezes pelo Sistema Confea/
autêntico que me legou este modelo de re- Crea e Mútua. Ainda hoje a atuação e o com-
tidão a ser seguido”. “Deixou ensinamentos prometimento dele continuam sendo lem-
e exemplos: respeito e perdão a todos e de- brados.
dicação àquilo que se propunha a fazer. Ele
faz falta, com sua leveza de alma e coração
Perto de completar um ano de falecimento
tranquilo”, comenta Juliana, enteada que Bo-
do engenheiro, em maio de 2019, o Crea-RS
junga ganhou aos 70 anos, quando se casou
mais uma vez reconheceu a contribuição
com Marilene.
dele para a construção da história do Conse-
lho. “Foi emocionante”, recorda Marilene com
“Nós nos onhecemos em janeiro de 2000, orgulho em ver que a lembrança de Bojunga
quando éramos viúvos. Em julho, fomos mo- é mantida viva entre os profissionais da En-
rar juntos e nunca mais nos desgrudamos. genharia.
Em 25 de maio de 2001 foi nosso casamen-
32 LÁUREA AO MÉRITO 2019

com Recurso ao Plenário (2008, 2011, 2012,


2013 e 2015), sendo coordenador por dois
anos, participou da Comissão de Mediação
e Arbitragem e da Comissão de Transição da
saída dos arquitetos do Confea (2011), foi re-
presentante do Plenário junto à Câmara de
Geologia e Minas (2010), integrou o GT para
Regulamentação e Divulgação da Lei Estadu-
al Complementar 14.376/2013 – Lei Kiss e o
GT Memória da Engenharia (2014); Professor
assistente das disciplinas Mecânica Aplicada
e Mecanismos, na Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (1963-1976); Integrante
do Conselho do Departamento de Água e
Esgotos de Porto Alegre (1972-1974); Sócio-
-fundador, gerente e responsável técnico
na Yergata Montagens e Obras Ltda. (1994-
2014); Responsável técnico das empresas
VO-Elétrica e Hidráulica Ltda. (1995-2002) e
Instaladora Base Ltda. (2003); Agraciado pelo
Crea-PR com a Comenda – 50 anos de Ativi-
dades Profissionais (2004); Homenageado
três vezes pelo Crea-RS (2008, 2014 e 2015);
Integrante do Conselho Deliberativo da So-
ciedade de Engenharia do Rio Grande do Sul
Trajetória (2013-2018).

Profissional
Estagiário no ramo de elevadores, na Brom-
berg Comercial (1952-1953); Estagiário
(1954) e responsável técnico (1966-1994) na
Bojunga – Dias S.A., onde somou cerca de
900 obras e 350 projetos, conforme Acervo
Técnico junto aos Creas do RS, PR, SC e SP;
No Crea-RS foi conselheiro suplente e titular
nos períodos 1958-1961 e 2002-2015, tendo
sido secretário da Diretoria (1959-1961), co-
ordenador da Câmara Especializada de En-
genharia Elétrica (2003, 2004, 2007 e 2008),
desempenhou funções junto à Diretoria, na
Comissão de Ética (2006, 2007, 2014 e 2015),
integrou a Comissão de Análise de Processos
34 LÁUREA AO MÉRITO 2019

EVERALDO DE OLIVEIRA
CASTRO

ENGENHEIRO CIVIL PELA UNIVERSIDADE


FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE), EM 1947

Nascimento: Porto Real do Colégio (AL),


06 de outubro de 1920

Falecimento: Maceió (AL), 23 de março de 1983

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia de Alagoas (Crea-AL)
HOMENAGEADOS COM A INSCRIÇÃO NO LIVRO DO MÉRITO 35

T reze quilômetros separam a Universida-


de Federal de Alagoas da pequena rua
maceioense Dr. Everaldo Oliveira Castro, no
cada equipamento novo que adquiriam para
a Escola”, conta o primogênito, que aos sete
anos já assistia a experiências de física ao
bairro do Barro Duro. Mais alguns quilôme- lado do pai.
tros e, no bairro Pajuçara, chega-se ao edifício
Everaldo Castro. Um prédio e uma rua fazem Nenhum dos filhos de Everaldo seguiu a tra-
a capital alagoana se recordar de um dos fun- jetória profissional do pai, mas Orlando che-
dadores da primeira Escola de Engenharia do gou a cursar três anos de Engenharia Civil na
estado, criada em 1951, antes de Alagoas ter Ufal, onde o homenageado sempre ministrou
uma universidade federal. “Naquela época, a disciplina de Topografia. Quando se formou
só existiam as Escolas de Medicina e de Direi- em Administração, Orlando ganhou do pai
to. Então, meu pai se juntou com amigos de seu anel de formatura. A cor – azul – repre-
profissão e fundaram a Escola de Engenharia. sentava as duas profissões, porém a joia con-
Ele tinha muito orgulho dessa história”, conta tinha uma escada esculpida, simbolizando a
Orlando Castro, filho mais velho do homena- Engenharia. “Ele me orientou a raspar a esca-
geado. dinha, a fim de que o anel ficasse adequado
também para o curso de Administração. Mas
Essa “história” começa à margem do Rio São não mexi de jeito nenhum, e usei a vida toda
Francisco, na pequena cidade alagoana de o anel de engenheiro”.
Porto Real do Colégio, a 170 quilômetros de
Maceió, onde nasceu Everaldo de Oliveira Na universidade, Everaldo era conhecido
Castro. Depois de fazer escolas primária e se- como “Urso Branco”, pois só vestia terno cla-
cundária em Penedo (AL), se despediu do es- ro, sempre de linho. “Para ele, representava
tado para estudar Engenharia no Recife (PE). clareza, calmaria. Ele só usava roupa preta
De tão bom aluno, no último ano do curso em solenidades, quando a ocasião assim de-
ganhou bolsa de estudos e se mudou para mandava”, conta Orlando. A paz e o bem dos
Paris, onde viveu por seis meses. “Ele se gaba- alunos eram a prioridade de Everaldo, que,
va muito desse feito, um menino do interior pai de quatro filhos, abriu seu lar para escon-
de Alagoas que vai para a França, sem saber der estudantes na época da ditadura militar
falar francês!”, compartilha Orlando. - entre eles, o universitário que quase trinta
anos depois seria governador de Alagoas, o
Conquistada a fama de melhor aluno nas também engenheiro Ronaldo Lessa. “Ele pro-
capitais francesa e pernambucana, em 1947 tegeu muita gente. Quando era diretor da
Everaldo retornou para Alagoas, onde assu- faculdade, não deixava a polícia entrar para
miu uma diretoria no então Departamento bater em aluno. E eu me orgulhava muito dis-
de Obras Públicas (hoje Secretaria da Infra- so, de ele sempre se portar contra a violência”,
estrutura de Alagoas). Em 1951, junto a ou- compartilha o filho, apaixonado: “Meu pai era
tros cinco engenheiros apaixonados, fundou um ser humano espetacular”.
a primeira Escola de Engenharia de Alagoas,
que se tornaria faculdade em 1961, com a Sem nunca deixar a universidade, Everaldo
criação oficial da Universidade Federal de desempenhou diversas funções públicas – foi
Alagoas. “Ele vibrava com tudo o que era rela- responsável, por exemplo, pela construção
tivo à Engenharia, levava-nos para conhecer do Porto de Maceió – era artesão, radioama-
36 LÁUREA AO MÉRITO 2019

ro também achasse oportuno: “Afortunado


todo aquele que, como eu, pode olhar para
trás com a consciência de haver cumprido
o seu dever; de haver procurado ser sempre
justo; de haver sido o amigo das horas certas
e incertas e, sobretudo, de poder sair de ca-
beça erguida”.

Trajetória
Profissional
Diretor do Departamento de Obras Públicas
de Alagoas – DOP (1947-1951); Diretor do
Departamento de Estradas de Rodagem do
Estado de Alagoas – DER-AL (1951-1956);
Superintendente do Porto de Maceió (1956-
1961); Diretor da Faculdade de Engenharia
dor e fotógrafo – com equipamento e labo- da Universidade Federal de Alagoas - Ufal
ratório de revelação de negativos em casa. (1960-1971); Conselheiro regional do Crea-AL
Em meio a tantas atividades de docência e (1968-1970); Vice-reitor da Ufal (1971-1974).
gestão pública, o engenheiro ainda arranjou
tempo para compor a primeira formação do
plenário do Crea-AL, de 1968 a 1970. “Acho
que ele está dando pulos lá em cima!”, res-
ponde Orlando quando perguntado como
acredita que seu pai receberia a presente ho-
menagem do Sistema Confea/Crea e Mútua
em momento próximo ao centenário de seu
nascimento.

Vinte anos após a fundação da Escola de En-


genharia de Alagoas, Everaldo assumiu a Vi-
ce-Reitoria da agora Universidade Federal de
Alagoas, em 1971. Na última reunião da con-
gregação da Faculdade de Engenharia em
que participou como diretor, antes de deixar
o cargo para assumir a nova posição, Everal-
do proferiu algumas palavras que ora repro-
duzimos, na esperança de que o engenhei-
38 LÁUREA AO MÉRITO 2019

GILSON ARIMURA
ARIMA

ENGENHEIRO CIVIL PELA UNIVERSIDADE


FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS),
EM 1988; ESPECIALISTA EM ADMINISTRAÇÃO
DE MARKETING E COMÉRCIO EXTERIOR PELA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO (UCDB),
EM 1995; ESPECIALISTA EM ENGENHARIA
SANITÁRIA E SANEAMENTO BÁSICO PELA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO
SUL (UFMS), EM 1998; DOUTOR EM RECURSOS
HÍDRICOS E SANEAMENTO AMBIENTAL PELA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
DO SUL (UFRGS), EM 2005; ESPECIALISTA EM
ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
PELO CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE
CAMPO GRANDE (MS), EM 2012

Nascimento: Aquidauana (MS), 29 de outubro de 1965

Falecimento: São Paulo (SP), 16 de maio de 2017

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia de Mato Grosso do Sul (Crea-MS)
HOMENAGEADOS COM A INSCRIÇÃO NO LIVRO DO MÉRITO 39

H omem da Engenharia. Assim Gilson Ari-


ma é lembrado no meio profissional em
Mato Grosso do Sul.
tir dos sonhos”, recorda-se do professor que,
com um sonoro “Geeente, isso tem que estar
no sangue!”, entusiasmava a turma a mergu-
lhar no conteúdo de Engenharia.
O reconhecimento foi logo no início da car-
reira. Na Empresa de Saneamento de Mato Há também lembranças materiais. “Com ele,
Grosso do Sul S.A., passou de estagiário a en- aprendi que um bom aluno anota no cader-
genheiro civil, em 1988. “Foi contratado pela no as explicações extras, e que este caderno
competência”, lembra o eng. civ. e sanit. Ne- o acompanhará na vida profissional. Sempre
reu Fontes, amigo que Arima fez na institui- que pego meu caderno, lembro-me do pro-
ção onde trabalhou como projetista por mais fessor. Um mestre da Engenharia e da vida,
de 15 anos. nos deixou muito cedo e será sempre lem-
brado”, diz a eng. sanit. amb. Marta de Brito,
Era especialista em simulação hidráulica de outra ex-aluna da Universidade Católica Dom
rede, dimensionamento de elevatórias e de Bosco.
sistemas de prevenção de transientes hidráu-
licos. “A dedicação era acima do que se espe- Depoimentos como esses confirmam a admi-
ra de um profissional”, descreve Nereu, que ração da esposa Célia e dos filhos Bernardo
também foi chefe de Arima. e Deborah pelo engenheiro pleno de com-
petência, como confidencia a companheira:
Com foco em meio ambiente, atuou por 11 “Ele era brilhante e disciplinado. Na área de
anos na Companhia de Gás do Estado de saneamento, chegava a trabalhar à noite,
Mato Grosso do Sul (MSGÁS). “Até hoje é re- aproveitando o silêncio para ouvir e verificar
conhecida sua influência na estruturação da a vazão de água. Tinha prazer em dar aula e
área ambiental da empresa, onde identificou costumava dizer que era capaz de explorar as
a matriz de aspectos e impactos ambientais informações de uma única frase por dois dias.
dos processos de distribuição de gás natural, Gostava de andar pelas ruas apreciando a in-
e concebeu diretrizes para implantação da fraestrutura e se esquecia do tempo quando
política ambiental”, conta a eng. civ. e de seg. adentrava o setor de arquivos para pesquisar
trab. da MSGÁS Maria da Glória Lorenzzetti. plantas de construção. Todos sabiam do seu
valor. Por tudo isso, ele é o nosso orgulho”.
Apaixonado por questões técnicas aplica-
das a segurança e meio ambiente, orientava
quem estava por perto. “Não negava parti-
cipação nos desafios. Grande orgulho para
os que o conheceram”, acrescenta a colega
Glória.
Trajetória
Quem recebeu lições de Arima manifesta
Profissional
gratidão, como é o caso da eng. sanit. Marce- Engenheiro civil na Empresa de Saneamen-
ly Cintra, que foi encaminhada por recomen- to de Mato Grosso do Sul S.A. – Sanesul
dação dele para o mestrado. “Ele mostrou um (1988-2000 e 2002-2006), foi chefe do Setor
caminho a desbravar e ensinou a não desis-
40 LÁUREA AO MÉRITO 2019

de Água e Esgoto (1990-1991), do Setor de com Controle Difuso” (2005); Desenvolveu o


Projetos (1991-1992), de Macromedição e software “Controle de Reatores Sequenciais
Pitometria e Cadastro Técnico (1992-1998), em Batelada” – CONRSB (2005); Na Compa-
ministrou treinamento em gerências de En- nhia de Gás do Estado de Mato Grosso do
genharia e Operações (1998) e foi gerente Sul – MSGÁS, foi analista de Projetos de En-
de Expansão (2002-2006); Professor de Fenô- genharia (2006-2007), gerente de Operação
menos dos Transportes, Instalações Prediais e Manutenção (2007-2008), analista de Pro-
Hidrossanitárias, Hidráulica Geral, Materiais jetos de Engenharia (2008-2017), trabalhou
de Construção, Saneamento Ambiental, Sis- nas gerências de Produção (2006-2007), de
tema de Abastecimento de Água, Tratamen- Operação e Manutenção (2007-2008), de Pro-
to de Água para Abastecimento Público, na dução (2008), de Segurança, Meio Ambiente
Universidade Católica Dom Bosco – UCDB e Saúde (2008-2017); Com outros autores
(2002-2013); Consultoria técnica à empre- publicou o livro “Águas urbanas: memórias,
sa Águas Guariroba S.A. para elaboração do gestão, riscos e regeneração”, pela Universi-
Plano Diretor do Sistema de Abastecimento dade Estadual de Londrina (2007); Participou
de Água e Esgotamento Sanitário, em Campo do grupo de Segurança, Meio Ambiente e
Grande/MS (2002); Docente doutor à época Saúde da Gaspetro, em reuniões no Rio de Ja-
do reconhecimento do curso de Engenharia neiro (RJ); Responsável pela implantação, na
Ambiental e Sanitária na UCDB (2003); Profes- MSGÁS, da utilização do Sistema Integrado
sor da especialização de Engenharia Sanitária de Gestão de Anomalias; Teve sete trabalhos
e Ambiental II da Universidade para o Desen- publicados; Participou de mais de 30 bancas
volvimento do Estado e da Região do Panta- de trabalho de conclusão de graduação, mes-
nal – Uniderp (2005); Autor da tese “Otimiza- trado e doutorado; Participou de cerca de dez
ção de Reator Sequencial em Batelada para congressos e seminários nas áreas sanitária,
Remoção Biológica de Carbono e Nitrogênio ambiental e de gás.
42 LÁUREA AO MÉRITO 2019

JOAQUIM CORREIA XAVIER


DE ANDRADE FILHO

ENGENHEIRO CIVIL PELA ESCOLA DE


ENGENHARIA DE PERNAMBUCO, EM 1959

Nascimento: Vicência (PE), 23 de novembro de 1934

Falecimento: Recife (PE), 31 de dezembro de 2018

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia de Pernambuco (Crea-PE)
HOMENAGEADOS COM A INSCRIÇÃO NO LIVRO DO MÉRITO 43

H á 27 anos, o engenheiro civil Joaquim


Correia Xavier de Andrade Filho tornava
realidade, ao lado do filho, o engenheiro civil
nhecera no científico do Colégio Oswaldo
Cruz em Recife. O casamento se daria no dia
31 de dezembro de 1959. Na mesma data,
Tibério Wanderley Correia de Oliveira Andra- seis décadas depois, o engenheiro não resis-
de, um objetivo de vida, a instalação da Teco- tiria a um acidente vascular cerebral sofrido
mat – Tecnologia de Materiais Ltda., que, em dias antes. Além de Tibério, o casal teve a psi-
2006, conquistaria, como primeiro laborató- cóloga Fernanda Wanderley e a fonoaudiólo-
rio privado do Norte e Nordeste, acreditação ga Tatiana Wanderley.
junto ao Inmetro. A empresa presta serviços
para construtoras do país e do exterior e che- Logo após o casamento, Joaquim Correia
gou a ter 330 colaboradores e 30 engenhei- começaria a sua atuação acadêmica, na qual
ros em seu quadro entre 2013 e 2015. ficaria por 45 anos. O trânsito entre a univer-
sidade e o setor produtivo era visto natural-
“Era um grande sonho, dizia que foi a maior mente por seus alunos, que sempre o esco-
obra dele. Atravessamos a crise da década lhiam como paraninfo. “Ele tinha um carisma
de 1990. Ele era um visionário, tinha uma vi- muito grande. Além de ser um bom técnico,
são holística da Engenharia. Em 2011, previa ele dizia que o consultor tinha que ter uma
que faríamos normas de desempenho para a pequena boca e muito ouvido. Tinha muito
área imobiliária, e hoje somos referência na diálogo. A gente gostava de conversar com
área em Pernambuco”, diz o filho, que foi seu ele sobre Engenharia”, diz o filho, que perpe-
aluno na Federal de Pernambuco e hoje dá tua a obra do pai.
aulas nas disciplinas que Joaquim Correia en-
sinava. “Nossa sorte é que tínhamos provisão Dedicou-se também a duas outras paixões: o
para essa crise. Está equilibrada, apesar da Sport Club do Recife e a pecuária. Vice-pre-
queda de faturamento”, comenta, em relação sidente de esportes amadores do Leão do
ao momento atual. Norte, ele atuou também como presidente
da Federação Pernambucana de Patinagem,
O feito veio após quatro décadas de ativida- chefiando a delegação masculina brasileira
des. No curso de Engenharia Civil, estagiou de hóquei sobre patins no mundial do Chile,
na Rede Ferroviária do Nordeste, dando iní- em 1980. E a partir de 1984, voltou-se à fa-
cio a uma trajetória profissional incansável. zenda Sapucaia, para fazer o desenvolvimen-
“Ele foi monitor de cadeira sem ganhar nada to genético do gado da raça pitangueiras no
por dois anos. O professor viu essa vontade e antigo engenho do pai.
o incorporou ao quadro”. Logo ele, o filho do
mesmo nome que o senhor de engenho da “Comecei a jogar hóquei, e ele começou a
pequena Vicência, na Zona da Mata Pernam- gostar do esporte. Ele promovia consenso
bucana, havia escolhido para ser o médico da até no hóquei. E depois criou gado. Nunca
família. “Meu avô o designou entre os nove se afastou da sua origem, sempre ia ao enge-
filhos para ser o médico. Mas meu pai diz que nho, e aí ele se entusiasmou. Mas seu objeti-
incorporou uma médica à família”. vo era só desenvolver a raça e o hóquei, sem
vaidade”.
Tibério se refere à mãe, a pediatra Fernanda
Wanderley, falecida em 2012, que o pai co-
44 LÁUREA AO MÉRITO 2019

Foram várias homenagens, como a que o Sis- ral do Estado - UFPE (1960-2004); Professor
tema Confea/Crea lhe prestara em 2001. Tibé- do curso de Engenharia Mecânica da Escola
rio considera que o pai recebeu a Medalha do Politécnica da Universidade de Pernambu-
Mérito do Crea-PE “com muita simplicidade”. co (1964); Engenheiro da Superintendência
Pouco antes de sua morte, Joaquim Correia de Desenvolvimento do Nordeste – Sudene
viu publicada sua trajetória, descrita pela jor- (1962-1968); Engenheiro na Hadan – Enge-
nalista Flávia de Gusmão, na biografia “Saber nharia Industrial Ltda. (1970-1983); Diretor
e Saber Fazer”, a cujo lançamento não pôde de esportes amadores do Sport Club do
comparecer, já adoentado. Recife (1972-1984); Pecuarista (1984-2018);
Engenheiro da Astep Engenharia Ltda., na
construção do metrô de Recife (1983-1984);
Sobre a principal homenagem do Sistema, o
Consultor independente na área de planeja-
filho fala da satisfação em representar o pai.
mento de obras imobiliárias na Região Me-
“É muito mais do que merecida. Devo tudo a
tropolitana de Recife (1984-1992); Fundador
ele. Amo a Engenharia e estou muito satisfei-
da Tecomat - Tecnologia de Materiais Ltda.
to por representá-lo nessa homenagem pelo
(1992 - 2018); Homenageado com a Medalha
que ele fez pela Engenharia de Pernambuco
de Mérito no Centenário da Escola de Enge-
e do Brasil”.
nharia (1995); Homenageado pela Medalha
do Mérito do Crea-PE (2001); Primeiro home-
nageado do Prêmio Odebrecht de Engenha-
ria (2004); Homenageado com o prêmio Fran-
Trajetória cisco de Assis Basílio, do Instituto Brasileiro
do Concreto - lbracon (2005); Homenageado

Profissional com o Top of the Year da construtora Queiroz


Galvão Desenvolvimento Imobiliário, na ca-
tegoria Projetos e Engenharia (2013); Um dos
Engenheiro da Oscar Amorim Comércio Ltda. fundadores da Academia Pernambucana de
(1960-1961); Engenheiro da Prefeitura de Re- Engenharia (2017); Lançada a biografia “Sa-
cife (1961-1962); Professor e chefe da área ber e Saber Fazer” (2018); Homenageado pelo
de construção civil da Escola de Engenharia Clube de Engenharia de Pernambuco (2019).
de Pernambuco, atual Universidade Fede-
46 LÁUREA AO MÉRITO 2019

JORGE ALBERTO
MÜLLER

ENGENHEIRO FLORESTAL PELA


UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
(UFPR), EM 1979; MESTRE EM ENGENHARIA
FLORESTAL EM SILVICULTURA PELA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR),
EM 1986; DOUTOR EM CONSERVAÇÃO DA
NATUREZA PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO
PARANÁ (UFPR), EM 2001

Nascimento: Joinville (SC), 10 de janeiro de 1956

Falecimento: Blumenau (SC), 10 de julho de 2018

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia de Santa Catarina (Crea-SC)
HOMENAGEADOS COM A INSCRIÇÃO NO LIVRO DO MÉRITO 47

E ngenheiro, pianista, professor, motoci-


clista, marido, pai, avô: esses são alguns
dos papéis desempenhados por Jorge Alber-
muito atuante na Coordenadoria de Câmaras
Especializadas de Agronomia (CCEAGRO),
que representava os engenheiros florestais à
to Müller ao longo dos seus 62 anos de vida. época. O período em que esteve no Sistema
Müller sonhava em ser pianista. Dedicado Confea/Crea, de 2011 a 2013, coincide com
como sempre, fez nove anos de conservató- a criação da Coordenadoria Nacional de Câ-
rio em Joinville (SC). Contudo, resolveu aca- maras Especializadas de Engenharia Florestal
tar a orientação do pai e a música tornou-se (CCEEF), ampliando a representatividade da
hobby para que assim a Engenharia Florestal classe nacionalmente. Em 2017, durante as
ganhasse protagonismo em sua vida. festividades de 40 anos de fundação da Asso-
ciação Catarinense de Engenheiros Florestais
Em 1979, concluía o curso de Engenharia (Acef ), Jorge Müller foi homenageado por
Florestal pela Universidade Federal do Pa- sua luta em prol da classe profissional.
raná (UFPR), um dos precursores da causa
ambiental e o responsável por projetar Blu- Em família, o marido, o pai, o vovô, o amigo
menau (SC) nacionalmente. Com a criação Müller era a manifestação plena do amor para
da Fundação Municipal de Meio Ambiente com os entes queridos. A esposa Marlies revi-
de Blumenau (Faema), Blumenau se tornaria, ve o passado quando conta sua paixão por
nos idos dos anos 90, a segunda cidade no pássaros e seu cuidado para que na casa da
Brasil a possuir um órgão específico para ge- família as plantas florescessem o ano todo. O
renciar os assuntos ligados ao meio ambiente engenheiro também era muito querido entre
com status de secretaria municipal, e coube a os amigos motociclistas com os quais percor-
Jorge Alberto Müller ser o primeiro presiden- reu diversas distâncias para chegar a Vitória
te dessa instituição. (ES), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Grama-
do (RS), Punta del Este no Uruguai, Mendoza,
Sua esposa e companheira de jornada há 38 Ushuaia, na Argentina, entre tantos outros
anos, Marlies Müller relembra emocionada a destinos a bordo de sua Honda Goldwing.
trajetória do marido, discorre com orgulho
do empenho para implementar o curso de O piano sempre fez parte da sua história de
Engenharia Florestal na Universidade Regio- vida, seja acompanhado de um bom whisky
nal de Blumenau (Furb). “Em 1994, o sonho para relaxar após um dia tenso de trabalho,
de ter o curso na Furb se materializaria e seja para animar as festas natalinas em famí-
Müller se tornaria o coordenador, além de vir lia. E foi o instrumento quem sentenciaria o
a ocupar a chefia do Departamento de Enge- que estava por vir. Há dois anos, ao perceber
nharia Florestal. Ele se realizou na docência uma certa limitação ao tocar o instrumento
e ficou na universidade até se aposentar em musical, acompanhada de uma irritabilidade,
2016”, confirma a esposa. que destoava de seu temperamento, ficava
claro que algo precisava ser investigado. Em
Esse entusiasta da Florestal, além da con- maio de 2018, o engenheiro foi diagnostica-
tribuição acadêmica, também honrou sua do com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e
profissão ao se tornar conselheiro suplente a urgência por viver se tornou preponderante
no Conselho Regional de Engenharia e Agro- para todos. A esposa Marlies Müller, que é far-
nomia de Santa Catarina (Crea-SC), onde foi macêutica industrial, fez dos cuidados com o
48 LÁUREA AO MÉRITO 2019

marido a sua única ocupação. Já a filha mais


nova, Isabel Cristina, antecipou o casamen-
to para junho de 2018 a fim de assegurar a
presença paterna, que partiria 10 dias após a
celebração.

