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DOURADOS - MS
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JUNHO/2021
DOURADOS - MS
JUNHO/2021
Resumo
Este trabalho teve como objetivo investigar a aplicação da Lei Maria da Penha e a
{HTTPS://MASTODON.SOCIAL/@MOJEEK} sua efetividade em especial com as mulheres
indígenas em situação de violência doméstica. Nesse contexto, a problemática desta
pesquisa está focada em determinar a existência da violência de gênero contra
as mulheres indígenas {HTTPS://MASTODON.SOCIAL/@MOJEEK} e a forma como essas
mulheres se sentem amparadas e protegidas pela legislação. Procura também
verificar se a Lei Maria da Penha está de acordo com as especificidades culturais
nas comunidades indígenas e propor ações de politicas publicas que potencialize
a efetividade da Lei Maria da Penha junto a mulheres indígenas. Faz um estudo
sobre as diferenças do direito consuetudinário e o direito positivo, para
entender como se compatibilizam os direitos oriundos da legislação e da vivencia. O
resultado foi a constatação do grande número de mulheres indígenas que sofrem a
violência doméstica, porém, que não recorre aos poderes legislativo e judiciário
por não se sentirem amparadas pela legislação nacional pelo fato de não ter
especificidades da comunidade em que vivem. Dessa forma, conseguimos
reconhecer a falha da assistência do Estado nesses casos. Espera-se colaborar
com estudo e a difusão desses direitos para que essas mulheres tenham mais
acesso a eles e que consiga melhor aplicação da Lei para essa comunidade em
especifico, respeitando sua cultura, costumes, tendo participação das mulheres
indígenas para que se sintam representadas e promover políticas públicas para
ensinar principalmente as novas gerações sobre seus direitos.
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Abstract
This work aimed to investigate the application of the Maria da Penha Law and its
effectiveness, especially with indigenous women in situations of domestic violence. In
this context, the problem of this research is focused on determining the existence of
gender-based violence against indigenous women and the way in which these
women feel supported and protected by the legislation. It also seeks to verify whether
the Maria da Penha Law is in accordance with cultural specificities in indigenous
communities and to propose public policy actions that enhance the effectiveness of
the Maria da Penha Law with indigenous women. It makes a study on the differences
of the customary law and the positive law, to understand how the rights originating
from the legislation and the experience are compatible. The result was the
observation of the large number of indigenous women who suffer domestic violence,
however, who do not resort to the legislative and judiciary powers because they do
not feel supported by national legislation because they do not have specificities of the
community in which they live. In this way, we were able to recognize the failure of
State assistance in these cases. It is hoped to collaborate with the study and the
dissemination of these rights so that these women have more access to them and
that they obtain a better application of the Law for that specific community, respecting
their culture, customs, with the participation of indigenous women so that they feel
represented and promote public policies to mainly teach new generations about their
rights.
Keywords: Indigenous Women; Domestic violence; Customary law and positive law;
Maria da Penha Law.
INTRODUÇÃO
parâmetro mínimo das ações estatais para promover os direitos humanos das
mulheres. Os Estados tem o dever de eliminar a discriminação contra a mulher
através da adoção de medidas legais, políticas e programáticas. (DIAS, 2007, p. 28).
A violência contra a mulher só foi definida formalmente como violação aos
direitos humanos no ano de 1993, com a Conferência das Nações Unidas sobre
direitos humanos, em Viena. E no ano de 1994, foi adotada pela ONU a Convenção
Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, também
conhecida como Convenção de Belém do Pará (DIAS, 2007).
E em 2002, o Brasil aderiu a Convenção sobre a Eliminação de Todas as
Formas de Discriminação contra a Mulher, apoiando o combate a qualquer tipo de
discriminação, distinção, exclusão ou restrição por conta do gênero da pessoa,
porém, para maior participação e aprovação feminina era necessário implantar
novas políticas públicas.
Em 2003 o Comitê da CEDAW demonstrou preocupação por conta da
defasagem das garantias constitucionais de igualdade e a situação era ainda mais
agravada em relação às mulheres afrodescendentes e indígenas. Nesse contexto, o
Comitê decidiu pela Recomendação n° 1 ao Estado brasileiro:
exemplo desse tipo de problema. Neste sentido, se faz necessário lembrar que foi o
movimento feminista contemporâneo o responsável por começar a quebrar esse
pensamento antiquado.
No Brasil, essa nova realidade começou a acontecer a partir da criação das
delegacias da mulher, que passaram a receber uma atenção exclusiva no interior do
sistema de segurança. Outro fato marcante e relevante nesse processo aconteceu já
na estrutura jurídica, com a promulgação da Lei Maria da Penha.
Porém, mesmo com esses avanços no combate à violência contra a mulher,
ainda é um desafio para as mulheres indígenas reclamarem seus direitos,
denunciarem e se protegerem. Portanto, necessário estudar, analisar e compreender
a cultura e a relação do Direito Consuetudinário com a legislação que lhes é
imposta.
Dessa forma, esse critério se torna lei consuetudinária e pode até mesmo ter
punição, ou seja, se alguém furar a fila os demais reclamam e podem tira-lo da fila.
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. (DEL 4657/1942).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Relatório do arquivo: Artigo - As Marias Indígenas- Eficácia e aplicabilidade Lei Maria Penha(Letícia Neri) TCC
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