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Nossa personagem principal será morta por causa de uma herança.

Ela vai ter uma melhor amiga que vai saber o ponto de vista das duas, e tem um namorado
matador.

Manu: irmã que morre

Anna: Irmã

Lívia: Outra irmã

Karyne: Amiga das duas e falsiane

Júlia: melhor amiga da Manu

Estevão e Esther: Pai e mãe

Alexandre e Emanuel: Policiais

Henrique: Detetive

Edvaldo: Namorado da Karyne e o matador

Marlon: Sonoplasta

Adarlene: Mordoma

Quézia: Testemunha ocular


A HERANÇA
Peça teatral: A história

A família (...) tem uma vida luxuosa, é dona de grandes empresas, imóveis
e bens valiosos, o dinheiro nunca foi um problema por muitas de suas gerações
e seu nome inconfundível no ramo dos negócios, mas um acontecimento
ameaça a relação entre seus membros e o destino de toda essa riqueza.
Nada foi o mesmo após um aparente pacato dia nos negócios, os
noticiários transmitiam com exclusividade a queda de um dos jatinhos
particulares da família (...) (Estevão e Esther), logo após a decolagem, e com
pesar noticiavam a morte de todos os tripulantes.
Mesmo com uma vida afastada das mídias, rumores surgiam sobre quem
colocaria as mãos em tamanho poder, já que toda herança estava destinada à
apenas UMA pessoa. Antes do acidente, a criação de um testamento pelo casal
(...) há algumas semanas havia sido um dos assuntos mais comentados no
mundo dos negócios. Seu conteúdo, redirecionava toda a herança da família
para apenas um de seus membros. Não havia dúvidas, a próxima herdeira seria
uma das três filhas do casal. O motivo e qual delas seria a herdeira permaneceria
oculto até a morte do casal.
Três irmãs, uma herança milionária, e nenhuma disposta a abrir mão de
sua vida luxuosa, elas farão de tudo para colocar as mãos nessa fortuna.
Emanuelle, uma das três, não tem dúvidas de que foi a herdeira escolhida,
sua classe está na ponta de seu nariz empinado e no seu sorriso fingido quando
lhe pedem para fazer algo. Aparentemente nunca se envolveu em problemas e
está convencida de seu destino. Os olhares da mídia já se voltam para ela como
a herdeira escolhida, o problema é que suas outras irmãs também sabem disso.
Anna e Lívia, irmãs de Emanuelle, já eram conhecidas por suas
personalidades controversas, a relação entre elas e Emanuelle e seus pais
definitivamente não eram das melhores, as duas frequentemente eram expostas
em sites de fofoca em brigas e conflitos dentro da família. Sabiam que em breve
sentiriam o peso da humilhação.
Lívia não parecia manifestar preocupação, mesmo após receber a notícia
da morte de seus pais mantinha uma expressão serena em seu rosto, como se
tivesse aceitado seu destino. Era ao mesmo tempo intrigante como assustador,
qual seria o motivo de tanta tranquilidade?
Anna tinha um olhar doce, doce como açúcar para um diabético. O tema
de sua vida era o dinheiro e o lema a vontade de gastar. Não imaginaria viver
outra vida à não ser essa. Com a certeza de que não foi a escolhida, ela estaria
disposta a literalmente qualquer coisa para pôr as mãos nesse dinheiro, ou
quase qualquer coisa, já que fazer as pazes com sua irmã não era uma opção
para o seu orgulho.
Pelo menos ainda contavam com algum tipo de amparo. Adarlene era a
mordoma da família há muitos anos, compartilhava muitas risadas com o casal
(...), mesmo as irmãs admiravam seu bom humor e se viam sorrindo quando ela
mostrava seu jeito atrapalhado de ser. Igualmente Adarlene parecia gostar de
trabalhar para a família, ela parecia ser o único ponto de harmonia entre tanta
discórdia.
Anna foi a primeira a receber a notícia da morte de seus pais. Ela sabia
que o testamento só seria revelado três dias após o acidente, era um dos
requerimentos do documento. A partir daí, o que ela tivesse que fazer para
impedir sua irmã, teria que ser feito antes do fim dos três dias, depois de revelado
a pessoa, nada mais poderia ser feito, já que qualquer tentaria seria vista como
um atentado e lei.
Dia 1:
Emanuelle é encontrada morta. A notícia invade os noticiários e os olhos
recaem sobre Anna e Lívia. Quem mais poderia cometer tal atentado sobre a
vida a não ser quem tivesse uma boa razão para isso? Mas a hipótese cai por
