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Coluna Estratigráfica
Escala do tempo geológico
ÉONS ERAS PERÍODS
Quaternário
Cenozoico Neogeno
Paleogeno
Cretáceo
Mesozoico Jurássico
Triássico
Fanerozoico
Permiano
Carbonífero
Devoniano
Paleozoico
Siluriano
Ordoviciano
Cambriano
Ediacarano
Neoproterozoico Criogeniano
Toniano
Steniano
Mesoproterozoico Ectasiano
Proterozoico
Calymmiano
Statheriano
Orosiriano
Paleoproterozoico
Rhyaciano
Sideriano
Neoarqueano
Mesoarqueano
Arqueano
Paleoarqueano
Eoarqueano
Hadeano
Nosso planeta tem 4,54 bilhões de anos. Esse longo intervalo de tempo, chamado de
tempo geológico, foi dividido pelos cientistas, para fins de estudo e de entendimento da
evolução da Terra, em intervalos menores, chamados unidades cronoestratigráficas: éons,
eras, períodos, épocas e idades.
A idade, por fim, é a menor divisão do tempo geológico. Ela tem duração máxima de 6
milhões de anos, podendo ter menos de 1 milhão. Somente as épocas mais recentes são
divididas em idades.
Éons
Éon Hadeano
Fase da história da terra iniciada há 4,54 bilhões de anos, quando começou a formação
dos planetas do nosso sistema solar. Terminou há 3,85 bilhões de anos, quando aparecem
as primeiras rochas.
A União Internacional das Ciências Geológicas não reconhece esse éon, englobando o
intervalo de tempo a que ele se refere no Arqueano. Mas, a divisão Hadeano /Arqueano é
amplamente aceita por vários autores.
Éon Arqueano
O Arqueano começou há 3,85 bilhões de anos, com a formação das primeiras rochas, e
terminou há 2,5 bilhões de anos. O interior da Terra, era, no início desta fase de sua
história, muito quente, com um fluxo de calor era três vezes maior que hoje.
Na superfície, porém, as temperaturas não eram muito diferentes das atuais, porque,
acreditam os astrônomos, o Sol era 1/3 menos quente que hoje. Das rochas formadas
nesse éon, poucas existem hoje, devido às grandes transformações que a crosta terrestre
sofreu desde então. São rochas principalmente ígneas intrusivas e metamórficas.
A atividade vulcânica era consideravelmente maior que hoje. Não houve grandes
continentes até a fase final desse éon, apenas pequenas porções de terra que não
conseguiam se unir em massas maiores dada a intensa atividade geológica do planeta. A
atmosfera era rica em dióxido de carbono (CO2) e praticamente sem oxigênio.
A vida no Arqueano já existia, mas era representada provavelmente pelos procariontes,
organismos unicelulares primitivos, que não apresentavam seu material genético
delimitado por uma membrana. Os eucariontes, animais em que o núcleo da célula
está rodeado por essa membrana, não foram identificados em rochas desse período, mas
podem ter existido e não terem ficado preservados. Cianobactérias formaram “tapetes”
que ficaram preservados até hoje, e que são os estromatólitos.
O Arqueano divide-se em quatro eras:
Eoarqueano (3,85-3,6 bilhões de anos), fase em que a Terra era ainda muito
bombardeada por meteoritos.
Paleoarqeano (3,6 a 3,2 bilhões de anos), quando surgiram os primeiros
continentes. Mais para o final desta era, pode ter se formado um
supercontinente, chamado Vaalbara. Alguns cientistas acham que ainda não
havia placas tectônicas se movendo, mas outros acreditam que elas existiam
e que sua movimentação era mais intensa que hoje. Bactérias de 3,46 bilhões
de anos bem preservadas foram encontradas na Austrália.
Mesoarqueano (3,2 a 2,8 bilhões de anos). No final desta era, o
supercontinente Vaalbara começou a se partir. Os estromatólitos
proliferavam na Terra.
Neoarqueano (2,8 a 2,5 bilhões de anos). Era em que a tectônica de placas
pode ter sido bastante similar à de hoje. Há bacias sedimentares bem
preservadas e evidência de fraturas intracontinentais, colisões entre
continentes e eventos orogênicos de âmbito global bem disseminados. Pode
ter surgido e sido destruído um supercontinente, se não vários. A água era
predominantemente líquida e havia bacias oceânicas profundas que dariam
origem a formações ferríferas bandadas, depósitos de chert, sedimentos
químicos e basaltos na forma de pillow lavas (lavas em forma de
almofadas).
Éon Proterozoico
O Proterozóico começou há 2,5 bilhões de anos e estendeu-se até 542 milhões de anos
atrás. São dessa época rochas como as que formam o Gran Canyon, no Colorado (EUA).
