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ATLAS AMBIENTAL
do Estado de Pernambuco
Recife 2014
ATLAS AMBIENTAL
do Estado de Pernambuco
Recife 2014
Governo do Estado de Pernambuco Unidade de Fomento e Gestão Instituto de Tecnologia de Pernambuco
de Projetos – UFGP
João Soares Lira Neto - ITEP
Governador Aline Fonseca de Oliveira
Frederico Cavalcanti Montenegro
Gerente
Carlos André Cavalcanti Diretor Presidente
Secretaria Estadual De Meio Ambiente Unidade de Geoprocessamento – UGEO Ivan Dornelas Falcone de Melo
e Sustentabilidade – Semas Marcos José Lacerda Diretor Executivo-Comercial
Hélvio Polito Lopes Filho Gerente José Geraldo Eugênio de França
Secretaria Executiva de Meio Ambiente Diretor Técnico-Científico
e Sustentabilidade Equipe Técnica
Patricia Mezzadre Verçosa
Jefferson Wagner de Lima Souza
Diretora Administrativa Financeira
Nahum Tabatchnik
Agência Estadual de Meio Ambiente Raoni Luna Santos Unidade de Geoinformação - UGEO
– CPRH Ruy de Azevedo Parahyba Filho Ana Mônica Correia
Paulo Teixeira de Farias Gerente
Diretor Presidente Estagiários
Aramis Leite de Lima
Waldecy Ferreira Farias Filho Wilson de Souza Barbosa Coordenação de Geodésia e Cartografia - LEGC
Diretoria de Controle de Fontes Poluidoras Charlene Albuquerque de Souza
Felipe José Alves Albuquerque
Nelson José Maricevich Coordenação de Conhecimento Geoespacial - LGCE
Fotografia
Diretoria de Gestão Territorial e Recursos Hídricos Wanderson dos Santos Sousa
Débora Crispim
Paulo Henrique Camaroti Coordenação de Meteorologia - LAMEP
Joice Brito
Diretoria Técnica Ambiental - DTA
Rodrigo Ferraz Responsável Técnica pela Produção Cartográfica
Cinthia Renata Vieira de Lima
Diretoria de Recursos Florestais e Biodiversidade Vanessa Costa Maranhão
Ouvidoria Ambiental
81.3182.8923
ouvidoriaambiental@cprh.pe.gov.br
Secretaria de
Meio Ambiente
e Sustentabilidade
ATLAS AMBIENTAL
do Estado de Pernambuco
Recife 2014
Copyright by©Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP)
ISBN: 978-85-64942-53-0
CDU 574(813.4)
Este livro pode ser reproduzido total ou parcialmente, exceto para fins comerciais, desde que citada a fonte.
Sumário
Prefácio
Unidades de Conservação Estaduais
Domícilios
Apresentação Unidades de Uso Sustentável
Vocação econômica
Bióticos
Saneamento básico - Abastecimento de água Unidades de Proteção Integral
Saneamento básico - Coleta de lixo Áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade
Unidades de Conservação estaduais, federais e municipais Estação Ecológica (ESEC)
Corredor de biodiversidade da Mata Atlântica
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Apresentação
Para caracterização ambiental deste Atlas foi realizado um levanta- que representa a tradução para a forma gráfica dos valores, variações e in-
mento documental, bibliográfico e cartográfico, abordando temas relacio- tensidades dos fatos ou fenômenos de interesse socioeconômico, expondo
nados aos biomas existentes no estado de Pernambuco, informações socio- uma síntese das informações quantitativas e qualitativas.
econômicas e, o foco principal, as Unidades de Conservação e os Sistemas A necessidade de dar visibilidade às Unidades da Conservação fez com
de Unidade de Conservação. que a composição do Atlas oferecesse como tema principal uma coleção
Este documento traz, em seu conteúdo, uma visão cartográfica que de mapas georreferenciados dessas áreas, onde são contempladas informa-
apresenta informações distribuídas em mapas temáticos com temas varia- ções por meio de textos, tabelas, fotos e imagens.
