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Aula № 8

Coluna Estratigráfica
Escala do tempo geológico
ÉONS ERAS PERÍODS
Quaternário
Cenozoico Neogeno
Paleogeno
Cretáceo
Mesozoico Jurássico
Triássico
Fanerozoico
Permiano
Carbonífero
Devoniano
Paleozoico
Siluriano
Ordoviciano
Cambriano
Ediacarano
Neoproterozoico Criogeniano
Toniano
Steniano
Mesoproterozoico Ectasiano
Proterozoico
Calymmiano
Statheriano
Orosiriano
Paleoproterozoico
Rhyaciano
Sideriano
Neoarqueano
Mesoarqueano
Arqueano
Paleoarqueano
Eoarqueano
Hadeano

Nosso planeta tem 4,54 bilhões de anos. Esse longo intervalo de tempo, chamado de
tempo geológico, foi dividido pelos cientistas, para fins de estudo e de entendimento da
evolução da Terra, em intervalos menores, chamados unidades cronoestratigráficas: éons,
eras, períodos, épocas e idades.

A palavra éon significa um intervalo de tempo muito grande, indeterminado. A história


da terra está dividida em quatro éons: Hadeano, Arqueano, Proterozoico e
Fanerozoico.
Com exceção do Hadeano, todos os éons são divididos em eras. Uma era geológica é
caracterizada pelo modo como os continentes e os oceanos se distribuíam e como os seres
vivos nela se encontravam.

O período, uma divisão da era, é a unidade fundamental na escala do tempo geológico.


Somente as eras do éon Arqueano não são divididas em períodos.

A época é um intervalo menor dentro de um período. Somente os períodos das eras do


éon Proterozoico não são divididos em épocas.

A idade, por fim, é a menor divisão do tempo geológico. Ela tem duração máxima de 6
milhões de anos, podendo ter menos de 1 milhão. Somente as épocas mais recentes são
divididas em idades.

A essas unidades cronoestratigráficas correspondem unidades cronogeológicas,


chamadas, respectivamente, eontema, era, sistema, série e andar.
O quadro acima mostra as três maiores divisões do tempo geológico, os éons, eras e
períodos. O que aconteceu de mais importante em cada uma dessas fases da história do
nosso planeta é o que se verá logo após.
É importante lembrar que os limites que marcam início e fim de períodos geológicos são
aproximados e há algumas divergências entre os autores sobre essas cifras.

Éons
Éon Hadeano
Fase da história da terra iniciada há 4,54 bilhões de anos, quando começou a formação
dos planetas do nosso sistema solar. Terminou há 3,85 bilhões de anos, quando aparecem
as primeiras rochas.
A União Internacional das Ciências Geológicas não reconhece esse éon, englobando o
intervalo de tempo a que ele se refere no Arqueano. Mas, a divisão Hadeano /Arqueano é
amplamente aceita por vários autores.