Foi uma fase de transição, em que o oxigênio se acumulou na litosfera, formando óxidos,
principalmente de silício e ferro. As camadas de óxido de ferro formaram-se sobretudo
em torno de 2,5 a 2 milhões de anos.
Surgem os eucariontes e, um bilhão de anos atrás, muitos outros tipos de algas
começaram a aparecer, incluindo algas verdes e vermelhas.
Cerca de 900 milhões de anos atrás os continentes estavam reunidos numa única massa,
chamada Rodínia, que acabou se fragmentando no final desse éon, originando os
paleocontinentes Laurentia (América do Norte, Escócia, Irlanda do
Norte, Groenlândia), Báltica (parte centro-norte da Europa), Sibéria unida
ao Cazaquistão e Gonduana (América do Sul, África, Austrália, Antártida, Índia,
Península Ibérica - sul da França).
Era Mesozoico
Era geológica do éon Fanerozóico que está compreendida entre 251 milhões e 65,5
milhões de anos atrás e que compreende os períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo
Quando o Mesozóico começou, havia um único continente, a Pangéia. Ele viria depois a
se fragmentar em dois, a Laurásia, ao Norte e o Gondwana, ao Sul. A ruptura da Pangéia
foi acompanhada de extenso vulcanismo, e os basaltos que assim se formaram cobrem
hoje uma extensão de 1.200.000 km2 no sul do Brasil e países vizinhos.
O clima era inicialmente árido, originando-se vasto deserto arenoso
É uma era conhecida sobretudo pelo surgimento, domínio e brusca extinção
dos dinossauros, pterossauros e plesiossauros. No Mesozóico, eles conquistaram a Terra e
desapareceram de modo repentino, provávelmente devido à queda de um enorme
meteorito. Esse choque causou o que se acredita ser a segunda maior extinção em massa
da terra, menor apenas que a do Permiano.
Os mamíferos desenvolveram-se nessa era, mas tinham. em geral, o tamanho dos atuais
ratos. Os amonites também foram importantes nessa fase da história da Terra. Surgiram
as primeiras aves e as primeiras plantas com flores (Angiospermas).
Era Cenozoica
O Cenozoico é a era geológica que iniciou há 65,5 milhões de anos e que se estende até
os dias atuais. Antigamente, era dividida nos períodos Terciário e Quaternário.
Posteriormente, eles passaram a se chamar Paleogeno (o Terciário) e Neogeno (o
Quaternário). Em maio de 2009, uma decisão da Comissão Internacional de Estratigrafia,
ratificada, em junho, pela União de Ciências Geológicas, reabilitou o Quaternário, sem,
todavia, extinguir o Paleogeno e o Neogeno.
Desse modo, o Cenozoico está agora dividido em três períodos: - Paleogeno (de 65,5
milhões de anos a 23,03 milhões de anos atrás), compreendendo as épocas Paleoceno,
Eoceno e Oligoceno.
- Neogeno (de 23,03 milhões de anos a 2,6 milhões de anos atrás), com as épocas
Mioceno e Plioceno.
- Quaternário (de 2,6 milhões de anos atrás até ao presente), com as épocas Pleistoceno e
Holoceno.
Foi no Cenozoico que a superfície da Terra assumiu sua forma atual. Houve muita
atividade vulcânica e a formação das grandes cadeias montanhosas, como os Andes,
os Alpes e o Himalaia.
O Cenozoico tem sido um era de resfriamento a longo prazo, com um leve aquecimento
no Mioceno.
A Austrália separou-se completamente da Antártida durante o Oligoceno, terceira época
do Paleogeno.
A América do Sul achava-se unida à América do Norte no início dessa era, mas
separaram-se e assim ficaram durante grande parte do Cenozóico, voltando a se unir,
através do istmo do Panamá. Isso explica certas característics da fauna do continente
americano. No Cenozóico, apareceram 28 ordens de mamíferos, dezesseis das quais
ainda vivem.
Por outro lado, a América do Norte manteve ligação com a Ásia durante grande parte da
era.
A Austrália, que se isolara no Cretáceo, assim continua até hoje, o que explica sua fauna
com características muito próprias.
No Eoceno, surgiu o cavalo primitivo, no hemisfério Norte. O cavalo atual apareceu na
América do Norte, mas bem mais tarde.
No Pleistoceno, ocorreu uma grande glaciação no hemisfério norte e uma bem menor no
hemisfério sul, daí ser essa época chamada de Idade do Gelo. .
Também no Pleistoceno, apareceu o hominídeo mais antigo que se conhece, o Homo
heidelbergensis, há cerca de 450.000 anos. Para alguns autores, o Homo sapiens teria
surgido há cerca de 250.000 anos, antes do Homo neanderthalensis. Outros autores falam
em 150.000 anos e outros ainda, em mais de 300.000.
No Pleistoceno Inferior, viveram vários hominídeos, como Australopithecus, da África
do Sul; Pithecanthropus erectus ou homem de Java; Sinanthropus pekinensis ou homem
de Pequim.