dos, envolvendo os meios físico, biológico e antrópico. Estes dados representam um importante apoio às atividades de con-
Também são elencados os biomas do Estado, mostrando a variedade servação e preservação de áreas consideradas especiais.
de formações florísticas. O Atlas apresenta uma coletânea de cartogramas,
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Biomas do estado
de Pernambuco
O estado de Pernambuco apresenta dois grandes e importantes bio- está relacionado às margens de baías, barras, enseadas, desembocaduras
mas: a Mata Atlântica (e ecossistemas associados) e a Caatinga. de rios, lagunas e reentrâncias costeiras onde haja encontro de águas de
rios com a do mar, ou diretamente expostos à linha da costa.
Mata Atlântica A cobertura vegetal, ao contrário do que acontece nas praias areno-
A Mata Atlântica, com uma variedade de formações, engloba um di- sas e nas dunas, instala-se em substratos de vasa de formação recente, de
versificado conjunto de ecossistemas florestais com estrutura e composi- pequena declividade, sob a ação diária das marés de água salgada ou, pelo
ções florísticas bastante diferenciadas, acompanhando as características menos, salobra. A riqueza biológica dos ecossistemas costeiros faz com que
climáticas da região onde ocorre: essas áreas sejam grandes “berçários” naturais, tanto para as espécies ca-
• Floresta ombrófila densa é uma mata perenifólia, sempre verde com racterísticas desses ambientes, como para peixes e outros animais que mi-
dossel de até 50 m; gram para as áreas costeiras durante, pelo menos, uma fase do ciclo de sua
• A Floresta ombrófila aberta é considerada uma área de transição vida. Em Pernambuco, existem cerca de 270 km 2 de manguezais espalha-
entre a Floresta Amazônica e as áreas extra-amazônicas; dos, principalmente, em regiões de Goiana e Megaó, Itapessoca, Jaguaribe,
• A Floresta estacional semidecidual tem árvores caducifólias (que Canal de Santa Cruz, Timbó, Paratibe, Beberibe, Capibaribe, Jaboatão e Pira-
perdem as folhas); pama, Massangana e Tatuoca, Ipojuca, Maracaípe, Sirinhaém, Rio Formoso,
• Os Brejos de altitude nordestinos são encraves da Mata Atlântica, Ilhetas e Mamucabas e Una.
formando ilhas de floresta úmida em plena região semiárida cercadas por
vegetação de caatinga. Ecossistemas associados da Mata Atlântica: Restinga
Como ecossistemas associados da Mata Atlântica, temos ainda os É outro ecossistema costeiro que recebe influência direta do mar. Tem
manguezais e as restingas. solo arenoso e vegetação psamófila (que tem preferência por solos areno-
sos) e halófila (aguenta amplas variações de salinidade). Pode ser formado
Ecossistemas associados da Mata Atlântica: Manguezal por vegetação rastejante, arbórea ou uma mescla de ambas.
O manguezal é considerado um ecossistema costeiro de transição entre
os ambientes terrestre e marinho. Característico de regiões tropicais e sub-
tropicais, está sujeito ao regime das marés, dominado por espécies vegetais
típicas, as quais se associam a outros componentes vegetais e animais, e
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Mata Atlântica abriga riqueza
de ecossistemas
Caracterização
A Caatinga tem uma fisionomia de deserto, com índices pluviométricos
muito baixos, em torno de 500 a 700 mm anuais. A temperatura média situ-
a-se entre 25°C e 29°C e varia pouco durante o ano. Além dessas condições
climáticas rigorosas, a região da Caatinga está submetida a ventos fortes e
secos, que contribuem para a aridez da paisagem nos meses de seca.
As plantas da Caatinga possuem adaptações ao clima, tais como folhas
transformadas em espinhos, cutículas altamente impermeáveis e caules su-
culentos. Todas essas adaptações lhes conferem um aspecto característico
denominado xeromorfismo (do grego xeros, seco, e morphos, forma, aspec-
to).
