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539/23
Belo Horizonte, 05 de dezembro de 2023
Ilmo. Senhor.
André Abreu Reis
Secretário Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação.
CC
Ilma. Senhora.
Fernanda de Siqueira Neves
Subsecretaria de Gestão de Pessoas – SUGESP
Ilmo. Senhor.
Almiro Melgaço da Costa Silva
Assessor da Central de Relações do Trabalho e Acompanhamento das Despesas de Pessoal – ASCET
Prezado Senhor,
III- ter sido submetido a avaliações periódicas de desempenho, nos termos do regulamento;
IV- encontrar-se em efetivo exercício na data em que cumprir os requisitos previstos nos incisos II e III.
(...)
Ainda que a PBH não considere o tempo de estágio probatório para fins de progressão profissional horizontal
por merecimento, os guardas dos anos 2006 e 2008 já tinham adquiridos estabilidade, antes do ano de 2012. Mesmo assim,
é possível perceber que há um erro material, no tocante ao posicionamento dos GCMs na tabela de níveis horizontais
apresentados pela administração.
Considerando que as premissas são verdadeiras, contudo, a aplicação delas que estruturam a
reorganização dos níveis por mérito na dinâmica da administração, não correspondem com o entendimento da lei
11.154, conforme citado aqui.
Dessa forma, não é razoável e isonômico aplicar premissas matemáticas puramente, sem observar o direito
e, principalmente, os princípios regem a administração pública. Ao passo que sem tais observâncias, o administrador
trará equidade para uns e, consequentemente, gerará injustiças para outros. Como já demonstrado, portanto, o
nível 1 (um) é atributo da tabela horizontal da progressão profissional por mérito. Isto é, ele corresponde à retribuição
básica, alusiva ao valor inicial fixado pela lei que criou o cargo público. Fato pode ser demonstrado, a titulo de exemplo,
na Lei 9.319/2007, no seu artigo 86-A, como assevera, in verbis:
O Guarda Municipal faz jus a uma parcela mensal denominada adicional pelo exercício de atividades de risco, calculado
sobre o vencimento-base do nível inicial de seu posto hierárquico, à razão de 40% (quarenta por cento) a partir
de 1º de agosto de 2017. (Redação dada pela Lei nº 11.080/2017)
Nesse sentido, não resta dúvida que o nível 1 (um) serve – se e somente se – a título de referência, logo não
pode ser considerado como nível de progressão por mérito.
Diante disso, se a administração está partindo da premissa temporal de 2012 até 2024, logo o ponto isonômico
e meritocrático dever seguir a seguinte dinâmica para reenquadrar os guardas do ano de 2006 e 2008, posicionando-os,
assim:
• 1 mérito posiciona-se no nível 2 da tabela horizontal [2015];
• 2 méritos posicionam-se no nível 3 da tabela horizontal [2018];
• 3 méritos posicionam-se no nível 4 da tabela horizontal [2021];
• 4 méritos posicionam-se no nível 5 da tabela horizontal [2024] ¹.
Observação:¹ completar-se-ão.
Observação¹: No antigo plano de carreira, cada promoção, o GCM ascenderia para um posto e, em ato contínuo,
para um nível imediatamente superior.
Observação²: completar-se-ão.
A partir do último nível adquirido por mérito, acrescenta-se os níveis de escolaridade, visto que
eles são relativos à quantidade de que cada servidor apresentou.
Outro fator que é importante trazer à baila: se uma das premissas básicas da proposta da PBH é
aplicar a isonomia aos servidores que exerceram tal função na carreira da corporação até o ano de 2018,
então, por que a PBH não aplicou a mesma regra com a turma de 2011, na medida em que está
reconhecendo o tempo de função de coordenação, e não o mérito daqueles que também foram
promovidos?
3. APONTAMENTOS EM RELAÇÃO AOS GCD I
Conforme a proposta apresentada pela PBH no dia 23/11/2023, os Guarda de Classe Distinta I (GCD)
que exerceram a função de coordenação até dezembro de 2018, serão posicionados na tabela de níveis
horizontais: somando tempo de coordenação, mérito e escolaridade. O resultado da soma seria o novo nível de
vencimento-base. Conforme o disposto na proposta, a qual afirma que será corrigida 100% das INCONSISTÊNCIAS
identificadas na carreira, trazendo para todos os guardas com a mesma trajetória no mesmo nível.
