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Procedimento Operacional

Padrão do Serviço de
Odontologia
SESAU – Cascavel PR
Ano 2016 à 2018

2016/2018
Estado do Paraná
Prefeitura Municipal de Cascavel - PR
Secretaria Municipal de Saúde
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO À SAÚDE
Serviço de Controle de Infecção Ambulatorial – SCIA
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DO SERVIÇO DE ODONTOLOGIA
2016/2018

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


NA ODONTOLOGIA

Secretaria de Saúde

Departamento de Atenção à Saúde


Divisão de Atenção Básica

Serviço de Controle de Infecção - SESAU

Cascavel - PR

Setor de Controle e Infecção


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MUNICÍPIO DE CASCAVEL
Prefeito Municipal
Edgar Bueno
Vice-Prefeito Municipal

ELABORADO EM 2008
João Manoel Hartmann Cury
Silvane Maria Dalla-Lana
Cirurgiões Dentistas

SECRETARIA DE SAÚDE
Secretário da Saúde
Reginaldo Roberto Andrade
Assessor de Gestão Estratégica
Mara Lúcia Renostro Zachi
Diretora Administrativo
Sheila Marcia Eller Vargas
Diretora de Atenção à Saúde
Elaine Maria Dainez

REVISÃO 2016
Gerentes da Divisão de Atenção Básica
Gerente da Divisão de Saúde Bucal
Coordenadora da CCI/SCI-SESAU
Integrantes da CCI/SCI-SESAU 2016

DIGITAÇÃO
Claudia Cristina Anghinoni
Josiane Dias
Ali H. Haidar

ORGANIZAÇÃO
Elaine Maria Dainez
Josiane Dias
Claudia Cristina Anghinoni
Ali H. Haidar

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SUMÁRIO

CONTROLE DE INFECÇÃO NA ODONTOLOGIA ..................................................... 5


POP Nº 01/2015 - IMUNIZAÇÕES DOS PROFISSIONAIS ................................. 6
POP Nº 02/2015 - BIOSSEGURANÇA ................................................................ 7
POP Nº 03/2015 - BARREIRAS DE PROTEÇÃO ................................................ 8
POP Nº04/2015 - PREPARAÇÃO DOS AMBIENTES, PROCESSOS DE
LIMPEZA E DESINFECÇÃO .............................................................................. 12
POP Nº 05/2015 – CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E
INSTRUMENTAIS ODONTOLÓGICOS E SEUS PROCESSOS DE LIMPEZA E
DESINFECÇÃO: ................................................................................................ 17
POP Nº06/2015 - FLUXO DO MATERIAL CONTAMINADO/LIMPO - CLÍNICA
ODONTOLÓGICA PARA CENTRAL MATERIAL ESTERILIZADO (CME) ......... 28
POP Nº 07/2015 - DESCARTE DO LIXO E DE RESÍDUOS DO CONSULTÓRIO
........................................................................................................................... 31
POP Nº 08/2015 - RISCOS OCUPACIONAIS ................................................... 31
POP Nº 09/2015 - CONDUTAS FRENTE A ACIDENTES OCUPACIONAIS ..... 45
POP Nº 10/2015 – VALIDADE E TROCA DE MATERIAIS DE USO
ODONTOLÓGICO ............................................................................................. 54
POP Nº 11/2015 – VALIDADE DE MEDICAMENTOS E INSUMOS
FARMACÊUTICOS (LÍQUIDOS OU PÓS) DE USO ODONTOLÓGICO, APÓS
ABERTOS PARA USO FRACIONADO. ............................................................. 55
POP Nº 12/2015 - TÉCNICA LAVAGEM SIMPLES DE MÃOS .......................... 57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 64
ANEXO Nº 01 com Lista de procedimento a ser seguido para cada equipamento
e seus componentes. ......................................................................................... 65
ANEXO Nº 02 ESCALA SEMANAL: Escala semanal de rotinas, limpeza e
desinfecção para controle interno da equipe odontológica ................................ 65

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CONTROLE DE INFECÇÃO NA ODONTOLOGIA

No exercício da profissão odontológica, a equipe de saúde bucal é


exposta diariamente a uma grande quantidade de agentes infecciosos. Sendo assim,
se faz necessária a adoção de um conjunto de medidas de controle de infecção, como
forma eficaz de redução do risco ocupacional e de transmissão de agentes
infecciosos, denominadas Medidas de Precaução-Padrão.
As preocupações-padrão auxiliam os profissionais nas condutas
técnicas adequadas, por enfatizar a necessidade de tratar todos os pacientes em
condições biologicamente seguras, ao mesmo tempo que indicam de forma precisa o
uso do Equipamento de Proteção Individual - EPI, gerando a melhoria da qualidade
da assistência e redução de custos.
O controle de infecção na prática odontológica deve obedecer a quatro
princípios básicos:
1. Os profissionais devem tomar medidas para proteger a sua saúde e a da
sua equipe;
2. Os profissionais devem evitar contato direto com matéria orgânica;
3. Os profissionais devem limitar a propagação de micro-organismos;
4. Os profissionais devem tornar seguro o uso de artigos, peças
anatômicas e superfícies.
Toda a preparação dos ambientes deve ser executada por ambos: Auxiliar de
Saúde Bucal (ASB) e Técnico de Saúde Bucal (TSB), pois as responsabilidades são
compartilhadas. Todo o processo deve ser acompanhado pelo profissional Cirurgião
Dentista o qual é corresponsável pela biossegurança dos ambientes e equipamentos.
Este manual destina-se a auxiliar nas rotinas já adotadas, complementar
conhecimentos, servir de manual de consulta diária, visando a biossegurança de todos
os pacientes e profissionais durante o processo de trabalho.
Boa leitura e sucesso à todos.

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POP Nº 01/2015 - IMUNIZAÇÕES DOS PROFISSIONAIS

As vacinas atuam reduzindo os riscos de infecções e, por conseguinte,


protegem não apenas a saúde dos componentes da equipe, bem como à de seus
pacientes e familiares (Quadro 01).
É obrigatório arquivar na Unidade de Saúde a fotocópia da carteira de
vacina de todos os profissionais que compõe a equipe odontológica.
O objetivo final da vacinação não é apenas a proteção do indivíduo
contra determinada doença (imunidade individual), mas consiste em controlar,
eliminar ou erradicar doenças (através da imunidade coletiva), que ocorrem em
decorrência do acúmulo de suscetíveis.
Além da diminuição da incidência de determinadas doenças e suas
sequelas, um programa de imunizações busca diminuir o número de consultas
médicas dos profissionais da área de saúde e o absenteísmo.
Os imunobiológicos recomendados para todos os profissionais da área
de saúde são a dupla bacteriana, a influenza e a hepatite B.
Quadro 01
Número de Intervalo
Vacina Proteção Reforço
doses entre as doses
2 meses, sendo
Dupla Bacteriana Tétano e Difteria 03 A cada 10 anos
no mínimo 1 mês
Influenza Gripe 01 _______ Anual
2ª Dose - 1 mês
após a primeira
Hepatite B e D
dose.
Hepatite B (esta última 03 _______
3ª Dose - 5
indiferente)
meses após a
segunda dose
Febre Amarela Febre Amarela 01 _______ A cada 10 anos
Tríplice viral Rubéola 01 _______ A cada 10 anos

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POP Nº 02/2015 - BIOSSEGURANÇA

Biossegurança é um conjunto de procedimentos, ações, técnicas,


metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos
inerentes as atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico
e prestação de Serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais,
do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
São medidas de proteção que devem ser adotadas pelo profissional de
odontologia quando ocorrer manipulação de sangue e fluidos de todo e qualquer
paciente. Visam proteger as mucosas dos olhos, nariz e boca, bem como qualquer
solução de continuidade existente na pele, resultante da exposição a agentes
patogênicos como, vírus da hepatite B, C e vírus HIV, agente transmissor da sífilis e
outros agentes patogênicos, que sejam transmitidos pelo sangue e fluídos do
organismo. A proteção necessária varia de acordo com o risco causado pelo
procedimento a ser executado dentro das atividades odontológicas.
É de grande importância que todos os profissionais da equipe de saúde
bucal, em um contexto multidisciplinar, compreendam que a biossegurança é uma
normatização de condutas visando a segurança e proteção da saúde de todos aqueles
envolvidos na área da odontologia, e não um conjunto de regras criadas com o simples
objetivo de dificultar a rotina de atendimento dos profissionais.
As Normas de Precauções e Biossegurança têm como objetivo prevenir
a disseminação das doenças causadas por agentes infecciosos transmissíveis entre
hospedeiros susceptíveis, sejam estes indivíduos componentes da equipe de saúde,
outros trabalhadores da instituição de saúde pacientes atendidos nas unidades de
saúde e seus acompanhantes.

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POP Nº 03/2015 - BARREIRAS DE PROTEÇÃO

1.1. Higienização das mãos


É a medida isolada mais importante para evitar a transmissão de micro-
organismos de um paciente ao outro, de um sítio para outro no mesmo paciente ou
mesmo do paciente para o trabalhador.

1.2. Luvas
São utilizadas para impedir contaminação das mãos quando em contato
com fluídos orgânicos, mucosa, pele não integra e para reduzir a transmissão de
patógenos, de profissionais de saúde bucal para pacientes e entre pacientes quando
no mesmo ambiente são atendidos vários.
As luvas devem ser trocadas após a manipulação de cada paciente e as
mãos lavadas após sua retirada. O uso de luvas não substitui a lavagem das mãos,
porque as luvas podem apresentar perfurações não aparentes, danificarem durante o
uso ou haver contaminação das mãos durante sua retirada.
Existem quatro tipos de luvas em ambiente de saúde: luvas estéreis ou
cirúrgicas, luvas de procedimentos (não estéreis), as luvas de borracha – PVC e as
luvas de plástico.
As luvas de látex são utilizadas para lavagem e pré-lavagem de
instrumentais, as luvas cirúrgicas para procedimentos invasivos, as luvas de
procedimento para todos os outros atendimentos não invasivos do profissional
odontólogo e equipe, e a estéril de plástico pode ser usada em pacientes ou
profissionais com alergia ao látex por exemplo.

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1.3. Técnica de colocação das luvas


 Abrir o pacote de luva posicioná-la com a palma da mão virada para
cima, fora da área do campo esterilizado.
 Com a mão direita, levantar a parte de cima do campo à direita, e com a
mão esquerda retirar a luva pela parte interna do punho.
 Calçar a luva na mão direita, atentando para não contaminar a sua parte
externa.
 Com a mão esquerda, levantar a parte de cima do campo à esquerda e
colocar a mão direita enluvada dentro da dobra da luva.
 Calçar a luva na mão esquerda, atentando para não contaminar a mão
enluvada.
 Ajeitar as luvas externamente com as mãos enluvadas.
 Após o uso, retirar a luva de uma das mãos puxando-a externamente
sobre a mão, virando-a pelo avesso. Quanto à outra mão enluvada, segurá-la pela
parte interna, puxando-a e virando-a pelo avesso;
 A técnica de colocação da luva de procedimento segue a mesma
sequência da cirúrgica, lembrando de manter a caixa original fechada em local seco e
dentro de pote plástico com tampa após aberta.

1.4. Técnica de retirada de luvas


 Segure uma das luvas pelo lado externo na região do punho, mantendo
uma barreira entre superfícies contaminadas (punho do avental);
 Estique e puxe a extremidade da luva para baixo, enquanto a inverte
durante a remoção (mantendo isolado o lado contaminado);
 Introduza os dedos da mão sem luva dentro da extremidade interna da
luva ainda calçada (punho do avental), propiciando contato direto com a superfície
mais limpa da luva;

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 Puxe a segunda luva de dentro para fora enquanto encapsula a primeira


luva na palma da mão (limitando o reservatório de micro-organismos);
 Descarte as luvas em recipiente adequado para tal fim (saco de lixo
plástico branco leitoso de espessura 10 micra segundo NBR 9191 – ABNT);
 Lave as mãos imediatamente após a retirada das luvas. Esse
procedimento propicia a retirada de micro-organismos transitórios e resistentes que
podem ter proliferado no ambiente escuro, quente e úmido no interior das luvas;
OBS: Lembre-se de nunca tocar em trincos, maçanetas, telefones, canetas,
papéis entre outros, estando com luvas. Retire sempre que sair do ambiente de
atendimento do paciente. Se retornar ao atendimento coloque outra, pensando nesta
observação, cabe a equipe odontológica organizar a rotina de atendimento ao restante
das atividades, para não haver desperdícios de luvas.

1.5 Máscaras
Devem ser usadas durante atividades com risco de respingos de material
orgânico em mucosa nasal, oral e durante o contato com pacientes portadores de
doenças transmitidas por gotículas ou pelo ar.
As máscaras utilizadas podem ser de dois tipos, as cirúrgicas e as com
proteção para micro partículas, chamadas de respiradores.
Usar para proteger a mucosa ocular, nasal e bucal quando houver risco
de vaporização ou respingos com sangue, fluídos corpóreos, secreções e excreções.
Não deve ser utilizado por pessoas com barbas ou outros pelos faciais,
que interfiram no contato direto entre rosto e área de vedação da máscara.
A máscara cirúrgica deve ser utilizada por todos os profissionais que prestarem
assistência na sala de odontológica, considerando o risco de exposição da mucosa
de boca e nariz a respingo de sangue, secreções e excreções durante a assistência
odontológica. Essa máscara deve ser descartada imediatamente após o uso.