Revisitar os lugares que marcaram sua vida


também foi prioridade para o engenheiro.
A viúva Marlies Müller relembra que o casal
sempre teve um vínculo muito forte com
Curitiba (PR), cidade em que a primogênita, a
também engenheira eletricista Juliana Luisa, e hoje percebo que ele estava se despedindo
reside com seus filhos e marido. Em junho do daqueles que foram os cenários da nossa his-
ano passado, os avós foram prestigiar a festa tória. Sempre tivemos uma relação muito for-
junina dos netos Leonardo e Gabriel, e Jorge te com Curitiba e essa despedida foi impor-
- já com a fala comprometida - apontava para tante para ele”, analisa de maneira afetuosa.
a esposa os lugares que gostaria de percor-
rer. “Voltamos à universidade, local em que Ainda no campo das lembranças, Marlies
começamos a namorar, passamos pela igreja, lembra que a casa de Balneário Camboriú
pelo clube, pelo apartamento onde moramos era o refúgio do marido, assim iam com fre-
HOMENAGEADOS COM A INSCRIÇÃO NO LIVRO DO MÉRITO 49

quência para o litoral. No início de julho do


ano passado, retornaram da casa de praia no
domingo (08), ocasião em que Müller, exímio
churrasqueiro que era - mesmo com alguns
movimentos comprometidos -, fez questão
de estar à frente do churrasco, que seria ofe-
recido aos amigos. Na terça-feira (10), após
o almoço, Jorge se deitou naquele que era o
mais confortável dos lugares para ele, a cadei-
ra de balanço, que embalou o sono das duas
filhas quando bebês. A mesma cadeira - cer-
tamente repleta de amor e boas lembranças
- que ninou as crianças, acolheu Jorge Müller
na sua despedida, foi ali o lugar escolhido por
ele para repousar para sempre. Quando a fi-
lha Juliana contou para o pequeno Leonardo
que vovô Jorge havia virado uma estrela, ele
imediatamente apontou para o céu: “Olha o
Opa (avô em alemão) lá em cima, mamãe!!”

Trajetória
Profissional Group Study Exchange - IGE (1998); Presiden-
Engenheiro Florestal da Companhia Hering te da Faema (2005-2008); Presidente do Con-
(1980 -1985); Gerente da Ceval Florestal (1985- selho Municipal de Meio Ambiente de Blume-
1992); Primeiro presidente da Fundação do nau - CMMA-Blumenau (2005-2008); Recebeu
Municipal do Meio Ambiente de Blumenau comenda municipal do Mérito Udo Schadrack
- Faema (1992); Publicou, em conjunto com pelos relevantes trabalhos em defesa do meio
dois outros autores, o livro “Manual de Pragas ambiente em Blumenau (2010); Conselheiro
Florestais em Florestas no Sul do Brasil” (1993); suplente no Conselho Regional de Engenharia
Professor na Universidade Regional de Blu- e Agronomia de Santa Catarina (Crea-SC) na
menau - Furb (1993); Implementou curso de Coordenadoria de Câmaras Especializadas de
Engenharia Florestal na Furb (1994); Vice-Pre- Agronomia - CCEAGRO (2011-2013); Conde-
sidente da Associação Catarinense de Enge- corado com a medalha do mérito profissional
nheiros Florestais - Acef (1991-1993); Recebeu da Fundação Municipal do Meio Ambiente de
Prêmio Rotary Club Hermann Blumenau refe- Blumenau - Faema (2012); Membro consultor/
rente ao Dia do Engenheiro Florestal (1997); revisor da Fundação de Amparo à Pesquisa e
Criou curso Intercâmbio Profissional do Rotary Inovação do Estado de Santa Catarina - Fapesc
International para a Alemanha International (2014-2015).
50 LÁUREA AO MÉRITO 2019

JOSÉ CHACON
DE ASSIS

ENGENHEIRO ELETRICISTA PELA


UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF),
RIO DE JANEIRO, EM 1970

Nascimento: Niterói (RJ), 03 de janeiro de 1949

Falecimento: Brasília (DF), 03 de julho de 2018

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ)
HOMENAGEADOS COM A INSCRIÇÃO NO LIVRO DO MÉRITO 51

M ilitar foi uma rotina para o engenhei-


ro eletricista e ex-conselheiro federal
José Chacon de Assis. Sobretudo, em relação
à Engenharia e ao meio ambiente. Compro-
metimento que se manteve desde o Centro
Acadêmico Otávio Catanhede, da Universida-
de Federal Fluminense - UFF, em plenos 1968
e 1969. Ou nas mobilizações pela Anistia ou
pela defesa do patrimônio nacional, nos anos
1990 e até sua trágica morte. Chacon foi atro-
pelado após participar de uma sessão plenária
do Confea, deixando um vácuo para a família,
para o Sistema Confea/Crea e para o país.

As fotografias sintetizaram sua paixão pelo


meio ambiente e pela cultura, esteios que ele
promoveu à frente do Crea-RJ. Entre os anos
1990 e 2001, ele faria exposições como “Serra
da Tiririca”, sobre o Parque Estadual de sua ci-
dade natal cuja sede, por lei estadual, ganha-
ria o seu nome em outubro de 2018. Chacon
havia sido um dos responsáveis pela criação
do Parque, assim como contribuíra para o
Plano Diretor de Niterói, entre várias outras
campanhas em mais de cinco décadas.
Clarice é filha com a segunda esposa, Márcia.
Simultaneamente, dedicou-se ao Sistema E irmã do economista Márcio, da educadora
Confea/Crea e Mútua. “Ele respirava o Sis- artística Daniela (filhos do primeiro casamen-
tema. E acho que deu relevância social ao to com Regina) e da nutricionista Iasmin, do
Crea-RJ, cuidando das apurações dos aciden- casamento atual com a assistente social Sílvia
tes de plataformas de petróleo ou do Palace Maria da Silva Passos.
II. Seu slogan era: ‘Um Crea a serviço da socie-
dade’ e sua ideologia era por “uma sociedade A capilaridade da sua militância parecia sem
mais justa”, descreve uma das filhas, a histo- limites. Sua ligação com a UFF se renovou
riadora e advogada Clarice. como representante da sociedade civil no
Conselho Universitário da instituição. Co-
Segundo ela, Chacon também foi muito pre- ordenou desde a criação, em 1997, o Movi-
sente na vida dos filhos. “Ele sempre nos leva- mento Nacional da Cidadania pelas Águas;
va para as mobilizações e os eventos do Siste- promoveu palestras pelo país e no exterior
ma. E transmitiu valores como a preservação e foi um dos responsáveis pelos capítulos de
ambiental”, conta, lembrando que o pai não meio ambiente da Constituição do Estado do
concluiu duas pós-graduações “devido ao Rio de Janeiro e da Lei Orgânica da cidade do
trabalho”. Rio de Janeiro.
52 LÁUREA AO MÉRITO 2019

No Sistema Confea/Crea, discorreu sobre controle público e a outros aspectos da defe-


“Uma nova ética para o desenvolvimento”, na sa da soberania nacional. “Ele era orgulhoso
56ª Semana Oficial de Engenharia, Arquitetu- do posicionamento unânime do plenário do
ra e Agronomia, em Natal-RN, em 1999. E foi Confea contra a privatização e de ter levado
consultor do GT Meio Ambiente, entre 2007 e isso à audiência no Congresso. Ele sabia que
2010. Em seu mandato no Confea, era mem- isso importava não só para a Engenharia”.
bro da Comissão de Articulação Institucional
do Sistema (Cais), representante do Plenário A tragédia que o vitimou interrompeu os so-
no Conselho de Comunicação e Marketing nhos daquele escoteiro que, na infância, des-
(CCM) e coordenava a Comissão Temática de bravou as matas de Niterói e as ilhas da Baía da
Estudos Socioambientais e o Grupo de Traba- Guanabara. E ainda os sonhos das famílias que
lho Tabela Sicro/Sinapi. Chacon constituiu. “Eles eram três irmãos de
Niterói. E nós também fomos todos criados na
“Chacon foi um farol que nos conscientizou cidade. Ele amava Niterói, mas estava confortá-
sobre a importância do desenvolvimento sus- vel em qualquer lugar do mundo”, narra Clarice.
tentável. Estamos mantendo o movimento
Pró-Água, uma das frentes em que ele atuou”, Impediu ainda a continuidade da atuação do
diz o conselheiro Jorge Luiz Bitencourt da Ro- profissional liberal que vinha se dedicando às
cha, que assumiu a titularidade do mandato. perícias e avaliações, principalmente na área
ambiental. “Embora ele achasse essa parte
Em suas últimas militâncias, dedicou-se à mais burocrática”, diz a filha. E deixou para
manutenção do Sistema Eletrobras sob o outros brasileiros o legado das suas lutas.
HOMENAGEADOS COM A INSCRIÇÃO NO LIVRO DO MÉRITO 53

Papel; Chefe da Programação e Controle na


empresa Cenibra – Celulose Nipo-Brasileira
S.A.; Coordenador de Planejamento Físico
da Guimar - Companhia Cervejaria Brahma
(1993); Diretor do Sindicato dos Engenhei-
ros do Estado do Rio de Janeiro – Senge-RJ
(1980-1988); Fundador do Partido dos Tra-
balhadores – PT (1980); Diretor-presidente e
diretor da Associação Fluminense de Enge-
nheiros e Arquitetos – Afea (1981-2018); Re-
alizou exposições fotográficas (1990-2001);
Conselheiro do Clube de Engenharia do
Rio de Janeiro (1994-1997 e 2013-2016); No
Crea-RJ, diretor (1994-1997), presidente
(1997-1999 e 1999-2002) e conselheiro (2017);
Presidente da Federação das Associações de
Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio
“Dá uma sensação esquisita participar dessa de Janeiro (1997-2018); Coordenador Nacio-
homenagem, a de estar no lugar onde ele de- nal do Movimento da Cidadania pelas Águas
veria estar. Mas também acho digno, bonito, (1997-2018); Consultor ambiental do Confea
e fico muito feliz porque a trajetória dele é (2007-2010); Vice-Presidente Internacional
admirável, é uma vida que valeu a pena ser do Instituto Brasileiro de Engenharia de Cus-
vivida”, diz a filha. tos – Ibec (2012-2018); Autor dos livros “Brasil
21 – uma nova ética para o desenvolvimento”
(2000) e “Brasil Cidadão”, coletânea de artigos
(2002); Presidente da Associação Niteroiense
de Escritores – ANE (2004-2006); Conselheiro
do Conselho Federal de Engenharia e Agro-
Trajetória nomia – Confea (2018); Homenageado pos-
tumamente pelo Crea-GO e pelo Crea-RJ com

Profissional o Prêmio Crea Meio Ambiente (2018).

Professor do Colégio Correia D’Ávila; Enge-


nheiro de Planejamento da Companhia Side-
rúrgica Nacional (1970); Chefe da Divisão de
Obras de Subestações das Centrais Elétricas
do Sul do Brasil – Eletrosul; Chefe do Depar-
tamento de Planejamento da Amazônia Mi-
neração - Amza; Chefe da Divisão de Plane-
jamento da Albras – Alumínio Brasileiro S.A;
Engenheiro Coordenador de Planejamento
do Aeroporto Internacional do Rio de Janei-
ro; Coordenador do Planejamento Físico do
Comissionamento da Bahia Sul – Celulose e
54 LÁUREA AO MÉRITO 2019

JOSÉ GERALDO TRANI


BRANDÃO

ENGENHEIRO MECÂNICO PELA


UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO
DE MESQUITA FILHO (UNESP), EM 1982;
MESTRE EM ENGENHARIA MECÂNICA PELA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
(UNICAMP), EM 1987; DOUTOR EM
ENGENHARIA MECÂNICA PELA UNESP, COM
PERÍODO SANDUÍCHE NA UNIVERSIDADE DE
STUTTGART, NA ALEMANHA, EM 2000

Nascimento: Aparecida (SP), 21 de outubro de 1958

Falecimento: São Paulo (SP), 27 de janeiro de 2019

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia de São Paulo (Crea-SP)
HOMENAGEADOS COM A INSCRIÇÃO NO LIVRO DO MÉRITO 55

D e risada contagiante e coração genero-


so, José Geraldo Trani Brandão fez mais
que colegas de profissão no Sistema Confea/
em Engenharia Mecânica, orientou mais de
50 trabalhos de conclusão de curso de gradu-
ação, mestrado e doutorado. Por 16 vezes, foi
Crea, firmou amizades. escolhido como paraninfo e professor home-
nageado pelas turmas de Engenharia Mecâ-
“Bastante receptivo, Brandão me acolheu no nica da Universidade Estadual Paulista Júlio
Sistema. Com o passar do tempo, fui conhe- de Mesquita Filho, em Guaratinguetá (SP).
cendo-o e percebi seu grande conhecimento
e dedicação como conselheiro e coordenador A última condecoração em vida foi em janei-
de câmara no Conselho Regional de Engenha- ro de 2019, como lembra a filha. “Eu o repre-
ria e Agronomia de São Paulo”, conta o eng. sentei na formatura e lá tive a noção de como
mec. e civ. Clovis Savio Simões, conselheiro o talento dele era admirado pelos alunos”,
do Crea paulista responsável por propor que comenta Caroline, que segue os passos de
o engenheiro mecânico Brandão tivesse a tra- Brandão nos estudos, cursando Engenharia
jetória registrada no Livro do Mérito. de Materiais. “A cada dia cresce minha admi-
ração por ele. Sinto ainda mais orgulho com
“Nada mais justo que prestar homenagem esta homenagem do Crea e Confea, que fe-
àquele que trabalhava para fortalecer asso- cha o ciclo profissional do meu pai com chave
ciações e melhorar o Sistema”, reforça Clovis, de ouro”.
lembrando que Brandão foi ainda presidente
da Associação Guaratinguetaense de Enge-
nheiros e Arquitetos (Agea), coordenador da
União das Associações da Região Metropoli-
tana do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira
e Litoral Norte (Unavap), vice-presidente da Trajetória
Profissional
Associação Paulista de Engenharia Mecânica
(Apemec) e da Federação Nacional de Enge-
nharia Mecânica e Industrial (Fenemi) e diretor
executivo da Federação Latinoamericana de Na Universidade Estadual Paulista Júlio de
Engenharia Mecânica e Industrial (Felemi). Mesquita Filho – Unesp, foi professor auxiliar
de Ensino (1983-1987), professor assistente
doutor (1983-2018), membro do Conselho
A habilidade de congregar profissionais era
do Departamento de Mecânica, coordena-
a marca maior de Brandão, como descreve o
dor da área de Dinâmica dos Sólidos (1993-
conselheiro federal Carlos Vilhena Paiva. “Sem-
2000), coordenador do Conselho do Curso de
pre foi uma pessoa agregadora e, na Unavap,
Engenharia Mecânica (2000-2004), membro
ele conseguiu unir todos em torno de uma
das comissões permanentes de Ensino e de
causa”, afirma o engenheiro civil que foi adjun-
Pesquisa, chefe do Departamento de Mecâ-
to de Brandão na coordenação da entidade.
nica (2004-2006); Atuou na linha de pesquisa
“Ele faz falta para o nosso grupo”, acrescenta.
de Análise de Tensões, Dinâmica de Sistemas
Mecânicos e Engenharia Semiológica; No
Por ser acessível, Brandão também ganhou Conselho Regional de Engenharia e Agro-
reconhecimento na área acadêmica. Doutor nomia do Estado de São Paulo – Crea-SP,
56 LÁUREA AO MÉRITO 2019

Arquitetos – Agea; Na União das Associações


da Região Metropolitana do Vale do Paraíba,
Serra da Mantiqueira e Litoral Norte (Una-
foi inspetor em Guaratinguetá (2003-2005), vap), foi coordenador adjunto (2012-2013)
conselheiro titular (2006-2008, 2009-2011, e titular (2013-2015); Premiações: Menção
2018-2019) e suplente (2015-2017), coorde- de Distinção e Louvor - Tese de Doutorado,
nador-adjunto da Câmara Especializada em Unesp-Guaratinguetá (2000); Moção de Re-
Engenharia Mecânica e Metalúrgica (2008), conhecimento - Coordenação do Projeto
coordenador da Câmara Especializada em Mini Baja pela vitória na 1ª Competição do
Engenharia Mecânica e Metalúrgica (2009 e Baja Rio, Unesp-Guaratinguetá (2004); Di-
2010), diretor financeiro (2011) e coordena- ploma de Mérito, Crea-SP (2009); Certificado
dor adjunto do Colégio de Entidades Regio- de Serviços Relevantes Prestados à Nação,
nais de São Paulo; No Confea, foi coordenador Confea (2009); Reconhecimento do Confea
nacional da Coordenadoria de Câmaras Espe- pelos trabalhos prestados como coordena-
cializadas de Engenharia Industrial (2010) e dor nacional das Câmaras Especializadas em
parecerista nos processos do Ministério da Engenharia Industrial (2010); Reconhecimen-
Educação das Escolas de Engenharia (2012); to da Câmara Especializada em Engenharia
Vice-presidente da Federação Nacional de Mecânica e Metalúrgica do Crea-SP (2011 e
Engenharia Mecânica e Industrial – Fenemi 2012); Autor de 75 trabalhos publicados em
(2008-2014); Vice-presidente da Associação periódicos e anais de congressos; Membro de
Paulista de Engenharia Mecânica – Apemec 98 bancas de conclusão de graduação, 66 de
(2010-2017); Diretor executivo da Federação mestrado, 18 de doutorado, 19 qualificações
Latinoamericana de Engenharia Mecânica e de doutorado; Integrante de 23 bancas de
Industrial – Felemi (2009-2012); Presidente comissões de concurso público; Participante
(2011-2017) e vice (2018-2019) da Associa- de 55 eventos e congressos; Organizador de
ção Guaratinguetaense de Engenheiros e 4 congressos.
58 LÁUREA AO MÉRITO 2019

JOSÉ GUSTAVO
RIOS FAYAD

ENGENHEIRO CIVIL PELA UNIVERSIDADE


FEDERAL DE GOIÁS, EM 1988; PÓS-
GRADUANDO EM TECNOLOGIA E
GERENCIAMENTO – EM FASE DE CONCLUSÃO,
PELA UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

Nascimento: Goiânia (GO), 19 de março de 1961

Falecimento: Palmas (TO), 29 de setembro de 2014

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia do Tocantins (Crea-TO)
HOMENAGEADOS COM A INSCRIÇÃO NO LIVRO DO MÉRITO 59

I ntenso como se soubesse que partiria


em pouco tempo, Gustavo Fayad, como
gostava de ser chamado e era conhecido,
foi conselheiro. “Era apaixonado pelo Crea,
estava sempre envolvido em atividades que
divulgassem o conselho”, testemunha Teca.
faleceu aos 53 anos, numa madrugada em
que o coração parou de repente. “Uma coisa O engenheiro trabalhou na elaboração do
inesperada, choque total”, conta a assistente Plano Diretor de Palmas, assim como acom-
social Teca Quinta Fayad, sua companheira panhou dezenas de obras de infraestrutura
durante 32 anos e com quem deixou um ca- da capital. Destacado como um dos profis-
sal de filhos. sionais com maior número de Anotações de
Responsabilidade Técnica (ARTs), junto ao
Três anos depois de formado, Gustavo Fayad Crea-TO, Fayad era conhecido por entregar as
se mudou com a família – esposa e dois filhos obras em tempo recorde.
– de Goiânia (GO) para Palmas (TO), sendo
um pioneiro na nova capital. Eram os idos de A esposa – a namorada desde os tempos uni-
1991 e ele logo se envolveu em centenas de versitários –, e filhos Adla, 34 anos, jornalista,
obras e foi o executor de um dos símbolos e Gustavo Fayad Neto, 28 anos, engenheiro
mais marcantes da cidade, o Memorial Colu- civil como o pai, cultivam o legado deixado.
na Prestes – obra em concreto aparente, pro- Um exemplo é seguir o caminho do apren-
jetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. dizado. Teca lembra: “Já formado e ainda em
Goiânia, meu marido foi o responsável por
Executor por excelência, Gustavo fez das uma obra ao lado de nossa casa e se ofereceu
obras em que é o responsável técnico a sua para trabalhar, ‘não quero dinheiro, quero co-
referência profissional. Teca conta que o nhecimento’, disse ele, e assim foi”.
marido era muito conhecido, viajava e traba-
lhava muito: “Quando faleceu estava supervi-
sionando obras no Maranhão e em Tocantins.
Andava por todo canto. Ainda hoje, cinco
anos depois de sua morte, encontro pessoas
que ainda não sabem do falecimento e la-
mentam como se tivesse acabado de aconte-
Trajetória
cer. É emocionante!” Profissional
Em seu relato, Teca lembra que “depois de Estagiário na Triade Empreendimentos Imo-
tanto trabalho e filhos criados, estávamos biliários (1988-1988); Engenheiro fiscal na
planejando uma viagem ao exterior, mas não Geoserv – Serviços de Geotecnia, em Goiâ-
deu tempo. Aprendi que não se deve deixar nia-GO (1989-1989); Engenheiro Residente
nossos planos para depois”, aconselha. na Porto Belo Engenharia (1989-1989); En-
genheiro de Execução na Imobiliary Constru-
tora e Incorporadora, em Goiânia-GO (1990-
Gustavo Fayad também foi atuante em mo-
1990); Engenheiro Fiscal na Companhia de
vimentos para a fundação e fortalecimento
Saneamento do Tocantins-Saneatins (1991-
de entidades como o Clube de Engenharia
1993); Diretor-técnico da ARS Construções
e o Sindicato dos Engenheiros. Ele também
(1993-1994); Engenheiro de Execução na
foi decisivo para a criação do Crea-TO, onde
60 LÁUREA AO MÉRITO 2019

Parceiro que deixou o trabalho como exemplo


Colombo & Mauriucci Engenharia e Constru- Residencial - PAR, em Palmas (TO); Execução
tora; Obras de reformas em escolas de várias do Centro de Distribuição da Coca-Cola, obra
cidades; Execução do Instituto de Medici- executada em 90 dias (2005); Engenheiro
na Legal e do estádio José Pereira do Rego, Responsável Técnico da PHC Construtora
em Palmas-TO (1994); Engenheiro Fiscal no (2005-2007); Engenheiro de Obras da Geo-
Grupo Quatro (1995-1997); Engenheiro Re- serv – Serviços de Geotecnia e Construções,
sidente na CSN Engenharia, na execução de acompanhamento da execução de 519 mó-
casas populares, do Memorial Coluna Prestes, dulos sanitários domiciliares em Porto Nacio-
Terminal Rodoviário e Estação de Tratamento nal-TO (2006-2007); Engenheiro de Obras na
de Esgoto de Palmas -TO (1997-2002); Enge- Sipavi - Sinalização e Recuperação de Pavi-
nheiro Coordenador na Taipal Construtora e mentos (2006-2007 e 2012); Engenheiro Res-
Incorporadora; Supervisor da execução dos ponsável Técnico/Supervisor da Empresa Su-
projetos e orçamentos e administrador das lAmericana de Montagens S.A. (2008-2011);
obras do Itapema Praia Clube e do Residen- Engenheiro Supervisor da Isoeste – Indústria
cial Paço do Flamboyant, em Palmas (TO), do e Comércio de Isolamentos Térmicos Ltda.,
Balneário Ilha Verde, em Lajeado-TO, (2002); montagem de alojamento e cozinha indus-
Engenheiro Supervisor na Construtora Cen- trial da Usina de Belo Monte, em Altamira-PA
tro Brasil (2002-2003); Consultor Técnico Au- (2012); Engenheiro Residente na Coceno –
tônomo da Vespóli Engenharia e Construção Construtora Centro-Norte Ltda., em Palmas-
(2004); Consultor Técnico Autônomo da Co- -TO (2012-2013); Engenheiro Supervisor da
deme Engenharia, empresa com certificado Sipavi, no acompanhamento de obras para
ISO 9001:2000 (2004); Gerente de Obra da bases petroquímicas na Ferrovia Norte-Sul,
Taipal Construtora e Incorporadora; Cons- em Palmas (TO), no Porto de Itaqui e Açailân-
trução, em oito meses, de 158 unidades ha- dia - MA (2013-2014).
bitacionais do Programa de Arrendamento
62 LÁUREA AO MÉRITO 2019

MÁRIO TADACHI
YONEKURA

ENGENHEIRO CIVIL PELA UNIVERSIDADE DE MOGI


DAS CRUZES (UMC) EM SÃO PAULO, EM 1980

Nascimento: Dourados (MS), 01 de março de 1955

Falecimento: São Paulo (SP), 14 de maio de 2018

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia do Acre (Crea-AC)
HOMENAGEADOS COM A INSCRIÇÃO NO LIVRO DO MÉRITO 63

N atural de Dourados (MS), Mário Tada-


chi Yonekura muito cedo, por volta dos
nove anos, vai com os irmãos para São Paulo
e em Belo Horizonte, e Neusa recorda com
alegria o encantamento do marido por Minas
Gerais. “Ele ficava maravilhado com as feiras,
estudar. Após concluir o curso de Engenha- adorava frequentar o Mercado Central, com
ria Civil pela Universidade de Mogi das Cru- aquela variedade de produtos, frutas, ver-
zes (SP), ele e os irmãos resolvem apostar no duras.” Sobre as outras paixões, ela entrega:
sonho do patriarca Shiroshi Yonejura, que se “Em nossa casa temos um cômodo só com
desfez do patrimônio no Mato Grosso do Sul itens de pescaria, molinetes a perder de vista,
para desbravar o Acre por meio da pecuária parece uma loja de artigos de pescaria. E, re-
e da serraria. centemente, canalizou sua criatividade para
a marcenaria onde construía peças, como a
São mais de 40 anos da família Yonekura mesa de trabalho da empresa do nosso filho
acreditando no potencial acreano, seja como Thiago”, conta orgulhosa.
empreendedor, gerador de emprego e renda
para a população, seja como madeireiro. No No ano passado, Mário foi submetido a um
início da década de 80, os irmãos se envere- transplante de fígado e, após 40 dias do pro-
daram pelo ramo madeireiro e Mário apostou cedimento, ele veio a falecer. No dia em que
na Engenharia Civil. Foram várias obras pú- foi enterrado, o então governador Tião Via-
blicas importantes conduzidas por Yonekura, na foi uma das pessoas a carregar o caixão.
como o Teatro Plácido de Castro (Teatrão), Enquanto - o senador à época - Jorge Viana
Penitenciária Dr. Francisco de Oliveira Con- discursou emocionado ao relembrar as três
de, Parque da Maternidade, Organização em décadas de amizade. “O Mário era assim, ele
Centros de Atendimentos (OCA), Contenção ficava amigo da pessoa, mas ficava amigo de
do Rio Acre, Conjuntos Habitacionais. verdade. Eu tenho o privilégio de ter convivi-
do com ele mais de 30 anos e não tenho dú-
O filho Thiago Yonekura não esconde o or- vida de que ele conquistou um bom lugar ao
gulho que sente pelo pai, que também foi a lado do Pai, porque fez por onde. Obrigado,
inspiração para que ele desse prosseguimen- Mário”, agradeceu o amigo de muitos anos de
to ao legado deixado por Mário ao resolver pescaria quase em tom de oração.
cursar Engenharia Civil. “Sou engenheiro
desde pequeno, pois acompanhava meu pai Neusa Yoshie, com quem Mário dividiu mais
nas obras e, assim como ele, não me imagino de quatro décadas de história, descreve o
fazendo outra coisa que não seja Engenharia companheiro como alguém muito generoso
nesta vida”. e com o dom da conciliação. “No dia do veló-
rio foram tantas pessoas presentes relatando
A esposa Neusa Yoshie Murata Yonekura re- os feitos de Mário, que nem nós da família
lembra saudosa as paixões de Mário: viajar tínhamos conhecimento. Desde crianças da
sem planejamento, dando oportunidade Associação de Pais e Amigos dos Excepcio-
para o acaso e a contemplação; pescar com nais (Apae), passando pelos fiéis da igreja, a
os amigos; e a marcenaria como hobby mais um senhor humilde agradecendo por uma
recente. Na expectativa de fazer o transplan- passagem comprada por Mário. Ele era assim,
te, o casal teve a oportunidade de viver al- agia sempre discretamente em prol do outro.
guns meses no Rio de Janeiro, em São Paulo Nunca almejou, nem aceitou cargos porque
64 LÁUREA AO MÉRITO 2019

Mário em família

gostava de trabalhar nos bastidores, sem ho- de profissão e de tantas pessoas anônimas, o
lofotes”, recorda a viúva. O filho Thiago com- que o engenheiro civil, acreano de coração,
plementa ao confessar que em vida, dificil- Mário Tadachi Yonekura fez pelo estado e pe-
mente, Yonekura aceitaria ser homenageado. las pessoas sem nunca reivindicar autoria por
O Sistema Confea/Crea, por meio das Honra- suas boas ações, seja como profissional, seja
rias do Mérito, retribui, em nome dos colegas como cidadão.