terra após uma testemunha ocular (...) (Quézia) descrever o assassino: era um
homem!
Karyne era amiga de longa data de Anna e Lívia. Estranhamente pouco
sabiam sobre sua vida ou onde vivia, bem-vestida e de olhar humorado, sempre
estava presente nas festas que as duas faziam, mas no fundo, esse olhar
lembrava o de outra pessoa. Se sabiam pouco sobre ela, muito menos saberiam
sobre seu namorado (...) (Edvaldo). Onde quer que ela estivesse, ele
também estaria, como uma sombra que segue seu dono. Mesmo que de longe
sua presença era inconfundível, geralmente sentava-se afastado e a observava,
mas quando perto, fazia questão de envolvê-la com seus braços como que se
dissesse: isso é meu!
O dia foi melancolicamente encerado com o velório de Emanuelle, agora
o clima estava ainda mais tenso entre Anna e Lívia. A final, quem seria o
culpado?
Dia 2:
A biópsia havia revelado um tiro certeiro no peito esquerdo de Emanuelle,
não havia mais margens para um possível acidente. Quem quer que fosse o
culpado, estava sem dúvidas disposto a matá-la.
Mas o impensável acontece. Após levarem Quézia para prestar
testemunha, o relatório final da polícia (Emanuel e Alexandre), contrariando
todas as especulações e encerrando de uma vez por todas quaisquer discussões
ou investigações é anunciado: Emanuelle havia cometido suicídio!
A notícia logo se espalha e enche de dúvidas sobre o motivo que levaria
Emanuelle e cometer tal atitude e qual seria o destino de toda a herança do
casal. Mas e o assassino que havia sido descrito pela testemunha? E o resultado
concedido pela biópsia? As informações não condiziam. Havia algo de errado, e
Lívia sabia disso.
Lívia contrata Henrique, um renomado detetive que sempre trabalhou só,
e que nunca teve ligação com qualquer tipo de organização. Em um caso repleto
de interesses próprios, ele parecia ser o único capaz de desvendar a verdade.
Quase que antes de encerrar a ligação, ele já havia chegado para interrogar
quem fosse preciso. Mas ao telefonar para sua primeira testemunha, percebe
que esse caso era diferente de tudo que ele havia visto antes: Quézia havia
morrido misteriosamente.
Dia 3:
Anna, Lívia, Henrique, Karyne, Edvaldo, Emanuel, Alexandre. Todos
sabiam que tudo seria resolvido nesse dia, e no final, a verdade revelada. Toda
a trama chegaria ao seu clímax, e o vencedor, quem souber defender seus
interesses.
Rapidamente Henrique reúne todos os suspeitos para serem
interrogados, sua investigação se torna uma corrida contra o tempo, e agora sem
mais a única testemunha ocular do crime, mas com uma única certeza, o
assassino era um homem.
Seu objetivo, descobrir quem era o assassino de Emanuelle e quem havia
o contratado para matar. Havia ali três possíveis assassinos, Emanuel,
Alexandre e Edvaldo, e quatro possíveis mandantes, Anna, Lívia, Karyne e
Adarlene.
Os primeiros a serem interrogados foram Alexandre e Emanuel, mesmo
que desconfortáveis com a situação, ambos apresentaram álibis sólidos sobre o
dia do crime. Relatórios recolhidos por Henrique comprovavam que eles
realmente estavam trabalhando nesse dia. Mas ao serem questionados sobre o
que haviam feito no segundo dia, seus olhos se entreolharam, com uma fala mais
lenta e arrastada diziam concordando entre si que apenas elaboraram o relatório
final sobre a morte de Emanuelle, o mesmo que determinava que ela cometera
suicídio. Henrique sabia que caso fosse encontrado um assassino, haveria algo
de errado nessa história.
O principal e único suspeito agora se tornara Edvaldo, mas ainda sem
provas para ser acusado, Henrique lhe fez apenas uma pergunta: De acordo com
a biópsia, em quais partes do corpo acertaram os tiros disparados contra
Emanuelle? ... Edvaldo comprimiu seus olhos em desconfiança e quase que
soletrando as palavras respondeu sem rodeios: no peito e pescoço, senhor.
A tensão no corpo de Henrique se aliviou, o ar de sorriso em seu rosto foi
o suficiente para embrulhar o estômago de Edvaldo. Lentamente se levantou, a
próxima interrogada foi Karyne, a amiga de longa data de Anna e Lívia. Mas ela
não parecia preparada para a pergunta que ele a faria: Karyne, como se sente
ao se relacionar com um assassino? ... Seus olhos se arregalaram e com