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O profissional que atuar em procedimentos com risco de geração de aerossol,


deve utilizar máscara de proteção respiratória com eficácia mínima na filtração de 95%
de partículas de até 0,5 tipo N95. Validade da Máscara PFF2/N95: descartar após
a jornada de trabalho para todos os servidores da SESAU.

1. 6 Óculos e Protetor Facial


São utilizados durante procedimentos que possam gerar respingos de
material orgânico e atingir a conjuntiva ocular. Devem ter anteparo na borda superior,
lateral e inferior, ao termino podem ser encaminhados para limpeza e desinfecção.

1.7. Jalecos e avental impermeável


São utilizados para prevenir a contaminação das roupas e da pele dos
profissionais de saúde, quando há risco de exposição a material orgânico.
O avental para uso na pré-lavagem e lavagem de materiais e
instrumentais, deve ser de tecido impermeável e de mangas longas. Deve ser retirado
antes de deixar o expurgo ou local de lavagem.
O jaleco deve ser de comprimento e mangas longas, de gola
preferencialmente tipo padre, com punho. Deve ser usado no ato do atendimento
clinico odontológico por toda equipe, e ser retirado ao termino deste. Se possível trocar
após cada paciente ou quando perceber contaminação.

1.7 Sapatos fechados


Devem ser usados para a proteção dos pés e se possível, com solado
antiderrapante, que cubra totalmente o peito do pé.
Devem ser usados para prevenir:
a) Impactos de quedas de objetos;
b) Choques elétricos;
c) Agentes térmicos;

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d) Agentes cortantes e escoriantes;


e) Umidade proveniente de operações com uso de água;
f) Respingos de produtos químicos.

POP Nº04/2015 - PREPARAÇÃO DOS AMBIENTES, PROCESSOS


DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO

Os Profissionais devem limitar a propagação de micro-organismos. É


muito importante preparar a sala antes de começar o atendimento, bem como todos
os ambientes que envolvem a rotina da equipe odontológica: sala clínica, escovário,
escritório, expurgo (área suja) e sala de empacotamento (área limpa).

Princípio básico e obrigatório de Limpeza e Desinfecção das superfícies:


Deve-se realizar limpeza com água e detergente padronizado. Deve-se realizar
desinfecção com ácido peracético em borrifador.

Limpeza de pisos, janelas, portas, cortinas, paredes, pias, torneiras,


armários, gavetas: (ver quadro 02)
Deve-se utilizar água, detergente padronizado e ácido peracético (conforme
indicação).

Quadro 02
O QUE? QUANDO? COM O QUE? COMO?
Ácido peracético em
Diariamente após o borrifador/Água e Limpeza mecânica,
Armários
uso detergente fricção
padronizado
Ácido peracético em
Dispensador de papel Semanalmente Limpeza mecânica
borrifador

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Água e detergente
Janela Mensalmente Limpeza mecânica
padronizado
Ácido peracético em
Mesa auxiliar Diariamente e após borrifador/ Água e Limpeza mecânica,
(superfície) cada atendimento detergente fricção
padronizado
Ácido peracético em
Gavetas (parte borrifador/ Água e
Semanalmente Limpeza mecânica
interna e externa) detergente
padronizado
Água e detergente
Parede Mensalmente Limpeza mecânica
padronizado
Ácido peracético em
Pia / Bancada e Diariamente e sempre borrifador/ Água e
Limpeza mecânica
torneiras que necessário detergente
padronizado
Diariamente e sempre Água e detergente
Piso Limpeza mecânica
que necessário padronizado
Ácido peracético em
borrifador/ Água e
Saboneteira Semanalmente Limpeza mecânica
detergente
padronizado
Ácido peracético em
Borrifador de Ác. borrifador/ Água e
Semanalmente Limpeza mecânica
Peracético detergente
padronizado

***OBS: superfícies com presença de matéria orgânica: borrifar com ácido


peracético à 0,5 %, deixar agir por 05 minutos e se necessário após a desinfecção,
usar água e detergente padronizado.
Não deixar o ácido peracético em contato com as superfícies, limpe em
seguida da aplicação, com pano seco ou papel toalha.

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Na falta de ácido peracético use o álcool 70% liquido com fricção de 30”,
após remoção da matéria orgânica com papel toalha e limpeza no local com água e
detergente padronizado. O álcool em gel é indicado somente para higienização das
mãos.

Limpeza e Desinfecção de utensílios dos ambientes:


São eles todas as almotolias, frascos de produtos e medicamentos,
potes plásticos, macro modelos, tudo que pode ser molhado, deve-se lavar com água
e detergente padronizado, desinfecção com ácido peracético. O que não pode ser
molhado, deve-se proceder a limpeza com água mais detergente padronizado e após,
fazer desinfecção com Ácido. Peracético a 0,5%. Sempre desmontar ou desencaixar
as partes e/ou componentes antes da limpeza e desinfecção. Secar completamente
com papel toalha após ter deixado escorrer sobre pano limpo ou escorredor.

Limpeza das superfícies, mesas, cadeiras de escritório e equipamentos


de telefonia e informática, canetas, materiais de escritório em geral:
Deve-se realizar limpeza com água e detergente padronizado e se
necessário assepsia com álcool 70. Retirar sempre as luvas contaminadas e realizar
lavagem de mãos, sempre que vier a este ambiente de escritório.

Descontaminação de equipamentos e periféricos:


Deve-se encapar com filme plástico e/ou fazer limpeza com água mais
detergente padronizado e após fazer desinfecção com ácido peracético a 0,5%, após
o tratamento de cada paciente.

(Ver ANEXO Nº 01 com Lista de procedimento a ser seguido para cada


equipamento e seus componentes).

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Lavagem da caixa d’água:


Deve ser realizada de 6 (seis) em 6 (seis) meses, conforme cronograma da
SESAU.

Limpeza e lavagem do ar condicionado:


A limpeza do equipamento dentro da sala clínica deve acontecer
semanalmente, com retirada do filtro para lavar em água corrente, sempre
direcionando a corrente de água de fora para dentro no filtro, ou conforme
recomendação do manual do usuário.
A higienização e lavagem interna deve ser realizada de 6 (seis) em 6 (seis)
meses, ou conforme cronograma da SESAU.

Princípios Básicos de Limpeza:


- de cima para baixo;
- da esquerda para a direita;
- do mais distante para o mais próximo;
- de dentro para fora;
- de trás para frente.

Lembretes importantes sobre a preparação do ambiente:

 Ao se utilizar canetas, seringa tríplice e outras pontas, deve-se desprezar


o primeiro jato de água e spray, antes de direcioná-los à boca do paciente.
 As canetas de alta rotação e peças de mão devem ser colocadas em
movimento, para eliminar o líquido aspirado (devido à válvula retratora), por no mínimo
20 a 30 segundos, após o tratamento de cada paciente.
 Também ao final de cada turno, despejar na cuba da cuspideira e aspirar
solução preparada de enzimático (diluir conforme orientação do fabricante) após

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atendimento em torno de 500ml, para limpar todo o sistema de sucção, depois


despejar e aspirar a mesma quantidade de água, para não ficar resíduos do próprio
enzimático, se necessário fazer isto mais vezes durante os turnos conforme
quantidades maiores de aspiração de sangue ou restos orgânicos bucais;
 O material descartável contaminado (gaze, algodão, sugadores, luvas e
outros) deve ser armazenado em sacos rotulados “INFECTANTE”, que devem ser
depositados em locais inacessíveis a cães e roedores.
 Resíduos de amálgama devem ser acondicionados em recipientes com
identificação e submersos em selo d'agua.
 Identificar as almotolias com nome do produto, data de desinfecção e
data de validade. Bem como manter fechadas.
 As lixeiras devem ser identificadas com o nome dos respectivos resíduos
(lixo comum e lixo infectante).
 Usar sempre escovas de cerdas plásticas para lavagem de
instrumentais, não usar de metal pois provoca riscos e vincos nas superfícies dos
instrumentais, formando locais de colonização bacteriana;
 As escovas utilizadas para lavagem de materiais e instrumentais, devem
ser plásticas, e após o uso, lavadas e escorridas para ser guardadas secas evitando
colonização bacteriana. Trocar de escovas regularmente conforme avaliação visual
da equipe que utiliza a mesma;
 Ao se fazer avaliação visual de cada instrumental quanto a sua limpeza,
se necessário utilizar lupas ou acessórios que permitam que se verifique a remoção
completa de sujeiras, restos orgânicos ou mesmo químicos, provenientes dos
cimentos odontológicos, se possível lembrar que estes ao tomar presa, são de difícil
remoção, sendo melhor que se retire imediatamente durante o ato operatório, com
gaze embebida em álcool 70°, antes de retirar o instrumental para a sala do expurgo;
 Lembrar sempre que equipamentos que possuam peças, componentes
eletroeletrônicos, hidráulicos, partes desmontáveis, ler sempre o Manual do Usuário,

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estes acompanham o equipamento na instalação e não devem ser descartados,


manter em local arquivado para futuras consultas, juntamente com a garantia do
equipamento. Se o mesmo já foi extraviado procurar conseguir novamente com setor
responsável;
 Lembrar que as canetas de alta e baixa rotação devem sem lavadas em
água corrente caso tenham sujidades aparentes e/ou limpadas com solução de
enzimático antes da desinfecção, que pode ser acoplada ao equipo mesmo, ou
retirada se necessário, após cada paciente, após isso, fazer assepsia com ácido
peracético a 5%, sem encharcar para não danificar componentes internos, fazer isto
entre cada paciente;
 Se possível encaminhar as peças de mão ao C.M.E., junto com saca
brocas se possuir;
 Lembrar que ambas as peças de mão devem seguir a rotina de
lubrificação diária após término de cada turno de trabalho, mesmo que sejam
encaminhadas a C.M.E.;
 Organizar a rotina semanal conforme quadro no ANEXO Nº 02 deste
POP.

POP Nº 05/2015 – CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E


INSTRUMENTAIS ODONTOLÓGICOS E SEUS PROCESSOS DE LIMPEZA
E DESINFECÇÃO:

Cuidados:
Qualquer que seja o processo a ser submetido em um determinado
artigo (desinfecção ou esterilização), a primeira etapa, a qual garantirá a eficácia do
processo, é a limpeza.
Limpeza é o processo de remoção de sujeiras e/ou matéria orgânica de
artigos e/ou superfícies. Deve ser realizada imediatamente antes da esterilização ou

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desinfecção, pois permite o contato adequado entre os artigos e os agentes químicos


e físicos. Falhas nesse processo facilitam o crescimento de microrganismos e
subsequente transmissão de infecção.

(VER ANEXO Nº 01 - COM MAIS ROTINAS OBRIGATÓRIAS DE


LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE CADA EQUIPAMENTO)

Conforme RDC nº 15 de 2012, os instrumentais e equipamentos são


classificados como:

 PRODUTOS PARA SAÚDE NÃO-CRÍTICOS: produtos que entram em


contato com pele íntegra, ou não entram em contato com o paciente.
A seguir, imagens do ambiente odontológico com classificação de produto não-
crítico:

NÃO-CRÍTICOS NÃO-CRÍTICOS

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 PRODUTOS PARA SAÚDE SEMI-CRÍTICOS: produtos que entram em


contato com pele não íntegra ou mucosas íntegras colonizadas, ou ainda recebem
spray contaminado;
A seguir imagens do ambiente odontológico com classificação de produto semi-
crítico:

SEMI-CRÍTICOS SEMI-CRÍTICOS

 PRODUTOS PARA SAÚDE CRÍTICOS: são produtos para a saúde


utilizados em procedimentos invasivos com penetração de pele e mucosas
adjacentes, tecidos subepteliais, e sistema vascular, ou os quais tem maior contato e
maior quantidade de fluidos bucais contaminados, incluindo também todos os
produtos para saúde que estejam diretamente conectados com esses sistemas.
Podem ser:
1. Críticos de conformação complexa: produtos para saúde que possuam
lúmen inferior a cinco milímetros ou com fundo cego, espaços internos inacessíveis
para a fricção direta, reentrâncias ou válvulas; Ex: cânula de aspiração metálica.
2. Críticos de conformação não complexa: produtos para saúde cujas
superfícies internas e externas podem ser atingidas por escovação durante o processo

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de limpeza e tenham diâmetros superior a cinco milímetros nas estruturas tubulares;


Ex: ponteira e mangueira do sugador.
A seguir imagens do ambiente odontológico com classificação de produto
crítico:

CRÍTICOS

Observações importantes:
 Produtos para saúde classificados como críticos, cuja composição
permite esterilização, devem ser encaminhados a C.M.E., após a limpeza e demais
etapas do processo.
 Produtos para saúde classificados como semicríticos devem ser
submetidos, no mínimo, ao processo de desinfecção de alto nível, após a limpeza.
 Produtos para saúde classificados como não-críticos devem ser
submetidos, no mínimo, ao processo de limpeza.
 O processamento de produtos deve seguir os fluxos direcionados
sempre da área suja para a área limpa, como já descrita anteriormente;

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 Equipamentos de uso odontológico que contenham componentes


eletrônicos, peças de acoplamento, partes de encaixe, entre outras especificações,
devem ser manipulados, higienizados e utilizados conforme especificações técnicas
do fabricante. É de extrema importância a leitura do Manual do Usuário, antes de
qualquer procedimento de uso ou limpeza e processamento.
 Alguns produtos e instrumentais odontológicos não são passiveis de
reprocessamento sendo classificados como USO ÚNICO, verificar sempre a
recomendação do fabricante, mas relembrando alguns exemplos que NÃO DEVEM
ser esterilizados ou reutilizados: sugador plástico, extirpa-nervo, matriz de amálgama,
brocas com substancias aderidas de difícil remoção, limas com matéria orgânica
aderida de difícil remoção;
 Estabelecer planilha controle para a caixa de materiais, onde se possa
verificar a quantidade de pacotes e instrumentais encaminhados a C.M.E., bem como
verificar a se os mesmos foram devolvidos ao serviço na sua totalidade. Havendo
alguma inconsistência, o profissional responsável deve entrar em contato para saber
se algum item foi descartado por algum problema, ou mesmo extraviado por estar sem
identificação ou outro;

SEQUÊNCIA:
(VER QUADRO A SEGUIR COM RESUMO DA RDC Nº 15/2012)
Resumo - RDC Nº 15 DE 15 DE MARÇO DE 2012.
PROCESSAMENTO DOS PRODUTOS
DEFINIÇÃO EQUIPAMENTOS
PRODUTOS DA SAÚDE USADOS
Remoção da sujidade
Escovas ou
PRÉ LIMPEZA visível presente nos TODOS
esponjas
produtos para saúde.

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Remoção de sujidades
orgânicas e inorgânicas,
redução da carga
microbiana presente nos
produtos para saúde,
Escovas,
utilizando agua, detergente
esponjas,
LIMPEZA enzimático, produtos e TODOS
água,
acessórios de limpeza, por
detergentes.
meio de ação mecânica
(manual ou automatizada),
atuando em superfícies
internas (lúmen) e
externas.
Enzimático e
Deixar o instrumental
água (diluir o
totalmente imerso durante
CRÍTICOS E enzimático
IMERSÃO 5 (cinco) minutos (rótulo da conforme
SEMICRÍTICOS
embalagem) em detergente recomendação
enzimático. do fabricante-
1ml/l)
Para o enxágue após a
limpeza e/ou
CRÍTICOS E
ENXÁGUE descontaminação, a água Água corrente
SEMICRÍTICOS
deve ser potável e
corrente.
Pano limpo e
SECAGEM MANUALMENTE TODOS
seco
Cortar tamanhos
Papel grau
adequados do papel,
cirúrgico
lembrando de deixar CRÍTICOS E
EMPACOTAMENTO (obs.: deixar o
margem de 3 cm na SEMICRÍTICOS
lote por conta
extremidade após a
selagem para facilitar
da cme)

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abertura do pacote sem


contaminar o material,
realizar selagem
eficientemente e após o
empacotamento, identifica
externamente em fita
adesiva colada na parte
plástica, contendo o nome
do material, data de
embalagem, data de
validade, unidade, e
rubrica do funcionário que
embalou (obs.: poderá ser
usado carimbo, desde que,
aplicado na margem de 3
cm, depois da selagem).
Processo físico ou
químico que destrói Álcool 70% e
microrganismos limpeza com
DESINFECÇÃO DE patogênicos na forma solução
NÃO CRÍTICOS
NÍVEL INTERMEDIÁRIO vegetativa, microbactérias, detergente
a maioria dos vírus e os enzimático 5
fungos, de objetos min.
inanimados e superfícies.
Processo físico ou químico
que destrói a maioria dos
microrganismos de artigos
DESINFECÇÃO DE Peresal à
semicríticos, inclusive SEMI- CRÍTICOS
ALTO NÍVEL 0,5%
microbactérias e fungos,
exceto um número elevado
de esporos bacterianos.
Processo físico de Embalagem de
ESTERILIZAÇÃO CRÍTICOS
autoclavagem ou outro. papel grau, em

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autoclave com
calor úmido,
135° c.
Local fechado longe de
sujidades e umidade,
deverão ser
acondicionados dentro de
Cubas
ARMAZENAGEM cubas tampadas e TODOS
tampadas
guardados em armário
específico, observar data
de validade, guardar o
mais novo ao fundo.

Sugestão para a padronização de kits:

Exame clínico: 01 bandeja


01 espelho bucal
01 pinça clínica
01 sonda exploradora
01 cureta ou escavador de dentina

Profilaxia: 01 pote de dappen


01 taça de borracha e escova de Robson (podem ser
embalados separadamente).

R.A.P.: instrumentos embalados individualmente ou divididos conforme


critérios do profissional.

Restauração em resina: espátulas ou aplicador embalados individualmente


ou divididos conforme critérios do profissional.

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Restauração em amálgama: porta amálgama e dedeira de borracha,


condensadores, brunidores e esculpidores embalados em conjunto para cada
restauração (paciente).

Aplicador de selante: embalado individualmente.

Sutura: 01 porta agulhas


01 tesoura cirúrgica
Agulhas
Fio de sutura

Exodontia: Sindesmótomo (individual)


Fórceps (individual)
Alavancas (individual)

Curetas de alvéolos: (individual)

Endodontia: Limas endodônticas (conjunto por série e tipos)


Instrumentais (conjuntos conforme critério do profissional)
Irrigação e aspiração: seringa Luer
Pontas de irrigação
Cânula
Pontas de aspiração
Placa de vidro
Espátula de manipulação
Espátula de inserção

Anestesia: Seringa carpule (individual)

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Aplicador de hidróxido de cálcio: (individual)

Brocas: Demais instrumentais embalar individualmente. Cada embalagem


deverá ser de uso exclusivo por paciente.

Obs.: Após o empacotamento, identificar externamente em fita adesiva ou no


próprio grau cirúrgico depois da selagem, contendo o nome do material, data de
embalagem, data de validade, lote e unidade, e rubrica do funcionário que embalou.
Válida de 07 (sete) dias.

Obs: O papel grau cirúrgico deve ser vedado somente com seladora ou com a
própria vedação (algumas marcas). Evitar o uso de fita crepe para selar os pacotes.

PROTEÇÃO NA MANIPULAÇÃO COM PRODUTOS QUÍMICOS

1. Luvas: Uso obrigatório

 Luvas de procedimento ou de borracha de PVC


 Após o uso devem ser desinfetadas

2. Avental: Uso recomendado

 Deve ser tecido de manga longa, ou frontal impermeável

3. Máscara: Uso recomendado

4. Óculos ou visor: Uso recomendado


 Se houver risco de contaminação de mucosa ocular com gotículas.

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5. Germicidas:

 Os germicidas são fornecidos pela central de diluição no horário da


manhã para todos os turnos, na concentração recomendada.

ORIENTAÇÕES GERAIS

1. O material deve ser agrupado, colocado e retirado da solução todos


juntos preferencialmente;
2. Não é necessário utilizar pré-lavagem, deve-se, todavia, realizar
enxágue dos materiais com excesso de sangue ou secreções antes da colocação na
solução química (cuidando para não rediluir a solução enzimática);
3. Ativar a solução de detergente enzimático, conforme orientação do
fabricante;

Atenção: esta solução é estável por 24 horas. Mas ao colocar o


instrumental submerso, perde a ativação em cinco minutos ou conforme
fabricante. Não podendo ser reutilizada, recomenda-se então colocar todo
instrumental ao mesmo tempo para deixar agir, para evitar gastos em excesso.

4. Identificar o recipiente da solução com etiqueta ou fita adesiva ao colocar


o material: Nome da solução, data, horário, validade e nome do funcionário.
5. Colocar e retirar após 05 (cinco) minutos, os materiais nas soluções
químicas com auxílio de pinça ou pegador plástico, desprezar a solução após o uso;
6. Manter os recipientes (de estoque e de uso) limpos, identificados e com
tampa;
7. Da desinfecção de superfícies, consultar quadros de referência
específicos (neste manual);

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8. Os frascos de solução fracionada do detergente enzimático e outros


devem seguir as recomendações que serão descritas no POP mais à frente;
9. Lembrando que deve acontecer a descontaminação previa do ambiente,
como já descrito anteriormente;

POP Nº06/2015 - FLUXO DO MATERIAL CONTAMINADO/LIMPO -


CLÍNICA ODONTOLÓGICA PARA CENTRAL MATERIAL ESTERILIZADO
(CME)

A CME do município, responsável pelo processo de esterilização dos artigos


críticos odontológicos, recomenda que a limpeza e encaminhamento dos materiais
ocorram conforme a normatização abaixo:

LIMPEZA DOS MATERIAIS ODONTOLOGICOS PELOS SERVIÇOS DE


SAÚDE
OBJETIVO: Remover a sujidade dos materiais através do uso de produtos e
equipamentos que reduzem ou eliminam a flora bacteriana.
FUNCIONÁRIOS: THD ou ACD.

DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE LIMPEZA DAS PINÇAS DA


ODONTOLOGIA:
 Obrigatório o uso de EPIs (toucas, luvas de procedimento, luvas de
silicone 7/8, avental de manga longa descartável e impermeável , Mascara tripla,

Óculos ou visor).
 Proceder a desinfecção mecânica com detergente enzimático, realizar a
limpeza das pinças com escova apropriada, removendo as sujidades e garantindo a
eficácia do processo de esterilização.

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 O material será lavado com detergente enzimático padronizado pelo


Município, encaminhado pela central de diluição da unidade de saúde, no horário da
manhã para todos os turnos, na concentração recomendada.
 O material deve ser agrupado, colocado e retirado da solução todos
juntos preferencialmente;
 Ativar a solução de detergente enzimático, conforme orientação do
fabricante;
 Identificar o recipiente da solução com etiqueta ou fita adesiva ao colocar
o material: Nome da solução, lote do frasco de endozime, data, horário, validade e
nome do funcionário.
 O material deverá ficar submerso por 05 (cinco) minutos, neste período
não deverá ocorrer a colocação de outros materiais.
 Após o tempo de imersão, na solução química, proceder a retirada do
mesmo com auxílio de uma pinça ou pegador plástico.
 O material deverá ser enxaguado em água corrente e procedido a
visualização macroscópica quanto a limpeza.
 O material deverá ser colocado em bancada limpa e seca.

CUIDADOS COM A BANCADA:


 A bancada deverá ter passado por um processo de desinfecção com
Peresal a 2%,
 Após, colocar os materiais encima de campos ou panos limpos e secos
apropriados para o preparo do material.
 Proceder a secagem preferencialmente utilizando ar comprimido e após
complementando a secagem com pano limpo e seco. Observação: o pano não pode
soltar fiapos.
 Avaliação do material quanto:
 Limpeza do material;

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 Presença de ferrugem ou sujidades;


 Presença de umidade.
 Material apresentando danificação em sua estrutura, ex. rachado,
trincado ou descascado.
 Os mesmos deverão ser substituídos não podendo ser encaminhados
ao processo de esterilização.
 Após a limpeza e avaliação realizar a embalagem dos mesmo conforme
kits estabelecidos pela odontologia.
 O material deverá ser embalado em grau cirúrgico constando:
Identificação da unidade de saúde e nome do preparador do material.
 As pontas perfurantes deveram ser protegidas em grau cirúrgico de
forma a não ocasionarem a ruptura da embalagem inicial.
 Após o término do turno, desprezar a solução utilizada e proceder a
limpeza da caixa plástica, lavar com água e sabão e limpar com Peresal a 2%.
 A caixa plástica deve ser mantida seca e limpa.
 O material deverá ser listado em formulário próprio, tendo a contagem
das peças anotadas assim como o nome do funcionário que procedeu a separação.
 As peças deverão ser colocadas em caixa âmbar próprias para o envio
a CME da UPA Veneza para processo final de esterilização.
 O material que não for enviado a CME, deverá permanecer limpos e
identificados na unidade de saúde. Em recipientes hermeticamente fechados.

Observação: O encaminhamento do material seguirá o fluxo de transporte


instituído pela SESAU, conforme cronograma estabelecido em contrato com Empresa
devidamente licenciada.