Trajetória
Profissional
Suplente da diretoria do Sindicato da Indús-
tria da Construção Civil do Acre – Sinduscon-
-AC (2000-2005); Participou da criação da
Federação das Indústrias do Estado do Acre
– Fieac (1988); Recebeu Homenagem da Fie-
ac como “Industrial do ano” (1991); Grau de
Cavaleiro da Estrela do Acre (2012).
Mário na pescaria
66 LÁUREA AO MÉRITO 2019

HOMENAGEADOS
COM A
MEDALHA
DO MÉRITO
HOMENAGEADOS COM A MEDALHA DO MÉRITO 67
68 LÁUREA AO MÉRITO 2019

AILTON CARLOS
DRUMMOND DE OLIVEIRA

ENGENHEIRO DE MINAS E ENGENHEIRO


METALURGISTA PELA ESCOLA DE
ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE MINAS GERAIS, EM 1967; CURSADO EM
LAVRA SUBTERRÂNEA, PELA UNIVERSIDADE
DE CLAUSTHAL, DA ALEMANHA, CURSO
OFERECIDO EM BELO HORIZONTE (MG)

Nascimento: Itabira (MG), 10 de agosto de 1943

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG)
HOMENAGEADOS COM A MEDALHA DO MÉRITO 69

A ilton Carlos Drummond de Oliveira nas-


ceu em Itabira, Minas Gerais, em 1943,
um ano depois da criação da Vale S.A., - anti-
telefones celulares, baterias de lítio e carros
elétricos, a mineração é indispensável para
humanidade: “A evolução mostra que não há
ga Companhia Vale do Rio Doce. Talvez a vo- metal que seja dispensável”.
cação para seguir as profissões que escolheu
tenha se despertado nos passeios de bicicle-
ta que fazia pela cidade ou no caminho da es-
cola para casa, quando parava para ver a mo-
vimentação e os sons que vinham da mina, e
ver o ferro se transformar em aço. Trajetória
Se o interesse foi despertado na infância, a
preparação para ser um bom profissional co-
Profissional
meçou enquanto se graduava em Engenha- Professor das disciplinas de Cristalografia,
ria de Minas e Metalurgia. Nas férias, estagia- Mineralogia e Petrografia, Elemento de Ge-
va em empresas que na época atuavam em ologia Econômica, Perfuração e Desmonte
Minas Gerais, entre elas, o grupo alemão Cia de Rochas, Minerais e Rochas Industriais,
Siderúrgica Mannesmann, que se instalou no coordenador do curso e chefe do Departa-
Brasil em 1952; a Siderúrgica Belgo Mineira, mento de Engenharia de Minas, da Escola
em João Molevade; a Mineração Morro Velho, de Engenharia da Universidade Federal de
em Nova Lima, e a própria Cia Vale do Rio Minas Gerais - UFMG (1961-1996); Assessor
Doce, além do estágio feito no Departamen- da presidência da Companhia Paraibuna de
to Nacional de Produção Mineral (DNPM). Metais - CPM e Diretor da Empresa Minera
Iscaycruz S.A. - Emisa; Atuação na implanta-
ção e funcionamento dos seguintes projetos:
Aos 76 anos, Ailton, filho de Cid de Oliveira
Companhia Paraibuna de Metais - CPM, usi-
Casal - que chegou a ser tesoureiro da Vale - e
na metalúrgica, com produção de 30 mil t/
de Thereza de Menino Jesus Drummond de
ano de zinco metálico e 58 mil t/ano de ácido
Oliveira, professora primária, lembra que du-
sulfúrico, utilizando concentrado sulfetado
rante os anos em que trabalhou para a mine-
importado; Situada em Juiz de Fora (MG);
ração Caraíba S.A., então instalada na Bahia,
Investimento de US$ 60 milhões; Empregos
atuou na produção de bilhões de toneladas/
diretos: 600; Estudos, projeto e implantação
ano de cobre e que como Diretor de Desen-
da Mineração Morro Agudo S.A., em Paracatu
volvimento e Novos Negócios, participou da
(MG); Mina subterrânea; Produção de 650 mil
implantação de projetos como o da mina de
t/ano de minério de zinco e chumbo, corres-
ouro de Araés (MT). Destacando que sua ati-
pondendo a 32 mil t/ano de zinco metálico
vidade acontece em função de um trabalho
em concentrado e 6 mil t/ano de chumbo
em equipe, também atuou na Bolívia, Chile e
em concentrado; Investimento de US$ 60
Peru, onde participou da implantação do pri-
milhões; Empregos diretos: 500; Empresa Mi-
meiro mineroduto do país.
nera Iscaycruz S.A. (Emisa), situada no distrito
de Pachangara, província de Oyón, Departa-
Para o professor que durante 35 anos deu mento de Lima (Peru); Mina subterrânea para
aulas na Universidade Federal de Minas Ge- produção de 400 mil t/ano de minério de zin-
rais, em se falando de construção civil, de co, chumbo, cobre e prata, representando 70
70 LÁUREA AO MÉRITO 2019

Marco geodésico da América Latina, Mina de Ouro do Araés, Nova Xavantina (MT)
Nova Xavantina (MT)

mil t/ano de zinco metálico, contido em con- a 1.200 kg/ano de ouro e 800 kg/ano de pra-
centrado, 8 mil t/ano de chumbo e 2 mil t/ano ta; - Nova Xavantina (MT). Mina subterrânea;
de cobre; Investimento de US$ 65 milhões; Investimento de US$ 40 milhões; Empregos
Empregos diretos: 360 pessoas; Mineroduto diretos: 340; - Negociação e concretização
Iscaycruz no Peru, Transporte de concentrado com a Companhia Vale do Rio Doce (atual
de zinco da mina Iscaycruz (4.700m de altitu- Vale), para aquisição de minas de cobre a
de) para a cidade de Churin (2.200m de altitu- céu aberto; Investimento: US$ 5 milhões Ja-
de), expedição e transporte rodoviário até o guarari (BA); - Projeto Minas Satélites; Estudo
porto de Callao, em Lima; Investimento: US$ das minas próximas à planta de beneficia-
3 milhões; Primeiro mineroduto implantado mento do Distrito Pilar, Angico, Terra do Sal,
no Peru (1975-1994); Membro do Conselho Vermelhos, Suçuarana. Implantação da Mina
de Administração da Mineração Caraíba S.A., Surubim, com produção a céu aberto de 600
com produção de 4,8 milhões de toneladas/ mil t/ano de minério de cobre. Investimento
ano de minério de cobre e ouro; Mina a céu de US$ 5 milhões; Situada no Vale do Curaçá
aberto e subterrânea, em Jaguarari (BA); Em- (BA) (1998-2012); Engenheiro consultor da
pregos diretos: 1.600; Diretor de Desenvolvi- Paranapanema S.A. participante dos seguin-
mento e Novos Negócios, com implantação tes projetos: minas Casapalca e Yauricocha
dos seguintes projetos: - Mina de ouro de (Peru); minas Huanuni e Colquiri (Bolívia) e
Araés (MT), com produção de 360 mil t/ano mina Santa Bárbara - RO (1994-1997).
de minério de ouro e prata, correspondendo
72 LÁUREA AO MÉRITO 2019

ALAIR GOMES
CAMARGO

ENGENHEIRO ELETRICISTA PELA ESCOLA DE


ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE GOIÁS (UFG), EM 1977; LICENCIADO EM
FÍSICA PELO INSTITUTO DE MATEMÁTICA E
FÍSICA DA UFG, EM 1978; LICENCIADO EM
GRADUAÇÃO DE PROFESSORES PELA UFG,
EM 1979

Nascimento: Goiânia (GO), 08 de fevereiro de 1953

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia de Goiás (Crea-GO)
HOMENAGEADOS COM A MEDALHA DO MÉRITO 73

M uito antes de ser engenheiro eletricista,


Alair Gomes Camargo já havia identifi-
cado sua vocação – a de professor – que mais
rador do setor de treinamentos. “Ser multipli-
cador de conhecimentos era engrandecedor
e foi o que me tornou mais capacitado”.
tarde viria a ser conciliada com a titulação
acadêmica. No Conselho Regional de Engenharia e Agro-
nomia de Goiás (Crea-GO) foi conselheiro
Ainda no secundário, atual ensino médio, suplente entre 1979 e 1982, quando a insti-
dava aula particular e era instrutor planto- tuição ganhou sede própria. O nome de Alair
nista de Física. Nos anos 1970, foi professor figura na lista de membros do plenário, ex-
colaborador na Universidade Federal de Goi- posta na placa fixada no prédio em outubro
ás (UFG), onde também cursava Engenharia de 1980. “O Crea é a nossa segurança profis-
Elétrica e Física. sional na medida em que a ART, a Anotação
de Responsabilidade Técnica, funciona como
Tanto esforço rendeu ao jovem o segundo contrato de serviço. Também é ferramenta de
lugar no ranking de melhores formandos de proteção para a sociedade, pois dá garantia
Engenharia Elétrica em 1977. Em janeiro do de que o serviço é feito por responsável téc-
ano seguinte, foi convidado a ser professor nico”.
na área de Engenharia da UFG. “Eu adorava
dar aula, estudava seis horas por dia para Dentro da rotina profissional de quase meio
isso”. Em setembro, uma nova oportunidade: século, o professor de Engenharia reserva
passou no concurso para professor do Depar- ainda tempo para hobbies, como pescaria
tamento de Engenharia, hoje Escola de Enge- e corrida. Maratonas já foram mais de 20.
nharia, da Pontifícia Universidade Católica de Entre elas, a de São Silvestre. A coleção de
Goiás (PUC Goiás). medalhas comprova a paixão pelo esporte
praticado com o filho, engenheiro eletricista
De lá para cá, são 41 anos lecionando na área também.
de Instalações Elétricas da graduação de En-
genharia Civil da instituição, onde colaborou Em 2019, mais uma medalha. Desta vez, o
ainda para a criação do curso de Engenharia prêmio é um reconhecimento do Sistema
Elétrica, que teve a primeira turma em 1999. Confea/Crea pela trajetória de Alair na Enge-
“Também propus o projeto de implantação nharia, especialmente por contribuir para a
da disciplina de Proteção de Sistemas Elé- sólida formação de engenheiros.
tricos e foi aprovado”, conta com orgulho o
responsável por ministrar essa temática na
universidade.

Paralelamente à docência, foi engenheiro


eletricista na Companhia Energética de Goiás
(Celg). “Era um prazer trabalhar na Celg por-
que era uma atividade extremamente técni-
ca, eu estudava muito. Foi lá onde eu aprendi
a profissão de engenheiro eletricista na práti-
ca”. Estudava tanto que passou a ser colabo-
74 LÁUREA AO MÉRITO 2019

(desde 1978) e coordenador de estágio; No


Trajetória 2º Grau do Colégio de Aplicação da UFG foi
coordenador da área de Eletricidade - Habi-

Profissional litação Básica (1979) e foi professor de Físi-


ca e de Habilitação Básica em Eletricidade
(1980); Conselheiro suplente do Crea-GO
Professor de Matemática do 2º Grau (1973) e (1979-1982); Engenheiro eletricista da área
de Física no Supletivo de 2º Grau (1974) no de Proteção e Medição de Sistemas Elétricos
Colégio Carlos Chagas, em Goiânia; Monitor de Média e Alta Tensões das Centrais Elétricas
de Física do Departamento de Física da UFG de Goiás – Celg S.A. (1980-1985); Engenhei-
(1975); Monitor de Medidas Elétricas do De- ro da Superintendência da Empresa Brasil
partamento de Eletromecânica da Escola Central de Engenharia Ltda. – Embrace, onde
de Engenharia da UFG (1976); Professor de implantou Sistema de Processamento de Da-
Eletromecânica Geral e Eletrificação Rural dos e foi coordenador da superintendência
e Conversão Eletromecânica de Energia do (jan/1986) na área Administrativa e Finan-
Departamento de Eletrotécnica da Escola ceira, tendo liderado a execução de 23 obras,
de Engenharia da UFG (1978-1980); Na PUC também foi diretor administrativo e financei-
Goiás, professor da área de Instalações Elé- ro (mar/1989) e engenheiro responsável por
tricas do Departamento de Engenharia Civil cinco obras.
76 LÁUREA AO MÉRITO 2019

ASHER KIPERSTOK
FIRST

ENGENHEIRO CIVIL PELO INSTITUTO


TECNOLÓGICO DE ISRAEL, EM 1974;
MESTRE EM ENGENHARIA QUÍMICA
PELA UNIVERSIDADE DE MANCHESTER,
INGLATERRA, EM 1994; DOUTOR EM
ENGENHARIA QUÍMICA/TECNOLOGIAS
AMBIENTAIS PELA UNIVERSIDADE DE
MANCHESTER, INGLATERRA, EM 1996

Nascimento: Lima, Peru, 13 de setembro de 1951

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia da Bahia (Crea-BA)
HOMENAGEADOS COM A MEDALHA DO MÉRITO 77

C orrer o mundo. E torná-lo melhor. Essa


parece a sina do descendente de polone-
ses Asher Kiperstok First, um engenheiro civil
por meio do livro ‘Quarup’, do Antônio Calado”.

Nesse período, teve ainda uma rica vivência


peruano radicado no Brasil desde a década de na Europa, que compartilharia com as filhas,
1970. Recém-aposentado pela Universidade décadas depois. Mas a decisão estava toma-
Federal da Bahia (UFBA), ele nos atendeu no da. “No final da faculdade, em Paris, um ami-
começo de um périplo que o levaria, de moto, go paulista estava voltando para o Brasil. Era
a alguns países, a ponto de ser incerto seu 1975, no início da distensão. Tinha uma visão
comparecimento à homenagem maior do Sis- do que estava sendo o Brasil pela música
tema Confea/Crea e Mútua. de Chico Buarque, Vinicius, Caetano. Não foi
uma decisão muito pensada, mas fui com al-
“Não sei onde vou estar nessa época. Já viajei gum conhecimento do que era o país”.
muito pelo Tocantins, Goiás, e desejo conhe-
cer melhor o Sul. Mas posso ir para Bolívia, Com sua “postura libertária”, tomou um navio
Chile. Não tem previsão. Desde 2014, queria em Barcelona até Santos. “Era sem engaja-
viajar sem planejamento. A intenção é saber mento político, mas não me enquadrei com
como lidar sem ter objetivos”, dizia ao início aquele clima político pesado de São Paulo.
da jornada, que, em julho, chegaria a Arequi- Foi quando me chamaram para passar o Car-
pa, no Peru. naval na Bahia. Fui e fiquei”. Casou-se com
a baiana Mirian, com quem teve as filhas
Engenheiro civil no título, engenheiro am- Loying e Lunara. Atualmente, é casado com
biental e sanitarista no coração. “A Engenharia a cearense Dora, com quem tem Alice. “Sou
Sanitária é minha cachaça dentro da forma- o baiano mais radical que ela conheceu”, diz.
ção”. Nessa área, promove conceitos de ges-
tão da demanda de água e de saneamento Asher faz questão de posicionar-se critica-
sustentável em indústrias do setor químico e mente em relação à sua área. “Temos altos
petroquímico, assim como em universidades e custos de obras de saneamento e de obras
prédios públicos. Chegou a ser presidente da públicas. Isso faz com que não se chegue a so-
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária luções. Temos tecnologias para isso, mas falta
e Ambiental (Abes-BA) e integra o conselho compromisso com a nação”. E assim manteve
diretor nacional da entidade. sua atuação profissional e acadêmica. “Nunca
fiquei em um emprego que não me satisfizes-
Seus pais fugiram do Holocausto, mesma sor- se em termos pessoais e profissionais. Nunca
te que não tiveram alguns de seus tios-avós. imaginei ser professor. Quando entrei na Uni-
Em Lima, iniciou os estudos de Arquitetura versidade, eu me toquei em fazer o mestrado.
na Universidade Nacional de Engenharia e Depois do primeiro ano da Engenharia Quí-
chegou a montar uma construtora. “Deixei mica, queria dar uma vivência para as filhas
porque sentia falta de mais instrumentos ma- fora do país. Na Inglaterra, a Capes me deu
temáticos”. Transferiu o curso para Haifa, em uma bolsa para já entrar no doutorado”, diz o
Israel, onde manteve os primeiros contatos engenheiro, para quem educar não é dar res-
com brasileiros que fugiam da ditadura mi- postas. “É forçar as pessoas a fazer perguntas”.
litar. “Graças a esses amigos, conheci o Brasil
78 LÁUREA AO MÉRITO 2019

Trajetória
Profissional
Coordenador do estudo de infraestrutura em
rede do Plano de Desenvolvimento Urbano
de Salvador (1976-1977); Coordenador das
ações de saneamento rural do Programa de
Interiorização das Ações de Saúde e Sanea-
mento – PIASS, na Bahia (1977-1983); Asses-
sor para assuntos de Saneamento da Funda-
ção de Saúde da Bahia – Funseb (1977-1978);
Consultor no Ministério da Saúde (1980-
1982), Ministério da Educação (1982) e Or-
ganização Pan-Americana da Saúde – Opas/
OMS (1981-1983); Coordenador do grupo
de Saneamento Básico do Projeto Nordeste
da Superintendência de Desenvolvimento
do Nordeste – Sudene (1983); Presidente da e Engenharia Sanitária e Ambiental da Esco-
seção Bahia da Associação Brasileira de En- la Politécnica (1990-2018); Ocupou diversos
genharia Sanitária e Ambiental – Abes (1983- cargos em nível de graduação e pós-gradu-
1984); Participação no Projeto Pavuna de Pla- ação, publicou centenas de capítulos, artigos
nejamento Participativo e Desenvolvimento e trabalhos em anais de congressos na área
Local – Feema/Cooperação Alemã (1984); de sustentabilidade, tendo participado de
Coordenação do estudo de infraestrutura da dezenas de bancas e orientações de espe-
Revisão do Plano Diretor do Polo Petroquími- cialização, mestrado e doutorado; Fundador
co de Camaçari – Copec/Urplan (1984-1986); e coordenador da Rede de Tecnologias Lim-
Consultor do Grupo Executivo de Saúde e Sa- pas da Bahia - Teclim (1997-1998); Publicou e
neamento da Prefeitura de Belém-PA (1984); organizou os livros: “Prevenção da Poluição”
Consultor do Instituto de Pesquisa Econômi- (2002); “Inovação e Meio Ambiente: elemen-
ca Aplicada – Ipea-DF (1984); Assessor da Pre- tos para o desenvolvimento sustentável na
sidência da Fundação de Saúde de Camaçari Bahia” (2003) e “Prata da Casa: construindo
(1986-1987); Coordenador de Saneamento produção limpa na Bahia” (2008); Membro do
da Secretaria de Desenvolvimento Urbano Conselho Consultivo do Núcleo de Estudos
da Bahia – Sedur (1987-1989); Coordenador Avançados do Meio Ambiente (2003-2019);
da Comissão Técnica de Saneamento e Meio Colaborador do Instituto Federal de Educa-
Ambiente da Prefeitura de Camaçari (1987- ção, Ciência e Tecnologia Baiano – IF Baiano
1988); Coordenador do Curso de Especia- (2011-2019); Participação na estruturação da
lização em Gerenciamento e Tecnologias Universidade Federal do Sul da Bahia - UFSB,
Ambientais no Processo Produtivo (1988); como Decano do Centro de Formação em
Na Universidade Federal da Bahia – UFBA Ciências Ambientais, em Porto Seguro-BA
foi professor dos cursos de Engenharia Civil (2013-2016).
80 LÁUREA AO MÉRITO 2019

EDIMILSON MACHADO
DE ALMEIDA

ENGENHEIRO AGRÔNOMO PELA ESCOLA


AGRONÔMICA DA BAHIA, EM CRUZ DAS ALMAS,
EM 1961; ESPECIALISTA EM CULTURA DO COCO
PELO INSTITUT DE RECHERCHE POUR LES
HUILES E OLEAGINEUX (IRHO), PARIS (FRANÇA),
EM 1962; CURSADO EM MELHORAMENTO DE
SEMENTES E MELHORAMENTO GENÉTICO E
REPRODUÇÃO DE OVINOS E CAPRINOS, PELO
DEPARTAMENTO NACIONAL DE PESQUISA E
EXPERIMENTAÇÃO (DNPEA), EM 1966; IRRIGAÇÃO
E DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO DA CALIFÓRNIA
(ESTADOS UNIDOS), EM 1985; EXECUTIVO DE
PESQUISA PARA O DNPEA, EM 1975

Nascimento: Lagarto (SE), 05 de abril de 1937

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia de Sergipe (Crea-SE)
HOMENAGEADOS COM A MEDALHA DO MÉRITO 81

D esbravador, um trabalhador-pesquisa-
dor incansável, obstinado e agregador
de talentos, na opinião de profissionais, pro-
parcerias com a Embrapa, com a Superin-
tendência de Desenvolvimento do Nordeste
(Sudene), Banco do Brasil, Organização das
fessores, estudantes e claro, pesquisadores, Nações Unidas para Alimentação e Agricultu-
que conviveram ou mesmo conheceram o ra (FAO) e Banco Internacional para Recons-
trabalho de Edimilson Machado de Almeida. trução e Desenvolvimento (Bird), entre outras
Seu pioneirismo se revela a cada passo de sua instituições. Chegou ao governo federal, ocu-
trajetória profissional iniciada no Instituto de pando o cargo de secretário-geral-adjunto
Pesquisa Agropecuária do Leste (Ipeal), en- do Ministério do Interior.
tidade precursora da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Reconhecido em vida com diplomas de Hon-
ra ao Mérito, troféus e comendas, Edimilson
Primeiro colocado no vestibular, Edimilson assina publicações e trabalhos, entre eles:
aprendeu a produzir comida na Escola de “Como produzir uma boa muda de coco”, de
Agronomia do Brasil – a primeira do país, 1970 e “A ação do governo de Sergipe no Se-
criada pelo imperador D. Pedro I. Ele conta tor Agrícola”, de 1972. Essa produção revela
que, como pesquisador da cultura do coco, uma preocupação com a formação profissio-
buscou conhecimentos no país, na África e nal e com especialização e atualização das
na França e confessa que a decisão de fazer equipes com as quais atuava.
Agronomia tem muito a ver com a convivên-
cia no campo, com o pai.

Aos 82 anos, o agrônomo ostenta um currícu-


lo que vai da Estação Experimental do Ipeal
à Secretaria da Agricultura de Sergipe, numa Trajetória
Profissional
trajetória pontuada por projetos inovadores
de colonização, desenvolvimento da agro-
pecuária, apoio ao cooperativismo, fortaleci-
mento da extensão rural e de assentamento Pesquisador da cultura do coco no Instituto
rural. de Pesquisa Agropecuária do Leste – Ipe-
al (1961); Chefe do Ipeal-SE (1964); Chefe
da Subestação Experimental de Aracaju do
Sempre com mais de uma atividade ao mes-
Departamento Nacional de Pesquisa e Ex-
mo tempo – Edimilson coordenou as esta-
perimentação – DNPEA, do Ministério da
ções experimentais de Sergipe, a chamada
Agricultura (1963-1971); Secretário da Agri-
Sementeira, e as de Quissamã, Nossa Senho-
cultura e Superintendente da Agricultura
ra das Dores e Nossa Senhora da Glória. Criou
e Produção – Sudap (1971-1975); Chefe da
a de Boquim, e ampliou a pesquisa com as
Superintendência da Embrapa, em Sergipe
culturas da mandioca e cana-de-açúcar. Fez
(1975-1977); Diretor regional da Companhia
o mesmo com a pecuária, nutrição animal e
de Desenvolvimento dos Vales do São Fran-
pastagens.
cisco e do Parnaíba – Codevasf (1978-1981);
Secretário de Agricultura de Sergipe (1983-
Edimilson teve uma atuação destacada na 1987) e (1991-1994); Secretário-geral-adjun-
área agronômica de seu estado natal, buscou
82 LÁUREA AO MÉRITO 2019

Edimilson com Mário Andreazza, ministro dos Edimilson com o ex-ministro da Agricultura
Transportes, em 1974 Alysson Paulinelli, em 1977

to do Ministério do Interior (1987-1990); Au- selho Regional de Engenharia e Agronomia


tor de publicações e trabalhos apresentados de Sergipe – Crea-SE; na Mútua, Caixa de As-
em eventos da área agronômica, entre eles: sistência ligada ao Sistema Confea/Crea; na
“Conselhos práticos para a formação de novo Associação dos Engenheiros Agrônomos de
coqueiral” e “Plano para Desenvolvimento Sergipe – Aease; Participação em Conselhos
da Cultura do Coqueiro no estado de Sergi- de administração de entidades ligadas à agri-
pe” (1963); “Como produzir uma boa muda cultura; Junta administrativa da Associação
de coco” (1970); “Orçamento para formação Nordestina do Crédito e Assistência Rural de
racional da cultura do coqueiro”, “Tecnologia Sergipe – Ancar-SE (1971-1975); Superinten-
e racionalização de agropecuária com apro- dência da Agricultura e Produção – Sudap
veitamento das bacias hidrográficas sergipa- (1971-1975 e 1983-1987); Comitê Deliberati-
nas” e “Adubação da Cana de Açúcar em solos vo da Associação Brasileira de Crédito e Assis-
de tabuleiro do Estado de Sergipe” (1971); “A tência Rural – Abcar (1971-1975); Companhia
ação do governo de Sergipe no Setor Agríco- de Desenvolvimento de Sergipe – Comdese
la” (1972); Ministrante de cursos, seminários, (1971-1975); Conselho Consultivo das Cen-
painéis, participante de mesas-redondas e trais de Abastecimento de Sergipe – Ceasa/
simpósios, professor e palestrante sobre os SE (1972-1975 e 1983-1987); Conselho Deli-
mais variados temas relacionados à agricul- berativo da Companhia de Desenvolvimento
tura; Representante dos agrônomos no Con- de Recursos Hídricos de Sergipe – Cohidro
selho Federal de Engenharia e Agronomia (1983-1987); Conselhos de Desenvolvimento
– Confea; na Confederação dos Engenheiros da Ciência e Tecnologia e de Desenvolvimen-
Agrônomos do Brasil – Confaeab; no Con- to Industrial de Sergipe (1983-1987).
84 LÁUREA AO MÉRITO 2019

FLÁVIO JOSÉ
CAVALCANTI DE AZEVEDO

ENGENHEIRO CIVIL PELA ESCOLA DE


ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN), EM 1968

Nascimento: Natal (RN), 19 de fevereiro de 1946

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea-RN)
HOMENAGEADOS COM A MEDALHA DO MÉRITO 85

