Cl t i CIA HO J E

ISSN O 1 03 - 205 4
1 43

REVISTA DE DIVULGAÇÃO
CIENTÍFICA PARA CRIANÇAS
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ANO I 7 I No 143/ R$ 6,60
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JANEIRO/FEVEREIRO DE 2004 (.
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Histórias em : Cartazes de
• : Jogos
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• •
Experimentos :• Dicas de livros : E, ainda, textos
:• e de sites : divertidos para
•
• : quem gosta de
•
•
•
: aprender
•
• :• brincando!
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Tudo isso está na revista Ciência Hoje das Crianças!

 •
• Fósseis
•
•
• vivos?!?!
• Tubarões, baratas, tartarugas, jacarés e até
•
• um bichinho que vive numa reserva em
•
• Minas Gerais. Todos eles costumam ser
•
• chamados de fósseis vivos. Mas ser fóssil e
• vivo, ao mesmo tempo, é possível?!
•
•
•
•
•
•
Carta-convite ra
•
•
uma visita a São aulo
• Para comemorar os 450 anos da
Janeiro/Fevereiro de 2004 •
• cidade, Rex e Zíper foram passar o
• mês de janeiro em São Paulo. De lá,
•
udo começou na África, e m • escreveram para Diná, contando sua
•
• visita ao Museu Paulista e tudo o que
1938. Um peixe chamado •
• aprenderam sobre o passado da
celacanto, que pertencia a um grupo • maior cidade do país!
• •
que todo mundo pensava estar •
•
extinto há 65 milhões de anos, foi •
Galeria:
•
•
pescado. Imagine o espanto! As
• arara-azul-grande
pessoas nunca tinham visto um • A maior arara do mundo voa nos céus do
•
peixe daquele t ipo vivo. Além disso, • Brasil e está na lista de animais ameaçados
•
• de extinção!
ele só era conhecido por fósseis. •
•
Então, ganhou um apelido: fóssil •
•
vivo. Hoje, muitos outros animais • Brincando
•
são chamados assim. Mas será que • com Bernoulli
•
• Selecionamos
usar essa expressão é certo? A CHC , .
• vanos
• .
chegou trazendo a resposta! A h! • expe nmentos
•
E vários convites também! Um, para • para você fazer
• como Daniel
você co nhecer o cientista Daniel •
• Bernoulli, um cientista famoso e premiado
Bernoulli, que observou o •
• que observou o comportamento de gases
comportamento dos líquidos e •
• e líquidos!
•
gases, e se divertir com •
•
experimentos que envolvem água e • Quando crescer.
ar. Outro, para visitar o Museu
•
• . ;I I
vou ser... f 1co ogo .
•
Paulista e, assim , saber como era • Esse profissional estuda algo que tem si do
•
São Paulo no passado. A cidade • testado para a produção de medicamentos e
•
• até nas pesquisas espaciais: as algas!
completa 450 anos em 2004! E aí? •
•
Aceita os dois? Então, aproveite! Só •
não se esqueça de espiar a Galeria -
•
•
Por que
tem uma arara gigante lá! -,
•
•
temos febre? ..
•
.• .• .••

• Um sinal de que o corpo está

descobrir o que faz um ficólogo e •
• sendo atacado por microorganismos
por que temos febre! Boa leitura! • nocivos à saúde!
•
-- ... . ..
•
- •
- -
-