Éon Arqueano
O Arqueano começou há 3,85 bilhões de anos, com a formação das primeiras rochas, e
terminou há 2,5 bilhões de anos. O interior da Terra, era, no início desta fase de sua
história, muito quente, com um fluxo de calor era três vezes maior que hoje.
Na superfície, porém, as temperaturas não eram muito diferentes das atuais, porque,
acreditam os astrônomos, o Sol era 1/3 menos quente que hoje. Das rochas formadas
nesse éon, poucas existem hoje, devido às grandes transformações que a crosta terrestre
sofreu desde então. São rochas principalmente ígneas intrusivas e metamórficas.
A atividade vulcânica era consideravelmente maior que hoje. Não houve grandes
continentes até a fase final desse éon, apenas pequenas porções de terra que não
conseguiam se unir em massas maiores dada a intensa atividade geológica do planeta. A
atmosfera era rica em dióxido de carbono (CO2) e praticamente sem oxigênio.
A vida no Arqueano já existia, mas era representada provavelmente pelos procariontes,
organismos unicelulares primitivos, que não apresentavam seu material genético
delimitado por uma membrana. Os eucariontes, animais em que o núcleo da célula
está rodeado por essa membrana, não foram identificados em rochas desse período, mas
podem ter existido e não terem ficado preservados. Cianobactérias formaram “tapetes”
que ficaram preservados até hoje, e que são os estromatólitos.
O Arqueano divide-se em quatro eras:
 Eoarqueano (3,85-3,6 bilhões de anos), fase em que a Terra era ainda muito
bombardeada por meteoritos.
 Paleoarqeano (3,6 a 3,2 bilhões de anos), quando surgiram os primeiros
continentes. Mais para o final desta era, pode ter se formado um
supercontinente, chamado Vaalbara. Alguns cientistas acham que ainda não
havia placas tectônicas se movendo, mas outros acreditam que elas existiam
e que sua movimentação era mais intensa que hoje. Bactérias de 3,46 bilhões
de anos bem preservadas foram encontradas na Austrália.
 Mesoarqueano (3,2 a 2,8 bilhões de anos). No final desta era, o
supercontinente Vaalbara começou a se partir. Os estromatólitos
proliferavam na Terra.
 Neoarqueano (2,8 a 2,5 bilhões de anos). Era em que a tectônica de placas
pode ter sido bastante similar à de hoje. Há bacias sedimentares bem
preservadas e evidência de fraturas intracontinentais, colisões entre
continentes e eventos orogênicos de âmbito global bem disseminados. Pode
ter surgido e sido destruído um supercontinente, se não vários. A água era
predominantemente líquida e havia bacias oceânicas profundas que dariam
origem a formações ferríferas bandadas, depósitos de chert, sedimentos
químicos e basaltos na forma de pillow lavas (lavas em forma de
almofadas).
Éon Proterozoico
O Proterozóico começou há 2,5 bilhões de anos e estendeu-se até 542 milhões de anos
atrás. São dessa época rochas como as que formam o Gran Canyon, no Colorado (EUA).
Foi uma fase de transição, em que o oxigênio se acumulou na litosfera, formando óxidos,
principalmente de silício e ferro. As camadas de óxido de ferro formaram-se sobretudo
em torno de 2,5 a 2 milhões de anos.
Surgem os eucariontes e, um bilhão de anos atrás, muitos outros tipos de algas
começaram a aparecer, incluindo algas verdes e vermelhas.
Cerca de 900 milhões de anos atrás os continentes estavam reunidos numa única massa,
chamada Rodínia, que acabou se fragmentando no final desse éon, originando os
paleocontinentes Laurentia (América do Norte, Escócia, Irlanda do
Norte, Groenlândia), Báltica (parte centro-norte da Europa), Sibéria unida
ao Cazaquistão e Gonduana (América do Sul, África, Austrália, Antártida, Índia,
Península Ibérica - sul da França).

O Proterozóico é dividido em três eras:


 Paleoproterozoico (de 2,5 a 1,6 bilhões de anos), quando surgiram os
primeiros seres eucariontes.
 Mesoproterozoico (de 1,6 a 1,0 bilhão de anos). Era em que se formou o
supercontinente Rodínia (figura ao lado) e surgiu a reprodução animal
sexuada.
 Neoproterozoico (1,0 bilhão de anos a 542 milhões de anos). No final dessa
era, termina o éon Proterozóico e a longa fase da história da Terra que se
chamava até recentemenhte de Pré-Cambriano. Este nome compreende o
conjunto dos três eóns mais antigos da história do nosso planeta, intervalo
que abrange nada menos de 7/8 da história da Terra.
Dos períodos desse éon, merece destaque o mais recente, o Ediacarano, pela importância
dos fósseis encontrados em rochas de Ediacara, no sul da Austrália, a chamada Biota
Ediacarana. Ali, animais multicelulares marinhos, depois descobertos também em outras
regiões, viveram cerca de 700 milhões de anos atrás. Aparentemente, essea animais
sofreram extinção em massa ainda nesta era. O Neoproterozóico era chamado, até
recentementre, de Vendiano.
Éon Fanerozoico
É o éon atual, iniciado há 542 milhões de anos. Fanerozóico significa vida visível, por ser
o éon em que houve a grande explosão de vida no nosso planeta.
Está dividido em três eras – Paleozóico, Mesozoico e Cenozoico - e e a maior facilidade
de encontrar rochas e fósseis desse intervalo da história do planeta permite subdividi-las
em vários períodos, bem caracterizados.