F lávio José Cavalcanti de Azevedo tem


quase cinco décadas dedicadas à Enge-
nharia. O profissional conta que sua grande
uma das maiores homenagens quando o
Centro de Educação e Tecnologia do Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial do Rio
inspiração para seguir pelo mundo dos cálcu- Grande do Norte (Senai-RN) foi inaugurado
los veio da admiração do pai Alínio Cunha de com seu nome.
Azevedo pela Engenharia, mesmo não sendo
da área. O tio Marcelo Cabral de Andrade, Em 2015, foi condecorado com a Medalha
fundador da Escola de Engenharia da Uni- do Mérito “Governador Dinarte Mariz”, co-
versidade Federal do Rio Grande do Norte e menda outorgada pelo Tribunal de Contas
diretor do antigo Departamento Nacional de do Estado para homenagear personalidades
Estradas de Rodagem do Rio Grande do Nor- que, ao longo de sua existência e atuação
te (DNER-RN), hoje Departamento Nacional profissional, prestaram relevante contribui-
de Infraestrutura de Transportes do Rio Gran- ção ao desenvolvimento da sociedade. E não
de do Norte (DNIT-RN), também tornou-se foram poucas as atuações que entrelaçaram
uma das referências para o profissional. “Toda a trajetória de Flávio José com o estado Poti-
a minha vida foi voltada para a Engenharia. guar. Os primeiros parques eólicos do estado,
Ainda estudante, trabalhei no Laboratório de abrindo as perspectivas iniciais e os primeiros
Solos do DNER-RN e fui professor assisten- caminhos para tornar o Rio Grande do Norte
te de Mecânica dos Solos na Escola Técnica o maior produtor de energia eólica do Brasil,
Federal do Rio Grande do Norte. Depois de foram idealizados pelo engenheiro Flávio.
graduado, fundei um escritório de cálculo “Nos últimos anos, a implantação de parques
estrutural que foi a base para o estabeleci- eólicos tem sido a principal atividade de nos-
mento da empresa construtora onde ainda sa empresa. Isso nos permitiu desenvolver
mantenho atividades ao lado do meu filho”, processos construtivos genuinamente na-
relembra. cionais, adaptando às condições brasileiras
os projetos inicialmente fornecidos por em-
Seu início de carreira é marcado pela fun- presas estrangeiras, notadamente as alemãs”.
dação, em 1970, da Construtora Seridó, que Coube à sua empresa a construção do Parque
depois se tornaria Construtora A. Azevedo, Eólico Rio do Fogo (2006); do Parque Eólico
focada na execução de obras públicas, res- Santa Clara/Eurus (2012); do Parque Eólico
ponsável pela construção de mais de 10.000 Miassaba III (2012); do Parque Eólico MEL
(dez mil) casas populares nos estados do Rio (2012); e do Parque Eólico Macacos (2013).
Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, São
Paulo e Amazonas. A empresa também exe- Quando perguntado sobre seu maior legado,
cutou obras de infraestrutura urbana, abaste- o empresário não titubeia ao mencionar a ge-
cimento de água e esgotos no Rio Grande do ração de milhares de empregos por meio das
Norte, além de obras como o Hospital Santa obras executadas por sua empresa ao longo
Catarina. das últimas décadas. O engenheiro potiguar
aproveita para fazer um justo reconhecimen-
Flávio Azevedo também esteve à frente da to: “A atividade de empresário da construção
Federação da Indústria do Rio Grande do civil me exigiu constantes viagens dentro do
Norte (FIERN) por dois mandatos, de 2003 a Brasil e ao exterior. Foi assim durante quase
2011. No ano de 2017, o engenheiro recebeu toda a minha vida. A dedicação de minha es-
86 LÁUREA AO MÉRITO 2019

posa Maria Lúcia à família, suprindo minhas Ltda. (1974-até esta data); Presidente da A.
ausências, foi a base para meu sucesso pro- Azevedo Indústria e Comércio Ltda. (1975-
fissional e da nossa empresa. Para ela, minha até esta data); Construiu o Conjunto Habita-
suprema gratidão e amor eterno”. cional Ponta Negra (1994-1996); Presidente
do Sindicato da Indústria da Construção Ci-
O Sistema Confea/Crea, por meio das Honra- vil - Sinduscon-RN (1997-2000); Conselheiro
rias do Mérito, reconhece o empreendedoris- do Conselho Municipal de Meio Ambiente e
mo, as contribuições para a Engenharia, além Urbanismo (1997-2000); Construiu o Centro
dos relevantes serviços prestados para a na- de Educação Integrada - Colégio CEI (1998);
ção por Flávio José Cavalcanti de Azevedo. Construiu o Centro Odonto Médico de Natal
(2000); Conselheiro da Companhia Potiguar
de Gás - Potigás (2003-2007); Presidente da
Federação das Indústrias do Rio Grande do
Norte (2003-2011); Presidente do Conselho
Superior do Centro de Tecnologia do Gás Na-
Trajetória tural e Energia Renováveis (2003-2018); Pre-
sidente dos Conselhos Regionais do Sesi/Se-

Profissional nai/IEL do Rio Grande do Norte (2003-2011);


Secretário de Desenvolvimento Econômico
do Rio Grande do Norte (2015-2018); Vice-
Professor de Mecânica dos Solos da Esco-
-presidente da Confederação Nacional da
la Técnica Federal do Rio Grande do Norte
Indústria - CNI (2008-2011); Conselheiro da
(1967-1968); Barragem de Poço Branco (1970-
Companhia Telefônica do Rio Grande do Nor-
1971); Presidente da Companhia de Águas e
te – Telern (2011); Conselheiro do Conselho
Esgotos do Rio Grande do Norte (1971-1973);
Estadual de Meio Ambiente (2014-2018).
Presidente da A. Azevedo Empreendimentos
88 LÁUREA AO MÉRITO 2019

FRANCISCO SUETÔNIO
BASTOS MOTA

ENGENHEIRO CIVIL PELA UNIVERSIDADE


FEDERAL DO CEARÁ, EM 1970; ESPECIALISTA
EM ENGENHARIA SANITÁRIA PELA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP), EM
1972; MESTRE E DOUTOR EM SAÚDE PÚBLICA,
PELA USP, EM 1974 E 1980

Nascimento: Cedro (CE), 23 de dezembro de 1947

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia do Ceará (Crea-CE)
HOMENAGEADOS COM A MEDALHA DO MÉRITO 89

E m 50 anos de vida profissional, o pro-


fessor Francisco Suetônio Bastos Mota -
como é conhecido e gosta de ser chamado -,
a lidar com as pesquisas de uso do esgoto hu-
mano na irrigação e na piscicultura”.

estudou, aprendeu e ensinou muito na série Idealizador do primeiro plano de limpeza pú-
de atividades desenvolvidas em graduação blica de Fortaleza – em 1978, foi considerado
e pós-graduação nas engenharias civil e sa- o melhor secretário municipal pelos serviços
nitária. prestados. Suetônio também assina artigos
publicados em jornais de grande circulação
Desde 1974, seu endereço é o Departamen- no Ceará, onde fala sobre água, esgoto, pla-
to de Engenharia Hidráulica e Ambiental, nejamento ambiental, avaliação de impacto
no Campus Pici, Bloco 713, da Universidade ambiental, resíduos sólidos, saúde, drena-
Federal do Ceará, onde passou a maior parte gem de águas pluviais, áreas protegidas.
dos últimos 45 anos e onde exerce o magis-
tério, a prioritária e preferida dentre todas O finalista do Prêmio ANA (Agência Nacional
as atividades que já exerceu e ainda exerce. de Águas), em 2006, entre os três melhores
A universidade também é o cenário onde trabalhos de pesquisa, é membro da Acade-
Suetônio escreveu muitos dos cerca de 68 mia Cearense de Ciências e da Academia Ce-
artigos publicados, nove livros, 150 trabalhos arense de Engenharia. Para Suetônio, ainda
completos e 12 resumos veiculados em anais falta muito para que o reúso de água alcance
de congressos. Entre livros especializados, os a irrigação e a piscicultura de maneira signi-
que levam a assinatura de Suetônio, editados ficativa. “Depende de uma decisão política”,
pela Associação Brasileira de Engenharia Sa- afirma o professor.
nitária (Abes) são os mais vendidos pela edi-
tora em todo o Brasil.

O prazer em ensinar se confirma com parti-


cipação em 46 bancas de mestrado e 27 de
doutorado, além de 66 orientações e supervi-
sões concluídas e 16 trabalhos de conclusão
Trajetória
de curso. Profissional
Com diversas atuações em trabalhos, pesqui- Professor titular de graduação, pós-gradu-
sas e projetos no segmento da Conservação ação, mestrado e doutorado em Engenha-
de Recursos Hídricos, Estudos de Impactos ria Civil, da Universidade Federal do Ceará
Ambientais, Gestão de Resíduos Sólidos e nas disciplinas de Conservação de Recursos
Saneamento em Geral, o professor Suetônio Hídricos, Estudo de Impactos Ambientais,
se tornou referência nacional e pioneiro no Gestão de Resíduos Sólidos e Saneamento,
reúso de água, desde sua pioneira tese de respectivamente (desde 1974); Secretário de
doutorado tratando desse tema. O professor Serviços Urbanos de Fortaleza (1975-1978);
conta que o interesse pela área sanitária sur- Conselheiro do Tribunal de Contas do Ceará
giu nos Estados Unidos, onde foi estudar em (1993-2010); Membro do corpo editorial da
1978: “O assunto despertou meu interesse e Revista Engenharia Sanitária e Ambiental
quando voltei fui um dos primeiros no Brasil (desde 1995); Revisor dos periódicos: “Enge-
90 LÁUREA AO MÉRITO 2019

Suetônio com o então governador Tasso Jereissati, posse na presidência do TCE-CE


nharia Sanitária e Ambiental” (desde 2000); “Redução das emissões de gases através da
“Revista Brasileira de Ciências Ambientais” camada de cobertura de aterros sanitários
(desde 2002); “Revista do Departamento de com avaliação da capacidade de reduzir de
Água e Esgoto de São Paulo – DAE” (desde diversos materiais” (desde 2013); “Reúso de
2008); “Revista Brasileira de Engenharia Agrí- água como estratégia hídrica para o mara-
cola e Ambiental”, on line (desde 2014); “Re- cujazeiro cultivado na agricultura familiar”,
vista Ambiente & Sociedade” (desde 2014); para avaliar os efeitos do uso do esgoto do-
Projetos de Pesquisa sobre “Aumento da méstico tratado, em Tianguá-CE (2014-2017);
oferta de água no semiárido brasileiro através Publicações: Autor de 68 artigos publicados
do uso de esgotos domésticos tratados em em periódicos (1974-2018); Autor de nove
irrigação e piscicultura” (2004-2006); “Reúso livros, entre eles “Introdução à Engenharia
de água de esgoto sanitário com desenvol- Ambiental”, “Gestão Ambiental de Recursos
vimento de tecnologias” (2004-2006); “Reúso Hídricos” e “Urbanização e Meio Ambiente”;
da água em Irrigação e Piscicultura, projeto Autor de 20 capítulos publicados em diver-
certificado pela Companhia de Água e Esgo- sos livros; 150 trabalhos completos e de 12
to do Ceará” (2004-2012); “Potencialidades do resumos publicados em anais de congressos
aproveitamento de esgoto sanitário tratado (1975-2018); Organizador do livro “Reúso
no programa do biodiesel e na piscicultura” de Água: a experiência da Universidade Fe-
(2007-2009); “Efeitos dos interferentes endó- deral do Ceará”; Participação em 46 bancas
crinos presentes em efluentes de lagoas de de mestrado (2011-2018) e em 27 bancas
estabilização em espécies de peixes nativos de doutorado; 66 orientações e supervisões
do Ceará e em tilápias do Nilo”, peixe impor- concluídas (1980-2017) e 16 trabalhos de
tado do Egito e muito difundido no Brasil; conclusão de curso de graduação.
92 LÁUREA AO MÉRITO 2019

GUILHERME DE
OLIVEIRA ESTRELLA

GEÓLOGO PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DO


RIO DE JANEIRO (UFRJ), EM 1964

Nascimento: Rio de Janeiro (RJ), 18 de abril de 1942

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ)
HOMENAGEADOS COM A MEDALHA DO MÉRITO 93

D edicada à Petróleo Brasileiro S.A. (Pe-


trobras), onde trabalhou por 38 anos,
a vida profissional do geólogo Guilherme
timento que, mesmo depois de aposentado,
Estrella aceitou convite para permanecer na
ativa.
de Oliveira Estrella é marcada por estudos e
projetos pioneiros, e descobertas de diversos Reconhecido com títulos como o de Dr. Honoris
campos de petróleo. No Brasil, entre eles, o do Causa pela Universidade do Porto, em Portu-
Pré-Sal, nas bacias de Campos e Santos, que gal em 2009 e pela Universidade Federal de
projeta a viabilidade de um país com maior Ouro Preto (MG), em 2010, o geólogo liderou
capacidade energética no futuro, e revela equipes como a que perfurou o primeiro poço
todo o sentido de sua profissão: “Gerar bens na Plataforma Continental Brasileira, na Bacia
para o país se desenvolver”, resume ele, que do Espírito Santo.
confessa, entre tantas experiências, “a mais
emocionante foi a descoberta do Pré-Sal”.
Acreditando que “só o fazer dá competência”,
se destacou com a modernização do Centro
Para Estrella, “mais que a técnica da empresa - de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), com a
uma das mais capacitadas no planeta -, a des- criação de biblioteca, laboratórios e, entre ou-
coberta revelou uma riqueza no território bra- tros projetos, o da construção de Tatuí, o pri-
sileiro, feita por brasileiros, por uma empresa meiro robô brasileiro de inspeção submarina.
que explora no mundo inteiro, mas descobriu
o pré-sal numa área que estava abandonada.
Uma descoberta da qual o povo brasileiro se
sentiu partícipe. Vi isso nas ruas, no jornaleiro,
que, sem saber quem eu era, perguntava, ‘o
senhor leu sobre o pré-sal?’”. Trajetória
No exterior, pela Braspetro, Estrella desco-
briu o campo de Majnoon, no Iraque – o
Profissional
maior já descoberto em toda a história da Atividades, cargos e funções exercidos na
empresa, com reservas superiores a 10 bi- empresa Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras
lhões de barris. (1965-1994): Geólogo de poço, descobridor
dos campos de Miranda e de Fazenda da
Mas para além do campo das descobertas, Onça, na Bacia do Recôncavo Baiano e inte-
Estrella, como é chamado, coordenou o pro- grante da equipe que perfurou o primeiro
jeto que revolucionou a interpretação sobre poço na Plataforma Continental brasileira,
o sistema petrolífero, ao demonstrar a ori- Bacia do Espírito Santo (1965-1972); Geólogo
gem lacustre das rochas geradoras das bacias de Interpretação de Bacias Sedimentares de
da margem sudeste e leste brasileiras. Sergipe e de Alagoas (1972-1974); Geólogo
de Avaliação Geológica de contratos de ex-
ploração (1974-1976); Promoção de cursos
Durante as décadas em que atuou na Petro-
como o de Análise de Bacias Sedimenta-
bras, participou do processo que a colocou
res. Petrobras Internacional S.A. (Braspetro):
entre as mais competitivas do planeta. Foi
Chefe e gerente de Exploração no Iraque,
durante esse período que ele e a empresa
descobridor do campo de Majnoon, no Ira-
estabeleceram um tal vínculo de comprome-
94 LÁUREA AO MÉRITO 2019
Banco de Imagens Petrobras

“Só o fazer dá competência”


que (1976-1978); Chefe de Interpretação de Estratigrafia/ Paleoecologia, junto à Universi-
bacias da Costa Leste brasileira, avaliador da dade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);
exploração das Bacias Recôncavo Mar, Cama- Implantação do Arquivo Geral de Testemu-
mu-Almada, Jequitinhonha, Cumuruxatiba e nhos de Sondagem da Petrobras; Implanta-
Espírito Santo (1978-1981); Centro de Pes- ção do Laboratório de Análise Tridimensional
quisas da Petrobras (Cenpes): Chefe do Labo- de Testemunhos de Sondagem; do Centro
ratório de Geoquímica Orgânica; introdutor de Processamento de Imagens por Satélite;
de novas metodologias científicas e tecno- Implantação de laboratórios de análise de
logias de avaliação de rochas geradoras de reservatórios petrolíferos no centro tecnoló-
petróleo, colocando a Petrobras entre as mais gico da Ecopetrol – empresa colombiana –
avançadas empresas petrolíferas no campo em Barranca Bermeja, Colômbia (1989-1993);
da Geoquímica Orgânica do Petróleo (1981); Diretor de Exploração & Produção (E&P) da
Chefe da Divisão de Exploração (1982-1985); Petrobras – autor de relatórios técnico-geren-
Superintendente de Exploração e Produção e ciais, entre os quais “Majnoon Oil Field, Iraq,
do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento; Reserve Evaluation and Appraisal Program”;
Criação da biblioteca, do Programa de Alfa- Membro do Conselho de Administração das
betização de Adultos para os empregados empresas Petrobras Energia Participaciones
das empresas prestadoras de serviços (1992); S.A., Petrobras Energia S.A., na Argentina;
Implantação do Laboratório de Dinâmica de Petrobras Gás S.A. (Gaspetro) e a subsidiária,
Fluídos, aplicada à produção de óleo; Projeto Transportadora Associada de Gás S.A. (Tag);
e construção de Tatuí, o primeiro robô brasi- Diretor do Instituto Brasileiro de Petróleo e
leiro de inspeção submarina; Criação dos cur- Gás (1993-1994); Diretor de Exploração e Pro-
sos de Geoengenharia de Reservatórios junto dução (2003-2012).
à Universidade de Campinas (Unicamp), e de
96 LÁUREA AO MÉRITO 2019

JOSÉ AUGUSTO
SILVA OLIVEIRA

ENGENHEIRO AGRÔNOMO PELA ESCOLA


DE AGRONOMIA DO MARANHÃO, EM 1974;
ESPECIALISTA EM COMERCIALIZAÇÃO E
FINANCIAMENTO AGRÍCOLA NA FUNDAÇÃO
GETÚLIO VARGAS NO RIO DE JANEIRO, EM
1975; MESTRE EM ECONOMIA RURAL PELA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV)
EM MINAS GERAIS, EM 1984

Nascimento: São Luís (MA), 14 de abril de 1952

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia do Maranhão (Crea-MA)
HOMENAGEADOS COM A MEDALHA DO MÉRITO 97

J osé Augusto Silva Oliveira iniciou sua


carreira como especialista em Plane-
jamento e em Comercialização Agrícola na
desde 2012. O Instituto ruma para seu cente-
nário e José Augusto trabalha com afinco para
que o ano de 2025 seja memorável. “Entre as
Secretaria de Agricultura do Maranhão, onde propostas para o centésimo aniversário do
coordenou vários estudos sobre a conjuntura Instituto, pretendemos ampliar o número de
da produção e do abastecimento agrícola do assentos, que hoje são 60, para mais nomes
estado, além de projetos de desenvolvimen- relevantes do nosso estado, como intelectu-
to rural em diferentes regiões. ais, historiadores, geógrafos, pessoas que se
dedicaram na defesa do patrimônio histórico
A paixão pela docência teve início em 1977, e geográfico maranhense”. O acadêmico ainda
quando iniciou sua trajetória na Universida- pretende alterar o estatuto a fim de estimular o
de Estadual do Maranhão (Uema) lecionando papel social do IHGM de modo a ofertar à socie-
sobre Economia Rural, Política Agrícola, Pla- dade oportunidade de capacitações gratuitas.
nejamento e Desenvolvimento Rural e Ela-
boração de Projetos Agrícolas. Desde então, Em 2008, com mais 33 acadêmicos, o enge-
coordenou o Departamento de Economia nheiro agrônomo tornou-se membro funda-
Rural, dirigiu o curso de Agronomia, o Centro dor da Academia Maranhense de Ciências
de Ciências Agrárias até que se tornou reitor (AMC), que tem como missão não só resgatar
em 2007 e, com a recondução, completou a memória dos que fazem e fizeram ciência,
oito anos à frente da Universidade. Oliveira mas incentivar e orientar projetos de interes-
considera como seu maior legado a priorida- se do estado.
de em capacitar o corpo docente por meio
da pós-graduação e da pesquisa. À época, No decorrer de sua vida, foram muitos os re-
em seu discurso de posse, Oliveira proferiu: conhecimentos pela dedicação profissional,
“Investir em ciência, tecnologia e inovação é entre eles a homenagem, no ano de 2003,
um ato de visão e antecipação do futuro, com do curso de Agronomia da Universidade Es-
retorno evidente em melhor qualificação téc- tadual do Maranhão, ao completar 34 anos
nico-profissional, empregos de melhor remu- de existência, àqueles que lutaram e lutam
neração, em geração de divisas, em melhor pelo seu engrandecimento; a homenagem
qualidade de vida”. Antes de finalizar seu dis- pela dedicação e competências demonstra-
curso, relembrou a fala do grande educador das como reitor da Uema; o Prêmio Fundação
Anísio Teixeira: “A universidade não está cum- de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento
prindo sua missão enquanto seus frutos não Científico e Tecnológico (Fapema) por dois
se distribuírem por todos aqueles que ela visa anos seguidos, em 2007 e 2008; além do
atingir”. Sua trajetória profissional, além da Diploma e Título de Cidadão Bacabalense
dedicação acadêmica, diversas publicações, da Câmara Municipal de Bacabal (2009), são
inclui dois mandatos como conselheiro do alguns dos reconhecimentos recebidos pelo
Conselho Regional de Engenharia e Agrono- engenheiro agrônomo e professor. “Ser reco-
mia do Maranhão (Crea-MA), representante nhecido como cidadão de Bacabal, devida-
do curso de Agronomia. mente legitimado pelo Poder Legislativo da
cidade, me emocionou pelos laços familiares
Atualmente, o engenheiro agrônomo preside que tenho com aquela terra, onde estão mi-
o Instituto Histórico Geográfico do Maranhão nhas origens e minhas raízes. É honrar meus
(IHGM), do qual participa como sócio efetivo antepassados que ali viveram”.
98 LÁUREA AO MÉRITO 2019

Neste ano a Escola de Agronomia do Mara-


nhão, da qual José Augusto integrou a se- (1987-1991); Membro efetivo dos órgãos Co-
gunda turma e para qual dedicou boa parte legiados Superiores da Uema (1991-2014);
de sua trajetória, já que integra a Uema, com- Conselheiro do Conselho Regional de Enge-
pleta seu jubileu. O ano de 2019, certamente, nharia e Agronomia do Maranhão Crea-MA
será marcante para a biografia desse agrô- (1992-2000); Coordenou a Unidade de Estu-
nomo, que contará com mais um reconheci- dos de Agronomia da Universidade Estadual
mento por meio da Medalha do Mérito, em do Maranhão (1994-1995); Dirigiu o Centro
que o Sistema Confea/Crea e Mutua homena- de Ciências Agrárias (1995-1996), instalou
geia os profissionais que contribuíram para o o curso de pós-graduação e mestrado em
desenvolvimento do país e da profissão. Agroecologia (1995-1996); Pró-reitor de
pesquisa, pós-graduação e extensão (1996-
2002); Presidiu o Conselho Editorial da Uema
(1996-2002); Membro do Conselho Estadual
de Desenvolvimento Científico e Tecnológi-

Trajetória co (2003); Vice-reitor da Uema (2003-2006),


Reitor da Uema (03/2006-12/2006); Reitor da
Universidade Estadual do Maranhão (2007-
Profissional 2010) e (2011-2014); Membro Suplente do
Conselho Deliberativo da Associação Brasilei-
Chefe do Departamento de Economia Ru- ra dos Reitores das Universidades Estaduais e
ral da Universidade Estadual do Maranhão Municipais – Abruem (2008); Presidente do
(1980-1981 / 1987-1988); Assessor-chefe Instituto Histórico Geográfico do Maranhão
da Secretaria de Agricultura do Maranhão – IHGM (2018).
100 LÁUREA AO MÉRITO 2019

MÁRIO DE OLIVEIRA
ANTONINO

ENGENHEIRO CIVIL PELA ESCOLA DE ENGENHARIA


DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
(UFPE), EM 1958; BACHAREL EM MATEMÁTICA
PELA FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS
E LETRAS DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
PERNAMBUCO (UNICAP), EM 1957; CURSADO
EM MECÂNICA DOS SOLOS E FUNDAÇÕES, PELO
INSTITUTO TECNOLÓGICO DE PERNAMBUCO,
EM CONCRETO PROTENDIDO, PELO INSTITUTO
DE PESQUISAS RODOVIÁRIAS, EM 1970 E EM
PSICOLOGIA APLICADA AO TRABALHO, PELA
ESCOLA DE ENGENHARIA DA UFPE; BOLSISTA
DO INSTITUTO DE MATEMÁTICA DA UFPE, ONDE
APROFUNDOU SEUS ESTUDOS ENTRE 1957 E 1961

Nascimento: Serra Branca (PB), 30 de junho de 1933

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia de Pernambuco (Crea-PE)
HOMENAGEADOS COM A MEDALHA DO MÉRITO 101

Á vido por aprender e por ensinar, Mário


de Oliveira Antonino, 86 anos, profissio-
nal, empresário e professor reconhecido pela
toneladas de açúcar/hora a granel, além de
quatro mil sacos que poderiam ser embarca-
dos automaticamente”.
larga experiência, energia e dedicação, acre-
dita que “compartilhar conhecimentos é um Trocar as horas de lazer por horas de estudo
dos prazeres da vida” assim como “ser útil às para dar conta de todas as atividades foi uma
futuras gerações”. de suas opções de vida. Seu portfólio dá uma
mostra de sua produção que registra diversos
Apaixonado pela profissão e pela família – tipos de obras. Antonino é reconhecido pela
casado com Celma Costa Dantas Antonino, larga experiência, energia e dedicação, além
pai de cinco filhos e avô de 10 netos –, Mário da reconhecida paixão pelo que faz:
se define como “um executor de obras”. Diz
que seus saberes foram adquiridos à medida “Paixão, sim, com toda a pureza“, confirma.
que os desafios iam surgindo. Um deles foi a
“necessidade de aprofundar os conhecimen-
Terceiro dos cinco filhos de Antônio Antonino
tos em Matemática, a base de uma boa En-
Sobrinho, agricultor, pecuarista e comerciante,
genharia”, ensina. Outro, relembra, foi estudar
e de Maria Cristina de Oliveira Antonino, “a 1ª
Psicologia Aplicada.
professora de Serra Branca”, Mário conta que a
família se mudou para Pernambuco quando o
Construtor de mais de uma centena de obras pai resolveu abrir negócios na capital.
(igrejas, hospitais, prédios residenciais, co-
merciais e universitários, hotéis), Mário se
Em Recife, onde mora, Mário dá expediente
confessa “um homem de fé” e faz questão de
diário. Seu projeto atual são os “Cadernos do
contar que chegou a ser diretor internacional
Semiárido”, projeto realizado pelo Crea-PE
do Rotary Clube.
em parceria com diversas instituições.

Ao fazer uma retrospectiva da vida profissio-


“O Semiárido é rico em todas as áreas, não
nal que soma 59 anos, Mário revela um certo
precisa de doações e sim de oportunidades.
orgulho, discreto mas indisfarçável, quando
Os Cadernos são levados a moradores, agri-
fala dos Terminais Açucareiros de Recife e de
cultores, líderes, estudantes, professores e
Maceió, obras que assina como chefe do cor-
pesquisadores com informações sobre agri-
po técnico e coordenador-geral da constru-
cultura irrigada, a biodiversidade da caatin-
ção, respectivamente: “Engenheiros de ou-
ga, uma agricultura sustentável e questões
tros países visitavam as construções, mesmo
ligadas ao perímetro do São Francisco e Ju-
depois de prontas”.
azeiro (PE)”.