•
•
- ..
-
 de dezembro de
,
1938. Na Africa,
uma jovem está às
voltas com os preparativos da
ceia de Natal. Ela pensa em
fazer algo com frutos do mar
e decide buscar lagostas e
camarões , fresquinhos, no
porto. Chegando lá, o que
chamo a sua atenção é um
peixe - e acredite! -
•
apodrecido! Ao vê-lo, a jovem
notou que e le era diferente de
qualquer outro!
• University, nos Estados
Marjorie, como a moça se
chamava, trabalhava no
museu local e reconheceu o
bicho que estava diante dos
seus olhos. Sem pensar duas
vezes, enfiou-o num táxi e o
levou a um cientista para ser
estudado.
O que se descobriu a
seguir causou espanto: o
peixe, batizado de Latimeria
chalumnae, era um
celacanto. Isso significa que
• pertencia a um grupo de
peixes encontrado na Terra a
partir de 340 milhões de
anos atrás e que se pensava
estar extinto há 65 milhões
de anos. Nunca alguém vira
um celaconto vivo e esse
animal só era conhecido por
fósseis: por meio de
vestígios preservados em
rochas.
" Mas, de repente, um
peixe desse grupo, que era
conhecido só por fósseis, é
pescado", conta o
paleontólogo Paulo Brito,
que traba lha no
Departamento de Zoologia
da Universidade do Estado
do Rio de Janeiro. "Então,
passou a ser chamado de
fóssil vivo. Embora ele
pertencesse a uma espécie
di ferente da que viveu há
milhões de anos, era muito
parecido com os fósse is de
celacanto já encontrados."
Hoje, a expressão "fóssil
vivo" ainda é usada. Não só
quando o assunto é o
celacanto, mas, também, ao
se falar de outros bichos e
até de plantas. Isso porque o
termo indica seres vivos que
são parecidos com os seus
. . ,
ancestra1s, 1sto e, com os
• •
organ1smos que v1veram na
Terra há milhares ou há
milhões de anos e deram
origem a eles. Tubarões,
baratas, tartarugas, jacarés e
até um bichinho que vive
numa reserva de Minas
Gerais, por exemplo, vo lta e
meia são chamados de
fós seis vivos. Mas será que é
apropriado defini -los assim?!
- .o
Sem sentido
"Subir para baixo" e
"descer para cima" são
expressões tão sem sentido
quanto "fóssil vivo"! Por quê?
"Nada pode ser fóssil e vivo
ao mesmo tempo", exp licam
a paleontóloga Aspen Garry
e o biólogo Vicente Faria, do
Programa de Pós-graduação
em Ecolog ia e Biologia
Evo lutiva, da lowa State
Unidos.
Certamente! Os fósseis
nada mais são do que restos
de animais e vegetais que
existiram há milhões de anos
na Terra. São ossos e dentes
de bichos ou mesmo folhas e
troncos de plantas, por
exemp lo, que ficaram
preservados em rochas.
Enfim, nada que tenha vida!
Mas o termo "fóssil vivo"
não é só contraditório. Ele
também sugere que os seres
vivos não mudam ao longo
do tempo, o que é uma idéia
errada. Eles mudam, sim!
E quem pode nos explicar o
que ocorre são dois biólogos
do Programa de Pós-
graduação em Ciências
Biológicas (Zoologia) do
Mu seu Nacional da
Universidade Federal do Rio
de Janeiro: Clarissa Canedo
- que também é professora
do Centro Universitário
Augusto Moto - e Daniel S.
Fernandes .
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 Clarissa e Daniel contam
.
que os seres v1vos se
modificam ao longo do
tempo e algumas das
mudanças sofridas por e les
, . -
passam por vonas geraçoes.
Esse processo chama-se
evolução e leva os
organismos atuais a
apresentarem, por vezes,
características bem diferentes
das de seus ancestrais.
Alguns se re s que existem
hoje, no entanto, têm
características não muito
diferentes quando
comparados a seus
ancestrais. Isso não quer
dizer, porém, que e les não
evolu íra m, como a expressão
"fóss i l vivo", dada a eles,
pode leva r a crer. "Esses
seres sofrem mudanças, só
que em uma velocidade
mu ito menor", explicam
Clarisso e Daniel.
Então, por conta da
contradição e pelas idéias
incorretos que transmite, o
melhor é aposentar o termo
"fóss il vivo". Quanto aos
bichos que são popularmente
chamados assim, a dica é
conhecê- los para descobrir o
que eles têm de parecido e
de diferente com os seus
ancestrais e por que
apresentam poucas
mudanças ao longo do
tempo!! ! !
O celacanto Latimeria chalumnae tem
jeito de primitivo, mas é muito
diferente dos seus parentes que
viveram há 340 milhões de anos.
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Antigos epouco mudados
O celoconto Latimeria
chalumnae
Alguém que olhe o
celacanto hoje pode cair na
armadilha de pensar que
era esse peixe que nadava,
há 340 m i lhoes de anos,
nos oceanos. Errado!
O paleontó logo Paulo Brito
explica que ele tem mesmo o
maior jeitão de primitivo,
tamanha a semelhança com
seus antepassados. Mas,
olhando os detalhes, vê-se
que o bicho sofreu
mudanças, sim! Por exemplo:
se o pulmão dos antigos
celacantos tinha umo
função - atuar
como pulmão
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Indonésia
•
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mesmo ou como bexiga
nototório, órgão que ajuda o
animal a flutuar -, o do L.
chalumnae não passa de
uma bolsa cheia de gordura.
Se, há mi lh ões de anos, os
ce la cantos formavam um
grupo diversificado de
peixes, adaptados a viver em
variados lugares - oceanos,
lagos, mares pouco
prof undos -, a espécie atual
é encontrada apenas em
águas profundas. Mas não
dá para negar: que bicho
curioso o L. chalumnae é!
Ainda mais por causa de sua
história. Hoje, sabe-se que
esse peixe - que pode medir
até 1,80 metro de
comprimento - existe no
canal de Moçambique, no
arquipélago de Comores e
também na Indonésia (veja o
mapa). Ele habita cavernas
outros celacantos. A noite ,
desce às profundezas para
buscar alimento. Embora não
percorra grandes distâncias,
é considerado bom nadador
por ter grande impulsão!
 passado, os de hoje
possuem, por exemp lo,
esque leto formado não por
ossos, mas por cartilagem",
contam a paleontóloga
Aspen Garry e o biólogo
Vicente Faria. A maioria dos
tubarões atuais também tem
em comum com os antigos o
número e a distribu ição das
nadadeiras : são cinco na
•
parte de baixo do corpo,
duas na parte de cima e uma
c
..0 na cauda. " Tal qual os
E
o
o tubarões primitivos, os que
u
o vivem hoje produzem e
.,
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u.. perdem dentes por toda vida,
9o
u.. têm escamas com
composição igual à dos
Há muito em comum entre os tubarões atuais e os antigos: o esqueleto fonnodo por dentes e são predadores
cartilagem, o composição dos escamas e o foto de serem predadores marinhos.
marinhos", reve lam Aspen e
Vicente. Mas por que os
Tubarões bem diverso de tubarões.
, Dá tubarões não mudaram, ao
para acreditar? E a pura menos, em certos aspectos?
Quer conhecer bichos verdad e ! Embora os tubarões Porque essas característi cas,
mais antigos do que os que na d em hoje nos oceanos provavelmente, funcionam
dinossauros? Então, diga não tenham existi do no bem no ambiente onde esses
muito prazer aos tubarões! tempo dos dinossauros, os pe ixes vivem. Assim, não há
Esses peixes estão nos seus ancestrais são, sim , razões para que e la s
oceanos há tempos. A prova mais antigos do que esses mudem. Grandes mudanças
é que os fósseis mais antigos grandes répteis! O mais poderiam até se tornar
de peixes com formato de incrível é que os tubarões desvantajosas!
. . "
tubarão têm cerca de 380 atua1s e os ant1gos tem as
mi lhões de anos de idade! principais características do
Além disso, há 320 milhões corpo parecidas. '~ssim
Peripatus acacioi
de anos, já existia um grupo como os tubarões do Até alguns anos atrás,
pensava-se que esse bicho só
existia na Estação Ecológica
•
de Tripuí, em Ouro Preto,
O Peripatus acacioi é
M ina s Gerais. Ta nto que ela
enc:onlrodo apenas em
regiões altos do es1odo foi criada apenas para
• de Minas Gerais• protegê-lo! Mas o P acacioi
foi encontrado no Parque
Estadual de lbitipoca e na
Estação Ambiental de Peti,
L..
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ambos em M inas Gerais, e
u
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comemorou! Afinal , essa
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nenhum outro lugar do
p lan eta, só no Brasil. O P
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c acocioi é encontrado, em
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cu
geral, em áreas a partir dos
...oo
u.. 700 metros de altitude. Ele
5
 vive enterrado a pouca
profundidade e explora as
cavidades natura is do solo
e m busca de a limento -
pequenos invertebrados-
quando a noite chega. Mas
não é só por gosto que faz
isso à noite. Como explica o
zoólogo A lfredo Wieloch, da
Universidade Fed eral de
Minas Gerais, é por defesa.
"O corpo do animal é
coberto por uma cutícu la
fina , entao , se e le ficar
exposto ao Sol, perde muita
,
agua, o que ameaça sua
sobrevivência." Apesar de ter
o corpo em forma de verme,
o P. ococioi é um ...
onicóforo! Esse termo define
. . ~
os an 1ma1s que tem
, .
caracte nst1cas em comum
com artrópodes (aranhas,
escorpiões, insetos) e
anelídeos {minhocas). Os
o ni cóforos - que hoje
somam pouco mais de 100
espécies, encontradas entre a
linha do Equador e o Trópico
de Capricórnio, no
Hemisfério Sul - surg iram
há, aproximadamente, 400
"'
v-
"'
>
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As tartarugas são animais que têm origem muito antiga. O grupo ao qual elas pertencem se
originou há cerca de 250 milhões de anos!
6
milhões de anos. De lá para
cá, nao sofreram muitas
mudanças, como dá para
comprovar ao comparar P
ocacioi com fósseis. Por que
isso ocorre? "Como os
onicóforos vivem escondidos,
protegidos dentro de terra ou
de troncos de árvores, estão
' . -
menos expostos as vanaçoes
na temperatura, na umidade
etc. que o ambiente sofre ao
longo do tempo", d iz
Wieloch .
Jacarés e
tartarugas
Jacarés e tartarugas são
exemplos de animais
encontrados no Brasil que
têm origem pro lá de antiga.
Os jacarés, por exemplo,
fazem parte do grupo
Crocodylio, que se originou
há cerca de 250 m ilhões de
anos, no período conhecido
como Triássico! Enquanto os
primeiros Crocodylio eram
terrestres, os atuais são
semi-aquáticos. Os biólogos
Clarissa Canedo e Daniel S.
Fernandes explicam que "os
Crocodylia atuais sofreram
algumas modificações em
relação aos do Triá ssico,
porém, seu aspecto geral
externo é bastante parecido."
Quanto às tartaruga s, e la s
pertencem a outro grupo, o
dos Testudines, que inclui,
ainda, os cágados e jabutis,
também originado no
Triássico. Facilmente
reconhecidos pela ca rapaça
característica que
apresentam, os animais
desse grupo sofreram
poucas mudanças desde sua
origem até hoje. E a razão
pode estar na carapaça! "Ela
serve principalmente pa ra
proteger o animal de
predadores, mas, também,
limita a diversidade de
formas dentro do grupo",
contam Clarissa e Daniel.
•
Baratas
•
Papel, tecido, planta,
açúcar... Na hora de comer,
a barata topa tudo ! Rápida ,
ágil, costuma fugir da luz.
E é um inseto para lá de
antigo, que chegou aos dias
de hoje aprese ntando poucas
modificações! Só pa ra você
ter uma idéia, acredita-se
que o grupo ao qual as
baratas pertencem - Blattario
- tenha surgido há 350
 mi lhões de anos, no período aos dias de hoje,
co nh ecido como embora sejam tão
Ca rb o n ífero. D e lá para cá, antigas, precisamos
o inseto ma nteve certas conhecer sua
ca ra cterísticas. A forma do reprodução. As
corpo, por exemplo. Como baratas põem mais
nos contam os pesquisadores de 40 ovos por vez e o
Edivar H eeren de Oliveira e os agrupam, ainda ..,
.c
o
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Sônia Maria Lopes, dentro do corpo da N
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do Setor de Blatta ria fêmea, nurll estojo ,.,
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do M useu Naciona l, '
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capaz de protegê-los <(
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no Rio de J aneiro~ - -- de várias u
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as baratas primitivas ameaças, o
...,
o
já apresentavam o corpo como I.L.

