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Ep 32 Vive o que fala, pt.

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e fala o que vive
“Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões
maravilhadas da Sua doutrina; porque Ele as ensinava como quem tem
autoridade e não como os escribas”.
Mateus 5:1 e 2

Como vimos ontem, os princípios concentrados nas bem-aventuranças foram impecavelmente


exemplificados em Jesus. Quando analisamos de forma mais especificamente cada um dos
princípios, encontramos a base do caráter do discipulador servo.
1. Discipuladores que são humildes de espírito, estes sabem agir. Estão dispostos a abrir mão
dos sentimentos arrogantes e cheios de presunção que, geralmente, fazem parte da vida do
ser humano quando assume uma posição de autoridade ou de ensino. Na vida de Jesus, não há
nenhuma incidência em que Ele defendeu Seus interesses pessoais, nenhuma atitude egoísta,
arrogante ou orgulhosa. O discipulador que é humilde de espírito sabe agir com cada pessoa e
como servir a cada uma de forma específica. Discipuladores humildes de espírito em relação ao
controle, ao domínio e à manipulação, podem ser ricos na atitude de servir.
2. Discipuladores emotivos conseguem chorar e comover outras pessoas. Os discipuladores
que conseguem atingir um profundo grau de sensibilidade pessoal, e choram por alegrias e
derrotas, criam sensibilidade em seus seguidores. A Bíblia relata duas vezes em que Jesus chorou:
antes da ressurreição de Lázaro e antes de Sua morte, contemplando Jerusalém. Se o discipulador
e os seus discípulos não sentem as mesmas coisas, ficará isolado e fora da realidade. Deve haver
oportunidade e ambiente favorável para que o discipulador expresse seus sentimentos, pois
também é de carne e osso.
3. Discipuladores mansos têm a capacidade de ensinar e discipular por longos prazos. Como
parte deste princípio, Jesus garantiu aos que, pela oração, pelo poder de Deus, e em resposta ao
batismo do Espírito Santo, desenvolvem a mansidão, estes herdarão a terra. Isto mostra que a
arrogância, a prepotência e o autoritarismo não ajudam, apenas causam desastres, ferem pessoas
e não proporcionam as vitórias almejadas. Este estilo de discipulador não permanece por muito
tempo, e menos ainda constrói algo durável. Olhando para o exemplo de Jesus, o Seu discipulado
não se encerrou ao Ele morrer, mas, ainda hoje, multidões continuam a se espelhar no precioso
exemplo vivido e deixado por Ele.
4. Discipulador justo alcança resultados duradouros. Um discipulador, seguindo o exemplo de
Jesus, terá prazer de servir as pessoas quando tem um senso de justiça bem aguçado. Alguém
que dá abertura à injustiça se aproveitará dos outros, geralmente em benefício próprio. Quando a
injustiça está presente no discipulado, não há interesse em servir aos que estão sendo discipulados,
mas sim em explorá-los. Jesus foi justo. Ele não estava interessado em contar com ajudas de
pessoas que estivessem com Ele para ter seus desejos pessoais preenchidos.
Quando estudamos os princípios para o discipulado encontrados nas bem-aventuranças, é
parte integrante do ser humano, sob o poder do pecado que impera neste mundo, desejar o
primeiro lugar, o reconhecimento, a autoridade e um status privilegiado. Os discípulos de Jesus
também eram fascinados por poder. Queriam ser os primeiros no reino que eles pensavam que
o Messias iria estabelecer. Eles discutiam sobre o assunto e tentavam dar um caráter espiritual
ao tema, mas na verdade era que “em nome
de Deus” eles ambicionavam poder, controle
e privilégios.
Quais são os princípios e valores que têm
norteado a formação de novos discípulos
através de cada um de nós? O exemplo de
Jesus e os princípios deixados por Ele têm
sido o nosso alvo cada dia?
Ore, hoje, suplicando de Deus que, pela
atuação do Espírito Santo na sua vida, você
alcance a vitória sobre as tentações, maus
hábitos, maus costumes e também vitória
sobre o desejo de supremacia, controle e
dominação. Que Jesus seja visto em você
hoje e sempre. Amanhã concluiremos os
outros princípios encontrados nas bem-
aventuranças.

Pr. Pablo Carbajal

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