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Ep 33 Vive o que fala, pt.

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e fala o que vive
“Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste”.
Mateus 5:48

Como vimos nas duas últimas jornadas, os capítulos 05 a 07 de Mateus contêm o Sermão
do Monte. Neste sermão, vemos a descrição dos verdadeiros discípulos. Neste primeiro sermão
de Jesus, Ele explica o caráter dos seguidores dEle, os quais são os cidadãos do reino. Portanto,
neste sermão não vemos apenas uma coleção de normas morais a serem alcançadas, mas sim
a descrição do caráter de um verdadeiro discípulo. Continuando a análise dos princípios que
encontramos nas bem-aventuranças, veremos mais alguns.
05. Discipuladores misericordiosos. A misericórdia é uma sensação de compaixão pelo
sofrimento do outro. Discipuladores que têm prazer em servir, dificilmente servirão sem compaixão.
Quando um discipulador age com critérios alicerçados na justiça, o serviço se torna transparente
e sem interesses pessoais. Jesus foi misericordioso. A misericórdia leva à compaixão, à intercessão,
à justiça e ao perdão. O mudo precisa de discipuladores que ensinem a misericórdia e o perdão.
As pessoas precisam de atenção e amor, que não é apenas sentimento, mas acima de tudo é
ação.
06. Discipuladores puros e verdadeiros. Pureza é uma qualidade que tem valor. Quando
falamos em ouro, existem alguns tipos de ouro: 12k = 50% de ouro; 18k = 75% de ouro; ou 24k = ouro
puro. Qual deverá ser o de maior valor? O ouro puro, com certeza. O coração puro é resultado do
que temos dentro. O discipulador puro é aquele que procura sempre a verdade, mesmo que seja
mais caro, mais difícil, mais complexo; se é puro e verdadeiro, é o melhor.
07. Discipuladores que são pacificadores. Como solucionar um conflito quando o mediador
não busca a paz? Buscar a paz é uma virtude de quem deseja ver resultados melhores em situações
complicadas. Jesus foi um pacificador. Ele não moveu uma rebelião, um motim contra o exército
romano que comandava na Sua época. Jesus não incitou Seus seguidores a pegar em armas, em
serem críticos, competidores, desejando ver a derrota dos outros.
08. Discipuladores perseguidos são recompensados. A perseguição é algo muito ruim. Traz
resultados terríveis. Deixa um rastro de dor, sofrimento e pode até chegar à morte. Por outro lado,
a perseguição pode indicar o resultado de uma luta por uma causa justa. Jesus foi perseguido,
não por ter cometido algum delito, ou ter mentido ou ainda ter lesado alguém. Ele foi perseguido
por causa de Sua missão, por causa da verdade que revelava e também porque livrava as pessoas
de uma escravidão de ideias, de concepções, de doutrinas e filosofias impostas por pessoas que
defendiam seus próprios interesses, e ainda em nome de Deus.
O Sermão da Montanha não foi apenas um sermão; não foi também apenas um momento de
ensino, mas foi a forma que Jesus usou para declarar como seria Sua vida, Seu ministério e Seu
discipulado. Ele, sem dúvida, esperava que Seus seguidores internalizassem esses princípios e
que eles fossem o norte diário de cada ação, escolha e decisão, mas sobretudo, na transmissão e
no discipulado de novos seguidores do Grande Mestre. Estes princípios não estão ultrapassados.
Jesus viveu o que pregou. Na Sua vida marcada pelas lutas, pelas privações, pela humildade,
pelas incompreensões, pelo desejo de justiça,
pureza, misericórdia, paz e, em consequência,
de perseguição, podemos dizer que Jesus
personificou as bem-aventuranças.
O propósito de Jesus com este sermão
era expor, de forma intencional, como
um seguidor dEle deve viver. As bem-
aventuranças são a base para o exercício
de um verdadeiro discipulado espelhado
em Jesus e no serviço. A eternidade está
reservada para os seguidores e discipuladores
fiéis do nosso Precioso Mestre Jesus.
Ore, hoje, ao Deus Altíssimo clamando
pelo batismo do Espírito Santo para que
você tenha a alegria e o privilégio de
viver diariamente os princípios das bem-
aventuranças e receber a coroa da vida eterna
e desfrutar a eternidade com Jesus.

Pr. Pablo Carbajal

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