achatado, corn forma inseticidas

• As folhas do Gingko biloba mudaram muito
e líptica, como as baratas
atuais. Essa co racterística é
muito importante para esses
animais, pois permite que
eles consigam passar, por
exemplo, por frestas e,
assim, entrar nos mais
var iados locais. Mas se
queremos saber por que a s
baratas conseguiram chegar
•
•
-...,"'...,
~
e predadores. pouco nos últimos 100 milhões de anos.
Além disso, elas
podem deixá-los em
lugares onde acha que isso é tempo
d ifici Imente outro inseto demais para se preservar
ou mesmo o homem possa quase sem transformações,
encontrá-los. No caso das o que vai dizer, então, das
baratas domésticas, por samambaias?
exemplo, os estojos podem A pesquisadora Claudine
ser colocados em frestas, Massi Mynssen, do Jardim
debaixo de gavetas, Botânico do Rio de Janeiro,
dentro de conta que fósseis indicam
eletrodomésticos, que essas plantas existen1
numa estratégia que desde os períodos
ajuda a explicar por conhecidos con1o Si Iu ria no e
. .
que esses anrmars Devoniano inferior, ou seja ,
estão aí até hoje! há n1ais de 400 milhões de
anos! Veja, no entanto, que
curioso: embora tenham
Plantas!
sofrido modificaçoes ao
Assim como longo de muitos anos,
muitos animais, samambaias atuais, como o
1
algumas plantas de xaxim e a saman1baia-açu,
"<"7":/ hoje guardam mantiveram, de seus
grande semelhança ancestrais que existiram entre
com outras de um l 50 e 200 milhões de anos
passado pro lá de atrás, a forma do caule e
distante, sendo por certas caracter ísticas

isso também encontradas ern suas

-l:
~

> ..
apelidadas de , estruturas de reproduçao !
....
"' "fósseis vivos". E o Não é demai s?
"'
l:
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<11 caso do Gingko Só mesmo a ciên c ia par-a
-o
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bi lobo, que fi c ou revelar por qu e, à s vezes, o
u'"'
o
~
famoso como passado se co nfu nde con1 o
o
I.L.
remédio para presente ...
I~

Apesar de terem mudado com o passar do

memória: as folhas
tempo, samambaias atuais, como o xaxim, dessa planta mudaram muito
mantiveram caractensticos de seus pouco nos últimos l 00 Moro Figueira ,
ancestrais. m ilhões de anos. Se você Ciência Hoje/ RJ.
7

••
 NRASCADA
NA MATA
D ante Viajante aproveitou as férias para botar
o pé na estrada. Depois de muito refletir sobre as
maravilhas brasileiras, optou por conhecer a
C hapada D iamantina, na Bahia. Chegando à cidade
mais próxima, não perdeu tempo: alojou suas
tral~has numa pousada e saiu em busca de dicas
sobre o local!
Por onde passava, era aconselhado a procurar
guias, que conhecessem bem a região, para levá-lo
até as grandes cachoeiras. Teimoso que só ele, nem
cogitou da possibilidade de uma companhia.
Comprou um mapa e considerou o suficiente
para sair desbravando o território.
No primeiro dia, correu tudo na maior
tranqüilidade. Aproveitando a beleza do local,
Dante caminhou pelas trilhas atento às riquezas da
fauna e da flora. E era tanta diversidade que ele
ficou tonto! Ao cair da noite, bem no horário
previsto, chegou à primeira parada, onde ia passar
.
a no1te.
-
\.J
o
""v
t."'
"'
::>
8 Resposta na pagina de canas.
Ao amanhecer, ainda mais confiante, arrumo u
suas coisas, catou seu lixo e seguiu viagem . O dia
prometia surpresas! Lá para o l'l)eio-dia, com o Sol
batendo direto na cabeça, avistou uma queda-
d'água! Era tudo de que precisava! Resolveu dar
uma escapadinha da trilha para curtir um bom
banho de cachoeira. Gabando-se de sua esperteza.
marcou com pedrinhas o caminho, para garantir •
que voltaria ao mesmo trajeto. Mas, na natureza, as
coisas não são bem assim ...
Dante não resistiu ao cansaço e deitou numa •
pedra para dar uma relaxada. Quando percebeu, já
estava escurecendo! Rápido e rasteiro, tratou de
voltar ao roteiro indicado pelo mapa. Ficou em
dúvida numa bifurcação, mas optou decidido pela
esquerda. Lá pelas tantas, depois de muito
caminhar, percebeu que tinha alguma coisa errada.
Os caminhos eram todos iguais e ele estava
perdido em plena mata!
O viajante abriu e fechou o mapa umas
trezentas vezes! Foram feitas três dobras no papel
comprido, e cada uma das partes podia virar-se
para os dois lados. Botando os miolos para
funcionar, você saberia de quantas formas
diferentes Dante poderia dobrar o mapa?
 \ f

~bela fachada d
seu Paulista é o
convite à visitaç~~
 •

: indauguraçõo do
f ~n e, em 1900
OI um sucesso! ,

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O monumento em
. d homena .
.'" epende" nc1a
. do gem
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f 1ca no iardim d0 museu.
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Foco F, •
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Córta d.a fnerg;a • J

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o Pauto
 Aliás, esse ,
rnundo usava e urn foto curi
exposição chapéu! D oso. PeJo ieit
chornov ..,.que troto de o outro lod o, noque/o ,
o 'Od h sso rn d o do epoc
Porção d o c Opéu f o o que d corredor f" o, todo
Alguns sã~ ;o~elos dif:rn urna cabeça u;ou rnuitos ~ntnho urna
fos, enf· e Vtúvo rentes, cod . u e o Zípe . os. Elo se
. trn v , . , outro d o qu 1 r v 1rn
tnventor d ' o_r! os tipos As, e forrnot o Poro urn os ~rno
Foi . o Ovtoo 14 . . te o cho , uro, outros o ocostõo
g r Oro
r rnu,to lego/ t Bts, está I , I Peu do S Poro ir o ft .
• de ornbe' o. ontos 0 es,
norne rn ve urn
ceu no século engraçado - r ?.e_xPosição . ont, o
seus rnor 79 e fez Mtlttoo A do Mtlitõol
os rne odores. O urn rnonte d r ugusto de A- . Esse fotó-
• srnos J que ch e roto r· r"\L.eved
Por rneio d ugores duro orno o oten - 9rc:nos do cid o - nos,
sofreu A essas irno nte onos e o Çoo e que e/ ode e de
truçõo .des fotografias J:~~ os f11odifi~en!e Pode a;:otografou '
Construçõesu';kaS'::aquete q~~tõo servira~Ç~esbque cod:~on~~Ir,
Olho D. , o o Paulo rnostro c e o se Por eg,oo
rn os de ' , tno
_ ' nesse P no. 0 no de orno erorn o o cons,
1 78 0
do o o foo ernp 0 I osse,o só ft I 4 7. s ruas e o
9ente · 9od o fou "
b érn Voi vir esttver Ve/hinhos, que ficorno vc:ce! Eu e o Z'
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cornpufod or Peço de o, aquilo qu s trnoginond 'Per saí-

~ o r de h . rnuseu 1 J , e se u o se
oltor no t Ofe expost . o Pensou so otuofrnent quon - ... o mesmo rua
rnondor ernpo foi t - o corno u ver o rnois . e forn _ em 1887.
to. Esp rnensogens I oo born qu rnd o relíquioê sof,sticodo O registro é do
ero Pe o 1 e e ·d. ·
que vo " ntern t CJ ' n- fotógrafo Militão.
Até o v I ce 9oste do e . Preferi Ih oo telefonar
Rex. o to, surpreso! e escrev ' nern
. er esta
cor-

Eis o ruo Alegre

fotografado em
1862 e...

Eleida Pereira de Camargo,

•
Faculdade de Arquitetura,
Universidade de São Paulo,
e Coordenação de Desenho
Industrial,
Faculdades Integradas
lnteramericanas.
 • •

• •

" •
ert

io de Janeiro: 40 graus . Fortaleza: 3 7 ~raus . E terá de fazer o seguinte:

Belém: 35 graus. Curitiba: 30 graus ... E. os Misture o leite condensado, o creme de leite, o
termômetros não negam: o verão chegou com
coco ralado e bata por bastante tempo no
força total e, com ele, o calor. Com as
liquidificador. A seguir, leve a mistura ao
temperaturas nas alturas, a sobremesa ideal . claro,
congelador. Após duas horas, retire e bata de
é o sorvete. De coco, maracujá, uva ou qualquer
novo no liquidificador. Coloque o sorvete no
outro sabor, ele vira preferência nacional. Então,
congelador mais uma
não importa em que lugar do Brasil você esteja!
vez e espere entre DICA DO
Se por aí o calor també m está de rachar, corra
quatro e seis horas. MESTRE-CUCA
para a cozinha e faça você mesmo um delicioso Qu to mais você
Agora. sim: pegue uma
sorvete para se refrescar nessas férias! Anote a bater o sorvete,
colher e ... prove essa
receita simp les e deliciosa que faz a turma da CHC mais cremoso ele
delícia gelada, feita por
lamber os dedos! irá ficar.
você mesmo!
Você irá precisar de:
Gostou do sorvete de coco? Então, que tal
• uma lata de leite conden sado ; preparar um de maracujá, de manga ou de goiaba?
• uma lata de creme de leite; Você só precisa usar, em vez do coco ralado, um
• um pacote de coco ralado. pouco do suco dessas frutas . Assim, pode provar
um novo sabor a cada semana e até preparar um
festival de sorvetes com os amigos . Cada um traz
um sabor e todos juntos fazem a festa!