“São obras de engenharia fascinantes. Com


Mas como a vida segue, além dos Cadernos,
elas, fomos pioneiros no mundo”, afirma o
Mário se ocupa das atividades do Conselho
professor Mário, que completa: “Elas colo-
Fiscal da Fundação Instituto Tecnológico de
caram o Brasil na liderança de transporte
Pernambuco (Itep), desde 1995, onde é o atu-
do açúcar em âmbito mundial. Nosso país
al presidente.
implantou um sistema de embarque de mil
102 LÁUREA AO MÉRITO 2019

O professor e o ministro das Minas e Energia, Bento de Albuquerque Júnior

Trajetória Tecnologia-Área II; Das disciplinas Constru-


ção de Edifícios I e II do Departamento de
Engenharia Civil (1961-1990); Membro de
Profissional Bancas Examinadoras (1963-1972); Chefe do
Departamento de Matemática (1975-1978);
Professor titular das cadeiras de Análise Ma- Obras construídas: Em Pernambuco: Terminal
temática I, II e III, da Faculdade de Filosofia Açucareiro do Recife (1969-1971); Edifícios
e Letras e de Construção de Edifícios do residenciais e comerciais; Prédios do Cen-
Departamento de Engenharia Civil, da Uni- tro de Ciências Sociais e da Reitoria da Uni-
versidade Católica de Pernambuco - Unicap cap; igrejas e hospitais, em Recife; prédios
(1960-1965); Na Universidade Federal de da Petronor-Petrolífera Nordestina Ltda., em
Pernambuco - UFPE, deu aulas de Análise Olinda; Centro de Treinamento e Colégio Dio-
Matemática I, na Faculdade de Filosofia, de cesano, em Floresta; Em Alagoas: Terminal
Cálculo Diferencial e Integral II, na Escola de Açucareiro de Maceió (1975-1978); Entre os
Engenharia, deu aulas de Matemática e Esta- cargos públicos, foi chefe de gabinete da Se-
tística no curso de História Natural da Facul- cretaria do Governo de Pernambuco (1973-
dade de Filosofia (1961-1967), e foi professor 1975); Coordenador do Grupo Executivo do
do Departamento de Matemática do Centro Polo Metropolitano (1979); Coordenador do
de Tecnologia e Ciências Exatas (1971-1973); Projeto Asa Branca, criado para fortalecer a
Professor de Cálculo Diferencial e Integral infraestrutura na área do Polígono das Secas;
II, no Instituto de Matemática; de Matemá- Membro e Presidente do Conselho Fiscal da
tica Avançada do curso de Mestrado em Companhia Energética de Pernambuco (1993
Bioquímica do Instituto de Biociências (De- -1995); Membro do Conselho Fiscal da Fun-
partamento de Bioquímica); Coordenador dação Instituto Tecnológico de Pernambuco
das disciplinas Cálculo III e IV, do Centro de (Itep), desde 1995 e atual presidente.
104 LÁUREA AO MÉRITO 2019

MIGUEL ABUHAB

ENGENHEIRO MECÂNICO PELO INSTITUTO


TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA (ITA), EM 1968

Nascimento: São Paulo (SP), 15 de maio de 1944

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia de Santa Catarina (Crea-SC)
HOMENAGEADOS COM A MEDALHA DO MÉRITO 105

A sólida trajetória de Miguel Abuhab na


Engenharia e no empreendedorismo é
construída com originalidade e ousadia. Atri-
Neogrid, empresa que hoje é líder nacional
em soluções para sincronização automática
da cadeia de suprimentos e integra fornece-
butos esses que muito se devem à formação dores de mais de 100 países com seus princi-
no respeitado Instituto Tecnológico de Aero- pais clientes.
náutica (ITA), onde aprendeu a realizar proje-
tos com disciplina e confiança. Os valores de Dedicado a iniciativas práticas, Abuhab tra-
vida assimilados na família de imigrantes e balha desde 2003 no “Plano de Simplificação
no escotismo também inspiraram as atitudes Tributária para o Brasil”, o qual foi incorpora-
precursoras de Abuhab. do na proposição do então relator da reforma
tributária, tendo sido aprovada em dezembro
A carreira na Engenharia foi motivada dentro de 2018 pela comissão especial da Câmara
de casa. “Para mim, o Gabriel era um cara de dos Deputados. Em julho de 2019, a proposta
sucesso, meu ídolo”, fala com orgulho do ir- voltou ao debate político.
mão que cursava Engenharia aeronáutica no
ITA, onde Abuhab sonhava estudar. E assim Com o plano idealizado pelo engenheiro,
foi: começou como aprendiz na empresa do “as instituições financeiras deduziriam do
irmão, formou-se em torneiro mecânico e, montante de qualquer transferência entre
em 1964, iniciou a graduação no renomado duas empresas o valor do imposto indireto
instituto. decorrente da transação, transferindo-o dire-
tamente para o Tesouro Nacional”, sintetiza o
Engenheiro mecânico formado, Abuhab par- então relator da reforma tributária, Luiz Car-
tiu de São Paulo para Santa Catarina com a los Hauly, no livro sobre o assunto publicado
missão de implantar a fábrica de refrigera- por Miguel em 2017. “Seria uma verdadeira
dores da Consul S.A., em Joinville. Também automatização tributária, o que permitiria
implementou o planejamento estratégico da ganho de produtividade, melhoria na gestão
empresa e foi revolucionário: automatizou a empresarial, sem diminuir a arrecadação do
rotina de papéis, com sistema de controle de Estado”, analisa o ex-deputado federal.
produção por computador, um feito pioneiro
no Brasil. Projetos de responsabilidade social também
estão na linha de atuação de Abuhab. O
Nessa tendência, fundou a Datasul em 1978 programa TOCfE (Theory of Constraints for
com mais uma proposta original: desenvol- Education, ou Teoria das Restrições aplicada
vimento de softwares para gestão de empre- à educação) recebe patrocínio do Instituto
sas. O empreendimento expandiu ao ponto Miguel Abuhab e já formou 126 professores
de liderar o mercado desse sistema para com- voluntários em 22 escolas da rede pública
panhias de médio porte no país. de Joinville, atendendo assim 6.300 crianças.
Em 2019 são capacitados mais 100 educado-
Com a evolução da internet, Abuhab avistou res de 20 escolas, que visam atender 5 mil
a oportunidade de solucionar um dos gran- alunos. O programa busca desenvolver em
des problemas do setor industrial, o moni- crianças a habilidade de raciocínio lógico e o
toramento de estoques. Em 1999, nascia a aprendizado de decidir por si só.
106 LÁUREA AO MÉRITO 2019

A Teoria das Restrições é fonte de inspiração res do consórcio formado pela Consul para
para as atitudes arrojadas de Abuhab. Difun- diminuir a dependência da importação des-
dido internacionalmente, o estudo é de auto- se componente fundamental para seus pro-
ria do físico descrito como guru da indústria, dutos; Fundou a Datasul (1978) e Neogrid
Eliyahu Goldratt, cuja filosofia de gestão par- (1999); Desenvolveu o “Plano de Simplifica-
te de um mecanismo de focalização para um ção Tributária para o Brasil” (2003); Membro
processo de melhoria contínua. fundador da TOCICO - Theory of Constraints
International Certification Organization; CEO
É, portanto, nessa linha de propostas inova- da Neogrid; Inaugurou o Instituto Miguel
doras que o engenheiro Miguel Abuhab vem Abuhab em Joinville (2015); Autor do livro
simplificando situações complexas, dando “Devo, Não Nego, Pago Quando Receber!:
assim expressiva contribuição técnica e social Uma Proposta de Simplificação Tributária
para o desenvolvimento do Brasil. que Pode ser Uma Revolução” (2017); Teve a
trajetória publicada no livro “Miguel Abuhab
- Um Homem que Não Para!” (2008); Premia-
ções: Destaque Empresarial do Ano – Anefac
(1997), Empreendedor do Ano no setor de
tecnologia – Ernst & Young (2003), Medalha
Trajetória do Conhecimento – Ministério do Desenvol-
vimento, Indústria e Comércio Exterior, CNI e

Profissional Sebrae (2004), Título de Cidadão Honorário


de Joinville (2009), Profissional do Ano – Ane-
fac (2009), Prêmio Ozires Silva (2015), Theory
Implantou planejamento estratégico e siste-
of Constraints – Lifetime Achievement Award
ma de controle de produção por computador
(2018), Comenda da Ordem do Mérito Indus-
na Consul (1970-1978); Elaborou estudo de
trial de Santa Catarina – Fiesc (2018) e Meda-
viabilidade econômica e projeto da primeira
lha do Mérito do Crea-SC (2018).
planta da Embraco, empresa de compresso-
108 LÁUREA AO MÉRITO 2019

TELMO BRENTANO

ENGENHEIRO CIVIL PELA UNIVERSIDADE FEDERAL


DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS), EM 1972;
ESPECIALISTA EM HIDROLOGIA APLICADA E
CONSTRUÇÃO CIVIL PELA UFRGS, EM 1973

Nascimento: Santo Cristo (RS), 04 de julho de 1946

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS)
HOMENAGEADOS COM A MEDALHA DO MÉRITO 109

S anta Maria, 2013. Nos dias seguintes à


tragédia da Boate Kiss, o engenheiro
civil Telmo Brentano foi um dos profissionais
cópias de normas desatualizadas e até as
figuras delas precisam melhorar. Seria inte-
ressante reduzi-las, embora as exigências
mais procurados. Autor de dois livros refe- básicas, como os Equipamentos de Proteção
renciais na área de prevenção de incêndios Individual (EPI), já estejam incorporadas pe-
e instalações hidráulicas, ele acompanhou las empresas e possa haver retrocesso, se não
de perto os momentos difíceis daqueles seus forem obrigatórias”, afirma.
conterrâneos.
A aptidão para a Matemática o desafiou a
“Estive lá quatro dias depois, pelo Crea, para resolver os exercícios de Ari Quintela, no gi-
fazer uma vistoria. São coisas de Brasil, da násio da vizinha Santo Ângelo, onde entrou
nossa cultura. Não adianta só querer me- após exame de admissão com bolsa do go-
xer por lei. Essas questões acontecem com verno. “Isso me abriu o horizonte para a área
a mudança de cabeça das pessoas. Hoje, as técnica e fiz a opção no científico pela área,
leis têm vícios de origem. Leis não se inter- o que me deu uma boa base para entrar na
pretam. Por isso coloco na epígrafe dos meus universidade. Hoje, a gurizada não sabe nem
livros: ‘As leis e normas devem ser bem claras. o que vai fazer”, comenta o engenheiro civil,
Quem lê deve entender, e não interpretar’”, que começou cedo também a trabalhar. “Var-
diz o projetista e responsável técnico pela ria as salas de aula, das seis às sete e meia. Daí,
execução de instalações hidráulicas de diver- ia para o curso noturno de Contabilidade”.
sos tipos de edificações.
No Champagnat, o científico dos Irmãos Ma-
A capacitação e a experiência levam Telmo a rista em Porto Alegre, colégio da Pontifícia
ponderar: “Não sou da parte de segurança, e Universidade Católica (PUC-RS), trabalhava
sim da área de incêndio”. Apesar de orientar como telefonista e, nas férias, como garçom.
futuros engenheiros de segurança do traba- “Assim, conseguia um quarto particular para
lho, ele aponta para o surgimento de cursos mim e tinha mais liberdade para sair”. A refe-
especializados na área de incêndio. “Trata- rência passou a ser o professor Eurico Trinda-
mos de instalações invasivas ao espaço arqui- de Neves, entre outros que contribuíram para
tetônico porque o arquiteto tem que conhe- entrar na Faculdade, onde continuou a traba-
cer essas normas”, acrescenta o ministrante lhar para seu sustento. “À noite, dava aulas de
de cursos de atualização em instalações hi- Matemática e Física. Fiz o curso em sete anos,
dráulicas e proteção contra incêndios para mas foi muito bom em termos pessoais”, des-
profissionais de Engenharia e de Arquitetura creve.
e Urbanismo.
Ao se formar, deu aulas na UFRGS e na PUC.
Ele também critica a atuação dos bombeiros “Nunca tive dedicação exclusiva e desde a
na área. “Para analisar projetos de Engenharia faculdade, discordava de estudar o que não
tem que ter conhecimento. Isso ocorre em ia me acrescentar”. O cidadão Brentano con-
todo o Brasil porque as leis são mal escritas. sidera que “quem gera emprego são as em-
Temos edifícios, indústrias, depósitos, mas presas particulares, é preciso desburocratizar
as normas são para instalações de incêndio o país. Mas, hoje, o nível intelectual técnico e
em casa. Elas são importantíssimas, mas há ético dos nossos comandantes é muito baixo.
110 LÁUREA AO MÉRITO 2019

Temos que pensar em termos de Brasil”. Tel- Estado do Rio Grande do Sul (1979-1980); Pro-
mo Brentano é viúvo de Joana Maria Sebben fessor em cursos de pós-graduação em Enge-
desde 2012. Patrícia (advogada), Vivian (en- nharia de Segurança do Trabalho no Rio Gran-
genheira química e psicóloga), Laura (jorna- de do Sul e Santa Catarina; Consultor e perito
lista) e Adriana (bióloga) são as filhas do casal. em Engenharia de Incêndio; Coordenador-
-Geral do XXIV Congresso Brasileiro de Ensino
de Engenharia – Cobenge (1994); Palestras e
trabalhos em congressos nacionais e interna-
cionais nas áreas de ensino e tecnologia das

Trajetória instalações hidráulicas; Ministrante de mais


de 200 cursos e palestras na área de engenha-
ria de incêndio em 24 estados do país; Mem-
Profissional bro da Associação Brasileira de Normas Técni-
cas – ABNT (2008-atual); Membro da National
Na Pontifícia Universidade Católica – PUC-RS, Fire Protection Association – NFPA, nos Esta-
professor e coordenador do curso de Enge- dos Unidos (2008 – atual); No Crea, foi conse-
nharia Civil (1980-2012); Na Universidade Fe- lheiro (1995-1997 e 2000-2003); Coordenador
deral do Rio Grande do Sul – UFRGS, foi pro- da Câmara de Engenharia Civil (1996-1997)
fessor da Escola de Engenharia da Faculdade e Inspetor-Chefe da inspetoria de Porto Ale-
de Arquitetura e Urbanismo e da Faculdade gre (2001-2002); Desde 2000, é sócio-diretor
de Agronomia, membro dos Conselhos Uni- da Telmo Brentano Engenharia de Incêndio;
versitário e de Coordenação do Ensino e Pes- Autor dos livros “Instalações Hidráulicas de
quisa, presidente da Câmara de Ciências Exa- Combate a Incêndios nas Edificações” (2004)
tas e Tecnologia e coordenador acadêmico e “A Proteção contra Incêndios no Projeto de
dos cursos de Engenharia Civil (1973-1995); Edificações” (2007); Engenheiro Destaque da
Professor na Faculdade de Engenharia da revista Incêndio, de São Paulo (2005); Home-
Universidade Católica de Pelotas – UCPel-RS; nageado nos 85 anos do Crea-RS (2019); Em
Professor do curso de formação de oficiais 2013, participou do Grupo de Trabalho que
bombeiros da Academia de Polícia Militar do resultou na Lei estadual 14.376/2013.
112 LÁUREA AO MÉRITO 2019

WAGNER BETTIOL

ENGENHEIRO AGRÔNOMO PELA ESCOLA SUPERIOR


DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ (ESALQ), DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP), EM 1980;
ESPECIALISTA EM FERRUGEM DO CAFEEIRO PELO
CENTRO DE INVESTIGAÇÕES DAS FERRUGENS DO
CAFEEIRO (CIFC), PORTUGAL, EM 1988; MESTRE
EM FITOPATOLOGIA PELA ESALQ/USP, EM 1984;
DOUTOR EM FITOPATOLOGIA PELA ESALQ/USP,
EM 1988; PÓS-DOUTOR EM CONTROLE BIOLÓGICO
DE PLANTAS PELO CONSELHO SUPERIOR DE
INVESTIGAÇÕES CIENTÍFICAS (CSIC), ESPANHA,
EM 1993; UNIVERSIDADE DE TORINO, EM 1995 E
UNIVERSIDADE DE SALAMANCA, EM 2015

Nascimento: Piracicaba (SP), 20 de dezembro de 1957

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia de São Paulo (Crea-SP)
HOMENAGEADOS COM A MEDALHA DO MÉRITO 113

E ntre a horta dos pais em Piracicaba e o


hábito de plantar árvores por onde pas-
sa, o engenheiro agrônomo Wagner Bettiol
Há um ano e meio, Wagner lida com a ausên-
cia de Raquel, cujo reconhecimento precisa
ir além do laboratório que ela denomina na
semeou uma das obras mais respeitadas de Embrapa Meio Ambiente de Jaguariúna-SP,
sua área, a de controle biológico de doenças onde trabalharam juntos por décadas.
de plantas, a que se dedica desde o seu dou-
torado em Fitopatologia. “Convivíamos 24 horas por dia. As mudanças
climáticas são reais. Em Campinas, quando
Experiências compartilhadas, em grande par- ela começou, num estudo pioneiro do efeito
te da vida, com a engenheira agrônoma Ra- da concentração de gás carbônico na atmos-
quel Ghini, com quem estudou na célebre Es- fera sobre o café, tínhamos 360 partes por
cola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, milhão de dióxido de carbono. Hoje, em me-
a Esalq, da Universidade de São Paulo, e se nos de 20 anos, são 420 partes por milhão. Os
casou um ano antes de concluir o doutorado. efeitos das mudanças estão em todos os lu-
gares”, diz o pesquisador, que organizou com
Com a companheira, Wagner pôde também a esposa e com E. Hamada o livro “Impactos
aprofundar seus conhecimentos em uma li- das Mudanças Climáticas sobre Doenças de
nha de pesquisa pioneira à década de 1980, Importantes Culturas do Brasil”, editado pela
que integra seus estudos em torno do con- Embrapa, em 2011.
trole de doenças por micro-organismos, em
lugar dos agrotóxicos, ao uso de resíduos Em Piracicaba, estão algumas das árvores,
orgânicos agroindustriais com o mesmo fim. de várias espécies, que ele plantou pelo país.
“Até nossos filhos ajudavam a plantar”. Na ci-
“Era algo mais comum para controle de pra- dade natal, vivem ainda a mãe e os irmãos. O
gas. E depois pesquisei essa linha comple- mais novo, Valcir Antônio, sequer tinha idade
mentar que usa resíduos orgânicos agroindus- para a produção de verdura e de cana, man-
triais, ricos em nutrientes, para estimular que o tida por seu Angélico e dona Maria Elzira, ao
próprio solo aumente a quantidade de orga- lado da irmã Evani.
nismos benéficos que controlam as doenças.
Há 10 anos, tínhamos 18 produtos de agentes “Nasci no meio de canavial. Até cinco anos
de controle biológico registrados. Este ano, vivíamos no sítio com meus avós. Hoje vou
temos 201 produtos registrados. Associado a para lá e para a Esalq com a mesma satisfa-
isso você tem um controle limpo, algo que o ção”, diz Wagner, que vive em Campinas e se
mundo todo quer dos produtos agrícolas”. divide ainda entre os tradicionais centros de
ensino de Botucatu e Lavras, em Minas Ge-
Graças à pesquisadora, também mundial- rais, proferindo numerosas palestras em todo
mente reconhecida, com quem teve os filhos o mundo.
Renato e Marcello - o primeiro, professor de
Matemática Pura na Universidade da Cidade Ir para a “Escola Agrícola” era o sonho de Wag-
de Nova York; o segundo, estudante de en- ner Bettiol e de outros colegas. “Horta era o
sino médio -, sua pesquisa ganha uma nova nosso ganha-pão. Sempre fui ligado à agri-
abordagem, envolvendo também as mudan- cultura, então, isso foi um passo para fazer
ças climáticas. Agronomia na Esalq”, diz o pesquisador.
114 LÁUREA AO MÉRITO 2019

para o desenvolvimento de qualquer país. E


no mundo todo, o principal investimento em
ciência é público”.

Amigo desde 1977, o engenheiro agrônomo


Alfredo Suzuki descreve Wagner como uma
pessoa simples, que parece com qualquer
Trajetória
colega do campo. “Todos gostam dele, não
tem cerimônia, um gentleman, muito educa- Profissional
do, sempre compartilhando o que sabe com
Engenheiro agrônomo da Dow Química S.A
todos. E ele sabe muito, sempre adorou estu-
(1981); Pesquisador do Instituto de Pesquisas
dar, como a Raquel”, conta.
Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT
(1981-1984); Na Empresa Brasileira de Pes-
Chefe-Geral da Embrapa Meio Ambiente, o quisa Agropecuária – Embrapa, pesquisador
engenheiro agrônomo Marcelo Morandi co- (1986-atual); Bolsista de produtividade em
nhece Wagner há 20 anos. “Ele sempre foi um Pesquisa do CNPq (1988-atual); Autor e orga-
grande pesquisador, um precursor. E quando nizador de 10 livros, de “Controle Biológico
cheguei aqui, já era de nome e me deu todo de Doenças de Plantas” (1991) a “Aquecimen-
o apoio. Uma pessoa muito atenta ao desen- to Global e Problemas Fitossanitários” (2017);
volvimento da agricultura. Fico feliz com essa Professor da Universidade Federal de Lavras
homenagem, muito adequada”. – UFLA (1992-atual); Professor da Universida-
de Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Modéstia e profissionalismo que Wagner de- – Unesp/FCA/Botucatu (1992-atual); Chefe
monstra ao falar sobre a iniciativa do Sistema. Adjunto de Comunicação e Negócios da Em-
“Isso me alegra tremendamente por ser um brapa Meio Ambiente (2001-2002); Autor de
reconhecimento técnico, vindo dos nossos 153 artigos científicos e 72 capítulos de livros
pares. Então, isso não só me emociona, mas publicados no Brasil e no exterior; Orientador
também a todos. Minha esposa também ti- de 14 teses de doutorado e 29 dissertações
nha registro no Crea e formei minha família de mestrado; Editor de revistas e revisor de
dentro do curso de Agronomia. Além do meu artigos para diversos periódicos nacionais e
ganha-pão, a minha família esteve sempre internacionais; Professor convidado em curso
vinculada a essa atividade. Pesquisa não é bianual de pós-graduação na Universidade
um gasto, é um investimento fundamental de Concepción, Chile (2011).
116 LÁUREA AO MÉRITO 2019

HOMENAGEADOS
COM A MENÇÃO
HONROSA
HOMENAGEADOS COM A MENÇÃO HONROSA 117
118 LÁUREA AO MÉRITO 2019

CENTRO UNIVERSITÁRIO
SENAI CIMATEC

Fundação: 2002

Localização: Salvador (BA)

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia da Bahia (Crea-BA)
HOMENAGEADOS COM A MENÇÃO HONROSA 119

Em apenas 17 anos de existência, o Centro


Universitário Senai Cimatec alcançou relevân-
cia nacional e reconhecimento internacional.
Infraestrutura
Essa condição é fruto de um arranjo peculiar, Com infraestrutura diferenciada, inclui 56
por reunir em um único campus um dos mais laboratórios e 33 áreas de competência ali-
robustos centros tecnológicos do país, um nhadas às demandas da indústria, bem como
centro universitário de referência e escola incubadoras de base tecnológica (40 startups
técnica, que operam de forma integrada em por ano), projetos de pesquisa aplicada, de-
uma área com mais de 35 mil m² construídos. senvolvimento e inovação, graças à uma car-
teira com mais de 80 projetos de empresas.
Com um ambiente universitário diferenciado, Tudo isso cria um ambiente acadêmico esti-
o Centro Universitário Senai Cimatec propicia mulante.
aos seus alunos a oportunidade de integrar
os trabalhos acadêmicos aos projetos de pes- Além de moderna infraestrutura, a institui-
quisa desenvolvidos no Centro Tecnológico. ção reúne 91 professores com titulação de
O Centro Universitário atua de forma direta mestrado e 36 doutores. Esse corpo docente
na formação de profissionais com múltiplas entrega ao mercado profissionais altamente
competências, graças à oportunidade de qualificados. Em apenas sete anos formou
antecipar a vivência de mercado ainda na 221 mestres e doutores.
graduação, por meio dos projetos de inova-
ção. O Centro Universitário Senai Cimatec foi Reconhecido no Brasil e no mundo como um
reconhecido seis vezes nos últimos sete anos dos grandes Centros de Tecnologia e Ino-
como melhor instituição de ensino superior vação, o Senai Cimatec vem ultrapassando
em Engenharia do Norte e Nordeste, entre sempre a fronteira do conhecimento, com
faculdades, centros universitários e universi- projetos tecnológicos que impulsionam a
dades públicas e privadas. Com nove cursos competitividade das empresas.
de Engenharia – Computação, Controle e Au-
tomação, Elétrica, Mecânica, Materiais, Pro-
dução, Química, Civil e Automotiva (melhor
do Brasil, segundo avaliação do Ministério
da Educação) – todos avaliados com concei-
to 4 ou 5, com excelência e foco na indústria.
Além da graduação, o Centro Universitário
Centro
oferta também 20 cursos de Pós-graduação
(MBA, MBI e Especialização), três cursos de Tecnológico
mestrados e dois cursos de doutorado, ava-
Para promover o desenvolvimento da in-
liados com conceito 5 pela Coordenação de
dústria, o Senai Cimatec atua diretamente
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Supe-
na integração dos processos de pesquisa e
rior (Capes).
inovação do Centro Tecnológico às pesquisas
científicas e acadêmicas do Centro Universi-
tário. Além disso, a instituição conta com uma
vasta experiência na execução de projetos de
diversas grandezas e complexidades, se des-
120 LÁUREA AO MÉRITO 2019

Fábrica Modelo

tacando na realização de Pesquisa, Desenvol-


vimento & Inovação (PD&I) em parcerias com
empresas e instituições nacionais e interna-
cionais, somando mais de R$ 300 milhões de
recursos de projetos e elevados indicadores
de propriedade intelectual, com mais de 90
ativos de patentes.