Eras e seus Períodos


Era Paleozoico (Éon Proterozoico)
Era que vai de 542 a 251 milhões de anos. Corresponde a quase metade do éon
Fanerozóico, com pouco menos de 300 milhões de anos.
Nela a América do Sul, África, Índia e Austrália estavam unidas, formando o Continente
de Gondwana, e houve avanços e recuos (transgressões e regressões) do mar.
Foi a era em que se formaram as jazidas de carvão, tão importantes para a humanidade.
No primeiro dos seus períodos, o Cambriano, os animais tiveram grande diversificação
evolutiva, hoje chamada de “explosão cambriana”. No Permiano, porém, último período
dessa era, ocorreu, ao contrário, a maior extinção em massa de formas de vida animais e
vegetais verificada na Terra, com o fim, por exemplo, das Trilobitas.
No Paleozóico, estavam presentes todos os grandes grupos de invertebrados. No início
desta era, os animais eram principalmente marinhos
(graptólitos, trilobites, moluscos, briozoários, braquiópodes, equinodermos, corais, etc.).
A era Paleozóica durou 291 milhões de anos e está dividida em seis períodos
geológicos: Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano, do
mais antigo para o mais recente.
No Ordoviciano, surgiram os peixes de água doce. No Siluriano, apareceram as plantas
terrestres mais antigas que se conhece. No Devoniano, apareceram os insetos mais
antigos e os anfíbios. No Carbonífero e no Permiano, houve grandes florestas, que deram
origem às jazidas de carvão. Os répteis também surgiram no Carbonífero. Aves
e mamíferos ainda não existiam nessa era.
Vários grupos de animais, como os trilobitas, e de plantas só viveram na Era Paleozóica.

Período Cambriano(Era Paleozoico)


Começou 542 milhões e terminou 488,3 milhões de anos atrás. Os climas do
mundo eram suaves e não houve nenhuma glaciação. A maior parte América do
Norte estava em latitudes tropicais e temperadas do sul, o que permitiu o crescimento
de recifes. (Na gravura, a Terra no Cambriano)
Nesse período, aconteceu a maior diversificação da vida, evento conhecido
como explosão cambriana, pois ocorreu num intervalo de tempo relativamente curto.
Além de animais de corpo mole, surgem, no mar, outros, com carapaças duras, alguns
com pernas e outros apêndices. Foi quando apareceu a maioria dos principais grupos de
animais, entre eles os anelídeos, artrópodes, braquiópodes, equinodermos, moluscos e
esponjas. O domínio era dos trilobitas (extintos no Permiano) e dos braquiópodes.
Os vegetais eram representados por algas marinhas apenas. A Terra não tinha, portanto,
cobertura vegetal.

Período Ordoviciano (Era Paleozoico)


Iniciou há 488,3 milhões de anos e terminou 443,7 milhões de anos atrás.
Neste período, a maior área continental era o continente de Gondwana, localizado no
pólo Sul. Havia um grande oceano, o Pantalassa. (Na gravura, a Terra no Ordoviciano
Médio). As rochas ordovicianas são geralmente argilitos escuros, orgânicos, com restos
dos graptolitos, podendo ter sulfeto de ferro.
O clima do ordoviciano mostrava temperaturas médias e atmosfera muito úmida. No
final, porém, formaram-se grandes geleiras, o que causou provavelmente as extinções
maciças que caracterizam essa fase. Cerca de 60% de todos os gêneros e 25%
dos invertebrados marinhos de todas as famílias foram extintos.
Os invertebrados marinhos foram os animais
dominantes: graptozoários, trilobitas e braquiópodes. Com eles, viviam algas vermelhas e
verdes, peixes primitivos, cefalópodes, corais, crinóides, e gastrópodes. Os graptozoários,
comuns nesse período, são ótimos fósseis-guias pois delimitam zonas bioestrátigráficas.
Apareceram os primeiros vertebrados e animais gigantescos, como artrópodes marinhos
de 2 metros, além dos primeiros peixes sem mandíbula e com pares de nadadeiras.