A Re d ação.
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Nome científico: Anodorhynchus hyacinthinus.

Nome popular: arara-azul-grande.
Tamanho: cerca de um metro de comprimento.
Peso: aproximadamente I ,Skg.
Local onde é encontrada: Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, sul
do Piauí e do Maranhão, Pará e Amapá.
Hábitat: matas formadas por grandes palmeiras conhecidas como buriti,
•
matas localizadas às margens de cursos d'água e cerrados vizinhos a elas .
Motivo da busca: animal ameaçado de extinção!
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• Gigante entre as araras

Você sabia que a maior arara do mundo voa pelos céus do Brasil? E é
bonita que só ela! A arara-azul-grande tem penas de um azul muito escuro,
tanto que, de longe, elas parecem pretas. Além disso, sua cabeça é cheia de
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detalhes em amarelo: há um anel em torno dos o lhos e, perto deles, na parte
inferior do bico, uma faixa em forma de meia-lua.
Os machos e as fêmeas da arara-azul-grande são muito parecidos. Por con-
ta disso, é difícil dizer quem é quem. Mas não se engane: a semelhança só é
problema para nós. Para as aves, ela não causa confusão. Na hora de se repro-
duzir, quem disse que a arara-azul-grande se confunde? Machos e fêmeas se
encontram e ... iniciam o namoro!
No Pantanal do Mato Grosso, o período de reprodução da arara-azul-gran-
de vai de julho a março. Os ninhos são construídos em cavidades encontradas
nos buritis ou em outras árvores que têm o tronco oco, podendo ser .•
reutilizados em outros anos. Ali, a arara-azul-grande põe de um a três ovos,
que são chocados por cerca de um mês. E que ninguém tente se aproximar do
ninho desta ave! Seja homem, seja bicho, o resu ltado é o mesmo: ela ataca
para se defender!
A arara-azul-grande alimenta-se de sementes de frutas, principalmente,
de cocos de palmeiras. Mas isso não impede que ela seja atraída também •
por árvores frutíferas, como mangueiras, jabuticabeiras, goiabeiras, laranjei-
ras e mamoeiros. No Pantanal do Mato Grosso, essa ave desce ao chão para
colher coquinhos de um t ipo de palmeira conhecida como acuri . A arara-
azul-grande também tem o costume de abrir os cocos da macaúba, uma
palmeira muito freqüente no Brasil Central, usando um pedaço de madeira,
que fixa ao seu bico.
O desmatamento e o comércio ilegal da arara-azul-grande são os motivos
que a colocam na lista dos animais ameaçados de extinção. Embora sua com-
pra e venda sejam proibidas sem licença especial, essa ave, por ser tão bonita
e colorida, costuma ser procurada por pessoas que querem criá-la em cati-
veiro. A destruição de árvores que abrigam os ninhos da espécie e que ser-
vem como fonte de alimento para a arara-azul-grande também contribui para
agravar a situação desse animal. A boa notícia, no entanto, é que você e seus
amigos podem, sim, ajudar a impedir a extinção dessa bela ave. Como? Prote-
gendo a natureza para que essa arara tenha sempre o que comer e onde fazer
os seus ninhos.

Alline Storni e Maria Alice S. Alves,

Instituto de Biologia,
Setor de Ecologia,
Universidade do Estado do Ri o de Janeiro .

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aniel Bernoulli. Já ouviu falar nesse nome? Não? Então, permita-me apresentá-lo...
Daniel Bernoulli nasceu em 1700, na Holanda. Quando ele tinha cinco anos, sua famma se mudou para a Suíça.
Foi lá que Daniel cresceu, estudou e se tornou um cientista famoso e muito premiado. Justiça seja feita, vários
membros da famma Bernoulli, incluindo o pai e o irmão de Daniel, foram ilustres pesquisadores nos campos da
matemática e da física. Daniel seguiu o mesmo caminho e acabou sendo o Bernoulli de maior destaque! Um de
seus mais importantes trabalhos foi observar o comportamento de fluidos, isto é, de gases e líquidos.
Veja só o que esse cientista experimentou e divirta-se!!!
17
 PRESSÃO ATMDSFERICA
I'
•
•
•
Para entender os experimentos e as •
conclusões de Daniel Bernoulli, é preciso •
•
mostrar, primeiro, que existe pressão •
•
atmosférica. Você sabe o que é isso? É o •
seguinte: por causa do seu próprio peso, todo ar • ~ Sopre hq,ul
•
que está a nossa volta - a chamada atmosfera -
exerce uma,
força, que atua sobre todos os
objetos. E a pressão atmosférica. Pois, então: a
•
•
•
•
• ,
pressão atmosférica age sobre os nossos corpos, • E possível
•
sobre a cadeira em que sentamos, sobre o chão, • utilizar o que
sobre a água, sobre tudo! No entanto, em geral, •
• Bernoulli
•
•
não vemos nem sentimos a pressão atuando observou sobre o
•
porque ela é a mesma em todas as partes: dentro • comportamento
e for~ de uma lata, dentro e fora do nosso corpo • de gases e líquidos
• •
etc. E como se fosse um cabo-de-guerra. em • para fazer um
que cada grupo puxa com a mesma força. • borrifado r.
•
Porém. se existe mais pressão de um lado do • Mergu lhe um
que de outro, é como se um dos grupos, no • canudo num copo .
•
cabo-de-guerra. estivesse puxando com mais • Pegue outro
força . A gente pode perceber isso ao tomar •
• canudo e use-o
uma bebida em caixinha com canudinho. • para soprar
•
Quando sugamos o ar que há dentro dela. a • horizontalmente na ponta do canudo que está no
caixinha se amassa. Isso ocorre porque, ao • copo. Note que, como a pressão no topo desse
•
retirar o ar da embalagem. a pressão diminui. • canudo diminui, enquanto embaixo continua a
Assim , a pressão fora da caixinha, em •
• mesma, a água é empurrada canudo acima. pela
comparação com a do interior, é maior. Então, a • diferença de pressão. Depois, é empurrada para
pressão atmosférica faz uma força para dentro, • frente pelo sopro, ou melhor, é borrifada .
•
amassando a embalagem. Por outro lado, se há •
um líquido com pressão maior dentro de uma •
•
lata, quando a abrimos , ela espirra. Tudo porque •
•
a pressão em seu interior é maior e expulsa o •
líquido para fora. •
•
Pois bem! Um experimento bem conhecido •
para verificar a existência da pressão atmosférica • Um ovo cru colocado dentro de uma panela cheia
•
consiste em colocar um pedaço de papel rígido • d'água afunda. Mas ... se pusermos um fluxo de água por
ou de plástico duro - como o de radiografia ou • cima dele (como uma torneira aberta) , e le flutua! Isso
•
uma tampa de pote de margarina - sobre um • acontece porque a pressão na água que escorre é
• menor que a da água parada. Assim, a pressão por cima
copo cheio d'água até a borda. •
O papel , ou o plástico, precisa tocar e grudar • do ovo fica menor do que embaixo dele . Então, a •
• diferença de pressão faz uma força para cima, que ajuda
na borda do copo. Feito isso, você pode firmar o •
papel com a palma da mão, virar o copo de boca • o ovo a flutuar. Mas, atenção: para o experimento dar
• certo, deixe a panela
para baixo e, depois de verificar que entre o papel • •
e a água não há bolhas de ar, ir retirando devagar • transbordar e mantenha
•
a mão debaixo do papel que a água não cai! • o fluxo constante!
•
Sabe por quê? Isso acontece, entre outros •
fatores, graças à pressão atmosférica, que •
•
empurra a tampa. ou o papel, para dentro do •
copo, não deixando a água cair. Como há a •
•
mesma pressão dentro e fora dele, a tampa não •
se move. •
•
Agora, partindo das idéias de Daniel Bernoulli, •
vamos experimentar diminuir a pressão de um •
•
gás (o ar) e um líquido (a água), por meio do •
o