Os projetos de PD&I executados no Cimatec


são administrados pelo PMO – Project Mana-
gement Office (Escritório de Gestão de Proje-
tos) e contam com uma avançada engenharia piloto, em 2011, e já foi reconhecido pela
financeira, com acesso facilitado a diversos Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)
programas de financiamento e modalidades como a melhor Instituição de Pesquisa e Ino-
de subvenção econômica para projetos de vação Tecnológica do Nordeste. Além disso,
PD&I. outras fontes de financiamento para PD&I,
como a Fundação de Amparo à Pesquisa do
O Senai Cimatec é também um dos principais Estado da Bahia (Fapesb), Lei de Informática,
desenvolvedores de projetos em cooperação Sebraetec e o Edital Senai Sesi de Inovação,
com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Ino- são prospectadas e identificadas, com a inter-
vação Industrial (Embrapii), desde a operação mediação e assessoria da instituição.
HOMENAGEADOS COM A MENÇÃO HONROSA 121

Laboratório de Manufatura Avançada e Segurança Cibernética Integrada


pesquisas na saúde pública; o Cimatec Yemo-
Inovação ja, segundo supercomputador mais potente
da América Latina; e o Cimatec Ògún, que
O Senai Cimatec conta com infraestrutura realiza simulações e modelagens computa-
de ponta, que utiliza tecnologia avançada e cionais essenciais para garantir processos
equipamentos modernos, como os laborató- de inovação na indústria. Na estrutura do
rios de Manufatura Avançada com Seguran- campus, também está instalado o Institu-
ça Cibernética Industrial, Dinamômetro de to Brasileiro de Robótica –, com projetos de
Motores, Compatibilidade Eletromagnética, ponta em parcerias com institutos internacio-
Mecânica de Precisão, Conformação e União nais, como o DFKI (Centro Alemão de Pesqui-
de Materiais, Materiais Poliméricos, Centro sa em Inteligência Artificial).
de Referência em Logística, Planta Piloto de
Montagem de Placas Eletrônicas e muitos ou- Por sua significativa contribuição para o de-
tros que compõem a atmosfera de vanguarda senvolvimento não só da Bahia, mas do Brasil
do campus. como um todo, o Centro Universitário Senai
Cimatec recebe a mais alta honraria do Siste-
O Senai Cimatec incorpora à sua estrutura o ma Confea/Crea e Mútua.
Centro de Supercomputação para Inovação
Industrial (onde operam os supercomputa- Texto encaminhado pela Assessoria do Cen-
dores Omolu), montado em parceria com tro Universitário Senai Cimatec
a Fiocruz para processamento de dados de
122 LÁUREA AO MÉRITO 2019

S.A. USINA CORURIPE


AÇÚCAR E ÁLCOOL

Fundação: 1925

Localização: Coruripe (AL), Iturama (MG), Campo


Florido (MG), Limeira do Oeste (MG), Carneirinho (MG)

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia de Alagoas (Crea-AL)
HOMENAGEADOS COM A MENÇÃO HONROSA 123

A usina leva o nome de um município alago- Reconhecida pelo Guia Exame de Sustenta-
ano, a uma hora e meia de carro de Maceió, bilidade 2018 como a empresa mais susten-
que abriga pescadores, lagos, praias paradi- tável no segmento do agronegócio, a Usina
síacas e cerca de 55 mil habitantes. Mas a ins- Coruripe é um exemplo de como desenvol-
tituição ora homenageada, criada em 1925, vimento e conservação ambiental podem
transbordou os limites da cidade e, em 2019, caminhar de mãos dadas. Ao longo dos anos,
tem cinco unidades, sendo quatro delas em seus donos investiram na construção de bar-
Minas Gerais, além de um terminal rodofer- ragens e no reflorestamento das margens do
roviário em Fernandópolis (SP). Trata-se da Rio Coruripe, para que sua água pudesse irri-
maior empresa do setor sucroalcooleiro das gar 80% dos canaviais da empresa na região.
regiões Norte e Nordeste, e uma das dez De acordo com o presidente da companhia,
maiores do país. Mário Luiz Lorencatto, a preocupação com a
sustentabilidade está no DNA da usina e de
Originada da união de diversos engenhos suas unidades. Entre as iniciativas de preser-
de cana-de-açúcar, a Usina Coruripe produz vação do meio ambiente da empresa – que
hoje (quase cem anos depois de sua criação), responde por cerca de 17 mil hectares de
por safra, 470 milhões de litros de etanol, 20 reservas ambientais – está o Projeto Bicu-
milhões de sacas de açúcar, e - a partir do do, de reintrodução da espécie de pássaro
bagaço das mais de 14 milhões de toneladas Sporophila maximiliani – popularmente co-
de cana moída - energia suficiente para abas- nhecido como bicudo – na Reserva Particular
tecer, mensalmente, uma cidade de 568 mil de Patrimônio Natural Porto Cajueiro, locali-
habitantes. Melaço, mel, óleo, vinhaça e leve- zada no norte de Minas Gerais. Devido à caça
dura são alguns dos subprodutos que a Usina ilegal da espécie, desde 1970 não há registro
Coruripe coloca no mercado a cada ano. de ocorrência do pássaro no estado. Depois

Colheita mecanizada nos campos da Usina Coruripe


124 LÁUREA AO MÉRITO 2019

Panorama em Iturama
e “Melhor Executivo”. Em março de 2019, a
unidade de Alagoas recebeu também o Bon-
sucro, um dos mais importantes certificados
do setor sucroenergético, que atesta que a
empresa adota as melhores práticas de res-
Foto: Marcelo Albuquerque

ponsabilidade ambiental e respeita os direi-


tos humanos.

Exemplos de responsabilidade social, todas


as unidades da Usina Coruripe são certifica-
das como “Empresa Amiga da Criança” pela
de anos de estudo, em novembro de 2018, o Fundação Abrinq, pois mantêm creches e es-
Projeto Bicudo inseriu quatro casais do pássa- colas nos municípios onde atuam. Em Minas
ro na reserva, no município de Januária. Gerais, por exemplo, a empresa se destaca
pelo projeto Florescer, que oferece educação
e cultura para centenas de crianças e jovens
Empregadora de cerca de 9,4 mil trabalhado- da cidade de Campo Florido. Já em Alago-
res, em julho de 2018, a Usina Coruripe con- as, atua por meio do programa “Basquete
quistou o primeiro lugar na categoria “Segu- Cidadão”, uma parceria com a Federação de
rança do Trabalho” pelo 9º Prêmio Visão Agro Basketball do estado, usando a prática do
Centro-Sul, e figurou entre as 60 Melhores esporte para promover a inserção social de
Empresas em Cidadania Corporativa 2018, da mais de 300 crianças.
revista Gestão e RH. Também integrou a lis-
ta das melhores empresas para se trabalhar
da revista Você S/A. Ainda em 2018, a Usina Entre tantas condecorações e certificados,
Coruripe recebeu o título de campeã em sus- em 2019 a Usina Coruripe conquista mais
tentabilidade do Globo Rural, e foi conside- um reconhecimento: indicada pelo Conse-
rada, pelo anuário 360º da Época Negócios, lho Regional de Engenharia e Agronomia de
a melhor empresa nos setores “Agronegócio” Alagoas, a usina recebe a menção honrosa
e “Visão de Futuro”. No Prêmio MasterCana do Sistema Confea/Crea, pelas contribuições
de 2018, a empresa recebeu o primeiro lugar no desenvolvimento econômico do estado e
em três categorias: “Controle e Preservação pela melhoria na qualidade de vida da socie-
Ambiental”, “Saúde e Segurança do Trabalho” dade alagoana.
126 LÁUREA AO MÉRITO 2019

SINDICATO DA INDÚSTRIA
DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO
ESTADO DE PERNAMBUCO –
SINDUSCON/PE

Fundação: 1941

Localização: Recife (PE)

Indicação: Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia de Pernambuco (Crea-PE)
HOMENAGEADOS COM A MENÇÃO HONROSA 127

Em defesa da adoção de regras claras para Esse espaço de discussão técnica começou a
o desempenho sustentável das atividades abordar outras demandas e o raio de ação foi
empresariais, o Sindicato da Indústria da ampliado a partir da proposta de modernizar
Construção Civil no Estado de Pernambuco a indústria da construção civil, com base nos
(Sinduscon-PE) contribui para o desenvolvi- princípios da construção sustentável. Hoje o
mento local desde 22 de novembro de 1941. movimento engloba várias ações, além dos
fóruns de diálogo, como o Seminário Per-
Com projetos e atividades, busca possibilitar nambucano de Construção Sustentável e a
mais capacitação técnica e em gestão para Feira da Sustentabilidade na Construção.
dirigentes e funcionários das quatro mil em-
presas associadas. Também tem a missão de No segmento de exposições, o sindicato já
zelar pela manutenção de um ambiente de promoveu 11 edições bienais da Feira Inter-
trabalho saudável e produtivo. nacional de Materiais, Equipamentos e Ser-
viços da Construção (Ficons). Lançado em
Entre as iniciativas adotadas pela entidade, 1998, o maior evento da construção do Norte
destaque para a Campanha de Prevenção de e Nordeste reúne multinacionais, grandes in-
Acidentes de Trabalho, que desde 1997 obje- dústrias nacionais, líderes regionais e peque-
tiva melhorar as condições de trabalho nos nas empresas que buscam se apresentar ao
canteiros de obras do estado. A mobilização mercado. As edições mais recentes reuniram
contra acidentes se dá com análises in loco aproximadamente 400 marcas, 200 exposito-
das condições de segurança, com registro de res e 30 mil visitantes de 22 estados.
irregularidades e pontos críticos que deman-
dam correção e medidas de controle. Pales- Na busca pela qualidade total, o Sinduscon-
tras educativas completam a campanha para -PE percebeu a necessidade de estruturar o
conscientização de gestores, colaboradores, setor por meio da formação de indicadores
engenheiros e sociedade. como parâmetro para as atividades do seg-
mento.
Outra ação de relevância é o Movimento Vida
Sustentável, cujo histórico remete a 2002, Entre as medidas, estão o Custo Unitário
com a publicação da Resolução nº 307 do Básico do setor construtivo e a Pesquisa de
Conselho Nacional do Meio Ambiente (Cona- Indicadores de Velocidade de Vendas, cujo
ma), relativa à política de gestão de resíduos. objetivo é gerar índices que permitam acom-
Para discutir formas de viabilizar métodos, panhar o desempenho da comercialização de
práticas e soluções alinhadas aos princípios imóveis.
da sustentabilidade ambiental, econômica,
social e cultural nos empreendimentos, o A instituição acompanha ainda o processo
Sinduscon-PE deu início a uma intensa pro- de aperfeiçoamento do Sistema Nacional de
gramação de debates e cursos. A iniciativa Pesquisa de Custos e Índices da Construção
contou com a participação de empreendedo- Civil (Sinapi).
res, construtores, órgãos públicos municipais
e estaduais, Ministério Público, universidades
e entidades de apoio, como Senai e Sebrae.
128 LÁUREA AO MÉRITO 2019

Mudanças de métodos construtivos, tendên- Em âmbito nacional, o sindicato tem dado


cias e avanços tecnológicos estão na pauta importante contribuição em reuniões na
do sindicato, como sinaliza o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Constru-
entidade, eng. civ. José Antonio Alvarez de ção (CBIC) realizadas em Brasília, no Rio de
Lucas Simón. “A indústria da construção civil Janeiro e em São Paulo, como exemplifica
vem passando nas últimas décadas por in- José Simón. “Inclusive com convite de profis-
tensas mudanças, com grande enfoque na sionais da entidade para participar como pa-
racionalização dos processos, redução de im- lestrantes de eventos da Câmara nas demais
pactos ambientais e busca da qualidade das capitais do país, a fim de apresentar cases de
obras e serviços de Engenharia entregues à sucesso do Sinduscon-PE. Entre esses cases,
sociedade. O conceito idealizado para deter- estão os trabalhos de atualização do Sinapi e
minados tipos de obras, como usabilidade, a produção de indicadores nas áreas de mer-
durabilidade e atendimento às demandas e cado imobiliário”.
necessidades dos seus usuários, vem sendo
alvo de discussões permanentes, muitas de- A honraria do Mérito 2019 do Sistema Con-
las promovidas pelo próprio Sinduscon-PE”. fea/Crea e Mútua chega como reconheci-
mento de toda essa atuação do sindicato.
A partir de informações colhidas nos fóruns “Recebemos com grande satisfação a home-
de debate promovidos periodicamente pela nagem desta instituição, a qual enxergamos
entidade, como a Ficons e os encontros do como um forte sinal de que o Sinduscon-PE
Movimento Vida Sustentável, são gerados do- segue por um caminho correto, no sentido
cumentos e estudos, os quais são entregues de contribuir para o crescimento do setor
aos players competentes, sejam eles públicos construtivo e melhoria da qualidade de vida
ou da iniciativa privada. da sociedade como um todo”, agradece o pre-
sidente Simón.
130 LÁUREA AO MÉRITO 2019

LIVRO
LÁUREA
AO MÉRITO
INSCRITOS 2019
LÁUREA AO MÉRITO 2019 131

Contém o presente livro 95 páginas numeradas seguidamente de 1 a 95 e


servirá de Livro do Mérito nº 1, criado pela Resolução nº 118, de 11 de novembro
de 1958, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia*, e com sede no
Ministério do Trabalho, 12º andar, Sala 1.249, no qual serão inseridos os nomes
dos engenheiros e agrônomos de notável mérito já falecidos. O presente termo
vai assinado pelo presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia*,
Dr. Adolfo Morales de los Rios Filho.

Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1958.

Adolfo Morales de los Rios Filho


Presidente

*SUPRIMIDO O TERMO “ARQUITETURA” EM FUNÇÃO DA LEI Nº 12.378/2010, QUE CRIOU O CONSELHO


DE ARQUITETURA E URBANISMO.

387. Eng. Civ. Arivaldo Gomes da Mota


388. Eng. Civ. Cássio Bittencourt Macedo
389. Eng. Civ. Dirceu Victor Gomes de Hollanda
390. Eng. Civ. e Eng. Mec. e Eng. Eletric. Eddo Hallenius de Azambuja Bojunga
391. Eng. Civ. Everaldo de Oliveira Castro
392. Eng. Civ. e Seg. Trab. Gilson Arimura Arima
393. Eng. Civ. Joaquim Correia Xavier de Andrade Filho
394. Eng. Ftal. Jorge Alberto Müller
395. Eng. Eletric. José Chacon de Assis
396. Eng. Mec. José Geraldo Trani Brandão
397. Eng. Civ. José Gustavo Rios Fayad
398. Eng. Civ. Mário Tadachi Yonekura
132 LÁUREA AO MÉRITO 2019

GALARDOADOS
COM A
MEDALHA
DO MÉRITO
2019
LÁUREA AO MÉRITO 2019 133

Livro de Ouro, instituído pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, a fim


de registrar os nomes dos galardoados com a Medalha do Mérito da Engenharia
e da Agronomia, criada pela Resolução nº 118, de 11 de dezembro de 1958.

504. Eng. Minas e Metal. Ailton Carlos Drummond de Oliveira


505. Eng. Eletric. Alair Gomes Camargo
506. Eng. Civ. Asher Kiperstok First
507. Eng. Agr. Edimilson Machado de Almeida
508. Eng. Civ. Flávio José Cavalcanti de Azevedo
509. Eng. Civ. Francisco Suetônio Bastos Mota
510. Geol. Guilherme de Oliveira Estrella
511. Eng. Agr. José Augusto Silva Oliveira
512. Eng. Civ. Mário de Oliveira Antonino
513. Eng. Mec. Miguel Abuhab
514. Eng. Civ. Telmo Brentano
515. Eng. Agr. Wagner Bettiol
134 LÁUREA AO MÉRITO 2019

COMPOSIÇÃO
PLENÁRIO
DO CONFEA
LÁUREA AO MÉRITO 2019 135

Eng. Civ. André Luiz Schuring

Eng. Agr. Annibal Lacerda Margon – Titular


Eng. Agr. José Augusto de Toledo Filho - Suplente

Eng. Mec. Carlos de Laet Simões Oliveira – Titular


Eng. Mec. Virginio Augusto do Nascimento - Suplente

Eng. Civ. Carlos Eduardo de Vilhena Paiva – Titular


Eng. Civ. Carlos Eduardo de Souza – Suplente

Eng. Eletric. Edson Alves Delgado - Titular


Eng. Eletric. Ricardo Nogueira Magalhães – Suplente

Eng. Agr. Evandro José Martins - Titular


Eng. Ftal. Jackson Luiz Jarzynski - Suplente

Eng. Eletric. Inarê Roberto Rodrigues Poeta e Silva - Titular


Eng. Eletric. Francisco José Fernandes Arruda – Suplente

Eng. Agr. João Bosco de Andrade Lima Filho – Titular


Eng. Agr. Laerte Marques da Silva – Suplente

Eng. Eletric. Jorge Luiz Bitencourt da Rocha

Eng. Ftal. Laércio Aires dos Santos – Titular


Eng. Ftal. Edmar da Silva Lopes Filho - Suplente

Eng. Agr. Luiz Antonio Corrêa Lucchesi – Titular


Eng. Agr. Adriel Ferreira da Fonseca - Suplente

Eng. Civ. Marcos Luciano Camoeiras Gracindo Marques - Titular


Eng. Civ. Eurico Sobrinho de Almeida – Suplente

Eng. Eletric. Modesto Ferreira dos Santos Filho – Titular


Eng. Eletric. Railton da Costa Salústio - Suplente

Eng. Civ. Osmar Barros Júnior - Titular


Eng. Civ. Enid Brandão Carneiro Drumond – Suplente

Eng. Civ. Ricardo Augusto Mello de Araújo – Titular


Eng. Civ. Marcio Henrique Rodrigues de Oliveira – Suplente

Eng. Mec. Ronald do Monte Santos - Titular


Geol. Jaime da Paz Filho – Suplente

Geol. Waldir Duarte Costa Filho – Titular


Eng. Mec. Ernando Alves de Carvalho Filho - Suplente

Eng. Prod. Mec. Zerisson de Oliveira Neto – Titular


Geol. Oswaldo de Araujo Costa Filho - Suplente
136 LÁUREA AO MÉRITO 2019

PRESIDENTES
DE CREAS
MANDATO: 2018-2020
LÁUREA AO MÉRITO 2019 137

CREA - AC Eng. Agr. Carminda Luzia Silva Pinheiro


CREA - AL Eng. Civ. Fernando Dacal Reis
CREA - AM Eng. Civ. Afonso Luiz Costa Lins Júnior
CREA - AP Eng. Civ. Edson Kuwahara
CREA - BA Eng. Civ. Luis Edmundo Prado de Campos
CREA - CE Eng. Civ. Emanuel Maia Mota
CREA - DF Eng. Civ. Maria de Fátima Ribeiro Có
CREA - ES Eng. Civ. Lúcia Helena Vilarinho Ramos
CREA - GO Eng. Agr. Francisco Antônio Silva de Almeida
CREA - MA Eng. Eletric. Berilo Macedo da Silva
CREA - MG Eng. Civ. Lúcio Fernando Borges
CREA - MS Eng. Agr. Dirson Artur Freitag
CREA - MT Eng. Agr. João Pedro Valente
CREA - PA Eng. Civ. Carlos Renato Milhomem Chaves
CREA - PB Eng. Civ. Antônio Carlos de Aragão
CREA - PE Eng. Civ. Evandro de Alencar Carvalho
CREA - PI Eng. Agr. Raimundo Ulisses de Oliveira Filho
CREA - PR Eng. Civ. Ricardo Rocha de Oliveira
CREA – RJ Eng. Eletric. e de Seg. do Trab. Luiz Antônio Cosenza
CREA - RN Eng. Civ. Ana Adalgisa Dias Paulino
CREA - RO Eng. Ftal. Carlos Antonio Xavier
CREA - RR Eng. Agr. Wolney Costa Parente Júnior
CREA - RS Eng. Civil e de Seg. Trab. Alice Helena Coelho Scholl
CREA - SC Eng. Agr. Ari Geraldo Neumann
CREA - SE Eng. Agr. Arício Resende Silva
CREA - SP Eng. Telecom. Vinícius Marchese Marinelli
CREA - TO Eng. Civ. Marcelo Costa Maia
138 LÁUREA AO MÉRITO 2019

INSCRIÇÃO NO LIVRO DO MÉRITO, 1958 - 2018

Transcrição do Termo de Abertura do Livro de Ouro

Contém o presente livro 95 folhas numeradas seguidamente de 1 a 95 e servirá de Livro do


Mérito nº 1, criado pela Resolução nº 118, de 11 de novembro de 1958, do Conselho Federal
de Engenharia e Arquitetura*, com sede no Ministério do Trabalho, 12º andar, sala 1.249, no
qual serão inseridos os nomes dos engenheiros e arquitetos de notável mérito já falecidos. O
presente termo vai assinado pelo presidente do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura*
Dr. Adolfo Morales de los Rios Filho.

Rio de Janeiro, 11 de novembro de 1958.


Adolfo Morales de los Rios Filho - Presidente

Ano 1958
1. Engenheiro José Maria da Silva Paranhos (Visconde do Rio Branco)
2. Engenheiro Alfredo D’Escragnolle Taunay (Visconde de Taunay)
3. Engenheiro André Rebouças
4. Engenheiro Francisco Pereira Passos
5. Engenheiro Luiz Rafael Vieira Souto
6. Engenheiro Carlos de Oliveira Sampaio
7. Engenheiro Henrique Novais
8. Engenheiro Ernesto da Cunha de Araújo Viana
9. Engenheiro Francisco Bicalho
10. Engenheiro Honório Bicalho
11.Engenheiro Lisymaco Ferreira da Costa
12. Engenheiro Gumercindo de Oliveira Penteado
13. Engenheiro Rubens Pereira Reis de Andrade
14. Engenheiro Isac Pereira Garcez
15. Engenheiro José Américo da Costa
16. Engenheiro João Gualberto Marques Porto
17. Engenheiro Américo Furtado de Simas
18. Engenheiro Theodomiro Carneiro Santiago
19. Engenheiro Arão Reis
20. Engenheiro Henrique Morize
21.Engenheiro Fernando César D’Andrada
22.Engenheiro Leonardo de Siqueira Barbosa Arcoverde
23. Engenheiro Manuel Antonio de Moraes Rêgo
24. Engenheiro João Ortiz Monteiro
25. Engenheiro Andriano Goulin
26. Engenheiro Dulcído de Almeida Pereira
27. Engenheiro Ranulpho Pinheiro Lima
28. Engenheiro Mário Machado
29. Brigadeiro e Engenheiro José Custódio de Sá e Faria
30. Brigadeiro e Engenheiro Francisco José Roscio
31. Mal. Campo, Cons. e Engenheiro Pedro de Alcântara Bellegarde
LÁUREA AO MÉRITO 2019 139

32. Mal. Campo e Engenheiro José Soares de Andreia (Barão de Caçapava)


33. Cel. e Engenheiro Conrado Jacob de Niemeyer
34. Engenheiro Naval Carlos Braconnot
35. Engenheiro Naval Napoleão Level
36. Arquiteto Antonio Francisco Lisboa (O Aleijadinho)
37. Arquiteto Valentim da Fonseca e Silva (Mestre Valentim)
38. Arquiteto Auguste Henri Victor Grandjean de Montigny
39. Arquiteto Joaquim Candido Guillobel
40. Arquiteto Francisco Joaquim Bethencourt da Silva
41. Arquiteto José Maria Jacinto Rebelo
42. Arquiteto Domingos Monteiro
43. Arquiteto Monteiro Caminhoá
44. Arquiteto Adolfo Morales de los Rios (pai)
45. Arquiteto Heitor de Mello
46. Arquiteto Attilio Corrêa Lima
47.Arquiteto Roberto Magno de Carvalho
48. Arquiteto Victor Durbugras
49. Arquiteto Ricardo Severo
50.Arquiteto Alexandre de Albuquerque
51. Arquiteto Carlos Quirino Simões
52. Arquiteto Raul Lessa de Saldanha da Gama
53. Arquiteto Pedro Paulo Bernardes Bastos
54. Arquiteto Antonio Severo

Ano 1959
55. Engenheiro João Moreira Garcez
56. Engenheiro Raul Zenha de Mesquita
57. Engenheiro Antonio Augusto de Barros Penteado
58. Engenheiro Civil e Militar Plínio Alves Monteiro Tourinho

Ano 1960
59. Engenheiro Eletricista Walter Moura
60. Engenheiro Arquiteto Renato Moreira Rebecchi
61. Engenheiro Eletricista e Mecânico Arthur Alberto Werneck

Ano 1961
62. Engenheiro Geógrafo Leonardo Barbosa de Siqueira Arcoverde

Ano 1962
63. Engenheiro Lauro Müller
64. Engenheiro Hercílio Luz
65. Engenheiro Emílio Baumgart
66. Engenheiro Luiz Nunes
67. Engenheiro Moacyr Monteiro Avidos
68. Engenheiro Oscar Weinschenck
69. Engenheiro Gal. Silvio Raulino de Oliveira
140 LÁUREA AO MÉRITO 2019

70.Engenheiro Domingos da Silva Ferreira


71. Engenheiro Antonio Alves de Noronha
72. Engenheiro Jerônimo Monteiro Filho
73. Engenheiro Alberto Ildefonso Erichsen
74. Engenheiro Francisco Gallotti
75. Engenheiro Antonio Belisário Távora

Ano 1964
76. Engenheiro Lourenço Baeta Neves
77. Engenheiro Luiz de Barros Freire
78. Engenheiro João Cordeiro da Graça Filho
79. Arquiteto Marcelo Roberto
80. Arquiteto Afonso Eduardo Reidy
81. Engenheiro Carlos Gomes de Souza Shalders
82. Engenheiro Civil João Ortiz Monteiro
83. Engenheiro Marcelo Neves Moreli
84. Engenheiro Geógrafo Leonardo de Siqueira Barbosa Arcoverde

Ano 1965
85. Engenheiro Civil Janot Pacheco

Ano 1991
86. Arquiteto Edgar Albuquerque Graeff
87. Arquiteto Roberto Benedetti

Ano 1992
88. Engenheiro Civil e Sanitarista Villar Fiúza da Câmara
89. Engenheiro Agrônomo Augusto Ruschi

Ano 1993
90. Engenheiro Civil Pedro Viriato Parigot de Souza

Ano 1994
91. Engenheiro Agrônomo Raul Tuliatto
92. Engenheiro Civil José Carlos Figueiredo Ferraz
93. Arquiteto Eduardo Augusto Knesse Mello
94. Engenheiro Agrimensor José Emigelio de Vasconcellos
95. Engenheiro Agrônomo José Guimarães Duque

Ano 1995
96. Engenheiro Civil Lysimaco Ferreira da Costa
97. Engenheiro de Operação Mecânico Pedro Robin
98. Engenheiro Agrônomo Osiris Colaine
99. Engenheiro Agrônomo Mário Decourt Homem de Mello
100. Engenheiro Agrônomo Luiz Carlos de Campos Bicudo
101. Engenheiro Agrônomo José Delfim Canatieri
LÁUREA AO MÉRITO 2019 141

102. Engenheiro Químico José Carlos Campana Gerez


103. Engenheiro Agrônomo João Pacheco Chaves
104.Engenheiro Agrônomo Jacob Cosello
105. Engenheira Agrônoma Dirce Bissolli Ortolani
106. Engenheiro Agrônomo e Civil Benedito Zanini
107.Engenheiro Civil Astrogildo Renato Decchiatti
108.Engenheiro Civil Antonio Moliterno
109.Engenheiro Agrônomo Alfredo Saad
110. Engenheiro Agrônomo Sylas Oswaldo Pacitti
111. Engenheiro Arquiteto Aníbal Martins Clemente
112. Arquiteta Mayumi Watanabe de Souza Lima
113. Engenheiro Arquiteto Francisco de Frias da Mesquita
114. Engenheiro Civil Murillo Lopes de Souza
115. Engenheiro Civil Raymundo José D’araújo Costa
116. Engenheiro Civil Edmundo Régis Bittencourt
117. Engenheiro Civil Luiz Onofre Pinheiro Guedes

Ano 1996
118. Engenheiro Lycio Grein de C. Vellozo
119. Arquiteto Júnio Oscar Giestas Ribeiro
120. Engenheiro Agrônomo Prisco Bezerra
121. Engenheiro Químico e Sanitarista Alvino Genda
122.Engenheiro Civil Décio Leal Zagottis
123. Engenheiro Agrônomo José Gomes da Silva
124. Engenheiro de Minas José Luiz Beraldo
125. Engenheiro Civil Luiz A. Falcão Bauer
126. Engenheiro Químico Mário Bruno Capuani
127. Engenheiro Agrônomo Ney Bittencourt de Araújo
128. Engenheiro Civil Paulo Sampaio Wilken
129. Engenheiro de Alimentos João Forster
130. Arquiteto Walter Logatti
131. Engenheiro de Pesca Heleno Armando

Ano 1997
132. Engenheiro Agrônomo Celso Luiz Hemerly Peixoto
133. Engenheiro Civil Dido Fontes de Faria Brito
134. Engenheiro Civil Harry Freitas Barcellos
135. Engenheiro Eletricista Jadihel José de Almeida Carvalho
136. Engenheiro Civil José Justino Castilho
137. Engenheiro Civil Marcos Antônio Assis Fleming
138. Engenheiro Industrial e Sanitarista Nelson Vieira de Vasconcelos
139. Engenheiro Agrônomo Renato de Pinho Pereira

Ano 1998
140. Engenheiro Agrônomo Aroldo Frenzel
141. Engenheiro de Minas e Civil Francisco Moacyr de Vasconcelos
142 LÁUREA AO MÉRITO 2019

142. Engenheiro Agrônomo Saul Rocha


143. Engenheiro Agrônomo Djalma Burigo Faraco
144. Engenheiro Agrônomo Otávio Tisseli Filho
145. Engenheiro Agrônomo Amaro José do Rego Pereira
146. Engenheiro Agrônomo Aldemário Cavalcanti Nogueira
147. Arquiteto Delfim Fernandes Amorim
148. Arquiteto Lúcio Costa
149. Engenheiro Civil Eunápio Peltier de Queiroz
150. Engenheiro Civil Serafim Rodriguez Martinez