Entretanto, o NUSIND, na reunião de apresentação da proposta do dia 23/11/2023, questionou em
relação ao plano de carreira de 2019, o qual dispõe a LEI Nº 11.154, esta lei extinguiu o posto de GUARDA DE
CLASSE ESPECIAL (GCE) e, por sua vez, dividiu os servidores que estavam com mesmo tempo de coordenação
e, também, mesma trajetória no posto de GCE – níveis de vencimento-base e lapso temporal diferentes –, ferindo,
assim, o Princípio da Equidade e Isonomia, conforme assevera as premissas básicas da propo sta da PBH
A proposta da PBH tenta reorganizar o tempo de função de coordenação dos antigos GCEs, em que se iguala o
mesmo nível de vencimento-base pelo maior nível no posto de GCD I. Entretanto, a proposta não trata de maneira
isonômica a questão do lapso temporal deste posto, a qual se refere a uma diferença de 2 anos para próxima promoção.
Com isso, o NUSIND propôs que seja aplicada a mesma premissa isonômica: IGUALAR TAMBÉM O
TEMPO DE PROMOÇÃO para o posto de subinspetor. Nessa lógica, traria a verdadeira correção para os GCDs
I, que passaram na seleção interna de GUARDA DE CLASSE ESPECIAL EM 2015.
4. EM RELAÇÃO AO POSTO DE SUBINSPETOR
Na proposta da PBH, há pretensão de revogar o parágrafo 3º do artigo 11 da Lei 11.154/2019 sob o
argumento de trazer isonomia das promoções de postos de execução e coordenação para com os postos de
comando.
§3º A promoção para os postos do grupo de Comando se dará para o posto hierárquico subsequente ao
ocupado pelo servidor, no nível de vencimento- base cujo valor seja superior ao atual, em no mínimo 12%
(doze por cento).
Nesse ínterim, é isonômico tratar o artigo 17 da mesma forma, revogando-o. Assim, tanto os GCMs de 2023
quanto os antigos GCMs possam ter a oportunidade de apresentar os títulos de escolaridade e fazer jus aos níveis de
escolaridade. Conforme o exemplo abaixo dos termos a serem suprimidos:
Art. Será concedida progressão por escolaridade ao servidor enquadrado neste plano de carreira,
conforme art. 14 desta lei, aprovado e certificado em curso cujo nível de escolaridade seja superior ou
complementar àquele exigido para o provimento no seu cargo público e cujo conteúdo esteja
diretamente relacionado à carreira da GCMBH, desde que o curso tenha iniciado antes da vigência
desta lei, nos seguintes limites: (...)
Não restaurar a possibilidade de apresentar cursos para fazer jus aos níveis de escolaridade sob o
argumento que carreira da GCMBH possui benefícios demais em detrimento das outras carreiras dentro da PBH, é forma
desincentivar o profissional de se aperfeiçoar, ao passo que tal medida da PBH entra em dissonância com as outras
esferas do Poder Público, como por exemplo: o governo federal com a política pública de incentivo ao agente de segurança
pública por meio do PRONASCI 2.
POSTOS HIERÁRQUICOS DIFERANÇA DE % DOS VENCIMENTO-BASES
GCM III 12%
GCM II 12%
GCM I 12%
GCD II 12%
GCD I 12%
SUBINS 22%
INSP 20%
SUPERV 20%
SUPERINT 16%
Para além disso, é importante observar que os postos de execução e coordenação possuem uma diferença salarial
de 12% de um para outro – do GCM III ao GCD I. Contudo, à época, a PBH aplicou a mesma regra salarial dos postos
abaixo para os postos acima. Caso a PBH, revogue o parágrafo 3º do artigo 11 da Lei 11.154/2019, haverá uma
supervalorização dos postos de comando. Haja vista que, do último posto de coordenação para o primeiro posto de
comando, equivalem a 4 níveis e meio de valorização.
Ano
Observação¹: A partir de 2027, a proposta do NUSIND fica mais econômica em relação à proposta da PBH.
Observação²: Considerando o 13º salário, quinquênios (aproximados por ano de entrância), GDI e Adicional de Risco. Não
compõe o cálculo: adicional noturno, um terço de férias, reflexo BCMRI.
Valores aproximados
Impacto Financeiro
Previsão: proposta PBH X proposta 2 Milhões 2 Milhões 2 Milhões (-)3 Milhões (-)3 Milhões (-)3 Milhões
NUSIND¹
Observação¹: Se a proposta da PBH funcionasse, o custo seria de 14 milhões em relação ao plano atual.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estes foram os apontamentos do NUSIND demonstrou em relação à aplicabilidade das premissas básicas da proposta
da PBH. Caso a PBH reveja tais apontamos e venha corrigi-los, o Núcleo Representativo entende que a proposta
atenderá de maneira mais justa e isonômica a todos, bem como revolvendo 100% das inconsistências da carreira
hierárquica da GCMBH.
Atenciosamente,