O ano geológico
Os 4,54 bilhões de anos de idade do nosso planeta são um intervalo de tempo tão grande
que é impossível a um ser humano captar seu real significado. Aliás, nem mesmo 1
milhão de anos podemos conceber o que seja. Por isso, uma das maneiras de torná-lo
algo mais real e assimilável é comprimi-lo no intervalo de um ano, este, sim, um
fragmento de história que conseguimos entender bem.
Assim, fazendo, obtém-se, por exemplo, as seguintes datas:
1º de janeiro – início da formação da Terra.
24 de fevereiro – formação das primeiras rochas.
24 de fevereiro a 17 de março – a Terra é muito bombardeada por meteoritos.
17 de março a 18 de abril - surgem os primeiros continentes. Em 28 de março já existem
bactérias.
18 de abril a 20 de maio – formam-se estromatólitos por toda a Terra.
20 de maio a 13 de junho - há bacias sedimentares, evidências de fraturas
intracontinentais, colisões entre continentes e eventos orogênicos de âmbito global bem
disseminados.
13 de junho a 24 de agosto - surgem os primeiros seres eucariontes.
24 de agosto a 12 de outubro - surge a reprodução animal sexuada.
12 de outubro a 17 de novembro – surge a biota Ediacarana, entre 10 e 17 de novembro.
17 a 22 de novembro - o clima é suave em todo o mundo. Surgem
os anelídeos, artrópodes, braquiópodes, equinodermos, moluscos e esponjas, entre outros
anmais. Domínio dos trilobitas e dos braquiópodes. Vegetais são representados apenas
por algas marinhas, não havendo cobertura vegetal na Terra.
22 a 25 de novembro - clima mostra temperaturas médias e atmosfera muito úmida. No
final do período, porém, formaram-se grandes geleiras, provável causa do
desaparecimento de cerca de 60% de todos os gêneros e 25% dos invertebrados marinhos
de todas as famílias. Aparecem os primeiros animais gigantescos, artrópodes marinhos
com 2 metros, e os primeiros peixes sem mandíbula e com pares de nadadeiras.
25 a 28 de novembro - derretimento das calotas polares e elevação do nível dos mares.
Surgem recifes de corais e os primeiros peixes com mandíbula. Os artrópodes invadem o
ambiente terrestre e, no final do período, aparecem animais e plantas em áreas
continentais. Surgem os amonites.
28 de novembro a 2 de dezembro - aparecem plantas de pequeno porte e os corais
atingem o apogeu. Surgem os primeiros anfíbios. Insetos têm grande desenvolvimento e
peixes começam a deixar a água, com transformação de nadadeiras em quatro patas.
2 a 7 de dezembro - formação de grandes jazidas de carvão. Nos últimos dias desse
intervalo, os répteis adquirem a capacidade de se reproduzir em terra.
7 a 11 de dezembro - os continentes unem-se e formam a Pangéia. Fauna terrestre é
dominada por insetos semelhantes a baratas e animais que não são nem répteis nem
mamíferos (os Synapsida). Nas águas doces, há anfíbios gigantes e no mar, tubarões
primitivos, moluscos cefalópodes, braquiópodes, trilobitas e artrópodes gigantescos são
os animais dominantes. Únicas criaturas voadoras são parentes gigantes das libélulas.
Flora Glossopteris. Répteis como o Mesosaurus. No fim do intervalo, extinção de 95%
da vida na Terra, acabando com os trilobitas, mas permitindo desenvolvimento dos
répteis.
11 a 15 de dezembro - América do Sul é um vasto deserto arenoso. Os répteis dividem-se
em muitos grupos e ocupam diversos habitats. Surgem os primeiros dinossauros e os
primeiros mamíferos ovíparos. Florescem as coníferas.
15 a 19 de dezembro - Pangéia começa a se dividir. As maiores formas de vida são os
répteis marinhos (ictiossauros, plesiossauros e crocodilos), bem como os peixes. Em
terra, os grandes répteis (arcossauros) permanecem dominantes. No ar, desenvolvem-se
os primeiros pássaros e os pterossauros são comuns. Surgem plantas com flores.
19 a 25 de dezembro - os continentes começam a adquirir a atual conformação e
os dinossauros alcançaram seu apogeu, sofrendo, porém, uma extinção em massa às 18 h
do dia 25. Surgem mamíferos placentários primitivos e plantas com flores.
25 a 29 de dezembro – surgem os mamíferos modernos, extinguindo-se as espécies
arcaicas.
29 a 31 de dezembro - expansão dos mamiferos de grande porte, embora muitos tenham
tenham sido extintos, e aparecimento dos hominideos primitivos, que usavam
ferramentas. O Homo sapiens surge no dia 31 de dezembro, às 23h 36min 51s.