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POP Nº 07/2015 - DESCARTE DO LIXO E DE RESÍDUOS DO


CONSULTÓRIO

Verificar P.G.R.S.S. que está contemplando as explicações de


Odontologia em documento único de cada Unidade de Saúde.
Relembrando que, objetos perfurocortantes, como agulhas de anestesia
e sutura, lâminas de bisturi, limas e outros assemelhados devem ser descartados
imediatamente após o uso, em recipientes com o símbolo de infectante, e com a
transcrição de expressões “INFECTANTE” e “MATERIAL PERFUROCORTANTE”.
Após o fechamento do coletor de material perfurocortante, ele deve ser colocado em
saco plástico branco leitoso, no qual deve constar o símbolo de material infectante.
Em seguida, o saco deve permanecer em local apropriado, aguardando a coleta
especial.
O lixo sólido, como gaze, algodão, sugadores, campos e outros, devem
ser colocados em saco branco e impermeável, com a inscrição INFECTANTE. O saco
deverá ser preenchido somente com 2/3 do seu volume, para facilitar o seu
fechamento.
As lixeiras devem ter tampas e pedais. O lixo comum, que não se
enquadre nos recicláveis, deve ser desprezado em sacos de lixo comum. E os
recicláveis seguirão as recomendações do “Projeto Coleta Legal”, especificados no
Projeto de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde.

Observação: Mais observações importantes sobre resíduos ver P.G.R.S.S.


padronizados pelo SCIA – SESAU.

POP Nº 08/2015 - RISCOS OCUPACIONAIS

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São considerados riscos ocupacionais, a possibilidade de perdas ou


danos e a probabilidade de que tal perda ou dano ocorra. Implica, pois, a probabilidade
de ocorrência de um evento adverso. Os riscos mais frequentes a que estão sujeitos
os profissionais que atuam em assistência odontológica são os físicos, os químicos,
os ergonômicos, os mecânicos ou de acidente, os advindos da falta de conforto e
higiene e os biológicos.

RISCO FÍSICO:
Exposição dos profissionais a agentes físicos (ruído, vibração, radiação
ionizante e não-ionizante, temperaturas extremas, iluminação deficiente ou excessiva,
umidade e outros).
São causadores desses riscos: caneta de alta rotação, compressor de
ar, equipamento de RX, equipamento de laser, fotopolimerizador, autoclave,
condicionador de ar, etc.

Procedimento para minimizar o risco físico:

Os seguintes procedimentos devem ser adotados a fim de minimizar os riscos


físicos a que estão submetidos os profissionais de Odontologia:
a) Utilizar protetores auriculares.
b) Usar óculos de proteção para os procedimentos odontológicos, o manuseio
de equipamentos que possuem luz alógena e o laser.
c) Utilizar equipamentos de proteção radiológica, inclusive para os pacientes.
d) Manter o ambiente de trabalho com iluminação eficiente.
e) Proteger o compressor de ar com caixa acústica.
f) Tomar cuidado ao manusear os instrumentais com temperatura elevada.
g) Manter o ambiente arejado e ventilado, proporcionando bem-estar.

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RISCO QUÍMICO:
Exposição dos profissionais a agentes químicos (poeiras, névoas,
vapores, gases, mercúrio, produtos químicos em geral e outros).
Os principais causadores desse risco são: amalgamadores,
desinfetantes químicos
(Álcool, glutaraldeído, hipoclorito de sódio, ácido peracético, clorexidina, entre
outros) e os gases medicinais (óxido nitroso e outros).

Procedimento para minimizar o risco químico:

O risco químico pode ser minimizado utilizando-se dos seguintes


procedimentos:
a) Limpar a sujidade do chão, utilizando pano umedecido para evitar poeiras.
b) Utilizar Equipamentos de Proteção Individual – EPIs (luvas, máscaras,
óculos e avental impermeável) adequados para o manuseio de produtos químicos
desinfetantes.
c) Usar EPI completo durante o atendimento ao paciente e disponibilizar óculos
de proteção ao mesmo para evitar acidentes com produtos químicos.
d) Utilizar somente amalgamador de cápsulas.
e) Acondicionar os resíduos de amálgama em recipiente inquebrável, de
paredes rígidas, contendo água suficiente para cobri-los, e encaminhá-los para coleta
especial de resíduos contaminados.
f) Armazenar os produtos químicos de maneira correta e segura, conforme
instruções do fabricante, para evitar acidentes.
g) Fazer manutenção preventiva das válvulas dos recipientes contendo gases
medicinais.

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RISCO ERGONÔMICO:
Causado por agentes ergonômicos como postura incorreta, ausência do
profissional auxiliar e/ou técnico, falta de capacitação do pessoal auxiliar, atenção e
responsabilidade constantes, ausência de planejamento, ritmo excessivo, atos
repetitivos, entre outros.

Procedimento para minimizar o risco ergonômico:

Para minimizar o risco ergonômico, devem ser observadas as seguintes


recomendações:
a) Organizar o ambiente de trabalho.
b) Realizar planejamento do atendimento diário.
c) Trabalhar preferencialmente em equipe.
d) Proporcionar à equipe de trabalho capacitações permanentes.
e) Incluir atividades físicas diárias em sua rotina.
f) Realizar exercícios de alongamento entre os atendimentos, com a orientação
de profissional da área.
g) Valorizar momentos de lazer com a equipe.

RISCO MECÂNICO OU DE ACIDENTE:


Exposição da equipe odontológica a agentes mecânicos ou que
propiciem acidentes.
Entre os mais frequentes, podemos citar: espaço físico subdimensionado;
arranjo físico inadequado; instrumental com defeito ou impróprio para o procedimento;
perigo de incêndio ou explosão; edificação com defeitos; improvisações na instalação
da rede hidráulica e elétrica; ausência de EPI e outros.

Procedimento para minimizar o risco mecânico ou de acidente:

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a) Adquirir equipamentos com registro no MS, preferencialmente modernos,


com desenhos respeitando a ergonomia.
b) Instalar os equipamentos em área física adequada, de acordo com a RDC
50/2002 da Anvisa.
c) Utilizar somente materiais, medicamentos e produtos registrados na Anvisa.
d) Manter instrumentais em número suficiente e com qualidade para o
atendimento aos pacientes.
e) Instalar extintores de incêndio obedecendo ao preconizado pela NR-23 e
capacitar a equipe para sua utilização.
f) Realizar manutenção preventiva e corretiva da estrutura física, incluindo
instalações hidráulicas e elétricas.
g) Em clínicas odontológicas com aporte maior de funcionários, implantar o
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, de acordo com a NR-9.

RISCO PELA FALTA DE CONFORTO E HIGIENE:


Exposição do profissional a riscos por ausência de conforto no ambiente
de trabalho e a riscos sanitários. Podemos citar alguns desses riscos: sanitário em
número insuficiente e sem separação por sexo; falta de produtos de higiene pessoal,
como sabonete líquido e toalha descartável nos lavatórios; ausência de água potável
para consumo; não fornecimento de uniformes; ausência de ambientes arejados para
lazer e confortáveis para descanso; ausência de vestiários com armários para a
guarda de pertences; falta de local apropriado para lanches ou refeições; falta de
proteção contra chuva, entre outros.

Procedimento para minimizar o risco pela falta de conforto e


higiene:

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Proporcionar à equipe condições de higiene, de conforto e de


salubridade no ambiente de trabalho, de acordo com a NR-24.

RISCO BIOLÓGICO:
Considera-se risco biológico a probabilidade da ocorrência de um evento
adverso em virtude da presença de um agente biológico. Sabe-se que as exposições
ocupacionais a materiais biológicos potencialmente contaminados constituem um
sério risco aos profissionais da área da saúde nos seus locais de trabalho. Estudos
desenvolvidos nesta área mostram que os acidentes envolvendo sangue e outros
fluidos orgânicos correspondem às exposições mais frequentemente relatadas

VIAS DE TRANSMISSÃO

Transmissão por via aérea:

O ambiente odontológico, pelas suas particularidades, possibilita que o


ar seja uma via potencial de transmissão de micro-organismos, por meio das gotículas
e dos aerossóis, que podem contaminar diretamente o profissional ao atingirem a pele
e a mucosa, por inalação e ingestão, ou indiretamente, quando contaminam as
superfícies.
As gotículas e os aerossóis são gerados durante a tosse, espirro e fala,
ou são provenientes dos instrumentos rotatórios, seringas tríplices, equipamentos
ultra- sônicos e por jateamento. As gotículas são consideradas de tamanho grande e
podem atingir até um metro de distância. Por serem pesadas, rapidamente se
depositam nas superfícies. Os aerossóis são partículas pequenas, que podem
permanecer suspensas no ar durante horas e ser dispersas a longas distâncias,
atingindo outros ambientes, carreadas por correntes de ar.

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Procedimento para diminuir o risco de transmissão por via aérea:

• Usar dique de borracha, sempre que o procedimento permitir.


• Usar sugadores de alta potência.
• Evitar o uso da seringa tríplice na sua forma spray, acionando os dois botões
ao mesmo tempo.
• Regular a saída de água de refrigeração.
• Higienizar previamente a boca do paciente mediante escovação e/ou
bochecho com antisséptico.
• Manter o ambiente ventilado.
• Usar exaustores com filtro HEPA.
• Usar máscaras de proteção respiratórias.
• Usar óculos de proteção.
• Evitar contato dos profissionais suscetíveis com pacientes suspeitos de
sarampo, varicela, rubéola e tuberculose.

Transmissão por sangue:

Na prática odontológica é comum a manipulação de sangue e outros


fluidos orgânicos, que são as principais vias de transmissão do HIV e dos vírus das
hepatites
B (HBV) e C (HCV).
As exposições que podem trazer riscos de transmissão são definidas
como:
• Percutânea - lesão provocada por instrumentos perfurantes e cortantes.
• Mucosa - contato com respingos na face envolvendo olhos, nariz e boca.
• Cutânea - contato com pele com dermatite ou feridas abertas.

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• Mordeduras humanas - lesão que deve ser avaliada tanto para o indivíduo
que a provocou quanto para aquele que tenha sido exposto (consideradas como
exposição de risco quando há presença de sangue).

Procedimentos para diminuir o risco de transmissão por sangue e


outros fluidos orgânicos:

• Ter a máxima atenção durante a realização dos procedimentos.


• Não utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos
que envolvam materiais perfurocortantes.
• Não reencapar, entortar, quebrar ou retirar as agulhas das seringas com as
mãos.
• Não utilizar agulhas para fixar papéis.
• Desprezar todo material perfuro- cortante, mesmo que estéril, em recipiente
com tampa e resistente a perfuração.
• Colocar os coletores específicos para descarte de material perfuro cortante
próximo ao local onde é realizado o procedimento e não ultrapassar o limite de dois
terços de sua capacidade total.
• Usar EPI completo, conforme orientação anterior.
• Seguir as orientações do PGRSS.

Principais doenças transmitidas por sangue e fluidos corporais:

• Hepatites
As hepatites são infecções que acometem o fígado e podem ser
causadas por pelo menos cinco tipos diferentes de vírus: A, B, C, D e E, sendo mais
comuns os três primeiros. Apresenta um período prodrômico, com febrículas,
anorexia, náuseas e às vezes vômitos e diarreia. Pode haver cefaleia, mal-estar,

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astenia e fadiga. Na fase clínica normalmente há uma redução dos sintomas e surge
icterícia, hepatoesplenomegalia dolorosa e discreta. As hepatites podem ser também
subclínicas.
Outros agentes virais, como o vírus da mononucleose, o
citomegalovírus, o vírus da rubéola e do herpes também podem causar quadro clínico
semelhante ao das hepatites.

• Hepatite A
A fonte de transmissão é o próprio homem e a transmissão é direta, pelas
mãos, água ou alimentos contaminados. O vírus pode manter-se ativo por algumas
semanas em temperatura ambiente. O profissional de saúde com hepatite A deve ser
afastado do trabalho até uma semana após a regressão da icterícia.

• Hepatite B
As principais vias de transmissão do vírus da hepatite B (HBV) são a
parenteral, a sexual e a vertical, em que o vírus é transmitido pela mãe ao recém-
nascido no momento do parto. O risco de contaminação pelo HBV está relacionado,
principalmente, ao grau de exposição ao sangue no ambiente de trabalho, e também
à presença ou não do antígeno HBeAg no paciente-fonte.
Em exposições percutâneas, o risco de contaminação pelo HBV varia de
6 a 30%, sendo menor no contato com pele íntegra e maior nas exposições
percutâneas por material contaminado, cuja fonte seja positiva para HBV e com a
presença de HBeAg (o que reflete uma alta taxa de replicação viral e, portanto, uma
maior quantidade de vírus circulante). O risco de hepatite clínica varia de 22 a 31% e
o da evidência sorológica de infecção varia de 37 a 62%. Quando o paciente-fonte 6%
e o de soroconversão de 23 a 37%. O vírus da hepatite B tem sido encontrado também
em outros fluidos corpóreos, como leite materno, líquido biliar, fluido cérebro-espinhal,
saliva, sêmen, suor e fluido sinovial (intra-articular).