Período Siluriano(Era Paleozoico)


Período compreendido entre 443,7 milhões e 416 milhões de anos atrás. Foi marcado por
derretimento das calotas polares e elevação do nível dos mares (Siluriano Médio na
gravura).
Surgiram recifes de corais e os primeiros peixes com mandíbula. Os artrópodes
invadiram o ambiente terrestre e, no final do período, apareceram animais e plantas em
áreas continentais. É o período de surgimento dos amonites.
Período Devoniano(Era Paleozoico)
Começou há 416 milhões de anos e terminou 359,2 milhões de anos atrás. É o “Período
dos Peixes”.
Nessa fase da história da Terra, apareceram plantas de pequeno porte e os corais
atingiram o apogeu. Surgiram os primeiros anfíbios, licopsídeos, insetos voadores e pré-
gimnospermas. Os graptólitos graptolóides extinguiram-se Devoniano Inferior. Os insetos
tiveram grande desenvolvimento e peixes começam a deixar a água, com transformação
de nadadeiras em quatro patas.
Na Alemanha, foi descoberto um escorpião marinho de 390 milhões de anos, que media
2,5 metros de comprimento (os atuais não chegam a 30 cm). Na gravura, a terra no
Devoniano Inferior.

Período Carbonífero(Era Paleozoico)


Vai de 359,2 a 299 milhões de anos atrás. Nele, surgiram os Montes Apalaches,
pelo choque da Europa e África com a costa leste dos Estados Unidos.
Na sua fase mais antiga, os graptólitos dendróides desapareceram da face da Terra. Foi o
período de surgimento de grandes florestas e consequente formação das grandes jazidas
de carvão (mas não as do Brasil). Árvores que caíam em pântanos eram soterradas sem se
decomporem, pois havia pouco oxigênio. O soterramento levava a um aumento da
temperatura, o que causava transformações químicas, resultando no carvão, através de
várias etapas: turfa – linhito – hulha – antracito.
No final do Carbonífero, os répteis adquiriram a capcidade de se reproduzir em terra. A
gravura acima msotra a Terra no Carbonífero Superior.
Período Permiano(Era Paleozoico)
Último período da Era Paleozóica, iniciado há 299 milhões de anos e encerrado 251
milhões de anos atrás. <Nele, os continentes uniram-se numa única massa, o
supercontinente Pangéia (na gravura, nosso planeta no Permiano Supeior).
A fauna terrestre do período Permiano foi dominada por insetos semelhantes a baratas e
animais que não eram nem répteis nem mamíferos e pertenciam ao grupo dos Synapsida.
Nas águas doces, havia anfíbios gigantes e no mar, tubarões primitivos,
moluscos cefalópodes, braquiópodes, trilobitas e artrópodes gigantescos conhecidos
como Eurypterida ou escorpiões do mar eram os animais dominantes. As únicas criaturas
voadoras do período eram parentes gigantes das libélulas.
A flora era caracterizada por árvores do gênero Glossopteris, cujos folhas são
frequentemente encontradas nas camadas de carvão do sul do Brasil. Este é o fóssil mais
antigo do período Permiano encontrado até hoje. Também répteis como
o Mesosaurus são encontrados em camadas do Folhelho Irati, do permiano brasileiro.
O final do período é marcado por uma extinção em massa de proporções nunca antes
ocorridas, quando 95% da vida na Terra desapareceu, evento conhecido como Extinção
Permiana. Com ela, sumiram os trilobitas, e os répteis tiveram grande desenvolvimento,
dominando a era seguinte, o Mesozóico.

Era Mesozoico
Era geológica do éon Fanerozóico que está compreendida entre 251 milhões e 65,5
milhões de anos atrás e que compreende os períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo
Quando o Mesozóico começou, havia um único continente, a Pangéia. Ele viria depois a
se fragmentar em dois, a Laurásia, ao Norte e o Gondwana, ao Sul. A ruptura da Pangéia
foi acompanhada de extenso vulcanismo, e os basaltos que assim se formaram cobrem
hoje uma extensão de 1.200.000 km2 no sul do Brasil e países vizinhos.
O clima era inicialmente árido, originando-se vasto deserto arenoso
É uma era conhecida sobretudo pelo surgimento, domínio e brusca extinção
dos dinossauros, pterossauros e plesiossauros. No Mesozóico, eles conquistaram a Terra e
desapareceram de modo repentino, provávelmente devido à queda de um enorme
meteorito. Esse choque causou o que se acredita ser a segunda maior extinção em massa
da terra, menor apenas que a do Permiano.
Os mamíferos desenvolveram-se nessa era, mas tinham. em geral, o tamanho dos atuais
ratos. Os amonites também foram importantes nessa fase da história da Terra. Surgiram
as primeiras aves e as primeiras plantas com flores (Angiospermas).

