templo a Afrodite (Vênus) onde serviam mais de mil mulheres.
Até o incesto era tolerável dentro da cultura de
O Exemplo a ser seguido – Cristo
“Falava ele ainda, e eis que chegou Judas, um dos doze, e, com ele, grande turba com espadas e porretes,
vinda da parte dos principais sacerdotes e dos anciãos do povo.
Ora, o traidor lhes tinha dado este sinal: Aquele a quem eu beijar, é esse; prendei-o.
E logo, aproximando-se de Jesus, lhe disse: Salve, Mestre! E o beijou.
Jesus, porém, lhe disse: Amigo, para que vieste? Nisto, aproximando-se eles, deitaram as mãos em Jesus e o
prenderam.
E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, sacou da espada e, golpeando o servo do sumo
sacerdote, cortou-lhe a orelha.
Então, Jesus lhe disse: Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada à espada perecerão.
Acaso, pensas que não posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de
anjos?
Como, pois, se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim deve suceder?
Naquele momento, disse Jesus às multidões: Saístes com espadas e porretes para prender-me, como a um
salteador? Todos os dias, no templo, eu me assentava [convosco] ensinando,e não me prendestes.
Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então, os discípulos todos,
deixando-o, fugiram.” Mateus 26:47-56
“sede meus imitadores, como eu também de Cristo”. I Coríntios 11.1
INTRODUÇÃO:
O ser humano em seu processo de aprendizado, de desenvolvimento, é envolvido em determinados momentos
por situações de associação, que por sua vez contribui para que este ser vivo possa adquirir experiências que
tornar-se-ão parte da própria existência. Por diversas vezes, deparamos com situações inusitadas, onde
percebemos que não passam de associações inerentes ao convívio, a frequência, a contiguidade, a semelhança,
a recencia, ao efeito, e até mesmo ao contraste.
Como exemplo, podemos citar, a prática de uma pessoa nova convertida que aos poucos vai adquirindo e se
apropriando dos costumes, das vivências daquele que o discipula, assim o é também com a igreja em si, que ao
ser conduzida pelo líder, tem por hábito desenvolver atitudes semelhantes. Tais práticas acabam ocorrendo de
maneira natural, sem uma observação minuciosa, algumas práticas até podem ser tidas como arriscadas, isto
quando, parte de uma liderança, um discipulador, que às vezes não tenha o conhecimento, o preparo, a vida
espiritual condizente com as verdades da Palavra de Deus.
Quando lemos o versículo 1 da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios em seu capítulo 11. O versículo em si
causa um chamamento à reflexão do leitor. Ao deparar com a fala do apóstolo – “Sede meus imitadores, como
eu também de Cristo”.
Quando se fala em imitar, “fazer ou esforçar-se para fazer exatamente o que faz uma pessoa. Reproduzir
exatamente…”, essa ação para que possa ser conclusiva, deva ser uma ação contínua, constante, com
meticulosidade, dedicação, cuidado para não errar.
O apóstolo Paulo, convida os irmãos em Corínto a terem uma atitude primária de imitação, de associação para
com as práticas cristãs e espirituais.
Estamos analisando o contexto de uma cidade milenar, surgida a 6.000 a.C., ainda no período Neolítico, com
uma cultura e economia avançada na Grécia Antiga. Corinto tornou-se conhecida também pela sua luxúria, pela
sua religiosidade politeísta, destacando Poseidon, Apolo e Afrodite.
Corinto assim como Éfeso era o centro de ligação de Roma – Capital do Mundo com o Oriente. O apóstolo
Paulo chega a essa cidade com aproximadamente 500 mil habitantes, e depara que entre, trabalhadores,
escravos, libertos, artesãos, meretrizes, apreciavam a libertinagem presente na cultura local.
Esse público, eventualmente era que formava a igreja de Corinto, igreja esta formada pelo apóstolo Paulo.
Na cidade haviam templos religiosos, com enormes salas onde eram servidos os jantares aos deuses e às
pessoas que ali cultuavam, haviam em alguns desses templos a presença das “prostitutas sagradas”, como no
Corinto.
Paulo teve que advertir severamente a Igreja em Corinto, que vivia situações de divisões e de imoralidade.
Nesse contexto histórico religioso, vemos que apesar dessas situações, o evangelho, os ensinamentos de Cristo
floresceram, demonstrando que a Graça de Deus alcança tanto o nobre quanto o necessitado.
Voltemos para o texto base – Sede meus imitadores, como eu também de Cristo.
Paulo chama para si a responsabilidade do estado de crescimento, edificação, santificação da Igreja, tendo ele
mesmo como exemplo o próprio Cristo.
Com essa afirmação, aprendemos que nossas ações, nossa cultura, nosso agir no dia a dia possui uma força
descomunal em si tratando de vidas para o Reino dos Céus.
Imaginemos se o apóstolo Paulo, não tivesse uma vida dedicada ao Reino de Deus, se ele fosse uma pessoa em
que não pudesse confiar segredos, não pudesse mediar conflitos, não tivesse a vida sob o controle do Espírito
Santo, claramente já saberíamos o que teria acontecido com a igreja de Corinto. Deixaria de existir.
No entanto, a propriedade bíblico testamentária, nos revela, o compromisso e a dedicação do apóstolo, pois, ao
chamar a responsabilidade para sí, ele estava declarando a condição de que tudo daria certo se os irmãos,
deixassem de olhar para a cultura local, deixassem de olhar para os desvios morais, materiais, e principalmente
deixassem de olhar para os desvios espirituais e firmassem o olhar para as práticas cristãs do apóstolo em si.
Para referendar esse chamamento, Paulo traz à luz da discussão o exemplo que ele mesmo procurava seguir
continuamente, ou seja, o exemplo do próprio Cristo.
E assim ao examinarmos a história de Jesus Cristo, presente nos Evangelhos, vemos as provas de que Jesus
verdadeiramente é o exemplo a ser seguido, pois Jesus:
1. Cumpriu as Escrituras.
Na sinagoga de Nazaré - “Hoje se cumpre diante de vós esta escritura” (Lc 4, 21). Aos fariseus que se
recusavam a crer nele, Jesus diz: “Perscrutai as Escrituras, já que nelas esperais ter a vida eterna;
elas dão testemunho de mim” (Jo 5, 39).
Nascido em Belém. Miqueias 5,1: “Mas tu, Belém-Efrata, tão pequena entre os clãs de Judá, é de ti que
sairá para mim aquele que é chamado a governar Israel. Suas origens remontam aos tempos antigos,
aos dias do longínquo passado”.
Mateus 2,1: “Tendo, pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que magos
vieram do oriente a Jerusalém”.
Ministério Profético. Isaías 8,23: “No passado ele humilhou a terra de Zabulon e de Neftali, mas no
futuro cobrirá de honras o caminho do mar, a Transjordânia e o distrito das nações”.
Isaías 9,1: “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma
região tenebrosa resplandeceu uma luz”.
Mateus 4,12-16: “Quando, pois, Jesus ouviu que João fora preso, retirou-se para a Galiléia. Deixando
a cidade de Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, à margem do lago, nos confins de Zabulon e Neftali,
para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: A terra de Zabulon e de Neftali, região
vizinha ao mar, a terra além do Jordão, a Galiléia dos gentios, este povo, que jazia nas trevas, viu
resplandecer uma grande luz; e surgiu uma aurora para os que jaziam na região sombria da morte”.
Sofreu por todos. Isaías 53,4-5: “Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os
nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado. Mas ele
foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou
sobre ele; fomos curados graças às suas chagas”.
Mateus 8,16-17: “Pela tarde, apresentaram-lhe muitos possessos de demônios. Com uma palavra
expulsou ele os espíritos e curou todos os enfermos. Assim se cumpriu a predição do profeta Isaías:
Tomou as nossas enfermidades e sobrecarregou-se dos nossos males”.
Crucificado entre malfeitores. Isaías 53,12: “Eis por que lhe darei parte com os grandes, e ele dividirá a
presa com os poderosos: porque ele próprio deu sua vida, e deixou-se colocar entre os criminosos,
tomando sobre si os pecados de muitos homens, e intercedendo pelos culpados”.
Mateus 27,38: “Ao mesmo tempo foram crucificados com ele dois ladrões, um à sua direita e outro à
sua esquerda”.