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A saliva é um fluido que vem sendo utilizado para o diagnóstico e estudos


epidemiológicos das hepatites, principalmente a do tipo B. Estudos comprovam a
infectividade da saliva e o risco de transmissão da infecção pelo fluido e pelo aerossol
gerado em procedimentos odontológicos.
Apesar das exposições percutâneas serem um dos mais eficientes
modos de transmissão do HBV, elas são responsáveis por uma minoria dos casos
ocupacionais de hepatite B, provavelmente pela adoção de medidas de precaução-
padrão e pela vacinação.
O HBV, em temperatura ambiente, pode sobreviver em superfícies por
períodos de até uma semana. As infecções pelo HBV em profissionais de saúde, sem
história de exposição não-ocupacional ou acidente percutâneo ocupacional, podem
ser resultado de contato, direto ou indireto, com sangue ou outros materiais biológicos
em áreas de pele não-íntegra, queimaduras ou em mucosas.

•Hepatite C
O risco de transmissão do vírus da hepatite C (HCV) está relacionado a
exposições percutâneas ou mucosas, envolvendo sangue ou qualquer outro material
biológico contendo sangue. O risco estimado após exposições percutâneas com
sangue sabidamente infectado pelo HCV é de 1,8% (variando de 0 a 7%). Um estudo
demonstrou que os casos de contaminação só ocorreram em acidentes envolvendo
agulhas com lúmen.
O risco de transmissão em exposições a outros materiais biológicos, que
não sejam o sangue, é considerado baixo. A transmissão do HCV a partir de
exposições em mucosas é extremamente rara. Não existe vacina para prevenção
desse tipo de hepatite, nem existem medidas específicas eficazes para redução do
risco de transmissão após exposição ao HCV. Em contraste com o HBV, não há risco
significativo de transmissão ambiental.

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Obs: Os vírus D e E por não haver ainda estudos conclusivos, na


odontologia, a respeito da forma de transição não serão descritos neste trabalho.

• Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids)


A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é caracterizada pela
imunodepressão e pela destruição de linfócitos T4, que são células que acompanham
a resposta imune do organismo, causando infecções graves oportunistas e
neoplasias. Vários fatores podem interferir no risco de transmissão do HIV.
Após a exposição ao vírus HIV podem surgir sintomas como febre alta,
linfadenopatia, mialgia, artralgia, dor de garganta, hepatoesplenomegalia, exantema
maculopapular e meningite linfocitária (com um período de duração de sete a catorze
dias, mesmo com sorologia negativa – janela imunológica –, podendo manifestar-se
até três a seis meses após contato com o vírus). Alguns casos poderão ser
assintomáticos.
Para causar infecção, o vírus HIV requer transmissão parenteral, contato
com a mucosa ou lesões de pele. O vírus não sobrevive por longos períodos fora do
corpo humano, podendo ser transmitido por meio do vírus livre, em secreções, ou
associado a células vivas, em sangue ou derivados, leite ou sêmen.
No caso de transmissão do HIV por contato exclusivo com a saliva, até
o momento não existe evidência epidemiológica. O vírus é encontrado em 20% dos
portadores de HIV em concentrações abaixo de uma partícula infectante por mililitro
de saliva, e aparentemente não guarda relação com a viremia do paciente. A baixa
concentração viral na saliva, associada à atividade inibitória que essa secreção parece
apresentar em relação ao HIV, resulta em risco pequeno. Entretanto, as precauções
devem ser adotadas, pois no tratamento odontológico há possibilidade de contato com
sangue e de acidentes com artigos perfurocortantes. Estudos realizados estimam, em
média, que o risco de transmissão do HIV é de 0,3% (0,2 – 0,5%) em acidentes
percutâneos e de 0,09% (0,006 – 0,5%) após exposições em mucosas.

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O risco após exposições envolvendo pele não-íntegra não foi ainda


precisamente quantificado, estimando-se que ele seja inferior ao risco das exposições
em mucosas. Casos de contaminação ocupacional pelo HIV podem ser caracterizados
como comprovados ou prováveis. De maneira geral, casos comprovados de
contaminação por acidente de trabalho são definidos como aqueles em que há
evidência documentada de soroconversão e sua demonstração temporal associada à
exposição ao vírus.
No momento do acidente, os profissionais apresentam sorologia não-
reativa, e durante o acompanhamento se evidencia sorologia reativa. Alguns casos,
em que a exposição é inferida, mas não documentada, podem ser considerados como
casos comprovados de contaminação quando há evidência de homologia da análise
sequencial do DNA viral do paciente-fonte e do profissional de saúde.
Casos prováveis de contaminação são aqueles em que a relação causal
entre a exposição e a infecção não pode ser estabelecida porque a sorologia do
profissional acidentado não foi obtida no momento do acidente. Os profissionais de
saúde apresentam infecção e não possuem nenhum risco identificado para infecção
diferente da exposição ocupacional, mas não foi possível a documentação temporal
da soroconversão.
O risco de exposição varia segundo o tipo de atividade exercida, do uso
de medidas preventivas à exposição e da prevalência local de doenças. O risco de
aquisição de doenças depende do tipo de exposição, da patogenicidade do agente
infeccioso e da existência de profilaxia pós-exposição, bem como da prevalência local
de doenças e da suscetibilidade do profissional de saúde.

Transmissão pelo contato direto ou indireto do paciente.

A equipe odontológica está sujeita a diversas doenças adquiridas por


meio do contato direto (mãos ou pele) ou indireto (superfícies ambientais ou itens de

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uso do paciente), devido à proximidade e ao tempo de exposição prolongado durante


a realização dos procedimentos, devendo ser adotadas medidas de precauções
padrão para com todos os pacientes.

Procedimento para diminuir o risco de transmissão:

• Uso de EPI, conforme anteriormente recomendado.


• Higienização das mãos.
• Manter os cabelos presos.
• Desinfecção concorrente das secreções e dos artigos contaminados.

Principais doenças transmitidas pelo contato direto e indireto com


paciente:

• herpes simples:
O herpes simples é causado pelo Herpesvirus hominus Tipo I. É um vírus
associado a lesões de membranas mucosas e pele ao redor da cavidade oral, que
pode permanecer em latência por longos períodos de tempo e sofrer reativação
periódica, gerando doença clínica ou subclínica. As manifestações clínicas são
distintas e relacionadas ao estado imunológico do hospedeiro. Seu modo de
transmissão é o contato íntimo com o indivíduo transmissor do vírus, a partir de
superfície mucosa ou de lesão infectante.

• Escabiose ou sarna:
É uma parasitose da pele causada por um ácaro cuja penetração deixa
lesões em forma de vesículas, pápulas ou pequenos sulcos, sobre as quais ele
deposita seus ovos. As manifestações clínicas são coceira intensa e lesões de pele
causadas pela penetração do ácaro e pelas coçaduras. As áreas preferenciais da pele

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onde se visualizam essas lesões são: região interdigital, punhos, axilas, barriga,
nádegas, seios e órgãos genitais masculinos. Nos idosos e crianças podem ocorrer
no couro cabeludo, palmas das mãos e plantas dos pés. O modo de transmissão, além
das relações sexuais, é o contato direto com roupas e doentes.

• Pediculose ou piolho:
A pediculose da cabeça é uma doença parasitária, causada pelo piolho.
Atinge principalmente crianças em idade escolar e mulheres e é transmitida pelo
contato direto interpessoal ou pelo uso compartilhado de bonés, escovas de cabelo
ou pentes de pessoas contaminadas. Sua principal manifestação clínica é a coceira
intensa no couro cabeludo, principalmente na parte de trás da cabeça, podendo atingir
também o pescoço e a região superior do tronco, onde se observam pontos
avermelhados semelhantes a picadas de mosquitos. Com a coçadura das lesões,
pode ocorrer a infecção secundária por bactérias, levando inclusive ao surgimento de
gânglios no pescoço.
• Micose:
São infecções causadas por fungos, que precisam de tratamento em
praticamente todos os casos para que se obtenha a cura. Os sinais e sintomas são
bastante desconfortáveis e caracterizam-se por coceiras e alterações na pele,
gerando lesões que se apresentam de forma variada, de acordo com o tipo de micose
e extensão da doença. Além disso, a micose também predispõe o surgimento de
outras doenças associadas, como infecções bacterianas. As micoses podem ocorrer
no couro cabeludo, na pele e nas unhas. Algumas formas de micose que
comprometem a pele são a candidíase e a pitiríase versicolor. A onicomicose é a
infecção das unhas, que ocorre com maior frequência nos pés, mas também pode
ocorrer nas mãos. As unhas podem sofrer espessamento, ter sua forma, aparência ou
coloração alteradas, algumas vezes se tornam mais frágeis e quebradiças e, em
outros casos, ficam endurecidas.

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As micoses podem ser contraídas em lugares quentes e úmidos como


vestiários, boxe de banheiro, alguns ambientes profissionais em que prevalece a
umidade ou ainda por questões higiênicas, aumento de sudorese, uso de tecidos
sintéticos, etc. A transmissão direta pelos portadores de micose de unha não é
comum.

• Conjuntivite:
É uma doença ocular causada por vírus ou bactérias do tipo
staphylococcus, streptococcus, haemophilus, entre outros. A duração da doença não
tratada chega a duas semanas. Seu contato se dá por fômites inanimados ou contato
direto pessoa a pessoa.

POP Nº 09/2015 - CONDUTAS FRENTE A ACIDENTES OCUPACIONAIS

Na odontologia, é praticamente impossível saber, com certeza, se o


paciente é portador de algum patógeno possível de transmissão, já que a história
médica (anamnese) e o exame clínico nem sempre permitem tal identificação.
Esse fato faz com que o uso das precauções-padrão seja de
fundamental importância para se evitar infecção ocupacional a partir de uma
exposição acidental.
O risco de adquirir o HIV é de aproximadamente 0,3%, após exposição
percutânea, e de 0,009% após uma exposição mucocutânea, em situações de
exposição a sangue.
No que se refere ao vírus da hepatite B, a probabilidade de infecção após
exposição percutânea é significativamente maior do que a pelo HIV, podendo chegar
a 40%. Para o vírus há hepatite “C”, o risco médico varia de 1% à 10%.
É importante ressaltar que existem alguns fatores envolvidos e
relacionados, para que a infecção ocorra. São eles:

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 O agente etiológico;
 O material biológico envolvido;
 O volume de material envolvido;
 A carga viral;
 A forma de exposição;
 E a susceptibilidade do acidentado.

Uma “Exposição Ocupacional” que requer “profilaxia pós-exposição” é


definida como uma injúria percutânea. Por exemplo, com agulhas ou objetos perfuro
cortantes, contato com mucosa ou pele não-intacta, quando o contato se der por
tempo prolongado (muitos minutos ou mais), ou que envolva áreas extensas, com
sangue, tecidos ou outros fluídos que possam ser contaminantes.

Procedimento recomendados em caso de exposição ao material


biológico:
Esses procedimentos incluem cuidados locais na área exposta,
recomendações específicas para imunização contra tétano, e medidas de
quimioprofilaxia e acompanhamento sorológico para hepatite B e C e HIV.

Cuidados locais
Após exposição com material biológico, cuidados locais com a área
exposta devem ser imediatamente iniciados. Recomenda-se lavagem rigorosa com
água e sabão, em casos de exposição percutânea. O uso de solução antisséptica
detergente (PVP-iodo ou Clorexidine) também pode ser recomendado. Após
exposição em mucosas, é recomendada a lavagem exaustiva com água ou solução
fisiológica.

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PROTOCOLO DE ACIDENTE DE PROFISSIONAIS COM MATERIAL


BIOLÓGICO:

1. RECEPÇÃO DO ACIDENTADO POR MATERIAL BIOLÓGICO;


2. O auxiliar administrativo preenche a ficha de atendimento mediante a
apresentação da 2ª via da notificação de acidente com material biológico
devidamente preenchida pela chefia ou responsável do acidentado;
3. A 2ª via da notificação não substituí a CAT;
4. Comunicar e encaminhar ao médico de plantão, seja clínico ou cirúrgico,
para fazer o atendimento imediato, pois o acidentado terá prioridade perante
os demais;

Obs.: A Instituição que não possuir a ficha de notificação de acidente com


material biológico contaminado deverá encaminhar, juntamente com o profissional
acidentado, um responsável imediato para efetuar o preenchimento da mesma na
Unidade 24 horas, para o Hospital Universitário (HUOP). * As Fichas podem ser
solicitadas no Setor de Vigilância Epidemiológica da SESAU.

AVALIAÇÃO DE RISCO CONFORME MATERIAL BIOLÓGICO:

1. Alto Risco: Acidente com volume elevado de sangue (lesão profunda,


agulhas de grosso calibre, instrumentais com elevada quantidade de sangue, lesão
da pele, dermatite ou ferida aberta), sendo o sangue com títulos elevados de HIV, bem
como secreções e líquidos corpóreos contendo sangue de paciente soro positivo, e/ou
com fonte desconhecida, oriundos de áreas de alto risco (emergência, centro
cirúrgico, etc.).

