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INTRODUÇÃ O

Entende-se por normalizaçã o, conjunto de leis e princípios pré-


estabelecidos para regulamentaçã o e ordem de determinada atividade.
É um processo de desenvolvimento de normas técnicas reguladas por
padrõ es para a soluçã o e prevençã o de problemas viabilizando a
consolidaçã o e execuçã o coesa dos trabalhos de determinada á rea.
Em Desenho Técnico, normalizaçã o é todo o conjunto de normas
documentadas estabelecidas por uma instituiçã o de padronizaçã o que
regulamentam a execuçã o técnica da produçã o e apresentaçã o do
trabalho, por formas a ser interpretado local e internacionalmente.
A IANORQ – Instituto Angolano de Normalizaçã o e Qualidade
criado pelo decreto presidencial nº 31/96 de 25 de Outubro, é a
organizaçã o de padrã o nacional, que apesar de mais de duas décadas
de existência nã o tem ainda no seu acervo documental, normas para o
desenho técnico angolano facto que leva a uma escolha arbitrá ria pelos
docentes desta á rea, claro, sempre respeitando as normas
internacionais estabelecidas pela ISO. Conforme pode se consultar no
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site da ISO, ao qual a IANORQ é membro, há apenas seis serviços
disponíveis de normalizaçã o dentre os quais o Desenho Técnico nã o
faz parte.
NORMALIZAÇÃ O INTERNACIONAL DO DESENHO TÉ CNICO

Embora haja uma Organizaçã o internacional para padronizaçã o


ou normalizaçã o, cada país tem sua pró pria organizaçã o nacional que
regula todos os aspectos relevantes para a produçã o e apresentaçã o do
desenho técnico. No caso de Angola, conforme já mencionado na
introduçã o deste trabalho investigativo, tem uma organizaçã o de
padrõ es já desde 1996 o que surpreende nã o haver ainda um
documento de regulamentaçã o aprovado pela IANORQ para o Desenho
Técnico. Nã o havendo esta base fundamental angolana, baseei todas as
pesquisas em aspectos mais genéricos das normas brasileira
(ABNT/NBR 10647), portuguesas (NP 327, 328, 671) e ISO 128 todas
do Desenho Técnico, sendo que esta ú ltima, ISO 128, é a norma
internacional.
Elementos da Normalizaçã o do Desenho Técnico:
- Formato de papel
- Dobragem do papel 4
- Esquadria
- Legenda
- Cotagem
- Tipos de linhas
BENEFÍCIOS DA NORMALIZAÇÃ O NO DESENHO TÉ CNICO

Normas sã o documentos resultantes de diá logo e consenso


aprovadas por um organismo reconhecido por unanimidade. A
interpretaçã o documental de qualquer produto técnico em desenho
pode ser facilmente interpretado pelos membros da organizaçã o que
regula. Apartir deste ponto temos o maior benefício dentre outros que
passo a citar:

- Assegura a compatibilidade e a interoperabilidade.


- Promove o entendimento técnico comum.
- Simplificaçã o, economia de tempo, material e custos de
execuçã o.
- Relaçõ es técnicas internacionais e desenvolvimento
sustentá vel.
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Compatibilidade e Interoperabilidade: Ao ser de consenso
comum e respeito à s normas, os trabalhos de diferentes regiõ es do
mundo acarretam a componente “sincronia” o que realça ainda mais a
possibilidade de haver contribuiçõ es (interoperabilidade), podendo
uma execuçã o produtiva de desenho técnico começar angola e poder
ser finalizado por um outro técnico em uma outra parte do mundo
mesmo ainda que se expressassem em idiomas diferentes.
Entendimento Técnico Comum: O entendimento técnico
comum já é uma componente intrínseca à interoperabilidade, mas vale
aqui realçar que, embora alguma obra seja produzida décadas atrá s, se
as normas tiverem sido levadas em conta, técnicos de qualquer regiã o
do mundo de certeza que chegarã o ao mesmo entendimento.
Simplificação: A simplicidade surge pelo facto de que para uma
determinada representaçã o haja coerência no desenho, pois se para
uma determinada esquadria for X milímetro, entã o, este X será para
toda e qualquer esquadria que a norma tipifica.
Economia de Tempo, Material e Custo de Execução: Respeitar
as normas reduz tempo de elaboraçã o, bem como de interpretaçã o e
execuçã o do desenho, do mesmo modo, evita desperdício de material,
pois o incumprimento das normas impõ e a necessidade de se refazer o
trabalho tendo que se adquirir novo material para elaboraçã o gerando
mais despesas para a execuçã o.
Relações Técnicas Internacionais e Desenvolvimento
Sustentável: Quando algum trabalho é feito respeitando as normas,
implicitamente é respeito pelo pró ximo o que faz estreitar relaçõ es, o
desenvolvimento sustentá vel é assegurado pelas economias de
material (a produçã o do papel e de outros elementos para a produçã o
do desenho, tem origem por derrube de á rvores e outras
transformaçõ es químicas que impactam negativamente a natureza).

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CONCLUSÃ O

Bem, os benefícios e a importâ ncia da normalizaçã o do desenho


técnico podem ser visíveis, pois, a falta de regulamentaçã o do desenho
técnico sem as normas pode acarretar um impacto negativo
catastró fico em termos financeiros e de vida humana, pois a má
utilizaçã o das normas ou a falta de utilizaçã o destas levará à
interpretaçõ es erradas por outros técnicos que naturalmente darã o
seguimento obedecendo o que descreve o desenho, podendo mesmo
assim, também impossibilitar a sua leitura levando à paralizaçã o de
determinada execuçã o de obra ou serviço, trazendo prejuízos de tempo
e de recursos financeiros.

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BIBLIOGRAFIA

https://www.iso.org/member/316519.html
Jorna de Angola 25/10/2018 pá g. 4-9
NORMALIZAÇÃ O – Sebrae 2019
Desenho Técnico IVª Ediçã o – Maria Teresa Miceli e Patricia
Ferreira

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