Ano 1999
151. Arquiteta Olga Verjovsky
152. Arquiteto Carlos Nelson Ferreira dos Santos
153. Engenheira Civil Alcina Koenow Pinheiro
154. Arquiteto Diógenes de Almeida Rebouças
155. Engenheiro Civil Fernando Cysneiros
156. Engenheiro Mecânico Cledir Clemente Farias
157. Engenheiro Eletricista Luiz Verano
158. Engenheiro Civil e Sanitarista Luiz Romeiro Silva
159. Engenheiro Civil Marcelo Cabral de Andrade
160. Arquiteto Jayme Kerbel Golubov
161. Engenheiro Civil Breno Marcondes Silva
162. Engenheiro Agrônomo Geraldo Luiz de Souza
163. Engenheiro Agrônomo Adelmário Cavalcante Nogueira

Ano 2000
164. Engenheira Agrimensora Elizabeth Guedes
165. Engenheiro de Minas, Metalurgista e Civil Josalfredo Borges
166. Engenheiro Civil Eurico Ribeiro
167. Engenheiro Químico Eugênio Bernardo Enrico Gabellini
168. Engenheiro Agrônomo José Rolim Lamas
169. Engenheiro de Minas e Metalurgista Paulo Abib Andery
170. Engenheiro Agrônomo João Mendes Olímpio de Melo

Ano 2001
171. Engenheiro Químico Cézar Wagner de Almeida Thober
172. Engenheiro Civil Euro Brandão
173. Engenheiro Civil e Eletricista Ernani da Motta Rezende
174. Arquiteta e Urbanista Maria Elisa Meira Canedo
175. Engenheiro Civil Antônio Carlos Queiroz Mascarenhas
176. Engenheiro Civil José Fernando de Melo Rodrigues
177. Engenheiro Civil Lúcio Antônio Thomaz
178. Arquiteto Jurandir Santana Nogueira
179. Engenheiro Eletricista e Mecânico José Nogueira Leite
180. Engenheiro Civil Rubens Paes de Barros Filho
181. Engenheiro Civil Antão Luiz de Melo
182. Engenheiro Civil Arlindo José Amorim Pontual
LÁUREA AO MÉRITO 2019 143

Ano 2002
183. Engenheiro Agrônomo Alexandre Von Pritzelwitz
184. Engenheiro Civil Darcy Aleixo Derenusson
185. Arquiteto Eduardo Corona
186. Engenheiro Civil Fernando Luiz Lobo Barboza Carneiro
187. Engenheiro Civil e Eletricista Hélio Mello de Almeida
188. Engenheiro Agrônomo João da Cruz Filho
189. Engenheiro Arquiteto Jorge Félix de Souza
190. Engenheiro Civil e Industrial José Guerreiro Júnior
191. Engenheiro Civil e Sanitarista José Roberto de A. P. do Rego Monteiro
192. Engenheiro Civil Ramiro Fernandes Maia Neto
193. Engenheiro Civil Roberto Rossi Zuccolo
194. Engenheiro Mecânico Eletricista Rubens Dário Fuchs

Ano 2003
195. Arquiteta Achillina Bo Bardi
196. Engenheiro Arquiteto Adolfo Morales de los Rios Filho
197. Engenheiro Civil Amyntas de Lemos
198. Engenheiro Civil e Industrial Antônio Carlos Barbosa Teixeira
199. Engenheiro Civil Dulphe Pinheiro Machado
200. Engenheiro Civil Flávio Suplicy de Lacerda
201. Engenheiro Civil Henrique Pereira Neto
202. Engenheiro Agrônomo Henrique Pimenta Veloso
203. Engenheiro Civil José Americano da Costa
204. Engenheiro Civil Lauro de Andrade Borba
205. Técnico em Edificações Luiz Renato Xavier de Miranda

Ano 2004
206. Engenheiro Florestal Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho Amélio
Botelho de Almeida
207. Engenheiro Mecânico e Eletricista Francisco Romeu Landi
208. Engenheiro de Operação Habilitação em Mecânica de Máquinas Especialista em
Engenharia de Segurança do Trabalho Gilberto Piazza
209. Engenheiro de Minas Gildo de Araújo Sá Cavalcanti de Albuquerque
210. Engenheiro Eletricista Gilio Aluisio Simone
211. Arquiteto Gustavo Gama Monteiro
212. Engenheiro Civil Harry de Freitas Barcelos
213. Engenheiro Civil José de Andrade Morais
214. Geógrafa Lysia Maria Cavalcanti Bernardes
215. Engenheiro Civil Mário Jaime dos Reis Vila Verde
216. Engenheira Agrônoma Nádia Helena Schmidt Galvani
217. Engenheiro-Arquiteto Pedro Demosthenes Rache
218. Engenheiro-Arquiteto Roberto Cerqueira César

Ano 2005
219. Engenheiro Civil Jones dos Santos Neves Filho
220. Engenheiro Civil Mário Duarte da Costa
144 LÁUREA AO MÉRITO 2019

221. Engenheiro Agrônomo Arnaldo Estevão de Figueiredo


222. Arquiteto Onaldo Pinto de Oliveira
223. Engenheiro Civil Ronaldo Mayrhofer
224. Técnico em Eletrônica Sérgio Luiz Chautard
225. Engenheiro e Arquiteto Ernani Mendes de Vasconcellos
226. Engenheiro Civil Carlos Espinheira de Sá
227. Engenheiro Civil e Geógrafo Octávio Reis de Cantanhede Almeida
228. Engenheiro Agrônomo José Eduardo de Siqueira Ferreira Anzaloni
229. Engenheiro Civil Raimundo Adolfo
230. Engenheiro Civil Celso Mello de Azevedo
231. Engenheiro Civil Agamenon Nogueira Nobre

Ano 2006
232. Inventor e Aeronauta Alberto Santos Dumont
233. Engenheiro Civil Armando Vieira
234. Engenheiro Agrônomo Bernardo Sayão Carvalho de Araújo
235. Geólogo Eduardo Camilher Damasceno
236. Arquiteto Elvan Silva
237. Engenheira Civil Enedina Alves Marques
238. Engenheiro Eletricista Hélio Creder
239. Engenheiro Civil Maurício Domingues Coutinho
240. Arquiteto Rafael Hardy Filho
241. Engenheiro Civil Risaldo Carneiro Raposo
242. Arquiteto Rubens Gil de Camillo
243. Engenheiro Civil Sátyro Pohl Moreira de Castilho
244. Engenheiro Civil Sérgio Marques de Sousa

Ano 2007
245. Engenheiro Agrônomo e de Segurança do Trabalho Aidar Vagner Dall’Oca
246. Arquiteto Antônio Pedro Gomes de Alcântara
247. Engenheiro Agrônomo Antônio Yoshio Kishino
248. Técnico Industrial em Eletrotécnica Arlindo Paiva
249. Engenheiro Civil Arthur Eugênio Jermann
250. Engenheiro Aeronáutico Casimiro Montenegro Filho
251. Engenheiro Agrônomo Clibas Vieira
252. Engenheira Civil Heloísa Fraenkel
253. Engenheiro Florestal Juarez Martins Hoppe
254. Geólogo Marinho Alves da Silva Filho
255. Arquiteto Nauro Jorge Esteves
256. Engenheiro Civil Raul de Azevedo Macedo
257. Engenheiro Civil Renato Maranhão Ayres

Ano 2008
258. Engenheiro Civil Moshé Gruberger
259. Engenheiro e Arquiteto Alceglan Saldanha Monteiro da Silva
260. Engenheiro Agrônomo Jienlin Wong
LÁUREA AO MÉRITO 2019 145

261. Arquiteto Edson Ueda


262. Engenheiro Civil Ottomar de Souza Pinto
263. Arquiteto Daniel Geraldo Gomes de Hollanda
264. Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon
265. Arquiteto José Albano Volkmer
266. Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Luiz Maffessoni Neto
267. Engenheiro Químico Izrael Mordka Rozenberg
268. Arquiteto Jorge Osvaldo Caron
269. Engenheiro de Minas e Metalurgista José Epitácio Passos Guimarães
270. Vítimas do Acidente Ocorrido no Centro de Lançamento de Satélite – Alcântara – Maranhão
(Engenheiro Eletrônico Amintas Rocha Brito, Engenheiro Eletricista Antônio Sérgio Cezarini,
Engenheiro Mecânico Carlos Alberto Pedrini, Engenheiro Mecânico César Augusto Costalonga
Varejão, Engenheiro Mecânico Eliseu Reinaldo Moraes Vieira, Engenheiro Eletrônico Gines
Ananias Garcia, Engenheiro Eletrônico José Pedro Claro Peres da Silva, Engenheiro Mecânico
Luís Primon de Araújo, Engenheiro Mecânico Mário César de Freitas Levy, Engenheiro Mecânico
Maurício Biella de Souza Valle, Engenheiro Tecnologista Roberto Tadashi Seguchi, Mecânico
de Aeronaves Daniel Faria Gonçalves, Técnico em Eletrônica José Eduardo Pereira, Técnico
Mecânico Massanobu Shimabukuro, Técnico Mecânico de Manutenção Rodolfo Donizetti de
Oliveira, Técnico Eletrônico Sidney Aparecido de Moraes, Técnico Eletrônico Walter Pereira
Júnior, Técnico Auxiliar em Ciência e Tecnologia José Aparecido Pinheiro, Técnico Espacial Jonas
Barbosa Filho, Cinegrafista José Eduardo de Almeida, Cinegrafista Gil César Baptista Marques)

Ano 2009
271. Engenheiro Civil, Mecânico e Eletricista Alberto Tavares Silva
272. Engenheiro Civil e Mecânico-Eletricista Hermann Cláudio Bojunga
273. Engenheiro de Minas e Civil Israel Pinheiro da Silva
274. Engenheiro Civil e Eletrotécnico João Navarro Saggioro
275. Engenheiro Eletricista Jonas de Aguiar
276. Engenheiro Civil José Moacy Lins Albuquerque
277. Engenheiro Civil Leônidas Pereira Mendes
278. Engenheiro Agrônomo Marcos Vilela Lemos
279. Engenheiro Cartográfico Moysés Castello Branco Filho
280. Arquiteto Ubirajara Galvão
281. Engenheiro Civil Walter Martins Ferreira Filho

Ano 2010
282. Engenheiro Eletricista Carlos Faria Ribeiro
283. Engenheiro Civil Dante Martins de Oliveira
284. Delmiro Augusto da Cruz Gouveia – Menção Honrosa
285. Geólogo Elias Carneiro Daitx
286. Engenheiro Civil Jaime Anastácio Verçosa
287. Engenheiro Mecânico João Galdino de Alencar Filho
288. Engenheiro Civil José de Almendra Freitas Neto
289. Engenheiro Mec. e Eletric. João Augusto Conrado do Amaral Gurgel
290. Arquiteto Lucídio Guimarães Albuquerque
291. Arquiteto Osíris Souza Rocha
146 LÁUREA AO MÉRITO 2019

292. Engenheiro de Minas Othon Sá Castanho


293. Engenheiro Florestal Valmir Souza de Oliveira

Ano 2011
294. Engenheiro Civil Vasco Azevedo Neto
295. Engenheiro Agrônomo Joel Cecílio
296. Engenheiro Eletricista Marcelo Muniz da Silva
297. Engenheiro Civil Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque
298. Engenheiro Civil José Camilo Gomes de Brito
299. Engenheiro Civil Armando Martins Pereira
300. Engenheiro Civil e Metalúrgico Heitor Manoel Pereira
301. Engenheiro Agrônomo Dorval de Magalhães
302. Engenheiro Civil, Mec. e Eletric. Antônio Carlos Pereira de Souza
303. Engenheiro Mecânico José Antônio Chagas
304. Arquiteto e Urbanista Célio Pimenta
305. Engenheira Civil Mariza Vianna Ballariny

Ano 2012
306. Engenheiro Civil Eliseu Resende
307. Engenheiro Civil Etelvino de Oliveira Freitas
308. Engenheiro Guilherme Schuch (Barão de Capanema)
309. Engenheira Florestal Jeanine Maria Felfili Fagg
310. Engenheiro Civil João Francisco Leite Vieira
311. Engenheiro Civil José Lino da Silveira Filho
312. Engenheiro Agrônomo Loreno Covolo
313. Engenheiro Agrônomo Moacir Micheletto
314. Engenheiro de Minas, Civil e Metalurgista Oton Nascimento
315. Técnico em Agrimensura Ramis Bucair
316. Engenheiro Eletricista e Aeronáutico Romeu Corsini
317. Engenheiro Agrônomo Silvio Thadeu de Menezes

Ano 2013
318. Engenheiro Civil e Químico Américo Maia de Vasconcelos Neto
319. Engenheiro Agrônomo Arlindo de Paula Gonçalves
320. Engenheiro Civil Celso Luis Rodrigues
321. Engenheiro Mecânico Francisco Peregrino de A. Montenegro Neto
322. Engenheiro Mecânico e Eletricista Fulvio Celso Petracco
323. Engenheiro Eletricista e Mecânico Joel Mendes Pinto
324. Engenheiro Eletricista José Ribeiro de Souza
325. Engenheiro Industrial Leon Herszon
326. Engenheiro Militar Luiz Carlos Prestes
327. Geóloga Maria da Glória da Silva
328. Engenheiro Agrônomo Ruy Schardong

Ano 2014
329. Engenheiro Civil, Industrial-Química e de Seg. Trab. Antônio Carlos Barbosa Teixeira
LÁUREA AO MÉRITO 2019 147

330. Engenheiro Civil Arnaldo Augusto Setti


331. Engenheiro Mec. e de Segurança do Trabalho Arnóbio Santiago Lopes
332. Engenheiro Eletricista e Mecânico-Eletricista Ernani Villar
333. Engenheiro Agrônomo Ivo Martins Cezar
334. Geólogo João Henrique Grossi Sad
335. Engenheiro Agrimensor e Técnica em Agrimensura José Sérgio Pahor
336. Engenheiro Civil e Geógrafo Luís Mendes Ribeiro Gonçalves
337. Engenheiro Civil Omar Grant O’Grady
338. Engenheiro Civil Wilson Aita
339. Engenheiro Agrônomo Zaqueu Machado de Almeida

Ano 2015
340. Engenheira Civil Andrea Sell Dyminski
341. Engenheiro Metalurgista Antônio Ermírio de Moraes
342. Engenheiro Civil e Eletricista Antonio José da Costa Nunes
343. Engenheiro Civil Arlindo Coelho Fragoso
344. Engenheiro Civil Ayrton Egídio Mattos Brandão
345. Engenheiro Civil Emílio Façanha Mamede Neto
346. Engenheiro Agrônomo Emmanuel Franco
347. Engenheiro Agrônomo Ésio do Nascimento e Silva
348. Engenheiro Civil Francisco Assis Portela
349. Engenheiro Agrônomo José Messias Miranda
350. Engenheiro Civil Quidauguro Marino Santos da Fonseca
351. Engenheiro Eletricista Telmo Silva de Araújo

Ano 2016
352. Engenheiro Ind. Mec. e de Seg.Trab. Carlos Alberto Garcia
353. Engenheiro Geógrafo Ernani do Amaral Peixoto
354. Geólogo Hélio Macedo de França
355. Geógrafo Ivan Fernandes Lima
356. Engenheiro Civil Ivo Mendes Lima
357. Engenheiro Agrônomo Nilo Ferreira Romero
358. Engenheiro Florestal Omar Daniel
359. Engenheiro Civil Paulo Barreto de Menezes
360. Geólogo Sandoval da Silva Pinheiro
361. Engenheiro Civil Tárcio Primo Belém Barbosa
362. Engenheiro Civil Theodoro Fernandes Sampaio

Ano 2017
363. Engenheiro Eletricista - Eletrônica Adalziro Antonio de Souza Duarte
364. Engenheiro de Minas e Metalurgista Afonso Célio Pereira Guerra
365. Engenheiro Civil Benedito Torquato de Oliveira
366. Engenheiro Civil Carlos Takashi Sasai
367. Engenheiro Agrônomo Dario Minoru Hiromoto
368. Engenheiro Civil Edmilson Fonseca
369. Engenheiro Químico Elcio Judá de Oliveira Assayag
148 LÁUREA AO MÉRITO 2019

370. Engenheiro Civil Elthon Thomé Gomez


371. Engenheiro Civil Francisco de Assis Resende
372. Engenheiro Civil José de Medeiros Machado
373. Engenheiro Agrônomo José Trindade
374. Engenheiro de Operação - Eletrônica Moacir Fogaça

Ano 2018
375. Eng. Mecânico Alberto Leite Barbosa Belchior
376. Eng. Civil Alfredo Nimer
377. Eng. Civil Almir Campos de Almeida Braga
378. Eng. Civil Antônio Mário Mafra
379. Eng. Civil Bolbi Miranda do Nascimento
380. Eng. Eletricista Carlos Van
381. Eng. Mecânico Euclides de Oliveira Leite
382. Eng. Civil Horácio Lucateli Costa Brasil
383. Eng. Químico João José Bigarella
384. Eng. Civil Joffre Mozart Parada
385. Eng. Civil José D’Arimatéa Fernandes
386. Eng. Civil Olavo Fontana Arantes

(*) Com a Lei 12.378, de dezembro de 2010, os arquitetos se desligaram do Sistema Confea/
Crea e Mútua

GALARDOADOS COM A MEDALHA DO MÉRITO, 1958 - 2018

Transcrição do Termo de Abertura do Livro de Ouro

Livro de Ouro, instituído pelo Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura, a fim de registrar
os nomes dos galardoados com a Medalha do Mérito da Engenharia e Arquitetura, criada pela
Resolução nº 118, de 11 de dezembro de 1958.

Ouro – 11/12/1958
1. Dr. Juscelino Kubitschek de Oliveira (Presidente da República)
2. Engenheiro Dr. Octávio Marcondes Ferraz
3. Arquiteto Dr. Lúcio Costa

Prata – 11/12/1958
4. Crea 1ª Região
5. Crea 2ª Região
6. Crea 3ª Região
7. Crea 4ª Região
LÁUREA AO MÉRITO 2019 149

8. Crea 5ª Região
9. Crea 6ª Região
10. Crea 7ª Região
11. Crea 8ª Região
12. Crea 9ª Região
13. Crea 10ª Região
14. Escola Nacional de Engenharia da Univ. do Brasil
15. Escola Nacional de Belas Artes
16. Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil
17. Escola Politécnica da Pontífica Universidade Católica do Rio de Janeiro
18. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
19. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo
20. Faculdade de Engenharia Industrial da Universidade Católica de São Paulo
21. Escola de Engenharia Machenzie da Universidade Machenzie
22. Escola de Arquitetura da Universidade Machenzie
23. Instituto Tecnológico de Aeronáutica de São José dos Campos
24. Escola de Engenharia da Universidade de Minas Gerais
25. Escola de Arquitetura da Universidade de Minas Gerais
26. Escola de Engenharia de Juiz de Fora
27. Instituto Eletrotécnico de Itajubá
28. Escola Nacional de Minas e Metalurgia da Universidade do Brasil
29. Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
30. Instituto de Belas Artes de Porto Alegre
31. Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
32. Escola de Engenharia da Universidade do Recife
33. Escola de Belas Artes da Universidade do Recife
34. Escola Politécnica da Universidade da Bahia
35. Escola Fluminense de Engenharia
36. Escola de Engenharia do Pará
37. Escola de Engenharia da Universidade do Paraná
38. Escola Técnica do Exército
39. Massachusetts Institute of Tecnology
40. Escola de Belas Artes da Universidade da Bahia
41. Escola de Engenharia da Universidade do Ceará
42. Escola Politécnica do Espírito Santo
43. Escola de Engenharia de S. Carlos
44. Sindicato de Engenheiros do Rio de Janeiro
45. Instituto de Engenharia de São Paulo
46. Sociedade Mineira de Engenheiros
47. Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul
48. Associação de Engenheiros de Santos
49. Instituto de Engenharia do Paraná
50. Clube de Engenharia de Pernambuco
51. Instituto Politécnico da Bahia
52. Associação de Engenheiros de Campinas
53. Instituto de Arquitetos do Brasil
150 LÁUREA AO MÉRITO 2019

54. Federação Brasileira de Engenheiros


55. Departamento de Produção e Obras do Exército
56. Diretoria de Engenharia da Marinha
57. Diretoria de Engenharia da Aeronáutica
58. Dulphe Pinheiro Machado
59. Adroaldo Tourinho Junqueira Ayres
60. Alcides Lins
61. Augusto Varela Corsino
62. César do Rêgo Monteiro Filho
63. Domingos Joaquim da Silva Cunha
64. José Cesário Monteiro Lins
65. José Furtado Simas
66. Luiz Mendes Diniz
67. Luiz Simões Lopes
68. José Ferreira de Andrade Junior
69. Antonio Hirsch Marcolino Fragoso
70. Haroldo Cécil Poland
71. Abílio do Amaral
72. Marcos Valdetaro da Fonseca
73. José Sobral de Moraes
74. Edison Junqueira Passos
75. Felipe dos Santos Reis
76. Augusto Vasconcelos Júnior
77. Ranulpho Pinheiro Lima
78. Plínio de Queiroz
79. Alexandre de Albuquerque
80. Escola Politécnica da Univ. Católica de Pernambuco

Ouro – 9/11/1959
81. Alexandre Marcondes Filho
82. Álvaro Ferreira de Souza Lima
83. Flávio Suplicy de Lacerda
84. Alberto Franco Ferreira da Costa
85. Arualdo Isidoro Beckert

Prata – 9/11/1959
86. José Amadei
87. Argemiro Couto de Barros
88. José Luiz de Mello Malheiro
89. Amador Cintra do Prado
90. Antenor Pinto da Silveira
91. Heitor Portugal
92. Francisco Prestes Maia
93. Henrique Pegado
94. Christiano Stockler das Neves
95. Luiz de Anhaia Mello
96. Samuel Camecki
LÁUREA AO MÉRITO 2019 151

Bronze – 9/11/1959
97. Leônidas Rhormens

Prata – 9/11/1959
98. Osvaldo Gilotto
99. Durval de Araújo Ribeiro
100. Ângelo Ferrario Lopes
101. Waldemiro Teixeira de Freitas

16/5/1960
102. Haroldo Pederneiras

22/8/1960
103. Paulo Dandiota
104. Romeo de Paoli
105. João Aristides Wiltgen
106. Celso Suckw da Fonseca
107. Felinto Epitácio Maia
108. Paulo Ferreira Santos
109. Lucas Mayerhofer

Bronze – 22/8/1960
110. Sergio Domingues Machado

Prata – 22/8/1960
111. Gerson Pompeu Pinheiro

Bronze – 22/8/1960
112. Ary Kerner Veiga Castro

Ouro – 31/10/1960
113. Engenheiro Civil Luiz Rodolpho Cavalcanti de Albuquerque Filho

Prata – 31/10/1960
114. Arquiteto Archimedes Memória
115. Engenheiro Civil Alfredo Nogueira Passos
116. Engenheiro Civil Manuel Pires de Carvalho Albuquerque
117. Engenheiro Civil Lellis Espartel
118. Engenheiro Civil Alexandre Martins da Rosa
119. Engenheiro Civil Cristiano Ribeiro da Luz

7/12/1960
120. Engenheiro Civil Carlos Alberto Pinto Coêlho
121. Arquiteto Archimedes Memória (homenagem póstuma)
152 LÁUREA AO MÉRITO 2019

Ouro – 5/12/1961
122. Arquiteto Luiz Anhaia Mello
123. Engenheiro Civil Maurício Joppert da Silva
124. Engenheiro Civil Hélio de Laires

Prata – 5/12/1961
125. Engenheiro Civil Cézar Reis de Cantanhede e Almeida
126. Engenheiro Civil Lauro de Andrade Borba
127. Engenheiro Civil João Borba Carvalho Filho
31/7/1962
128. Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro
129. Engenheiro Luiz Gioseffi Jannuzzi

Ouro – 11/11/1963
130. Engenheiro Civil Hélio de Almeida

Prata – 11/11/1963
131. Engenheiro Civil e Eletricista João Protásio Pereira da Costa

11/12/1964
132. Engenheiro Civil Clóvis de Macedo Côrtes
133. Arquiteto Lauro Bastos Birkholz
134. Engenheiro Civil Luiz Onofre Pinheiro Guedes
135. Engenheiro Civil Joaquim Queiroz Cunha
136. Departamento Nacional de Obras e Saneamento

Ouro – 26/8/1977
137. Engenheiro Civil e de Minas Francisco Rodrigues Saturnino de Brito Filho
138. Engenheiro Civil José Hermógenes Tolentino de Carvalho

Prata – 27/11/1988
139. Instituto Mineiro de Avaliações e Perícias de Engenharia – Imape
140. Escola de Minas de Ouro Preto
141. Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sorocaba

Bronze – 27/11/1988
142. Geraldo Mafra

Prata – 29/9/1989
143. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
144. Engenheiro Químico Armando Fonzari Pera
145. Engenheiro Agrônomo Alcides Carvalho
146. Engenheiro Químico Walter Borzani
147. Escola Superior de Agricultura de Mossoró – Esam
148. Engenheiro Civil e Arquiteto Walter Veloso Gordilho
LÁUREA AO MÉRITO 2019 153

27/10/1989
149. Centro de Tecnologia da Universidade de Santa Catarina

Bronze – 29/9/1989
150. Engenheiro Civil Hermann Schulte
151. Engenheiro Civil Evaristo Valladares Costa
152. Engenheiro Agrônomo Ney Bittencourt de Araújo
153. Engenheiro Agrônomo Fernando Penteado Cardoso
154. Engenheiro Eletricista Levy Kaufman
155. Engenheiro Civil Décio Leal de Zagottis

Prata – 28/10/1990
156. Engenheiro de Minas e Metalurgia José Epitácio Passos Guimarães

Bronze – 28/10/1990
157. Geólogo Paulo Milton Barbosa Landim
158. Engenheiro Agrônomo Walter Radamés Accorsi

Prata – 28/10/1990
159. Engenheiro Agrônomo Frederico Pimentel Gomes

Bronze – 28/10/1990
160. Engenheiro Civil José Martiniano Azevedo Netto
161. Engenheiro Agrimensor Djalma Descio
162. Engenheiro Eletricista José Carlos de Oliveira
163. Engenheiro Mecânico Ruy Carlos de Camargo Vieira
164. Engenheiro Civil Oscar Costa
165. Engenheiro Civil Manoel Ferri Filho

Ano 1991
166. Engenheiro Civil Luiz Carlos Pereira Tourinho
167. Engenheiro Civil José Carlos de Figueiredo
168. Engenheiro Civil Orlando Ferreira de Castro

Ano 1992
169. Engenheiro Civil Filemon Tavares
170. Engenheiro Agrônomo Helladio do Amaral Mello
171. Engenheiro Agrônomo José Ajlalo Filho
172. Geólogo Eduardo Camilher Damasceno
173. Engenheiro Agrônomo Alceu de Arruda Veiga
174. Engenheiro Civil e Sanitarista Walter Engracia de Oliveira
175. Geólogo Umberto Ginseppe Cardani
176. Engenheiro Agrimensor e Civil Benedito Zanini
177. Engenheiro Civil Epaminondas Melo do Amaral Filho
154 LÁUREA AO MÉRITO 2019