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2. Médio Risco: Acidente com líquidos corpóreos (peritônio, pleura, pericárdio,


líquido amniótico, sinovial) e saliva em ambiente odontológico. Avaliar caso a caso o
tipo de exposição.
3. Baixo Risco: Contatos envolvendo suor, lágrimas, fezes e urina, sem
evidência de sangue infectado pelo HIV, saliva (fora de ambiente odontológico).
Quimioterapia desnecessária.
Obs.: Um paciente-fonte é considerado não infectado pelo HIV quando há
documentação de exames anti-HIV negativos e não há evidência clínica recente
sugestiva de infecção aguda pelo HIV.
Um paciente-fonte é considerado infectado pelo HIV quando há documentação
de exames anti-HIV positivos ou o diagnóstico clínico de AIDS.

CONSIDERAÇÕES GERAIS:
1. Início da quimioprofilaxia preferencialmente nas primeiras quatro horas pós-
exposição.
2. Em caso acidente grave (grande quantidade de sangue com perfuração
profunda), desconhecida a situação sorológica do paciente, a quimioprofilaxia deverá
igualmente ser iniciada.
3. Orientar o acidentado que durante a fase de investigação até a elucidação
do caso, o mesmo deverá prevenir transmissão secundária (sexo seguro e evitar
doação de sangue).
4. Apoio psicológico S/N;

FATORES DE RISCO NO ACIDENTE COM MATERIAL CONTAMINADO


PELO HIV:
 Relativo ao profissional contaminado
 Lavar imediatamente o local
 Quimioprofilaxia imediata

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 Integridade da pele (corte ou dermatite)


 Estado imunológico
 Células receptoras CD4 no local da exposição (processo
inflamatório local)
 Relativo à fonte contaminadora - paciente portador
 Estágio da doença
 Grau de viremia
 Número e concentração de células circulantes infectadas
 Fato de estar ou não recebendo imunomoduladores ou
quimioterapia antiviral
ESQUEMA TERAPÊUTICO PROFILÁTICO DO HIV CONFORME
APRESENTAÇÃO DISPONÍVEL (quadro 3):

100 mg - 3cp de 12/12 horas ou 2 cp 8/8


AZT (Zidovudina)
horas

3 TC (Lamivudina) 150 mg - 1 cp 12/12 horas

BIOVIR (ATC=AZT + 3TC) 1cp 12/12 horas

KALETRAL (Lopanavir +
3 cp 12/12 horas
Ritonavir)

INDINAVIR (800 mg) 400 mg 2 cp 12/12 horas

RITONAVIR 100 mg 100 mg 1 cp 12/12 horas (juntos)

Iniciar com 200 mg/dia, na ausência de


NEVIRAPINA 200 mg/cp
exantema, aumentar para 200 mg 12/12 horas

CONDUTA EM RELAÇÃO AO HBV (quadro 4)

FONTE PROFISSIONAL CONDUTA

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HbsAg(+) Não imune Vacinar – Unidade

Fazer Imunoglobulina
HbsAg(+) Imune
no H.U. na 1ª hora

Sem tratamento
HbsAg(-) Não imune
acompanhar com sorologia

Sem tratamento com


HbsAg(-) Imune
acompanhar com sorologia

PROFILAXIA ANTI-HBV (quadro 5)

DROGA DOSE

Imunoglobulina hiperimune anti-HBV


0,06 ml/kg
(HBIG)

Vacina anti-HBV 3 doses

EXAMES A SEREM SOLICITADOS E COLETADOS DO ACIDENTADO


IMEDIATAMENTE

 Anti - HIV
 Anti - HCV
 Anti - Hbs
 Anti - Hbc
 Hbs Ag
 Hemograma
 Função hepática (TGO, TGP, fosfatase alcalina e bilirrubina)
 Função renal (uréia e creatinina)

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RECEBIMENTO DA QUIMIOPROFILAXIA E PROFILAXIA:


1. O acidentado receberá no Pronto Socorro o medicamento
prescrito, o qual deverá ser solicitado em impresso próprio disponível na
farmácia;
2. A primeira dose será administrada no próprio local, seja a
quimioprofilaxia anti-HIV ou a profilaxia anti-HBV;
3. Após o médico preencher a ficha de solicitação de medicamentos
anti-HIV, o paciente terá que assinar e colocar o nº do RG na mesma;
4. Após o preenchimento, obrigatoriamente a ficha deverá retornar à
farmácia para reposição do medicamento pelo Ministério da Saúde.

ACOMPANHAMENTO DO ACIDENTADO:
 A chefia imediata ou responsável pelo profissional irá agendar consulta
no C.R.E logo após o acidente;
 A 1ª via encaminhar à Vigilância Epidemiológica Municipal;
 O profissional acidentado terá acompanhamento no C.R. E, e deverá
levar consigo a 2ª via da notificação;
 Agendar retorno
 Ambulatório de Referência de Acidente com Material Biológico C.R.E;
 Ambulatório de Referência de Acidente com Material Biológico C.R.E no
Fone: 3225-4850 Ramal: 204 à partir das: 13:00 h.

ROTINA PARA COLETA DE EXAMES DO ACIDENTADO COM MATERIAL


BIOLÓGICO:

Coleta do acidentado - 20 ml de sangue.


1. Colocar 5 ml de sangue em frasco com anticoagulante
(hemograma);

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2. Centrifugar 15 ml e colocar o soro em tubo de ensaio;


3. Encaminhar ao Laboratório Referência juntamente com a
requisição devidamente preenchida, especificando (acidente com
material biológico);
4. Caso a coleta ocorra durante a noite ou finais de semana, deixar
acondicionado no congelador ou geladeira o soro para a pesquisa de
hepatite B e HIV, e encaminhar na primeira hora do dia útil ao Laboratório
de Referência;
5. Para função Hepática e Renal separar 3 ml de soro e colocar em
frasco âmbar ou frasco normal revestido com papel alumínio e congelar;
6. Coleta do paciente fonte: coletar 10 ml de sangue para pesquisa
de anti-HIV e HbsAg e Anti-Hbs, fracionar e encaminhar ao Laboratório
de Referência;
7. Todos os resultados serão encaminhado ao Ambulatório de
Referência;
8. O hemograma será realizado no Laboratório do HU e o resultado
encaminhado para o C.R.E.

COLETA E ENCAMINHAMENTO:

1. A coleta e encaminhamento serão realizadas pelos funcionários


do laboratório do HU;
2. O laboratório do HU se responsabilizará em encaminhar as
amostras diariamente ao Laboratório Referência (em horário definido
pelo próprio).

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TRANSPORTE:

1. O material coletado deverá ser devidamente acondicionado em


caixa de isopor com gelo o suficiente para mantê-lo congelado até o
destino final;
2. O transporte do material coletado será efetuado pelo motorista e
ambulância do HU.

REFERENTE AO PACIENTE FONTE DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO:

Coletar 10 ml de sangue, fazer o fracionamento e após encaminhar ao


Laboratório Central.

REFERENTE AO PACIENTE FONTE DE OUTROS HOSPITAIS OU


INSTITUIÇÕES:

A coleta de exames, encaminhamentos e encargos (frascos, seringas, agulhas,


etc.) ficará sob a responsabilidade da instituição de origem.

REFERENTE À QUIMIOPROFILAXIA:

1. Será fornecido pela farmácia do Hospital Universitário medicação


para 05 (cinco) dias de tratamento.
2. Caso a avaliação do C.R.E, ultrapasse os 05 (cinco) dias após o
acidente, retornar à farmácia do Hospital Universitário para receber as
doses complementares.

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POP Nº 10/2015 – VALIDADE E TROCA DE MATERIAIS DE USO


ODONTOLÓGICO

Considerando os riscos de infecções existentes e com a finalidade de


reduzi-las, recomenda-se observar os prazos de validade, atendendo as
especificidades de materiais, rótulos e recomendação do fabricante. Vale ressaltar
também que a água utilizada deve ser de boa qualidade e devendo se ter cuidado na
diluição das soluções. Etiquetar sempre as embalagens com data inicial, final e rubrica
do profissional.

MATERIAL VALIDADE (TROCA) OBSERVAÇÕES

Limpar e lavar frasco previamente.


Solução de enzimático em Rotular com etiqueta data, nome
24 horas
almotolias legível. Manter sempre fechada após
uso.

Limpar e lavar frasco previamente.


Uso único, desprezar após a retirada
dos instrumentais e equipamentos.
6 a 12 horas depois
Solução de enzimático Por isso recomendam-se colocar
de diluído, em pote
preparado em cuba todos instrumentais ao mesmo tempo
fechado, conforme
plástica para a imersão em cada turno, para evitar
orientação do
dos instrumentais. desperdícios, desde que caibam todos
fabricante
submersos.
Manter em imersão por tempo de 5
minutos ou conforme rótulo.

Limpar e lavar frasco previamente.


Álcool 70% em almotolias 7 dias
Rotular com etiqueta data, nome

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legível. Inspeção diária. Manter


sempre fechada após uso.

Limpar e lavar frasco previamente.


Ácido peracético 5%
7 dias Rotular com etiqueta data, nome
(Peresal) dentro do frasco
legível. Inspeção diária

Limpar e lavar frasco previamente.


Água tratada ou filtrada, Encher no início do turno e esgotar ao
dentro da garrafa pet do 1 turno final. Não se esquecendo de esgotar
equipo odontológico. também das mangueiras da seringa
tríplice e da alta rotação.

Limpar e lavar frasco previamente.


Água tratada ou filtrada,
Encher no início do turno e esgotar ao
dentro da garrafa pet do
1 turno final. Não se esquecendo de esgotar
Aparelho de profilaxia (se
também das mangueiras da Ponta de
houver).
profilaxia e da ponta do ultrassom.

Encher no início do turno e esvaziar


ao final. Não se esquecendo de
Pó de profilaxia 1 turno
esgotar também da mangueira da
Ponta de profilaxia.

POP Nº 11/2015 – VALIDADE DE MEDICAMENTOS E INSUMOS


FARMACÊUTICOS (LÍQUIDOS OU PÓS) DE USO ODONTOLÓGICO,
APÓS ABERTOS PARA USO FRACIONADO.

Todos os medicamentos tem um prazo de validade determinado pelo fabricante


especificado na embalagem o qual deve ser respeitado e mais, após aberto esta
validade é alterada pois, perdem-se as características físico- químicas originais.

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Na odontologia e sua pratica diária, esta rotina se repete inúmeras vezes ao


dia, de o profissional abrir os frascos dos produtos para utilizar quantidades
fracionadas, quer sejam elas de compostos líquidos, pastosos ou secos. Ao fazer isto
este produto vai perdendo aos poucos suas propriedades medicamentosas e sua
finalidade torna-se comprometida, devendo a equipe odontológica prestar muita
atenção às recomendações de redução fornecidas nas bulas de cada medicamento.
Não havendo recomendação predefinida, o tempo total restante da validade
deve ser reduzido em um terço (1/3), propiciando assim que este produto ofereça
apenas os benefícios e funções a que se destina. Por exemplo: se uma resina tem
data de validade para Ago/2017 e a embalagem foi aberta em Ago/2015, a validade
passa a ser até Dez/2016.
Após aberto então qualquer embalagem, esta deve ser etiquetada com a data
de abertura, a nova validade e nome de quem abriu, para que seja possível o controle
da nova validade.
Outras observações necessárias e muito importantes são que, o
ambiente do consultório e local de armazenagem deve se manter limpo e seco,
respeitando temperatura ambiente entre 21ºC e 24ºC, e a umidade relativa do ar entre
40% e 60%. Lembrando que o ambiente odontológico deve ser contemplado com ar
condicionado para propiciar estas condições ambientais favoráveis, ou ter ventilação
suficiente para isto, com telas nas janelas, garantindo a qualidade dos produtos e suas
validades, não comprometendo o resultado final do trabalho odontológico.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES À EQUIPE ODONTOLÓGICA:

1. Ao abrir uma embalagem lacrada, etiquetar imediatamente com as


recomendações de novo prazo de validade e assinar;

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2. Após retirar a quantidade desejada do produto, fechar imediatamente a


embalagem para não comprometer suas características físico-químicas e nem
favorecer a contaminação ao produto;
3. Ao abrir uma embalagem, para retirar a quantidade individual necessária,
utilizar EPI’s adequados e limpos, e fechar imediatamente;
4. Ao abrir a embalagem, mesmo estando de máscara, evitar falar ou respirar
próximo ao frasco aberto, e fechar imediatamente;
5. Retirar a quantidade do produto sempre com instrumentais estéreis;
6. Se houver sobras, após retirado da embalagem original, desprezar o
restante;
7. Cuidar que se retire apenas o necessário, para não haver desperdícios, isto
é possível, havendo comunicação entre o profissional odontólogo e seu auxiliar, da
quantidade de porções que serão necessárias;
8. Lembrar que os produtos líquidos, normalmente são voláteis, devem
fechados imediatamente;
9. Lembrar que alguns produtos depois de manipulados, podem aderir
firmemente em espátulas e instrumentais e precisam ser retirados destes, com gaze
embebida em álcool 70°, antes de tomar presa, ou endurecer, pois assim não
comprometerão a lavagem do instrumental ao término do atendimento e sua
esterilização final;
10. Lembrar que boas práticas requerem paciência e comprometimento de toda
equipe.