Período Triássico (Era Mesozoico)


O primeiro período do Mesozoico começou há 251 milhões de anos e terminou 199,6
milhões de anos atrás.
Nessa fase da história da Terra, a América do Sul possuía vastas áreas de desertos
arenosos, cujas areias viriam a formar o Arenito Botucatu, principal rocha do Aqüífero
Guarani. (Na gravura, a Terra no Triássico Inferior.).
Nesse período, os répteis dividiram-se em muitos grupos e ocuparam diversos habitats.
Surgiram os primeiros dinossauros e os primeiros mamíferos ovíparos.
No Rio Grande do Sul, há uma grande área com rochas desse período (230 milhões de
anos) que possui vários sítios paleontológicos, nas formações Santa Rita e Caturrita.
Nesses sítios são encontrados os fósseis de antigos animais vertebrados
como: Rincosaurus, Stauricosaurus, Guaibasaurus, Saturnalia tupiniquim, Sacisaurus e
muitos outros.
A flora viu florescerem as coníferas, árvores de grande porte.
Período Jurássico (Era Mesozoico)
O segundo período do Mesozóico começou há 199,6 milhões de anos e terminou 145,5
milhões de anos atrás.
Foi o periodo em que a Pangéia começou a se dividir, originando a Laurásia (ao Norte) e
o Gondwana (ao Sul). Este dividiu-se também, originando a África e a America do Sul
(ver ao aldo como era Terra no Jurássico Inferior).
As maiores formas de vida que nele viveram foram os répteis marinhos
(ictiossauros, plesiossauros e crocodilos), bem como os peixes.
Em terra, os grandes répteis (arcossauros) permaneceram dominantes. O Jurássico foi a
idade de ouro dos grandes saurópodes, como o Apatosaurus e o Diplodocus. Eles foram
alimento para grandes terópodes (Ceratosaurus, Megalosaurus e Alossaurus). Também
no Jurássico surgiram os mamíferos marsupiais.
No ar, desenvolveram-se os primeiros pássaros, a partir de pequenos dinossauros, como
o Compsognathus. Os pterossauros eram comuns.
Na flora, a novidade foi o surgimento das plantas com flores.
Período Cretáceo (Era Mesozoico)
O último período da Era Mesozóica começou há 145,5 milhões de anos e terminou 65,5
milhões de anos atrás. Nele, os continentes começaram a adquirir a atual conformação
(na gravura, a terra no Cretáceo Superior) e os dinossauros alcançaram seu apogeu,
sofrendo, porém, uma extinção em massa no final do período, quando desapareceram
também muitas outras espécies animais e vegetais. Dos répteis, só restaram crocodilos,
lagartos, tartarugas e cobras. A teoria mais aceita para explicar isso é a queda de um
meteorito com 10 km de diâmetro na península de Yucatán, no México, o que levantou
uma quantidade de poeira suficiente para cobrir a Terra por meses, matando as plantas,
depois os dinossauros herbívoros e por fim os carnívoros.
Após o fim dos dinossauros, houve e a diversificação dos mamíferos (alguns tornaram-se
enormes) e o auge do desenvolvimento das aves. Também no Cretáceo surgiram
os mamíferos placentários primitivos e as plantas com flores.