mov1mento ... •
•
18
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• CIENCIA DE
•
•
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AVIAO
A idéia é muito simples. Segurando duas tirinhas de papel e •
•
soprando no meio delas . o que você espera que aconteça? Que elas •
se afastem . certo? Errado! Elas se aproximam. E' que. como nos •
•
ensinou Bernoulli. quando a velocidade do ar aumenta. a sua pressão •
diminui . Assim , quando sopramos. a pressão do ar entre as folhas fica •
•
menor do que fora delas, onde o ar está parado. Logo. por causa da •
diferença de pressão, surge uma força que faz os papéis se •
• •
ap rox1marem . •
• Pa r a realizar este experimento, o ideal é usar tiras com, no máximo, •
•
dez centímetros de comprimento e papéis bem fininhos. leves e •
•
flexíve is . Tem um tipo de papel manteiga usado para embalagens que é •
• perfe ito! T iras de plástico finas também são úteis, como folhas de •
•
plástico de embalagens ou até pedaços de saquinho . Faça testes para • A relação da pressão
verificar os melhores materiais. Isso se chama ex-pe-ri-men-tar! •
• com o ar, estudada por
• Daniel Bernoulli, ajuda
•
• -
. a voarem .
os av1oes
• Devido à forma da asa,
•
• o ar passa mais rápido
•
• por cima do que por
• baixo. Assim, a pressão
•
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cima e surge uma força
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mesmo Jeito que se
• observa no
• experimento de soprar
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• pape1s .
• Aproximadamente um
•
• terço da força que
•
• mantém o avião voando
• e não o deixa cair se
Coloque uma bolinha de isopor dentro de um funil. N a ponta do •
funi l, engate uma bomba que mande ar de forma contínua e com • deve a esse fenômeno .
• O restante fica por
bastante pressão . O ideal é usar as de encher pneu que há em postos •
de gasolina e borracheiros. Há bombas desse tipo caseiras, que • conta da inclinação da
• asa, que faz com que o
também servem. Faça o a r passar pelo fu n il e note q ue a bol inha fica •
• ar que "bate" nela o
suspensa no ar. Man t enha o ar passando e vire o fun il de cabeça para •
baixo. Repare que a bo linha não cai . Ela continua suspensa porque o • mantenha voando .
• O mesmo ocorre com
ar que sai com grande ve locidade de dentro do funil tem uma pressão •
• menor que o ar que está parado do lado de fora . • os aviõezinhos de papel.
•
Assim . a pressão é maior embaixo da bola do •
que em cima. e ela sobe. •
•
•
•
• Alguns dos experimentos
• propostos aqui você encontra no
B o li n h a ~ •
• site www.saladefisica.cjb.net. além
• de muitos outros. Confira!
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Martín Makle r ,
Te~ q,ue ach ar a • Instituto de Física.
/ • Universidade Federal do Rio
p o ~i<;ll o ideal •
Tub o de Janeiro .
•
19
 órcia Kupstas
oi s carretéis
•
emendados de linho 50 .
Não era de papel, era de plástico
verde, azul e laranja e tinha até nome
aquela pipa : Raio de Fogo.
O vento estava pão-du ro , naquela tarde de
sábado.
- O vento está gorando ... Recolhe qu e
• •
Vai CO i r .
Caiu antes que Dudu completasse o f rase.
Alucinado , Guga foi puxando depressa,
depressa ... Sobrou com a linho arr~bentada
no mão. Seu lindo Raio de Fogo deu meia-
pirueta e aterrissou no quintal do sobrado.
Silêncio total. Os três amigos se reuniram
em torno de Guga. Pobre Guga ... Quase
deram os pêsames paro ele.
- Desiste, Guga . Ca iu no sobrado, é igual
perder , - disse Pedro .
- E a casa da vel ha ... - a crescentou D udu.
- Parece bruxa. Não dá nem bom - d ia -
completou Nando .
- Eu vou lá busca r. - Brilhavam os o lhos
do g a roto.
Portão de novo fechado, agora era G uga e
o quintal. Se a pipa estivesse logo al i à sua
fre nte, maravilha . Q ue nada! Encontrou um
pedaço de linha, e só.
A linha corria até perto d o ch9o, e naque le
instante Guga se esqueceu ·de onde estava ,
20
sabia apenas, que precisava salvar seu
•
am1go.
Foi trazendo devagar a ponta da linha ,
dando peixõezinhos que acabariam
libertando a pipa. Estava tão distraído nisso,
que não percebeu a porta do sobrado se
abrir. Alguém espiava seu trabalho, enquanto
andava até ele, devagarinho. Estava agora
exatamente no meio do caminho de fuga
para o portão. •
- Fazendo isso, ainda vai rasgar.
Os olhos de Guga se arregalaram tanto
que ele nem conseguiu ver direito a cara da
mulher.
,
- E sua pipa?
Murf11urou qualquer coisa que devia
•
pareçer um s1m . .
- E melhor pegar lá de cima. Puxando
daqui, ainda va i ra sgar.
Ela sorria ou era impressão sua? Entrar na
casa. Não era uma traição? Todo m undo
falava que a velha e ra esquisita, não dava
nem bom-dia, m orava sozinha e fi ca va até de
madrugada com a luz acesa , maluca, louca,
bruxa ...
- Vem por aqui . · ·
Guga nunca se sentiu tão pequeno, sem
saber o que fa lar. Mas era coisa de vida ou
' morte; abandonar o seu amigo lá era tão
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covarde quanto dar o fora . Foi seguindo atrás - Agora eu vou pintar. Você não quer ver
da mulher, ainda limpou os pés na como vai ficar? Volte semana que vem.
passadeira e pensou: " Seja o que deus - Eu posso? , •
qui~er." , - Claro.
A medida que subiam as escadas, mais e Quando Guga foi ao encontro dos amigos,
mais quadros. t;Jo alto, o corredor estava ninguém acreditava 'no que via . Já estavam
muito escuro . "E agora que ela me empurra no morro, combinando uma invasão armada
daqui para baixo" , pensou Guga, com o paro salvar o colega; ou então a última e a
coração agitado. Mas a porta se abriu, pior dos opções, que era avisar os pais e •
entrou o vento, e o sol da tarde clareou todo enfrentar o risco da bronco. ~
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-1111
o lugar. •
- O que a bruxo fez com você? o
- A senhora é pintora? - Você se encontrou com ela, Guga? ..11
~

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- Cloro. Você não sabia? - Tem um caldeirão de verdade na cosa o
~
- Espere um momento ainda. dela? & •

Pronto, era o feitiço? Guga endureceu o - Sabem de uma coisa? Eu acho que ela --
~

corpo , se virou devagarinho. E ficou lá, faz mesmo magia .

•
surpreso de ver a magia com que a velha
olhava para ele e para o papel, a arte com
que ela conseguia enfeitiçar seus olhos.
Gugo tinha medo Glté de respirar. Só
quando a bruxa disse "pronto", ele puxou a
linha que prendia a pipa e foi ver o que a
mulher tinha feito.
Era ele. Só em lápis, mos era Gugo, com
seu cabelo arrepiado e a blusa vermelha.
E era Raio de Fogo, mas lembrando também
um passarinho, com asas emaranhadas na
janela. · 60 publicados. O conto A pipa e a bruxa foi retirado e adaptado de
- Ficou bonito ... O Raio de Fogo tá lindão.
A bruxo apareceu na janela do sobrado, e
eles danaram a correr, procurando outros
lugares para soltar pipa e viajar pelo vento
que, naquele instante, começava a vir mais -
forte.
'
•
•
Móreio Kupstos nasceu em J3de setembro de J957, em São Paulo.
Desde criança tinha um sonho: escrever livros. Hoje, tem mais de
Aventuras de garoto (póginas 9 o J3J~ Atual Editora, 2002. •

21
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oda menina sonha em

ser modelo ou atriz, •

certo? Que nada! Mutu e

Toyota Fujii,
pesquisadora científica do
Instituto de Botânica, da
Secretaria do Meio Ambiente de
São Paulo, é a prova de que esse
papo é a maior bobagem. Desde
pequena, e la se imaginava
trabalhando em laboratório:
queria ser cientista! Crescida,
estudou bastante e ingressou na
faculdade de biologia. O passo
seguinte era escolher uma área
para se especializar. Mutue,
como vocês já devem ter
desconfiado, tem laços fortes
com o Japão - seus pai s
nasceram lá - e foi buscar
inspiração nas tradições desse
país. E sabe o que ela encontrou
no caminho? As algas!