POP Nº 12/2015 - TÉCNICA LAVAGEM SIMPLES DE MÃOS

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

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É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir


a propagação de infecções. O termo “lavagem das mãos foi substituído pelo termo
“higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento.

POR QUE FAZER?

As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos,


pois a pele é um possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se
transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou
indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados. Na camada mais
superficial da pele pode-se encontrar bactérias Gram-negativas, como
enterobactérias (Ex: Escherichia coli), bactérias não fermentadoras (Ex:
Pseudomonas aeruginosa), além de fungos e vírus que podem ser removidos por
ação mecânica pela higienização das mãos com água e sabão, sendo eliminada com
mais facilidade quando se utiliza uma formulação antisséptica (Ex: álcool a 70% em
gel).

PARA QUE HIGIENIZAR AS MÃOS?

A higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades:

 Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pelos, células descamativas e


da microbiota da pele, interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao
contato;

 Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões


cruzadas;

 A eficácia da higienização das mãos depende da duração e da técnica


empregada.

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PROCEDIMENTO PARA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

IMPORTANTE

Antes de iniciar a higienização das mãos, é necessário retirar jóias


(anéis, pulseiras, relógio), pois sob tais objetos podem acumular-se microrganismos.
Estas podem ser recolocadas após higienização das mesmas.

HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS (LAVAGEM COM ÁGUA E SABÃO)

 Finalidade: Remover os microrganismos que colonizam as camadas


superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a
sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos.

 Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.

IMPORTANTE

 No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre


utilize papel-toalha.

 O uso coletivo de toalhas de tecido é contra indicado, pois estas


permanecem úmidas, favorecendo a proliferação bacteriana.

 Deve-se evitar água muito quente ou muito fria na higienização das


mãos, a fim de prevenir o ressecamento da pele.

Passo a passo:

1º. Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar-se à pia.


2º. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabão líquido para cobrir
todas as superfícies das mãos.

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3º. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si.


4º. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda
entrelaçando os dedos e vice-versa.
5º. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais.
6º. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta,
segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem e vice-versa.
7º. Esfregar o polegar direito, com o auxílio da palma da mão esquerda,
utilizando-se movimento circular e vice-versa.
8º. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da
mão direita, fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa.
9º. Esfregar o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita,
utilizando movimento circular e vice-versa
10º. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabão. Evitar contato direto
das mãos ensaboadas com a torneira.
11º. Secar as mãos com papel-toalha descartável, iniciando pelas mãos e
seguindo pelos punhos. Desprezar o papel-toalha na lixeira para resíduos comuns.

FRICÇÃO ANTI-SÉPTICA DAS MÃOS (USO DE ÁLCOOL GEL A 70%)


 Finalidade: Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de
sujidades). A utilização de gel alcoólico a 70% pode substituir a higienização com água
e sabão quando as mãos não estiverem visivelmente sujas.

 Duração do procedimento: 20 a 30 segundos.

IMPORTANTE

 Para evitar ressecamento e dermatites, não higienize as mãos com água


e sabão imediatamente antes ou depois de usar uma preparação alcoólica.

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 Depois de higienizar as mãos com preparação alcoólica, deixe que elas


sequem completamente (sem utilização de papel-toalha).

Passo a passo:

1º. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente do produto para cobrir todas
as superfícies das mãos;
2º. Friccionar as palmas das mãos entre si;
3º. Friccionar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda
entrelaçando os dedos e vice-versa;
4º. Friccionar a palma das mãos entre si com os dedos entrelaçados;
5º. Friccionar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta,
segurando os dedos e vice-versa;
6º. Friccionar o polegar esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita,
utilizando-se movimento circular e vice-versa;
7º. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão
esquerda, fazendo um movimento circular e vice-versa;
8º. Friccionar os punhos com movimentos circulares;
9º. Friccionar até secar. Não utilizar papel-toalha.

OUTROS ASPECTOS IMPORTANTES DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS


 Mantenha as unhas limpas e curtas.

Fonte: Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de
saúde/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. - Brasília: ANVISA, 2007. 52 p. ISBN 978-85-88233-
26-3 Data de publicação: 2007.

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(VER QUADROS EXPLICATIVOS DA LAVAGEM DE MÃOS)

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANVISA. Curso básico de controle de infecção hospitalar. Caderno C, método


de proteção anti-infecciosa. Brasília: 2000.
ANVISA. Resolução RDC nº 189 de 18 de julho de 2003. Todos os projetos de
arquitetura de estabelecimentos de saúde públicos e privados devem ser avaliados e
aprovados pelas vigilâncias sanitárias estaduais ou municipais previamente ao início
da obra a que se referem os projetos. Diário Oficial da União, Brasília, 21 de julho
de 2003.
ANVISA. Resolução RDC nº 306 de 7 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o
Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
ANVISA. Resolução RDC nº 50 de 21 de fevereiro de 2002. Regulamento
técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos
de estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 20 de
março de 2002.
ANVISA. Resolução RE nº 9 de 16 de janeiro de 2003. Orientação técnica
revisada contendo padrões referenciais de qualidade de ar interior em ambientes de
uso público e coletivo, climatizados artificialmente. A Resolução recomenda o índice
máximo de poluentes de contaminação biológica e química, além de parâmetros
físicos do ar interior. Prevê ainda métodos analíticos e recomendações para controle
e correção, caso os padrões de ar forem considerados regulares ou ruins. Diário
Oficial da União, Brasília, 20 de janeiro de 2003.
APECIH. Controle de Infecção na Prática Odontológica. São Paulo: 2000.
87 p.
BRASIL, Ministério da Saúde, Controle de infecções e a prática odontológica
em tempos de HIV: manual de condutas - Brasília: Ministério da Saúde, 2000.

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BRASIL. ANVISA. Nota Técnica 02/2014. Medidas de Precaução e controle a


serem adotadas na assistência a pacientes suspeitos de infecção por Ebola, de 08 de
agosto de 2014.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Seção II. Da
Saúde. Brasília: Senado, 1988.
BRASIL. Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde.
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, 20 de setembro de 1990.
BRASIL. Ministério da Saúde, Portaria GM/MS n0 3.523 de 28 de agosto de
1998. Aprova Regulamento Técnico contendo medidas básicas referentes aos
procedimentos de verificação visual do estado de limpeza, remoção de sujidades por
métodos físicos e manutenção do estado de integridade e eficiência de todos os
componentes dos sistemas de climatização, para garantir a Qualidade do Ar de
Interiores e prevenção de riscos à saúde dos ocupantes de ambientes climatizados.
Diário Oficial da União, Brasília, 31 de agosto de 1998.
BRASIL. Ministério da Saúde, Portaria nº 518, de 25 de março de 2004.
Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, 26 de março de 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Controle de infecções e a prática
odontológica em tempos de AIDS: manual de condutas. Brasília: 2000.
BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças Infecciosas e Parasitárias: guia de
bolso. 2 v. 3. ed. Brasília: 2004. 200 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n0 453/1998 – Diretrizes de proteção
Radiológica em Radiodiagnóstico Médico e Odontológico.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Recomendações para Atendimento e


Acompanhamento de Exposição Ocupacional e Material Biológico: HIV e
Hepatites B e C. Brasília, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Recomendações para Terapia ARV em
adultos e adolescentes. Brasília: 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Segurança no Ambiente Hospitalar, Brasília,
1995.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria nº 3.214 de 8 de junho de 1978.
Aprova as Normas Regulamentadoras - NRs - do Capítulo V, Título II, da Consolidação
das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. Diário Oficial
da União, Brasília, 9 de junho de 1978.
CASCAVEL, Manual de Normas e Rotinas da Equipe de Higiene e limpeza
do UPA I e II e SAMU, revisado em janeiro 2012.
CASCAVEL, PROTOCOLO DE VIGILÂNCIA E MANEJO DE CASOS
SUSPEITOS DE DOENÇA PELO VÍRUS EBO LA (DVE) da SESAU de
Cascavel,2014;
CASCAVEL, Secretaria Municipal de Saúde, Manual de Normas e Rotinas
Central de Material Esterilizado, Cascavel: Secretaria Municipal de Saúde, 2003.

CASCAVEL, Secretaria Municipal de Saúde, Procedimento Operacional


Padrão de Biossegurança, Cascavel: Secretaria Municipal de Saúde, 2015
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC).
Recommended Infection– control practices for dentistry. Morbidity and Mortality
Weekly Report (MMWR), v. 42, n. RR-8, p. 1-11, 1993.
Control 3: Control of Nitrous Oxide in Dental Operatories. Cincinnati, OH: U.S.
Publication, No. 96-107, 1998.
FUNASA. Manual de Normas de Vacinação. 3.ed. Brasília: 2001. 72 p.

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FUNASA. Manual dos Centros de Referência em Imunobiológicos


Especiais. 2. ed. Brasília: 1999.
GRIEP, R. Validação e qualificação dos processos dos de limpeza mecânica e
termo desinfecção dos artigos de nebulização em lavadora automática convencional.
2004. 111p. Monografia do Curso de Especialização em Enfermagem com Ênfase em
Centro Cirúrgico - UNIOESTE, Cascavel/Pr.
Manual de Especificações Técnicas de EPIs do Município de Cascavel, 2014.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Orientação para Prevenção de infecção Primaria de
Corrente sanguínea, ANVISA 2010.
NATIONAL INSTITUTE FOR OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH
(NIOSH). Hazard
Oliveira, A. C. et all. Infecções Hospitalares: Abordagem, Prevenção e Controle.
Rio de Janeiro, ed. Medsi,1998.
Oliveira, A. C. et all. Infecções Hospitalares: Epidemiologia Prevenção e
Controle. Rio de Janeiro, ed. Guanabara Koogan, 2005.
PARANÁ. PROTOCOLO DE VIGILÂNCIA E MANEJO DE CASOS
SUSPEITOS DE DOENÇA PELO VÍRUS EBO LA (DVE) Versão nº 07 2014.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Saúde. Protocolo Unidade de Referência
(24 Horas) Acidente de Profissionais com Material Biológico Contaminado. Paraná:
Secretaria de Estado da Saúde, 2000.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Saúde. Protocolo Unidade de Referência
(24 horas) Acidente de Profissionais com Material Biológico Contaminado. Paraná:
Secretaria de Estado da Saúde, 2000.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Saúde. Protocolo Unidade de Referência
(24 horas) Acidente de Profissionais com Material Biológico Contaminado. Paraná:
Secretaria de Estado da Saúde, 2000.

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Saúde. Resolução nº 0414/2001 de 09 de


novembro de 2001. Dispõe sobre aprovar o roteiro de inspeção para estabelecimentos
de Odontologia.
Plano de Contingência para Emergência em Saúde Pública, Doença pelo
Vírus Ebola.2014;
Rodrigues, E. A. C., et all. Infecções Hospitalares: Prevenção e Controle, São
Paulo.Ed. Sarvier,1997.
SOBECC, Práticas Recomendadas. Centro de Material e Esterilização. São
Paulo. 5ª. Ed, 2009.

Souza, V. H. S. O Hospital: Manual do Ambiente hospitalar, Curitiba, ed.


Curitiba ,2009.

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ANEXO Nº 01 com Lista de procedimento a ser seguido para cada
equipamento e seus componentes.