Duas adaptações importantes à vida das plantas na Caatinga são a que
da das folhas na estação seca e a presença de sistemas de raízes bem desen-
volvidos. A perda das folhas é uma adaptação para reduzir a perda de água
por transpiração. Já as raízes bem desenvolvidas aumentam a capacidade
de obter água do solo.
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Unidades de Conservação
e seus Sistemas (SNUC e SEUC)
A gestão ambiental visa ordenar as atividades humanas para que es- racterísticas comuns, podemos destacar: apresentam aspectos ecológicos,
tas originem o menor impacto possível sobre o meio. Esta organização vai paisagísticos e/ou culturais especialmente importantes como, por exemplo,
desde a escolha das melhores técnicas até o cumprimento da legislação e a uma elevada biodiversidade, espécies raras e/ou ameaçadas de extinção e
alocação correta de recursos humanos e financeiros. amostras representativas de ecossistemas.
A prática da gestão ambiental introduz a variável ambiental no plane- Em 2000, o Brasil instituiu através da Lei Federal de nº 9.985, o Siste-
jamento. As áreas protegidas, por definição, são criadas por lei que, devido ma Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). Baseado no
as suas características especiais, têm o objetivo de permanecer preserva- Sistema Nacional, o estado de Pernambuco instituiu, em 2009, o Sistema
das. Tais características sempre estão relacionadas à função ambiental que Estadual de Unidades de Conservação da Natureza (SEUC) por meio da Lei
desempenham, ou seja, a proteção do solo contra a erosão, proteção dos nº 13.787/09, composto por um órgão consultivo e deliberativo, o Conselho
mananciais hídricos, das nascentes, da fauna e da flora, do patrimônio ge- Estadual do Meio Ambiente - Consema, um órgão central, a Secretaria de
nético e também dos locais de grande beleza cênica. Também podem de- Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS, um órgão gestor, a Agência Es-
sempenhar funções como a regulação do clima, proporcionando qualidade tadual de Meio Ambiente - CPRH, responsável pela administração e gestão
de vida às populações humanas. ambiental das Unidades de Conservação Estaduais, além dos órgãos com-
Define-se Unidade de Conservação (UC) como um espaço territorial plementares.
e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais com caracte- Ainda, em conformidade com o SEUC, as Unidades de Conservação di-
rísticas naturais relevantes legalmente instituídas pelo Poder Público com videm-se em dois Grupos de Proteção distribuídas em 13 categorias, sendo
objetivos de conservação e limites definidos sob regime especial de admi- a Reserva de Floresta Urbana uma categoria criada pelo Sistema Estadual de
nistração, a qual se aplicam garantias adequadas de proteção. As Unidades Pernambuco, devido a características locais, como a pressão urbana, sendo
de Conservação devem ter, em geral, os seguintes objetivos: conservação de estas áreas mantedoras de relevante importância ambiental.
ecossistemas, das paisagens e dos recursos naturais; conservação da biodi- Cada uma destas categorias de Unidades de Conservação tem objetivos
versidade e dos recursos genéticos; promoção da pesquisa científica; pro- de manejo diferenciados, pois visam cobrir a maior diversidade de situações
moção da educação ambiental, do ecoturismo e da recreação em contato a fim de melhor garantir a conservação do patrimônio natural e cultural.
com a natureza; e o planejamento territorial e ordenamento do processo No conjunto contribuem para o cumprimento dos macro objetivos da
de ocupação do solo, visando o desenvolvimento sustentável. Entre as ca- lei do SNUC: colaborar para a manutenção da diversidade biológica e dos
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recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais; proteger promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; e
as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional; contribuir promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza
para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais; no processo de desenvolvimento.
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Refúgio da Vida Silvestre (RVS) Mata do Sistema Gurjaú
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Bibliografia consultada
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Secretaria de
Meio Ambiente
e Sustentabilidade