•
. .,

...
 Imagine você que, se no
Bras iI feijão e farinha são itens
que fazem parte da cesta básica,
lá no Japão as algas ocupam
lugar de destaque na dieta da
população. E os especialistas
garantem: elas são saudáveis
para chuchu! Por causa de suas
raízes orientais, Mutue, apesar
de nunca ter visto o mar
durante a infância, já conhecia e
consum ia algas antes de optar
por estudá-las a fundo. Hoje. se
confessa uma apaixonada pelo
que faz: "As algas são tão
presentes na minha vida que eu
costumo dizer que respiro
algas." Exagero? Pode até ser,
mas nesse barco ela não está
sozinha.
Mariângela Menezes.
professora da Universidade
Federal do Rio de Janeiro,
confessa: "Até hoje, me
emociono quando vejo, ao
microscópio, algas que só
conhecia por meio de
ilustrações, ou quando descubro
que aquela que estou
observando nunca foi descrita
pela ciência." No seu caso, a
decisão pelas algas se deu
durante o ensino médio, quando
desenvolveu um projeto para
apresentar numa feira de
ciências: "Ali. descobri um
•
mundo." Daí em diante, foi
trilhando seu caminho com
muito estudo e dedicação. até
se tornar uma ficóloga!
Que o termo ficologia se
refere ao estudo das algas, todo
mundo já deve ter percebido.
Mas, pode confessar, você está
mesmo curioso é para saber
exatamente o que o tal do
ficólogo faz . Acertei? Pois a vida
desse profissional é agitada:
além da coleta de material em
campo - para depois observar e
identificar em laboratório -, ele
tem de estar sempre antenado
com as novidades do mundo.
As algas estão sendo testadas
para uma série de funções. Uma
delas é a produção de
medicamentos.Também, pudera,
. .
esses organ1smos prec1sam se
proteger dos predadores sem
fugir! Para a própria
sobrevivência, algu mas
produzem substâncias tóxicas
que, ao que parece, podem
servir para antibióticos. ou seja,
para combater bactérias. Outra
área em que as algas estão em
alta - pasme! - é nas pesquisas
espaciais. Algumas são
utilizadas na tentativa de
modificar o ambiente de outros
planetas e aproximá-los do
ambiente da Terra! E foram
escolhidas a dedo porque são
acostumadas a condições
extremas de temperatura, já que
podem ser encontradas no topo
de montanhas de neve ou em
desertos quentes .
À medida que os estudos
avançam, o trabalho do ficólogo
é cada vez mais requisitado. Eles
podem atuar em indústrias
farmacêuticas , institutos de
pesquisas espaciais, órgãos de
saneamento e abastecimento de
água, de gestão de recursos do
meio ambiente, ou recursos
aquáticos, fundações e institutos
de pesquisa. universidades,
indústrias químicas.
petroquímicas. firmas de
consultoria voltadas para o
controle da qualidade
ambiental, ufa! Está bom ou
quer mais?
As algas têm uma fantástica
variedade de cores e formas, e
estão presentes em todos os
ambientes onde possam realizar
fotossíntese. Agora, você
imagina: no Brasil, com tantos
.
recursos naturais, o quanto
ainda há para se estudar! Muitas
sequer foram catalogadas! Se
você gosta de sair por aí
desbravando e descobrindo
co1sas novas. esta a1 uma ot1ma
o , ' , ..
possibilidade!
C a r o lina B enja m in ,
Ciência Hoje/ RJ .
~
N-
c
-"'>
 Aproveitando o clima de férias, a CHC
preparou uma série de adivinhações
populares e a dividiu em quatro temas
para você desvendar com sua turma.
Aceita o desafio? Então, diz aí...

--- ~'''iJ!'t
•
h••=·· -.....--- • - ---- --.. ·---- ~.

•
• • •

1. Corpo humano h) O que vira a cabeça do homem e não é

mulher?
a) Ela nunca sai de casa, mas vive batendo no céu i) A gente pode perder sem deixar de ter consigo.
e está sempre molhada.
j) A parte do peixe que, quando comemos muito
b) Quando ele está deitado, a gente está de pé. chocolate, nasce em nosso rosto.
Quando a gente está de pé, ele está deitado.Tem
um pé de comprimento, um pé de largura e não é
quadrado.
c) Só a faz quem já a tem, mas quem a tem •

também pode não fazer. Quanto mais se faz, com

maior freqüência há de se fazer.
2. Comestíveis •

d) Somos duas irmãs gêmeas que nunca nos

encontramos. Se coçarmos muito, cuidado: de
a) Tem oito letras; se tiramos as quatro primeiras,
você estão falando.
restam oito.
e) São janelas para o mundo, que abrem e fecham
. ' b) Quanto mais quente está, mais fresco é. Tem
sem nrnguem encostar.
miolo, mas não tem cabeça.
f) A ún ica planta que anda.
c) Tem coroa e não é rei, tem escamas sem peixe
g) A parte do corpo que mais coça. ser, além de servir para doce, é fruta, pode comer.

. -
24
 d) Tenho nome de dança tropical, mas sirvo para
dar sabor à comida tradicional.
4. Natureza
•

e) Branca por dentro, verde por fora. Uma casi·nha
trancada que está sempre inundada.
f) Na água nasci, na água me criei. Se na água me
botarem, nela morrerei.
g) Tem os dentes em cima do corpo e a roupa em
cima dos dentes.
h) Está no pomar e no seu paletó.
i) Tem dente e não tem boca, tem cabeça e não
pensa.
•
j) Mesmo na geladeira, continua sempre quente .
3. Bichos
a) A gente procura sem vontade de encontrar,
mas sabe que ele anda com os pés na cabeça.
b) O rei que não usa coroa.
c) Um animal que valia m.uito.
a) As pessoas de mim precisam para encher as
caixas-d'água, mas sei que, onde persisto,
aborreço a molecada que quer correr pelas ruas
sem ficar resfriada. Diferente de você, eu caio em
pé e corro deitada!
b) Por causa dela, não é possível chover durante
dois dias seguidos: está entre eles! Nos lugares
sem eletricidade, quanto mais cresce, menos você
enxerga.
c) De dia ninguém as vê, pairam longe, escondidas.
'
A noite, aos milhões, surgem esplendorosas.
Algumas até são famosas, como as três que andam
sempre juntas, enfileiradas.
d) Essa coisa avermelhada caminha bem no mato
e não caminha na estrada!
e) Pode ser do tamanho do elefante sem pesar
um. grama! Passa pela água e não se molha, passa
pelo fogo e não se queima.
f) Sou um astro, mas não de cinema. Sou um rei,
mas não da floresta. Tente me olhar nos olhos e
não verás mais nada!
g) Corre, corre e nunca pode parar. Uma vez
perdido, nunca mais se acha.
h) A maior boca do mundo, que não tem língua
nem dentes.

d) Usa bolsa e não é mulher. i) Ele fala quando alguém fala, mas é sempre o
último a falar.
e) Faça sol ou faça frio , ele tem sempre onde
morar, mas não pode a casa alugar. j) Ninguém pode ver, mas está sempre na nossa
frente.
f) Tem esporas, mas não é cavaleiro; tem serra,
- , . . . - - ,
mas nao e carpmte1ro; tem p1cao, mas nao e
VI
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Q)
v
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padeiro; acorda os outros, mas não é despertador; u
VI
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• cava a terra, mas não é cavador. E ainda carrega um L..

-~
cristão na cabeça! ~o
....v-
g) Verde como o mato, e mato não é; imita a fala G
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de gente, mas gente não é.
h) Tem luz e vive no escuro.
i) País da América do Sul que vive em nosso
galinheiro.
I
I j) Tem anéis e não tem dedos, corre e não tem pés.
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brasileiro IVe
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A maior riqueza d e
um pa1s' e' seu povo, e a

maior riqueza de um
e aprendendo •

povo é sua cultura. Cá O artista constrói a alcance. E você? Gostaria

entre nós, vamos obra de arte, mas são os de viver como e la? Pois
• •
combinar que para falar outros que a v1venc1am. saiba que todo mundo
'
sobre o assunto é bom Duvida? Então, pergunte pode exper imentar. E só
deixar a modéstia de para T ixa, uma lagartixa parar em frente a um a
lado. Isso porque os esperta até o teto! Ela verdadeira obra de arte e
brasileiros podem se é o que se pode chamar pode ser considerada, deixar o sentimento
.
gabar de possuir uma de herança, que não tem d igamos, uma doutora no gu1ar...
vastíssima sabedoria testamento que nos assu nto. N ão é à toa que
popu lar! Afinal de arranque ... escolhe u, como moradia.
contas, quem nao - as paredes de um pintor!
conhece histórias , Folclore brasile iro Aí, quando está quente,
cantos, danças, infantil - cantigas, ela corre para o quadro
. - ou
superst1çoes adivinhas, brincade iras, da praia; se q uiser curtir
trovas, prové rbios e
adivinhações que até um frio , é a vez da imagem
canções de ninar, de
nossa bisavó sabia? Celia Ruiz lbáriez, com da montanha, cheia de Tixa, a lagartixa. texto
E não só a nossa, mas a ilustrações de Marifé neve . Assim.T ixa leva a e ilustrações de Ricardo
bisavó de todos os González. G irassol Brasil vida sem precisar de nada Leite. Editora Nova
nossos conhecidos! Isso Edições Ltda. que não esteja a seu Frontei ra.

o·sas da nossa terra ...