Elevado ao céu. Salmo 67,19: “Subindo nas alturas levastes os cativos; recebestes homens como
tributos, aqueles que recusaram habitar com o Senhor Deus”.
Lucas 24,50-51: “Depois os levou para Betânia e, levantando as mãos, os abençoou. Enquanto os
abençoava, separou-se deles e foi arrebatado ao céu”.

2. Inaugurou o Reino de Deus.

No início do seu ministério Jesus anuncia: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo:
arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.15).
Jesus disse aos fariseus: “O reino de Deus está no meio de vós” (Lc 17.21)
Lucas resumiu o ministério de Jesus nas palavras “pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus” (Lc
8.1)
Como ele explicou: “se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, logo é chegado a vós o reino de
Deus” (Lc 11.20). Jesus não só declarou o reino em suas palavras, mas também o demonstrou em suas obras.

3. Comissionou seus seguidores a espalhar o reino a todos os povos, tribos e línguas

em Lucas 10 quando Jesus enviou os 72, instruindo-os a dizer: “É chegado a vós o reino de Deus” (Lc 10.9).

Na Grande Comissão, o rei Jesus instituiu seu plano de batalha discipulador para a igreja porque ele possui
“toda a autoridade no céu e na terra” (Mt 28:18). 

4. Advertiu que a tarefa de evangelizar seria acompanhada de aflições e perseguições

"Eu disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições;
contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo". João 16.33

5. Avisou que sempre estaria com aqueles que são seus

“Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,20).
Pois o mesmo Senhor que disse “sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5) continua vivo na sua Igreja,
conferindo-lhe eficácia e fidelidade. Aquela força que segundo o Evangelho “saía Dele e curava a todos” (Lc
6,19), levando a multidão a comprimi-lo para ao menos tocar a orla do seu manto, continua em plena eficácia.

6. Prometeu que um dia retornará e que o Reino de Deus alcançará sua plena realização.