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Ep 39 Peoas comuns, destinos

extraordinários
“Caminhando junto ao mar da Galileia, viu os irmãos Simão e André, que
lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores. Disse-lhes: Vinde após
mim, e eu vos farei pescadores de homens”. Marcos 1:16, 17

Para formar Sua equipe, Jesus precisou escolher pessoas, as quais Ele iria discipular. E, no
discipulado, Ele iria treinar e capacitá-las. Quando lemos o texto bíblico, conhecemos discípulos
que eram homens simples, sem muita formação. Jesus não escolheu doutores da lei, escolheu
homens simples, com o perfil de servos, os quais pudessem ser moldados à Sua imagem.
No livro Educação, na página 85, de Ellen G. White, sobre este detalhe bem específico, ela
escreveu: “Os primeiros discípulos de Jesus foram escolhidos entre as classes do povo comum.
Eram homens humildes e iletrados, aqueles pescadores da Galileia; homens sem escola nos
conhecimentos e costumes dos rabis, mas educados na disciplina severa do trabalho e das
dificuldades. Eram homens de habilidade natural e espírito dócil; homens que poderiam ser
instruídos e moldados para a obra do Salvador (...) Tais foram os homens chamados pelo Salvador
para serem Seus co-obreiros. Tiveram eles as vantagens de três anos de ensino pelo maior
Educador que este mundo já conheceu”.
Pescadores iletrados. Para nós, no contexto atual, essa decisão de chamar pessoas humildes,
“pescadores iletrados”, seria uma decisão questionável. Temos por hábito observar bem o
currículo, as recomendações e apresentações. Até chamamos de mentes brilhantes. Temos
reservas quanto a pessoas despreparadas. Antes de contratar, apelamos à prudência, ao cuidado,
a uma investigação minuciosa e ainda a uma prova de seleção se preciso for. Não queremos
correr riscos.
Mas a forma de Jesus foi contrária à nossa
curta visão humana. Ele tinha grandes desafios à
frente, precisava escolher os melhores. Algumas
de Suas metas: levar a mensagem das boas novas
para o mundo inteiro, mudar vidas, organizar uma
igreja, quebrar paradigmas, enfrentar oposição
de líderes religiosos, curar enfermos, expulsar
demônios, deixar um legado para as próximas
gerações, ressuscitar os mortos, redimir o homem
– metas que exigem pessoas competentes. Só que
Jesus quebrou paradigmas. Ele escolheu os menos
adequados e os moldou, para que todos saibam que a obra que realizariam não era deles, mas
por mérito divino.
Jesus não escolheu Seus discípulos com base em talento, perfeição ou potencial. Ele Se
cercou de pessoas comuns, que não entendiam bem as coisas, nem exerciam poder espiritual
e se comportavam como alunos rudes. Três deles, Pedro, Tiago e João, foram escolhidos para
situações mais complexas e desafiadoras; dois deles se tornaram os líderes mais notáveis dos
primeiros cristãos. Com estes homens, Jesus organizou uma igreja que não parava de crescer.
Inacreditável... Como trabalhar com pessoas despreparadas, incultas e até incapazes para os
cargos que foram chamados? Jesus apresentou Sua proposta, viveu Sua proposta e transformou
vidas, deu vida nova, esperança, um destino seguro e certeza de vitórias.
Ore, hoje, clamando pelo batismo do Espírito Santo para que sua vida também seja impactada
por Jesus, e para que você seja mais um discípulo verdadeiro do Discipulador por excelência,
Jesus Cristo. Deus lhe abençoe grandemente neste dia!

Pr. Pablo Carbajal

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