CONSERVAÇÃ EMBORRACHADO LIMPEZA E


EQUIPAMENTO COMPONENTES ASSEPSIA LIMPEZA METAL
O E MANUSEIO OU PLÁSTICO ASSEPSIA

CUIDAR COM APÓS LAVAR OU


PERFURO LIMPAR COM
CORTANTES, ÁGUA E
ESTOFAMENTO X X ROUPAS COM X ENZIMÁTICO,
ACESSÓRIOS, FAZER
PROTEGER SE ASSEPSIA COM
NECESSÁRIO O PERESAL
LIMPEZA COM
PANO UMIDO EM
SUPORTE X X ÁGUA E
DETERGENTE
CADEIRA
ENZIMÁTICO
ODONTOLÓGICA
ACIONAR COM
LIMPEZA COM
ZELO, POIS
PANO UMIDO EM
CONTÉM
COMANDOS DE PÉ X X ÁGUA E
COMPONENTE
DETERGENTE
S
ENZIMÁTICO
ELETRÔNICOS
LIMPEZA COM
DESLIGAR
PANO UMIDO EM
CHAVE LIGA APÓS
X X ÁGUA E
DESLIGA TÉRMINO DO
DETERGENTE
ATENDIMENTO
ENZIMÁTICO

CONSERVAÇÃ EMBORRACHADO LIMPEZA E


EQUIPAMENTO COMPONENTES ASSEPSIA LIMPEZA METAL
O E MANUSEIO OU PLÁSTICO ASSEPSIA

APÓS LAVAR OU
ROSQUEAR
LIMPAR COM
EQUIPO COM CUIDADO
TERMINAL A.R. X X X ÁGUA E
ODONTOLÓGICO PARA NÃO
ENZIMÁTICO,
DANIFICAR
FAZER

Setor de Controle e Infecção


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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DO SERVIÇO DE ODONTOLOGIA
2016/2018

ASSEPSIA COM
O PERESAL
APÓS LAVAR OU
LIMPAR COM
ROSQUEAR
ÁGUA E
COM CUIDADO
TERMINAL B.R X X X ENZIMÁTICO,
PARA NÃO
FAZER
DANIFICAR
ASSEPSIA COM
O PERESAL
APÓS LAVAR OU
LIMPAR COM
ÁGUA E
EVITAR
SERINGA TRIPLICE X X X ENZIMÁTICO,
QUEDAS
FAZER
ASSEPSIA COM
O PERESAL
APÓS LAVAR OU
LIMPAR COM
ÁGUA E
BRAÇO X X ENZIMÁTICO,
FAZER
ASSEPSIA COM
O PERESAL
APÓS LAVAR OU
LIMPAR COM
NÃO DEIXAR ÁGUA E
MANGUEIRAS X X DOBRADAS, X ENZIMÁTICO,
NEM AO SOL. FAZER
ASSEPSIA COM
O PERESAL
APÓS LAVAR OU
LIMPAR COM
ÁGUA E
LAVAR
KIT PET X X X ENZIMÁTICO,
DIARIAMENTE
FAZER
ASSEPSIA COM
O PERESAL

Setor de Controle e Infecção


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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DO SERVIÇO DE ODONTOLOGIA
2016/2018

APÓS LAVAR OU
LIMPAR COM
BANDEJA ÁGUA E
SUPERIOR E X X X ENZIMÁTICO,
PEGADOR FAZER
ASSEPSIA COM
O PERESAL

CONSERVAÇÃ EMBORRACHADO LIMPEZA E


EQUIPAMENTO COMPONENTES ASSEPSIA LIMPEZA METAL
O E MANUSEIO OU PLÁSTICO ASSEPSIA

DESPEJAR E RETIRAR PARA


ASPIRAR LAVAR, EVITAR
SOLUÇÃO COM QUEDAS.
CUSPIDEIRA X X ENZIMATICO PROCEDER
APÓS COMO A
ATENDIMENTO PRIMEIRA OBS
EM TORNO DE ***
500ML, PARA RETIRAR APÓS
RALO X X X
LIMPAR TODO CADA PACIENTE
O SISTEMA, PAR LAVAR
DEPOIS FRAGMENTOS
DESPEJAR E DE
FILTROS X X ASPIRAR A X RESTAURAÇÃO,

UNIDADE MESMA DENTE, ETC.

AUXILIAR QUANTIDADE REALIZAR


DE ÁGUA. ASSEPSIA
NÃO DEIXAR DESTES
MANGUEIRAS X X DOBRADAS, X CONFORME
NEM AO SOL. PRIMEIRA OBS
APÓS LAVAR OU
LIMPAR COM
ÁGUA E
REGISTROS E
X X ENZIMÁTICO,
VÁLVULAS
FAZER
ASSEPSIA COM
O PERESAL

PONTEIRA DO APÓS LAVAR OU


X X X
SUGADOR LIMPAR COM

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DO SERVIÇO DE ODONTOLOGIA
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ÁGUA E
ENZIMÁTICO,
FAZER
ASSEPSIA COM
O PERESAL

CONSERVAÇÃ EMBORRACHADO LIMPEZA E


EQUIPAMENTO COMPONENTES ASSEPSIA LIMPEZA METAL
O E MANUSEIO OU PLÁSTICO ASSEPSIA

LIMPEZA COM
SEMPRE PANO UMIDO EM
DEFLETOR
X MANUSEAR X ÁGUA E
METÁLICO
FRIO DETERGENTE
ENZIMÁTICO
APÓS LAVAR OU
LIMPAR COM
RETIRAR COM
ÁGUA E
PROTETOR CUIDADO
X X ENZIMÁTICO,
PLASTICO PARA FAZER A
FAZER
LIMPEZA
ASSEPSIA COM
O PERESAL
APÓS LAVAR OU
LIMPAR COM
REFLETOR ÁGUA E
PEGADOR DE MÃO X X X ENZIMÁTICO,
FAZER
ASSEPSIA COM
O PERESAL
LIMPEZA COM
PANO UMIDO EM
BRAÇO X X ÁGUA E
DETERGENTE
ENZIMÁTICO
LIMPEZA COM
SEMPRE PANO UMIDO EM
ESPELHO
X MANUSEAR VIDRO ÁGUA E
MULTIFACETADO
FRIO DETERGENTE
ENZIMÁTICO

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CONSERVAÇÃ EMBORRACHADO LIMPEZA E


EQUIPAMENTO COMPONENTES ASSEPSIA LIMPEZA METAL
O E MANUSEIO OU PLÁSTICO ASSEPSIA

APÓS LAVAR OU
LIMPAR COM
ÁGUA E
EVITAR
ALTA ROTAÇÃO X X X DIÁRIA ENZIMÁTICO,
QUEDAS
FAZER
ASSEPSIA COM
O PERESAL
APÓS LAVAR OU
LIMPAR COM
ÁGUA E
EVITAR
PEÇAS DE MÃO CONTRA ÂNGULO X X X DIÁRIA ENZIMÁTICO,
QUEDAS
FAZER
ASSEPSIA COM
O PERESAL
APÓS LAVAR OU
LIMPAR COM
ÁGUA E
EVITAR
MICRO MOTOR X X X DIÁRIA ENZIMÁTICO,
QUEDAS
FAZER
ASSEPSIA COM
O PERESAL

CONSERVAÇÃ EMBORRACHADO LIMPEZA E


EQUIPAMENTO COMPONENTES ASSEPSIA LIMPEZA METAL
O E MANUSEIO OU PLÁSTICO ASSEPSIA

CUIDAR COM APÓS LAVAR OU


PERFURO LIMPAR COM
CORTANTES, ÁGUA E
ESTOFAMENTO X X ROUPAS COM X ENZIMÁTICO,
ACESSÓRIOS, FAZER

MOCHOS PROTEGER SE ASSEPSIA COM


NECESSÁRIO O PERESAL

LAVAR
RODÍZIOS X X
SEMANALMENTE

LAVAR
SUPORTE X X
SEMANALMENTE

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DO SERVIÇO DE ODONTOLOGIA
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CONSERVAÇÃ EMBORRACHADO LIMPEZA E


EQUIPAMENTO COMPONENTES ASSEPSIA LIMPEZA METAL
O E MANUSEIO OU PLÁSTICO ASSEPSIA

RETIRAR DA
NÃO DEIXAR TOMADA
CABOS X DOBRADOS, X PUXANDO PELO
NEM AO SOL. PLUG E NÃO
PELO FIO
APÓS LAVAR OU
LIMPAR COM
ÁGUA E
PISTOLA E EVITAR
X X X X ENZIMÁTICO,
PONTEIRA QUEDAS
FOTO FAZER
ASSEPSIA COM
O PERESAL
APÓS LAVAR OU
LIMPAR COM
ÁGUA E
SUPORTE X X ENZIMÁTICO,
FAZER
ASSEPSIA COM
O PERESAL

CONSERVAÇÃ EMBORRACHADO LIMPEZA E


EQUIPAMENTO COMPONENTES ASSEPSIA LIMPEZA METAL
O E MANUSEIO OU PLÁSTICO ASSEPSIA

APÓS LAVAR OU
LIMPAR COM
ÁGUA E
TAMPA, CAPA E
X X ENZIMÁTICO,
BATEDOR
FAZER
ASSEPSIA COM
AMALGAMADOR
O PERESAL
RETIRAR DA
NÃO DEIXAR TOMADA
CABOS X DOBRADOS, X PUXANDO PELO
NEM AO SOL. PLUG E NÃO
PELO FIO

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DO SERVIÇO DE ODONTOLOGIA
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CONSERVAÇÃ EMBORRACHADO LIMPEZA E


EQUIPAMENTO COMPONENTES ASSEPSIA LIMPEZA METAL
O E MANUSEIO OU PLÁSTICO ASSEPSIA

COLOCAR PÓ
SEM ESGOTAR
RESERVATÓRIO DE CRISTALIZAÇÕ DIARIAMENTE
X X
PÓ ES, FILTRAR RESERVATÓRIO
COM GASE SE E MANGUEIRAS.
NECESSÁRIO
ESGOTAR
RESERVATÓRIO DE LAVAR DIARIAMENTE
X X
AGUA DIARIAMENTE RESERVATÓRIO
E MANGUEIRAS.
NÃO APERTAR ABRIR COM
EXCESSIVAME CHAVE
TAMPAS X NTE, PARA X ESPECÍFICA,
NÃO QUEBRAR QUANDO
TAMPAS POSSUIR
APÓS LAVAR OU
ACIONAR COM
LIMPAR COM
PROFI ZELO, POIS
ÁGUA E
CONTÉM
BOTÕES X X X ENZIMÁTICO,
COMPONENTE
FAZER
S
ASSEPSIA COM
ELETRÔNICOS
O PERESAL
NÃO APERTAR
EXCESSIVAME
PONTEIRAS OU ENCAMINHAR
ESTERILIZAÇÃO NTE, PARA
TIPS, REMOVEDOR PARA CME.
NÃO QUEBRAR
PONTEIRAS
APÓS LAVAR OU
LIMPAR COM
ÁGUA E
ULTRASSOM E EVITAR
X X X ENZIMÁTICO,
PROFI QUEDAS
FAZER
ASSEPSIA COM
O PERESAL

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Serviço de Controle de Infecção Ambulatorial – SCIA
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DO SERVIÇO DE ODONTOLOGIA
2016/2018

RETIRAR DA
NÃO DEIXAR TOMADA
MANGUEIRAS E
X DOBRADAS, X PUXANDO PELO
CABOS
NEM AO SOL. PLUG E NÃO
PELO FIO

CONSERVAÇÃ EMBORRACHADO LIMPEZA E


EQUIPAMENTO COMPONENTES ASSEPSIA LIMPEZA METAL
O E MANUSEIO OU PLÁSTICO ASSEPSIA

NÃO BATER CUIDADO, POIS


CABEÇOTE X EM MÓVEIS OU X ACONDICIONA A
PAREDES AMPOLA DO RX,
LIMPEZA COM
PANO UMIDO EM
ACIONAR COM
ÁGUA E
ZELO, POIS
DETERGENTE
COLIMADOR E CONTÉM
X X ENZIMÁTICO E
BOTÕES COMPONENTE
RX SE NECESSARIO
S
PROCEDER
ELETRÔNICOS
COMO NA OBS
***
COM CUIDADO RETIRAR DA
SEM BORÇAR TOMADA
SUPORTE, BRAÇO E
X AS X X PUXANDO PELO
CABOS
ARTICULAÇÕE PLUG E NÃO
S PELO FIO

CONSERVAÇÃ EMBORRACHADO LIMPEZA E


EQUIPAMENTO COMPONENTES ASSEPSIA LIMPEZA METAL
O E MANUSEIO OU PLÁSTICO ASSEPSIA

NÃO PUXAR O
A SELAGEM
PAPEL GRAU
DEMORA EM
ANTES DE
TORNO DE 3
FITA X LIBERÁ-LO,
SEGUNDOS NA
POIS ISTO
SELADORA TEMPERATURA
DESLOCA A
IDEAL, NÃO SE
FITA.
DEVE AUMENTÁ-
TERMOSTATO E REGULAR LA, POIS ISTO
X X
LIGA DESLIGA TEMPERATUR QUEIMA A FITA E

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A PARA NÃO DIMINUI A VIDA


QUEIMAR FITA, ÚTIL DA MESMA.
DESLIGAR
APÓS USO
RETIRAR DA
TOMADA
DESLIGAR
PLUG X X PUXANDO PELO
APÓS O USO
PLUG E NÃO
PELO FIO

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EQUIPAMENTO COMPONENTES ASSEPSIA LIMPEZA METAL
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LIMPEZA COM
PANO UMIDO EM
MANGUEIRAS E
X SEMANAL ÁGUA E
CONEXÕES
DETERGENTE
ENZIMÁTICO
LIMPEZA COM
SE PANO UMIDO EM
FILTROS X NECESS SE NECESSÁRIO ÁGUA E
ÁRIO DETERGENTE
ENZIMÁTICO
SE HOUVER
VARIAÇÃO DE
COMPRESSOR DESLIGAR ENERGIA,
DIARIAMENTE, DESLIGARÁ
CHAVE MAGNÉTICA X SE NECESSÁRIO
BOTÃO AUTOMATICAME
VERMELHO NTE, BASTA
RELIGAR NO
BOTÃO VERDE.
LAVAR
ABRIGO X SEMANAL
SEMANALMENTE
LIMPEZA COM
PANO UMIDO EM
MANGUEIRA DE
X DIÁRIA SEMANAL ÁGUA E
DRENAGEM
DETERGENTE
ENZIMÁTICO

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ANEXO Nº 02 ESCALA SEMANAL: Escala semanal de rotinas, limpeza e
desinfecção para controle interno da equipe odontológica

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