Era Cenozoica
O Cenozoico é a era geológica que iniciou há 65,5 milhões de anos e que se estende até
os dias atuais. Antigamente, era dividida nos períodos Terciário e Quaternário.
Posteriormente, eles passaram a se chamar Paleogeno (o Terciário) e Neogeno (o
Quaternário). Em maio de 2009, uma decisão da Comissão Internacional de Estratigrafia,
ratificada, em junho, pela União de Ciências Geológicas, reabilitou o Quaternário, sem,
todavia, extinguir o Paleogeno e o Neogeno.
Desse modo, o Cenozoico está agora dividido em três períodos: - Paleogeno (de 65,5
milhões de anos a 23,03 milhões de anos atrás), compreendendo as épocas Paleoceno,
Eoceno e Oligoceno.
- Neogeno (de 23,03 milhões de anos a 2,6 milhões de anos atrás), com as épocas
Mioceno e Plioceno.
- Quaternário (de 2,6 milhões de anos atrás até ao presente), com as épocas Pleistoceno e
Holoceno.
Foi no Cenozoico que a superfície da Terra assumiu sua forma atual. Houve muita
atividade vulcânica e a formação das grandes cadeias montanhosas, como os Andes,
os Alpes e o Himalaia.
O Cenozoico tem sido um era de resfriamento a longo prazo, com um leve aquecimento
no Mioceno.
A Austrália separou-se completamente da Antártida durante o Oligoceno, terceira época
do Paleogeno.
A América do Sul achava-se unida à América do Norte no início dessa era, mas
separaram-se e assim ficaram durante grande parte do Cenozóico, voltando a se unir,
através do istmo do Panamá. Isso explica certas característics da fauna do continente
americano. No Cenozóico, apareceram 28 ordens de mamíferos, dezesseis das quais
ainda vivem.
Por outro lado, a América do Norte manteve ligação com a Ásia durante grande parte da
era.
A Austrália, que se isolara no Cretáceo, assim continua até hoje, o que explica sua fauna
com características muito próprias.
No Eoceno, surgiu o cavalo primitivo, no hemisfério Norte. O cavalo atual apareceu na
América do Norte, mas bem mais tarde.
No Pleistoceno, ocorreu uma grande glaciação no hemisfério norte e uma bem menor no
hemisfério sul, daí ser essa época chamada de Idade do Gelo. .
Também no Pleistoceno, apareceu o hominídeo mais antigo que se conhece, o Homo
heidelbergensis, há cerca de 450.000 anos. Para alguns autores, o Homo sapiens teria
surgido há cerca de 250.000 anos, antes do Homo neanderthalensis. Outros autores falam
em 150.000 anos e outros ainda, em mais de 300.000.
No Pleistoceno Inferior, viveram vários hominídeos, como Australopithecus, da África
do Sul; Pithecanthropus erectus ou homem de Java; Sinanthropus pekinensis ou homem
de Pequim.

Período Paleogeno (Era Cenozoica)


Período da Era Cenozóica iniciado há 65,5 milhões de anos e encerrado 23,03 milhões de
anos atrás. Divide-se nas épocas Paleoceno, Eoceno e Oligoceno, da mais antiga para a
mais recente.
É o período do aparecimento dos mamíferos modernos, com extinção das espécies
arcaicas. Verificou-se evolução também das espécies pastadoras.
Na gravura, a Terra no Eoceno.

Período Neogeno (Era Cenozoica)


O Neogeno iniciou há 23,03 milhões de anos e se estende até 2,6 milhões de anos atrás.
Divide-se nas épocas Mioceno e Plioceno, da mais antiga para a mais recente. A gravura
ao lado mostra a terra no Mioceno.
É o período da expansão dos mamiferos de grande porte, embora muitos tenham tenham
sido extintos, e do aparecimento dos hominídeos primitivos.
Na fase atual do Neogeno, o grupo animal dominante são os mamíferos.

Período Quaternário (Era Cenozoica)


Período inciado há 2,6 milhoes dee anos e que se estende até aos dias de hoje. Nele
apareceu o Homo sapiens e na época atual do Quaternário, o Holoceno, o grupo animal
dominante são os mamíferos.

