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AMOR DE PERDIÇÃO DE CAMILO CASTELO BRANCO

GRUPO I

1. As expressões “De manhã” (l. 1), “Às onze horas” (l. 4), “Ao
segundo dia de viagem” (l. 5), “Era o dia 27 de março, o nono de
enfermidade de Simão Botelho” (l. 15), “Ao romper da manhã” (l.
16), “Algumas horas volvidas” (l. 24) contribuem para a
concentração temporal da ação, a qual decorre, agora,
precipitadamente, em nove dias, sendo apenas relatados os
aspetos fundamentais que conduzem ao culminar da ação.

2. Mariana vai demonstrando, ao longo do tempo, que está


determinada a suicidar-se, se Simão morrer. Assim, a atitude que
a personagem assume, quando confrontada com a iminênciada
morte de Simão, é reveladora de alguém que deixa de sofrer com
a vida, convicta de que cedo se vai desprender dos aspetos
terrenos e, por isso, não chorou quando ouviu o prognóstico
doseu amado e perguntou-lhe, nas palavras do narrador, com
uma “Pasmosa serenidade” (l. 7), o que fazer às suas cartas, se
Simão morresse no mar. Depois, acaba por revelá-lo
explicitamente, quando o degredado lhe pergunta o que fará ela
se ele morrer no mar. A resposta é imediata: “– Morrerei, senhor
Simão” (l. 12).
Finalmente, é ainda indicativo do seu suicídio o facto de não ter
chorado nem orado, quando Simão morre, como se acreditasse
que, em breve, estaria junto dele, e o facto de apresentar uma
postura inerte e estranha, enquanto os marujos davam puxões ao
cadáver do académico para segurar a pedra à cintura.

3. Apesar de Mariana amar Simão, tem plena consciência de que


o seu amor não é correspondido e de que ele sente por ela
apenas um amor fraternal. Por essa razão, designa-o de “meu
irmão”(l. 6). Por outro lado, por reconhecer que Simão é detentor
de um estatuto social mais elevado do que o seu, as suas
palavras revestem-se de alguma formalidade, nomeadamente
quando diz “senhor Simão” (l. 12).

4. A frase de Simão refere-se à infelicidade de Teresa, à morte de


João da Cruz e à eventualidade da morte de Mariana.
5. As falas de Mariana revelam o seu estatuto social na medida
em que trata Simão por “senhor Simão” (l. 12), forma de
tratamento que se usava relativamente a alguém com um estatuto
social superior.

GRUPO II
1.
a. F;
b. F;
c. V;
d. F;
e. V;
f. F;
g. V;
h. V;
i. V;
j. F.

2. a. Oração subordinada substantiva completiva;


b. Orações coordenadas copulativas.

3. a. Sujeito;
b. Complemento indireto;
c. Vocativo;
d. Complemento indireto.

4. a. “Morrerá” – futuro do indicativo; “fiz” – pretérito perfeito do


indicativo;
b. “aumentava” – pretérito imperfeito do indicativo.

5. a. “uma lâmpada”;
b. “o morto”.

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