•
O sabiá sabe que não Mesmo sabendo que fama. Mas, a verdade -
pode assobiar e chupar conselho, se fosse bom, que, como o aze1te, vem
cana ao mesmo tempo. não seria de graça. aí vai sempre a' t o na - e' q ue •
Mas , como quem canta um palpite, pois, afinal de não há mald ade em suas
os males espanta, até contas, a formiga sabe a intenções. Ela é acusada
que ele está bem de roupa que rói : vale a de destruir as
vida. Das palmeiras de pena conhecer esse plantações, mas.
- so'
nossa terra, nao trabalho. E, por falar em também, abastece o
assobia. mas canta e formiga , a saúva é uma prato de muita gente, e a
conta ditos populares. prova viva de que a fome não espera pelo
Que m não arrisca não
passando adiante um realidade nunca dá o tempo da fartura!
conhecimento brasileiro
. .
que a 1magmaçao
- pe tisca. também de
Quando o sabiá canta Fátima M iguez. com
de corpo e alma. Bons promete. Coitada. a seus m a le s e spanta , de ilustrações de Graça Lima.
ventos trazem a coleção pobrezinha deita na Fátima M iguez, ilustrações Editora Difusão Cultural
Provérbios Brasileiros. cama só porque tem de André Neves. do Livro.
26

• • • • • • • • • • • • • • • • •
o dos esqueletos
longe
As crianças têm a
incrível capacidade de
inventar mundos,
transformar coisas
simp les em
acontecimentos
fantásticos. Veja o caso
de Maria Lúcia, que
prova que dá para viver
altas aventuras sem ir
muito longe! Ela
aproveitou enquant o o
a r mazem estava vaz1o
' o
para se arriscar pelos
sacos de batat a, bem na
hora em que o trem
apitou e ... um monstro
enorme adentrou a sala
fazendo tremer o chão!
C omo de boba e la não
tinha nada, a menina
catou logo um
e co
FESTAS JUN/
NAS
·- .. """'
·--
Festas Juninas, de Toni
Bra ndão. com ilustraçõ es
de D e nise Rochael. Studio
Nobel.
• • • • • •
esconderijo. Mas um
mero pedacinho de
pano botou tudo a
perder : o vestido ficou
um tiq u inho para fora!
Ai, que nervoso, como
será que ela saiu d essa?!
Fe ra, vendinha e gato
rabudo, de Renato Lima.
com ilustrações de Graça
Lima. Editora Paulinas.
são. sô!
Maria vivia pedindo
o
um parce1ro para o
santo casamenteiro. De
tanta reza, apareceram
do is de uma só vez.
Antônio e Pedro eram
os melhores partidos da
região e estavam
disputando a sua
companhia! Seu João, pai
da moça, ficou quase
zonzo com tanta oferta.
Mas, na hora da decisão,
foi curto e grosso: casa
quem primeiro chegou.
-
~-
I
..
A dança
Para você que go sta de aprender sobre o
ser humano, mas não tem a menor intimidade
com nervos e sangue de ve rdade, esse site fo i
feito sob med ida: http://
www.vecto rlounge .com/04_ amste rd a m /
ja m /w ire fram e.swf. Lá, você encontra uns
bonecos loucos para requebrar o esqueleto.
Ou. melhor dizendo, uns esqueletos que mais
parecem marionetes para a gente gu iar. E' um
joguinho divertido, que mostra os movimentos
possíveis para o nosso corpo. Confira!
Por trás da "
v(:-0~ )
linha ...
Essa é para os amantes
~
•
\ )
'"
de literatura: na página b
•
www.novaestantemagica.blig.ig.com.br
você vai conhecer a Aninha, que é uma
escritora de carne e osso! Isso mesmo, não se
trata de um personagem. mas de uma pessoa
de verdade, que pode te dar altas dicas sob re
livros e tudo mais! Você pode até mandar um
texto para ela comentar! Não é bacana? Então ,
faça uma visita à biblioteca da Ani nha, que tem
t ítulos para todos os gostos!
coisas iam tomando,
mas, no dia da
comemoração ... dela.
sobrou apenas um
bilhete: " Pai, fugi com o
Pedro." O final da festa
Antônio foi o felizardo e todos devem imaginar :
começaram os apagou-se a fogueira.
p r eparativos para a dispensaram as
grande festa que, em cozinheiras e Antônio. o
• o o
homenagem ao sogro, no1vo, ca1u na ma1or
seria no dia do santo bebedeira!
com o mesmo nome,
São João. Maria parecia Carolina Benja m in ,
feliz com o rumo que as Ciência Hoje/ RJ.
27