O ano geológico
Os 4,54 bilhões de anos de idade do nosso planeta são um intervalo de tempo tão grande
que é impossível a um ser humano captar seu real significado. Aliás, nem mesmo 1
milhão de anos podemos conceber o que seja. Por isso, uma das maneiras de torná-lo
algo mais real e assimilável é comprimi-lo no intervalo de um ano, este, sim, um
fragmento de história que conseguimos entender bem.
Assim, fazendo, obtém-se, por exemplo, as seguintes datas:
1º de janeiro – início da formação da Terra.
24 de fevereiro – formação das primeiras rochas.
24 de fevereiro a 17 de março – a Terra é muito bombardeada por meteoritos.
17 de março a 18 de abril - surgem os primeiros continentes. Em 28 de março já existem
bactérias.
18 de abril a 20 de maio – formam-se estromatólitos por toda a Terra.
20 de maio a 13 de junho - há bacias sedimentares, evidências de fraturas
intracontinentais, colisões entre continentes e eventos orogênicos de âmbito global bem
disseminados.
13 de junho a 24 de agosto - surgem os primeiros seres eucariontes.
24 de agosto a 12 de outubro - surge a reprodução animal sexuada.
12 de outubro a 17 de novembro – surge a biota Ediacarana, entre 10 e 17 de novembro.
17 a 22 de novembro - o clima é suave em todo o mundo. Surgem
os anelídeos, artrópodes, braquiópodes, equinodermos, moluscos e esponjas, entre outros
anmais. Domínio dos trilobitas e dos braquiópodes. Vegetais são representados apenas
por algas marinhas, não havendo cobertura vegetal na Terra.
22 a 25 de novembro - clima mostra temperaturas médias e atmosfera muito úmida. No
final do período, porém, formaram-se grandes geleiras, provável causa do
desaparecimento de cerca de 60% de todos os gêneros e 25% dos invertebrados marinhos
de todas as famílias. Aparecem os primeiros animais gigantescos, artrópodes marinhos
com 2 metros, e os primeiros peixes sem mandíbula e com pares de nadadeiras.
25 a 28 de novembro - derretimento das calotas polares e elevação do nível dos mares.
Surgem recifes de corais e os primeiros peixes com mandíbula. Os artrópodes invadem o
ambiente terrestre e, no final do período, aparecem animais e plantas em áreas
continentais. Surgem os amonites.
28 de novembro a 2 de dezembro - aparecem plantas de pequeno porte e os corais
atingem o apogeu. Surgem os primeiros anfíbios. Insetos têm grande desenvolvimento e
peixes começam a deixar a água, com transformação de nadadeiras em quatro patas.
2 a 7 de dezembro - formação de grandes jazidas de carvão. Nos últimos dias desse
intervalo, os répteis adquirem a capacidade de se reproduzir em terra.
7 a 11 de dezembro - os continentes unem-se e formam a Pangéia. Fauna terrestre é
dominada por insetos semelhantes a baratas e animais que não são nem répteis nem
mamíferos (os Synapsida). Nas águas doces, há anfíbios gigantes e no mar, tubarões
primitivos, moluscos cefalópodes, braquiópodes, trilobitas e artrópodes gigantescos são
os animais dominantes. Únicas criaturas voadoras são parentes gigantes das libélulas.
Flora Glossopteris. Répteis como o Mesosaurus. No fim do intervalo, extinção de 95%
da vida na Terra, acabando com os trilobitas, mas permitindo desenvolvimento dos
répteis.
11 a 15 de dezembro - América do Sul é um vasto deserto arenoso. Os répteis dividem-se
em muitos grupos e ocupam diversos habitats. Surgem os primeiros dinossauros e os
primeiros mamíferos ovíparos. Florescem as coníferas.
15 a 19 de dezembro - Pangéia começa a se dividir. As maiores formas de vida são os
répteis marinhos (ictiossauros, plesiossauros e crocodilos), bem como os peixes. Em
terra, os grandes répteis (arcossauros) permanecem dominantes. No ar, desenvolvem-se
os primeiros pássaros e os pterossauros são comuns. Surgem plantas com flores.
19 a 25 de dezembro - os continentes começam a adquirir a atual conformação e
os dinossauros alcançaram seu apogeu, sofrendo, porém, uma extinção em massa às 18 h
do dia 25. Surgem mamíferos placentários primitivos e plantas com flores.
25 a 29 de dezembro – surgem os mamíferos modernos, extinguindo-se as espécies
arcaicas.
29 a 31 de dezembro - expansão dos mamiferos de grande porte, embora muitos tenham
tenham sido extintos, e aparecimento dos hominideos primitivos, que usavam
ferramentas. O Homo sapiens surge no dia 31 de dezembro, às 23h 36min 51s.

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