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GUIA

CONSTRUÇÃO DE MOVIMENTO
ATRAVÉS DE SEQUÊNCIAS

BORA MEU POLVOOO!


Oi, meus polvos!

Meu nome é Mariana Dias. Sou fisioterapeuta,


instrutora do Grupo VOLL e estou muito feliz que
você baixou este conteúdo. Tenho certeza que
ele será muito enriquecedor para a rotina das
suas aulas.

Vamos lá?
Este guia é sobre a construção de movimento através de
sequências. Quando eu era aluna, meu professor trabalhava
dessa maneira; talvez ele nem pensasse que estava utilizando
essa técnica.

Então, sempre entendi que havia um Pré-Pilates, que não


consistia apenas em exercícios jogados, mas sim no início
de uma aula, com começo, meio e fim. A aula não termina
abruptamente; o aluno também precisa compreender o
raciocínio lógico por trás do movimento e da aula. Por isso,
afirmo que uma aula é, de fato, uma construção.

É importante que o aluno compreenda para qual direção a aula


está se encaminhando. Por isso, gostei muito dessa abordagem
de trabalho, e desde então, tenho seguido essa metodologia.

A construção de movimento é um tópico amplamente discutido


atualmente, e podemos pensar que está na moda, mas a
realidade é que sempre foi assim!

O Pilates Clássico adota essa forma de raciocínio, na qual o


instrutor trabalha com sequências. Para quem já leu ou praticou
uma aula de Pilates Clássico, isso fará sentido.

Em alguns casos, os instrutores contemporâneos podem se


desviar um pouco durante a aula, introduzindo movimentos
mais complexos e não respeitando a ordem estabelecida até
aquele ponto.

Por isso, neste guia vou explicar como construir um exercício


para a minha aula. Como posso fazer isso se estou apenas
inserindo exercícios de forma aleatória?

Para responder a essa dúvida, precisamos, em primeiro lugar,


compreender como funciona o trabalho com sequências.

Durante a montagem de uma aula é fundamental trabalhar de


forma sequenciada para criar uma aula coesa e com propósito.
Confira esses 7 passos essenciais:
Confira esses
7 passos essenciais:
PASSO

1
Objetivo: O primeiro passo é entender os desejos
e necessidades do aluno e do instrutor, para então
criar uma aula alinhada com esses objetivos. Por
exemplo, o foco pode ser o fortalecimento dos
glúteos ou a melhoria da flexibilidade do quadril.

PASSO

2
Equipamento: Para manter a fluidez da aula,
é recomendável utilizar no máximo dois
equipamentos (eu, por exemplo, recomendo que
use apenas um), pois cada um deles requer ajustes
de molas, barras ou carrinhos. Portanto, é ideal
pré-determinar os equipamentos a serem usados
naquela aula.

PASSO

3
Acessórios: Após definir o objetivo e os
equipamentos, é o momento de escolher os
acessórios adequados. Não é recomendado usar
todos os acessórios em uma única aula.

PASSO

4
Decúbito: O quarto passo na montagem da aula é a
escolha da posição do aluno. Você pode questionar:
“Precisamos pensar até nisso com antecedência?”
A resposta é sim, porque isso também é muito
importante para que o aluno não fique mudando
de posição a todo tempo, seguindo uma ordem
lógica.

PASSO

5
Movimento: No quinto ponto, definimos o
movimento principal da aula. Como estamos
discutindo a construção do movimento, ele deve ser
estabelecido antecipadamente.
PASSO

6
Movimentos base: Este ponto tem o propósito
de conectar um movimento ao outro, incluindo
movimentos funcionais, até chegar ao principal, que
é o objetivo da aula.

PASSO

7
Pré-Pilates: Sim, o último ponto a ser escolhido
é o Pré-Pilates. Há uma razão para essa escolha.
O Pré-Pilates é um aquecimento, portanto, deve
ser projetado para preparar o aluno para os outros
elementos da aula. Neste momento, podemos
incorporar exercícios de ativação dos glúteos, ponte,
mobilidade da cintura pélvica, entre outros.

DICA FINAL: Ao finalizar toda essa sequência de planejamento,


é ideal que você organize a aula e coloque tudo em ordem para
ter uma visão mais ampla da aula completa. E claro, treine sua
própria aula antes de passar aos alunos.

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