• •
o o
•
•
o o
ocê acorda e parece que o dia será como outro
qualquer. Pula da cama, mas um cansaço logo
toma conta do seu corpo. Então, você volta
para o quarto e se esconde debaixo do cobertor.
Sente frio e. em seguida, começa a suar. O coração, às
vezes. acelera, a respiração fica ofegante e suas ,
bochechas ficam vermelhas como um tomate. E ela, a
febre, que veio te pegar!
'
Calma! A febre não é um monstro. E apenas um
sinal de que o seu organismo está sendo atacado por
microorganismos nocivos à saúde. Só fique atento
para não confund ir febre com situações que levem
ao aumento de temperatura corporal , como se
agasalhar e se exercitar muito. Em geral. a febre vem
acompanhada de algum outro sintoma, que pode ser
dor de garganta. dor de ouvido, manchas pelo corpo,
diarréia, vômito etc. Nestes casos , pode apostar que
alguma doença está para chegar.
Na verdade. a febre é resultado da ação de uma
substância chamada prostaglandina. O nome é difícil
de pronunciar, mas sua função é relativamente
simples: levar ao cérebro a mensagem de que é
necessário aumentar a temperatura do corpo para
sinalizar que há a lgum micróbio invasor em atividade .
Alertas ligados ! Nosso sistema imunológico. ou
melhor, de defesa, se prepara para combater a
infecção. Às vezes, o organismo não dá conta desse
combate sozin ho e precisa da ajuda, de
med icamentos par-a reagir melhor. E por isso que
quando não melhoramos da febre, vamos ao médico
para nos consultar e tomar o remédio certo.
28
•
-
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• •
• • •
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--::1 •
o
•
As crianças são mais afetadas pela febre porque
para o organismo delas praticamente todos os vírus e
bactérias são desconhecidos. Então. quando esses
microorganismos invadem o corpo, ele logo produz a
prostaglandina. Na medida em que vamos crescendo,
ficando adultos, nos tornamos um pouco mais
resistentes à febre porque nosso corpo já entrou em
contato com diversos tipos de vírus e bactérias,
tanto por já termos sido vacinados, quanto por já
termos contraído diferentes doenças.
Por mais que a febre seja apenas um sinal de que
algo não vai bem, é importante saber sua razão.
Assim, alguns cuidados devem ser tomados .
principalmente , em se tratando de crianças com
'
menos de um ano de idade. E que , neste caso. a febre
pode estar associada a a lguma doença grave, como a
meningite. Por isso, o médico deve ser sempre
consultado . Ele sabe como detectar se existe alguma
•
infecção e o que fazer para combatê -la.
Sem indicação do médico, ninguém deve tomar
med icamentos. Até o dia da consu lta, o que podemos
fazer é beber bastante líquido para não desidratar e
nos alimentar bem para manter o organismo forte .
em condições de reagir. Essas atitudes contribue m
para que você se livre logo da febre e também da
doença que está associada a ela.
Dr. Renato MinoruYamamoto,
Departamento de Pediatria Ambulatorial,
Sociedade Brasileira de Pediatria.
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1
1
•
- 4
> '
PLANETAS
Olá, CHC! Tenho oito anos e estou
na 3a série. Bom, vamos logo ao
assunto. Eu queria pedir uma matéria
completa sobre os planetas. Meu
sonho é ler uma matéria dessas. Conto
• com vocês! Um abraço!
Rodrigo Braz Carneiro. Campo B e lo/
SP.
• Publicamos um artigo sobre os planetas
do sistema solar na C HC 89. Conftra!
GOSTEI!
Oi, tudo bem? Minha professora de
português levou para cada aluno uma
CHC. Ela pediu que todo mundo lesse
e comentasse sobre o que mais gostou
na revista. Eu nunca tinha lido uma
revista tão interessante. Gostei muito
da série de animais em extinção, pois
re lata os vários tipos de animais que
estão ameaçados. A forma que vocês
trabalham é interessante, além das
fotos que são muito legais.
Rafaela Correia Dantas. Glória do
GoitáJPE.
Toda a equipe da C H C agradece a
sua gentileza, Rafaela! Valeu!
NO ESPAÇO
Olá, CHC e pessoal que está lendo.
Gosto muito desta revista porque tem
matérias muito interessantes. Tenho I 3
anos e gostaria que vocês publicassem
uma matéria sobre naves espaciais e a
profissão de astronauta. Acho que está
na hora da turma do Rex arrumar
• namorados(as). Quero que publiquem
meu endereço na revista. por favor,
pois gosto de me corresponder com
pessoas de lugares difere ntes. T chau
para todos!
Bruno Santos Mendonça. Rua São
Francisco 4 72, Bairro d e Fátima,
45604-0 I O, ltabunaJBA.
Publicamos um artigo sobre o Espaço
na CHC 90 e sobre a proftssão de
astronauta na CHC 123. Quanto aos
namorados(as), achamos que nossos
mascotes ainda estão em fase de brincar
e aprontar, mas vamos consultá-los!
.I
CHARADAS
Olá! Tenho I I anos. Li a revista e
gostei da CHC. Gostaria que vocês
publicassem umas charadas na revista
para que os leitores tentem responder.
Lá vai:
O que é, o que é? O que pode
contornar a Terra, mas não é foguete?
O que é, o que é? Um pontinho
verde atrás da porta?
O que é, o que é? Que voa e nunca
cai?
Kauane Ortiz dos Santos. Rua Arlindo
Viveiro Figueiredo 259, jardim
Matilde, 19900-000, Ourinhos/SP.
Aí, pessoal: a Kauane espera respostas
para as charadas. Escrevam!
"BRIGADAO"! - •
Eu queria agradecer pelas matérias
publicadas na revista, pois muitas são
d e grande utilidade para mim. Elas me
ajudam a crescer a cada dia com mais
informações sobre o mundo e a
ciência. Queria também parabenizá-los
pelo trabalho que fazem na CHC. Eu
acho que vocês ensinam muita coisa.
Espero que continuem assim! ,._r,-
luciana Caldart, . .r
JoaçabaJSC. ~ •
A turma da C HC -4
agradece o carinho, f:_ ___..3
Luciano. Trabalhamos
para voces,
"' nossos
leitores!
-
CORREÇAO
No texto Tem miniaturas de bichos e
plantas na água, publicado na CHC 140, há
uma fras e que diz: "C o mo resultado ,
liberam oxigên io e água." O correto é
"Como resultado, lib eram oxigênio."
RESPOSTA DO JOGO
Há 16 formas. Feche a primeira e a última
aba, que podem ser dobradas nos dois
sentidos. o que nos dá quatro possibilidades.
Para cada uma delas, a parte direita pode
ficar por cima ou por baixo, ou ser
introduzida entre as abas da parte esquerda.
A parte esquerda também pode ser
introduzida entre as abas da parte direita.
•
•
•
•
•
• t/il~ 11'1~11/I ·J'
I I
•
•
•
• OINSTITUTO CIENCIA HOJE e uma
• organ1zação SOCial de 1nteresse publico da
• Socte<Jade Brasile1ra para o Progresso da
• C1ênc1a e tem sob sua responsabilidade as
• segu1ntes publiCações de diVulgação c1entiltea
• rev1stas Ctêncta Hoje e Ctêncta HoJe das
• Cnanças CH on·ltne (lntemel) Ctêooa Ho,e na
Escola (vcilumes temátiCOS) e Ctênoa Hof€ das
•
• Cnanças Multimtdta (CD·ROM)
• Diretor Presidente: Renato Lessa (IUPERJ I
Diretores Adjuntos: Aherto Passos Gumarães
•
• F1lho (CBPF}. Frankhn Rum1anek (Instituto de
• C1ênctaS BIOmédtcas/UFRJ) Mana Luc1a
• Mac1el (Instituto de Filosofia e Ciénctas
• Soc1a1s. UFRJ) e Robeno Lent (Instituto oe
• Cléncas Biomed!CaS>UFRJ)
• Superit •tendente Executiva: Bsabete Plnto
• Goodes. Superintendente Ftrmceira: Lrdalva
• Gurfad.Superintendentede Projetos
• Esbatégicos: FemancbSzldo.
• Revista OêráfHcjecásOBIÇ8S
• ~mali4
•• PubliCação mensal do lnstrtuto Cténc1a HoJe.
• nc143, jane1ro/fevere1r0 de 2004, Ano 17
• Editores Cien1fficos: Débora Foguel
• (B1oquímica/UFRJ). Marcia Stein (Instituto
•
C1énc1a Hoje). Martin Makler (lnstrtuto de
F1slca/UFRJ). Salvatore S1C1hano (Escola
• Naaonal de Saude Pubhca!FK>Crun e RICardo
• lgles1as Reis (Instituto de B10log1aUFRJ)
• Redação: Bianca Encarnação (editora
• executiva): Mara Figue1ra (coordenação de
• reportagem), Carolina Benjamin (reportagem):
• Cáth1a Abreu (secretana)
• Arte: Waher Vasconcelos (coordenação) e Lu1za
• Merege (programação VISual).
• Colaboraram neste número: GtSele Sarrpato
• (rev1sào). Carlos Fausto. do Museu Nac1ona~
• UFRJ (texto). Cruz (capa). Fernando. G1l, Ivan
• Zigg. Jaca. Lula. Mario Bag. Maurício Veneza.
• Nato Gomes. Paula Delecave e Walter
• (Ilustração).
• Assinaturas (11numeros) - Brasd. RS60.00
• Extenor USS 65.00
Fotolito: Open Plus. Impressão: Grafica M1n1ster
• Distribuição em bancas: Fernando Chrnglia
:
DistnbUidora S.A
INSTITUTO CIÊNCIA HOJE
• Endereço: Av Venceslau Brás 71 . lunclos. casa
• 27. CEP 22290-140. Rto de Jane1roJRJ.
• TeL (21 ) 2295-4846 Fax (21 ) 254 1·5342.
• E-ma1l chc@ C1enc1aho1e org br CH on-lme
•
•
•
www.ciencia.org.br
Atendimento ao assinante:0800-2648461
ctenc1ahote@ uot.com br
• Produção: Mana Ehsa da C Santos e lran1
• Fuentes de ArauJO
• Expedição: Ada1glsa Bahn
Cornercial e Pro;e4os EôJcaci(nlis: ~
• Madeira. Publicidade: Sandra Soares. Projetos
Educacionais: Ta!Jana Marques. Rua Bertioga
• 633. Chacara Inglesa. CEP 04141·100. São
• Paulo/SP Telefax: ( 11 l 5583·3370. E-ma11
• chsp@Ld.a:xnl:x OrrulaçãoeAssinatu'a:
• Cesar Augusto Marques
• Sucursais: São Paulo - Vera R1ta Costa
• lelefax (11) 3814·6656. e-ma1l:
• choJesp@spbcnet.org.br. BeloHonzonte-
• Angelo Machado (coordenação C1entíf1ca).
• Roberto Barros de Carvalho. tel (31 ) 2499·
• 2862. e-mall ch·mgª ICb ufmg br
• Neste numero. CiênCia HOJe das Cnanças
• contou com a colaboração do Centro Brasile~ro
• de PesquiSas FtSICaS (CBPF). do Laboratono
• Nacional de Computação Científica (LNCC) e
• da Universidade Federal do Rio de Jane1ro
 Araras nos ares
I
r
4
asas n<> azul

araras nas claras

luzes do sol

aereas araras
em carrossel

sombras da.._4õt araras

em vertical ...
•

araras aos pares

alegres ern bando

Arara
ararA

indo ou volt:ando
o '
1
o

cores ern coral

no céu voando.

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•

Libério Neves nasceu em Goiós, em J934. Formou-se em direito e escreveu diversos livros para adultos e crianças. Este poema foi
retirado do livro Voa, palavra, publicado pela Editora Formato. Nele, o autor faz rimas inspiradas em pássaros.

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•