Ano 1993
178. Engenheiro Agrimensor Irineu Idoeta
179. Engenheiro Prof. Doutor Flávio Marques de Almeida
180. Engenheiro Civil Euro Brandão
181. Engenheiro Civil Eduardo José Pereira Coelho
182. Engenheiro Eletricista e Mecânico Antonio Hélio Guerra Vieira
183. Engenheira de Alimentos Iracema de Oliveira Morais
184. Engenheiro Agrônomo Benedito Vasconcelos Mendes
185. Prof. Engenheiro de Minas e Civil Irineu Borges do Nascimento
186. Escola Técnica Federal do Espírito Santo

Ano 1994
187. Engenheiro Civil e Arquiteto Jaime Herner
188. Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Pernambuco
189. Engenheiro Civil Serafim Rodrigues Martinez
190. Engenheiro Civil Haroldo Coutinho de Lucena
191. Associação dos Engenheiros Agrônomos da Paraíba
192. Engenheiro Civil Pelópides Silveira
193. Engenheiro Civil e Eletricista Itamar Augusto Cautiero Franco
194. Engenheiro Civil, Elétrico e Mecânico Inácio de Lima Ferreira
195. Arquiteto Demétrio Ribeiro
196. Engenheiro de Aeronáutica Urbano Ernesto Stumpf
197. Geólogo Setembrino Petri
198. Engenheiro de Aeronáutica Edson Vaz Musa
199. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Ano 1995
200. Engenheiro Civil Celso Ramos Filho
201. Engenheiro Civil Colombo Machado Salles
202. Engenheiro Civil Francisco Luiz Gomide
203. Arquiteto José Hermeto Palma
204. Agrônomo Humberto Carneiro
205. Engenheiro Civil Eleumar Martorelli
206. Instituto Agronômico de Campinas
207. Engenheiro Agrônomo Roberto Rodrigues
208. Engenheiro Agrimensor Miguel Prieto
209. Arquiteto Miguel Alves Pereira

210. Engenheiro Agrônomo Cristiano Walter Simon


211. Engenheiro Agrônomo Raimundo Saraiva Costa
212. Faculdade de Engenharia Fei
213. Escola de Engenharia Mackenzie

Ano 1996
214. Engenheiro Civil Ivo Arzua Pereira
215. Geólogo Riad Salamuni
LÁUREA AO MÉRITO 2019 155

216. Arquiteto Roberto Py Gomes da Silveira


217. Clube de Engenharia do Ceará
218. Federação das Associações de Eng., Arq. e Agr. do Estado de São Paulo
219. Engenheiro Civil Henrique Hirschfeld
220. Arquiteto José Carlos Isnard Ribeiro de Almeida
221. Engenheiro Civil Afonso Henriques de Brito
222. Engenheiro Civil Paulo Alcântara Gomes
223. Arquiteto Germano Galler
224. Engenheiro Civil Jaime de Azevedo Gusmão Filho
225. Engenheiro Mecânico Antonio Carlos Maranhão de Aguiar
226. Engenheiro Civil e Mecânico Arnaldo Rodrigues Barbalho
227. Engenheiro Civil Hugo Alcântara Mota
228. Engenheiro Civil Francisco Ariosto Holanda

Ano 1997
229. Arquiteto Eduardo Corona
230. Engenheiro Eletricista e Mecânico Hugo Luiz Sepúlveda
231. Arquiteto José Albano Volkmer
232. Engenheiro Civil Joseph Mesel
233. Arquiteto José Cláudio Gomes
234. Engenheiro Agrimensor Luiz Felipe Cabral Mauro
235. Engenheiro Eletricista Miguel Rodrigues Nunes
236. Engenheiro Civil Nelson Luiz de Souza Pinto
237. Engenheiro Arquiteto Raphael Ihardy Filho
238. Arquiteto Rubens Gil Camillo
239. Arquiteto Severiano Mário Porto
240. Engenheiro Civil, Químico Industrial e Arquiteto Walter Velloso Gordilho

Ano 1998
241. Engenheiro Civil, Metalurgista, Engenheiro de Minas e Agrimensor
José Raimundo de Andrade Ramos
242. Universidade do Amazonas
243. Engenheiro Civil e Geógrafo Octávio Reis de Cantanhede Almeida
244. Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais
245. Engenheiro Agrônomo Carlos Eugênio Thibau
246. Engenheiro Civil Milton José Pinheiros Monte
247. Engenheiro Civil Rubens Meister
248. Engenheiro Civil Químico Alberto Luiz Galvão Coimbra
249. Engenheiro Civil Darcy Aleixo Derenusson
250. Engenheiro Civil e Urbanista Carmem Velasco Portinho
251. Prof. Waldimir Pirró e Longo
252. Arquiteto Acácio Gil Borsoi

Ano 1999
253. Engenheiro Civil e Sanitarista Szachna Eliasz Cynamom
254. Engenheiro de Minas e Civil Joaquim Maia
156 LÁUREA AO MÉRITO 2019

255. Engenheiro Agrônomo Fernando Viana Nobre


256. Arquiteto Gladson da Rocha Pimentel
257. Arquiteto João da Bama Filgueiras Lima
258. Engenheiro Civil Benjamim Ernani Diaz
259. Engenheiro Químico Orion Gerter Cabral
260. Engenheiro Industrial Clóvis Gonçalves dos Santos
261. Escola Federal de Engenharia de Itajubá
262. Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
263. Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba
264. Engenheiro Agrônomo e Geólogo Gernani Aquini Fernandes Chaves

Ano 2000
265. Engenheiro de Minas, Metalurgia e Civil José Jaime Rodrigues Branco
266. Universidade Federal de Lavras – UFLA
267. Arquiteto José Luiz Mota Menezes
268. Arquiteto Nelson Saraiva da Silva
269. Engenheiro Civil Dante Angelo Oswaldo Martinelli
270. Geógrafo Flávio Sammarco Rosa
271. Geólogo Fernando Mendes Valverde
272. Engenheiro Civil e Eletricista Joaquim da Rocha Medeiros Júnior
273. Engenheiro Civil Jurandir Povinelli
274. Engenheiro Civil e Militar Químico Luiz Faro
275. Engenheiro Civil Pedro Bento José Gravina

Ano 2001
276. Engenheiro Agrônomo Flávio Moscardi
277. Engenheiro Agrônomo Roberto Meireles de Miranda
278. Arquiteto Antônio Carlos Moraes de Castro
279. Engenheiro Químico Homero Baggio Moreira
280. Engenheiro Mecânico e Eletricista Cláudio Pinto de Barros
281. Engenheiro Militar e CS de Eletricidade Hélio Creder
282. Engenheiro Civil Tárcio Primo Belém Barbosa
283. Engenheiro Agrônomo Ademir Hugo Zimmer
284. Geólogo Vicente José Fulfaro
285. Engenheiro Agrônomo Helvécio De-Polli
286. Engenheiro Civil Manoel Paiva Martins
287. Arquiteto Fábio Moura Penteado

Ano 2002
288. Engenheiro Agrônomo Anatoly Kravchenko
289. Arquiteto Armando de Oliveira Strambi
290. Engenheiro Agrônomo Cassimiro Vaz Costa
291. Engenheiro Civil Edson Durão Judice
292. Engenheiro Eletricista e Mecânico Fredmarck Gonçalves Leão
293. Engenheiro Arquiteto e Urbanista Ivo Porto de Menezes
294. Engenheiro Civil e Eletricista José Neudete de Vasconcelos
LÁUREA AO MÉRITO 2019 157

295. Engenheiro Agrônomo Kepler Euclides Filho


296. Engenheiro Civil, Mecânico e Eletricista Luiz Carlos Menezes
297. Engenheiro Agrônomo Milton de Sousa Guerra
298. Engenheiro Civil Olavo Aurélio de Lacerda Pires e Albuquerque
299. Universidade Federal de Viçosa

Ano 2003
300. Engenheiro Mecânico e Eletricista Abrahão Nudelmann
301. Engenheiro Civil Adailton de Melo Guimarães
302. Engenheiro Civil e Eletricista Aelfo Marques Luna
303. Técnico em Eletrotécnica Aldo Martins
304. Geólogo Breno Augusto dos Santos
305. Arquiteto e Urbanista Carlos Maximiliano Fayet
306. Engenheiro Civil Marcello Cunha Moraes
307. Geógrafo Orlando Valverde
308. Engenheiro Arquiteto Oscar Niemeyer Soares Filho
309. Engenheiro Agrônomo Romeu Afonso de Souza Kiihl
310. Engenheiro Agrônomo Rubens Rodrigues Lima
311. Engenheiro Agrônomo Tomomassa Matuo
312. Arquiteta e Urbanista Zélia Barreto de Almeida

Ano 2004
313. Engenheiro Mecânico Armando de Queiroz Monteiro Filho
314. Engenheiro Civil e Mecânico-Eletricista Antônio Carlos Pereira de Souza
315. Engenheiro Agrônomo Mário Varela Amorim
316. Engenheiro Arquiteto e Urbanista Celso de Vasconcellos Pinheiro
317. Engenheiro Civil Isaías Seade
318. Engenheiro Civil Joaquim Blessmann
319. Engenheiro Civil João Messias dos Santos Filho
320. Engenheiro Florestal José Mauro Gomes
321. Engenheiro Civil José Walter Bautista Vidal
322. Engenheiro Mecânico Lindolfo Zimmer
323. Arquiteta Urbanista Mirna Luiza Cortopassi Lobo
324. Engenheiro Civil, Mecânico, Eletricista e Militar Sebastião de A.B.Campello
325. Arquiteto Siegbert Zanettini

Ano 2005
326. Engenheiro Agrônomo Alysson Paulinelli
327. Arquiteto Paulo de Melo Zimbres
328. Geólogo Osmar Sinelli
329. Engenheiro Agrônomo Antônio Roque Dechen
330. Engenheiro Civil Arthur Carlos Gerhardt Santos
331. Engenheiro Civil, Mecânico e Eletricista Ennio Cruz da Costa
332. Engenheiro Agrônomo Jerônimo Vingt-Un Rosado Maia
333. Engenheiro Aeronáutico Ozires Silva
334. Engenheiro Mecânico e Eletricista Kerman José Machado
158 LÁUREA AO MÉRITO 2019

335. Engenheiro Florestal Hildebrando de Miranda Flor


336. Engenheiro Civil Adolpho Polillo
337. Arquiteto Gian Carlo Gasperini
338. Engenheiro Eletricista Luiz Carlos Nogueira de Freitas

Ano 2006
339. Arquiteto Affonso Baqueiro Rios
340. Engenheiro Civil e Arquiteto Alcyr Boris de Souza Meira
341. Engenheiro Agrônomo Eliezer Furtado de Carvalho
342. Engenheiro Agrônomo Emídio Cantídio de Oliveira Filho
343. Arquiteto Ênio José Verçosa
344. Geólogo José Antônio Urroz Lopes
345. Engenheiro Agrônomo José Roberto Postali Parra
346. Engenheiro Civil Luis Abílio de Sousa Neto
347. Engenheiro Civil e Sanitarista Mário da Silva Saul
348. Arquiteto Mauro Ribeiro Viegas
349. Engenheiro Agrônomo Paulo Roberto da Silva
350. Engenheiro de Minas e Civil Victor Dequech

Ano 2007
351. Técnico Industrial em Eletrotécnica Alceu Rosolino
352. Engenheiro Civil Arnaldo da Costa Prieto
353. Geólogo Arsênio Muratori
354. Engenheiro Florestal Carlos Adolfo Bantel
355. Engenheiro Eletric., de Seg. do Trab. e de Operações César Vianna Moreira
356. Engenheiro Agrônomo Charles Frederick Robbs
357. Arquiteto Celso Costa
358. Engenheiro Agrônomo David de Azambuja
359. Engenheiro Mecânico Ernesto Heizelmann
360. Engenheiro Agrônomo Eudes de Souza Leão Pinto
361. Arquiteto João Maurício Fernandes de Miranda
362. Geógrafo Jorge Xavier da Silva
363. Engenheiro Químico Rubens Martins Moreira
364. Universidade de Campinas - UNICAMP

Ano 2008
365. Engenheiro de Minas, Metalurgista, Civil e Eletrotécnico Boanerges Guedes Filho
366. Engenheiro Civil Arthur Jorge Azar
367. Engenheiro Civil Lutfala de Castro Bittar
368. Geólogo Otávio Augusto Boni Licht
369. Engenheiro Químico e de Segurança do Trabalho André Lopes Netto
370. Técnico em Eletrotécnica Henrique Jarzynski
371. Engenheiro de Minas e Civil Cássio Elysio de Figueiredo Damásio
372. Engenheiro Agrônomo Murilo Pundek
373. Engenheiro Mecânico e Eletricista Luiz de Queiroz Orsini
374. Engenheiro Agrônomo José Aroldo Galassini
LÁUREA AO MÉRITO 2019 159

375. Arquiteta Raquel Rolnik


376. Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza
377. Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia - IBAPE

Ano 2009
378. Técnico Agrícola Antônio Waldez Góes da Silva
379. Engenheiro Eletricista Argemiro José Cardoso
380. Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca - CEFET/RJ
381. Engenheiro Eletricista Emílio Abud Filho
382. Engenheira Agrônoma Giucélia de Araújo Figueiredo
383. Engenheiro Civil José Daltro Filho
384. Arquiteto e Urbanista José Eduardo Vieira Ribeiro
385. Geólogo José Moura Villas Boas
386. Engenheiro Agrônomo José Pires Dantas
387. Engenheiro Agrônomo Osman Francischetto de Magalhães
388. Engenheiro de Produção Pedro Isamu Mizutani
389. Engenheiro Químico e Civil Renato Kenji Nakaya
390. Meteorologista Valdo da Silva Marques

Ano 2010
391. Geógrafa Ana Maria de Paiva Macedo Brandão
392. Engenheiro Eletricista Augusto Celso Franco Drumond
393. Engenheiro Civil Francis Bogossian
394. Arquiteto Heitor da Silva Maia Neto
395. Engenheiro Agrônomo Helmut Forte Daltro
396. Engenheiro Civil João de Oliveira Sobrinho
397. Geólogo Léo Afraneo Hartamann
398. Engenheiro Civil Marcelo Miranda Soares
399. Engenheiro Civil Otacílio Borges Filho
400. Engenheiro Mecânico Raimundo Lopes Filho
401. Engenheiro Civil Sigmar Carlos Bielefeld
402. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN
403. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ

Ano 2011
404. Engenheiro Civil Waldir Santos Brito
405. Engenheira Agrônoma Maria Higina do Nascimento
406. Engenheiro Eletrônico Reginaldo dos Santos
407. Engenheiro Agrônomo Carlos Pitol
408. Arquiteto Bruno Celso de Araújo Ferras
409. Associação de Engenheiros Ferroviários – AENFER
410. Engenheiro Civil Carlos Prestes Cardoso
411. Engenheiro Mecânico Hyppolito do Valle Pereira Filho
412. Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – EPAGRI
413.Engenheiro Civil João Alves Filho
414. Engenheiro Civil André Monteiro de Fázio
415. Engenheiro Agrônomo Antônio Carlos Albério
160 LÁUREA AO MÉRITO 2019

Ano 2012
416. Engenheiro Eletricista Carlos Eduardo de Souza Braga
417. Engenheiro Mecânico Celso Martins Cunha Filho
418. Escola Politécnica de Pernambuco
419. Engenheiro Agrônomo Fernando Antônio Souza Bemerguy
420. Engenheiro Químico e de Segurança do Trabalho Jarbas F. Soares
421. Engenheiro de Telecomunicações Jorge da Silva Barbosa
422. Engenheiro Mec., e de Segurança do Trabalho José Maria de S. A. Neto
423. Engenheiro Eletricista Manoel Arlindo Zaroni Torres
424. Engenheiro Civil e Técnico em Mineração Maurício Tadeu Nosé
425. Técnico em Edificações e Eng. Agrimensor Reinaldo José Sabadotto
426. Engenheiro Aeronáutico Valmir José de Pontes Silva
427. Engenheiro Mecânico Wagner Granja Victer
428. Engenheiro Mecânico Wiliam Alves Barbosa

Ano 2013
429. Engenheiro Civil Otávio Pinto Batista Filho
430. Engenheiro Agrônomo Valter José Matielo
431. Clube de Engenharia de Goiás
432. Engenheiro Mecânico Marcelo Mendes Vieira
433. Engenheiro Químico Thompson Fernandes Mariz
434. Geólogo Evenildo Bezerra de Melo
435. Engenheiro Civil José Rodolfo de Lacerda
436. Engenheiro Civil Gilberto Mascarenhas Barbosa do Valle
437. Engenheiro Agrônomo Dirceu Severo Vieira
438. Engenheiro Civil Renato Genovez
439. Engenheiro Agrônomo Pedro de Araújo Lessa
440. Engenheiro Eletricista Paulo Eduardo de Queirós Mattoso Barreto
441. Engenheiro Industrial – Elétrica Sandoval Carneiro Júnior

Ano 2014
442. Engenheiro Agrônomo Admar Bezerra Alves
443. Engenheiro Eletricista Alceu Brito Correa
444. Engenheiro Industrial e Mecânico Alexandre Henrique Leal Filho
445. Geógrafa Ana Maria Muratori
446. Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho Anjelo da Costa Neto
447. Engenheiro Civil David Thomaz Neto
448. Engenheira Metalúrgista e de Seg. do Trab. Dina da Luz M. e Aguiar
449. Engenheiro de Minas Eros Farias Gavronski
450. Engenheiro Agrônomo Edward Madureira Brasil
451. Instituto Militar de Engenharia – IME
452. Engenheiro Agrônomo Jerônimo Antônio Fávero
453. Engenheiro Agrônomo José Levi Pereira Montebelo
454. Engenheiro Civil Paulo de Tarso Cronemberger Mendes

Ano 2015
455. Engenheiro Agrônomo Alfredo Kingo Oyama Homma
LÁUREA AO MÉRITO 2019 161

456. Engenheiro Civil Carlos Alberto Batinga Chaves


457. Engenheiro Civil Carlos Fernando de Araújo Calado
458. Engenheiro de Minas, Met. e Civil José Joaquim Francisco Sommer
459. Engenheiro Civil José Osvaldo Pontes
460. Engenheiro Agrônomo Luiz Carlos Pinheiro Machado
461. Engenheiro Agrônomo e Seg. Trab. Mario Hamilton Vilela
462. Engenheiro Civil e Sanitarista Orlando Saliba
463. Engenheiro de Minas Ruy Hülse
464. Engenheiro de Pesca Rogério Souza de Jesus
465. Engenheiro Civil Ubirajara Ferreira da Silva
466. Engenheiro Civil Vinícius Furtado Maia Nobre

Ano 2016
467. Engenheiro Civil Arnaldo Neto Gaspar
468. Geólogo Edgard Ramalho Dantas
469. Engenheiro Florestal Etsuro Murakami
470. Eng.Mecânico e de Seg. do Trabalho Francisco Machado da Silva
471. Engenheiro Agrônomo José de Jesus Reis Ataíde
472. Engenheiro Civil José Leitão de Almeida Viana
473. Engenheiro Civil José Nilson Beserra Campos
474. Engenheiro em Eletrônica Roberto Heinrich
475. Engenheiro Agrônomo Roberto Jorge Sahium
476. Engenheiro Agrônomo Romário Gava Ferrão
477. Engenheiro Sanitarista e Civil Sérgio Rolim Mendonça
478. Engenheiro Agrônomo Valter José Peters
479. Engenheiro em Eletrônica Yaro Burian Júnior

Ano 2017
480. Eng. Agrônomo Adilon Vargas de Souza
481. Eng. Agrônomo Antônio de Albuquerque Sousa Filho
482. Eng. Mecânico e de Segurança do Trabalho Aysson Rosas Filho
483. Eng. Florestal Edgard Menezes Cardoso
484. Eng. Agrônomo Fernando Antonio Teixeira Mendes
485. Eng. Civil Fernando Cardoso Gama
486. Eng. Eletricista Hamilton Nazareno Ramos Schaefer
487. Eng. Civil José Francisco de Lima
488. Eng. Agrônomo Lourenço José Tavares Vieira da Silva
489. Eng. Civil Normando Perazzo Barbosa
490. Eng. Civil Waldemir das Graças Lucena dos Santos
491. Eng. Civil Waldir Pedro Xavier Tavares

Ano 2018
492. Eng. Civil Alexandre Duarte Gusmão
493. Eng. Eletricista Almir Lopes Fortes
494. Eng. Civil Carlos Alberto Liberato Portugal
495. Eng. Agrônomo César Rodrigues Viana
496. Eng. Eletricista Fernando Antonio Gonçalves Alcoforado
162 LÁUREA AO MÉRITO 2019

497. Eng. Civil Gelásio Gomes


498. Geólogo Jorge Silva Bettencourt
499. Eng. Agrônomo José Simplício de Holanda
500. Agrônoma Mariangela Hungria da Cunha
501. Eng. Agrônomo Olavo de Freitas Machado
502. Eng. Civil Valdês Borges Soares
503. Eng. Civil Walmor Zeredo

RELAÇÃO DOS EX-PRESIDENTES DO CONFEA E PERÍODO

Eng. Civ. e Minas Pedro Rach (1934-1935)


Arq. Adolpho de Los Rios Filho (1936-1960)
Eng. Civ. José H. Tolentino de Carvalho (1961-1966)
Eng. Civ. Alberto Franco Ferreira da Costa (1965-1968)
Eng. Agr. Fausto Aita Gai (1970-1975)
Eng. Civ. e Eletric. Inácio de Lima Ferreira (1976-1981)
Eng. Agr. Onofre B. de Faria (1982-1984)
Eng. Civ. Luís Carlos dos Santos (1985-1987)
Arq. José Albano Volkmer (1988)
Eng. Eletric. Frederico M. Bussinger (1988-1993)
Eng. Civ. Henrique Luduvice (1994-1996 e 1998-1999)
Eng. Civ. Esdras M. dos Santos Filho (1997-1998)
Eng. Civ. Wilson Lang (2000-2005)
Eng. Civ. Marcos Túlio de Melo (2006-2011)
Eng. Civ. José Tadeu da Silva (2012-2017)

RELAÇÃO DOS EX-PRESIDENTES DOS CREAS QUE SEDIARAM SOEAS

Crea-AL
2006 – Eng. Civ. Aloísio Ferreira de Souza
2018 – Eng. Civ. Fernando Dacal Reis

Crea-AM
1981 – Eng. Quím. António Aluizio Brasil Barbosa Ferreira
1998 – Eng. Civ. Marco Aurélio de Mendonça
2009 – Eng. Civ. Telamon Barbosa Firmino Neto

Crea-BA
1949 e 1955 – Eng. Civ. Alfredo Nogueira Passos
1989 – Arq. Affonso Baqueiro Rios
2000 – Eng. Mec. Marco Antonio Amigo

Crea-CE
1967 – Eng. Civ. e Eletrotécnico Jaime Anastácio Verçosa
1977 – Eng. Mec. José Maria de Sales Andrade Neto
1996 – Eng. Civ. Luíz Cristiano Campos Monteiro
2015 – Eng. Civ. Victor César da Frota Pinto
LÁUREA AO MÉRITO 2019 163

Crea-DF
1969 – Eng. Civ. Eletricista Inácio de Lima Ferreira
1984 – Eng. Civ. Danilo Sili Borges
1990 – Eng. Civ. Henrique Leite Luduvice
2003 – Arq. Alberto Alves de Faria
2008 – Eng. Civ. Lélia Barbosa de Souza Sá
2012 – Eng. Civ. e Seg. Trab. Flávio Correia de Sousa

Crea-ES
1966 – Eng. Civ. Harry de Freitas Barcellos
1975 – Eng. Civ. Harry de Freitas Barcellos
1991 – Eng. Agr. Valter José Matielo
2005 – Eng. Eletric. Silvio Roberto Ramos

Crea-GO
2002 – Eng. Agr. e Seg. Trab. José Martins de Oliveira

Crea-MA
2004 – Eng. Civ. José Pinheiro Marques

Crea-MG
1944 – Eng. Civ. Manoel Pires de Carvalho e Albuquerque
1956 – Eng. Civ. Manoel Pires de Carvalho e Albuquerque
1970 – Eng. Civ. Paulo Henrique
1987 – Eng. Agri. Márcio Carlos da Rocha
1997 – Eng. Eletric. Augusto Celso Franco Drummond

Crea-MT
1988 – Geo. Arnaldo do Nascimento Vieira
2010 – Eng. Civ. Tarcísio Bassan

Crea-PA
1971 – Alírio Cesar de Oliveira
1985 – João Alberto Fernandes Bastos
2017 – Eng. Agr. Elias da Silva Lima

Crea-PB
1974 – Eng. Civ. Haroldo Coutinho de Lucena
1994 – Eng. Civ. William Velloso da Silva

Crea-PE
1950 – Eng. Civ. Manoel António Moraes Rêgo
1961 – Eng. Civ. Otaviano de Oliveira Dias
1978 – Eng. Civ. Agerson Corrêa

Crea-PI
2014 – Eng. Civ. Paulo Roberto Ferreira de Oliveira
164 LÁUREA AO MÉRITO 2019

Crea-PR
1951 – Eng. Civ. Rubens Pereira Reis de Andrade
1957 – Eng. Civ. Alberto Franco Ferreira da Costa
1976 – Eng. Arq. Armando De Oliveira Strambi
1986 – Eng. Civ. Ivo Mendes Lima
2001 – Eng. Agr. Luiz Antonio Rossafa
2016 – Eng. Civ. Joel Krüger

Crea-RJ
1940 – Eng. Civ. Luiz Onofre Pinheiro Guedes
1943 – Eng. Civ. Luiz Onofre Pinheiro Guedes
1945 – Eng. Civ. Luiz Onofre Pinheiro Guedes
1953 – Eng. Civ. Luiz Onofre Pinheiro Guedes
1958 – Eng. Civ. Luiz Onofre Pinheiro Guedes
1960 – Eng. Civ. Luiz Onofre Pinheiro Guedes
1965 – Arq. Mauro Ribeiro Viegas
1980 – Eng. Agr. Bernardino Bruno
1983 – Eng. Civ. Darcy Aleixo Derenusson

Crea-RN
1999 – Eng. Civ. Zélia Maria Juvenal dos Santos

Crea-RS
1941 – Eng. Civ. Lélis Espartel
1952 – Eng. Civ. Walter Boehl
1968 – Eng. Civ. Léo Carlos Mazzini
1972 – Arq. Alfredo José Chagas Porto Alegre
1982 – Arq. José Albano Volkmer
1992 – Eng. Eletric. Pedro de Souza Bisch Neto
2013 – Eng. Civ. Luiz Alcides Capoani

Crea-SC
1962 – Eng. Civ. Celso Ramos Filho
1975 – Eng. Ind. – Metalurgia Carlos Calliari
1979 – Eng. Civ. Paulo Cabral Wendhausen
1995 – Eng. Civ. Wilson Lang
2011 – Eng. Agr. Raul Zucatto

Crea-SP
1942 – Eng. Amador Cintra do Prado
1954 – Eng. Hélio de Caires
1959 – Eng. Hélio de Caires
1964 – Eng. Christiano Stokler das Neves Filho
1973 – Eng. Máximo Martins da Cruz
1993 – Eng. João Abukater Neto

*Foram suspensas as Soeas de 1946, 1947 e 1948 em função dos reflexos socioeconômicos
provocados pela II Guerra Mundial. Em 1963, a Soea não foi realizada.
LÁUREA AO MÉRITO 2019 165

PLACAS DE MENÇÃO HONROSA

Ano 2016
Clube de Engenharia da Paraíba
Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais – Senge-MG
Curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Paraná

Ano 2017
Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil - Confaeab
Instituto Agronômico do Paraná - Iapar
Superintendência da Zona Franca de Manaus – Suframa

Ano 2018
Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo - Aeasp
Itaipu Binacional
Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança - Sobes
166 LÁUREA AO MÉRITO 2019

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