evidente espanto murmurava como que para si mesma como ele poderia o
incriminar de tal forma sem nem mesmo uma prova. Sem lhe dar a satisfação de
uma resposta Henrique se levanta ao mesmo tempo que uma mulher rompe
através do portal da sala de interrogação com um papel em suas mãos.
Todos os olhares se voltam para ela, a maioria confusos sobre a
identidade daquela desconhecida, apenas dois olhares lhe encaravam como se
uma cobra acabasse de invadir a sala, Anna e Lívia. As duas conheciam muito
bem a identidade daquela pessoa. Júlia era a melhor amiga de Emanuelle, mas
muito além disso, uma médica, a médica que havia realizado a biópsia de sua
própria melhor amiga.
O papel em suas mãos era o relatório da análise criminológica dos
projéteis encontrados no corpo de Emanuelle, os mesmos encontrados em um
dos vidros do jatinho particular da família. E suas posições, dois tiros, um no
peito e outro no pescoço de Emanuelle, informação essa que não havia sido
revelada na biópsia oficial divulgada. Com isso, Edvaldo seria condenado como
assassino de Emanuelle e dos pais da família.
Mas ainda faltava algo, quem teria mandado Edvaldo cometer todos esses
crimes? Henrique rompe o silencio com o som do bater de seu caderno de
anotações em cima da mesa, apontando para onde estavam Anna e Lívia e
dizendo em alto e bom som: A MANDANTE POR TRÁS DE TODOS ESSES
CRIMES SÓ PODE SER....... Mas antes que o nome da pessoa fosse
pronunciado, o peito de Henrique é transpassado por um tiro. Ele cai já sem vida
antes que pudesse ver quem seria o seu assassino.
Alexandre, um dos policiais, ainda permanecia com a arma levantada.
Parecia desnorteado, como se ainda tentasse entender o que acabara de fazer.
Julia pega rapidamente o caderno de Henrique, mas Emanuel é mais rápido, e
antes que ela pudesse abri-lo, ele dispara contra ela, mas felizmente, por ironia
do destino, ou não, a arma estava sem munição.
E Júlia começa a ler as anotações escritas no caderno de Henrique: caso
estejam lendo isso, isso significa que eu morri, e minha morte é a prova final para
encerrar esse casso. As únicas duas pessoas armadas nesta sala são Emanuel
e Alexandre, antes de entrarem, tratei para que apenas a arma de Alexandre
estivesse carregada com uma bala, e como nesse ponto já concluí que Edvaldo
é o assassino, o relatório dado pela polícia só pode ser uma farsa, ou seja, eles
foram subornados para esconderam que a morte de Emanuelle se tratava de um
assassinato, e foram eles os responsáveis por silenciar Quézia.
Quase que antes de Júlia terminar, Karyne explode em um mar de
desespero, ela sabia que já seria condenada por acobertar seu namorado, não
tinha nada mais a perder. Antes estava do lado de quem a favorecia, e estava
disposta a ajudar qualquer um que a fizesse por as mãos naquele dinheiro. Agora
se sentia traída. Apontando o dedo para Anna e Lívia ela começou seu disparate.
Foram elas! Ela dizia. Sempre foram elas. Foi a Lívia quem pediu ao
Edvaldo para dar um jeito nos seus pais. Ela sabia que Anna estaria disposta a
qualquer tipo de crime para pôr as mãos naquela herança! E por que vocês
acham que ela contratou um detetive? Seu plano sempre foi que ele culpasse
Anna para que ela pudesse ficar com toda a herança. E foi a Anna, foi ela quem
mandou o Edvaldo matar a sua irmã, pois sabia que provavelmente seria
Emanuelle a herdeira, foi ela quem subornou os policiais para manipularem o
relatório e silenciarem a testemunha! Foram elas! Foram elas... Já perdendo as
forças e abaixando a cabeça sobre seu colo.
Finalmente o caso havia chegado ao final. Após o fim da discussão, Júlia
liga para a polícia. Anna foi julgada pelo assassinato de sua irmã e por ser
cúmplice da morte de Quézia. Lívia por mandar assassinar seus pais. Karine por
ser cúmplice dos dois crimes e acobertar seu namorado. Alexandre e Emanuel
pela falsificação do relatório e pela morte de Quézia, e Edvaldo, por tudo isso e
mais um pouco.
Dia 4:
Por fim, as duas sobreviventes de todo esse caos, Júlia e Adarlene. Juntas
leram o recém-divulgado testamento: toda a herança havia sido deixada para
Adarlene, a mordoma da família.

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